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MÍDIA-ENCANTAMENTO

Ilana Eleá
PUC – Rio / GRUPEM
Set 2010 – Jornada Pedagogica Escolas Rio
Colegio São Bento
John Everett Millais (sec XIX)
Moral inoculatória

• Entre anos 30 e 60
• Grã-Bretanha e EUA
• Teoria Crítica (Escola de Frankfurt)
• Distinção entre alta e baixa cultura
• Teoria da agulha hipodérmica
• Homogeneização do gosto
• ME como proteção contra os perigos da mídia
Leitura crítica

• Anos 60
• França e Inglaterra
• Movimento das Artes Populares
• “Cahiers du Cinéma” e Screen
• Política de autor ( cinema)
• Semiótica
• ME voltada para apenas algumas mídias
Concepção ideológica

• Anos 70 e 80
• Realidade sul-americana
• Estudos culturais britânicos: Stuart Hall
• Mídias não são janelas para o mundo
• Leitura do espectador como resultado semiótico
• Althusser e Gramsci (aparelhos ideológicos do Estado)
• Assimetria entre intentio auctoris e intentio lectoris
• ME: Desconstruir, desmistificar ideologias,reconhecer os
traços da cultura hegemônica, possibilidade de resistência
Concepção das Ciências Sociais

• A partir dos anos 80


• Estudos Culturais
• Papel ativo do usuário
• Estudo das relações entre mídia e outras instâncias sociais
• ME: Integração didática entre os Estudos da Semiótica; da
Ideologia; da Análise de Consumo.
Esquema de Martín-Barbero
(1997: 16)

Lógicas de Produção

Institucionalidade Tecnicidade

Comunicação FORMATOS
MATRIZES Cultura INDUSTRIAIS
CULTURAIS
Política

socialidade Ritualidade

Competências de
Recepção
(consumo)
“Contextos e pedagogias em ME”
(Rivoltella, 2002, p.65)
Contexto Educação Mídia como Pedagogia Objetivo

Instrumental Apoiar o
ensino-
aprendizagem

Tecnológico Produzir
“com” as Meio Construtivista
consciência
mídias
colaborativa

Refletir sobre
a relação
Psico-Social entre a mídia
e fenômenos
sociais
“Contextos e pedagogias em ME”
(Rivoltella, 2002, p.65)
Contexto Educação Mídia como Pedagogia Objetivo

Moral; Defender os
inoculatório sujeitos
Suporte;
Crítico “para” as objeto Cultivar o
mídias Leitura crítica gosto

Ideológica Tornar os
sujeitos
conscientes

Ciências
Tornar os
Sociais
sujeitos
reflexivos
Erotização na rede ou no mundo?

• A preocupação com as fotos “sensuais”


• De onde vem a influência para isso?
Erotização na rede
ou no mundo?
Erotização na rede
ou no mundo?

Lady Gaga Britney Spears


Erotização na rede
ou no mundo?

Beyonce Rihanna
Erotização na rede
ou no mundo?

Pussycat Dolls
“Contextos e pedagogias em ME”
(Rivoltella, 2002, p.65)

Contexto Educação Mídia como Pedagogia Objetivo

Funcional Permitir
interação com
a mídia
Alfabética
Produtivo “através” Linguagem Promover a
das mídias consciência
das
linguagens
Expressiva
Uso criativo
da mídia
Zona de abismo:
subjetividade e escola
Zona de abismo:
subjetividade e escola
“Screen generation”
(Rivoltella,2006)

• Reorganização das atividades


perceptivas

• Novas dinâmicas de apropriação


cognitiva

• Novas lógicas para relações sociais


Redes e mutação cognitiva

Redes neurais Galáxia


A morte do silêncio
(Caron e Caronia,2007)

Linage 2, cidade de Aden


Integrar-se para educar

Onegai Teacher - mangá


Construção de si
Geração multi-ecrãs
Fenômeno Fandom

“ Mais que um fenômeno, mais que uma


novela, mais que uma banda. Meu mundo.”
Bella, 14 years.
Exemplo de comunidade de
webnovela no Orkut

Orkut é o maior site de rede social no Brasil, com a participação de mais de 23 milhões de
usuários e o site mais visitado. Mantido pelo Google, foi criado em 2004.
Os Fóruns no Orkut

Post:
Número de
Topic: recados
Cada item
apresenta
Author: recebidos
(quase todos
uma
usam perfis
webnovela
fakes)
Ídolos adolescentes
Interações

Leitor e escritor se expressam de maneiras diferentes:

Escritores precisam postar regularmente histórias e oferecer


explicações caso se atrasem. Caso contrário, receberão a pressão dos
leitores;
Por que webnovelas?

• Escrever me deixa tão animada quanto ler. Acho que sou boa em escrever, mas o que
realmente me anima é saber o quanto os leitores estão entusiasmados pra saber a
continuação; me deixa feliz saber que eles estão gostando de uma coisa que foi criada por
mim *-* (Rebeca, 13 anos, Pará)

• Adoro expor as ideias que aparecem na minha mente, eu adoro expressa-las e ver que as
leitoras da comunidade aprovam, que gostam, você se sente especial, como se você
realmente fosse autora de um best-seller e que logo seu livro se tornaria um filme. (Gabriella,
14 anos, São Paulo)
Para encantar

• Desenvolver curiosidade pelo encantamento do outro


• Oferecer espaço na escola para a fruição e estudo sobre este
encanto
• Valorizar autoria, saberes e aprendizagem entre pares
• Promover auto-reflexão
• Integrar tecnologias digitais como possibilidades de expressão
• Sonhar junto!
Referencias
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KERKHOVE, Derrik de. Texto, contexto e hipertexto: tres condicoes da linguagem, tres condicoes da mente. IN: Revista Famecos. Porto
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RIVOLTELLA, P.C. Media education: Modelli, esperienze, profilo disciplinare.Roma: Carocci, 2002.

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Disponivel em: http://www.maxwell.lambda.ele.pucrio.br/rev_edu_online.php?strSecao=show9&fas=98&NrSecao=31

RATTO, Cleber Gibbon. Compulsão à comunicação: modos de falar de si. Trabalho apresentado na ANPED, GT Educação e Comunicação,
Caxambu, 2009.
Ilana Eleá – PUC-Rio / GRUPEM
www.grupem.pro.br
www.midiaedu.com.br
www.midiaedu.ning.com

ilana@mvirtual.com.br Twitter: @ilanaelea

Imagens /design: martha.werneck@gmail.com

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