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ANO XVI RIO DE JANEIRO,10 DE DEZEMBRO DE 1984 NQ 792

Na forma da lei sancionada pelo Presidente da Republica, entre os beneficios fis

1 c~is conc~didos à mi:roempresa (~sta ~ntendi~a a gue te~ha receita bruta anuaT
nao super10r a dez m11 ORTN's), 1nclu1-se a 1sençao do 1mposto sobre seguros (an
tigo IOF). -
Na próxima quarta-feira (dia 12), a FENASEG e o Sindicato das Empresas de Segu-
:! r~s Privados e Capitalização no Estado do Rio Grande do Sul promoverão um semi-
nario sobre "Seguro Casco na Bacia Sudeste". O certame tem como objetivo divul
gar as características principais daquele seguro entre os usuãrios (armadores), a es7
tes proporcionandooportunidadede manifestaremaos seguradoresduvidas e dificulda -
des que acaso encontrem em seu relacionamento com o seguro, principalmente no que diz
respeito aos sinistros. Do seminãrio participarão representantes do IRB, Brasil Sal-
vage, Registro Brasileiro de Navios e Aeronaves,.bem como elementos ligados à classe
dos armadores. .

O Grupo Cruzeiro-Federal Seguros acaba de adquirir a São Paulo Companhia Nacional


3 de Seguro~., uma das.mais trad.ici.onaisempresas do Mercado Segurador. Fundada hã
anos pelo ex-Ministro das Relações Exteriores e da Fazenda, Jose Maria Whitake~
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passa agora a integrar o grupo Cruzeiro do Sul, Sol de Seguros e Federal de Seguros,
sob a liderança do empresario Gustavo Capanema.

A Societã Assicurazioni Crediti Esteri voltou, na ultima semana, a efetuar ope-


4 rações de seguro de credito às exportações com destino ao mercado brasileiro
Em entrevista à jornalista Vera Saavedra Durão ("Gazeta Mercantil"), o porta-
.

-voz da CACEX, Sergio Ribas, disse que o Brasil deixou de ser um pais de alto risco
para os exportadores. A Societã Assicurazioni Crediti Esteri não dava cobertura às
exportações para o mercado brasileiro desde 1982, o que resultou numa queda super.ior
a 50% nas ve~das italianas ao Brasil.

A Associação Brasileira dos Distribuidores de Veiculos (Abrave) e a Associação


fi da~ Companhias de Seguros solicit~ram aud~ên~ia ao Min~stro da Just~ça, Ibrahim
Ab1-Ackel, para abordarem a questao da cr1açao de um 11vro de propr1edade do
veiculo, que conteria os dados de todos os proprietãrios, acompanhando-o durante toda
a vida util. Segundo revela a "Gazeta Mercantil", o livro de propriedade, registrado
nos Detrans, permitiria que todo comprador de um veiculo usado tivesse condições de
verificar a procedência do carro ou caminhão atraves de um contato com o Detran e/ou
com os antigos proprietãrios. Na opinião de clãudio Afif Domingos, Presidente da As-
sociação das Companhias de Seguros, o indice de recuperação dos veiculos roubados não
estã crescendo na mesma proporção dos roubos, elevando o desembolso por parte do Mer-
cado Segurador.

A Asociación Panamericana de Fianzas instituiu o "Prêmio Bienal 1984/85", que vi

E) sa a classificar trabalhos relativos a Fianças de Contratos, Fianças de Fideli7


dade e Seguro de Credito. Poderão participar do concurso funcionãrios e colabo
radores das companhias-membros da Associação, estudantes universitãrios e profissio 7
nais vinculados às atividades de Fianças. .0 autor do melhor trabalho receberã a impor
tância de US$ 3 mil e uma placa comemorativa. (ver seção DIVERSOS) -
Estudos e Opiniões

OPERAÇOES
DE CARGAE DESCARGA
UM RISCOSEMPRE
PRESENTE

EngQAntônio Fernando de A. Navarro Pereira*

Dentre todes as atividades cobertas peles seguros, uma das que apresentem
maior risco iminente é e operaçeo de carga e cescarga. Esse risco é repr~
sentado por uma conjugação de fatores implicitos à atividade, independen-
~es entre si.

As operações de carga e descarga podem ser grupadas da seguinte forma:

a) Operações rocoferroviárias

Abrangem o .transporte e as operações envolvenco equipamentos ~odovi~rios e


.'
f errOV1ar10S.
, . -
Sao operaçoes que pedem tex carvcterlsticas bastante slmp 1 e~
como o carregamento e transporte de min;rio à granel em vagões, ou o tran~
porte e carregamento de caixotarias em caminhões, até o transporte de car-
gas.pesadas ou especiais.~issemos que são ~perações que podem ter caract~
rIsticas simples devido aos poucos acidentes envolvendo esse tipo de tran~
porte, como também a forma rotinizada adotada por todos.

b) Operações mar!timas-pertu~rias

são operações que inclue~ cesde o carregamento e cescarregamento de na-


. '
Vl0S, ate c transpcr te d.E eGu~~epenLOE
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gumas dessas operações podem ser extremamente com~lexas e demoradas, pode~


do desenvolver-se durante v~rias heras consecutivas. Essa complexidade de-
penderá do volume do material descarregado e do peso. Hoje em dia já é co-
mum Q transporte de peças com mais de 3.000 toneladas em atividades lIoff -
shore:'

c) Qperações terrestres

são assim consideradas tedas as operações feitas em terra (on shore), uti-

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lizando vários. equipament.o.s,com à JinaL:G.3.cé' 'rle;.iposicionsr Ou !!',ovirnentsr

Toda operaç~c envolvenco o manuseio de cargas, em recintos abertos ou fe-


chados, deve sempre ser cercada de todos os cuidados indispensáveis a esse
...

tipo de faina, tendo em vista que cs acidentes cecorrentes do manuseio sao


em grande número. NestE presente artigo trataremos, de modo simples, das
operações de içamento e transporte de cargas, em volume, içadas por cabos
de aço, já que dentre tedes eE tipoE ce transporte esse ~ um dos que cause
~aior nú~ero ce 2cider:tes. resea forma, procuTaremos fezer uma r~pida aboL
dagem em: cargas, cabos e máquinas de guindar.
I'

I - CARGA

Toda carga a ser movimentada, ou em movimento, d.eve e.star bem disposta de


forma que alguma súbite mudança na direção do trpnsporte nso provoque o
tombamento ou o desequil{brie Cc mesma. Sé é! cerga for única e tratar- SE
de um grancE vc:ur.e, dev=~Eo existir pontos definidos e fáeilmente local~-
zados de pega, também conhecidos como pontos de pega. Caso a carga compre-
enda vários volumes, o empilhamento desses deverá ser executado de forma
que o conjunto permaneça em eGuil{brio est~vel. Se os volu~es es~iverem sQ
bre um estrado (pallets) deverso ser projetados pontos de pega e pontos de
amarração dos volumes. rare o içamento, os pontos situar-se-ãc de forma a
não haver danes ~s cargas provc~~~cs ~:e:QF cabos de iça~ento.

fo rma r:'eta
C::O fe-rrra incorr'eta

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..
11 - CABOS
Cabos s~o os elementos utilizados na amarraç;u e no içamento de cargas .
Podem ser de fibra natural, fibra artificial ou de aço, sendo esse último
tipo O de maior emprego, devido à sua durabilidade, grande resistência a
tração e menores diâmetros. 5;0 constituIdos pela união de vários fios re-
torcidos ao redor de um fio central (denomi-
nado de alma) formando as pernas, que por

--1 - ,.
Cl!fttra'
sua vez são enroladas ao redor da alma do câ
bo. A forma como os fios são retorcidos
ser através de uma torção regular, à direita
pode

ou à esquerda, também conhecida como torção


em cruz (regular ley), ou uma torção em par~
Perna leIo, ou torção lang (la"g ley). No primeiro
caso a torç;o das pernas é oposta à torção
do cabo, e no outro tipo, o sentido de torção
das pernas acompanha o sentido de torç;o do
Cabo de oço .~ cabo.
1IlU1l~ Vários s;ó os cuidados que se deve ter para
com os cabos, de forma que sua durabilidade
seja maior. Entre os cuidados recomendados
citamos a verificação da capacidade de carga suportada pelo cabo. A carga
de trabalho de um cabo de uso geral, especialmente quando há movimentaç;o
de carga, não deve exceder a 1/5 da carga de ruptura mInima efetiva do me~
mo. Os fatores de segurança mInimos recomendados são:
. cabos e cordoalhas estáticas
etc
: de 3 a 4 ~ezes o valor da carg~
. cabos p/ guinchos, guindastes, 5 vezes o valor da carga
. cabos para laços (içamentos) de 5 a 6 vezes o valor da carga
. cabos p/ elevadores de carga de 8 a 10 vezes o valor da carga
. cabos p/ elevadores de passageiros de 10 a 12 vezes o valor da carga

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lII
Os cabos da aço, quando em serviço, devem ser inspecionados peri6dicamente,
a fim de que sua substituição seja determinada sem que seu estado chegue a
apresentar o perigo de ruptura. Em geral, uma inspeção visual compreende
as seguimtes observações:
a) número de arames rompidos;
b} arames gastos por abrasão;
...

c) corrosao;
d} maus tratos ou nós;
e) tipo de cabo de acordo com a utilização;
f) resistência mecânica a tração e tipo e condições das emendas.

III - MÁQUINAS DE GUINDAR'

são os vários equipamentos destinados a movimentar cargas. Suas dimensões


e capacidades de trabalho devem ser compatIveis com as cargas a movimentar
e com os locais de trânsito, de forma a obter-se um melhor aproveitamento
do equipamento. Muitas vezes o espaço de trabalho destinado a operação da
máquina ~ a condicionante principal n~ escolha do equipamento.

IV - TIPOS DE ACIDENTES

a !ndice de acidentes envolvendo o manuseio de cargas ~ bem grande, devido


a uma série de fatores, dentre os quais destacamos:
a} imper!cia do operador do equipamento;
b) tombamento de cargas mal amarradas;
c) tombamento de cargas devido a quebra de ponto de pega mal dimensionado
ou a ruptura das lingadas;
d) rompimento das lingadas, das emendas ou a soltura de grampos de fixação;

e) tombamento do equipamento devido a pouca capacidade de suporte do solo;

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CERTO

ERRADO.

ERRADO

f) tombamento do equipamento devido ao excesso de carga;


g) quebra da lança de carga do equipamento, devido a uma manobra mal execy
tada ou ao excesso de carga.

v - PREVENÇÃO DE R1SCOS

A acéitação desse tipo de risco para fins de seguros deve ser feita após
criterioso exame e análise das condições de transporte, tipo de carga, ti-
po de carregamento, idoneidade da empresa que irá executar a movimentação,
estado de conservação dos materiais envolvidos na movimentação, local onde
se irá executar ós trabalhos, e enfim, uma série de outras condicionantes
, -- N
necessar1as a AVALIAÇAO DE RISCOS, porque caso esse trabalho nao venha a
ser feito poderão estar sendo aceitas ve~dadeiras e inesgotáveis fontes de
sinistros

*
Antônio FeJtYUlrr.da
de.A. NavaJl!r..a
PeJtWA. ê Err.gerr.hÚ'taC),vil, pô.ó-gJc.a.du.a.da
em SegUlLan-
ca do T!la.ba1.ha, c.amvâJU.a.óc.UIL6a.óde e.ópeúa1i..zacão em SegWUtrr.caIrr.dU6:tJúai. e. PILa:te.-
cão de I YI..ó:ta1.a.cõ
e.ó.

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