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Aulas 39 a 41
SINAIS DE PONTUAÇÃO
I — entre coordenadas marcadas por vírgulas internas. b) Aqui do mirante da Presidência as coisas são diferentes.
Exemplo: Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóte- Aqui do mirante da Presidência, as coisas são di-
ses; eu, porém, apoiei-me em fatos.
ferentes.
II — entre coordenadas de sentidos opostos, quando se
quer enfatizar a oposição. c) As coisas aqui do mirante da Presidência são diferentes.
Exemplo: Os ricos dão pelo pão a fazenda; os pobres
As coisas, aqui do mirante da Presidência, são di-
dão pelo pão o trabalho.
III — entre segmentos coordenados de longa extensão. ferentes.
Exemplo: Os dois primeiros anos do seu rumoroso
governo foram pautados pela exibição de suas fa- 2. a) Uma parte da minha carreira chega também ao fim com a
çanhas atléticas e políticas; o terceiro (e último) foi morte de Senna. (Alain Prost, adaptada. Veja, 24.01.94)
consumido por denúncias e patifarias. b) Com a morte de Senna uma parte da minha carreira che-
ga também ao fim.
USO DOS DOIS-PONTOS
Com a morte de Senna, uma parte da minha carreira
A função básica dos dois-pontos pode ser assim descrita: tu-
do o que vem à direita dos dois-pontos serve para expandir, ex- chega também ao fim.
instaurar o pressuposto de que nem todos os A propósito da expressão “nunca objetivo”, considerando-se
a posição em que se encontra e a ausência de pontuação,
meninos de rua procuram trabalho. A parcela que pode-se dizer que ela dá à frase um sentido indesejado.
procura é repelida pela população. A oração que pro- a) Qual é esse sentido?
curam trabalho classifica-se como subordinada O de que o trabalho de Jacó Bittar nunca foi obje-
adjetiva restritiva. tivo, ou seja, sempre foi dispersivo, sem rumo —
• A presença de vírgulas em a estabelece o pressu- o que desfavoreceria a imagem pública do ex-
posto de que todos os meninos de rua procuram -prefeito.
trabalho. Todos eles são, pois, repelidos pela popu- b) Como se poderia evitá-lo por meio da pontuação?
lação. A oração entre vírgulas classifica-se como Usando vírgula (ou ponto-e-vírgula) depois de
subordinada adjetiva explicativa. trabalho: “Todos os cargos que ocupei na minha vida
foram conseqüência do meu trabalho, nunca obje-
tivo.”
6. (FUVEST) Em que lugar deve ser colocada a vírgula?
Note-se que outra saída seria deslocar a expressão:
As baleias (a) estão sumindo (b) mas (c) o governo (d) de-
cidiu (e) preservá-las. … foram conseqüência, nunca objetivo do meu
b trabalho.
lada popular e informal da língua caipira. a) Confrontada com o uso oral culto, percebe-se na
linguagem do compositor:
• quanto ao -r final: sua sistemática supressão,
independentemente da classe gramatical da pa-
Texto para a questão 3 lavra e da vogal que precede o r. Exemplos:
Saudosa Maloca “contá” por contar (verso 2)
Se o sinhô não tá lembrado, “derrubá” por derrubar (verso 13)
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está “sinhô” por senhor (verso 1)
Esse adifício arto “cobertô” por cobertor (verso 25)
05 Era uma casa véia,
Um palacete assobradado. “esquecê” por esquecer (verso 27)
Aulas 44 e 45
SINTAXE DE REGÊNCIA
— Regência é o mecanismo que regula as ligações entre um b) No sentido de passar visto = T.D.
verbo ou um nome e os seus complementos. Exemplo: O professor visou os trabalhos dos alunos.
Regência verbal: c) No sentido de objetivar, ter em vista = T.I. (com a prep. a).
Exemplo: Não visamos a resultados imediatos.
— quando o termo regente é um verbo. Exemplo:
do primeiro amor. 16. Vovô bebe mas não gosta de vinho tinto.
Um falante normal do Português, fazendo uso de sua intuição,
11. Ele não lembra nem do próprio nome pode dar duas interpretações distintas para esse fragmento.
Ele não lembra nem o próprio nome/ Ele não se lembra a) Quais são as duas interpretações?
nem do próprio nome. Primeira: Vovô bebe vinho tinto mas não gosta dessa
bebida. No caso, o termo de vinho tinto seria objeto
dos verbos bebe e gosta.
12. O carro não obedeceu o comando do piloto.
O carro não obedeceu ao comando do piloto. Segunda: Vovô ingere bebida alcoólica mas não gosta
de vinho tinto. No caso, o termo de vinho tinto seria
13. Observe este diálogo: considerado como objeto apenas do verbo gosta. O ob-
— Alô! Quem fala?
— Aqui é o irmão do Atílio. jeto de bebe ficaria implícito e seria preenchido por nos-
— Aqui é a Fernanda! O Atílio está? so conhecimento de mundo (conhecimento pragmá-
— Não. Ele foi no Zé.
tico).
a) Nos padrões da fala coloquial popular, o que o irmão de
Atílio quis dizer para Fernanda?
Que o Atílio foi até a casa do Zé.
17. É muito comum, na fala popular, uma frase desse tipo: Tarefa Mínima
Eu voto no político que confio. AULA 44
a) Reescreva-a, adaptando-a às normas da língua culta • Leia os itens 1 a 7, cap. 13.
escrita. • Resolva os exercícios 1 a 4, série 13.
Eu voto no político em que confio.
AULA 45
b) Permute confio por
• Leia os itens 8 a 22, cap. 13.
• gosto
• Resolva os exercícios 8, 9, 10, 11 e 25, série 13.
• me identifico
e reescreva a frase com as adaptações necessárias.
Eu voto no político de que gosto. Tarefa Complementar
Eu voto no político com que me identifico. AULA 45
• Resolva os exercícios 13, 14, 16, 19, 20 e 21, série 13.
18. A regência é um dos mecanismos de estruturação da frase.
Em outros termos, serve para estabelecer correlações entre
as palavras do enunciado.
Nos trechos a seguir, a alteração da regência verbal produz al-
teração sintática e semântica no enunciado. Descreva a di-
ferença de sentido entre eles:
I. A escultura retrata uma serpente que o jovem dá aos ratos
como alimento.
II. A escultura retrata uma serpente a que o jovem dá os ratos
como alimento.
Em I, a presença da preposição a antes de os ratos e
sua ausência antes do que serve para dizer que os
ratos são beneficiários da ação e a serpente (que) é a
vítima, o paciente da ação.
Em II se dá exatamente o inverso.