You are on page 1of 13

Metas de Inflação

André Giannini
Fabiana Ferro
Lígia Galvani
Luis Gonzaga
Maryanne Sakai
Rafael Teruya Madureira
Pós anos 80

 Nova Zelândia :1990  Autoridade e agentes


 Canadá:1991 econômicos passam a
 Inglaterra: 1993 interagir delineando a
– Inflação entre 2% e 3,5% política econômica.
– Crescimento do PIB de 3%  Importância das
– Queda do desemprego expectativas

Taxa de Taxa de
Taxa de Taxa de
= crescimento + crescimento da -
Inflação velocidade de crescimento
da moeda
uso da moeda do PIB
Anos 80

 Até o fim dos anos 80 a velocidade da


moeda tinha alta correlação com o juros
nominal de curto prazo
 Aumento da oferta de moeda subtraído o
crescimento estimado do PIB = inflação
aproximada
 Isto acaba com a instabilidade da
demanda de moeda
Anos 90

 Separação entre  Não há trade off entre a taxa


velocidade de de inflação e a taxa de
circulação e taxa de crescimento do PIB no longo
juros. prazo
 Transferência de  Inflação inferior 8%,
atenção para as taxas importância da estabilidade.
de juros nominais de  Trade off: volatilidade da
curto prazo. taxa de inflação X
volatilidade da taxa de
 Câmbio flutuante que
crescimento do PIB (CP)
permite a liberdade de
movimento de capitais
Âncora Cambial e Meta Inflacionária

 Âncora Cambial:
– Volatilidade concentra-se nas taxas de juros
– Inflação semelhante às dos parceiros internacionais
– Grande volatilidade na taxa de crescimento do PIB
– Leva-se em conta apenas as informações relacionadas ao câmbio

 Meta inflacionária
– Volatilidade concentra-se na taca de câmbio
– Inflação influenciada pela variação das taxas cambiais
– Baixa volatilidade na taxa de crescimento do PIB
– Leva-se em conta todas as informações da economia
Resultados

Estudo feito por M. King sobre os resultados obtidos pela implementação da


sistemática das metas inflacionárias e a superioridade desta frente aos
países que não a adotaram.

Taxa de Década Anterior Período Posterior à Meta Inflac.

média desvio coef. var. média desvio coef. var.


INFLAÇÃO Países com meta 6,8 3 0,44 2,2 1,3 0,57
Testemunhas 5,9 3,9 0,67 3,1 1,1 0,37
CRESCIMENTO Países com meta 2,2 3 1,38 2,8 2 0,72
Testemunhas 2,6 1,8 0,69 1,8 1,7 0,96
Análise dos Dados

 Países que introduziram o sistema tiveram inflação média de 6,8% na década


anterior ao sistema de metas inflacionárias. Essa inflação caiu para 2,2% no
período de uso do método.
Nos países tidos como testemunhas a inflação média caiu de 5,9% para 3,1%.
 A variação do PIB anual cresceu de 2,2% para 2,8%. Nos países utilizados
como testemunha os resultados não foram tão bons: o PIB foi reduzido de
2,6% para 1,8%
Conclusões sobre o Estudo

 Substancial redução da taxa de inflação, maior do que nas


testemunhas;
 Não houve redução na taxa de crescimento do PIB;
 A volatilidade do PIB foi reduzida, como mostra o coeficiente de
variação.

Tais resultados mostram que no caso das metas inflacionárias, há


uma preocupação maior com a variação do PIB e conseqüentemente
do nível de emprego.
Problemas

No caso do sistema de metas, o BC utilizará a política monetária para responder a


choques atuais e antecipados. Tais choques podem ser:

 De demanda: Neste caso, taxa de inflação e de variação do PIB devem caminhar no


mesmo sentido. Se há excesso de demanda, a elevação das taxas de juros de curto
prazo tende a valorizar o câmbio real e a aumentar a taxa de juros no longo prazo, o
que produz um corte da demanda interna e externa.

 De oferta: Aqui a taxa de inflação e o PIB movem-se em sentidos opostos, como são
os casos de modificação de tributos, por exemplo. O aumento da inflação exige um
aumento da taxa de juros, o que valorizará o câmbio com um corte de demanda que
aprofundará mais ainda a queda do produto. É preciso, então que o BC decida a
velocidade com que reduzirá a inflação em função da queda do produto.
O Modelo Inglês

 O Brasil está em vias de adotar o sistema de metas inflacionárias baseado no


modelo inglês. Tal modelo, criado pelo Bank of England, chamado também de
MM (macroeconomic model), está sempre em contínuo aperfeiçoamento.
Vejamos as características do modelo:

– 17 relações técnicas
– 50 identidades
– 22 equações
– 39 variáveis exógenas
– 2 regras de política econômica

 Este modelo gera um equilíbrio de longo prazo e os choques que produzem


desequilíbrios vão sendo absorvidos gradualmente com velocidades variáveis.
Algumas questões metodológicas
 As séries economicas não tem a estrutura interna bem definida, sendo
permanentemente perturbadas por choques que destroem a
possibilidade de encontrarem em equilíbrio estável. Não há garantia
que se chegue a tal equilíbrio. Por isso alguns BC’s utilizam
distribuição de probabilidades para definir a qualidade e a precisão de
suas estimativas
 Um dos problemas: “âmago da inflação”, um fator que seja
relativamente estável e capaz de distinguir as pertubações produzidas
por efeitos transitórios sobre os preços, daquelas que resultam de
pressões estruturais de oferta e procura que podem ser influenciadas
pela política monetária.
 No Brasil tal core inflation é o IPCA puro
O caso do Brasil
 BC escolheu o IPCA ( índice de Custo de vida ampliado), pois é o de
maior cobertura geográfica e de renda. Dá mais credibilidade para no
processo de metas inflacionárias.
 Inflação é um fenômeno monetário, mas não pode ser mantida
permanentemente sob controle se um regime fiscal adequado que
estabilize a relação dívida pública líquida/ PIB e possibilite a
construção de um perfil adequado ao seu financiamento.
 A taxa de Juros nominal de curto prazo no Brasil, sob controle do BC,
é um mecanismo de coordenação do preço e expectativas no longo
prazo da taxa de juros real.
 BC deve mover-se com cautela e antecipadamente, pois atrasos ou
precipitações podem gerar graves consequencias na economia real.
Conclusões

 Futuro é opaco, grandes choques são


geralmente imprevisíveis.
 É preciso reconhecer que não existe hoje
nenhuma outra alternativa, nem teórica, nem
prática para construir com efetiva precisão
as expectativas inflacionárias e de preço.

You might also like