Professional Documents
Culture Documents
Aprovado por:
____________________________________
Orientadora: Prof. Ms. Kelly Furlanetto
____________________________________
Prof.
____________________________________
Prof. Ms.
A Deus que me deu a vida, saúde e forças. Sem sua luz e graça nada seria
possível.
Aos pacientes hipertensos que aceitaram fazer parte do meu estudo para
poder concluir esta etapa.
Enfim, a todos que de alguma forma me ajudaram para que hoje pudesse
estar aqui.
O perfeito aproveitamento do dia de hoje
é a melhor preparação para o
dia de amanhã.
(Carl E. Holmes)
Só é útil o conhecimento
que nos faz melhores.
(Sócrates)
RESUMO
Figura 07: Tempo que o paciente faz uso da medicação para HAS com
acompanhamento do Projeto ............................................................................... 47
Figura 08: Você segue corretamente as orientações dadas pelos médicos ou equipe
de Saúde para o tratamento da sua hipertensão ................................................. 49
Tabela 05: Algumas vezes você se descuida de tomar seus remédios ............... 53
Tabela 06: Quando você se sente bem/ melhor, você deixa de tomá-los? .......... 55
Tabela 07: Quando você toma os seus remédios e se sente pior, você deixa de
tomá-los?.............................................................................................................. 56
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1 REFERENCIAL TEÓRICO
O indivíduo com uma pressão arterial acima de 135mmHg por 85mmHg pode
considerar-se como uma pressão arterial anormal, entretanto, essa pressão deve
16
apresentar este valor ou maior por três medidas pela manhã e três à noite durante
cinco dias. (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).
a) Idade
b) Sexo
c) Etnia e Hereditariedade
Siqueira et. al., (2003), afirmam que o risco da doença aumenta nos casos em
que se apresenta em parentes de primeiro grau, porcentagem elevada entre os
membros da família e precocidade da manifestação da doença.
a) Fatores Socioeconômicos
Segundo Castro et. al., (2005), o estado de saúde de um indivíduo pode ser
influência do meio em que vive, por suas relações sociais, bem como, por suas
condições sócio-econômico-culturais, sendo precisamente indicado por sinais
fisiológicos, entre eles a pressão arterial.
21
b) Dietas
c) Etilismo
d) Sedentarismo
e) Obesidade
f) Tabagismo
Segundo Moreno Júnior et. al., (2005), o aumento dos níveis de pressão
arterial e da frequencia cardíaca que acompanha o tabagismo é proporcional aos
índices de nicotina consumidos por dia. O risco associado ao tabagismo é
proporcional ao número de cigarros fumados e à profundidade da inalação. Portanto,
os hipertensos que fumam devem ser repetidamente estimulados a abandonar esse
hábito por meio de aconselhamento e medidas terapêuticas de suporte específicas.
(CADERNO DE ATENÇAO BÁSICA HAS, 2006).
g) Anticoncepcional
Conforme Borenstein (1999), nem sempre quem tem pressão alta apresenta
alguma sintomatologia. Por isso, a hipertensão é chamada de “Assassina
silenciosa”. Corroborando com esta idéia Puppin (2002), relata que na maioria das
vezes a hipertensão arterial não ocasiona sintomas, razão pela qual sua verificação
periódica se faz necessário do ponto de vista da prevenção.
O autor Borenstein (1999), cita outros sintomas que podem surgir como:
palpitação (taquicardia); tontura (lipotimia); inchaço nas pernas (edema); pequeno
sangramento espontâneo, em geral no nariz (epistaxe); agitação e insônia; cansaço,
dispnéia e intolerância aos esforços.
26
O autor Borenstein (1999), afirma que a alimentação é a base para uma boa
saúde. No tratamento da hipertensão, esta deve ser equilibrada, com reduzido teor
de sódio, baixos níveis de gordura, principalmente a saturada, e restrição ao açúcar
industrializado (açúcar refinado). Deste modo, são combatidos importantes fatores
de risco, como a obesidade, a dislipidemia (alteração das gorduras do sangue) e as
alterações do metabolismo da glicose, que, em conjunto, constituem a síndrome
plurimetabólica1.
1
Conhecida também como metabólica, dismetabólica ou síndrome X, trata-se de um conjunto de sinais clínicos
e/ou laboratoriais, acompanhados ou não de sintomas decorrentes de anormalidades metabólicas.
28
O medicamento anti-hipertensivo deve: ser eficaz por via oral; ser bem
tolerado; permitir a administração em menor número e possível de se tomar
diariamente, com preferência para posologia de dose única diária; iniciar com as
menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser
aumentadas gradativamente; devendo ser levado em conta que quanto maiores as
29
O mesmo autor ainda comenta que uma boa adesão ao tratamento tem sido
associada com um bom controle da pressão arterial, sendo que os níveis pressóricos
também sofrem influências de outros fatores, como idade, gravidade da doença,
estilo de vida e acompanhamento mais rigoroso.
Morisky et. al., (1986), afirma que a “Escala de Morisky” avalia as atitudes do
paciente em relação ao tratamento medicamentoso, classificando como aderentes
os pacientes que responderem não às quatro questões que compõem a escala,
anexas ao instrumento de coleta deste estudo
Para Strelec et al., (2003), o indivíduo que responder “sim” pelo menos uma
questão pode ser considerado não aderente ao tratamento medicamentoso.
conhecer a ação individual de cada um dos membros. Além disso, cada local de
trabalho deve adequar-se à sua realidade.
hipertensão arterial necessitam, não só alguém para esclarecer suas dúvidas, mas
também para amenizar os anseios e preocupações.
Para Lopes et. al., (2003), relatam que a participação ativa das pessoas,
famílias e profissionais envolvidos na assistência domiciliar constitui um aspecto
fundamental para a implementação de uma assistência domiciliar. Portanto, a
implantação da assistência domiciliar inclui: a reorganização do processo de trabalho
pela equipe de saúde, discussões sobre as diferentes concepções e abordagens à
família e a articulação com os outros níveis da atenção para a construção de uma
proposta integrada, e para aumentar a resolutividade e melhorar a qualidade de vida
das pessoas.
Lacerda et. al., (2006), consideram a atenção domiciliar à saúde como "um
dos meios de se obter do indivíduo, da família e da comunidade sua participação no
37
2 MÉTODO
1
O Agente Comunitário de Saúde é o elo entre a equipe e a comunidade. Está em contato permanente com as
famílias, o que facilita o trabalho de vigilância e promoção da saúde, realizado por toda a equipe. É também um
elo cultural, que dá mais força ao trabalho educativo. Desenvolve suas ações nos domicílios de sua área de
responsabilidade.
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Etnia
Sexo
90,00% 85,45%
100,00% 80,00%
70,00%
80,00% 73,64%
60,00%
60,00% 50,00%
40,00%
40,00% 30,00%
26,36%
20,00% 10,91%
20,00%
10,00% 3,64%
0,00% 0,00%
Figura:01:
Feminino Sexo Masculino Branco Negro Pardo
Idade
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%
cresce com o aumento da idade. Podendo-se observar neste estudo que grande
parte dos pacientes tem acima dos 50 anos.
Escolaridade
Neste sentido, Gus et. al., (2004), afirmam que em função da baixa
escolaridade tanto na prevenção da HAS como no seu conhecimento confirmam a
existência da relação entre a desigualdade social e a desigualdade em saúde. Nos
dados analisados neste estudo, 59,09% da amostra possuem Ensino Fundamental
Incompleto. A soma entre os participantes que não completaram o Ensino
Fundamental é de 87,27% da amostra, confirmando, assim, a desigualdade social e
o baixo nível de escolaridade.
44
Renda
05 ou mais salários
0,90%
mínimos
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% 50,00%
Para Castro et. al., (2005), a condição socioeconômica pode ter influência
multifatorial na hipertensão. No mundo do trabalho, a hipertensão arterial sistêmica é
mais encontrada entre os trabalhadores não especializados, que ganham menores
salários, dos setores secundários e terciários da economia. As pessoas menos
45
50,00% 43,64%
45,00%
40,00%
35,00% 29,09%
30,00%
25,00%
20,00% 17,27%
15,00% 10%
10,00%
5,00%
0,00%
Mais de seis Entre dois e três Entre quatro e Menos de um
anos anos e 11 cinco anos e ano e 11
meses; 11meses meses;
100,00%
80,00%
60,00%
36,36%
40,00% 29,09% 25,45%
20,00% 8,18%
0,91%
0,00%
Entre 6 meses Entre 1 ano e Mais de 2 anos Entre 1 ano e 1 Não respondeu
a 11 meses e seis meses a 1 ano e 5 meses
29 dias ano 11 meses e e 29 dias
29 dia
Figura 07: Tempo que o paciente faz uso da medicação para HAS
com acompanhamento do Projeto.
Fonte: RAUBER (2009), Pesquisa Direta
49
Neste contexto, Siqueira et. al., (2003), afirmam que o risco da doença
aumenta nos casos em que se apresenta em parentes de primeiro grau,
porcentagem elevada entre os membros da família e precocidade da manifestação
da doença.
51
30,00%
20,00%
10%
10,00% 4,55%
1,82%
0,00%
Sim Não Nem Sempre Não respondeu
Figura 08: Você segue corretamente as orientações dadas pelos médicos ou equipe
de Saúde para o tratamento da sua hipertensão?
Fonte: RAUBER (2009), Pesquisa Direta
Salienta-se que, neste estudo, somente 20% dos entrevistados não acredita
no tratamento medicamentoso e que grande parte da amostra adere ao tratamento
da HAS.
Tabela 05: Quando você se sente bem/ melhor, você deixa de tomá-los?
Sim Não
n = 17 n = 93 p
Sexo 0,48
Feminino 12 (70,59%) 69 (74,19%)
Masculino 05 (29,41%) 24 (25,81%)
Etnia 0,68
Branco 15 (88,24%) 79 (84,95%)
Pardo 02 (11,76%) 10 (10,75%)
Negro 00 (0%) 04 (4,30%)
Idade 47,11 ± 9,96 a 53,18 ± 10,77 a 0,46 b
Quanto tempo tem conhecimento
sobre sua doença (HAS)? 0,19
Menos de 01 ano e 11 meses 01 (5,88%) 01 (1,08%)
Entre 02 a 03 anos e 11 meses 04 (23,53%) 28 (30,11%)
Na tabela 05, pôde-se verificar que não existe nenhuma associação entre
parar de tomar a medicação quando se sente melhor, com as variáveis demográficas
da população.
Tabela 06: Quando você toma os seus remédios e se sente pior, você deixa
de tomá-los?
Sim Não
n = 12 n = 98 p
Sexo 0,60
Feminino 09 (75%) 72 (73,47%)
Masculino 03 (25%) 26 (26,53%)
Etnia
Branco 11 (91,67%) 83 (84,69%) 0,72
Pardo 01 (8,33%) 11 (11,22%)
Negro 00 (0%) 04 (4,08%)
Idade 49,41 ± 10,35 a 52,59 ± 10,84 a 0,52 b
Quanto tempo tem conhecimento
sobre sua doença (HAS)? 0,83
Menos de 01 ano e 11 meses 01 (8,33%) 10 (10,20%)
Entre 02 a 03 anos e 11 meses 04 (33,33%) 28 (28,57%)
pacientes que a usam há mais de dois anos, pode-se verificar que apenas 27,55%
dos casos não deixam de tomar a medicação, mesmo se sentindo pior. Percebe-se
que estes pacientes, os quais são acompanhados pelo Projeto de Assistência
Domiciliar por mais tempo (02 anos), persistem no tratamento para a doença. Pode-
se, então, salientar a aderência ao tratamento proposto por parte desta parcela da
amostra. Já os que estão iniciando o tratamento demonstram ainda não estarem
bem comprometidos com o mesmo.
Smeltezer e Bare (2006), afirmam que uma vez que, a pressão arterial
elevada é identificada no indivíduo, deve ser acompanhada, já que a hipertensão é
uma condição para o resto da vida.
CONCLUSÃO
FORMULÁRIO
DADOS PESSOAIS
1. Idade:............anos
2. Sexo: 1( ) Feminino 2( ) Masculino
3. Etnia: 1( ) Branco 2( ) Pardo 3( ) Negro
4. Estado Civil: 1( ) Casado 2( ) Solteiro 3( ) União Estável 4( ) Viúvo
5( ) Outros:____________________________________________________
5. Profissão:_______________________________________________________
6. OcupaçãoAtual:___________________________________________________
7- Qual a sua renda mensal?
1. ( ) Até 1 salário mínimo
2. ( ) 2 a 4 salários mínimos
3. ( ) 5 ou mais salários mínimos
4. ( ) Sem renda
8 - Nível de Escolaridade:
ESCALA DE MORISKY
17 - Quando você toma os seus remédios e se sente pior, você deixa de tomá-los?
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
Cadastro no
ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO CEP
DOMICILIAR