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Filo Euglenophyta

A maioria das algas euglenófitas ocorre em águas continentais ricas em matéria orgânica.
Existem cerce de 1000 espécies, variando grandemente em tamanho (10 a 500 um) e forma.
Destas, apenas um género é colonial, todas as restantes são unicelulares.

Os cloroplastos destas algas são muito semelhantes aos das algas clorófitas (apresentam
clorofila a e b junto com carotenóides), o que parece indicar que estas algas terão ingerido
células de clorófitas e, posteriormente, reduzido estabelecido uma simbiose estável com os
seus cloroplastos. No entanto, armazenam açucares sob a forma de paramido, um glícido não
encontrado em nenhum outro grupo de seres vivos.

Cerca de um terço dos géneros de euglenófitas são autotróficas mas os restantes são
heterotróficos, ingerindo o seu alimento do exterior. Por este motivo, alguns autores
consideram mais correcto colocar esta divisão junto com os protozoários flagelados.

Geralmente as euglenófitas reproduzem-se assexuadamente por bipartição, permanecendo


a célula imóvel durante o processo. A membrana nuclear permanece intacta durante a mitose
como nos dinoflagelados, maioria das algas verdes, fungos e protozoários. Os cromossomas
permanecem condensados durante todo o ciclo celular. Não são devidamente conhecidas as
formas de reprodução sexuada.

O género Euglena é o mais comum destas algas, devendo-se a ele o nome da divisão. Estas
algas são muito usadas em estudos laboratoriais de biologia celular, pelo que a sua estrutura é
muito bem conhecida.

A célula desta alga é complexa, apresentando numeroso cloroplastos pequenos. Tem um


flagelo longo, inserido na parte anterior da célula e munido de pequenas cerdas de um dos
lados, e um flagelo curto, não emergente. 

Ambos os flagelos estão na base uma abertura - reservatório -, para onde os vacúolos
contrácteis lançam o excesso de água retirado do citoplasma.

A célula é delimitada por uma membrana citoplasmática sobre a qual se dispõem 


helicoidalmente uma série de estrias proteicas flexíveis. Estas estrias forma o que se designa
por película. Esta estrutura, ao contrário das paredes celulares vegetais, não é rígida,
permitindo que a célula mude de forma, o que é um meio alternativo de locomoção em formas
que vivem no sedimento.

 As células apresentam igualmente uma mancha ocular, que lhes permite orientar-se em
direcção à luz, fundamental para a fotossíntese. A mancha ocular é um pequeno organito
contendo pigmentos fotossensíveis. Dado que o organismo é unicelular e transparente, os
pigmentos receberiam sempre luz (estivesse a célula orientada para a luz ou para a sombra),
pelo que, para ultrapassar essa dificuldade, existe uma uma camada pigmentada escura sobre
a zona externa da mancha. Assim, a célula desloca-se na direcção em que a mancha ocular
recebe menos luz (a camada escura estará a fazer sombra máxima).

http://www.simbiotica.org/euglenofita.htm
Divisão Euglenophyta (euglenofíceas)
Os organismos da divisão Euglenophyta (euglenofíceas ou euglenófitas) são
eucariontes, dotados de um núcleo mesocariótico, apresentam clorofila a e b, xantofilas
e carotenos como pigmentos. Não possuem parede celular, porém apresentam uma
película protéica organizada em forma de espiral em volta do citoplasma. São dotadas
de um ou dois flagelos que auxiliam na locomoção e alimentação. A película da
membrana plasmática auxilia na locomoção em ambientes onde o movimento dos
flagelos é dificultado.

Existem cerca de 800 espécies descritas que ocorrem no ambiente marinho e de água
doce. Um terço deste grupo possui cloroplastos, pigmento que confere cor verde, as
outras são incolores e saprófitas. As clorofiladas são encontradas com maior freqüência
em ambientes ricos em matéria orgânica, pois podem assimilá-las.

Existe apenas um gênero que forma colônia, todo o restante é unicelular, apresentando
um flagelo e uma macha ocelar na região anterior.

O representante mais conhecido é a euglena. Ela é unicelular, não possui parede celular,
mas possui membrana plasmática, dotada de uma película que pode ser flexível ou não,
ajudando na locomoção.

O flagelo da euglena se insere em uma depressão chamada reservatório. Nele há outro


flagelo, que não emerge.

Próximo ao reservatório, há o estigma, ou macha ocelar, que se localiza no citoplasma e


é uma estrutura fotossintetizante.

As euglenas possuem um vacúolo contrátil, que controla a quantidade de água em seu


interior. Normalmente ocorrem em espécies de água doce, atuando no controle da
osmose. A água é eliminada pelo reservatório, após isso um novo vacúolo é formado.
O produto de reserva da euglenas é o paramilo, um tipo de polissacarídeo que é
estocado pelos plastídeos e possui uma região rica em proteína, chama pirenóide.

Na pirenóide estão localizadas enzimas relacionadas com a fotossíntese.


As euglenas se reproduzem assexuadamente por mitose seguida de divisão binária
longitudinal.

Os euglenóides do gênero Peranema e Euglena estão entre os flagelados mais


familiares da classe Euglenoidea (Filo Euglenozoa, Reino Protozoa). O corpo destes
organismos é alongado e tem uma invaginação (reservatório) na extremidade anterior. O
citóstoma (abertura para entrada de alimentos) está na base do reservatório e ligado a
uma citofaringe. Um vacúolo contrátil nas espécies de água doce descarrega no
reservatório, e dois flagelos (cada um apresenta uma série de mastigonemas) surgem
originariamente da parede deste reservatório.

Euglena

Nas euglenas um dos flagelos é muito curto e termina na parte basal do flagelo longo.
Já o ocelo pigmentado (ou estigma) sombreia a dilatação fotorreceptora formando o
corpo paraflagelar, na área basal do flagelo longo. Porém no caso dos integrandes do
gênero Peranema ambos os flagelos são longos, mas apenas um deles se arrasta para
trás podendo ser utilizado pra capturar alimento ou prender o organismo em algum
lugar.

Aproximadamente dois terços das mil espécies marinhas e de água doce dos
Euglenóidea são heterotróficos e incolores. Apenas um terço é fotoautotrófico verde,
como as espécies de Euglena. Os cloroplastos das espécies fotossintéticas possuem
clorofilas A e B. Essas espécies verdes armazenam energia alimentícia como um
carboidrato único chamado de paramilo. Este por sua vez é sintetizado em uma região
do cloroplasto (região pirenóide), mas é armazenado em grânulos livres no citoplasma.
Observe a figura abaixo:
Estrutura de uma Euglenófita

O alimento para os heterótrofos incolores consiste em compostos orgânicos absorvidos


a partir da água de bactérias e de algumas células de protozoários. Os peranema
capturam a presa com um órgão-bastão único associado com a sua citofaringe e
citóstoma conforme ilustrado acima em B na figura, o órgão-bastão consiste em dois
bastões rígidos, paralelos e outras estruturas intracelulares chamadas “veletas”.

A reprodução sexuada não foi observada nos euglenóides, mas a reprodução clonal
(assexuada) acontece por fissão binária.

A fotossíntese  é o processo pelo qual a planta sintetiza compostos orgânicos a partir da


presença de luz, água  e gás carbônico. Ela é fundamental para a manutenção de todas as
formas de vida no planeta, pois todas precisam desta energia para sobreviver. Os
organismos clorofilados (plantas, algas e certas bactérias) captam a energia solar e a
utilizam para a produção de elementos essenciais, portanto o sol  é a fonte primária de
energia. Os animais não fazem fotossíntese, mas obtém energia se alimentando de
organismos produtores (fotossintetizantes) ou de consumidores primários. A
fotossíntese pode ser representada pela seguinte equação:

luz
6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6
clorofila
A água e o CO2 são pouco energéticos, enquanto que os carboidratos formados são
altamente energéticos. Portanto a fotossíntese transforma energia da radiação solar em
energia química.

Através da fotossíntese as plantas produzem oxigênio e carboidratos a partir do gás


carbônico. Na respiração ela consome oxigênio e libera gás carbonico no ambiente,
entretanto em condições normais, a taxa de fotossíntese é cerca de 30 vezes maior que a
respiração na mesma planta, podendo ocorrer momentos em que ambas serão
equivalentes.

Os vacúolos são estruturas citoplasmáticas de diferentes tamanhos, revestidos por


membrana e formados a partir do Complexo de Golgi ou do Retículo Endoplasmático.

De acordo com a função e do tipo de organismo, podem existir três tipos de vacúolos:
vacúolos contráteis ou pulsáteis, vacúolos de suco celular e vacúolos digestivos.

Os vacúolos contráteis ou pulsáteis estão presentes nos protozoários de água doce e


são responsáveis pelo equilíbrio osmótico ao eliminarem o excesso de água nas células.
Como estes protozoários são hipertônicos com relação ao meio que habitam, suas
células absorvem água por osmose. Essa água é encaminhada para o vacúolo contrátil,
que se contrai e bombeia o excesso de água para o exterior. Em algumas espécies, este
tipo de vacúolo atua também como auxílio na excreção ou na locomoção.

Os protozoários marinhos não sofrem com o problema osmótico, no entanto,


apresentam vacúolo: juntamente com a água são eliminadas substâncias tóxicas ou
excretas.

Os vacúolos de suco celular  são delimitados por uma membrana lipoprotéica


denominada tonoplasto e são exclusivos das células de algumas algas e das plantas. Nas
células jovens das plantas são pequenos e numerosos, à medida que a célula se
desenvolve e cresce, eles se fundem resultando em um grande, único e bem
desenvolvido vacúolo.

Dependendo da espécie, este tipo de vacúolo armazena diferentes substâncias: proteínas


(proteoplastos – plastos de reserva protéica em sementes), carboidratos (aminoplastos –
plastos de reserva nutritiva nas raízes), antocianinas (pigmentos que dão cor às flores) e
toxinas (tanino e nicotina), substâncias de defesa contra predadores.

Os vacúolos digestivos são típicos de células fagocitárias e atuam em associação às


enzimas lisossômicas formando outros vacúolos derivados deste processo: vacúolos
primários e secundários, ou ainda chamados de vacúolos digestivos e residuais.

A reprodução assexuada não envolve trocas de gametas entre os indivíduos e os


organismos formados são geneticamente idênticos ao organismo que os gerou. Caso
ocorra uma mutação no DNA, estes organismos apresentarão diferenças em relação ao
progenitor. Existem vários tipos de reprodução assexuada: divisão binária, brotamento,
regeneração e esporulação.

Divisão binária, bipartição ou cissiparidade


Este tipo de reprodução é o processo em que uma célula se divide em duas, por mitose,
e origina duas células geneticamente idênticas. Encontramos este tipo de reprodução em
bactérias e protozoários.

Brotamento ou gemiparidade

Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se


desprende, passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de
organismos que se reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até
certas plantas.

Regeneração

Alguns organismos possuem uma capacidade de regeneração muito grande. Quando


algum fragmento é retirado, ao encontrar condições ideais de sobrevivência, pode se
regenerar e dar origem a um novo indivíduo. Isto pode acontecer nas planárias, esponjas
e algumas plantas.

Algumas partes de certas plantas, ao serem destacadas e implantadas no solo, ou


imersas em água, desenvolvem raízes e dão origem à novas plantas. Esta prática e
chamada de estaquia e é muito utilizada em jardinagem.
Planárias geradas após a regeneração Foto: UCLA.

A mitose  é o processo de reprodução celular  que ocorre em grande parte das células
durante parte do ciclo celular. Resumidamente, a mitose é o processo pelo qual uma
célula diplóide dá origem a duas outras células diplóides, idênticas à célula-mãe e entre
si. Isso quer dizer que uma célula com certo número de cromossomos (no caso humano,
seriam 46) originaria outras duas células idênticas a essa, e eventualmente, iguais entre
si.

A mitose está dividida em 4 fases, mas antes de estudá-las é preciso conhecer o ciclo
celular, que por sua vez, está dividido em duas fases.

Ciclo Celular

O ciclo celular é o conjunto de fenômenos que ocorre numa célula viva durante um
período entre divisões dessa célula, ou seja, num período de reprodução a reprodução.

As fases do ciclo celular são:

1. Intérfase: A intérfase é o período de maior metabolismo celular, quando ocorre a


síntese e a duplicação do DNA e de todas as outras substâncias e estruturas da célula.
Está subdividida, respectivamente, em:

1.1. Período G1: é o período de produção de enzimas, proteínas e conseqüentemente,


síntese de RNA. Nesse período a célula aumenta de tamanho.

1.2. Período S: período em que ocorre a síntese e produção do DNA.

1.3. Período G2: assemelha-se ao período G1, porém, neste período o DNA está
duplicado.

2. Divisão Celular: É neste período em que ocorre a mitose, pois, todas as estruturas
para uma nova célula já estão duplicadas. Lembrando que a divisão celular pode ocorrer
também por meiose.

Abaixo seguem as fases da mitose:


1. Prófase:

Neste momento, a cromatina (DNA) que antes estava descondensada, começa a se


condensar. Os centríolos (uma organela) vão afastando-se para os pólos criando fibras,
chamadas Fibras do Fuso Acromático. A membrana nuclear desaparece junto com os
nucléolos.

2. Metáfase:

A principal característica da metáfase é a disposição dos cromossomos (cromatina) bem


no centro da célula, formando o que se chama de Placa Equatorial. Para tal disposição,
os cromossomos condensam-se totalmente e unem-se às fibras do fuso por meio dos
centrômeros, que seriam como o “meio do cromossomo”. É nessa fase que se dá o
estudo do cariótipo.

3. Anáfase:

É a fase da separação. As fibras do fuso se encurtam em direção aos pólos levando


consigo cromátides (partes) dos cromossomos, que passam a constituir um cromossomo
independente cada. Lembre-se que, na mitose, uma célula diplóide com 6 cromossomos,
por exemplo, vai originar outras duas células diplóides com 6 cromossomos cada uma.
E é na anáfase que está o segredo: como uma célula de 6 cromossomos precisa originar
12 cromossomos, ela divide-se em partes durante a anáfase.

4. Telófase:

Com os cromossomos já nos pólos junto aos centríolos, a cromatina começa a se


descondensar, ressurgem a membrana nuclear e os nucléolos, e a célula se divide. A
divisão em si é chamada citocinese. A citocinese pode-se dar de duas formas, de acordo
com a célula em questão: se for uma célula vegetal a citocinese é centrífuga; se for uma
célula anima, a citocinese é centrípeta. Após a telófase, as células voltam à interfase.
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