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Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e a
Áustria-Hungria. Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império
Russo e diminuir a insatisfação popular.
Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves.
Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do Império pedindo
pão e o fim da guerra. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico.
A polícia e o exército, agora ao lado dos manifestantes, não reprimiram o movimento.
Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído, chefiado pelo príncipe George
Lvov. Esse governo, dominado pela burguesia russa, decidiu continuar na guerra, com planos
de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.
A população russa, porém, discordava dessa orientação. O governo, sem controle de
seus exércitos, não tinha forças para impedir as deserções dos soldados. Havia ainda a
constante elevação dos preços dos gêneros alimentícios, contra a qual o governo nada
conseguia fazer.
Nesse momento, grupos revolucionários já desenvolviam intensa atividade nas cidades,
reativando os sovietes de trabalhadores, com o objetivo explícito de tomar o poder.
A ofensiva do novo governou contra a Áustria-Hungria fracassou. Isso agravou ainda
mais a situação e provocou uma grande manifestação no dia 17 de julho de 1917, na capital do
Império. Era o fim do governo provisório de Lvov, substituído por Alexander Kerenski.
Naquele momento, três grupos e três diferentes propostas políticas se defrontavam pelo
poder:
A TOMADA DO PODER
No soviete Petrogrado, novo nome de São Petersburgo, foi constituído o Comitê Militar
para a Realização da Revolução.
* supressão das grandes propriedades rurais, confiadas agora à direção de comitês agrários;