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METODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À SAÚDE- MI-034

MEDICINA - UFPR – 2009

Amostra

universo

Eliane Cesário Maluf


1
Porque se preocupar com

 o tamanho da amostra?

 Porque trabalhar com amostra e não com o


Universo?

 Vantagens e desvantagens?

2
AMOSTRA ?

qualquer conjunto cujas características ou


propriedades são estudadas com o objetivo
de estendê-las a outro conjunto.

3
AMOSTRA

 Permite q/ façamos raciocínio em que,


partindo-se de uma parte, procura-se tirar
conclusões sobre o todo.

Representatividade!

4
AMOSTRA

Na maioria das vezes, por impossibilidade ou


inviabilidade econômica ou temporal,
limitamos as observações referentes a uma
determinada pesquisa a apenas uma parte
da população. A essa parte proveniente da
população denominamos amostra.

5
AMOSTRA

população
alvo

população em estudo
“amostra”

• Como este processo é sujeito a erro, a estatística


fornece a probabilidade de se estar cometendo um
erro no processo de indução

6
População e Amostra

 População: todos os pacientes que


poderiam, eventualmente, ser recrutados
para um estudo.

Ao conjunto de elementos portadores de, pelo menos,


uma característica comum denominamos população
estatística ou universos estatístico.

7 Eliane Cesário
Inquérito Populacional

“Os eleitores do município X constituem


uma população,Universo, pois apresentam
pelo menos uma característica comum:
são os que votam.”

8
A qualidade da amostra….

 Garantira ou não a representatividade do


Universo.

9
Pesquisas de opinião
Como selecionar uma amostra, de tal modo que as informações
possam ser expandidas para a população ?

N=5

N=15
10
Você e contratado para fazer uma pesquisa para estimar a preferência
dos paranaenses para o próximo prefeito de Curitiba.

Como você selecionara uma amostra de n pessoas dentre os


moradores do município?

11
A amostra abaixo é representativa da população?

12
A amostra abaixo é representativa da população?

13
Esta amostra é representativa da população?

Ao selecionar uma amostra devemos considerar alguns critérios


de acordo com o tipo de pesquisa. Exemplo: distribuição da
população por região, sexo, nível sócio-econômico, idade...
14
AMOSTRA

Para as inferências serem corretas, é necessário


garantir que a amostra seja representativa da
população. É preciso, pois, que a amostra seja
obtida por processos adequados.

Amostragem
15
Tamanho da Amostra

Dimensionamento de Amostras

Erros alfa e beta

16 Eliane Cesário
Segundo a Diferença a Ser Detectada (Médias)

Diferença entre as médias dos grupos: Desvio Padr ão

0.80 0.05
Potência: Nível de significância:
 
Uma Cauda(One-sided) Duas Caudas(Two-sided)

Apagar

TAMANHO MÍNIMO DA AMOSTRA =

A media da Hb sanguínea e mais alta em alunos de escola privada

Site dante lee epidemiologia


17 Eliane Cesário
Segundo a Diferença a Ser Detectada Entre Duas Proporções
Cálculo do tamanho mínimo das amostras para se identificar uma
eventual diferença entre as proporções (percentuais) observados em dois
grupos.

Cálculo do Tamanho de Uma Amostra


Segundo a Diferença a Ser Detectada (Proporções)
Parte superior do formulário

Proporção1: Proporção2:
0.80 0.05
Potência: Nível de significância:
Apagar

TAMANHO DA AMOSTRA PARA CADA POPULAÇÃO =

18 Eliane Cesário
Calculo da amostra

 Tipos de estudo
 Variáveis
 Características da população

19
Amostragem

• é a maneira como se obtém um subgrupo da


população para entrar no estudo;

• é o procedimento através do qual a amostra é


obtida de uma população, por meio de processos
bem protocolados e controlados pelo
pesquisador.

20 Eliane Cesário
Exemplo:

Voce precisa de uma amostra de sangue


para avaliar o leucograma do paciente

Amostragem?????

(1)A amostra de glóbulos brancos de uma


gota de sangue qualquer é representativa da
população, pois a distribuição dos glóbulos
brancos é homogênea no corpo todo.

21
Amostragem

Programa eleitoral: indivíduos escolhidos dentre os moradores de certa


região beneficiada por um projeto governamental são entrevistados
para dar opinião sobre o atual prefeito.

??????????????

Uma amostra de indivíduos escolhida intencionalmente


dentre os moradores de certa região beneficiada por um
projeto governamental não é representativa no que diz
respeito à opinião de toda a população, pois conterá um
viés de seleção. Assim, nesta amostra, a proporção de
favoráveis ao prefeito será maior do que no todo.

22 Eliane Cesário
·        Amostragem probabilística: garante que
cada elemento da população tenha igual chances
de ser amostrado.

        É a melhor recomendação no sentido


de se garantir a representatividade da
população.

23 Eliane Cesário
amostragem probabilística

1 - Amostragem casual ou aleatória simples: é o


processo de enumerar cada elemento da população
acessível e selecioná-los aleatoriamente.

24 Eliane Cesário
amostragem

 Este tipo de amostragem é equivalente a um


sorteio lotérico.
 Na prática, a amostragem casual ou
aleatória simples pode ser realizada
numerando-se a população de 1 a n e
sorteando-se, a seguir, por meio de um
dispositivo aleatório qualquer, k números
dessa seqüência, os quais corresponderão
aos elementos pertencentes à amostra.

25
Exemplo:
Vamos obter uma amostra representativa para a pesquisa de prevalência
de doenças respiratórias na população

26
EX. Poluicao e problemas respiratorios
Exemplo:
Vamos obter uma amostra representativa para a pesquisa da estatura de
alunos de uma escola com 90 alunos:

a. Numeramos os alunos de 01 a 90. A amostra conterá 10% da população

b. Escrevemos os números, de 01 a 90, em pedaços iguais de


um mesmo papel, colocando-os dentro de uma caixa.
Agitamos sempre a caixa para misturar bem os pedaços de
papel e retiramos, um a um, nove números que formarão a
amostra. Neste caso, 10% da população.

27 Eliane Cesário
Amostragem casual ou aleatória simples
(números grandes)

Opção: Tabela de Números Aleatórios

• construída de modo que dez algarismos (0 a 9) são distribuídos ao


acaso nas linhas e colunas (já estão prontas)

28 Eliane Cesário
Amostragem
 Para obtermos os elementos da amostra usando a
tabela, sorteamos uma coluna, a partir do qual
iremos considerar números de dois, três ou mais
algarismos, conforme nossa necessidade.

 Os números assim obtidos irão indicar os elementos


da amostra.

29
Tabela de Números Aleatórios (programas estatisticos, livros)

12344 56677 88999 00054 56788 99032


34440 54567 88990 32344 05456 78899
03234 49 9 0 3 2 3 4 4 0 9 9 0 3 2 3 4 4 0 9 9 0 3 2 3
44099 03233

A leitura da tabela pode ser feita horizontalmente (da direita para a


esquerda ou vice-versa), verticalmente (de cima para baixo ou vice-versa),
diagonalmente (no sentido ascendente ou descendente) ou formando o
desenho de uma letra qualquer.

A opção, porém, deve ser feira antes de iniciado o processo e mantida ate o
final.

30 Eliane Cesário
12344 56677 88999 00054 56788 99032
34440 54567 88990 32344 05456 78899
03234 49903 23440 99032 34409 90323

Assim, para o nosso exemplo, considerando a 2ª coluna, tomamos os


números de dois algarismos (tantos algarismos quantos formam o
maior número da população), obtendo:
56 54 49 88 23 32 05 34

Medindo as alturas dos alunos correspondentes aos números sorteados,


obteremos uma amostra das estaturas dos noventas alunos.

31 Eliane Cesário
Amostragem Proporcional Estratificada

Muitas vezes a população se divide em subpopulações -


estratos.
Como é provável que a variável em estudo apresente, de
estrato em estrato, um comportamento heterogêneo e, dentro
de cada estrato, um comportamento homogêneo, convém que
o sorteio dos elementos da amostra leve em consideração tais
estratos.

32 Eliane Cesário
Exemplo:

Supondo, no exemplo anterior, que dos noventa alunos, 54 sejam


meninos e 36 sejam meninas, vamos obter a amostra proporcional
estratificada.

São, portanto, dois estratos (sexo masculino e sexo feminino) e


queremos uma amostra de 10% da população. Logo, temos:

SEXO POPULAÇÃO AMOSTRA

M 54 5
F 36 4

TOTAL 90 9
33 Eliane Cesário
Numeramos os alunos de 01 a 90, sendo que de 01 a 54 correspondem
meninos e de 55 a 90, meninas. Tomando na Tabela e Números
Aleatórios sorteou-se a primeira coluna para dar início; de cima para
baixo, obtivemos os seguintes números:
12 34 03 56 54 49 88 23 32

Temos então:
12 34 03 49 54 - para os meninos
56 88 78 90 - para as meninas.

Tábua de números aleatórios


12344 56677 88999 00054 56788 90032
34440 54567 88990 32344 05456 78899
03234 49903 23440 99032 34409 90323

34 Eliane Cesário
·       Amostragem não probabilística: é mais prática e mais fácil
de se obter, mas com maior potencial de erro aleatório.

·       Amostragem consecutiva: amostrar todos os pacientes que se


encontram nos critérios de seleção dentro de um intervalo de tempo, ou
número de pacientes previamente especificado.

       Amostragem conveniente: é o processo de amostrar os membros da


população acessível que estejam facilmente disponíveis.

       Amostragem por julgamento: amostrar os pacientes mais apropriados


para o estudo.

35 Eliane Cesário
1.   Amostragem Acidental: quando a amostra é formada por aqueles elemento
que vão aparecendo, até completar o número de elementos desejados.
Exemplo: geralmente utilizada nas pesquisas de opinião em que
os entrevistados são acidentalmente escolhidos.

2.    Amostragem Intencional: de acordo com um determinado critério, é


escolhido intencionalmente um grupo de elementos que irão compor a
amostra.

  3.    Amostragem por Quotas: é um dos métodos de amostragem mais


comumente usado em levantamentos de mercados e em prévias eleitorais.

36 Eliane Cesário
·        Vício do voluntário: existem inúmeras diferenças entre aqueles
que aceitam e os que não aceitam participar dos estudos. Voluntários
geralmente são mais preocupados com a saúde, têm melhor
escolaridade, têm melhor aderência ao tratamento, são mais ativos
em tarefas comunitárias, etc.

37
Preciso me preocupar com a amostra?

 Obrigada!

38
Amostragem – Epi-info

39
AFERIÇÃO DAS VARIÁVEIS

40
AFERIÇÃO DAS VARIÁVEIS
·  

(acurácia e precisão)
 
PLANEJAMENTO DA AFERIÇÃO DAS VARIÁVEIS:
 
As aferições são observações que descrevem as variáveis em
termos que podem ser quantificadas e analisadas
estatisticamente.

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Existem 2 formas de erros: de seleção ou de aferição (ou de medida
das variáveis), cada um com componentes sistemáticos e aleatórios.
A estratégia para realizar aferições sem erro visam a precisão
(ausência de erro aleatório) e a acurácia (ausência de erro
sistemático).
 
Precisão: é a extensão em que as aferições repetidas de um fenômeno
fornecem resultados próximos uns aos outros. É o mesmo que
confiabilidade e reprodutibilidade.
 
Acurácia: é o grau pelo qual as aferições fornecem resultados
próximos ao real. É o mesmo que validade. A acurácia de um
resultado é afetada por erro sistemático ou vício, sendo menos
acurado quanto maior o vício.

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FONTES DE VARIABILIDADE: dependendo das circunstâncias em que
são feitas, as aferições clínicas podem ter grande variabilidade,
distorcendo a realidade de um fenômeno. As fontes de variabilidade
são o observador, o observado e o instrumento. Os efeitos dessa
variabilidade são cumulativos e podem levar a resultados muito
diferentes dos verdadeiros- CAOS.

ESTRATÉGIAS PARA DIMINUIR A VARIABILIDADE DAS


AFERIÇÕES:
 
-         Padronização dos métodos de aferição: através de
instruções específicas para realizar medições. Aumenta a precisão
e acurácia.
-         Treinamento e certificação dos observadores: aumenta a
precisão e acurácia.

43
ESTRATÉGIAS PARA DIMINUIR A VARIABILIDADE DAS
AFERIÇÕES:
 
-         Padronização dos métodos de aferição: através de
instruções específicas para realizar medições. Aumenta a
precisão e acurácia.

-         Treinamento e certificação dos observadores: aumenta


a precisão e acurácia.

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-         Cegamento: esta estratégia clássica não
reduz todos os erros das aferições , mas pode
eliminar o vício diferencial que afeta um grupo
de estudo mais que outro (quando um grupo
do estudo sofre aferições sistematicamente
diferente de outro). Um estudo cego ocorre
quando os pacientes ou os observadores não
conhecem quem possui o fator em estudo. Um
estudo duplo cego ocorre quando os pacientes
e os observadores não conhecem quem possui
o fator em estudo. Aumenta a acurácia mas
não a precisão.
-         Calibração dos instrumentos: usando um
padrão – aumenta a acurácia mas não a
precisão.

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Escala para medir variáveis: categóricas e contínuas
a) categoricas: nominais ( não podem ser classificadas em
categorias o em ordem – sexo, tipo sangüíneo, presente/ausente,
vivo/morto) ou ordinais, para dados que possuem alguma ordem
inerente, mas cujos intervalos não podem ter seu tamanho
especificado (leve/moderado/intenso), sopro de + a ++++.
b) Contínuas: possuem ordem inerente e intervalos com tamanho
conhecido, como peso, n. de cigarros/dia, creatinina sérica.

•As variáveis contínuas possuem mais informações que as


categóricas e podem se submetidas a testes estatísticos mais
poderosos.

46
Amostragem – Epi-info

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