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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CLÍNICA MÉDICA DE PQUENOS ANIMAIS
Vanessa Corsi
____________________________
Membro
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Membro
____________________________
Professor Orientador
Presidente
iii
Agradecimentos
À minha família pelo incentivo.
Aos meus colegas de trabalho por
experiências compartilhadas e a
minha Orientadora Maria Cristina
Nobre e Castro apoio pelo suporte
prestados.
iv
CORSI, Vanessa. Doença Renal Crônica em Pequenos Animais. 2007.
Trabalho de Conclusão de Curso – Clínica Médica de Pequenos Animais, UCB.
RESUMO
V
CORSI, Vanessa. Renal Chronic Disease em Pequenos Animais. 2007.
Trabalho de Conclusão de Curso – Clínica Médica de Pequenos Animais, UCB.
ABSTRACT
The renal chronicle insufficiency injures several functions and causes innumerable consequences
to the organism. Some dogs and cats breeds have a larger predisposition to illness due to genetic
problems. The insufficiency renal cannot be cured, but its progressing and severity can be
reduced. As any irreversible illness, the treatment prolong the life of patients, however to offer
better quality of life, that measure inclued medicines that can interfere with the progress of Renal
Chronic Disease, reduce the quantity of the proteins, therapy fluid, hydric supply without
restrictions, peritoneal hemodialysis and dialysis. The proposal of this is to describe the principal
causal factors the insufficiency chronicle renal, the consequences that it generates to the animals,
thying to obstain a precocious diagnostic, and to better the life expectations the animal.
vi
“Não se pode ensinar alguma coisa a
alguém, pode-se apenas auxiliar a
descobrir por si mesmo.”
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
viii
SUMÁRIO
Resumo v
Abstract vii
Lista de Abreviações viii
Parte
1. Introdução 01
2. Doença Renal Crônica 03
3. Fatores Causais para Doença Renal Crônica 06
4. Conseqüências da Insuficiência Renal Crônica 09
4.1. Prejuízos na Concentração de Urina 09
4.2. Azotemia e Uremia 10
4.3. Manifestações no Sistema Digestório 11
4.4. Conseqüências hematológicas 13
4.5. Pressão Sangüínea Sistêmica 13
4.6. Acidose Metabólica 14
4.7. Hiperparatireoidismo Secundário e Terciário 15
5. Diagnóstico 17
5.1. Anamnese 17
5.2. Exame Físico 17
5.3. Avaliação Laboratorial 18
5.4. Radiografia 19
5.5. Ultra-sonografia 20
6. Diagnóstico Precoce 21
7. Tratamento 22
7.1. Tratamento Conservativo 22
7.2. Hemodiálise e Diálise Peritoneal 23
7.3. Transplante Renal 25
8. Discussão 26
9. Conclusão 27
Referências Bibliográficas 28
Ix
1. Introdução
5.1 Anamnese
Uma anamnese completa deve ser obtida incluindo os dados como idade, raça e
sexo. As questões relacionadas ao trato urinário incluem aquelas a respeitos das alterações
na sede, na freqüência e no volume de micção. Quando há hematúria, o proprietário deve
ser questionado a respeito do momento em que ela ocorre. Sangue no início da micção
pode indicar uma alteração na uretra ou no trato genital. Sangue no fim da micção ou
durante toda a micção pode significar um problema na bexiga, rins ou ureteres (DI
BERTOLA, 2004).
Segundo BICHARD (2003) faz-se necessário perguntar ao proprietário sobre o
potencial de exposição a substâncias nefrotóxicas, incluindo qualquer medicação. Deve-se
obter informações sobre início e progressão dos sinais clínicos.
5.4 Radiografia
Segundo BICHARD (2003) radiografias de pesquisa abdominais são úteis para
avaliar o tamanho renal e identificar outras anormalidades do trato urinário, tais como
urólitos radiopacos.
O exame de radiografias anormais pode fornecer informações sobre a forma e o
tamanho renal, mas não é útil na avaliação de função renal (BROVIDA et a.,2004).
A urografia excretora envolvendo a administração intravenosa de agente de
contraste para produzir um nefrograma, pode ajudar a caracterizar a severidade e a
distribuição da doença renal focal, multifocal ou difusa. Ela pode também fornecer uma
avaliação qualitativa da função renal, mas os resultados são pobres se a função renal
estiver severamente comprometida, limitando frequentemente a utilidade dessa técnica
(BROVIDA et al., 2004).
Segundo TICER (1987) a radiografia contrastada dos rins é justificada quando há
suspeitas de tumores renais, tumores prostáticos ou hematúria persistente. A hidronefrose
também pode ser diagnosticada através da urografia excretora. Esta técnica é contra
indicada em pacientes severamente debilitados, especificamente na presença de uma
desidratação.
5.5 ultra-sonografia
Para BICHARD (2003) a ultra-sonografia constitui a técnica preferida para
identificar anormalidades no tamanho e na arquitetura renal. Pode também ser útil para
diagnosticar nefropatias obstrutivas e nefrolitíases.
A imagem ultra-sonografica é um complemento útil para pesquisar e contrastar as
radiografias e pode fornecer informações se um ou ambos os rins estiverem anormais, qual
a área está afetada e qual a extensão, composição do tecido e a presença de metástases.
Oferece pouca ou nenhuma informação quanto à função renal, mas deve ser considerada
sempre que descobertas clínicas ou laboratoriais indicarem insuficiência renal, ou quando
o tamanho renal, forma, contorno ou radiopacidade anormais for encontrado por outros
meios (BROVIDA et al., 2004)
6. DIAGNÓSTICO PRECOCE
8. DISCUSSÃO
A DRC, é a desordem renal mais comum que ocorre em cães e gatos e é o
resultado de um declínio gradual do número de néfrons funcionais (BROVIDA et al.,
2004).
Para POLSIN (2004) a DRC pode ser congênita, familiar ou adquirida em sua
origem. A adquirida pode resultar de qualquer processo patológico que cause lesão aos
glomérulos, túbulos, interstício e/ou a vasculatura renal. Entre esses processos estão a
glomerulonefrite, pielonefrite, doença periodontal, piometra, entre outros.
Segundo BROVIDA (2004) a insuficiência renal crônica pode gerar muitas
conseqüências e entre elas podemos citar a hipertensão arterial sistêmica, anemia, poliúria,
anorexia, halitose, úlceras orais e gastrointestinais, azotemia, uremia e
hiperparatireoidismo secundário.
NELSON E COUTO (2001) descrevem que o diagnóstico de DRC se baseia na
combinação de anamnese compatível, exame físico, achados clínicos-patológicos e
diagnóstico por imagem.
Cães e gatos com doença renal crônica moderada podem ser tratados com
medicamentos e dietas apropriadas. Pode-se prescrever ração canina ou felina com menor
teor de proteína, fósforo e sódio do que a normal e assim reduzir a carga e trabalho dos
rins (BERSTEIN, 2003).
Animais com DRC grave vão precisar de internação hospitalar para tratamento
com fluidoterapia intravenosa, suplemento nutricional e medicamentos que controlem os
sinais clínicos. A hemodiálise e a diálise peritoneal são opções de tratamento para animais
com DRC, desta forma, melhora-se a condição geral do paciente, evitando que as toxinas
acumuladas danifiquem outros sistemas orgânicos como cérebro, estômago, intestinos e
sistema cardiovascular enquanto se ganha tempo para permitir que o tratamento instituído,
surta efeito e se consiga recuperar parcialmente um pouco da função renal (WINGFIELD,
1998).
É possível se recorrer as técnicas de transplantes renal em cães e gatos com DRC,
no entanto estudos demonstram que essas técnicas obtiveram maior êxito em gatos do que
em cães (POLSIN, 2004).
9. CONCLUSÃO
Existem muitas patologias que podem levar a insuficiência renal crônica. Dado que
certas raças são mais propensas à doença renal congênita, os médicos veterinários
deveriam investigar ativamente a função quando houver qualquer suspeita de doença renal
nestas raças.
Sinais clínicos associados com a insuficiência renal crônica não são específicos e
alguns somente são observados nos estágios finais.
A azotemia e a densidade específica urinária são as descobertas laboratoriais mais
freqüentes. A azotemia ocorre relativamente tarde na DRC e a habilidade de concentração
de urina renal ocorre mais cedo.
O prognóstico de longo prazo para a insuficiência renal crônica é desfavorável, já
que a doença é progressiva e irreversível. O gato tem uma expectativa de vida que varia de
alguns meses a alguns anos. Alguns animais apresentam complicações graves que não
podem ser revertidas mesmo com tratamento intensivo. A eutanásia é uma opção para os
animais que estão em grande sofrimento.
Hoje já se encontra disponível o tratamento de suporte para a DRC com o auxilio
da Hemodiálise e da Diálise Peritoneal. A Hemodiálise assim como a Diálise Peritoneal
são processos de substituição temporária da função renal, diminuindo as concentrações de
toxinas urêmicas. O tratamento da DRC, embora seja paliativo, é de extrema importância,
pois, melhora a condição geral do paciente, evitando que as toxinas acumuladas no
sangue, danifiquem outros sistemas orgânicos como, cérebro, estômago, intestinos e
sistema cardiovascular.
Pacientes de DRC, quase sempre são animais idosos e geralmente se encontram na
fase terminal da doença, a hemodiálise nesses pacientes, na realidade não dará a eles, um
tempo maior de vida, o que não ocorre com pacientes de IRA. Por isso o diagnóstico
precoce, continua sendo de extrema importância para o paciente de DRC, dando ao
paciente um maior tempo e qualidade de vida promovendo assim a satisfação do
proprietário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS