Professional Documents
Culture Documents
PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
DEDICATÓRIA E AGRADACIMENTOS....................pág. 1
INTRODUÇÃO......................................................pág. 2
Critério da Resistência, Critério da deformação, Critério da corrosão,
Critério de choques, Critério do processo, Critério baseado em
considerações econômicas, Relação de transmissão.
DEDUÇÃO DE FÓRMULAS.....................................pág. 5
RENDIMENTO......................................................pág. 9
A idéia que gerou a formulação desta apostila foi a de diminuir o tempo perdido
com as anotações dos alunos durante o curso. Tempo este que, com certeza,
será melhor aproveitado na execução dos trabalhos propostos e debates em
sala de aula.
Que esta apostila venha a ser uma companheira de todos os alunos, que
enfrentam todos os tipos de desafios em busca de conhecimento e melhores
condições de trabalho, que ela também estimule a busca da máxima
lucratividade e qualidade dos serviços, resultando em plena satisfação de todos
os profissionais envolvidos.
Agradecimentos:
V1 - 1
PARTE I
INTRODUÇÃO
Máquina é um conjunto de mecanismos, e os mecanismos são constituídos de peças
entendidas como elementos fisicamente separáveis do conjunto. Em última análise,
projetar uma máquina é projetar suas peças.
O projeto leva ao desenho de detalhes. Estes contém:
1) Forma da peça;
2) Dimensões (cota) tamanho;
3) Tolerância, (dimensionais, formais);
4) Acabamentos superficiais;
5) Materiais e seus tratamentos;
6) Informações complementares.
1 – CRITÉRIO DA RESISTÊNCIA
É o critério pelo qual as dimensões da peça são determinadas, de modo que a mesma
não apresente ruptura. Analogamente, pode-se determinar as dimensões da peça de
modo a:
- não apresentar escoamento.
- não apresentar ruptura por fadiga.
V1 - 2
λ = Deformação devido aplicação de carga “P”
V1 - 3
6 – CRITÉRIO BASEADO EM CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS
Por esse critério as dimensões são definidas fora do campo de visão estritamente
técnico. Devem levar em conta:
A – Padronização;
B - Diminuição de número de peças;
C - Diminuição no custo de manutenção;
D – Custo de produção.
7 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
Mediante o avanço tecnológico e atualizações de cálculos, baseados em produtos de
linha tais como: Rolamentos, Correias, Acoplamentos, etc., e a grande variedade de
produtos disponíveis no mercado, o roteiro de cálculo será baseado no critério adotado
pelo próprio fabricante para a obtenção precisa dos resultados.
“Reduzir”:
Os motores são tabelados com certas rotações, porém, a entrada de uma máquina
poderá ter qualquer rotação. Se esta for menor que a do motor, devemos fazer um
acionamento para reduzi-la.
Onde i > 1, a roda motora é sempre menor que a roda movida.
DEDUÇÃO DE FÓRMULAS
S
= =
V (V Velocidade; S = Espaço; T = Tempo)
T
s=π.D
A rotação “n” é o espaço percorrido por minuto (rpm): S
n=
T
Então a fórmula ficará:V = π. D .n (m/min) (Diâmetro da roda “m”)
Se: V1 = π . D1 .n1 e V2 = π . D2 .n2 (V1 = Motora; V2 = Movida)
Logo,π . D1 . n1 = π. D2 . n2
Racionalizando:
n1 D 2
D 1 . n1 = D 2 . n 2 → =
n 2 D1
Então a relação de transmissão “i” pode ser expressa como:
n 1 D 2 Z 2 rpmMotora Z 2 Movida
i= = = = = Onde: η = rpm
n 2 D1 Z1 rpmMovida Z1 Motora D = diâmetro
ηInicial Z = n° de dentes
i t = i1 . i 2 . i 3 . ... ou (i t = i total )
ηFinal
Observação:
Para cálculos com engrenagens, a relação de transmissão deverá obedecer certas
regras que adotamos no momento i < 5. Ex.: Para saber o N.º de pares de
engrenagem em um redutor, no caso para
Onde: uma relação 1:35, primeiro colocamos os
n1 = Rotação Motora;
valor máximo adotado para cada par = 5
n2 = Rotação Movida;
D1 =Roda Motora; Teremos: it = 35 ∴ it = i1 . i2 . i3 . i4 . i5 .
D2 = Roda Movida; iη
π = 3,141592654. 35
Teremos: 35 = 5 . i2 ∴ = 7 ultrapassa
5
Para calcular uma relação o valor máx i < 5 ∴ 35 = 5 . 5 . i3 ∴ i3 =
de transmissão num par de engrenagem. partindo
35
da relação total, obedecemos a seguinte fórmula: ∴ 1° par
25 2° par 3° par
i = it
q
i3 = 1,4 ∴ < 5 esta dentro do admissível.
Sendo:
i = Relação de um par de engrenagem; Conclusão: usaremos 3 pares.
q = Quantidade de pares de engrenagem; De posse dos dados anteriores sabemos
it = Relação de transmissão total. que 3 pares são suficientes ∴ p/ equalizar
as relações de transmissão por par
usamos a equação recomendada:
i por par = q i t ∴ i por par = 3 35
i por par = 3,27
V1 - 5
MOMENTO TORÇOR (MT) OU TORQUE
A medida da eficiência de uma força, no que refere a tendência de fazer um corpo
girar em relação a um ponto fixo, chamamos momento da força em relação a esse
ponto.
DEDUÇÃO DA FÓRMULA
F. V MT 2 . MT π.D.n
N= ; F= ou F= ; V=
75 R D 60
Onde:
N = Potência (CV)
F = Força (kgf)
V = Velocidade (m/seg)
MT = Momento Torçor (kgf. cm) ( kgf . m)
R = Raio (m, cm)
D = Diâmetro) (m, cm)
n = Rotação (rpm)
(2 . MT) . (π . D . n)
F. V D 60
N= → N=
75 75
MT . 0,10472 . n 716,19 . N
N= → MT = (kgf m)
75 n
Alterando a constante 716,19, obtém-se outras unidades:
716,19 = Kgf m
71619 = Kgf cm
716190 = Kgf mm
Onde:
MT = F.B
B = Comprimento do braço
Onde:
MT = F.R
R = Raio do disco
Nos casos acima, a unidade de “MT” varia conforme a unidade de “B” e “R”
V1 - 6
POTÊNCIA (N)
Para explicar potência é necessário recordar o que segue abaixo:
“Trabalho”:
É o produto da intensidade da componente força na direção do deslocamento, pelo
comprimento do deslocamento.
T = F. S (kgfm)
“Potência”:
É o trabalho realizado na unidade de tempo:
T F. S
N= →N=
t t
S
Como: V= , então N = F . V (kgfm / seg)
t
Onde:
N = Potência (kgfm/seg)
F = Força (kgf)
V = Velocidade (m/seg)
A introdução do cavalo vapor (CV) deu-se em 1789 por James Watt. Ele projetou uma
máquina que aproveitava a energia potencial do vapor d’água para mover uma roda, a
fim de produzir trabalho.
Para transformar sua descoberta em uma equação, ele comparou com algo que
simbolizava em sua época a força; então ele pegou um cavalo bastante forte que
conforme figura abaixo, era capaz de elevar uma carga de 75 kgf a um metro de altura
em cada segundo.
120.Hz
ns = nas ≅ 0,95 . ns
Se: kgf . m F.V NP
1CV = 75 , então N = (cv)
seg 75
F. V
Onde: N= (H P) N = POT . HP
76
N = Potência (CV) F = Força kgf
F = Força (kgf)
V = Velocidade (m/seg) V = Vel. m /s
ns = Rotação síncrona
nas = Rotação assíncrona 75 kgf
NP = Número de polos Força = 75 kgf
Hz = Frequência no Brasil F' . V
N= (HP) N = POT HP Distância = 1m
60Hz, no Japão 50Hz 745
Tempo =1Seg
F' = ForçaNewton
Trabalho=75kgm
V = Velo.m /s Potência = 1 CV
I kgf = 9,8 Newton
N = Potência cv F. V
N=F.V (W) N = ( KW )
F '. V F’= Força Newton 1000
N = V = Velocidade m /s
735 N = Potência (W)
I kgf = 9,8 Newton Força Newton
V = Velocidade m /s
η = Rendimento
TABELA DE CONVERSÃO
POTÊNCIA MULTIPLICAR POR PARA OBTER
CV 0.736 KW F.V
N= (KW)
HP 0.746 KW 1000. η
HP 1.014 CV
CV 0.9863 HP
KW 1.34 HP
KW 1.36 CV
V1 - 7
Há outras formas de expressar a fórmula de potência:
“Potência de Levantamento”:
É a potência para levantar um objeto em determinado tempo. Obs.: 1 Kgf = 9,8Newton
F. π.D.n
N= (cv)
75 . 60 . η (KW)
F.V
Onde: N=
102
N = Potência (CV)
Onde:
F = Força (kgf)
D = Diâmetro da roda (m) N = Potência (KW)
n = Rotação (rpm) F = Força (Kgf)
ou V = Velocidade (m/s)
Q . V . 1000
N= (cv) F`.V (KW)
60 . 75 . η N=
Onde: 1000
Onde:
Q = Força (Ton) N = Potência (KW)
V = Velocidade (m/ min) F` = Força (Newton)
η = Rendimento do sistema até o motor
V = Velocidade (m/s)
Tensão.Corrente
N= (kw ) Tensão = Volts Corrente = Ampéres
1000
Tensão.Corrente
N= (CV )
736
“Potência de Translação”:
“Potência de Giro”:
4 . J . n2 J total . n 2
N= (cv ) P= (kw )
t . 270000 91200 . ta
P = Potência (kw )
n = Rpm
ta = Tempo Aceleração seg.
Onde:
RENDIMENTO
PotênciaUtil PotênciaSaída
η= ou η= η <1
PotênciaAbsorvida PotênciaEntrada
O rendimento não tem unidade, é um número puro. Porém, pode ser expresso em
porcentagem. Exemplo:
PotênciaSaída 5
η= η= → 0,83 ou 83%
PotênciaEntrada 6
V1 - 9
VALORES APROXIMADOS DOS RENDIMENTOS DOS ELEMENTOS DE
MÁQUINAS
ELEMENTOS DE MÁQUINAS η
Mancais de escorregamento 0,95 a 0,98
Mancais de roletes 0,98
Mancais de rolamentos 0,99
Engrenagens cilíndricas fundidas 0,93
Engrenagens cilíndricas frezadas 0,96
Engrenagens cilíndricas cônicas fundidas 0,92
Engrenagens cilíndricas cônicas frezadas 0,95
Correias planas 0,96 a 0,97
Correias em V 0,97 a 0,98
Correntes silenciosas 0,97 a 0,99
Correntes Renold 0,95 a 0,97
Cabos 0,94 a 0,96
Rosca sem fim ( aço - bronze) com 1 entrada 0,50 a 0,60
Rosca sem fim ( aço - bronze ) com 2 entradas 0,70 a 0,80
Rosca sem fim ( aço - bronze ) com 3 entradas 0,80 a 0,85
Parafuso de movimento com 1 entrada 0,25 a 0,30
Parafuso de movimento com 2 entradas 0,40 a 0,60
Talhas com 2 roldanas 0,94
Talhas com 3 roldanas 0,92
Talhas com 4 roldanas 0,91
Talhas com 5 roldanas 0,89
Talhas com 6 roldanas 0,87
Talhas com 7 roldanas 0,86
Talhas com 8 roldanas 0,83
Talhas com 9 roldanas 0,82
Talhas com 10 roldanas 0,80
Acoplamento 0,92 a 0,98
V1 - 10
EXEMPLOS PRÁTICOS PARA CÁLCULOS DE ACIONAMENTOS
1.
RESPOSTAS:
1) 7T = 7000 kgf
Distância do braço (raio do tambor) = 150 mm = 15 cm
2) 3T = 3000kgf
r = 150 mm = 15 cm
MT = F.r ∴ MT = 3000.15 ∴ MT = 45000 kgf. cm
3) MT resultante: os pesos por estarem com giros opostos tentam se equilibrar, mas
um é mais pesado que o outro ∴
MT resultante: Mt2 – Mt1 ∴
105000 – 45000 = 60000 kgf. cm ∴
MT resultante = 60000 kgf. cm
4) Potência:
Mt . n
N= ∴
71620
entra em metro
π.D.n π . 0,3 . n 0,1. 60 n = 6,4 rpm
V= ∴ 0,1 = =n = ∴
60 60 3,14 . 0,3
MT . n 60000 . 6,4
N= ∴ = ∴
71620 71620
V1 - 11
5) Rendimento global:
Obs: para que o motor trabalhe com folga sem aquecer, é recomendável acrescentar
de 15% a 20% a mais na potência final do motor.
V1 - 12