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A Arte e o Belo

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Estreito de Câmara de Lobos

Professor :Luís Alberto de Abreu Pereira

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Aceitei logo o desafio proposto pela Professora Odeta
Pereira; em vir falar sobre “A formação da sensibilidade
estética: A Arte e o Belo”, porque eu próprio considero
que o lugar por excelência onde de forma sentida se faz
a partilha; esse lugar é a Escola .

E só por isso, este pensamento já é bonito!

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Venho falar sobre a Arte e o Belo, num
sítio que nos impõe imediatamente o
conceito de Beleza.

Somos ou não Bonitos!!!???

O Belo é imutável, a Beleza é permanente?

Se sim, como podemos abordar o conceito


de Belo?
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Vamos partir do pressuposto que tudo é
relativo.

O que hoje é belo para nós deixará de o ser


amanhã, mesmo que por amanhã entendamos
daqui a muitos séculos.

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“Estava eu no Japão, num templo em Quioto. Um
templo chamado da “Eterna Sabedoria”. Quando lá
cheguei não pude esconder uma certa decepção. O
templo pareceu-me bastante banal, bastante igual a
outros que eu já tinha visto. Não que fosse feio, mas
nada se me impôs imediatamente. Havia em frente um
jardim que se chamava “Jardim do Eterno Nada” com
dois pequenos montinhos de areia. Havia ali qualquer
coisa de muito forte, mas que não correspondia à
minha expectativa. Havia por lá um livrinho, daqueles
livrinhos de guias para turistas. Comecei a ler o livro e
comecei a julgar perceber mais alguma coisa do que
estava ali representado ou não representado. Tudo
aquilo começou a fazer algum sentido para mim.
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Comecei a entusiasmar-me com o que estava a
ver e, pouco a pouco, a aderir ao templo e a descobrir
cada vez mais coisas no templo.
Num canto, no chão do templo, estava sentado um
monge budista. De vez em quando, olhava para mim. Eu
estava visivelmente entusiasmado e ele, a certa altura,
perguntou-me: “Então, está a gostar?” Eu disse-lhe:
“Estou”. E contei-lhe: “Olhe ao princípio, quando
cheguei, tive uma decepção. Não percebi bem isto, mas
agora, com o tempo, e com este livro, e com estas
explicações, já estou a começar a perceber e estou a
gostar imenso.” E ele olhou-me (nunca mais me
esqueceu esse olhar sem ironia nenhuma, nem
sarcasmo, com uma clareza enorme) e disse-me:

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“Está aqui há uma hora e está a perceber.
Pois eu venho aqui todos os dias, há vinte anos, passo
aqui todo o dia e cada dia percebo menos.”

É em momentos desses que se sente que a beleza é


aquilo de que cada vez se percebe menos e não aquilo
de que se percebe mais. Sem dúvida ajudam imenso
as explicações. Tudo o que se faz hoje em museus,
centros de arte, etc, tudo isso nos situa imenso. Mas o
fundamental do encontro, é da ordem do mistério. É
perfeitamente inexplicável nesse sentido.”
João Bénard da Costa
Ciclo de conferências "Ecce Homo", Sé Patriarcal de Lisboa, 24.05.2007
In Vida Católica

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« … A Estética como sensibilidade ou afectividade (o
estético), criação ou expressão de imaginação(s), ou
reflexão sistemática (ou o seu produto) sobre as formas
em geral, as coisas e as acções, seus sentidos e modos
de significação, suas relações estruturais e funcionais,
princípios de coerência e harmonia, modos da sua
apreensão ,relações entre e com toda a realidade
concreta e imaginária. …»

In Estética, Composição e Sociologia da Arte


António A.F. Coutinho Gorjão
ISAPM, 1985
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Em Filosofia, o termo estética designa uma
dimensão da experiência e da acção humana que
permite caracterizar algo como belo, agradável,
sublime, grandioso, alegre, gracioso, poético ou
então como feio, desagradável, inferior,
desgracioso, trágico. O termo estética pode ser
utilizado em diferentes sentidos, nomeadamente:

• Num contexto psicológico, refere-se às


experiencias e comportamentos emocionais que
as coisas belas provocam na pessoa.

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• No âmbito da filosofia designa uma disciplina que
reflecte sobre o belo - é a designada filosofia da
arte.

• Num sentido mais amplo, refere-se a tudo o que


embeleza a existência do homem: o corpo, o
vestuário, a casa, os adornos, o carro,...

• Por fim, o termo estética é sinónimo de "teoria da


criação", debruçando-se sobre as suas condições
individuais, sociais e históricas.

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Uns dirão: arte é a expressão do
sentimento, outros: é beleza... Mas se
analisarmos os diversos tipos de arte
será que poderíamos dizer: -- os
diversos tipos de beleza?

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«…Os “sistemas” antigos e tradicionais das Artes. O Trivium e o Quadrivium.
Classificação pela natureza das matérias primas e estruturais; pela
especificidade dos modos de apreensão; em relação ao tempo e ao espaço; pela
natureza das temáticas (Artes do real e do irreal ou imaginário – Malraux) ou
simbólicas (religiosas e profanas, p.e.); pela “nobreza”, “dignidade”, “riqueza” ou
raridade dos materiais; classificações de base geográfica, geo - cultural, étnica ou
política; por níveis ou estratos sócio - culturais (Arte erudita e não - erudita ou
popular); por épocas históricas; e por “escolas” ou tendências estéticas.

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Artes “maiores” e Artes “menores”. Sentidos
“puros” ou “espirituais” e sentidos “impuros” ou
“carnais”. Apreciação dos critérios de Platão,
Tomás de Aquino, M. Nédoncele, Guyau e
Ettienne Souriau; e das opiniões de D. Huisman.
As posições contemporâneas. Artes do
espectáculo e Artes de massas; Artes solitárias.
Produção em série e criações únicas. Arte culta,
Arte popular (rural e urbana), “folclore” e
costumes tradicionais. O sério e o frívolo, e o
satírico. …»
In Estética, Composição e Sociologia da Arte
António A.F. Coutinho Gorjão
ISAPM, 1985
13
O Que é ARTE?

14
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM ARTÍSTICA:
O QUE É A ARTE?

Algumas PERGUNTAS
prévias

O QUE É ARTE?
Quando é que um objecto é uma obra
de arte e quando não é?
Qual é o seu valor?
Para que serve?
Que importância dão numa obra de
arte os historiadores?

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UMA VISITA COMO OLHAMOS A OBRA DE
AO MUSEU ARTE?

AS SENSAÇÕES
do espectador

CONTEMPLAÇÃO REFLEXÃO

Torna - se necessário um processo de formação:


SABER OLHAR A OBRA DE ARTE,
APRENDER A OLHAR A OBRA DE ARTE

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O QUE É A ARTE?
Redige uma breve explicação na qual tu definas, o
que tu entendes por Arte.

E MAIS:
• Acreditas que a arte tem ou há de ter alguma função? E
qual?
• Acreditas que haja a necessidade de possuir algum tipo
de conhecimento para entender e apreciar uma obra de
arte? E porquê?
• Já visitastes alguma exposição artística ou algum
museu?
O que é que mais gostastes de ver? E o que menos
gostastes?
• Acreditas que o valor de uma obra de arte e o seu
“preço” são a mesma coisa? Porquê?
• Quais são os factores ou circunstâncias; que
influenciam o trabalho dos artistas? Enumera - os.

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Primeiras
Conclusões
A função da arte

A linguagem artística

O que é arte?

O contexto da
“Não existe arte. Tão só existem obra de arte
artistas”
(E. Gombrich)

O valor da
“Arte é tudo aquilo a que o homem
obra de arte
chama de arte” (Dino de Formaggio)
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Pintura Rupestre

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Pintura Rupestre

20
ICHTHYS

A Arte Paleocristã 21
A Arte Egípcia

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A Arte Romana
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A Arte Romana

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A Arte Romana
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A Arte Grega

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A Arte Grega
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Platão Sócrates Aristóteles

kOUROS kORÉ

A Arte Grega

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A Arte Bizantina

Reconstituição da Basílica de Santa Sofia sem os acrescentos da época Turca


29
Basílica dedicada à 2ª Pessoa da Santíssima Trindade; A “Santa Sabedoria”
ou a “Sabedoria Divina” ( Hagia Sofia) 30
A Cúpula dista do solo 55 metros e o seu
diâmetro é de 31 metros
Santa Sofia o seu Interior
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A este tipo de imagem de Cristo é dado o nome genérico de "Pantocrátor"
tão rico de significados. O termo grego, traduzido geralmente por
"Omnipotente", mas que é melhor traduzir pela expressão "Omni -
regente", ou "Aquele que tudo rege", é um termo que se encontra já na
literatura pagã. É encontrado na versão grega dos Setenta que o retoma
para traduzir a expressão "Sabaoth", conferindo-lhe o significado de Deus
"Dominador de todas as potências terrestres e celestes".
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A Mão que Abençoa
A bênção é chamada "à maneira grega", na qual os dedos aparecem em
posições bem precisas com significado simbólico, sobre o qual se detêm os
manuais de pintura. O de Dionísio de Furná assim descreve a posição dos dedos
da mão direita que abençoa e o sentido simbólico:
"Quando fazes uma mão que abençoa, não unas os três dedos juntos, mas une o
polegar com o anelar apenas; o dedo chamado indicador e o médio formam o
nome IC: com efeito, o indicador forma o I; o dedo médio curvado forma o C; o
polegar e o anelar que se unem obliquamente e o mínimo que está ao lado,
formam o nome XC; de facto a obliquidade do mínimo, estando ao lado do anelar,
forma a letra X; o mesmo mínimo, que tem forma curva, indica justamente por
isso o C; por meio dos dedos, portanto, se forma o nome XC e por esse motivo,
pela divina providência do Criador de todas as coisas, os dedos da mão humana
foram modelados assim e não foram demais ou de menos, mas em quantidade
suficiente para formar este nome".
O clero bizantino abençoa ainda segundo o modo acima descrito.

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A Arte Românica

38
A Arte Românica

39
A Arte Românica

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A Arte Românica

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Arquivoltas
Tímpano

Aduelas

Lintel

Jamba

Colunas
Mainel Jamba

Portal de Igreja Românica 42


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Arte Românica

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A Arquitectura Gótica
Legenda:

A – Nave Central
B – Nave Lateral
C – Pilar
D – Arco em Ogiva ou
Quebrado

E - Abóbada de ogivas
F - Fecho da Abóbada
G - Contra Forte
H – Arcobotante
I - Vitral

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A PLANTA DA CATEDRAL GÓTICA

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Pináculo

Arcobotantes

Nave Central

Contraforte

Nave
Lateral

Contraforte e Arcobotantes do final do século 51


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Notre Dame Paris Catedral de Chatres Catedral de Reims Catedral de Amiens
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Gabletes

Arquivoltas

Pináculo
Tímpano
Lintel

Colunas Mainel
Adossadas
Colunas
Jamba
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A Arquitectura Transepto
Cruzeiro
Coro
Gótica Ábside

Rosácea

Jamba

Portal Contraforte
Clerestório
Trifório Nave Lateral
Nave Central 55
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Deus Pai como Arquitecto, ilustração de uma Bíblia moralisée, de meados do sec. XIII. 34x25 cm
Página seguinte dedicada a Rainha Branca de Castela e ao Rei Luís IX 61
Giotto, O Beijo de Judas, c.1305 – 06. 200x185 cm.
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Piero della Francesca, O Baptismo de Cristo,
(c. 1440 – 1445). Têmpera sobre madeira.

Piero della Francesca,


A Descoberta da Verdadeira
Cruz e Encontro de Salomão
com a Rainha do Sabá (após
1458) Fresco.
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“O Homem é a medida de
todas as coisas”

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Os nomes entre parênteses são as personalidades em que Rafael se inspirou para pintar o rosto dos diferentes
filósofos gregos. Isso é claramente uma homenagem às pessoas de seu tempo: 1: Zenão de Cítio ou Zenão de
Eléia? 2: Epicuro 3: Frederico II, duque de Mântua e Montferrat? 4: Anicius Manlius Severinus Boethiusou
Anaximandro ou Empédocles? 5: Averroes? 6: Pitágoras? 7: Alcibíades ou Alexandre, o Grande? 8: Antístenes
ou Xenofonte? 9: Hipátia (Francesco Maria della Rovere or Raphael's mistress Margherita.) 10: Ésquines ou
Xenofonte? 11: Parménides? 12: Sócrates? 13: Heráclito (Miguel Ângelo). 14: Platão segurando o Timeu
(Leonardo da Vinci). 15: Aristóteles segurando Ética a Nicômaco? 16: Diógenes de Sínope? 17: Plotino? 18:
Euclides ou Arquimedes acompanhado de estudantes (Bramante)? 19: Estrabão ou Zoroastro? (Baldassaro
Castiglione ou Pietro Bembo). 20: Ptolomeu? R: Apeles (Rafael). 21: Protogenes (Il Sodoma ou Pietro Perugino).

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Basílica de São Pedro

Capela Sistina

Praça de São Pedro

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ISTO
ISTO É ARTE?
É ARTE? E PORQUÊ?
E PORQUE? 82
E?
E ISTO ISTO ? 83
UMA ESCADA

ISTO
ISTOÉÉARTE?
ARTE?

84
ESTA ESCADA É ARTE?
ESTA ESCADA É ARTE?

85
O Barroco

Caravaggio, A Chamada de São Mateus, 1599-1600


Miguel Ângelo Merisi da Caravaggio Óleo sobre tela, 322 x 340 cm
86
Capela Contarelli, San Luigi dei Francesi, Roma
87
Caravaggio, A Ceia de Emaús, 1601 88
Caravaggio, A Ceia de Emaús, 1601 89
Caravaggio, A Ceia de Emaús, 1601 90
Caravaggio, A crucificação de São Pedro.1600.
Óleo sobre tela, 230 x 175 cm
Capela Cerasi, Santa Maria del Popolo, Roma

91
Caravaggio, A Dúvida de São Tomé, 1601-02
Óleo sobre tela , 107 x 146 cm. Sanssouci, Potsdam

92
Caravaggio, A Conversão de São Paulo , 1601
Caravaggio, Baco, c. 1593, Óleo sobre tela Caravaggio, São João Baptista, c. 1600
67 x 53 cm, Galeria Borghese, Roma Óleo sobre tela, 129 x 94 cm, Museiu Capitolini, Roma

93
Caravaggio, Cupido a Dormir, 1608 – Óleo sobre tela, 71 x 105 cm 94
Galleria Palatina (Palazzo Pitti), Florença
Homenagem a Diana.Fresco. Aníbal Carraci.
A Galería Farnese,1597-1602
Palácio Farnese, Roma. Palazzo Farnese, Roma.
95
O Triunfo de Baco e Ariadna. 1597-1602
Fresco. Palazzo Farnese, Roma.
96
Andrea Pozzo (1642-1709): Jesuíta, a sua obra mestra é a decoração da abóbada da Igreja de Santo
Inácio de Roma, com a representação do Triunfo de Santo Inácio. 97
Rembrandt; Auto-retrato Peter Paul Rubens
(1577-1640) 98
Óleo sobre tela, 1658, 133,7x103,8 cm
Rembrandt, A Lição de Anatomia do Professor Tulp, 1632. Óleo sobre tela,1632
99
162,5x216,5 cm. Mauritshuis, Haia.
Diego Velásquez, As Meninas, 1656. 318x276 cm 100
Francisco Ribalta, Cristo abraçando São Bernardo (1621-1625)
Êxtase de Santa Teresa (1647-
1652), Bernini

101
O Rococó
Este era um estilo de arte muito ornamentado e decorativo que foi dominante em
França, durante o reinado de Luís XV (1715-1774) e que se espalhou a outros países,
nomeadamente à Áustria e à Alemanha. A arte Rococó exibe as formas complexas do
Barroco, mas mais graciosas e arejadas, optando por temas de prazer , muitas vezes
voyeurísticos.
Originariamente, “Rococó” era um termo insultuoso inventado por um estudante do
neoclássico, o artista Jacques-Louis David (combinação das palavras “rocaille” pedra e
“coquille” concha). Com ele pretendia significar-se uma arte florida e movimentada com
tal profusão como as conchas e rochas usadas para forrar as paredes das grutas.
O Rococó estava ligado à amante de Luís XV, a Madame de Pompadour, e era sinónimo
de um governo afeminado, corrupto e incompetente, mas significava também fácil,
erótico e titilação. Actualmente, o termo “Rococó” é usado sem esses juízos negativos.

102
O Rococó permitiu que a arte abandonasse a sua grande seriedade em
favor do erotismo, da decoração e do prazer, interessando-se pelo mundo como
um local de prazeres imaginados e de sonho. Chardin e Watteau representam o
Rococó no seu aspecto mais profundo e intelectual. Formalmente, o estilo
Rococó não era linear, já que o traço dominante era uma forma de S, e o
ambiente típico na arte Rococó é o da sala privada, onde todo o mobiliário,
painéis e pinturas estão representadas com decorações muito elaboradas ou
são gravadas em ornamentos e formas ondulantes.

103
Jean-Antoine Watteau, Gilles, 1718 - 1720

Jean-Baptiste Simeon Chardin,


Bolas de Sabão, 1745 104
Le triomphe de Bacchus Musée du Louvre
105
Sala dos Espelhos
Amalienburg, Munich

106
Antiquarium
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Munique
O Neoclassicismo

108
Jacques – Louis David,O Rapto das Sabinas, 1796- 1799, Óleo sobre 109
tela.
Jacques – Louis David, A Sagração de Napoleão I Imperador. 110
Jacques – Louis David, Bonaparte no Monte
St. Bernard. 111
Jacques – Louis David,
A Morte deMarat,1793.
160 x 125 cm

112
Jacques – Louis David, A Morte de Sócrates, 1787

113
Benjamin West,
O Messias,

114
O Romantismo
O Romantismo foi um movimento muito amplo contra o neoclassicismo.
Valorizava as emoções humanas, os instintos e as instituições em detrimento
das abordagens racionais e baseadas em regras como resposta a questões
sobre o valor e o significado nas artes, na sociedade e na política.
Num sentido mais amplo, o termo romântico” refere qualquer obra de arte
em que os estados de alma subjectivos, como sentimentos, disposições e
intuições, são dominantes. Na arte de todas as épocas, é possível fazer a
distinção entre a arte” romântica” , neste sentido geral, e a arte” clássica” , na
qual a forma, a estrutura ou as regras da composição têm uma maior
importância. No entanto, ambas têm preocupações com o ideal. No caso do
Romantismo do século XIX, “o ideal” era a expressão exclusivamente individual
que não podia ser avaliada ou acedida em termos puramente racionais ou
materialistas.
115
O Romantismo

Joseph Mallord William Turner, Incêndio da Casa dos Lordes e dos


Comuns, 16 de Outubro de 1834, 1835, Óleo sobre tela, 92 x 123 cm.
116
J. M. W. Turner, Barco a Vapor Numa Tempestade de Neve, 1842,
Óleo sobre tela, 91 x 122 cm.
117
Goya, La Maja Desnuda, 1797 – 1800, óleo sobre tela, 97 x 190 cm

118
Constable, Malvern Hall , óleo sobre tela,
119
O Realismo

O Realismo foi uma tentativa concertada para libertar a arte e o artista do


gosto burguês. Inspirou-se no Romantismo, . Mas recusava a ênfase que este
colocava nos sentimentos individuais do artista. Courbet pintou trabalhadores
na “verdadeira” natureza, não numa paisagem idealizada, e eles tinham o
aspecto de homens e mulheres que podiam ser reconhecidos – autênticos
trabalhadores. Também rejeitou muitas das técnicas da pintura associadas às
belas artes: as suas pinturas começaram por ter um aspecto tão duro como os
seus temas. Outros artistas não consideraram as suas próprias versões de
Realismo como fazendo de um vasto programa de modificação social e política.
O realismo de Manet era claramente burguês e não menos chocante – apesar da
falta de qualquer motivação política ou compromisso ideológico – pelo facto de
pintar o que via.

120
O
Realismo

Courbet,
Bonjour, Monsieur
Courbet, 1854.
129 x 149 cm

121
O Realismo

Courbet, The Source, 1868,


Óleo sobre tela,

122
O Realismo

Courbet, A Onda, 1869, óleo sobre tela, 123


O Realismo

124
O Realismo

125
O Realismo

Jean – François Millet, As Respigadeiras, 126


O Realismo

127
O Realismo

128
O Realismo

Courbet, O Atelier do Artista,1855, óleo sobre tela, 361 x 598 cm


129
O Impressionismo
• sombras devem ser luminosas e
coloridas, tal como é a impressão
visual que nos causam;

• contrastes de acordo com a


lei das cores complementares;

• mistura das tintas era feita


direto no quadro;

• influência da fotografia;

130
O Impressionismo

Claude Monet
Claude Monet Catedral de Rouen (1893) Claude Monet,
Mulheres no Jardim (1866)131
O Impressionismo

Pierre Auguste Renoir


Le Moulin de la Galette (1876)
132
O Impressionismo

As Grandes Banhistas (1887) 133


O Impressionismo

Renoir, Auto – Retrato com Chapéu Renoir, A Adormecida, 1897, óleo


Branco, 1910, óleo sobre tela, 42 x 33 cm. sobre tela, 81 x 65 cm. 134
O Impressionismo

Renoir, Os Guardas - Chuvas, 1883,


135
óleo sobre tela, 180 x 115,4 cm.
O Impressionismo

Edgar Degas Os Bebedores de Absinto

136
O Impressionismo

137
O Impressionismo

138
O Impressionismo

Edouar Manet, Claude Monet e sua Mulher no Estádio Flutuante, 1874, óleo sobre tela, 106 x 134 cm.
139
O Impressionismo

Edouard Manet, O Balcão ou A Varanda,


1868 – 1869, óleo sobre tela, 169 x 125 cm.

140
Neo - Impressionismo

Domingo à tarde na Ilha da Grande Jutte, 1884 – 1886, Óleo sobre tela, 207,6 x 308 cm.
141
Neo - Impressionismo

Nú; 1881 - 18882


Retrato de Georges Seurat
142
O Simbolismo
O Simbolismo surgiu na década de 1880 e eclipsou-se quando apareceu o
Modernismo. A arte simbolista subverteu as convenções burguesas e sublinhou
estados de espírito perturbadores e perturbados. O Simbolismo foi muitas vezes
influenciado pelo espiritualismo, anarquismo e socialismo _ tudo convicções
alheias à burguesia.
Em muitos aspectos, o movimento simbolista era uma reacção contra a crença
do século XIX nos avanços científicos e tecnológicos, diversamente referidos
como materialismo e positivismo. O Simbolismo explorou o que estes deixaram
de lado: a vida do espírito, o misterioso, o inquietante, o desconhecido ou o
indizível. Simbolistas como Gauguin enfatizaram que a reacção emocional à arte
é mais importante que o intelectual e que o artista deve pintar na base da sua
intuição e da sua imaginação, em lugar da observação e da descrição.

143
O Simbolismo

Gauguin, Pormenor da obra De onde vimos ? O que somos ? Para onde vamos ?
1897,óleo sobre tela, 139 x 375 cm, Boston, Museum of Fine Arts 144
O Simbolismo

145
O Simbolismo

Gauguin, Mulheres do Taiti, 1891, óleo sobre tela,69 x 91,5 cm


Paris, Museu D’ Orsay
146
O Simbolismo

Gauguin, O Cristo Amarelo, 1889,


óleo sobre tela, 92 x 73 cm

147
O Simbolismo

Klimt, Retrato de Adèle Bloch – Bauer I, 1907 148


O Simbolismo

Klimt, A Igreja de Cassone


sobre o Lago Garda, 1913

149
O Simbolismo

Klimt, Dánae,
1907/08

150
O Pós - Impressionismo
O que caracteriza este amplo movimento anti-burguês é a focalização no
desenho e na estrutura e a recusa da imitação da natureza, ou da moralização
através de temas narrativos. Este realce dado à arma recuperou o significado do
simbólico na arte e o sentido emocional e espiritual. Cézanne era uma figura
central para os pós-impressionistas e as características do seu trabalho
lançaram luz sobre o resto do grupo. Cézanne abordou as suas pinturas como
algo que tinha de ser desenhado e a que era necessário dar forma. Da mesma
forma, Gauguin estruturou os seus trabalhos para que transmitissem o que ele
entendia como a verdade espiritual do seu tema. Também focalizou o design
pintando zonas de cor lisa e abandonando; as preocupações tradicionais e
naturalistas com a modelação, profundidade espacial , e efeitos de luz em favor
do sentido simbólico e emocionai.

151
O Pós - Impressionismo

152
O Pós - Impressionismo

153
O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

Gauguin, Cavaleiros na Praia, 1902, óleo sobre tela, 65,6 x 75,9 cm 155
O Pós - Impressionismo

Gauguin, Nave, Nave Moe, 1894, óleo sobre tela


156
O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

159
O Pós - Impressionismo

Henri de Toulouse - Lautrec Toulouse – Lautrec, Retrato de Vincent Van Gogh,


1887, Pastel sobre Cartão, 54 x 45 cm 160
O Pós - Impressionismo

161
O Pós - Impressionismo

162
O Pós - Impressionismo

Toulouse – Lautrec, A Goulue Toulouse – Lautrec, O Salão da Rue des Moulins,


Entrando no Molin Rouge, 1892, óleo 1894, óleo sobre tela, 111,5 x 132,5 cm
sobre cartão, 79,4 x 59 cm 163
O Pós - Impressionismo

Toulouse – Lautrec, Mulher Nua diante do


espelho,1897, óleo sobre cartão, 63 x 48 cm
164
O Pós - Impressionismo

Munch, Auto – Retrato com Cigarro Acesso,


1895,óleo sobre tela,110,5 x 85,5 cm
165
O Pós - Impressionismo

Munch, A Criança Doente, 1885/86, óleo sobre tela, 119,5 x 118,5 cm 166
O Pós - Impressionismo

Munch, óleo sobre


tela

167
O Pós - Impressionismo

Munch, Puberdade, 1894, óleo sobre tela,


168
151,5 x 110 cm
O Pós - Impressionismo

Munch, Madona, 1894/95, óleo


sobre tela,91 x 70,5 cm

169
O Pós - Impressionismo

170
O Pós - Impressionismo

Vista da Planice de Crau, perto de Arles, com o Mont Majour ao fundo, 1888, óleo sobre tela, 72,5 x 171
92 cm
O Pós - Impressionismo

172
O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

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O Pós - Impressionismo

Lazzarus, óleo sobre tela ,

A Pietá, óleo sobre tela ,


176
O Pós - Impressionismo

Os Sapatos de Van Gogh, óleo sobre tela , 177


O Pós - Impressionismo

As Botas, 1886, óleo sobre tela , 38 x 46 cm 178


O Pós - Impressionismo

179
O Pós - Impressionismo

O Par de Sapatos, óleo sobre tela , 180


O Pós - Impressionismo

A Noite Estrelada, 1888, óleo sobre tela , 72,5 x 92 cm 181


O Pós - Impressionismo
“Experimento uma terrível clareza em momentos que a Natureza é tão linda.
Perco a consciência de mim mesmo e os quadros vêm como em sonho.”
Vincent Van Gogh

Campo de Trigo com corvos, Auvers,1890, óleo sobre tela, 50,5 x 100, 5 cm
182
O Pós - Impressionismo

183
O Fauvismo

Matisse, A Argelina,1909, óleo


sobre tela, 81 x 65 cm

184
O Fauvismo

185
O Fauvismo

Madame Matisse (1905) - O


abandono do uso naturalista
da cor. O quadro também é
conhecido como "Retrato com
Listra Verde".

186
O Fauvismo

A Dança (1909-1910) - Uma das realizações mais notáveis de Matisse, que expressa vigor e leveza ao mesmo tempo.
187
Expressionismo - A Ponte

Amigos, Emil Nolde 188


Expressionismo - A Ponte

Kirchner,Mulher com Sombrinha. Kees von Dongen, The Corn Poppy


189
Expressionismo - A Ponte

Käthe Kollwitz, Mulher com criança morta.1903 Kirchner, Semi – nu feminino


190
Expressionismo - A Ponte

191
Expressionismo - A Ponte

192
Expressionismo
O Cavaleiro Azul A Ponte - Die Brucke

193
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

194
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

Klee, Eliminado da Lista, 1933, óleo sobre papel, 31,5 x24 cm.

195
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

196
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

Klee, Exuberância,1939, óleo e guache sobre papel sobre juta sobre moldura de cunha, 101 x 130 cm.
197
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

198
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

Klee, Caminhos Principais e Caminhos


Secundários, 1920, óleo sobre tela sobre moldura
de cunha, 83,7 x 67,5 cm

199
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

Klee, O Homem marcado, 1935, óleo e aguarela sobre fundo de óleo sobre gaze
sobre cartão, pregado sobre moldura de cunha, 32 x 29 cm.

200
Expressionismo – O Cavaleiro Azul

Klee, Sem Título, 1940, óleo sobre tela sobre


201
moldura de cunha, 100 x 80,5 cm
O Cubismo
A primeira exibição cubista teve lugar no Salon des Indépendents, em Paris, em 1911,
mas as suas origens recuam a 1901. Os pioneiros do Cubismo foram Picasso e Braque
e, no início, este movimento era devedor a Cézanne com a sua utilização de vários
pontos de vista numa única pintura. O modo como os cubistas representavam os
objectos era considerado como radical. Frequentemente, o tema era muito
convencional e retirado da tradição da nature morta. O Cubismo utilizou a mudança de
pontos de vista. Por exemplo, podemos olhar para uma mesa sob diferentes ângulos:
de cima se estivermos sobre ela, de lado quando estamos sentados, por baixo quando
apanhamos uma caneta que caiu para o chão. Os cubistas tentavam captar tudo isto
numa só e única tela e consequentemente o Cubismo tem sido descrito como uma
afloração conceptual da pintura. A evolução do “conceptual” pode ser vista nos
últimos trabalhos de Cézanne, em que as mesas e os objectos colocados sobre elas
são pintados a partir de ângulos incompatíveis.

202
O Cubismo

Picasso, Mulher Chorando, 1937,


óleo sobre tela, 60 x 49 cm.
203
O Cubismo

Picasso, Os Pobres na Praia, 1903, óleo Picasso, A Vida, 1903, óleo sobre tela,
204
sobre madeira, 105,4 x 68 cm 196,5 x 128,5 cm
O Cubismo

Picasso, Retrato de Gertrude


Stein,1906, óleo sobre tela,
100 x 81 cm

205
O Cubismo

Picasso, Natureza Morta com Cadeira


Empalhada, 1912, óleo sobre tela.

206
O Cubismo

Picasso, Mulher ao Espelho, óleo


Picasso, A Dança,1925, óleo sobre
sobre tela 207
tela, 215 x 142 cm
O Cubismo

Picasso, As Meninas de Avinhão, 1907, óleo sobre tela, 243,9 x 233,7 cm


208
O Cubismo

Picasso, Guernica, 1937, óleo sobre tela, 351 x782 cm.


209
O Cubismo

210
O Cubismo

Picasso, Recriação de As Meninas de Velázquez, óleo sobre tela.


211
O Cubismo

Picasso, Auto – Retrato, 1901, óleo Picasso, Auto – Retrato, 1907, óleo
sobre tela, 81 x 60 cm sobre tela, 50 x 46 cm 212
O Cubismo

Braque, Homem com Guitarra, óleo Braque, Mulher com Guitarra, óleo sobre tela.
sobre tela. 213
O Cubismo

Vieira da Silva

214
O Futurismo
Os futuristas usavam muitas vezes cores berrantes, mas nunca
desenvolveram uma teoria coerente sobre a cor, que os pudesse . Distinguir dos
outros movimentos artísticos da mesma época. O seu interesse iniciai pelo Neo-
Impressionismo abriu caminho para um interesse mais duradouro pelo Cubismo.
O Futurismo perdeu o seu ímpeto durante Primeira Guerra Mundial. Uma
segunda geração de futuristas, menos subversiva, que emergiu no início da
década de 1920 . Susteve o movimento 3té à década de 1930. Os movimentos
relacionados com o Futurismo na Inglaterra e na Rússia ficaram conhecidos
como Vorticismo e Rayonismo respectivamente.

215
O Futurismo

Auto – Retrato de Umberto Boccioni


216
O Futurismo

217
O Futurismo

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O Futurismo

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O Futurismo

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O Futurismo

221
O Futurismo

Balla, Árvores Mutiladas, óleo sobre tela, 222


O Futurismo

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O Futurismo

224
O Futurismo

225
O Futurismo

226
O Futurismo

Duchamp, Nú Descendo Escadas, óleo


sobre tela.

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O Dadaísmo

Duchamp, A Noiva, óleo sobre tela.


228
O Dadaísmo

229
O Dadaísmo

Presente (Ready – Madye)


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O Dadaísmo

Tatlin em Casa
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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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O Dadaísmo

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