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A nutrição mineral de plantas trata da aquisição e utilização pelas plantas da grande maioria dos
elementos químicos que entram em sua composição. Como já vimos, se um dos elementos químicos
essenciais à planta está disponível em quantidades insuficientes ou em combinações químicas que são
pobremente absorvidas, a deficiência deste elemento provocará desarranjos nos processos metabólicos da
planta (Lei do mínimo de Liebig). Em geral, esses desarranjos manifestam-se pelo desenvolvimento de
sintomas visíveis, como desenvolvimento atrasado, amarelecimento ou purpureamento de folhas e outras
anormalidades.
A partir de agora estudaremos cada um dos nutrientes essenciais para as plantas. Prepare-se para uma
longa e emocionante viagem ao mundo da nutrição mineral.
VAMOS REVISAR!
O QUE É UM NUTRIENTE? É um elemento químico essencial às plantas, ou seja, sem
ele a planta não vive.
Para que um elemento seja considerado nutriente, é preciso atender aos CRITÉRIOS DE
ESSENCIALIDADE:
a) Na ausência do elemento a planta não completa o seu ciclo de vida;
b) O elemento não pode ser substituído por outro;
c) O elemento deve estar diretamente envolvido no metabolismo da planta, como constituinte de um
composto essencial, ou ser necessário para a ação de um sistema enzimático.
Como exemplo, podemos citar a fotossíntese que é uma reação físico-química, a mais importante do
planeta uma vez que todas as formas de vida dependem dela. O processo fotossintético depende de alguns
nutrientes que atuam com função estrutural ou enzimática, e ainda os produtos formados pela fotossíntese
também dependerão dos nutrientes para produzir outros compostos orgânicos vitais para o
desenvolvimento e a produção das plantas.
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BIOLOGIA SOBRE A FASE CLARA E ESCURA DA FOTOSSÍNTESE.
A literatura mundial considera dezesseis elementos químicos como nutrientes de plantas: carbono (C),
hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg),
enxofre (S), ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), cloro (Cl) e molibdênio (Mo).
Embora todos os nutrientes sejam importantes, existe uma classificação baseada na proporção
(quantidade) em que aparecem na matéria seca dos vegetais (não considerando C, H e O que são
adquiridos a partir do CO2 atmosférico e da água presente no solo):
- Macronutrientes: são os nutrientes absorvidos ou exigidos pelas plantas em maiores quantidades. São
eles: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S) (expresso em g/ kg
de matéria seca).
Nitrogênio, fósforo e potássio são geralmente fornecidos ao solo por meio de estrume ou de fertilizante
comercial. São chamados elementos fertilizantes ou primários. Do mesmo modo, cálcio, magnésio e
enxofre são denominados elementos secundários. Cálcio e magnésio são adicionados aos solos ácidos na
forma de calcário e são chamados elementos de calagem. Enxofre, além do existente nas águas pluviais
(de chuva) é adicionado ao solo como ingrediente de alguns fertilizantes, como estrume rural,
superfosfato e sulfato de amônia.
- Micronutrientes: são os nutrientes que são absorvidos ou exigidos pelas plantas em menores
quantidades. São eles: ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), cloro (Cl) e
molibdênio (Mo).
Com exceção do ferro e em alguns casos do manganês, os elementos micronutrientes são encontrados
em forma dispersa na maioria dos solos e sua disponibilidade para os vegetais é, sobretudo, reduzida.
Conseqüentemente, embora a absorção pelas plantas seja pequena, o efeito cumulativo da produção
agrícola, num período de vários anos, poderá reduzir rapidamente as limitadas disponibilidades destes
elementos originalmente presentes nos solos.
E ENTÃO, LEMBROU DE TUDO QUE JÁ ESTUDAMOS? CASO NÃO SE LEMBRE,
RECORRA AS SUAS ANOTAÇÕES DO CADERNO, AS APOSTILAS ANTERIORES OU
VENHA AO HORÁRIO DE ATENDIMENTO. NÃO DEIXE ACUMULAR DÚVIDAS!
Como citado anteriormente, a matéria orgânica é fonte de nitrogênio para o solo. Nela, o nitrogênio
está insolúvel, mas graças a atuação de organismos decompositores (fungos e bactérias) ele é convertido
em NH4+, no processo conhecido como amonificação. O nitrogênio na forma amoniacal tem quatro
destinos:
-pode ser retido por alguns dos próprios amonificadores ou por outros organismos do solo capazes de
utilizar este composto;
-pode ser absorvido por alguns vegetais;
-pode ser fixado por alguns minerais argilosos e pela matéria orgânica.
O restante do amônio presente no solo passa pelo processo de NITRIFICAÇÃO. Este processo passa
por duas etapas e conta com a atuação de bactérias nitrificantes. Inicialmente, o NH4+ é convertido a NO2-
(nitrito) pela ação de bactérias do gênero Nitrosomonas. Em seguida, o NO2- é convertido a NO3-
(nitrato) graças a bactérias Nitrobacter.
O nitrogênio do solo sob a forma de nitratos, quer o adicionado como fertilizante, quer o formado pela
nitrificação, tem capacidade para tomar quatro destinos diferentes:
O problema do nitrogênio assume dois aspectos quanto ao seu controle: conservar no solo quantidade
adequada de nitrogênio e condicionar suas transformações de forma tal que fique assegurada pronta
assimilabilidade em determinadas épocas para atendimento às exigências agrícolas.
REFERÊNCIAS
BUCKMAN, H. Natureza e propriedades dos solos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. 1979. 647 p.
EPSTEIN, E.; BLOOM, A. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Londrina: Editora
Planta. 2006. 403 p.
GALETI, P.A. Guia do técnico agropecuário: solos. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino
Agrícola. 142 p.
PRADO, R.de M. Nutrição de Plantas. São Paulo: Editora UNESP. 2008. 407 p.
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
1996. 728 p.
EXERCÍCIOS
1-Explique as formas de fixação natural do nitrogênio, incluindo a Fixação Biológica de Nitrogênio
(FBN).
2-Explique cada uma das etapas do ciclo do nitrogênio (imobilização, mineralização, nitrificação,
denitrificação) . Utilize a gravura abaixo para seguir as etapas.