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Fonoterapia em casos de ânsia no tratamento

odontológico – relato de caso


Maria Lúcia Venceslau de Carvalho Martins da Costa
Irene Queiroz Marchesan

Introdução: as queixas simples e inusitadas de pacientes adultos muitas vezes fazem com que o fonoaudiólogo fique
em dúvida se determinados casos seriam de sua alçada. Indivíduo de 58 anos com inúmeras ânsias e sem controle
sobre a língua durante o tratamento dentário busca por fonoterapia por ter medo dos procedimentos odontológicos,
evitando-os e assim levando a perda de dentes ao longo da vida. Também tinha o hábito de manter a mão na frente da
boca durante as deglutições por causa da instabilidade da prótese e falta de controle da saliva.

Objetivo
Conduzir o paciente a se apropriar de suas estruturas orais
e seu funcionamento permitindo dentre outros o tratamento
odontológico.

Procedimentos: a partir da avaliação clínica e das fotos obtidas, iniciou-se o trabalho com o conhecimento da anatomia existente. Uma vez
que as ânsias eram inúmeras foi dada continuidade ao trabalho diminuindo a grande sensibilidade existente na cavidade oral utilizando-se
espátulas e instrumentos odontológicos em consonância com um dentista. Uma vez que restavam apenas 18 dentes a língua ocupava grande
parte da cavidade oral e tinha tônus muito baixo. Portanto, o trabalho intenso com o tônus foi necessário. A função de deglutir foi o próximo
foco, diminuindo a força da língua contra a prótese utilizada uma vez que a mesma era deslocada chegando a cair. O apoio da língua na
deglutição passou a ser no arco inferior.

Apesar da condição sócio-cultural desse paciente ser desfavorecida, a curiosidade e o


interesse demonstrados durante as explicações e demonstrações do funcionamento das
estruturas orais foi tão grande que o levaram a superar em quatro meses o medo, podendo
Resultados reiniciar o tratamento odontológico. De duzentas ânsias em uma sessão odontológica
passou para seis. A nova posição da língua na cavidade oral, e a deglutição da saliva nos
tempos corretos levaram o paciente a retirar a mão da boca e ter segurança na
comunicação oral.

Conclusão
A partir do trabalho realizado com a propriocepção e a conscientização, o
paciente pode conhecer, compreender e controlar suas estruturas orais,
deixando de ter medo do tratamento odontológico, melhorando em muito
sua qualidade de vida.

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