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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL VI - PENHA DE FRANÇA
4ª VARA CÍVEL
RUA DR. JOÃO RIBEIRO, 433, São Paulo - SP - CEP 03634-010

SENTENÇA

Processo nº: 006.10.000711-8


Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Obrigações
Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancarios de São Paulo - Bancoop
Requerido: Jurandir Barbosa de Lima

Justiça Gratuita
CONCLUSÃO

Em 30 de agosto de 2010, faço estes autos conclusos à MM. Juíza de Direito da


4ª Vara Cível do Foro Regional VI - Penha de França, a Exa. Sra. Dra. ROSANGELA MARIA

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tj.sp.gov.br/esaj, informe o processo 006.10.000711-8 e o código 060000000KTDY.
TELLES. NADA MAIS. Eu,______ (Vinicius Tadeu da Silva), Escrevente, digitei e providenciei
a impressão.

Vistos.

COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO-


BANCOOP ajuizou ação de cobrança em face de JURANDIR BARBOSA DE LIMA aduzindo,
resumidamente, que possui natureza cooperativista e, neste contexto, o réu subscreveu termo de
adesão e compromisso de participação, associando-se à autora. Passou a contribuir para a
construção de empreendimento na Praia Grande-SP. Comprometeu-se ao pagamento da
importância de R$ 39.800,00, além de outros recursos que poderiam ser necessários. A autora
cumpriu suas obrigações e, ao término do empreendimento, transmitiu ao réu a posse do imóvel.
Na apuração final, constatou-se que o réu deveria arcar com o pagamento de R$ 6.247,42.

Este documento foi assinado digitalmente por ROSANGELA MARIA TELLES LOTTI.
Infrutíferas as tentativas de conciliação. Aludiu à aprovação das contas pelos cooperados e à
legitimidade da cobrança. Requereu a procedência da ação para condená-lo no pagamento da
importância referida com os acréscimos legais.

Infrutífera a conciliação prévia (fls. 347).

Regularmente citado, o réu apresentou contestação. A título de objeção de mérito,


argumentou com prescrição, nos termos do art. 206, §3º, inciso III, do Código Civil. Quanto ao
mais, afirmou que a autora deu plena quitação, consoante termo subscrito em 26.04.2004,
autorizando, inclusive, a escritura definitiva. Requereu a improcedência.

Sobreveio réplica. As partes não se interessaram pela produção de outras provas.

É o relatório.

Passo a decidir.

Conheço diretamente do pedido na forma em que autoriza o art. 330, inciso I, do


Código de Processo Civil.

006.10.000711-8 - lauda 1
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL VI - PENHA DE FRANÇA
4ª VARA CÍVEL
RUA DR. JOÃO RIBEIRO, 433, São Paulo - SP - CEP 03634-010

Pretende o autor receber importância decorrente de apuração final efetuada no


contrato estabelecido entre as partes, asseverando que sua natureza jurídica é de cooperativa.
Afirmou que houve um custo adicional da obra de sorte que se permite o rateio das despesas.

Embora o autor tenha afirmado que cedeu ao autor a posse do imóvel, apresentou
apenas documentos genéricos através dos quais não é possível identificar o termo de adesão
subscrito pelo réu, tampouco a data em que a transmissão da posse se operou. Não se sabe,
inclusive, qual é o imóvel de propriedade do réu. Os documentos apresentados com a petição de
fls. 256/259, já haviam sido apresentados em data anterior.

Entretanto, instruindo a sua contestação, o réu apresentou o termo de quitação de


fls. 359. Por este, a autora declarou que o réu, participante do empreendimento denominado Praia
Grande- Edifício Marlin, cumpriu todos os seus compromissos com a Bancoop, relativamente à

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unidade nº.26. Deu plena quitação, inclusive autorizando a lavratura da escritura. O termo foi
lavrado em 26.04.2004.

Assim sendo, razão assiste ao réu ao argumentar com prescrição. A autora, nos
termos do art. 206, §3º, inciso III, do Código Civil, teria apenas o prazo de 03 anos para reclamar
prestações acessórias. Todavia, manteve-se inerte neste período.

De modo que acolho a objeção declarando a prescrição da dívida.

Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE a ação de cobrança e condeno a autora


pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 15% do valor da
causa atualizado.

Fica o autor intimado para o pagamento espontâneo da dívida, sob pena de


pagamento de multa, nos termos do art. 475-J do Código de Processo Civil.

P.R.I.

Este documento foi assinado digitalmente por ROSANGELA MARIA TELLES LOTTI.
São Paulo, 30 de agosto de 2010.

ROSANGELA MARIA TELLES


Juíza de Direito

006.10.000711-8 - lauda 2

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