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Freqüentes – FAQs
Módulo Exportação
Módulo Importação
MÓDULO EXPORTAÇÃO - TEMAS / ITENS
4 - Barreiras Externas
4.1. Barreiras Tarifárias
4.2. Barreiras Não-Tarifárias
5 - Operações Cambiais
5.1. Contrato de Câmbio
5.2. Prazos para Liquidação
5.3. Custos Operacionais do Contrato de Câmbio
1.1.1. Minha empresa atua no comércio interno e tenho interesse em expandi-lo. Como habi-
litar minha empresa como exportadora?
O primeiro passo para que uma empresa se habilite a exportar é efetuar a sua inscrição no Registro de Ex-
portadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), e no Registro de Rastreamento
da Atuação de Intervenientes Aduaneiros (RADAR), da Secretaria da Receita Federal. O credenciamento é
gerenciado pelo SISCOMEX, que é um instrumento que integra as atividades de registro, acompanhamento
e controle das operações de comércio exterior.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004; Instrução Normativa SRF nº 650, de 12/05/2006; Ato Declaratório Executivo Coana nº 3, de
1/06/2006.
1.1.2. A empresa interessada em exportar produtos precisa incluir tal atividade no contrato
social? Quais os procedimentos deverei tomar?
Sim. O representante da empresa deverá se dirigir à junta comercial de sua localidade e proceder a altera-
ção de objetivo no contrato social, especificando a inclusão de operação da atividade de exportação e/ou
importação. As juntas comerciais são órgãos locais com funções executora e administradora dos serviços de
registro, a quem incumbe a execução de Registro de Empresas Mercantis e são regulamentadas pelo Depar-
tamento Nacional de Registro de Comércio, da Secretaria de Comércio e Serviços, do MDIC.
Base Legal: Lei nº 8.934, de 18/11/1994 e Decreto nº 1.800, de 30/01/1996.
1.1.3. Sou artista plástico e exporto minhas obras por meio de empresa especializada em co-
mércio exterior. Posso, eu mesmo, exportar minhas obras?
Sim. Pessoas físicas também podem exportar mercadorias desde que as mesmas sejam cadastrados junto à
Secretaria de Comércio Exterior, ou a entidades por ela credenciadas.
Base Legal: Port. SECEX 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nr. 14/2006).
1.1.4. Fiz todos os procedimentos para o credenciamento de empresa exportadora. Como con-
seguir a senha de acesso?
Após o credenciamento / habilitação de empresa exportadora, nos cadastros REI / RADAR e no SISCOMEX,
efetuado pelo exportador ou por intermédio de representante credenciado, o próximo passo é dirigir-se a
uma repartição da Secretaria da Receita Federal, a fim de obter a senha (vinculada ao CPF / CNPJ) de acesso
ao Sistema.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006).
1.2.1. Estou fazendo levantamento preliminar sobre a viabilidade de inserção de minha em-
presa no comércio exterior. Quais as modalidades de habilitação no SISCOMEX ?
O procedimento de cadastramento e habilitação para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior
SISCOMEX, que é o sistema de processamento e controle administrativo das operações de comércio exterior,
pode ocorrer em quatro modalidades, a saber:
a) ordinária, para pessoa jurídica que atue habitualmente no comércio exterior; prazo do procedimento de
habilitação: até 30 (trinta) dias;
b) especial, para órgãos da administração pública direta, autarquias e fundações públicas e outras institui-
ções extraterritoriais; prazo do procedimento de habilitação: 10 (dez) dias;
c) simplificada, para pessoas físicas e jurídicas que atuem eventualmente no comércio exterior ou na Zona
Franca de Manaus, ou para as pessoas jurídicas que exerçam atividades sem fins lucrativos; prazo do proce-
dimento de habilitação: 10 (dez) dias;
d) restrita, para pessoa física ou jurídica que tenha operado anteriormente no comércio exterior, exclusiva-
mente para realização de consulta ou retificação de declaração; prazo do procedimento de habilitação: 10
(dez) dias; e
e) especial, para órgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão público autôno-
mo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais.
Deferido o pedido de habilitação no SISCOMEX, a unidade executora do procedimento providenciará a co-
municação ao interessado, pessoa física responsável pela pessoa jurídica, sobre a habilitação no Ambiente de
Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR).
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006); IN SRF nº 455, de 5/10/2004; IN SRF nº
650, de 12/05/2006.
1.2.2. Além do REI / SISCOMEX / RADAR, existe algum outro registro de habilitação que o ex-
portador deverá efetuar?
Não. A propósito, caso a empresa não tenha condições, ou interesse, de efetuar o registro de suas operações
de exportação no SISCOMEX, poderá recorrer aos bancos autorizados a operar câmbio, às sociedades cor-
retoras de câmbio, aos despachantes aduaneiros e aos órgãos da administração direta e indireta que atuam
no comércio exterior, os quais estão autorizados a efetuar esses registros, desde que por conta e ordem dos
exportadores.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006); IN SRF nº 455, de 5/10/2004; IN SRF nº
650, de 12/05/2006.
1.2.3. Sendo produtor rural (sem CNPJ), como obter credenciamento para pessoa física para
exportar?
A inscrição no REI continua sendo a condição básica, mediante a qual o interessado obtém credenciamento
para processar o SISCOMEX.
O procedimento de habilitação de pessoa física, qualificada como produtor rural, pecuarista, artesão, artista
ou assemelhado, para a prática de atos no SISCOMEX, será executada mediante requerimento do interessado
na modalidade simplificada e será formalizada com a apresentação dos seguintes documentos:
I – cópia do documento de identificação;
II – instrumento de mandato do representante e cópia de seu documento de identificação, quando for o
caso;
III – nota fiscal de produtos rurais, quando for o caso; e
IV – cópia da carteira de artesão, quando for o caso.
Após o deferimento da ficha de habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Inter-
venientes Aduaneiros ( RADAR ), a unidade executora do procedimento de habilitação da pessoa física da SRF
efetuará o cadastro do representante legal diretamente no SISCOMEX.
Base Legal: Port. SECEX 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nr. 14/2006); IN SRF nr. 455, de 5/10/2004; IN SRF nr.
650, de 12/05/2006; Ato Declaratório Executivo Coana nr. 3, de 1º/06/2006.
1.2.4. Tenho a intenção de formar empresa Comercial Exportadora. Existe legislação específica
para empresa Comercial Exportadora?
Sim. As operações efetuadas por empresa comercial exportadora caracterizam, principalmente por exportar
produtos de diferentes fornecedores, redução de custos operacionais, estoques que permitam regularidade
no fornecimento etc. Será considerada Empresa Comercial Exportadora aquela que obtiver Certificado de
Registro Especial, expedido pelo Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) e pela Secretaria
da Receita Federal (SRF). A empresa que pleitear o registro especial deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I) possuir capital mínimo estipulado;
II) constituir-se sob forma de ações;
III) não haver sido punida etc.
Portanto, a legislação que rege as empresas “Comercial Exportadora” não é a mesma que rege empresas ex-
portadoras.
Base Legal: Portaria 15, de 17/11/2004; Dec.Lei nº 1.248/72; Resolução CMN nº 1.928, de 26/05/1992
1.3.2. Minha empresa pretende exportar confecções e fui informado sobre a exigência da “Fa-
tura Visada”. Onde posso obter informações sobre a emissão desse documento?
As exportações de produtos têxteis (confecções) estão sujeitas a controle de cotas quando destinadas aos
Estados Unidos/Porto Rico, Canadá e países da União Européia.
Nesse sentido, o primeiro passo a ser dado por uma empresa que pretenda exportar confecções para esses
países é saber, junto ao DECEX, se o produto que está sendo negociado sujeita-se a controle de cotas. Em
caso positivo, será necessária a apresentação de um carimbo “Visa” que deverá ser aposto na fatura comer-
cial, no caso de exportações para os EUA e Porto Rico, e de Licença de Exportação (LE) e Certificado de Origem
para a União Européia e o Canadá. A emissão dos documentos estão sujeitas a autorização do DECEX, nas
agências do Banco do Brasil.
Base Legal: Acordo de Vistos entre e o Governo do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, relativo a têxteis e artigos têxteis, de
19/10/1988.
1.3.3. Minha empresa está exportando para empresas da Argentina. Como provar que os
produtos exportados são de origem brasileira e poder beneficiar-se das reduções ou isenções
tributárias no âmbito do MERCOSUL?
O documento que autentica a origem de um produto no âmbito do MERCOSUL é o Certificado de Origem.
A legislação que dispõe sobre o Certificado de Origem do MERCOSUL esclarece que é considerado originário
da região, qualquer produto que possua pelo menos 60% de valor agregado regional.
Base Legal: Dec. nº 5.455, de 02/06/2000.
1.3.4 Estamos fechando um contrato da próxima safra de arroz para a Flórida, nos Estados
Unidos. Precisamos, para tanto, enviar amostras, (20 kg) do produto para a empresa importa-
dora, segundo a legislação americana o envio pelos Correios não é permitido. Como proceder
para enviar o material para a análise naquele país?
A amostra do produto em questão poderá ser enviada ao amparo da legislação que dispõe sobre a Declara-
ção Simplificada de Exportação – DSE. O despacho aduaneiro de exportação será processado com base em
declaração formulada mediante a utilização dos modelos de formulários da DSE e Folha Suplementar dos
Anexos VI e VII. A legislação contempla a exportação de amostras, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas,
sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 1,000 (mil dólares dos Es-
tados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 155, de 22/12/1999; Alterada pela IN SRF nº 125, de 25 de janeiro de 2002; Alterada pela IN SRF nº 242,
de 6 de novembro de 2002; Alterada pela IN SRF nº 427, de 15 de junho de 2004; Revogada pela IN SRF 611, de 18 de janeiro de 2006.
1.3.5 Estamos fazendo pequena partida de exportação de confecções (moda praia) para os
Estados Unidos. A exportação poderá ser feita por meio do Registro de Exportação Simplifica-
do?
Não. A exportação de têxteis (confecções) para os Estados Unidos da América está atrelada a limites contin-
genciados. Por se tratar de produto nesta condição a operação não poderá ser realizada mediante a utilização
do Registro de Exportação Simplificado – RES.
Não se aplicam, também, ao RES – Exportação, as operações vinculadas ao Regime Automotivo ou sujeitas à
incidência do imposto de exportação ou, ainda, a procedimentos especiais.
Base Legal: COM. DECEX nº 25/98; Circ. BCB nº 2.836, de 08/09/98; Carta-Circular BCB nº 2.947, de 06/12/2000; Circular BCB nº 2.967, de
11/02/2000; Carta-Circular BCB nº 2.816, de 21/09/1998.
1.3.6 Como posso efetuar uma exportação na modalidade em consignação e quais são os pro-
dutos passíveis de venda?
A exportação em consignação implica a obrigação de o exportador comprovar dentro de prazos, contados
da data do embarque, o ingresso de moeda estrangeira, pela venda da mercadoria ao exterior, na forma da
regulamentação cambial, ou o retorno da mercadoria:
As mercadorias classificadas nos capítulos 2 a 13 e 23 da NCM/SH tem prazo até 180 (cento e oitenta) dias; e
as demais até 360 (trezentos e sessenta) dias.
Poderá ser concedida pelo DECEX/MDIC, desde que devidamente justificada, uma única prorrogação por pra-
zo, no máximo, idêntico ao originalmente autorizado.
Todos os produtos da pauta de exportação brasileira são passíveis de venda em
consignação, exceto aqueles relacionados no Anexo “R” da Portaria SECEX nº 35, de 24/11/2006.
Base Legal: Port. SECEX nº 35, de 24/11/2006.
1.3.7 Existe no Brasil lista de produtos cuja exportação esteja proibida no âmbito dos produtos
florestais?
Sim. A exportação de mercadorias classificadas como dos produtos e subprodutos oriundos da flora brasilei-
ra, nativa ou exótica, é regulamentada respeitando as demais legislações que regulamentam as exportações
brasileiras.
As categorias de exportação leva em consideração a origem, natureza, espécie, quantidade, qualidade, grau
de industrialização e outras, consoantes à política de preservação e conservação dos recursos naturais reno-
váveis, são elas:
I - Livre: refere-se a mercadoria sem restrição a sua comercialização. Todavia, devem ser observadas as normas
gerais e/ou tratamentos administrativos que orientam a sua exportação.
II - Limitada: refere-se a mercadoria sujeita a procedimentos especiais ou a contingenciamento, observado, no
que couber, as normas gerais e/ou tratamento administrativos que orientam a sua exportação.
III - Suspensa: refere-se a mercadoria impedida temporariamente de ser exportada.
IV - Proibida: refere-se a mercadoria cuja saída do território nacional é vedada, considerando-se como tal
aquela que assim esteja prevista em lei e tratados ou convenção internacional firmado pelo Brasil.
As mercadorias que têm sua exportação limitada, suspensa ou proibida, em virtude de legislação ou em
decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionadas no anexo da Portaria
IBAMA nº 83, de 15/10/1996.
Base Legal: Portaria IBAMA nº 83, de 15/10/1996.
1.3.8. Gostaria de obter informações sobre o documento “Memorando de Exportação”.
O Memorando de Exportação é um documento vinculado à legislação estadual, criado com a finalidade de
estabelecer controle das operações de mercadorias contempladas com a desoneração do ICMS, nas vendas
de mercado interno conduzidas com fim específico de exportação.
A Secretaria da Receita Federal divulgou, por meio do Convênio ICMS 107, de 26/12/2001, modelo do Me-
morando de Exportação.
Base Legal: O Conv. ICMS nº 113, de 13/12/96 (alterado pelos Convs. ICMS nºs 54, de 23/05/97; 34, de 19/06/98; 107, de 26/12/01; e 61, de
04/07/03).
1.3.9. Como é feita a emissão de nota fiscal de empresa que entrega seus produtos à empresa
exportadora?
A nota fiscal é o documento que deve acompanhar a mercadoria desde a saída do estabelecimento do expor-
tador até a chegada no local de embarque. É emitida em moeda nacional, com base na conversão do preço
FOB em reais, pela taxa de compra do dólar americano do dia de sua emissão.
Na exportação indireta, que é quando uma empresa entrega seus produtos à outra, com a finalidade de ex-
portação, a nota será emitida em nome da empresa que efetuará a operação de exportação.
A emissão da nota fiscal é fundamental para que o exportador tenha acesso aos incentivos fiscais da expor-
tação, tais como o IPI e o ICMS.
Base Legal: Dec. nº 2.637/98.
1.3.12. Fabricamos capacetes para condutores e passageiros de motocicletas. Como obter cer-
tificação para exportação do produto?
A certificação dada a capacetes para condutores e passageiros de motocicletas é do tipo certificação compul-
sória, que é regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador, como por exemplo o INMETRO.
A compulsoriedade dá prioridade às questões de segurança, saúde e meio ambiente, assim os produtos lis-
tados nas regulamentações apenas podem ser comercializados com a certificação.
Para obter a certificação de produto, é necessário contatar um dos Organismos de Certificação de Produto
credenciados pelo Inmetro. A lista dos Organismos de Certificação encontra-se disponível no sítio do Insti-
tuo.
Base Legal: Resolução Contran nº 20 de 17/02/1998; Portarias do Inmetro nº 178 de 20/11/1996; nº 086 de 24/04/2002 e nº 097 de 14/05/2002;
NBR nº 7.471.
1.3.13. Empresa de grande porte pode utilizar o Registro de Exportação Simplificado?
Sim. O Registro de Exportação Simplificado foi criado a fim de facilitar as empresas que realizam operações
de exportação não superior a US$ 20 mil, independente de sua classificação de porte.
Os benefícios, entre outros, da utilização do RES, em relação ao Registro de Exportação (RE) são: o número de
campos para o preenchimento ser bastante reduzido; e a formalização da operação na parte cambial ocorrer
mediante assinatura de simples boleto, por parte dos exportadores.
Base Legal: Comunicado DECEX nº 25, de 24/09/1998; Portaria SECEX nº 15, de 17/11/2004.
1.3.14. Somos produtores de café e temos interesse de exportá-lo em grão. Quais os requisitos
para atingir essa meta? Quais são as exigências? Necessita de algum tipo de certificação?
Sim. As exportações de café no Brasil estão sujeitas ao Registro de Venda – RV. O exportador obriga-se a apre-
sentar à SECEX, informações ou documentação comprobatória das operações. A ANVISA, Órgão Anuente,
publicou regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade para café torrado, o MAPA aprovou o
regulamento técnico de identidade e de qualidade para a classificação do café beneficiado em grão cru e, o
MDIC publicou portaria que trata sobre a emissão dos certificados de origem do café, exigidos por força do
Acordo Internacional do Café.
Base Legal: Resolução Anvisa 277, de 22/09/2005; Instrução Normativa MAPA nº 8, de 11/06/2003; Portaria MDIC 219, de 19/12/2002 e Portaria
SECEX nº 15, de 23/11/2004.
1.3.15. Empresa interessada em exportar charutos, gostaria de saber se existe algum procedi-
mento especial para efetuar a operação?
Não. A exportação de charutos e cigarrilhas, contendo fumo (tabaco), é livre, ou seja, o tratamento admi-
nistrativo é normal e não há qualquer restrição à saída da mercadoria. Ao produto não incide o Imposto de
Exportação. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de 30% (trinta por cento). Não é admissível a
exportação em consignação. A exportação do produto é financiada, se de interesse do exportador, pelo PRO-
EX em até 6 meses.
Base Legal: Portaria MDIC nº 58, de10/04/2002; MICT 369/94.
1.3.18 Minha empresa é fabricante de vinho, que é aprovado e certificado pelo Ministério da
Agricultura e pela ANVISA. Estamos viabilizando a exportação do produto para o Japão. O re-
gistro e a aprovação no Ministério da Agricultura é pré-requisito para o mercado japonês?
Sim. Este é o primeiro passo dado pelo exportador para que o produto seja introduzido no mercado inter-
nacional. Produtos classificados como alimentos e bebidas têm rigoroso controle sanitário. No Brasil esses
produtos passam por análises físico-químicas e/ou microbiológicas de registro, orientação e controle de ex-
portação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério da Saúde, de acordo com a
legislação, regulamento técnico e normas referentes aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados.
Sendo o Japão um dos mais rigorosos países em termos de controle de padrões saudáveis e de qualidade,
o produto passará por novas análises de comprovação de conformidade e/ou adequação daquele país, con-
forme a “Lei Sanitária de Alimentos - (Food Sanitation Law)” e outros regulamentos estabelecidos para a
importação de produtos devido a motivos de manutenção de saúde e ordem públicas. Vale lembrar que, a
alfândega japonesa funciona como autoridade máxima local e é responsável pelo controle do cumprimento
de todas as leis que regulam as exportações e importações do país. O Órgão responsável pela certificação e
homologação de produtos é a “Japan External Trade Organization – JETRO”.
Base Legal: Resolução ANVISA RDC nº 286, de 28/10/2005; Dec. 2.314, de 05/09/1997, 5.305, de 14/12/2004; Lei 7.678, de 08/11/1998, 10.970,
de 12/11/2004; IN MAPA nº 2, de 02/02/2006; nº 5, de 06/05/2005, nº 12, de 24/05/2006, nº 2 de 27/01/2005; Portaria MAPA nº 2.535, de
24/10/2003; Dec. nº 3.029, de 16/04/1999.
1.3.19.Minha empresa está registrada com um nome, porém, quero criar outro e uma marca
mais competitiva para lançar no mercado internacional. Onde posso registrar essa mudança e
como registrar a criação de logomarca?
O registro de marcas e patentes no Brasil é de responsabilidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelec-
tual (INPI). Para obter o registro ou proceder a mudança de uma marca, logomarca ou patente, é necessário
formular o pedido ao instituto que o examinará com base nas normas legais estabelecidas pela Lei da Pro-
priedade Industrial e normas correlatas
A marca fantasia descrita no contrato social, registrada nas juntas comerciais não garantem direitos sobre o
uso da marca. Somente o registro do nome, marca e logomarca no INPI garante a sua proteção. O mesmo
vale para as invenções, elas estarão protegidas somente quando possuir a patente.
Base Legal: Lei 9.279, de 14/05/1996; Lei 10.196, de 16/02/2001
1.3.20. Gostaria de saber se posso implantar criadouro de pássaros silvestres com a finalidade
de venda no mercado interno e de exportação?
Sim. Os criadouros com fins econômicos e industriais serão enquadrados nas categorias de Criadouro de Es-
pécimes da Fauna Silvestre Brasileira e Exótica para fins Comerciais - pessoa jurídica e pessoa física.
O interessado em implantar criadouro com fins econômicos de animais da fauna silvestre brasileira deverá
protocolar carta-consulta na Superintendência do IBAMA onde pretende instalar o empreendimento, pre-
encher e assinar formulário padrão de Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Naturais e anexar:
a) cópia dos documentos de identificação da pessoa física (Identidade e CPF) e da pessoa jurídica, no caso de
empresa (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica -CNPJ, Contrato Social atualizado, CPF e Identidade do diri-
gente);
b) localização do empreendimento e forma de acesso, com croqui da localização do criadouro na proprieda-
de;
c) objetivo da criação e sistema de manejo; e
d) estimativa da quantidade inicial de matrizes e reprodutores, com nome popular e científico da(s) espécie(s)
e sua procedência.
Base Legal: Lei nº 5.197, de 03/01/1967; Lei nº 9.605, de 12/02/1998; Decreto nº 3.179, de 21/09/1999; Portaria IBAMA nºs. 117 e 118, de
15/10/1997; Portaria IBAMA nº 93, de 07/07/1998; Instrução Normativa nº 01, de 15/05/1999
1.4.3. Fui informado que sem a nota fiscal não se realiza o despacho aduaneiro de exportação.
Quais os documentos necessários para a realização do Despacho Aduaneiro de Exportação?
Sim. Sem a nota fiscal realmente o despacho aduaneiro de exportação não poderá ser iniciado. Os documen-
tos necessários para o início do despacho de mercadorias são:
• Registro de Exportação – RE;
• Primeira via da Nota Fiscal;
• Original do Conhecimento de Carga ou Manifesto Internacional de Carga, por via terrestre, fluvial ou lacus-
tre;
• Outros documentos que a legislação especificar, como, certificados (Sanitário, Fitossanitário, de Classifica-
ção, etc.).
Quando se tratar de exportação para países membros do Cone Sul, o Manifesto Internacional de Carga
pode ser substituído pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito Aduaneiro
(MIC-DTA), para transporte rodoviário ou, pelo Conhecimento – Carta de Porte Internacional / Declaração de
Trânsito Aduaneiro (TIF/DTA), para transporte ferroviário.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 28 de 27 de abril de 1994.
1.5.2. Existe algum tipo de incentivo fiscal se eventualmente os produtos que foram por mim
importados fossem exportados?
Sim. No processo normal de importação há a incidência de impostos federais e estaduais, tais como: II, IPI,
ICMS, PIS, COFINS etc.
Existe na legislação brasileira a possibilidade de o importador exportar os produtos adquiridos do exterior,
apenas quando esses produtos sofrerem processo de benecifiamento no País. Desse modo, os impostos reco-
lhidos inicialmente na importação poderão ser restituídos, em forma de créditos.
Estamos falando do regime aduaneiro especial DRAWBACK (restituição). A empresa deve formalizar o pedido
mediante preenchimento do formulário modelo “restituição” (em via única) e entregá-lo à repartição da SRF,
que emitirá o Certificado de Crédito à importação.
Base Legal: Decs.37, de 18/11/66, 4.543, de 26/12/02,4.765, de 24/06/03, Ports. SECEX nr. 4, de 11/06/97, 14, de 17/10/01; IN SRF nr. 168, de
18/06/02; Resol. CAMEX nr. 12, de 18/06/02.
1.5.3. Gostaria de saber se minha empresa pode remeter produto para ser testado/demonstra-
do na Itália.
Sim. A melhor opção operacional é a Exportação Temporária. Modalidade em que se aplica à pessoa jurídica,
independentemente do destino na mercadoria, a suspensão dos tributos devidos na exportação (sem cober-
tura cambial) e na reimportação. O prazo de vigência do regime será de até um ano, prorrogável a juízo da
autoridade aduaneira.
Base Legal: Dec.4.543, de 26/12/2002,Dec. 4.765, de 24/06/2003; IN SRF nr. 319, de 04/04/2003.
1.5.4. Por quanto tempo minha mercadoria pode beneficiar-se do regime especial de entre-
posto aduaneiro de exportação no regime comum?
Na modalidade comum do regime especial de entreposto aduaneiro de exportação o prazo de permanência
da mercadoria, será de um ano, a partir da data de entrada na unidade de armazenagem, prorrogável por
período não superior, no total, a dois anos. Em situações especiais, poderá ser concedida nova prorrogação,
respeitado o limite máximo de três anos.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002 – RA. Art. 356 a 371.
2 - Tratamento Tributário da Saída de Mercadorias
2.1. Imposto de Exportação - I.E.
2.1.1. Qual a sistemática de cálculo do imposto de exportação e quais os produtos que inci-
dem o tributo?
O Imposto de Exportação é um tributo que tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduanei-
ro. Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto o preço de venda das mercadorias exportadas
não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, acrescido dos impostos e das contribuições
incidentes e de margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos.
A incidência de tributos internos não afetam todas as exportações, uma vez que essa medida obedece a regras
internacionais. Nesse sentido, a finalidade desse tributo é apenas regulatório, incidindo a tributação somente a
alguns produtos que demandam interesse econômico, social etc; dentre eles:
- Peles de bovinos, ovinos e equídeos; e outras peles em bruto: alíquota de 9% (nove por cento) de IE;
- Papel para cigarros; cigarros; fumo; armas e munições. alíquota de 150% (cento e cinqüenta por cento) de IE.
Base Legal: Dec.Lei 1.578, de 23/12/1977; Port. SECEX nr. 12/03 e 15/04.
2.2.1. Estou elaborando a formação de preços para os produtos que exporto. Como não in-
cide o imposto de exportação, que outros impostos serão excluídos da planilha de preço de
exportação?
Sobre a questão da não incidência do imposto de exportação na formação de preço, igualmente, os demais
tributos federais, estaduais e municipais incidentes no mercado interno não fazem parte da base de cálculo
da formação de preço, a saber:
- IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): imunidade;
Base Legal: Dec.4.543/2002 Art. 18 inciso II § 2º.
2.2.2. Gostaria de saber, no âmbito da carga tributária, quais as obrigações terá o exporta-
dor?
Para o exportador restam apenas os pagamentos relativos ao Imposto de Renda – IR, e a Contribuição Social
sobre o Lucro (CSSL).
Base Legal: Lei nº 7.689, de 1988 alterada pela Lei nº 8.034, de 12/04/1990, Lei nº 8.212, de 24/07/1991, Lei nº 8.541, de 23/12/1992, Lei nº
8.981, de 20/01/1995, Lei nº 9.065, de 20/06/1995, de Lei nº 9.249, de 26/12/1995).
2.2.3. O Adicional sobre o Frete para a Renovação da Marinha (AFRMM), incide também nas
exportações?
Não. O Adicional sobre o Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), instituído Decreto-Lei no
2.404, de 23 de dezembro de 1987, destina-se a atender aos encargos da intervenção da União no apoio ao
desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras, e constitui
fonte básica do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasi-
leiro, ou seja, apenas na importação. O AFRMM não incide sobre a navegação fluvial e lacustre, exceto sobre
cargas de granéis líquidos, transportadas no âmbito das regiões Norte e Nordeste.
Base Legal: Dec.Lei nº 2.404, de 23 /12/1987; Lei nº 10.893, de 13/07/2004.
2.2.4. Minha empresa vai participar de feira promocional no exterior. Existe regulamento, no
Brasil, sobre a redução ou isenção de IR na remessa de recursos para pagamento de despesas
com promoção comercial?
Sim. O Governo regulamentou a redução a zero da alíquota do Imposto de Renda incidente nas remessas,
para o exterior, destinadas exclusivamente ao pagamento de despesas relacionadas com:
I) pesquisa de mercado para produtos de exportação;
II) participação em feiras, exposições e eventos semelhantes; e
III) propagandas realizadas no âmbito desses eventos.
Base Legal: Medida Provisória nº 2.159-70, de 27/08/2001; Dec. 5.183, de 13/08/2004; Portaria SECEX nº 12, de 25/08/2004.
3.1.1. Participamos de cooperativa rural e vendemos toda a produção para empresa exporta-
dora. Teremos isenção dos impostos internos na compra de insumos, tais como: ração, vacina
etc.?
Sim. As compras internas, com fim exclusivamente de exportação, serão comparadas e observarão o mesmo
regime e tratamento fiscal que as importações desoneradas com fim exclusivamente de exportação feitas sob
o regime de Drawback , ou seja:
• ICMS, isenção;
• PIS e COFINS, isenção;
• IPI, isenção;
• ISS, não incidência.
Base Legal: Lei 8.402, de 08/01/1992; Lei 9.532, de11/12/1997 (com alterações).
3.1.2. Minha empresa produz e exporta software. Existe incentivos direcionados a empresas
que atuam no segmento de pesquisa e desenvolvimento desses produtos?
Sim. O Governo brasileiro publicou dois decretos que regulamentam a nova Lei de Informática. São regras
de incentivos fiscais para os produtores de bens e serviços de informática e automação. Para receber os be-
nefícios as empresas serão obrigadas a apresentar projetos ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que serão
analisados pelo Grupo Técnico Interministerial de Análise de Processo Produtivo Básico (PPB). A coordenação
do grupo ficará a cargo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Decreto
nº 3.801 estabelece os tipos de atividades de desenvolvimento e pesquisa em tecnologia da informação e os
tipos de institutos de pesquisa ou entidades de ensino que se enquadram na lei.
Base Legal: Lei 8.248, de 23/11/1991; Lei 10.176, de 11/01/2001; Dec. 3800, de 23/04/2001, Dec. 4.401, de 02/10/2002; MPV 100, de 30/12/2002;
Lei 10.664, de 23/04/2003, Lei 11.077, de 31/12/2004; Dec. 5.906, de 27/09/2006.
3.1.3. Minha empresa pretende enviar material promocional (brindes) à empresa filial na Ar-
gentina. Na entrada dos produtos na alfândega daquele país, incidirá algum tributo?
Não. A importação de material promocional proveniente dos Estados-Partes do MERCOSUL ou a eles des-
tinados, para ser utilizado ou distribuído gratuitamente na ocasião ou em função da realização de feiras,
exposições, congressos etc., é isenta de tributos. Aos brindes e semelhantes, assim consideradas mercadorias
adequadas a fins estritamente promocionais, será observado o limite de valor (FOB) de US$ 5,000.00 (cinco
mil dólares), por expositor.
A saída, o ingresso e a circulação no País dos bens destinados aos demais Estados-Partes do MERCOSUL ou
deles provenientes, poderá ocorrer mediante a simples apresentação do formulário Declaração Aduaneira de
Material Promocional (DAMP), acompanhado de comprovantes da realização do evento e da participação do
solicitante.
Base Legal: Resolução GMC nº 121/96; Instrução Normativa SRF nº 10, de 31/01/2000.
3.1.4. As missões diplomáticas poderão ser ressarcidas do IPI na compra de material para a
reforma de imóvel de seu uso?
Sim. Não somente as missões diplomáticas mas também as repartições consulares de caráter permanente e as
representações de organismos internacionais de que o Brasil faça parte. Também os valores do IPI incidente
sobre produtos adquiridos no mercado interno destinados à manutenção, ampliação ou reforma de imóveis
de seu uso.
O ressarcimento será efetuado mediante requerimento do “Pedido de Ressarcimento de IPI”, no qual consta-
rão, entre outras informações, dados das notas fiscais das aquisições que dão direito ao ressarcimento.
O direito ao crédito somente será reconhecido na hipótese de a legislação do país da missão diplomática so-
licitante oferecer tratamento recíproco ao Brasil.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 600, de 28/12/2005.
3.2.1. Minha empresa trabalha com reciclagem de material que posteriormente será exporta-
do na forma de embalagem para outros produtos. Optamos pelo Simples (Sistema Integrado
de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Quais os incentivos fiscais iremos beneficiar no caso de exportação indireta?
Sua empresa se beneficiará de todos os incentivos a que tem direito uma exportação direta. São assegurados
ao produtor-vendedor, nas operações de que trata o art. 228, os benefícios fiscais concedidos por lei para
incentivo à exportação (Decreto-lei nº 1.248, de 1972, art. 3º, com a redação dada pelo Decreto-lei nº 1.894,
de 16 de dezembro de 1981, art. 2º).
Base Legal: art. 228 do Dec. 4.543, de 26/12/2003; Dec-Lei nº 1.248, de 1972, art. 3º, com a redação dada pelo Decreto-lei nº 1.894, de 16 de
dezembro de 1981, art. 2º.
Palavras-chave: Embalagem; reciclagem; incentivos.
3.2.2. Existem no Brasil benefícios para empresas exportadoras que invistam em Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D)?
Sim. Os Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial e os Programas de Desenvolvimento Industrial
Agropecuário – PDTI e PDTA, do Ministério da Ciência e Tecnologia, foram os primeiros conjuntos de incenti-
vos fiscais estabelecidos no sentido de estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas
empresas brasileiras.
A Lei n.º 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, objetiva incentivar a capacidade
das empresas desenvolverem internamente inovações tecnológicas quer na concepção de novos produtos
como no processo de fabricação, bem como na agregação de novas funcionalidades ou características ao pro-
duto ou processo que implique melhorias e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior
competitividade no mercado.
Os Programas permitem de forma automática o usufruto de incentivos fiscais pelas pessoas jurídicas que re-
alizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Podem participar empresas instaladas no País, associações de empresas e associações entre empresas e en-
tidades de pesquisa, que, para fins de desenvolvimento tecnológico, invistam em pesquisa básica dirigida,
pesquisa dirigida, desenvolvimento experimental, e serviço de apoio técnico.
Base Legal: Lei nº 11.196; Lei n.º 8.661, de 2 de junho de 1993; Decreto 949/93; Lei 9.532/97; Lei 10.637/2002
4 - Barreiras Externas
4.1. Barreiras Tarifárias
4.1.1 Qual é o papel da OMC e seus procedimentos frente às barreiras técnicas impostas no
comércio internacional?
A OMC constitui o fórum mais importante voltado para as negociações comerciais. Organização internacional
criada em 1995 com a intenção de regular o comércio e impedir a adoção de políticas protecionistas.
Os princípios básicos da OMC são, em geral, os mesmos do GATT, dentre os quais o princípio da não-dis-
criminação, que é especialmente importante para a compreensão da importância da assinatura do Acordo
sobre Barreiras Técnicas e do Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. Este princípio está refletido
em duas cláusulas, a da Nação mais Favorecida e a do Tratamento Nacional. A cláusula da Nação mais Favo-
recida determina que qualquer vantagem, privilégio ou imunidade garantida a qualquer parte contratante
do acordo, seja qual for o produto, deve ser estendida incondicionalmente às outras partes contratantes. Por
sua vez, a cláusula do Tratamento Nacional estabelece que produtos importados de países contratantes não
podem ser submetidos a impostos internos ou outros encargos que sejam superiores àquele aplicados direta
ou indiretamente aos produtos domésticos.
Referências:
CNI/SENAI/INMETRO. Barreiras Técnicas às Exportações.
4 - Barreiras Externas
4.2. Barreiras Não-Tarifárias
4.2.1 Tomei conhecimento, através da mídia, sobre os constantes aumentos de utilização das
Barreiras Não-Tarifárias no comércio exterior como meio de protecionismo. O que são conside-
radas Barreiras Não-Tarifárias?
Segundo definição da OMC, as barreiras Não-Tarifárias são barreiras comerciais derivadas da utilização de nor-
mas ou regulamentos técnicos não transparentes ou que não se baseiam em normas internacionalmente acei-
tas. Podem ser decorrentes da adoção de procedimentos de avaliação de conformidade não transparentes ou
demasiadamente dispendiosos, bem como de inspeções excessivamente rigorosas. As barreiras Não-Tarifárias
não se referem ao pagamento de direitos aduaneiros sobre a exportação/importação, mas da necessidade de
atendimento a requisitos técnicos ou administrativos.
Referências:
CNI; MDIC; AEB. Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional.
5 - Operações Cambiais
5.1. Contrato de Câmbio
5 - Operações Cambiais
5.2. Prazos para Liquidação
5 - Operações Cambiais
5.3. Custos Operacionais do Contrato de Câmbio
6.1. Pretendo fazer curso de formação de Agente Comercial. Como é feito o cálculo de paga-
mento de comissão do agente?
A comissão de agente, calculada sobre o valor da mercadoria no local de embarque para o exterior (FOB),
corresponde à remuneração dos serviços prestados por um ou mais intermediários na realização de uma
transação comercial. A legislação brasileira não fixa percentuais, mas na prática os índices registram 3% para
produtos primários, até 6% para produtos manufaturados e, até 15% para produtos industrializados.
Toda a operação relacionada a comissão de agente, percentual, valor e forma de pagamento deverá constar
no Registro de Exportação (RE). Existem três modalidades para o pagamento da comissão: em conta gráfi-
ca, deduzida da fatura comercial e a remeter. O pagamento de comissão a agente é fiscalizado pela SECEX/
MDIC.
Base Legal: Portaria SECEX nº 15, de 17/11/2004.
6.2. Estou fazendo trabalho acadêmico sobre o Mercosul e gostaria de saber até quando se
estenderá a Lista de Exceção de cada Estado Parte?
A lista de exceção foi mantida até 31/12/2008, com até 100 códigos tarifários, por cada Estado Parte, poden-
do ser alterada a cada seis meses em até 20% dos códigos.
Por decisão do Conselho do Mercado Comum foi autorizado, no decorrer do ano de 2006, a adotar alíquotas
diferenciadas para Bens de Informática e Telecomunicações.
Base Legal: Decisão CMC 38/05; Resolução nº 15, de 30/06/2006.
6.3. Estou exportando produtos para a Austrália. A classificação tarifária NCM (no Brasil) é a
mesma naquele país?
Não. A classificação NCM ou Nomenclatura do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é composta de 8 dígitos,
os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, que é o método internacional de classificação de
mercadorias. Os sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito
do MERCOSUL. Portanto, a classificação tarifária na Austrália é igual a do Brasil até o 6º dígito.
Base Legal: Circular SECEX nº 36, de 25/04/2006.
6.4. Sou exportador de doce de leite e pretendo diversificar as vendas para países como os
Estados Unidos. Existe redução de impostos para este produto naquele país, quando exporta-
do pelo Brasil?
Sim. Os Estados Unidos da América criaram em 1964 o Sistema Geral de Preferências. O SGP é um sistema
que prevê a importação, com isenção ou redução de taxas, de todos os produtos enquadrados no programa
e provenientes de países em desenvolvimento
Entretanto, o produto importado só recebe o tratamento preferencial mediante solicitação feita pelo impor-
tador, por meio de documentação de liberação alfandegária (Shipment Entry Documentation), no qual deve
ser aposto o SPI (Special Program Indicator) do produto (A, A* ou A+) como prefixo ao código HTSUS.
Caso o importador não solicite a documentação de liberação alfandegária, mesmo sendo elegível ao trata-
mento, o produto sofrerá o tratamento tarifário normal.
A lista contendo todos os produtos beneficiados encontra-se no anexo I da Circular SECEX nº 3/2001.
Base Legal: Circular SECEX nº 3, de 19/01/2001.
6.5. Somos uma empresa direcionada à logística. Estamos interessados na criação do depar-
tamento de unitização de cargas. Gostaria de obter informações sobre modalidades de trans-
porte de cargas.
Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalida-
des de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador
de Transporte Multimodal.
O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além do transporte em si, os serviços de coleta, unitização
desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização dos
serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino.
No âmbito do MERCOSUL o Dec. 1.563 dispõe sobre Acordo de Alcance Parcial para a facilitação do transpor-
te multimodal de cargas entre os países-membros.
Base Legal: Lei 9.611, de 19/01/1998; Dec. 3.411, de 13/04/2000; Dec. nº 1.563, de 19/07/1995.
6.6. Como funciona o acordo para evitar a bitributação do Imposto de Renda entre Brasil-
Portugal?
O artigo 14 da Convenção entre o Brasil e Portugal, destinada a evitar a dupla tributação e a prevenir a eva-
são fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento, dispõe que os rendimentos que um residente de um
Estado Contratante obtidos pelo exercício de uma profissão liberal ou de outras atividades de caráter inde-
pendente só são tributáveis nesse Estado, a não ser que tais remunerações sejam pagas por um residente do
outro Estado Contratante. Nesse caso, os rendimentos podem ser tributados nesse outro Estado.
Os métodos de aplicação da Convenção destinada a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em
matéria de imposto sobre o rendimento estão normatizados na Portaria MF nº 8/2002.
Base Legal: Dec.Legislativo nº 188, de 08/06/2001; Dec. nº 4.012, de 13/11/2001; Portaria MF nº 28, de 31/01/2002.
6.7. Quais os custos que teria uma exportação sob a modalidade de pagamento por carta de
crédito?
Carta de Crédito de exportação é a abertura de crédito documentário onde mostram-se descritas as condições
em que a operação deve ser concretizada e, por outro lado, a figura de um banco que se compromete, por
conta e ordem de seu cliente, a pagar a mercadoria, mediante a apresentação dos documentos representati-
vos da transação.
A Carta de Crédito pode ser definida como uma ordem de pagamento condicionada, isto é, o exportador fará
jus ao recebimento se atender a todas as exigências por ela estipuladas.
A aprovação do pedido de Carta de Crédito depende de limite de crédito e margem operacional disponível da
empresa. O custo normalmente varia entre 1% e 4% do valor da carta de crédito. Entretanto, dependendo do
banco e do cadastro do cliente, o custo pode ser fixo, independente do valor do crédito aberto.
Base Legal: Esta modalidade têm seus procedimentos definidos pelas Regras e Usos Uniformes sobre Créditos Documentários da Câmara de
Comércio Internacional (CCI), conhecidas como Brochura 500 (UCP 500), em vigor desde janeiro de 1994.
6.9. O importador pode fazer o pagamento das exportações por cartão de crédito?
Sim. As exportações até o limite de US$ 20.000 (vinte mil dólares americanos), ou o equivalente em outra mo-
eda podem ser pagas por cartão de crédito. A operação é realizada por meio do RES, Registro de Exportação
Simplificado (SIMPLEX). Por ser uma operação de responsabilidade da administradora de cartões de crédito,
o exportador não precisa tomar providências relativas ao câmbio.
Base Legal: MPV nº 315/06; Resolução BCB nº Circular BACEN 3.291, de 08.09.2005 ; e 3.389/06.
6.10. Estamos exportando produtos para a Espanha. O importador nos solicita a “homologa-
ción”. O que é esse documento exigido pela Comunidade Européia?
A homologação de produtos é um procedimento exigido na importação pela Comunidade Européia e fun-
ciona como uma espécie de anuência a produtos que necessitam efetuar uma análise complementar, dentro
de sua área de competência. Desse modo, cada grupo produtos requer normas específicas por parte do seu
respectivo órgão anuente.
Base Legal: Regulamentação da Comunidade Européia: Produção Vegetal: Regulamento CEE 2092/2001; Produção Animal: Regulamento CEE
1804/1999.
6.11. Tenho empresa de serviços no Brasil e uma filial nos Estados Unidos. Na contratação de
funcionário naquele país a efetivação e registro se procederá no Brasil?
Não. A contratação de funcionário obedece às leis vigentes do país onde a empresa está instalada.
6.12. Minha empresa pretende exportar produtos para a Comunidade Européia. Soubemos da
exigência de alguns países sobre ‘rótulos ambientais’. O que são esses rótulos?
Os rótulos ambientais são selos que visam a informar ao consumidor algumas características sobre o produ-
to. Os rótulos ambientais costumam ser conhecidos também como “selo verde”, “selo ambiental” ou “rótulo
ecológico”.
Existem atualmente diversos programas de rotulagem e estes podem ser classificados em dois grupos: os de
iniciativa própria, adotados e implantados pelo próprio fabricante dos produtos; e os de rotulagem terceiri-
zada, conduzidos por organismos independentes do fabricante.
Assim como no Brasil, a Comunidade Européia mantêm centros de certificação de produtos importados, que
devem obedecer a padronização e conformidade das normativas locais.
Base Legal: Portaria MAPA nº 17, de 10/04/2001.
6.13. Somos exportadores de água mineral e gostaríamos de saber como obter certificação
para o produto na Argentina?
Após o registro e certificação do produto no Brasil o exportador deverá entrar em contato com as autorida-
des argentinas da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (A.N.M.A.T).
Base Legal: Resolução Conjunta nº 12/2004 e nº 70 2004.
6.14. Minha empresa produz e exporta bicicletas para vários países da América Latina. Estes
produtos poderiam ter tratamento preferencial na União Européia?
Sim. Bicicletas tem o tratamento de produto sensível que, em geral, tem redução de 3,5 pontos percentuais
da tarifa “ad valorem” ou redução de 30% da tarifa específica.
A Comunidade Européia concede o benefício do Sistema Geral de Preferências (SGP) a 130 países em desen-
volvimento, entre eles o Brasil. As preferências são diferenciadas em função da sensibilidade do produto. Os
produtos não-sensíveis tem concessão de tarifa zero.
Base Legal: Circular SECEX nº 2, de 5/01/2006;
6.15. Somos uma empresa que processa carne suína e pretendemos expandir nossos negó-
cios. Gostaríamos de obter informações sobre a legislação brasileira que trata das associações
de consórcio de exportação.
No Brasil ainda não há legislação específica que regulamente o funcionamento de consórcios entre empresas
para exportação. Desse modo, os consócios são constituídos na forma de uma sociedade civil sem fins lucra-
tivos, na qual as empresas com interesses comuns se agrupam e se organizam em torno de uma entidade
estabelecida juridicamente, para promover o acesso de seus produtos e serviços no mercado internacional.
Diante da falta de legislação específica a Câmara propôs Projeto de Lei nº 126/04, denominado Lei Geral das
Micro e Pequenas Empresas.
A Lei Geral, que ainda está em processo de aprovação, tem um capítulo destinado aos consórcios de empre-
sas, que prevê, dentre outras, regulamentar a personalidade jurídica e a neutralidade tributária.
Base Legal: Projeto de Lei 123/04.
6.17. Pretendemos fazer remessa de recursos ao exterior para cobrir despesas com propagan-
da de nossos produtos em publicação de circulação internacional. Essa remessa estará isenta
de impostos?
Não. A legislação brasileira prevê a redução a zero da alíquota do imposto sobre a renda incidente nas re-
messas de recursos, para o exterior, destinadas ao pagamento de despesas com propaganda e comunicação
realizadas exclusivamente no âmbito de eventos relacionados à promoção de destinos turísticos brasileiros.
Base Legal: Dec. Nº 5.553, de 06/09/2005.
6.18. Pretendo visitar cliente no exterior. Qual a quantia em reais ou em moeda estrangeira
poderei levar?
A quantia autorizada na saída do território aduaneiro será de valor não excedente a 10 mil reais, ou o equiva-
lente em moeda estrangeira. A partir daí a pessoa que detiver posse de quantia superior aplicar-se-á a pena
de perdimento da moeda nacional ou estrangeira.
Base Legal: Lei nº 9.069, de 29/06/1995; Dec. nº 4543, de 26/12/2002; Dec. nº 4.765, de 24/06/2003.
6.19. Gostaria de saber sobre a legislação brasileira que trata da exportação de ouro. Estamos
formando cooperativa de lavra de pequena monta do minério.
O ouro pode ser classificado como mercadoria ou ativo financeiro. Quando se tratar de mercadoria, sua
comercialização externa se processa como a de qualquer outro produto, conforme estabelecido pela SECEX/
MDIC. Quando se tratar de ativo financeiro, o mercado é regulado pelo BCB. Neste caso, tanto o BCB como as
instituições autorizadas podem comprar e vender ouro no mercado internacional.
Base Legal: Anexo “O” da Port. SECEX 35, de24/11/2006; lei nº 7.766, de 11/05/1989.
6.20. Tendo em vista estudo de possibilidades de inserção internacional de empresa, via ex-
portação, e levando em consideração que as micro e pequenas empresas participam somente
pontualmente no comércio, quais as principais questões enfrentadas pelas empresas no pro-
cesso de internacionalização.
São vários os fatores determinantes que emperram o processo de internacionalização de empresas, em espe-
cial as micro e pequenas. Nesse sentido, a gestão empresarial, a capacidade de adaptação e absorção de novas
práticas comerciais, gerenciais e administrativas são os fatores críticos da nova empreitada. A seguir, alguns
pontos que ajudarão a corrigir erros nas etapas de futuras operações relacionadas à internacionalização.
- Indecisão – planejamento estratégico é essencial, não importando o tamanho da empresa. A inserção de em-
presa no mercado internacional é um processo de longo prazo. Requer investimentos e gastos relativamente
altos;
- Despreparo - treinar e envolver os funcionários no espírito do negócio internacional. Selecionar parceiros,
planejar investida de ação no mercado externo. Desenvolver pesquisa de potenciais compradores e a prepa-
ração do produto;
- Falta de pesquisa de mercado – fator importante na primeira etapa da exportação, a pesquisa de mercado
pode ser feita por meio de banco de dados especializados, consulados e embaixadas brasileiras, no exterior.
A finalidade básica da pesquisa de mercado é obter informações econômicas e políticas sobre o mercado-
alvo;
- Falta de adaptação do produto – a diversificação da linha de produtos facilita sua adaptação no mercado
externo. A fonte de informações sobre o que é necessário adaptar constitui em importante item da pesquisa
de mercado;
- Falta de conhecimento operacional – vender ao mercado externo requer conhecimentos relativos aos pro-
cedimentos aduaneiros internos e externos. O procedimento operacional implica na atenção voltada além
regime aduaneiro, a legislação vigente dos dois países;
- Falta de profissionalismo – sendo a exportação um processo que envolve gastos relativamente altos, o pro-
fissionalismo da equipe é muito importante. A capacitação profissional faz parte do investimento estratégico
da empresa.
- Megalomania – no início, é preciso pensar pequeno. Muitas empresas fracassam na exportação por mega-
lomania. As vezes, no impulso de arranjar clientes, os pedidos podem ser maiores que a produção. Exportar
além da capacidade de produção pode comprometer a qualidade do produto.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.
6.21. Recebi intenção de compra, oriunda do exterior, na qual solicita a cotação “CIF” do meu
produto para decisão de compra. Quais as obrigações do exportador e do importador na mo-
dalidade CIF de exportação?
Na modalidade CIF (Cost, Insurance and Freight) o exportador é o responsável pela contratação do transporte
marítimo internacional e do seguro que cobre as perdas e danos da mercadoria durante o trajeto, ou seja, o
exportador tem a obrigação de colocar a mercadoria dentro do navio no porto de origem, arcando com os
custos de frete e seguro e de carregamento na origem
A responsabilidade do exportador termina quando a mercadoria é colocada a bordo do navio no porto de
origem, quando esta é transposta a amurada da embarcação.
Há condições contratuais que permitem que o exportador arque com os custos da exportação CIF desembar-
cado, onde se inclui também os custos com descarga e desembarque da mercadoria no porto de destino. Os
risco do transporte é de responsabilidade do importador.
Base Legal: Câmara de Comércio Internacional. INCOTERMS 2000, de 1º/01/2000.
6.22. Com o objetivo de dar maior segurança aos processos de exportação da empresa, no que
diz respeito aos pagamentos, agradeceria informar sobre a elaboração de contratos interna-
cionais de compra e venda.
Um contrato internacional de compra e venda pode ser formado durante o processo de negociação ou a
partir de modelos. Em ambos os casos, existem cláusulas específicas do comércio internacional que podem
ou não ser padronizadas, como é o caso dos INCOTERMS e das cláusulas compromissórias.
A principal característica de um contrato internacional é que ele está conectado a mais de um sistema jurídi-
co, que o leva a ser regido pelas regras do Direito Internacional Privado. A um contrato internacional de com-
pra e venda estão sempre coligados outros contratos autônomos, sem os quais não poderia ser cumprido,
tais como, o contrato de seguro, o de transporte e o de pagamentos internacionais.
A técnica contratual moderna substitui a antiga maneira de conceber contratos, criando os contratos-tipo,
que são regulamentações ou fórmulas de contratos padronizadas, com diversos pontos comuns, distinguin-
do-se geralmente tão só no que tange às particularidades de cada ramo de comércio. Os contratos-tipo são
simples formulários contendo todas as estipulações que devem conter, a fim de que seus elementos essen-
ciais sejam determinados. As partes contratantes pertencem, geralmente, ao mesmo ramo de atividade. Por
presumir que elas conheçam as regras e os usos de seu ramo de atividade, o que facilita muito a conclusão
rápida dos contratos.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do Comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.
6.23. Minha empresa pretende mover ação contra cliente que não honrou compromisso de pa-
gamento de produtos que importou. Gostaria de saber sobre questões de arbitragem, no caso
de o contrato não conter cláusula específica que prevê o não pagamento de exportação.
A resolução de litígios nos contratos internacionais de comércio nasce quando as partes incluem no texto a
chamada cláusula compromissória, pela qual os pactuantes admitem a validade da arbitragem como o insti-
tuto que irá resolver eventuais controvérsias.
Nos casos de litígios internacionais a arbitragem constitui em uma forma prática e rápida de resolver contro-
vérsias entre as partes. É imperioso afastar a solução judicial do conflito existente entre as partes para que
prevaleça a arbitragem convencionada. Pelo protocolo de Genebra de 1923, a pactuação tanto da cláusula
como do compromisso arbitral impõe às partes a obrigação de submeter eventuais conflitos ao juízo arbitral,
afastada a solução judicial. Nos contratos internacionais, ganha relevo a aplicação dos princípios gerais de
direito internacional em detrimento da normatização específica de cada país, o que justifica a análise da cláu-
sula arbitral convencionada entre as partes sob a ótica do protocolo de Genebra de 1923.
Portanto, se no contrato mencionado não existir a cláusula compromissória, a solução será impetrar ação na
justiça comum no país do importador.
Base Legal: Lei nº 9.307, de 23/10/1996.
6.24. O que vem a ser, no âmbito do comércio internacional, uma tarifa “ad valorem”, ela
também é aplicada a produtos exportados?
Sim. A tarifa “ad valorem” também é aplicada a produtos exportados. No Brasil alguns produtos exportados
são tarifados, ou seja, há incidência do imposto de exportação (IE). O Anexo “O” da Portaria SECEX nº 35,
de 24/11/2006, fornece relação de produtos aos quais incidem o imposto de exportação. A base de cálculo
da tributação se faz conforme o valor (FOB) da mercadoria exportada. Para efeito de determinação da base
de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de
aquisição ou produção, acrescidos dos impostos e contribuições incidentes e de margem de lucro.
Base Legal: Dec-Lei. 1.578/77; Portaria SECEX nº 35, de 24/11/2006.
6.25. Uma mercadoria exportada pode sair do país por uma zona secundária?
Não. A saída física da mercadoria de um país somente se dará em zona primária. A zona primária é aquela
por onde saem os produtos nacionais exportados e/ou entram os produtos estrangeiros importados, e com-
preendem os portos, aeroportos e as fronteiras alfandegadas autorizadas pela Secretaria da Receita Federal,
do Ministério da Fazenda (SRF/MF), a proceder a nacionalização ou a desnacionalização de mercadorias. Já na
zona secundária a mercadoria poderá apenas ter seu processo legal de despacho e desembaraço. Isso quer
dizer que a mercadoria pode sair do território nacional por desembaraço em uma zona secundária.
Base Legal: Dec. 4.543, de 26/11/2002. Reg. Aduaneiro, arts. 2º ao 14º
6.26. Como obter acesso ao Sistema Radar Comercial?
Desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) o Radar Comercial é um instrumento de consulta
e análise de dados relativos ao comércio exterior, que tem como principal objetivo auxiliar na seleção de mer-
cados e produtos que apresentam maior potencialidade para o incremento das exportações brasileiras.
O Sistema Radar Comercial tem contribuído para a democratização das informações relativas ao comércio
externo, propiciando às empresas acesso gratuito a dados e análises que facilitam a sua inserção no mercado
internacional.
Referências: http://radar.desenvolvimento.gov.br/rada
6.27. Pessoa física estrangeira que investir em empresa brasileira exportadora pode obter vis-
to permanente?
Sim. A Resolução Normativa nº 60, disciplina a concessão de autorização de trabalho para fins de obtenção
de visto permanente para investidor estrangeiro, pessoa física, que pretenda fixar-se no Brasil com a finalida-
de de investir recursos próprios de origem externa em quaisquer atividades produtivas.
A concessão do visto ao estrangeiro ficará condicionada à comprovação de investimento, em moeda estran-
geira, em montante igual ou superior, a US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares).
Base Legal: Resolução Normativa M.T.E nº 60, de 06 de outubro de 2004.
6.28. Somos exportadores de madeira e nossos compradores estão exigindo, agora, a certifi-
cação FSC. Onde podemos obter tal certificação?
O Conselho de Manejo Florestal (do inglês Forest Stewardship Council - FSC) é uma organização sem fins lu-
crativos voltada para a preservação do meio ambiente. Foi criado no final do ano de 1980 por grupos sociais
preocupados com o futuro das florestas tropicais em todo mundo. Sua sede se localiza em Bonn, Alema-
nha.
Esses grupos eram formados por entidades ligadas ao meio ambiente, movimentos sociais e da sociedade
civil e também com a contribuição de ONGs voltadas para a questão ambiental.
Neste período, os movimentos sociais da Europa e Estados Unidos estavam preocupados com o avanço do
desmatamento na Amazônia e também com as queimadas na Indonésia.
O processo de criação do FSC veio da necessidade de reduzir o desequilíbrio ambiental que estava aconte-
cendo em todo o mundo devido ao crescimento do consumo de madeira tropical pelos países europeus e os
Estados Unidos. Tendo em vista a complexidade que envolve o setor florestal com as questões sociais, am-
bientais e econômicas, que o FSC elaborou normas chamadas de Princípios e Critérios (P&C), para a promoção
do bom manejo florestal e garantindo o desenvolvimento social com responsabilidade ambiental e que seja
economicamente viável.
No Brasil o FSC é representado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que, igualmente, tem como
objetivo principal promover o manejo e a certificação florestal. Existem atualmente cinco certificadoras cre-
denciadas pelo FSC. Estas certificadoras estão autorizadas a avaliar as unidades de manejo florestal e permitir
o uso da logomarca do FSC.
Referências:
http://www.fsc.org.br/index.cfm?fuseaction=conteudo&IDsecao=165.
6.30. Gostaria de saber se nas operações até 2 mil dólares posso utilizar o Vale Internacional
Eletrônico?
Sim. O Vale Internacional Eletrônico é mais um serviço implementado pelos Correios e visa a remessa e re-
cebimento de valores do exterior por via eletrônica. Os maiores beneficiários do sistema são os empresários
de pequenas e médias empresas que vendem seus produtos no mercado externo, principalmente via Exporta
Fácil. Não há restrição quanto ao número de remessas por emitente, mas o valor máximo por remessa é de 3
mil euros.
Para o recebimento de pagamento de exportação é indispensável a apresentação do número da DSE ou RE.
Referências: http://www.correios.com.br/produtos_servicos/catalogo/internacionais/intl_Valepostal.cfm
6.31. Quais as normas que regem as exportações sem cobertura cambial e como são realiza-
das?
A legislação brasileira contempla a exportação sem cobertura cambial somente em casos específicos como
donativos, exportação temporária, para reparo ou manutenção, etc. Todos os casos de exportação sem cober-
tura cambial encontram-se descritos no Anexo “Q” da Portaria SECEX nº 35, de 28/11/2006.
Base Legal: Portaria SECEX nº 35, de 24 de novembro de 2006; (Cap. XIX e Anexo “Q”).
6.32. Quais os erros mais comuns que estão sujeitos os expositores brasileiros quando da par-
ticipação de feira internacional.
Os erros mais comuns praticados por expositores em eventos internacionais são:
• Participação irregular (observar a freqüência da feira);
• Preparação insuficiente (pessoal não preparado; o inglês como idioma é fundamental);
• Participação apenas nas grande feiras em detrimento a eventos menores;
• Pouco entrosamento com o ambiente do evento, tornando os contatos em oportunidades perdidas;
• Pós-feira insuficiente: contatos sem respostas; conclusões mal definidas.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.
6.33. Gostaria de obter informações sobre o SGP, tais como, quais são os países outorgantes,
e qual é a situação atual da renovação do SGP-EUA frente as exportações brasileiras?
Criado em 1970 por meio de acordo aprovado pela Junta de Comércio e Desenvolvimento da Conferência
das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD, os países desenvolvidos, membros da
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), criaram o Sistema Geral de Preferências
com o intuito de facilitar o acesso de produtos originários de países em desenvolvimento. Nesse sentido os
países desenvolvidos concedem redução ou isenção do imposto de importação.
Quanto ao SGP-EUA, informações obtidas junto a Câmara de Comércio AMCHAM esclarecem que a Câmara
dos deputados e o Senado Americano aprovaram, dia 08 e 09/12/2006, a prorrogação por mais dois anos do
Sistema Geral de preferências.
Base Legal: Anexo II da Circular SECEX nº 03, de 19/01/2001.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.
6.34. O que são os seguros contra riscos à exportação fornecidos por países emergentes? O
referido incentivo é oferecido pelo Brasil?
Sim. O Seguro de Crédito à Exportação (SCE) objetiva segurar as exportações brasileiras de bens e serviços
contra os riscos comerciais, políticos e extraordinários que possam afetar as transações econômicas e finan-
ceiras relativas a operações de crédito.
Nesse sentido, o Governo criou o Fundo de Garantia à Exportação – FGE, vinculado ao Ministério da Fazenda,
com a finalidade de dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de seguro de crédito à
exportação.
No âmbito privado, a Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE), tem a finalidade, conforme De-
creto nº 3.937, de 25/09/2001, de atuar em nome próprio ou por conta da União nas operações de cobertura
às exportações contra riscos diversos.
Base Legal: Lei 6.704, de 26.10.79; Port/MF nº 196, de 19/08/1997; Lei 9.818, de 23.08.1999; Decreto 3.937, de 25.09.2001; Resolução CAMEX nº
44, de 23/12/2003; e Dec. 4.929, de 23/12/2003; Dec. 4.993, de 18/02/2004; Lei nº 10.856, de 05/04/2004; Portaria/MF nº 416, de 16/12/2005;
Lei 11.281, de 20/02/2006
6.35. O que é o Exporta Fácil e quais seriam suas vantagens para as pequenas e médias empre-
sas?
O Exporta Fácil Brasil – Correios, é um conjunto de serviços oferecidos pela Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos, vinculada ao Ministério das Comunicações, no sentido de auxiliar a pequena e média empresa
(em especial os artesãos, produtores rurais, etc.) e pessoas físicas, nas questões relativas a exportação, em
especial, desburocratizando o processo postal e alfandegário. O programa oferece logística simplificada no
envio de documentos e encomendas de valor até US$ 10.000,00 (10 mil dólares), por remessa.
As modalidades do Exporta Fácil são:
Premium: indicada para o exportador que necessite de prazo garantido de entrega, sendo de 1, 2, 3 ou 4 dias
úteis. Conta com um seguro gratuito de R$ 450,00 mais o valor da postagem. Possui peso máximo de até
30 kg. A soma de suas dimensões não pode ser superior a 150 cm, sendo que a maior não pode ultrapassar
105 cm;
Expressa: indicada para o exportador que necessita maior urgência na entrega de seus produtos, que varia
de 3 a 7 dias úteis, conforme as cidades de origem e destino da mercadoria, contando ainda com um seguro
gratuito de R$ 200,00 mais o valor da postagem. Possui peso máximo de até 30 kg. A soma de suas dimen-
sões não pode ser superior a 150 cm, sendo que a maior não pode ultrapassar 105 cm.
Prioritária: indicada para o exportador que necessita de um equilíbrio entre preço e prazo. A entrega varia
de cinco a treze dias úteis, conforme as cidades de origem e destino e conta com um seguro gratuito de R$
100,00 mais o valor da postagem.
O peso máximo é de 2 kg para todos os países. A soma de sua dimensões não pode ser maior que 90 cm,
sendo que a maior não pode ultrapassar 60 cm.
Base Legal: Portaria MC nº 710, de 20/11/2000; Portaria MC nº 251, de 06/05/2002.
Referências: Sítio da Internet: http://www.mc.gov.br.
6.36. O que são e como funcionam os centros de distribuição de mercadorias do Brasil no ex-
terior?
O centros de distribuição criados pela Agência de Promoção das Exportações – APEX/MDIC são pontos no
exterior que facilitam as vendas de produtos manufaturados de pequenas e médias empresas brasileiras. A
APEX já conta com dois centros em funcionamento, um em Dubai (Emirados Árabes Unidos) e outro em Mia-
mi (Estados Unidos). Há previsão para o ano de 2007 de abertura de centros em Lisboa (Portugal), Varsóvia
(Polônia) e Frankfurt (Alemanha). O objetivo é abrir outros centros como na China, Rússia, África do Sul, Fin-
lândia e Índia, esses ainda sem previsão.
Referências:
Sítio da Internet: http://www.apexbrasil.com.br/.
6.37. Pretendo exportar marca de biquíni já existente no mercado brasileiro. Como proceder a
respeito, uma vez que esta marca não é de minha propriedade?.
Em princípio não há restrição com relação à exportação de produtos produzidos por outra empresa. É ne-
cessário observar se a empresa produtora dos biquínis mantém contrato de representante exclusivo no país
mercado de seu interesse.
6.38. Como compor planilha detalhada sobre os custos de frete e quais as principais taxas que
incidem sobre o transporte marítimo?
A tarifa do frete marítimo é composta basicamente dos seguintes itens: frete básico: valor cobrado segundo
o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que propiciar maior receita ao arma-
dor;
• Ad-valorem, Percentual que incide sobre o valor FOB da mercadoria. Aplicado normalmente quando esse
valor corresponder a mais de US$ 1000 por tonelada. Pode substituir o frete básico ou complementar seu
valor;
• Sobretaxa de combustível (buker surcharge), percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir
custos com combustível;
• Taxas para volumes pesados (heavy lift charge), valor de moeda atribuído às cargas cujos volumes individu-
ais, excessivamente pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para embarque/de-
sembarque ou acomodação no navio;
• Taxas para volumes com grande dimensões (extra lenght charge), aplicada geralmente a mercadorias com
comprimento superior a 12 metros;
• Sobretaxa de congestionamento (port congestion surcharge), incide sobre o frete básico, para portos onde
existe demora para atracação dos navios;
• Fator de ajuste cambial (currency adjustment factor - CAF), utilizado para moedas que se desvalorizam sis-
tematicamente em relação ao dólar norte-americano;
• Adicional de porto, taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto secundá-
rio ou fora da rota.
Referências: http://www.fiesp.com.br/
6.40. Como posso conseguir relação de importadores para os produtos que exporto?
A relação de importadores poderá ser obtida por solicitação às Embaixadas e Consulados brasileiros no exte-
rior; Câmaras de Comércio; Itamaraty; Trade Points; Federações da Indústria; participação em feiras, exposi-
ções, seminários; rodadas de negócios e sites na Internet, etc.
Referências:
http://www.BrazilTradeNet.gov.br/
http://www.exportplastic.com.br/pt/importadores.pdf
http://www.belgalux.com.br/b2b.htm
http://www.fiemg.com.br/content/produto/produtos_resultado.asp?nCodUnidade=13850&nSequencia=1&nOcorrencia=1&nCodProduto=108
&nCodMunicipio=3136702&datainicio=&datafim=&descpromocao=&nBuscaUnidade=1
Perguntas e Respostas
Freqüentes - FAQ
Módulo Importação
MODÚLO IMPORTAÇÃO - TEMAS / ITENS
1.1.2. A empresa registrada na Secex como exportadora, poderia eventualmente operar tam-
bém na atividade importadora?
Sim. O Registro de Exportadores e Importadores, como sugere o nome, compreende as duas vertentes. Os
registros são efetuados automaticamente no Sistema Integrado de Comércio exterior (Siscomex), sempre que
o importador realiza a primeira operação de importação.
Os cadastros antigos de importadores (até 1997) foram mantidos com a implantação do Siscomex.
Base Legal: Art. 1º da Portaria SECEX nº 35, de 24 de novembro de 2006.
A importação mencionada se enquadra na Admissão Temporária para Aperfeiçoamento de Ativo. Esse regime
aduaneiro especial permite o ingresso, para permanência temporária no País, para conserto ou reparo, com
suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas a ope-
rações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação.
As condições básicas para a aplicação do regime são: I) que a mercadoria seja de propriedade de pessoa se-
diada no exterior e admitida sem cobertura cambial; II) que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País;
e III) que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço.
Base Legal: Art. 332 do Dec. 4.543, de 26 de dezembro de 2002.
1.2.7. Atuo na área de vitivinicultura e gostaria de saber se é permitido importar mosto de
uvas para industrialização de vinho?
Não. É proibida a industrialização de mosto e da uva de procedência estrangeira, para a produção de vinhos
e derivados do vinho e da uva.
Base Legal: Lei no. 7.678, de 8/XI/88, Decretos Nºs. 99.066, de 8/03/90, e 113, de 5/05/91.
1.2.8. Quais são os critérios para a inclusão de bovinos importados, no Sistema Brasileiro de
Identificação e Certificação de Bovinos (Sisbov)?
O requisitos para a inclusão no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sis-
bov), compreendem basicamente três fases:
I) emissão de Autorização de Importação (AI): consiste na identificação numérica individual dos animais a
serem importados. A numeração é requerida por Fiscal Federal Agropecuário junto à Base Nacional de Dados
do Sisbov (BND);
II) II) ingresso no território nacional dos bovinos e bubalinos importados: o ingresso se dará somente através
de Postos de Vigilância Sanitária (PVS) e nos Serviços de Vigilância Sanitária (SVA), aprovados previamente
pelo Departamento de Defesa Animal do Mapa para o recebimento de animais importados e deverão dispor
de instalações individuais que possibilitem a inspeção dos animais. Após a inspeção física e documental dos
bovinos importados, a autoridade sanitária do PVS ou SVA envolvido informará à BND, no máximo em 24
horas, os códigos de identificação individuais dos animais cujo ingresso foi efetuado e;
III) III) quarentena no destino: os bovinos são submetidos à quarentena, em estabelecimento previamente
aprovado pelo serviço veterinário oficial, durante a qual serão submetidos a exames clínicos e, quando for o
caso, a exames laboratoriais e outros procedimentos sanitários previstos na Autorização de Importação ou
demandados pela autoridade sanitária responsável pela quarentena.
Base Legal: Instruções Normativas: MAPA nº 1, de 09/01/2002; MAPA nº 17, de 14/07/2006; SDA nº 47, de 31/07/2002; SDA nº 59, de
30/07/2003.
1.2.12. Quais os procedimentos que uma empresa deverá adotar na importação de produtos
farmacêuticos?
A importação de produtos farmacêuticos está sujeita ao Regime de Vigilância Sanitária e deverá cumprir as
exigências de controle de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
A empresa importadora somente poderá operar quando for concedida pela Anvisa a autorização de funcio-
namento específica da atividade e será responsável pela qualidade, eficácia e segurança dos produtos que
importar. Todos os produtos devem ser submetidos a ensaios completos de controle de qualidade, lote a lote,
através de laboratório próprio da importadora ou da contratação de serviços de terceiros. Em caso de labora-
tório de terceiros, o laboratório contratado deve possuir licença de funcionamento atualizada, expedida pela
autoridade sanitária competente e prova de capacitação para os testes realizados.
Base Legal: Resoluções RDC nº 234, de 17/08/2005; .nº 350, de 28/12/2005; Portaria ANVISA nº 185 de 08/03/1999.
A DSI apresentada em conformidade com o estabelecido poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens:
I - importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não carac-
terize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equivalente em outra
moeda;
II - importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três
mil dólares) ou o equivalente em outra moeda;
III - recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por:
a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou
b) instituição de assistência social;
IV - submetidos ao regime de admissão temporária;
V - reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do
regime de exportação temporária; e
VI - que retornem ao País em virtude de:
a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação;
b) defeito técnico, para reparo ou substituição;
c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou
d) guerra ou calamidade pública;
VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o
equivalente em outra moeda;
VIII - contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o
equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta,
nas seguintes situações:
a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o item IV;
b) reimportados, nas hipóteses de que trata o item V;
c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou
d) destinados a revenda;
IX - integrantes de bagagem desacompanhada;
X - importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM), quando submetidos a despacho aduaneiro
de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equiva-
lente em outra moeda;
XI - industrializados na ZFM, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do ter-
ritório nacional, até o limite de US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equivalente em outra moeda;
XII - importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, quando submetidos a
despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial; ou
XIII - importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamen-
te credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial,
até o limite de US$ 10.000 (dez mil dólares) ou o equivalente em outra moeda
Base Legal: Dec-Lei no 288, de 28/01/1967; IN SRF no 285, de 14/01/2003; IN SRF nº 611, de 18/01/2006 (alterada pela IN SRF nº 680, de 2/10/
2006, alterada pela IN SRF nº 720, de 12/02/2007).
1.2.14. Quais os procedimentos requeridos pelas autoridades sanitárias brasileiras com rela-
ção a importação de mercadorias na forma de matérias-primas (alimentos) ?
A importação de mercadorias na forma de matérias-primas ou produtos semi-elaborados, está sujeita ao re-
gistro de licenciamento de importação no Siscomex, após o embarque no exterior, e à fiscalização sanitária,
antes do seu desembaraço aduaneiro, realizada pela Autoridade Sanitária da Anvisa em exercício no local
onde ocorrerá o desembaraço aduaneiro.
A empresa interessada ou seu representante legalmente habilitado, deverá apresentar à autoridade sanitária
em exercício no local de desembaraço, as informações e documentos a seguir:
I – Petição de Fiscalização e Liberação de Mercadoria Importada – Anvisa;
II - Comprovante de recolhimento da taxa de fiscalização sanitária;
III - Licença de Funcionamento (Alvará) ou documento correspondente válido para a atividade pertinente,
emitida pela autoridade sanitária competente Estado, Município ou do Distrito Federal;
IV - Informação sobre a regularização do produto perante a Anvisa;
V - Certificado ANIMAT, para produto oriundo da Argentina;
VI - Autorização de acesso para inspeção física;
VII - Número da Licença de Importação ou Licença Simplificada de Importação;
VIII - Conhecimento de carga embarcada (AWB, BL, CTR);
IX - Fatura comercial (Invoice);
X - Certificado de Controle de Qualidade; e
XI - Termo de Guarda e Responsabilidade da mercadoria em armazém externo ao recinto alfandegado.
Base Legal: Resolução RDC Anvisa nº 1, de 06/01/2003.
1.2.16. Quais são os países que exigem o Certificado de Autenticidade do Tabaco e quais as
entidades no Brasil credenciadas a expedi-lo?
Somente as exportações para os países da União Européia, de alguns tipos tabaco, devem ser acompanhadas
pelo Certificado de Autenticidade do Tabaco.
No Brasil, as entidades credenciadas pela Secretaria de Comércio Exterior para emissão do Certificado são as
seguintes:
- Banco do Brasil S/A: Agências de Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Salvador (BA), Blumenau (SC);
- Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP);
- Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC); e
- Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
Base Legal: Circular Mdic nº 91, de 2/12/2003.
1.2.17. É possível liquidar fatura de importação utilizando cartão de crédito como meio paga-
mento?
Sim. Não existe nenhuma restrição quanto ao meio de pagamento nas operações de importação de até
US$ 20 mil.
Entretanto, para a utilização dessa modalidade, é necessário que a internação da mercadoria em território na-
cional tenha ocorrido através de Declaração Simplificada de Importação (DSI). O pagamento é feito mediante
débito em conta corrente do importador, pelo valor correspondente em Reais.
Base Legal: Circular BCB 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12.
1.2.18. Quais são os documentos exigidos pelo Banco Central, aos agentes autorizados a ope-
rar câmbio, quanto à identificação e qualificação de clientes?
Os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio devem certificar-se da qualificação de seus clientes,
mediante a realização, entre outras providências julgadas pertinentes, da sua identificação, das avaliações de
desempenho, de procedimentos comerciais e de capacidade financeira, devendo organizar e manter atuali-
zados ficha cadastral e documentos comprobatórios em meio físico ou eletrônico, observado que neste caso
seja permitido ao Banco Central do Brasil poder verificar o arquivo de imediato e sem ônus.
A ficha cadastral deve conter os dados a seguir e estar associada aos seguintes documentos comprobatórios:
b) no caso de pessoa jurídica de direito público ou de representação de governo estrangeiro, utilizando assi-
natura manual no contrato de câmbio ou no boleto: somente cartão de autógrafos contendo nome, qualifi-
cação e espécime das assinaturas dos representantes autorizados pela pessoa jurídica de direito público ou
pela representação de governo estrangeiro a assinar contratos de câmbio;
c) no caso de pessoa física: nome, documento de identidade (e órgão emissor) ou do passaporte, conforme o
caso, número de inscrição no CPF, endereço residencial e comercial, nacionalidade e profissão.
Os documentos devem ser mantidos pelos agentes autorizados pelo período de cinco anos, contados da
liquidação da última operação realizada no mercado de câmbio com o cliente, para apresentação ao Banco
Central do Brasil, quando solicitados.
É dispensada a exigência de ficha cadastral com relação às operações de valor igual ou inferior ao equivalente
a R$ 10 mil, realizadas pelos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio.
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12
1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias
1.3. Despacho Aduaneiro de Importação
1.3.2. Qual é o prazo legal para a conclusão da conferência aduaneira de importação para os
canais amarelo e vermelho?
A conferência aduaneira relativa às declarações selecionadas para os canais amarelo e vermelho deverá ser
concluída no prazo máximo de cinco dias úteis, contados do dia seguinte ao da recepção do extrato da decla-
ração e dos documentos que a instruem, salvo quando sua conclusão dependa de providência a ser cumprida
pelo importador, devidamente registrada no Siscomex.
Base Legal: IN SRF nº 69, de 10/12/1996; IN SRF nº 206, de 25/09/2002, alterada pela IN SRF nº 406, de 15/03/2004, alterada pela IN SRF 611, de
18/01/2006, alterada pela IN SRF nº 680, de 2/10/2006; .Dec. 4.543, de 26/12/2002.
1.3.7. Quais são as exigências impostas pela autoridade alfandegária para a retificação da De-
claração de Importação (DI)?
A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do despacho adua-
neiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, no Siscomex.
A retificação da declaração somente será efetivada após a sua aceitação, no Siscomex, pela fiscalização adu-
aneira, exceto no que se refere aos dados relativos à operação cambial.
Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento, o despacho ficará interrompido até a sua
obtenção, pelo importador.
Em qualquer caso, a retificação da declaração não elimina a aplicação das penalidades fiscais e sanções ad-
ministrativas cabíveis.
A retificação da declaração após o desembaraço aduaneiro, qualquer que tenha sido o canal de conferência
aduaneira ou o regime tributário pleiteado, será realizada:
I - de ofício, na unidade da SRF onde for apurada, em ato de procedimento fiscal, a incorreção; ou
II - mediante solicitação do importador, formalizada em processo e instruída com provas de suas alegações
e, se for o caso, do pagamento dos tributos, direitos comerciais, acréscimos moratórios e multas, inclusive
as relativas a infrações administrativas ao controle das importações, devidos, e do atendimento de eventuais
controles específicos sobre a mercadoria, de competência de outros órgãos ou agências da administração
pública federal.
Na hipótese de a retificação pleiteada implicar em recolhimento complementar do Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermuni-
cipal e de Comunicação (ICMS), o processo deverá ser instruído também com o comprovante do recolhimen-
to ou de exoneração do pagamento da diferença desse imposto.
Na análise de pedidos de retificação que se refiram à quantidade ou à natureza da mercadoria importada
deverão ser observados, no mínimo, os seguintes aspectos:
I - a compatibilidade com o peso e a quantidade de volumes informados nos documentos de transporte; e
II - o pleito deve ser instruído com a nota fiscal de entrada no estabelecimento importador da mercadoria
a que se refere, emitida ou corrigida, nos termos da legislação de regência, com a quantidade e a natureza
corretas.
Poderá ser aceito como elemento de convicção, pela autoridade fiscal, documento emitido por terceiro que
tenha manuseado ou conferido a mercadoria, no exercício de atribuição ou responsabilidade que lhe foi con-
ferida pela legislação, no País ou no exterior.
Do indeferimento do pleito de retificação caberá recurso, interposto no prazo de trinta dias, dirigido ao chefe
da unidade da SRF onde foi proferida a decisão.
Ressalvadas as diferenças decorrentes de erro de expedição, as faltas ou acréscimos de mercadoria e as diver-
gências que não tenham sido objeto de solicitação de retificação da declaração pelo importador, que venham
a ser apurados em procedimento fiscal serão objeto, conforme o caso, de lançamento de ofício dos tributos
incidentes e penalidades cabíveis ou de aplicação da pena de perdimento.
As divergências constatadas pelo importador, entre as mercadorias efetivamente recebidas e as desemba-
raçadas, deverão ser registradas por esse no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências.
A retificação independe do procedimento de revisão aduaneira de toda a declaração de importação que, caso
necessário, poderá ser proposta à unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos inci-
dentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador.
A retificação, por solicitação do importador, será efetuada:
I - na unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior,
sobre o domicílio do importador, quando decorrentes de:
a) qualquer alteração no regime tributário inicialmente pleiteado para a mercadoria;
b) correção da quantidade ou da natureza de mercadoria admitida no Regime Aduaneiro Especial de Entre-
posto Industrial sob Controle Informatizado (Recof);
c) transferência de propriedade de automóvel importado com isenção; ou
d) outras hipóteses estabelecidas em ato da Coana; ou
II - na unidade da SRF onde foi efetuado o despacho aduaneiro da mercadoria, nos demais casos.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006; Alterada pela IN SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006; Alterada pela
IN SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.
1.4.1. Existe a possibilidade da prática de Drawback para produtos alimentícios, com o obje-
tivo de atender o mercado interno?
Não. A operação especial é concedida apenas para a importação de matérias-primas, produtos intermediários
e componentes destinados à fabricação, no País, de máquinas e equipamentos.
Operação que decorre de licitação internacional, proveniente de financiamento concedido por instituição
financeira também internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira, ou
ainda, pelo BNDES, com recursos captados no exterior.
Base Legal: Lei nº 8.032, de 12/04/1990; Lei nº 10.184, de 12/02/2001; Portaria nº 35, de 24/12/2006.
1.4.3. Como se aplica o Regime Especial de Importação de Insumos (Recom), destinados a in-
dustrialização por encomenda?
O Recom é o regime que permite a importação, sem cobertura cambial, de chassis, carroçarias, peças, partes,
componentes e acessórios, classificados nas posições 8701 a 8705, com suspensão do pagamento do impos-
to sobre produtos industrializados. É aplicado exclusivamente a importações realizadas por conta e ordem de
pessoa jurídica domiciliada no exterior.
O Imposto de Importação incidirá somente sobre os insumos importados empregados na industrialização dos
produtos.
Os produtos resultantes da industrialização por encomenda terão o seguinte tratamento tributário:
I - quando destinados ao exterior, resolve-se pela suspensão do pagamento do imposto sobre produtos indus-
trializados incidente na importação e na aquisição, no mercado interno, dos insumos neles empregados; e
II – quando destinados ao mercado interno, serão remetidos obrigatoriamente a empresa comercial atacadis-
ta, controlada, direta ou indiretamente, pela pessoa jurídica encomendante domiciliada no exterior, por conta
e ordem desta, com suspensão do pagamento do imposto sobre produtos industrializados.
A concessão do regime dependerá de habilitação prévia perante a Secretaria da Receita Federal, que expedirá
as normas necessárias ao cumprimento do referido regime.
Base Legal: art. 5o da Lei no 9.826, de 23/08/1999; IN SRF no 01, de 12/01/2000; IN SRF nº 17, de 16/02/2000; art. 17 da MP no 1.990-29 de
10/03/2000.
1.4.5. Quais os casos em que não serão permitidos a admissão no regime especial de entre-
posto aduaneiro de importação ?
A admissão no regime de entreposto aduaneiro de importação não será autorizada quando se tratar de: I)
mercadoria cuja importação esteja proibida; II) bem usado; III) mercadoria importada sem cobertura cam-
bial.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.
1.4.6. Quais as mercadorias que poderão ser admitidas no regime especial de entreposto adu-
aneiro de importação ?
A admissão no regime de entreposto aduaneiro de importação, regime exclusivo das Estações Aduaneiras de
Interior (Eadi), será autorizada para a armazenagem dos bens de acordo com a característica do estabeleci-
mento, a seguir indicados:
I - aeroporto:
a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves, e de equipamentos e
instrumentos de uso aeronáutico;
b) provisões de bordo de aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional;
c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, identificáveis por
número de série, importados, para serem submetidos a serviço de recondicionamento, manutenção ou repa-
ro, no próprio recinto alfandegado, com posterior retorno ao exterior;
d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento, manutenção ou reparo de
máquinas ou equipamentos; ou
e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País, ou destinados à expor-
tação, que atendam às condições para admissão no regime.
1.4.7. Quais as atividades poderão ser permitidas, e realizadas pelos importadores, aos produ-
tos admitidos no regime especial de entreposto aduaneiro de importação ?
Nos recintos alfandegados credenciados a operar o regime de entreposto aduaneiro na importação, além
da prestação dos serviços comuns, poderão, ainda, ser realizados os seguintes serviços, pelos importadores,
relativos às mercadorias ali armazenadas:
I) etiquetagem e marcação, para atender a exigências do comprador estrangeiro; II) exposição, demonstração
e teste de funcionamento; III) acondicionamento ou reacondicionamento; IV) montagem; V) beneficiamen-
to; VI) transformação, no caso de preparo de alimentos para consumo a bordo de aeronaves e embarcações
utilizadas no transporte comercial internacional ou destinados a exportação; VII) manutenção ou reparo de
embarcações e em instrumentos de uso náutico; máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos,
eletrônicos ou de informática.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.
1.4.8. Qual o prazo para o início do despacho aduaneiro de importação?
O despacho aduaneiro de importação inicia-se com o registro da Declaração de Importação no Siscomex,
momento no qual ocorre, quando for o caso, o pagamento dos tributos federais, estaduais e municipais devi-
dos, mediante débito automático na conta indicada na Declaração de Importação, junto a agência habilitada
de banco integrante da rede arrecadatória de receitas federais, por meio de Documento de arrecadação de
Receitas federais (Darf) eletrônico.
Como regra geral, o despacho aduaneiro de importação somente deverá ter início após a chegada da merca-
doria na unidade da Secretaria da Receita Federal de despacho, na qual o importador submeter a mercadoria
importada.
O despacho de importação deverá começar: I) até 90 (noventa) dias da descarga, se a mercadoria estiver em
recinto alfandegado; II) até 45, (quarenta e cinco) dias após esgotar-se o prazo estabelecido para permanên-
cia da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e III) até 90 (noventa) dias da abertura da mala
postal.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.
1.4.10. Em que consiste o ato de Revisão Aduaneira e até quando a autoridade pode exigi-la?
A Revisão Aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do paga-
mento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da
exatidão das informações prestadas pelo importador na declaração de importação
Para a constituição do crédito tributário, apurado na revisão, a autoridade aduaneira deverá observar os pra-
zos referidos nos arts. 668 e 669 do Dec. 4543/2002.
A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos, contado da data do registro da declaração
de importação correspondente.
Considera-se concluída a revisão aduaneira na data da ciência, ao interessado, da exigência do crédito tribu-
tário apurado.
Base Legal: Dec. no 37, de 1966 art. 54, com a redação dada pelo Decreto-lei no 2.472, de 1988, art. 2o, e Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 8o;
Dec. 4543/2002.
1.4.11. No âmbito do regime de Admissão Temporária para o Aperfeiçoamento Ativo quais as
operações podem ser admitidas?
O regime aduaneiro especial de Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo é o que permite o ingres-
so, para permanência temporária no País, com suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estran-
geiras ou desnacionalizadas, destinadas a operações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação.
As operações de aperfeiçoamento ativo, compreendem:
I - as operações de industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à renovação, ao recondiciona-
mento, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento aplicadas ao próprio bem; e
II - o conserto, o reparo, ou a restauração de bens estrangeiros, que devam retornar, modificados, ao país de
origem.
São condições básicas para a aplicação do regime:
I - que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa sediada no exterior e admitidas sem cobertura cam-
bial;
II - que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País; e
III - que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço.
A Secretaria da Receita Federal poderá aplicar ao regime, no que couber, à normas previstas para o regime
de admissão temporária.
Base Legal: art. 332 do Dec. 4.543, de 26/12/2002.
1.4.18. Quais os tipos de mercadorias que poderão ser controladas nos recintos alfandegados?
Poderão ser controladas:
I) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;
II) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III) remessas postais internacionais.
Base Legal: Art. 9º do Dec. 4.543, de 26/12/2002.
2.1.3. É possível importar medicamentos pelos correios, com isenção de tributos, sendo pes-
soa física?
Sim. Os medicamentos destinados a pessoa física não pagam imposto, pois são tributados com alíquota zero
do imposto de importação. A sua liberação está condicionada à apresentação de receita médica exigida pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Base Legal: Portaria MF nº 156, de 24 /07/1999; Instrução Normativa SRF nº 096, de 04/08/1999.
2.1.7. Para efeito de base de cálculo do Imposto de Importação qual o momento do seu fato
gerador?
Para efeito de cálculo do Imposto de Importação, considera-se ocorrido o fato gerador:
I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo;
II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa
postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; bens compreendidos no conceito de ba-
gagem, acompanhada ou desacompanhada; e mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações
de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira; e
III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o
respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria.
Base Legal: Lei nº 9.779, de 19/01/1999, Lei no 9.432, de 8/01/1997, art. 11, § 10; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de
24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.
Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.
2.2.1. O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante incide em todos os produ-
tos importados ?
Não. Apenas no âmbito do Regime Aduaneiro Especial de Drawback é concedido incentivo que compreende
a suspensão ou isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). Esse regime
implica na importação de mercadoria utilizada na industrialização de produto destinado a exportação.
Base Legal: Instr. Norm. SRF nº 248, de 2002; Port. SECEX nº. 14, de 23/11/2004.
2.2.2. Quando a mercadoria for isenta do Imposto de Importação isto quer dizer que os outros
impostos também serão isentos?
Não. Isso depende muito do grau de essencialidade temporal do produto. Por exemplo, o produto sêmen
animal (NCM: 0511.99.20) têm todos os impostos federais isentos (II; IPI; PIS; Cofins), embora o ICMS seja
tributado normalmente. Já o produto ovos de bicho-da-seda (NCM: 0511.99.30) têm isenções do Imposto
de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), embora haja a incidência de PIS; Cofins
e ICMS.
Dessa forma, as isenções federais, estaduais e municipais estão relacionadas diretamente com a essencialida-
de que o produto representa para o momento econômico do país.
Base Legal: TECWin 2007.
2.2.9. Todas as empresas são obrigadas a pagar a Taxa de Serviço Administrativo (TSA) à Su-
frama?
Sim. Ficam isentos do pagamento da TSA, relativa ao processo de ingresso de mercadorias nacionais, ape-
nas:
I – a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e as respectivas Autarquias e Fundações Públicas;
II – as instituições, sem fins lucrativos, reconhecidos como de utilidade pública pelo Governo Federal;
III – as entidades consulares;
Base Legal: Lei nº. 9.960, de 28/01/2000; Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.
2.2.10. A Taxa de Serviço Administrativo (TSA) incide, também, a todas as mercadorias nacio-
nais, nas áreas incentivadas sob a administração da Suframa?
Não. Ficam isentos do pagamento da TSA, relativa ao processo de ingresso de mercadorias nacionais, ape-
nas:
I – os livros, os jornais, os periódicos ou o papel destinado a sua impressão; e
II – os equipamentos médico-hospitalares.
Base Legal: Lei nº. 9.960, de 28/01/2000; Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.
3.1.1. Existe alguma isenção de imposto na importação de objetos de arte na forma de doação
por museu no exterior?
Sim. Há isenção do Imposto de Importação de objetos de arte e somente são beneficiados aqueles classifica-
dos nas seguintes posições da Nomenclatura Comum do Mercosul: 9701 (quadros, pinturas e desenhos, feitos
inteiramente à mão; colagens e quadros decorativos e semelhantes); 9702 (gravuras, estampadas e litogra-
fias, originais); 9703 (produções originais de arte estatuária ou de escultura, de quaisquer materiais); e 9706
(antigüidades com mais de 100 anos).
Os objetos de arte citados, no âmbito da isenção, deverão ser recebidos, em doação, somente por museus
instituídos e mantidos pelo poder público ou por outras entidades culturais reconhecidas como de utilidade
pública.
Base Legal: Lei nº 8.961, de 23/12/1994.
3.1.3. Quais as hipóteses em que a Receita Federal poderá restituir ao importador impostos
pagos indevidamente?
Poderão ser restituídas pela Secretaria da Receita Federal (SRF) as quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a
título de tributo ou contribuição, nas hipóteses: I) de cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou maior
que o devido; II) erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do
montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; ou III)
na reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de 24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo
Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.
3.1.4. Existe isenção do Imposto de Importação no comércio de cidades fronteiriças ao Brasil?
Sim. A isenção do imposto na importação de bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades
situadas nas fronteiras terrestres, aplica-se apenas aos bens destinados à subsistência da unidade familiar
de residentes nas cidades fronteiriças brasileiras. Entende-se por bens destinados à subsistência da unidade
familiar os bens estritamente necessários ao uso ou consumo pessoal e doméstico.
Base Legal: Decreto-lei no 2.120, de 1984, art. 1o, § 2o, “b”, Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “f”, e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o,
inciso IV).
3.2.2. Quais são os incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus, no âmbito federal,
na entrada de mercadorias de procedência estrangeira?
As mercadorias de procedência estrangeira na Zona Franca de Manaus, destinadas a seu consumo interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, usufruem dos seguintes benefício fiscais, no
âmbito federal:
a) Imposto sobre a Renda (IR):
• Redução de 50% do IR, de 2004 a 2008, concedida a empreendimentos com projetos de ampliação, moder-
nização ou diversificação aprovados;
• Redução de 25% do IR, de 2009 a 2013, concedida a empreendimentos com projetos de ampliação, moder-
nização ou diversificação aprovados
3.3.1. Existe algum financiamento público que contemple a importação de máquinas agríco-
las?
Sim. O Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) é uma linha de crédito destinada a empresas
de micro e pequeno porte, localizadas em qualquer região do país. São utilizados recursos do BNDES para
financiar a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos, cadastrados na Agência Especial de Fi-
nanciamento Industrial, e capital de giro associado à aquisição isolada de equipamentos.
Base Legal: Circular BNDES nº 195, de 28.07.06
3.3.2. É possível empresa credenciar, no Finame, produtos que apenas comercializa ?
Não. O credenciamento é destinado somente aos fabricantes de máquinas e equipamentos de fabricação na-
cional, não sendo aplicável a empresas comerciais, distribuidores, revendedores ou prestadoras de serviço.
Base Legal: Circular BNDES nº 195, de 28.07.06,
4.1. Assim como no pagamento das exportações pode ser feito em reais, apenas por países li-
mítrofes, existe também a possibilidade do mesmo procedimento aplicar-se às importações?
Ao contrário do que se verifica nas exportações, a importação de mercadorias com pagamento em Real é per-
mitida para todas as empresas brasileiras, independente da cidade em que estejam localizadas. Entretanto,
essa operação praticamente é ignorada por importadores, em razão de o Real não ser uma moeda conversí-
vel, impedindo sua utilização pela empresa estrangeira que a receber.
Base Legal: Portaria SECEX nº15, de 17/11/2004.
4.2. Qual é o valor máximo que se pode importar por remessa postal?
Na importação de bens via Remessa Postal ou Encomenda Aérea Internacional, inclusive para remessa de
compras realizadas via Internet, aplica-se o Regime de Tributação Simplificada (RTS). O valor máximo dos
bens a serem importados neste regime é de US$ 3,000 (três mil). A tributação incidente é de 60% (sessenta
por cento) sobre o valor dos bens constantes da fatura comercial, acrescido dos custos de transporte e do
seguro também relativo ao transporte, se não tiverem sido incluídos no preço da mercadoria.
No caso de utilização de empresas de transporte aéreo internacional expresso (courier), será acrescentada a
tributação de 18% do ICMS
Base Legal: Portaria do Ministro da Fazenda 156/99; Decreto 2498/98 Art. 20.do Decreto 2498/98; Instrução Normativa SRF nº 096, de
04/08/1999.
4.3. Qual é o valor máximo que pessoa física pode importar por remessa postal, sem paga-
mento de impostos?
As remessas no valor total de até US$ 50 (cinqüenta dólares) não pagam impostos, desde que o remetente e
o destinatário sejam pessoas físicas.
Base Legal: Portaria do Ministro da Fazenda 156/99; Decreto 2498/98 Art. 20.do Decreto 2498/98; Instrução Normativa SRF nº 096, de
04/08/1999.
4.6. Qual é a penalidade aplicada pela Receita Federal ao importador caso não promova o re-
torno, ao país de destino, de produto importado para reparo?
A autoridade alfandegária aplicará multa de 50% (cinqüenta por cento), proporcional ao valor do imposto
incidente sobre a importação da mercadoria, pelo não retorno ao exterior de bens ingressados no País sob o
regime aduaneiro especial de admissão temporária para conserto ou reparo.
Base Legal: Dec-Lei 37, de 18/11/1966; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Lei nº 10.833, de 29/12/2003.
4.9. Quais os itens que não integram o valor aduaneiro de uma mercadoria, segundo o méto-
do do valor da transação?
Não integram o valor aduaneiro, segundo o método do valor de transação, desde que estejam destacados
do preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria importada, na respectiva documentação compro-
batória:
I - os encargos relativos à construção, à instalação, à montagem, à manutenção ou à assistência técnica, re-
lacionados com a mercadoria importada, executados após a importação; e
II - os custos de transporte e seguro, bem como os gastos associados ao transporte, incorridos no território
aduaneiro, a partir de porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado
onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro.
Base Legal: Decreto nº 4.765, de 24.6.2003.
4.11. Qual o destino dado aos produtos apreendidos pela Secretaria da Receita Federal?
A destinação de mercadorias apreendidas pela Secretaria da Receita Federal, pode ocorrer nas seguintes mo-
dalidades:
- venda, mediante leilão, a pessoas jurídicas, para seu uso, consumo, industrialização ou comércio;
- venda, mediante leilão, a pessoas físicas, para uso ou consumo;
- incorporação a órgãos da administração pública direta ou indireta do nível federal, estadual ou municipal,
dotados de personalidade jurídica de direito público;
- incorporação a entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública federal, estadual ou municipal,
ou a Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) qualificadas conforme a Lei nº 9.790, de
23 de março de 1999;
- destruição ou inutilização, na hipótese de produtos contrafeitos, pirateados ou falsificados, cigarros, pro-
dutos condenados pela vigilância sanitária ou defesa agropecuária, dentre outros para os quais não seja
possível a destinação por incorporação ou leilão.
A Receita Federal também tem a competência para destinar certos grupos de mercadorias a beneficiários
específicos. Os principais critérios de destinação são:
- produtos perecíveis e mercadorias de pequeno valor comercial: repasse a órgãos da administração pública
direta ou indireta federal, estadual ou municipal, excluídas as sociedades de economia mista e empresas pú-
blicas, ou a entidades sem fins lucrativos - declaradas de utilidade pública ou qualificadas como Oscip;
- medicamentos e produtos médico-hospitalares ou odontológicos: repasse aos órgãos ou entidades do Mi-
nistério da Saúde, das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, bem como a hospitais universitários de
instituições públicas de ensino superior;
- borracha natural, madeiras e animais silvestres ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-
turais Renováveis (Ibama) ou a outros órgãos ou entidades públicas responsáveis pela execução das políticas
de preservação ambiental;
- obras de arte, peças de arqueologia e museu, outros bens de valor artístico ou cultural ao Instituto do Pa-
trimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
- materiais radioativos ou nucleares à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ou a órgãos e instituições
de pesquisa indicados pelo CNEN;
- incorporação às Secretarias Estaduais de Segurança Pública, de Fazenda e de Educação, incluídos os órgãos
de suas respectivas estruturas;
- incorporação ao patrimônio da Receita Federal, no caso de produtos ou equipamentos que possam ser úteis
ao melhor desempenho institucional do órgão;
- incorporação, prioritariamente, a outros órgãos do Ministério da Fazenda, a órgãos da Presidência da
República, a órgãos do Ministério da Defesa (Marinha, Exército, Aeronáutica); do Estado Maior das Forças
Armadas; a órgãos do Ministério da Educação; do Poder Judiciário Federal; do Poder Judiciário Estadual; do
Ministério Público da União; do Ministério Público dos Estados; do Departamento de Polícia Federal; do De-
partamento de Polícia Rodoviária Federal, entre outros.
Assim, em estrito vínculo com a legislação em vigor, os produtos apreendidos pela Secretaria da Receita Fede-
ral vêm sendo destinados por meio de leilão, incorporação a órgãos públicos das três esferas da administra-
ção, doação a entidades sem fins lucrativos, ou levados a destruição por força de lei e normas específicas. A
escolha entre as opções que a lei confere para proceder à destinação é avaliada, caso a caso, pela autoridade
competente, com vistas a alcançar, mais rapidamente, benefícios administrativos, econômicos ou sociais, em
que pesem as peculiaridades do local da apreensão, o tipo da mercadoria disponível e a necessidade de a
Secretaria da Receita Federal promover o rápido esvaziamento dos depósitos, de sorte a permitir condições
operacionais para o cumprimento de sua função institucional de combate e repressão aos crimes de contra-
bando e descaminho.
Outro ponto que, por oportuno, merece destaque, é que todas as mercadorias apreendidas pela Secretaria
da Receita Federal passam por um controle rígido, por meio de sistema informatizado único e de abrangência
nacional, de todas suas etapas desde a apreensão até a destinação final, sendo perfeitamente identificável a
situação e o destino de cada item de apreensão.
Base Legal: art. 29, item II, do Dec-Lei nº 1.455, de 07/04/1976; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Port. MF nº 100, de 22/04/2002; Portaria SRF nº555,
de 30/04/2002.
4.12. Quando e como um Estado-Parte do Mercosul pode iniciar um processo de investigação
de origem a produto importado?
Quando houver suspeitas de irregularidade relacionada à veracidade ou observância das disposições do Re-
gime de Origem do Mercosul, o processo aduaneiro de investigação de origem é o procedimento mediante
o qual a autoridade aduaneira verifica o cumprimento das regras de origem para determinada mercadoria,
visando apurar ocorrências envolvendo o produtor ou o exportador da mercadoria importada.
Em caso de dúvida fundamentada sobre a autenticidade ou veracidade do Certificado de Origem, o chefe da
unidade local da SRF solicitará à Coana a requisição de informações adicionais junto à autoridade competente
do Estado-Parte exportador.
A Coana aguardará resposta ao pedido de informações pelo prazo de quinze dias úteis, contado da data de
recebimento da solicitação pela autoridade competente do Estado-Parte exportador.
Findo o prazo estabelecido sem que tenha havido resposta ao pedido de informações, ou quando as informa-
ções prestadas forem consideradas insuficientes pela Coana, será emitido Ato Declaratório Executivo (ADE)
contendo:
I - descrição e classificação fiscal da mercadoria objeto de processo aduaneiro de investigação de origem;
II - nome e nacionalidade da empresa estrangeira exportadora;
III - produtor ou fabricante;
IV - entidade certificante; e
V - prazo previsto para a conclusão da investigação.
O prazo para a conclusão da investigação será de até noventa dias e poderá ser prorrogado por igual período.
A emissão do ADE representará o início do processo aduaneiro de investigação de origem, sujeitando a ope-
ração sob investigação, quando couber, e as importações subseqüentes de mercadorias idênticas do mesmo
produtor à prestação de garantia.
Durante o processo aduaneiro de investigação de origem, a Coana poderá: I) requerer informações e cópia da
documentação em posse da entidade certificadora do Estado-Parte exportador, necessárias à verificação da
autenticidade do Certificado de Origem que ampara a mercadoria sob investigação e da veracidade das infor-
mações nele contidas; II) enviar questionário escrito ao exportador ou produtor do outro Estado-Parte, rela-
cionado com a mercadoria objeto de investigação; III) solicitar à repartição oficial do Estado-Parte exportador,
mediante justificativa, as gestões pertinentes destinadas à realização de visitas de verificação para examinar
o processo produtivo e as instalações destinadas à produção da mercadoria em questão; ou IV) adotar outros
procedimentos, de conformidade com o acordado entre os Estados-Partes.
As informações obtidas no processo de investigação terão caráter confidencial e deverão ser utilizadas, exclu-
sivamente, para elucidar as questões que suscitaram o procedimento.
O processo aduaneiro de investigação de origem será encerrado com a lavratura de relatório conclusivo a
respeito do cumprimento ou não das normas de origem.
A Coana emitirá ADE com base no relatório conclusivo do processo aduaneiro de investigação de origem.
O ADE que declarar o não cumprimento das normas de origem, as mercadorias idênticas produzidas pelo
produtor/exportador investigado receberão o tratamento tributário aplicável às importações de mercadorias
de terceiros países.
A investigação será dada por concluída com a desqualificação da origem e conseqüente exclusão do trata-
mento tarifário preferencial, quando:
I - existirem elementos de prova suficientes para formar juízo da qualificação da origem da mercadoria de
modo diverso do que consta no Certificado de Origem;
II - a informação ou documentação requerida às autoridades competentes do Estado-Parte exportador não for
fornecida no prazo estipulado;
III - a resposta não contiver elementos suficientes para comprovar a veracidade do Certificado de Origem que
ampara a importação da mercadoria sob investigação; IV - os produtores ou fabricantes não concordarem
com a realização de visita de verificação.
Base Legal: IN SRF nº 149, de 27/03/2002.
4.13. Quais os prazos estabelecidos para a contratação de câmbio de importação?
As operações de câmbio podem ser contratadas para liquidação futuras, devendo a liquidação ocorrer em
até:
a) 720 dias, no caso de operações interbancárias e de arbitragem; (NR)
b) 360 dias no caso de operações de câmbio de natureza financeira, com ou sem registro no Banco Central do
Brasil / Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros e Supervisão de Câmbio e Capitais Internacionais;
c) 3 dias úteis, no caso de operações de câmbio relativas a aplicações de títulos de renda variável que estejam
sujeitas a registro no Banco Central do Brasil / Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros e Supervisão
de Câmbio e Capitais Internacionais
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12
4.14. É permitido às pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País
liquidar suas obrigações com o exterior?
Sim. É facultada a liquidação, no mercado de câmbio, em moeda estrangeira equivalente, de compromissos
em moeda nacional, de qualquer natureza, firmados entre pessoas físicas ou jurídicas residentes, domicilia-
das ou com sede no País e pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, me-
diante apresentação da documentação pertinente.
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12
4.17. No caso de fraude quanto ao preço da mercadoria importada, quais os métodos utiliza-
dos pela autoridade aduaneira para a determinação de base de cálculo dos tributos?
No caso de fraude, sonegação ou conluio, em que não seja possível a apuração do preço efetivamente prati-
cado na importação, a base de cálculo dos tributos ou contribuições e demais direitos incidentes será deter-
minada mediante arbitramento do preço da mercadoria, em conformidade com um dos seguintes critérios,
observada a ordem seqüencial:
I - preço de exportação para o País, de mercadoria idêntica ou similar; ou
II - preço no mercado internacional, apurado em cotação de bolsa de mercadoria ou em publicação especiali-
zada; mediante método substitutivo ao do valor de transação, observado ainda o princípio da razoabilidade;
ou mediante laudo expedido por entidade ou técnico especializado.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de 24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo
Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.
4.18. Quais os procedimentos necessários para que uma instituição integrante do Sistema Fi-
nanceiro Nacional opere no mercado de câmbio?
Para que uma instituição, integrante do Sistema Financeiro Nacional, opere no mercado de câmbio é neces-
sário:
a) possuir capital realizado e patrimônio de referência não inferiores aos níveis estabelecidos pela regulamen-
tação específica, mantendo-os atualizados enquanto vigorar a autorização concedida pelo Banco Central do
Brasil;
b) designar, entre os administradores homologados pelo Banco Central do Brasil, o responsável pelas opera-
ções relacionadas ao mercado de câmbio;
c) apresentar projeto, nos termos a serem fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os
objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regulamentação
cambial e para prevenir e coibir o crime de lavagem de dinheiro e outros crimes tipificados na Lei nº 9.613,
de 03/03/1998.
Base Legal: Lei nº 9.613, de 03/03/1998; Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12;
4.19. No caso de dúvidas quanto à classificação fiscal o importador poderá pedir a autoridade
aduaneira a verificação física da mercadoria?
Sim. O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamen-
te recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que
se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.
O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de carga correspondente e dirigido ao chefe do se-
tor responsável pelo despacho aduaneiro, o qual poderá ainda decidir pela necessidade de acompanhamento
do ato pela fiscalização aduaneira.
A verificação da mercadoria pelo importador, ainda que realizada sob acompanhamento da fiscalização adu-
aneira, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação,
se for o caso.
Base Legal: IN SRF nº 680, de 2/10/2002
I - via original do conhecimento de carga, ou de documento equivalente, como prova de posse ou proprie-
dade da mercadoria;
II - comprovante do recolhimento do ICMS ou, se for o caso, comprovante de exoneração do pagamento do
imposto, exceto no caso de Unidade da Federação com a qual tenha sido celebrado o convênio referido no
art. 53 para o pagamento mediante débito automático em conta bancária, por meio do Siscomex;
III - Nota Fiscal de Entrada emitida em seu nome, ou documento equivalente, ressalvados os casos de dispen-
sa previstos na legislação estadual; e
IV - documentos de identificação da pessoa responsável pela retirada das mercadorias.
O importador deverá comprovar o recolhimento ou a exoneração do pagamento do ICMS ou, se for o caso,
efetuar o débito automático desse imposto, relativo a cada lote de mercadoria a ser entregue.
Base Legal: art. 107, inciso IV, alínea “c”, do Decreto-Lei no 37, de 1966, com a redação dada pelo art. 77 da Lei nº 10.833, de 2003.
MÓDULO IMPORTAÇÃO FINAME - 3.3.1 - 3.3.2
PALAVRAS-CHAVE FORMAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO - 4.16
IDENTIFICAÇÃO DE CLIENTES DE MERCADO DE CÂMBIO - 1.2.18
IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS - 1.2.14
ADMISSÃO TEMPORÁRIA - 1.2.6 IMPORTAÇÃO DE AMOSTRAS - 1.2.10
ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA APERFEIÇOAMENTO ATIVO - 1.4.11 IMPORTAÇÃO FRACIONADA - 4.20
AFRMM - ADIC. FRETE PARA REN. DA MARINHA MERCANTE - 2.2.1 IMPORTAÇÃO MÁQUINAS AGRÍCOLAS - 3.3.1
APERFEIÇOAMENTO ATIVO - 1.2.6 IMPORTAÇÃO PARA REPARO - 4.6
ATAERO - ADICIONAL DE TARIFA AEROPORTUÁRIA - 2.2.4 IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM - 4.10
AUTOMÓVEL - 1.2.4 IMPORTAÇÃO ZFM - 3.2.2
BACK-TO-BACK - 4.8 IMPORTAÇÕES DEFINITIVAS - 4.7
BAGAGEM - 1.2.4 IMPORTAÇÕES NÃO-DEFINITIVAS - 4.7
BASE DE CÁLCULO - 2.1.7 - 2.2.6 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.1 - 2.1.4 - 2.1.7
BASE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS - 4.17 INCIDÊNCIA, FATO GERADOR - 2.2.5
BENEFICIÁRIOS - 1.4.15 INFRAÇÕES - 1.1.1
BOVINOS - 1.2.9 INVESTIGAÇÃO DE ORIGEM - 4.12
BUBALINOS - 1.2.8 ISENÇÃO - 1.4.2 - 2.1.3 - 2.2.2 - 3.11 - 3.12 - 3.12
CÁLCULO DO VALOR ADUANEIRO - 4.17 ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 3.14
CÁLCULO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.2 ISENÇÕES CONCEDIDAS A ZONA FRANCA DE MANAUS - 3.2.2
CANAIS - 1.3.1 - 1.3.5 - 1.4.3 LICENCIAMENTO - 1.2.3
CANAIS AMARELO E VERMELHO - 1.3.2 LICENCIAMENTO AUTOMÁTICO - 1.2.1
CANCELAMENTO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI) - 1.2.11 LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO - 1.2.2
CATEGORIA DE RISCO - 1.2.15 LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS - 1.3.3 - 2.1.5
CERTIFICAÇÃO DE BOVINOS - 1.2.8 MÁQUINAS USADAS - 1.2.5
CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE DE TABACO - 1.2.16 MATÉRIA-PRIMA - 1.2.14
CIDE - 2.2.5 - 2.2.6 - 3.11 MATERIAL USADO - 1.2.5
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DA MERCADORIA IMPORTADA - 4.19 MEDICAMENTOS - 2.1.3
COMÉRCIO FRONTEIRIÇO - 3.14 MERCADORIA APREENDIDA - 4.11
COMPRA DE AUTOMÓVEL - 3.12 MERCADORIA IMPORTADA - 1.4.4
CONCESSÃO AUTOMÁTICA PARA EADI - 1.4.21 MERCADORIA ISENTA DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.2.2
CONFERÊNCIA ADUANEIRA - 1.3.2 MERCOSUL - 2.1.1 - 4.12
CONSERTO - 1.2.6 MISSÃO DIPLOMÁTICA - 3.12
CONTROLE ADUAN. APLICÁVEL A NAVIOS DE CRUZEIRO - 1.3.4 MODALIDADE - 1.4.16
CONTROLE DE MERCADORIAS - 1.4.18 MOSTO - 1.2.7
CREDENCIAMENTO DE RECINTO ALFANDEGADO - 1.4.19 MULTA - 4.6
DECLARAÇÃO DE TRÂNSITO DE TRANSFERÊNCIA - 1.3.9 - 1.4.9 NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.6
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO - 1.2.13 OBJETOS DE ARTE - 3.11
DESPACHO ADUANEIRO - 1.3.5 OPERADOR DE CÂMBIO - 4.18
DESTINAÇÃO DE MERCADORIAS - 4.11 PAGAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO - 1.2.17
DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA AO EXTERIOR - 1.3.8 PAGAMENTO DAS IMPORTAÇÕES - 4.1
DOCUMENTOS EXIGIDOS CLIENTES DE MERCADO DE CÂMBIO - 1.2.18 PAGAMENTO DE OBRIGAÇÕES COM O EXTERIOR - 4.14
DRAWBACK PARA MERCADO INTERNO - 1.4.1 PAGAMENTO EM REAIS - 4.1
DRAWBACK SOLIDÁRIO - 3.2.1 PARAMETRIZAÇÃO - 1.3.1 - 1.3.5 - 1.4.3
DSI - 1.2.13 PESSOA FÍSICA. - 1.2.3
EADI - ENTREPOSTO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO - 1.4.5 - 1.4.6 PLANTAS - 1.2.15
EADI - ENTREPOSTO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO - 1.4.7 - 1.4.8 PORTO SECO - 1.4.21
FATO GERADOR - 2.1.7 PRAZOS PARA CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO - 4.13
PROCEDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO DE TERMINAL ALFANDEGADO DE USO PÚBLICO - 1.4.20
PRODUTOS BIOLÓGICOS - 1.1.12
RECINTOS ALFANDEGADOS - 1.4.17 - 1.4.18
REGIME DE TRIBUTAÇÃO ESPECIAL - 2.1.8
REGISTRO ANTECIPADO DA DI - 1.3.6 - 1.3.7
REGISTRO DE IMPORTADOR - 1.1.2
REGRAS DE ORIGEM - 4.12
REI - 1.1.1
REMESSA POSTAL - 2.1.4 - 4.2 - 4.3
REPARO - 1.2.6
RESTITUIÇÃO - 4.5
RESTITUIÇÃO DE IMPOSTOS - 4.5
RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS - 3.13
RESTRIÇÃO - 1.2.9
REVISÃO ADUANEIRA - 1.4.10
SINAL - 1.4.12 - 1.4.13
SISBOV - 1.2.8
SISCOMEX - 1.1.2
SISTEMA DE INTERNAMENTO DE MERCADORIA NACIONAL - 1.4.12 - 1.4.13
TARIFAS APLICADAS - SMC - OMC - 4.15
TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX - 2.2.3
TRANSFERÊNCIA DE REGIME ADUANEIRO - 1.4.4
TRÂNSITO ADUANEIRO - 1.4.14 - 1.4.15 - 1.4.16
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO APLICÁVEL A NAVIOS DE CRUZEIRO - 2.2.7
TRIANGULAÇÃO - 4.8
TSA - TAXA DE SERVIÇO ADMINISTRATIVO; SUFRAMA - 2.2.8- 2.2.9 - 2.2.10
UVAS - 1.2.7
VALOR ADUANEIRO - 4.9
VALORAÇÃO ADUANEIRA - 4.4
VERIFICAÇÃO - 4.19
VINHO - 1.2.7
ZFM - 1.4.2