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Uma das formas de maior visibilidade dos movimentos homossexuais têm sido
as Paradas Gays, realizadas por ocasião do Dia Internacional do Orgulho Gay
– 28 de Junho. Neste ano, diversos países realizaram suas Paradas Gays,
mesmo em meio a guerras e epidemias , levando expressivos números de
gays, lésbicas, trangêneros e simpatizantes às ruas. Só em São Paulo,
segundo a Associação Parada Gay de São Paulo, 800 mil pessoas se fizeram
presentes à Avenida Paulista, para celebrar a terceira maior festa da
diversidade do planeta. Além da capital paulista, pelo menos outras vinte e
cinco cidades, entre capitais e centros regionais do interior brasileiro,
promoveram eventos congêneres.
Esta premissa é ratificada por FREITAG , que afirma que “ao contrário do que
se imagina, o universo homossexual é composto, em sua maioria, por pessoas
com bom nível sócio-econômico-cultural. Os homossexuais tendem a
preocupar-se mais com sua formação intelectual e são mais dedicados ao
trabalho, o que acaba por fazer com que tenham melhor renda”.
No Brasil, neste ano, novamente fora realizado o Gay Day Hopi-Hari, evento
idêntico realizado nos Parques da Disney’s; e ainda está prevista a realização
no Wet’n Wild, a primeira Slash Poll Party. Para 2004 está previsto o primeiro
cruzeiro gay, no navio Island Escape, saindo de Santos com destino a
Florianópolis.
É esta falta de aceitação para com o outro, que fez com que surgisse no
mercado empresas especializadas para o segmento. Mas, estudiosos do
assunto e gays ativistas se perguntam, é realmente necessário um
hotel/pousada GLBT? Uma agência de turismo GLBT? Isso não aumenta a
homofobia? Será que o trade turístico não deveria se preparar para atender o
público GLBT como atende a outros turistas, por ex. deficientes físicos? A
comunidade GLBT não acaba se confinando cada vez mais em guetos?
BIBLIOGRAFIA RELACIONADA
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