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ENDIVIDAMENTO PÚBLICO

Reinaldo José de Souza Oliveira


Profº. André Luiz Kopelke
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Processos Gerenciais (EMD4011) – Economia
17/04/08

RESUMO

O governo é um gastador compulsivo, que não para de se endividar para manter seu padrão de
vida nababesco, utilizando o pretexto das demandas sociais. O desequilíbrio fiscal, ou gastos
sistematicamente superiores às receitas, predominou na administração pública no Brasil até
recentemente. As conseqüências para a economia são bastante negativas, e, em alguns casos, têm
impacto sobre mais de uma geração. Inflação descontrolada até o lançamento do Real, a
convivência com taxas de juros muito altas, o endividamento Público também expressivo, a carga
tributária excessivamente alta, foi o que se verificou nas administrações públicas anteriores. Para
isso, para frear a compulsão por gastos que foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal, que
pretende ser um instrumento de representação do compromisso dos governantes com a sociedade.

Palavras-chave: Dívida; Desequilíbrio; Inflação.

1 INTRODUÇÃO

Sob o manto da justiça social, o governo brasileiro vem crescendo cada vez mais de tamanho,
em detrimento do setor privado e dos indivíduos. A riqueza produzida no país acaba sendo
absorvida pela máquina estatal, um verdadeiro buraco negro. Como o musaranho, pequeno
mamífero que come o equivalente a várias vezes seu próprio peso, o Estado nacional parece ter uma
fome infindável por recursos. Com o agravante de que a burocracia brasileira não é minúscula como
o mamífero, mas sim parece um verdadeiro mastodonte. O resultado é uma absurda concentração de
riqueza nas mãos de poucos políticos e "amigos do rei", enquanto para o povo sobra a miséria.

Justificando a extorsão do dinheiro do cidadão através do apelo popular da "luta pela


igualdade", o governo vai criando novos mecanismos de transferência de recursos do bolso privado
para o público com uma velocidade de guepardo. São infinitos impostos diretos e indiretos,
encargos, tarifas, além da emissão de dívida, que acaba gerando recessão, e emissão de moeda, que
gera inflação. Cria-se, para se justificar tamanho apetite arrecadatório, inúmeros programas sociais
estilo "esmola", como bolsa-família, Fome Zero e outros do tipo, que servem na prática para
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defender a sanha tributária, assim como funcionar de palco para extrema corrupção. O Leviatã que
Brasília abriga parece sentir mais fome cada vez que come mais. E a comida vem dos trabalhadores
e de todos os "contribuintes", devidamente transformados em escravos.

Para analisar um exemplo, vamos comparar a trajetória do endividamento público nos últimos
dez anos com a evolução do PIB nacional. O período é interessante, já que contempla justamente a
nova fase de inflação mais controlada em nosso país. Diferente do que os ingênuos acreditam e do
que Lula já afirmou no passado, a inflação não é subproduto da ganância de empresários, mas sim
da irresponsabilidade governamental. Ou será que os empresários brasileiros são mais gananciosos
que os dos países desenvolvidos? Vamos ver, na verdade, que o governo trocou inflação por dívida,
mas não atacou de fato a causa estrutural dos nossos problemas, que é o seu tamanho. A fome do
gigante continuou a mesma. Ele mudou apenas o prato principal.

Em 1994, a dívida total líquida do governo representava aproximadamente 25% do PIB,


enquanto esta saltou para 79% do PIB em Julho de 2004, perfazendo uma astronômica quantia de
R$1,26 trilhão. Em termos relativos ao PIB, o endividamento público se multiplicou por três nesses
dez anos. Em Julho de 2004, nada menos que trezentos bilhões de reais da dívida da União estavam
em poder do Banco Central, por não existir demanda no mercado. A dívida externa representava
pouco mais de 6% do PIB em 1994, e atualmente foi para 14%. A carga fiscal sobre o PIB também
cresceu significativamente, chegando a quase 40% da produção nacional. O governo é um gastador
compulsivo, que não pára de se endividar para manter seu padrão de vida nababesco, utilizando o
pretexto das demandas sociais, cada vez maiores justamente por causa do tamanho do Estado.
Caímos num círculo vicioso onde o tamanho do governo gera mais miséria, e os miseráveis
ignorantes acabam pedindo mais governo para solucionar seus problemas, o que por sua vez
aumenta ainda mais a miséria.

Alguns ajustes precisam ser feitos nessas contas. De fato, o governo Fernando Henrique
Cardoso reconheceu diversos "esqueletos" que tinham sido devidamente ocultados no armário por
governos anteriores. Eram dívidas reais, porém fora do balanço contábil. Mas em contrapartida, o
mesmo governo realizou a maior privatização da nossa história, vendendo por um excelente preço o
sistema Telebrás, o que possibilitou a entrada de significativo montante nos cofres públicos, o
suficiente para se abater na época nossa dívida externa toda. Fora isso, as crises internacionais
obrigaram uma política de juros elevados, justamente pela falta de um superávit do governo, o que
drenou bilhões do Estado. Tudo isso junto explica esse crescimento explosivo do endividamento
público.
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2 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

O que a LRF pretende é fortalecer o processo orçamentário como peça de planejamento,


prevenindo desequilíbrios indesejáveis. Além disso, a Lei pretende ser um instrumento de
representação do compromisso dos governantes com a sociedade.

O desequilíbrio fiscal, ou gastos sistematicamente superiores às receitas, predominou na


administração pública no Brasil até recentemente. As conseqüências para a economia são bastante
negativas, e, em alguns casos, têm impacto sobre mais de uma geração. Inflação descontrolada até o
lançamento do Real, a convivência com taxas de juros muito altas, o endividamento Público
também expressivo, a carga tributária excessivamente alta, foi o que se verificou nas administrações
públicas anteriores.

Tal realidade levou as finanças públicas a uma situação caótica, acabando por limitar o
atendimento de necessidades fundamentais da população, como saúde, educação, moradia,
saneamento etc, com efeitos indesejáveis sobre sua parcela mais pobre, e que mais sofre os efeitos
da ausência de investimentos governamentais nessas áreas.

Na aquisição de um produto ou serviço a prazo, normalmente, o consumidor incorre em juros


sobre o preço à vista. A taxa de juros cobrada por instituições financeiras e pelo varejo integra o rol
de operações financeiras efetuadas pela engenharia econômica, buscando identificar quais são os
investimentos mais rentáveis em determinado período. Os juros são “o custo de capital durante
determinado período de tempo”, portanto as taxas consistem na unidade de medida dos juros, que
correspondem à remuneração paga pelo uso, durante determinado período de tempo.

A intenção é aumentar a transparência na gestão do gasto público, de modo a permitir que os


mecanismos de mercado e o processo político sirvam como instrumento de controle e de punição
dos fiscalmente irresponsáveis. Ao mesmo tempo, espera-se que os bons administradores sejam
premiados com o reconhecimento da população e do mercado, inclusive com maior acesso a crédito.

Nesse contexto, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) representa um instrumento para


auxiliar os governantes a gerir os recursos públicos dentro de um marco de regras claras e precisas,
aplicadas a todos os gestores de recursos públicos e em todas as esferas de governo, relativas à
gestão da receita e da despesa públicas, ao endividamento e à gestão do patrimônio público. Além
disso, a Lei consagra a transparência da gestão como mecanismo de controle social.
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3 PLANO PLURIANUAL

O Plano plurianual prevê as ações governamentais para um período de 04 anos - ações


voltadas para a ampliação da capacidade produtiva do setor público e o desenvolvimento
socioeconômico e, portanto, implicando despesas classificadas como despesas de capital, que
podem ser, as Metas e prioridades da Administração, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subseqüente; orientação para elaboração da lei orçamentária anual; concessão
de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, criação de cargos ou alteração da estrutura de
carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

A Lei de Orçamento Anual ( LOA ) é uma lei padronizada e se aplica à União, aos Estados e
aos Municípios. Ela contem a discriminação da receita e da despesa de forma a evidenciar a política
econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo. Reunindo em um único total, todas as
receitas , de um lado , e todas as despesas, de outro, formando o orçamento do Município, pelo
período de um ano.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias ( LDO ) foi introduzida no sistema orçamentário brasileiro


pela Constituição de 1988. É um projeto de lei que o Executivo submete ao Legislativo
estabelecendo as regras para a elaboração do orçamento do exercício seguinte. Portanto, a
apresentação da LDO ao Legislativo, para sua aprovação ou rejeição, antecede a remessa da Lei de
Orçamento Anual LOA.

4 CONCLUSÃO

O endividamento público é alto, pressionando os juros e acarretando recessão. Foi pelo


mesmo motivo que no passado tivemos emissão descontrolada de moeda, gerando inflação. Isso
sem falar das outras seqüelas inevitáveis de uma burocracia inchada, como a dificuldade de se abrir
e fechar empresas rapidamente, ou a gama de empecilhos que são criados para venderem facilidade
depois. A falta de confiança nas regras isonômicas do jogo, criada pela concentração de poder no
Estado, é outro impeditivo ao progresso. A fome do Leviatã estatal, tanto por poder como riqueza,
justificada capciosamente pela "justiça social", é que some com a comida do povo. Ainda, a Dívida
Pública impede a garantia dos Direitos Fundamentais.
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5 REFERÊNCIAS

CONSTANTINO,Rodrigo. Disponível em:


<http://www.midiasemmascara.com.br.colunistas.phpaid=78&language=pt> Acesso em: 11 abr 08.

Lei de Responsabilidade Fiscal. Disponível em :


<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/lei_responsabilidade_fiscal.asp>. Acesso em: 12 abril 2008.

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