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1. Introdução às Telecomunicações
2. Meios de Transmissão
O meio de transmissão de sinais serve para oferecer suporte ao fluxo de dados entre dois
pontos. Usamos o termo linha para designar o meio de transmissão usado entre esses pontos.
Essa linha pode ser de um par de fios, um cabo coaxial, fibras óticas, comunicação por rádio
freqüência ou até mesmo por satélites.
Nesse tópico serão abordados os meios de transmissão mais comuns utilizados. Esses meios
são citados a seguir:
1. Par de Fios
2. Cabo Coaxial
3. Fibras Óticas
4. Sistemas de Radioenlace
Fibras óticas são elementos de transmissão que utilizam sinais de luz codificados para
transmitir os dados. A luz que circula pela fibra ótica situa-se no espectro do infra-vermelho e
seu comprimento de onda está entre 10xE14 a 10xE15 Hz.
A fibra ótica pode ser feita de plástico ou de vidro, revestida por um material com baixo
índice de refração. Além destes dois materiais, a fibra possui também um revestimento plástico
que lhe garante uma proteção mecânica contra o ambiente externo.
Para a transmissão dos sinais, além do cabo precisa-se de um conversor de sinais elétricos
para sinais óticos, um transmissor e um receptor óticos, e um conversor dos sinais óticos para
os sinais elétricos.
Nas linhas de fibras óticas, a taxa de transmissão é muito mais alta do que nos
sistemas físicos convencionais (cabo coaxial e par trançado).
Isto se deve ao fato de que a atenuação das transmissões não depende da freqüência
utilizada.
A fibra ótica é completamente imune a interferências eletromagnéticas, portanto, não
sofre indução, podendo ser instalada em lugares onde os fios e cabos não podem passar.
Também não precisa de aterramento e mantém os pontos que liga eletricamente isolado um do
outro.
• Monomodo
O alto custo da instalação e manutenção das fibras óticas constitui atualmente no maior
obstáculo para utilização desta modalidade de transmissão de dados.
Esse tipo de fibra ótica possui sua capacidade de transmissão limitada basicamente
pela dispersão modal, que reflete os diferentes tempos de propagação da onda luminosa.
Devido a alta dispersão, o desempenho destas fibras não passam de 15 a 25 Mhz.Km.
Esse tipo de fibra ótica possui sua capacidade de transmissão limitada pela dispersão
modal, que reflete os diferentes tempos de propagação da onda luminosa. No entanto, essas
fibras são menos sensíveis a esse fenômeno do que as fibras multimodais.
A taxa de transmissão neste tipo de fibra é de 400 MHZ/km em média.
2.3.3 Monomodo
Estas fibras são insensíveis a dispersão modal, que é a reflexão da onda luminosa em
diferentes tempos. Devido a esta característica, esta fibra pode atingir taxas de transmissão na
ordem de 100 GHz/Km.
Sistema de Satélites
Questionário:
Depois de ler o texto, aproveite para responder estas perguntas.
1)Qual dos tipos de fibra ótica existentes possui maior velocidade no transporte dos dados?
2)Qual a vantagem de se usar par de fios (par trançado) na transmissão de dados?
1. Noções de Sinais
Sinais podem descrever uma larga gama de fenômenos físicos, eles podem ser
representados de diversas formas, mas em todos os casos a informação está contida em
variações da sua característica.
Pode-se classificar os sinais em duas categorias:
• Sinais contínuos;
• Sinais discretos;
f(x)
Variável dependente
y = f(x)
x
Variável independente
São aqueles que existem apenas em determinados momentos, ou seja, são aqueles em
que a variável independente é discreta.
T
T 2T 3T 4T x
OBS: Os sinais discretos terão suas amostras distanciadas sempre por “ T ”, logo se
quisermos falar da amostra 3T representaremos por g[3].
EXERCÍCIO
a) f (t) = 1; -1≤ t ≤ 1;
0; caso contrário;
b) h [n] = 1; -1≤ t ≤ 1;
0; caso contrário;
• Deslocamento no tempo
0 2 x
• Reversão no tempo
x(t)
Seja x (t):
0 2 x
x(-t)
Logo x (-t):
1
x
-2 0
• Escalonamento no tempo
Seja x (t):
x(t)
0 2 x
0 x
1/2
EXERCÍCIOS
1; -2 < n < 4;
2.1 Seja o sinal x [n]= 0; caso contrário;
Realize as transformações:
a) x [n-3]
b) x [n+4 ]
c) x[-n]
d) x[2n]
e) x[0,5n]
-2 2
t
Fourrier, matemático francês, afirmou que uma função periódica poderia ser
expressa por uma soma de infinitos senos e co-senos com freqüência e amplitude bem
definidas.
Como pode-se perceber, as freqüências dos senos e co-senos são sempre múltiplos
inteiros de x que é a freqüência fundamental do sinal, ou freqüência mais baixa.
Um sinal periódico qualquer é composto de (ou pode ser decomposto em) uma serie
de ondas senoidais com freqüência múltiplas inteiras da freqüência fundamental f, cada
uma com uma determinada amplitude e uma determinada fase, mais uma componente
continua (de freqüência zero).
As ondas senoidais múltiplas inteiras n da fundamental são chamadas harmônicos de
ordem n.
Definições:
ESPECTRO : é a representação das componentes (ou raias ou termos) num gráfico que
mostra suas amplitudes versus freqüência.
FORMA DE ONDA : é a representação dos valores instantâneos em função do tempo.
HARMÔNICOS: Quando uma freqüência é múltipla de outra se diz que ela é um harmônico
daquela primeira freqüência.
1. Relaciona-se com a freqüência (audível 20Hz – 20KHz). Um som mais baixo ( baixas
freqüências) é mais grave e um som mais alto ( altas freqüências) é mais agudo.
2. Relaciona-se com a amplitude.
3. Especifica a combinação gerada, ou seja, o que diferencia um dó de um piano de um dó de
uma flauta é o numero de harmônicos que ele possui.
EXERCÍCIO
e(v)
2 4 6 8 10 12 14 16 18
t(μs)
5
3.4 Dada a expressão: I(t)= 5 cos (2π.10 t + π/2) em (mA)
4. Fontes de Ruído
O ruído é classificado de acordo com o processo que lhe dá origem. As fontes de ruído
podem ser classificadas em:
Ruído Disparo
Tem a ver com o fato de a carga elétrica ser discreta e em certas situações a corrente é
resultado de carga passando por uma barreira de potencial.
Ex: Junção PN presente em diodos e transistores bipolares.
Obs.: Os resistores não apresentam este tipo de ruído.
Ruído em excesso
S= Potência do Sinal;
FdB = 10 log (S/N)
N= Potência do Ruído;
5. Interferência
Não tem origem física intrínseca, mas está ligada a disposição geométrica dos componentes.
Pode ser: - Capacitiva: devido à proximidade.
Solução: Afastamento.
- Indutiva: Ocorre quando há indução, causadas por sobrecargas.
Solução: Diminuir;
Blindagem;
Aterramento
EXERCÍCIO
Filtros lineares podem ser implementados apenas como elementos passivos, tais como,
capacitores, resistores e indutores. A utilização adicional de elementos ativos permite a
construção de filtros ativos.
Neste caso, a implementação de amp-ops e valores padronizados de resistores e
capacitores, de modo a não incluir indutores, pois indutores são elementos de difícil
construção.
Denomina-se filtro um circuito que seleciona freqüências.
Existem basicamente 4 tipos de filtros ativos.
fc f
0
fc f
0
Simbologia
Apostila de Transmissão de Sinais – Técnico em Telecomunicações 18
Escola Técnica SENAI Areias
Resposta ideal
0 f1 f2 f
f
0 f1 f2
Freqüência de Corte
É a freqüência em que a amplitude do sinal cai 3dB com relação a amplitude no meio da faixa.
0dB
-3dB
f(KHz
fc1 fc fc2
)
∆f
Definição: Q= fcentral
∆f
Exercício
Amplitude
7
6
5
4
3
f(Hz)
a) Qual o resultado se este sinal passar por um LPF com fcorte=300Hz, 500Hz e 1,5KHz?
b) E Por um BSF com fcentral de 10KHz e banda de 5Khz?
c) Se o sinal passar por um HPF com fcorte= 8KHz, qual o resultado?
7. Modulação
Neste caso o coeficiente atrito não permite que o bloco se mova, para solucionar
o problema colocou-se o bloco em cima de um carrinho.
No caso elétrico, o sinal de informação é o bloco e um outro sinal elétrico de alta
freqüência é o carrinho, ou seja, é quem carrega a informação. O resultado, sinal de
informação + portadora é chamado de sinal modulado.
FORMAS DE ONDAS
Para este tipo de caso não existe demodulador que consiga recuperar a informação a partir do
sinal modulado.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
2) Como podemos perceber acima os sinais modulantes de vem ter banda limitada para
que não haja superposição do espectro de duas estações adjacentes.
Ф
fc1 fc2 f
Obs.: Em AM o sinal modulante tem banda limitada de 5KHz, o que é suficiente par a voz, mas
não para o som de alta fidelidade
3) A modulação AM dobra a largura de banda exigida para o sinal original.
A análise do circuito pode ser feita facilmente a partir das formas de ondas nos
principais pontos, destacados na figura acima por 1,2,3 e 4. Na figura (A) temos o sinal da
portadora aplicado ao ponto 1 e na figura (B) o sinal modulante aplicado ao ponto 2. Esses dois
A figura acima mostra um bloco já conhecido, o modulador AM-DSB, que pode ser a
princípio qualquer um dos dois tipos estudados. O amplificador e o Pré-Amplificador de Áudio
são blocos de análise relativamente fáceis por ser resumirem a transmissores em operação
com amplificadores de pequenos sinais, que devem ser de conhecimento do leitor. O oscilador
de Rádio já foi estudado anteriormente. Já os Amplificadores de radiofreqüência merecerão
uma análise mais detalhada no item que diz respeito aos receptores AM-DSB.
A análise do diagrama de blocos como um todo é bastante simples e rápida: o oscilador
gera um sinal senoidal de alta freqüência e pequena amplitude. O microfone capta o sinal de
áudio de informação e assim temos os dois elementos básicos para gerar o sinal modulado.
Ocorre que o modulador funciona como carga tanto para o oscilador como para o microfone
(que por si só já necessita uma pré-amplificação). Uma carga dinâmica na saída do oscilador
pode causar alteração na freqüência de oscilação e como essa freqüência é a própria
portadora qualquer oscilação seria indesejável. Justamente, por isso, é colocado um
amplificador de RF na saída do oscilador, pois ele consegue isolá-lo da carga e adaptar os
níveis de tensão entre oscilador e modulador. Da mesma forma, é necessária a utilização de
um amplificador para a o sinal de áudio, a fim de tornar o nível de saída do pré-amplificador de
microfone compatível com o nível de entrada do circuito modulador.
Em algumas aplicações seria suficiente a amplificação dada ao sinal pelo próprio
circuito modulador, sendo que nesses casos, sua saída seria ligada diretamente à antena .
Ocorre que em muitos casos, a potência entregue à antena é bastante elevada, tornando-se
necessária a colocação de um ou mais estágios de amplificação de potência, sintonizados na
frequência da portadora. Esses estágios de amplificação são normalmente valvulares,
a) Detetor de envoltória
Nesse circuito, o papel da chave síncrona é executado pelo diodo detetor e o circuito
RC colocado a seguir cumpre seu papel de filtro passa-baixas. Uma análise mais detalhada do
funcionamento do circuito é feito pela figura (A), onde temos o sinal modulado em AM-DSB, na
figura (B) temos o que aconteceria com aquele sinal ao passar pela retificação imposta pelo
diodo, sem a colocação do capacitor C. Na figura(C) temos a tensão que se observa nos
terminais de saída, já com a colocação do capacitor e na figura (D), a tensão de saída
idealizada pois como a frequência da portadora é muito maior que a do sinal modulante, a
tensão de saída pode ser suposta uma cossenóide pura, somada a um nível DC (valor médio)
que pode ser facilmente eliminado por um acoplamento capacitivo feito em um estágio
posterior do receptor, como será visto adiante.
RECEPTOR SUPER-HETERODINO
É uma
evolução do receptor de RFS e que hoje permanece como padrões em receptores comerciais
AM-DSB. A figura abaixo mostra um diagrama de blocos típicos desse tipo de receptor.
A fim de evitar a alteração da banda passante com a variação da freqüência, neste tipo
de receptor a maioria dos circuitos sintonizados funciona em uma freqüência fixa e pré-
determinada, chamada freqüência intermediária (FI). Isso é possível já que a etapa de RF é um
filtro que seleciona a estação desejada e, em conjunto com ela (como mostra a linha tracejada
da fig. acima), é variada a freqüência de oscilação do oscilador local. Essa variação simultânea
7. Modulação em Freqüência
onde :
Ac - amplitude máxima da portadora
wc - freqüência angular da portadora
kf - constante relativa ao modulador
A relação entre a amplitude máxima da mensagem e a banda (W, usualmente sua
freqüência máxima) do sinal modulante (que, no caso geral, não é senoidal) é dada pelo índice
de modulação, β f : [1]
(2-0)
ASK
Na técnica ASK, a modulação ocorre através de mudanças na amplitude da portadora.
É transmitido um de dois sinais: s0(t) = 0, para o binário “0” e s1(t) = A cos (w0t), para o binário
“1”. É possível agrupar-se bits em símbolos, de forma a se obter esquemas ASK M-ários,
porém esses esquemas não são muito usados pelo Características:
fato de outros esquemas apresentarem melhor • Facilidade de modular e
desempenho quanto à taxa de erros. demodular;
• Baixo custo de implementação;
Apostila de Transmissão de Sinais – Técnico em Telecomunicações 40
• Sensível à ruídos;
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PSK
Esse esquema baseia-se na alteração da fase da portadora, de acordo com a
informação a ser transmitida. O esquema de modulação PSK oferece boa flexibilidade em
termos de compromisso entre banda necessária e taxa de erro, gerando assim uma grande
variedade de esquemas de modulação com base no PSK original.
No PSK binário, a representação dos bits se dá da seguinte forma: s0(t) = A cos (wt),
para o bit “0” e s1(t) = A cos (wt + π ), para o bit “1”. Em um esquema de modulação PSK M-
ário, são necessárias M diferentes fases, sendo que a cada log 2M bits é gerado um símbolo,
transmitido através de um sinal da forma A cos (wt + θ j ), j = 1, ..., M.
seja, há dois bits por símbolo. A representação geral de um conjunto de sinais com modulação
QPSK é da forma : [5]
si (t) = A cos [ wt + (i-1)π /2 + λ ] (2-0)
onde :
i = 1, 2, 3, 4
λ - fase inicial.
São gerados, dessa forma, sinais com fases λ , λ +π /2, λ +π e λ +3π /2.
(2-0)
Assim,
si (t) = A cos (wt + φ i) (2-0)
e expandindo o cosseno da equação, tem-se
si (t) = Ii A cos (wt) – Qi A sen (wt) (2-0)
onde :
(2-0)
O sinal pode ser visto então como duas portadoras em quadratura, com amplitudes A
cos φ i e A sen φ i . [5]
9. Sistemas Pulsados
fa ≥ 2fm
fa = 2fm + B.G.
( banda de guarda)
fa = freqüência de amostragem
fm = freqüência máxima do sinal
amostrado
Modular em amplitude um sinal trem de pulsos com base num sinal de informação.
♦
♦ PAQ: Palavra de Alinhamento do Quadro: 1111010000
♦ BS: Bits de Serviço
♦ BI: Bits de Informação (dividido igualmente para cada entrada: 50 bits, 52 bits ou 51
bits)
♦ C1 a C4: Bits de controle de justificação do tributário 1 a 4. Ci em “1” indica que Ji
contém bit de enchimento. Ci em “0” indica que Ji contém bit de informação. Os bits de
controle são triplicados a fim de criar uma certa tolerância a falhas. O receptor assume
que a maioria está correta.
Na figura a
seguir é apresentado
a estrutura genérica de um quadro STS-n do SONET, em que n indica o número de canais
básicos multiplexados em cada nível da hierarquia de multiplexação digital, conforme é
mostrado na tabela acima. A duração de um quadro STS ou STM é sempre de 125 μs, e seu
tamanho em octetos varia de acordo com o nível de multiplexação. Tanto o STM como o STS
possui um campo de informação útil chamado de Synchronous Transport Envelope (SPE), que
é inserido de forma variável em relação ao tempo, dentro da estrutura síncrona do STM/STS.
Além do campo de informação útil (payload), os quadros STM/STS possuem mais três
campos de informação ou cabeçalhos, os quais contêm informação para cada um dos
protocolos dos três níveis da rede síncrona: rota, linha e seção, e que por isso também são
chamados de:
♦ section overhead (SOH): informações de sincronismo de quadro entre outras;
♦ line overhead (LOH): utilizado para multiplexar e demultiplexar as Unidades Administrativas
(utilizado para compatibilizar SDH e PDH)
♦ path overhead (POH): O POH e o payload formam o campo do SPE, cujo início pode flutuar
em relação à estrutura síncrona fixa do SDH/SONET. Os cabeçalhos LOH e o SOH estão
localizados na parte fixa do quadro STM/STS. No nível de linha é feita a multiplexação e por
isso os ponteiros (bytes H1, H2, H3), que implementa o mecanismo de adaptação entre o
relógio do tributário e o relógio mestre do sistema SDH, estão localizados neste cabeçalho.
O número de bytes associados a um determinado quadro, e o número de bytes dos
diversos campos que o compõem, varia em cada nível de multiplexação de acordo com o valor
de n. Assim, por exemplo, com n=1, obtemos o quadro STS-1 básico, que é mostrado na figura
a seguir.
A cada quadro STS-3c está associada uma banda de 155,52 Mbit/s (cada byte fornece
uma banda de 64 kbit/s). O quadro STS-3c é formado por 2430 bytes, destes, 90 são
consumidos pelo TOH (Transport Overhead), constituído pelo SOH e o LOH, o que implica que
2349 bytes são ocupados pelo SPE (Synchronous Payload Envelope) que é formado pelo POH
Breve Histórico
Idéia original de Arthur C. Clarke: colocação em órbita de 3 repetidores separados a
120o sob a linha do equador a 36000 km de altitude (Geo). Os repetidores teriam a finalidade
de realizar a comunicação de rádio e tv a todo globo.
Primeiros experimentos (U. S. Army) de propagação de radiocomunicações entre 1951 e 1955
utilizando a lua, como refletor passivo. Não houve sucesso devido a grande distância entre a
terra e a lua e à falta de tecnologia para operar com sinais de baixíssima amplitude e relação
sinal/ruído.
Sputnik 1, realiza a 1a. experiência de transmissão e recepção de sinais do espaço. O
Sputnik 1 enviava para Terra sinais nas freqüências de 20 e 40 MHz, o que provava a
possibilidade de uma comunicação à longa distância.
No final de 1960, com a troca das baterias por células solares realizou-se uma
retransmissão de dados enviados da Terra.
Telstar 1 (1o. satélite de comunicações) lançado em 1962. Tinha órbita baixa e foi o
primeiro satélite de utilização comercial, patrocinado pela Corporation AT&T (American
Telephone and Telegraph).
No Brasil, a expansão da telecomunicação, começou com a família de satélites
Brasilsat, atualmente formada pelo A2 - de primeira geração - e pelos B1, B2 e B3 – de
segunda geração, lançados pela Embratel a partir de 1985.
Na década de 90, o sistema VSAT (Very Small Aperture Terminal) surgiu e se firmou no
espaço como mais um meio físico para o uso das comunicações. Utiliza uma menor banda nos
transponders, antenas menores e, em conseqüência, mais potência no enlace de subida e de
descida.
As principais aplicações globais são: Meteorologia; Fins Militares; Transmissão de
emissões rádio e TV; Comunicação e localização (ex: GPS ); Telecomunicações; Conexões de
telefones globais, etc.
LEO (LowEarthOrbit – baixa órbita elíptica terrestre): abaixo dos 2000 km;
MEO (MediumEarth Orbit –média órbita elíptica terrestre): entre 5000 km e 15000 km;
HEO (High EarthOrbit – alta órbita elíptica terrestre): a partir de 20000 km (satélites
geoestacionários – GEO).
10.2 Bandas
Redes VSAT
Os sinais recebidos do satélite são muito fracos e precisam ser amplificados. Para
minimizar a geração de ruídos no processo de recepção, é utilizado um módulo LNA (Low
Noise Amplifier). A amplificação e conversão para a freqüência adequada ao uplink são
realizadas pelo módulo Power Amplifier/Frequency Converter. Exemplos de protocolos usados
nas redes VSAT: ATM, Frame Relay, IP, X25, ISDN.
♦ P-ALOHA: quando um dado terminal tem um quadro a ser transmitido, ele o transmite
instantaneamente, mesmo se o canal estiver sendo utilizado. O terminal “ouve” o
meio e, caso esteja ocupado, respeitando o tempo de atraso inerente, assume que
a mensagem foi enviada com sucesso. Caso contrário ele aguarda um tempo
aleatório para retransmitir o quadro. Alguns sistemas reconhecem se o quadro foi
devidamente transmitido por um ack vindo do HUB.
♦ Slotted-Aloha: tem como objetivo reduzir a taxa de colisões comparativamente com o
processo P-ALOHA se sobreponham o máximo possível. O método utilizado faz com
que as transmissões dos quadros só possam ocorrer em períodos determinados. Um
quadro não pode interferir com o outro que já esteja na metade de sua transmissão.
Este sistema praticamente dobra a eficiência em relação ao anterior. A sincronização se
dá através do relógio do HUB.
♦ O TDMA se caracteriza pela divisão no tempo do sinal processado pelo transponder. O
método mais utilizado dentro desta técnica é o TDMA-DA (Demand Assignment) onde o
HUB fica responsável por alocar o slot para a transmissão de cada terminal VSAT de
acordo com a transmissão previamente requerida. TDMA é o método mais utilizado nas
redes VSAT comerciais.
♦ Na técnica FDMA cada terminal VSAT transmite com uma portadora exclusiva. Assim,
se obtém para cada transponder a divisão em freqüência dos canais. Nas redes VSAT
que utilizam a técnica CDMA, cada terminal recebe um número pseudo-randômico (PN)
único, utilizado para codificar e decodificar suas transmissões. Vários VSAT podem
transmitir simultaneamente na mesma freqüência, sendo o sinal separado na recepção
pelo HUB.
♦ A transmissão do HUB também é codificada da mesma forma, porém um único PN é
atribuído a ele, o que permite a recepção por todos os terminais. Com o protocolo
11. Sistemas de TV
Fig. 33: Desenho esquemático do tubo da Fig, 34: Feixe de elétrons fazendo a
câmera varredura
Como no olho humano, a imagem não pode ser formada como um todo. Ela é varrida ponto a
ponto, onde cada ponto registra a intensidade de luz que aquele ponto representa no todo da
imagem. É como a pintura com a técnica do pontilhismo. Se olharmos bem de perto veremos
apenas pontos claros e escuros com seus tons intermediários. A distanciarmos o olhar da tela
percebemos que o conjunto de pontos forma uma imagem. Quanto mais pontos forem
colocados, mais detalhes percebemos na imagem.
O Tubo de Imagens é formado por um cilindro de vidro onde, de um lado tem uma superfície
construída com muitos elementos químicos individuais dispostos lado a lado formando uma
linha. Cada ponto, também chamado "pixel", é um elemento sensível à luz. A TV brasileira
trabalha com o padrão americano denominado "M", que utiliza 525 linhas para formar uma
imagem, sem movimento, completa, chamado "quadro" ou no seu termo original "frame". O
padrão de 525 linhas por quadro é utilizado devido ao sincronismo da nossa rede de energia
elétrica que trabalha com 60 Hz (sessenta hertz) como freqüência, Países onde a energia
elétrica é gerada com a freqüência de 50 Hz como Alemanha, Argentina, e outros
principalmente na Europa, o sincronismo da imagem é formada por 625 linhas por quadro e 25
quadros por segundo para dar a sensação de movimento.
Quando a luz refletida pelo objeto enquadrado é projetada sobre os elementos sensíveis, cada
elemento, ou pixel, é sensibilizado com maior ou menor intensidade, conforme a luz que bate
naquele ponto. Luz mais clara, maior sensibilização, luz mais escura, menor sensibilização.
Do outro lado do cilindro é colocado um filamento que aquece quando submetido à uma
alimentação elétrica. Logo a frente do filamento há um metal chamado cátodo, que emite
elétrons quando submetido ao calor gerado pelo filamento. Entre o cátodo e a superfície
sensível à luz há um conjunto eletromagnético chamado grade, que atrai os elétrons liberados
pelo cátodo, dando-lhes velocidade. Quando a grade dá velocidade aos elétrons, eles passam
Sistema de
Sistema de
transmissão de
geração
TV(RF) EM País
de
VHF(CANAIS 2 A
vídeo(Broadcast)
13)
Estados Unidos, Canadá,
M M
Coréia, Japão, Brasil
Uruguai, Argentina,
N M
Paraguai,..
Alemanha, Itália, Espanha,
B/G G
Portugal,..
I I Reino Unido, Hong-Kong,...
D/K K China, Rússia(CIS), ...
As designações do quadro acima referem a diferença nos processos de
transmissão das diversas informações, como freqüência da sub-portadora de áudio e croma,
largura da banda de F.I., e outras características.