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Pró-Reitoria de Graduação
Brasília – DF
Novembro de 2003
Universidade Católica de Brasília
Pró-Reitoria de Graduação
Brasília – DF
Novembro de 2003
FOLHA DE APROVAÇÃO
Matrícula № 98/5248-4
Orientador:
Co-orientador:
Examinador:
Examinador:
DEDICATÓRIA
Como muçulmano, dedico esta monografia a Deus, por ter criado os Céus e a Terra,
e o que há entre eles para servir ao ser humano e ter concedido ao homem o prazer e a
habitantes.
Disse o Profeta Muhammad (que a paz de Deus esteja com Ele): “... e remover o
ambiente em que a pessoa habita. E o Profeta Muhammad (que a paz de Deus esteja com
demolir casas. Ele disse “Nem prejuízos, nem represálias”, isto porque o Islam, com a sua
sublime legislação, proíbe aos seus adeptos prejudicarem os outros, sejam os humanos ou a
natureza.
AGRADECIMENTOS
Seria difícil agradecer aqui a todos que participaram ou ajudaram, de alguma forma,
a conclusão desta monografia, ou aqueles que deram suas opiniões certamente de grande
valor. Portanto, começarei agradecendo primeiramente a Deus, a quem dedico também esta
monografia, pela saúde e inteligência na proposição desta; aos meus pais, Raimundo
Morais da Silveira e Solange Gomes Teixeira da Silveira; aos meus avós, Américo José
Teixeira e Arlette Gomes Teixeira, pelo apoio no decorrer deste curso de graduação. A
minha namorada e companheira Valéria Gentil Almeida, pela viva força e auxílio em todas
as fases da atividade coordenada e que, sem ela, esta não seria a mesma.
Mendonça, Rogério Boueri Miranda, meu mestre e orientador neste trabalho, e Sérvulo
Vicente Moreira, pela ajuda e incentivo; aos amigos Adriana dos Reis, Arlim Manoel
Prados Ribeiro, Elmar Rodrigues da Cruz, Fernando César Fonseca, Nasser Farah Abou
que, certamente, foi de grande importância para uma exitosa conclusão do trabalho aqui
apresentado.
“Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau...”
Imperatriz Leopoldinense
Samba Enredo do Carnaval 2003
Resumo..................................................................................................................................p .
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................9
1.1. Objetivos...................................................................................................................13
4. RESULTADOS ...............................................................................................................63
5. CONCLUSÕES ...............................................................................................................69
6. BIBLIOGRAFIAS ...........................................................................................................71
APÊNDICES ..........................................................................................................................i
ANEXOS .............................................................................................................................vii
SILVEIRA, Marcelo Teixeira da, Comércio Legal e Ilegal do Meio Ambiente: o Tráfico de
Couros e Peles. Universidade Católica de Brasília. Professor Orientador: Dr. Elvino de
Carvalho Mendonça. Novembro de 2003.
1. INTRODUÇÃO
relações entre os países durante o século XXI. Os elos que levam a uma
frutuosas se multiplicam a cada dia. Não é apenas importante que o comércio e o meio
ambiente não se contradigam, mas é necessário também que eles sejam complementares na
inesgotáveis; e não podendo ser multiplicadas, nem esgotadas, não constituem objeto das
buscarem soluções. Desde o início da década de 90, houve um entendimento maior sobre a
biodiversidade, que possui um valor comercial nada desprezível. Hoje, estes agentes estão
de acordo que é preciso agir, e todos buscam determinar qual é a melhor forma de abordar
esses problemas.
1
SAY, Jean Baptiste (1767 – 1832).
10
meio ambiente, com diminuição dos custos de produção e combate a barreiras comerciais,
indiretamente com o meio ambiente entre outras questões que serão discutidas mais
detalhadamente.
das vantagens comparativas pode ser inserida no mercado de produtos ambientais e como a
desenvolvimento sustentável.
as somas altíssimas que o país deixa de arrecadar sendo até mesmo roubado, quando o
assunto é tráfico da fauna e flora. É preciso entender que a história do tráfico de animais
silvestres não é apenas de desrespeito à lei, mas também de devastação e crueldade. E a sua
comercialização sempre foi uma atividade deletéria para a fauna, independente de ser legal
ou ilegal. Os animais sempre foram tratados de uma maneira desrespeitosa, vistos apenas
Nesse contexto, deve ser inserido a biopirataria, outra maneira de roubar a natureza,
onde o Brasil só tem a perder quando se monopoliza a vida em favor das grandes
signatário, acordos que nem sempre são benéficos ao país. Também serão abordadas as
social.
nacionalidade alemã. Segundo o deputado, esse “pobre coitado” só queria ajudar o Brasil a
se livrar dessas pragas que são as aranhas e outros animais venenosos. Nesse artigo,
observa-se que, quando se trata de crimes contra o meio ambiente, a ignorância não é
meio ambiente. Apresenta-se um modelo que mostra a inter-relação entre comércio e meio
couros e peles está relacionado com o comércio legal do mesmo? O tráfico de couros e
peles provoca aumento ou redução de preços para os mesmos produtos não traficados?
Será mostrado que a resposta a essas perguntas depende de vários fatores, não sendo
incorporam estes condicionantes desde a sua gênese? Ou melhor, por que o próprio sistema
desenvolvimento sustentável.
1.1. Objetivos
ambiente e estudar o caso do tráfico de couros e peles à luz das ciências econômicas.
ângulos:
social;
da atração de investimentos;
2. REFERENCIAL TEÓRICO
uma visão sistemática acerca do comércio entre os países. Suponha que cada país se
seja, que conseguisse produzir alguma mercadoria a um custo mais baixo do que outros
países e tirar proveito da especialização e das trocas. Ainda assim, essa teoria não
Sabe-se que existem países pobres, sem tecnologia e nem recursos para produzir
mercadorias a custos reduzidos em relação ao das grandes potências e é nesse contexto que
David Ricardo, em 1817, instituiu a economia como ciência, apresentando a teoria das
vantagens comparativas, que explica o comércio entre as nações, sem vantagem absoluta
quantidades máximas que um país pode produzir de cada bem, claro que essas quantidades
2
Especialização significa alocar todas as unidades disponíveis do seu fator de produção relevante, o trabalho,
na produção do bem em que esse fator é mais produtivo.
3
Mostra as quantidades máximas de bens que um país pode produzir a partir de sua dotação de fatores.
15
possibilidade de produção também é útil para ilustrar os ganhos com o comércio, que
de um país. Esse deslocamento representa a quantidade máxima que pode ser produzida do
que são os da dinâmica comercial sobre o meio ambiente: efeitos diretos relacionados ao
comparativas estáticas4; dinâmicos como efeito escala, em razão do aumento dos “inputs”
efeito composição que depende da contribuição dos diferentes setores para o valor
cada indústria.
portanto, em que medida o efeito escala pode ser compensado pelo efeito tecnológico e se
4
Os efeitos ambientais, em curto prazo, de um aumento nos fluxos comerciais.
5
Também pode ser visto como os efeitos do comportamento de pessoas ou empresas no bem-estar de outras
pessoas ou empresas são chamados de externalidades, positivas quando o comportamento de um indivíduo
ou empresa beneficia involuntariamente os outros, e negativa em caso contrário (TOLMASQUIM, p. 325).
16
maximizar lucro com custo mínimo, cuja escolha não leva em conta os danos ambientais
o processo produtivo, aproveitar resíduos, diferenciar o produto final e, com isso, ganhar
exportações totais do país sobre as exportações totais mundiais. Se a VCR > 1, o país
superior a sua participação total nas exportações mundiais; se o índice da VCR < 1, o país
O Brasil registra a maior e crescente VCR em polpa, papel, ferro e aço. Entre 1990
e 1998, sua VCR em polpa e papel aumentou de 3,1 para 6,2 e em ferro de 20,4 para 23,5.
de 0,46 em 1990 para 0,53 em 1998. Tal aumento se deve, principalmente, à indústria
6
Conforme as Nações Unidas e Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), tendo
como referência de mercado os países da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento
(Organisation for Economic Cooperation and Development – OECD).
7
Segundo Wheeler e Mani (1997), utiliza-se um ranking de intensidade de contaminação do Banco Mundial
para identificar as indústrias mais limpas. Trata-se principalmente das têxteis, maquinária elétrica e não
elétrica e equipamentos de transporte.
17
automobilística, na qual, apesar de o consumo dos produtos desta indústria não serem
limpos, ela apresenta melhores tecnologias e reduções das emissões de poluentes por
70 chegou a representar dois terços do total das importações, torna bastante alto o índice de
similar ao das importações, com uma redução acentuada no final da década de 70, mas que,
depois, atenua-se até atingir praticamente uma estabilidade no final da década de 90. A
de exportação e importação, certamente foi um dos elementos que mais contribuiu para
esse desempenho.
8
Em fins de 1974, como uma alternativa à dicotomia de ajustamento ou financiamento, lançou-se o II PND,
colocando-o como uma estratégia de financiamento, mas promovendo-se um ajuste na sua estrutura de oferta
em longo prazo, simultaneamente à manutenção do crescimento econômico, sua meta era manter o
crescimento econômico em torno de 10% a.a., com crescimento industrial em torno de 12% a.a. Essas metas
não conseguiram ser cumpridas, porém, manteve-se elevado o crescimento econômico, apesar de em níveis
mais baixos do que os anos anteriores. O plano significou uma alteração completa nas prioridades da
industrialização brasileira do período anterior conhecido como milagre econômico (GREMAUD;
VASCONCELLOS, 2002).
18
tornando cada vez mais “limpas”, em contraste com o aumento considerável no potencial
contaminante das exportações, ambientalmente cada vez mais complicadas. Essa tendência
estabelece no país, que passa de importador a exportador líquido desses produtos de alto
potencial contaminante.
Deve-se ter claro que esse exercício considera apenas o potencial de contaminação
bens intermediários, o índice de toxicidade potencial das exportações deve ser bem maior
quando considerada toda a cadeia produtiva. De qualquer forma, é evidente que a indústria
produtos com maior potencial contaminante e, portanto, correm maiores riscos, caso
extremamente relevante para o Brasil, visto que a sua inserção tem se caracterizado cada
desenvolvidos.
O caso do Brasil apresenta problemas sérios, apesar de ter ocorrido uma forte
(ALMEIDA, 2002).
pesquisas criadas ao longo dos últimos quarenta anos. A criação do Ministério da Ciência e
Tecnologia nos anos 1980 visou articular estas instituições e criar mecanismos
9
São aquelas que proporcionam os mais altos gastos com redução e controle de contaminação.
10
Em março de 1990, o programa de abertura foi consideravelmente aprofundado e acelerado. Naquele ano,
foi instituído o mercado flutuante de taxas de câmbio e anunciada a eliminação dos controles não-tarifários às
importações. No início do segundo semestre do mesmo ano, o desmantelamento dos controles
administrativos às importações já havia sido completado (MARINHO; PIRES, 2002, p. 43).
20
pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Este, por sua vez, deixou de
matrizes no exterior.
Brasil a participação atinge 30%, nos PDs ela chega a alcançar, no Japão, por exemplo,
70%.
uma série de problemas, entre eles, por exemplo, o sistema não diferencia entre inovações
ressaltar que, mesmo considerando que existe uma relação entre os gastos de P&D e o
No Brasil, o setor produtivo consumiu em 1990 apenas 22,6% dos recursos, mas
patenteou 63,87% do total, no entanto, os gastos em C&T do setor não produtivo não tem
como finalidade a apropriação dos conhecimentos gerados por meio de patentes, mas sim
estatais tenham gasto mais do que o conjunto de empresas privadas, elas patentearam
menos, a explicação pode ser porque as inovações realizadas pelas estatais, possivelmente,
têm um conteúdo tecnológico maior; os gastos com P&D é pequeno quando comparado
com as empresas privadas e parte do patenteamento por empresas privadas é feito por
firmas estrangeiras, em muitos casos, essas patentes têm o objetivo de reservar o mercado
residentes no Brasil.11
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) com 17, de um grupo seleto composto por seis firmas
11
Existe caso de patentes concedidas a não-residentes no Brasil, cuja equipe de inventores era constituída
apenas por brasileiros (TIGRE; CASSIOLATO; SZAPIRO, 2000).
22
SZAPIRO, 2000).
a dos PDs, representam VCR para os PEDs nas indústrias com maior potencial de
adversos, outra visão argumenta que, para as VCR, a decisão locacional do Investimento
Direto Externo (IDE) é mais importante do que o grau de rigor das regulações ambientais e
Alega-se que as economias mais abertas têm maior acesso às novas tecnologias,
empresas, instituições e centro de pesquisas, são políticas que podem aprofundar essa
estrangeiras no setor das IAS é feito da seguinte maneira: IE = (Vendas das IAS
o índice é maior do que a unidade, considera-se que existe uma especialização de IDE no
12
Idem a nota de rodapé número 5.
23
A amostra brasileira é bastante ampla, consiste em 307 empresas, das quais 196 são
internas e 111 são de capital estrangeiro. O setor mais importante é o setor petróleo/gás
com 18% das vendas totais realizadas pela amostra, estas incidem no total de US$
168,778.00, dos quais as empresas estrangeiras realizam 44%. As vendas no setor das IAS
representam 44%; a participação das empresas estrangeiras nesta é menor do que as vendas
totais, chegando a 29%. As vendas estrangeiras têm uma importante participação no setor
Calculando o IE, não surpreende que, no Brasil, não se pode observar uma
especialização das empresas estrangeiras; no grupo das IAS, o valor de 0,658 está
diversificadas no Brasil, não há uma clara especialização destas nas IAS e a especialização
Aos efeitos ambientais do IDE, pode-se atribuir uma maior eficiência no uso dos
recursos, por exemplo, o provável uso de melhor tecnologia. Sem embargos, poderia ser
também que o IDE promova a exploração de recursos naturais a um ritmo mais acelerado.
cumprir com as normas ambientais, mas pode-se constatar que a pressão sobre as empresas
estrangeiras, para cumprir com as normas ambientais, nos países receptores é muito fraca
necessários para a recomposição do seu nível de estoque não estão sendo realizados
nesse contexto que surge, visando o meio ambiente à rotulagem ambiental, ou seja, parte
de um processo pelo qual a proteção aos recursos naturais se converte em um valor social.
Nos PDs, à medida que as empresas perceberam que as preocupações ambientais podiam
Auditoria (Eco-Management and Audit Scheme – EMAS) da União Européia foi adotado
pelo Conselho da União Européia, em junho de 1993, e aberto à participação das indústrias
Quanto aos selos e rótulos, o importante é saber avaliar a empresa anualmente, para
que haja um processo de contínuo aperfeiçoamento. Desde 1980, a premiação é uma boa
promoção para muitas empresas, entretanto, deve-se avaliar se esta atual onda de prêmios e
atendimento do mercado interno, é no mercado externo que o setor de couros e peles vem
do País.
O couro é o único material conhecido que absorve até 75% de umidade e mantém o
tato seco. Por isso, é considerado o melhor material para estar em contato com o corpo. Na
verdade, o material que o curtume trabalha é chamado de pele, esta, após o curtimento, é
Curtir significa conservar. E, para conservar a pele do animal, seja ele réptil ou
mamífero, é necessário retirar alguns elementos que compõem esta pele. Isto é possível por
26
com gorduras;
universo das comunidades dos esquimós, a fim de atender suas necessidades mais
peculiares. No caso do uso de substância vegetal (tanino), o couro se torna mais endurecido
e armado, o que permite apenas o lixamento como acabamento, por isso, é usado para
solas. No caso dos sais de metal, podendo ser cromo (o mais usado), zircônio ou ferro,
No caso em tela, tanto no curtimento ao tanino quanto no uso dos sais de metal, os
(glândulas de gordura), para deixar apenas a derme ou colágeno (fibras). Os espaços vagos
deixados pela epiderme e hipoderme são ocupados pelos agentes curtentes. Desta forma,
(pêlos, carne e sangue) são despejados nos córregos das cidades, causando danos tanto
imediatos, quanto mau cheiro e outros prejuízos, em longo prazo, devido ao acúmulo
abastecimento dessas cidades, bem como qualquer outro tipo de utilidade, seja paisagística
Nenhuma intervenção foi feita até agora, pois os córregos comprometidos pelos
curtumes deságuam na jusante dos mananciais dos rios que abastecem as cidades.
27
Malgrado isto, este já não está suprindo mais as demandas de alguns municípios, o que está
aparência, sem sequer tocar a essência. No caso do tratamento dos resíduos e efluentes,
dólares em couros para uma centena de países, com um acréscimo de 9% com relação ao
ano anterior. Somente em couros bovinos, foram exportados mais de US$ 930 milhões no
ano. Apesar do enorme potencial, o couro brasileiro precisa avançar em qualidade para ser
vendido com valor mais alto no mercado internacional e gerar ganhos ao longo de toda a
de “wet blue” por couros semi-acabados geraria um acréscimo imediato para o país de
13
Ver revista Courobusiness junho de 2003.
14
O processamento da pele, quando atinge o primeiro estágio de curtimento, resulta no couro “wet blue”.
Este tipo de couro deixa de atribuir valores quando a transformação em couro semi-acabado e acabado
resultam em maior valor agregado à economia; a comercialização do “wet blue” se realiza a preços menores,
quando comparado aos couros de melhor qualidade.
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Apesar de ser pouco divulgado, ou ocupar a mídia com noticiários sobre guerras e
mundo. Não obstante a grande distância entre Brasil e Paquistão, os dois países exportaram
quase o mesmo valor em couro no ano de 1999, mostrando que o Brasil tem muito a
aprender com aquele país, para garantir uma melhor vantagem comparativa no setor de
(o quinto do ranking). A China lidera com 40%, seguida pela Índia com 10% e Turquia e
exportado pelo país, e apresenta 5% do PIB. Como acontece no Brasil, o Paquistão possui
uma economia baseada na agricultura e tem uma enorme área de pastagem. Essa é uma
no final da década.
indústria brasileira.
O setor de couros emerge como uma importante vitrine dos problemas que afligem
federação e o porte variado das empresas permitem que o exame dos seus problemas sirva
indústria e as nuances nas diferenças podem revelar um roteiro para a estratégia de atuação
do setor.
restrições dentre os seus três principais obstáculos para exportar. Mas o seu principal
couros, de forma significativa, dos demais setores da indústria. Em nenhum outro setor, a
seguido do de móveis.
conseqüente acumulação de créditos fiscais. Uma outra área em que os problemas do setor
de couro são mais graves que a média da indústria são as dificuldades de financiamento da
produção.
diferenças entre o setor de couros e a indústria geral. As duas principais ações propostas
barreiras externas, apresenta-se como uma prioridade menos importante para o setor de
couros.
30
O setor de couros é o que tem o maior número de empresas que utiliza o Programa
expressivo o registro que 47,1% das empresas conhecem o mecanismo, mas não
(ICMS). Os problemas do setor com o ICMS são mais expressivos do que a média da
indústria. As empresas do setor assinalam que o maior grau de dificuldade dos mecanismos
ressarcimento em espécie (assinalado por 72,2% das empresas contra 33,3% da indústria
geral) e o não recebimento do crédito em espécie (44,4% das empresas contra 19,6% da
sobre a decisão de exportar das empresas. 72% das empresas do setor couros assinalam que
o crédito fiscal acumulado tem um efeito negativo sobre a sua decisão de exportar. A
Por fim, a comparação dos resultados do setor couros com o resto da indústria, feito
com base na pesquisa da CNI, revela que o desempenho do setor exportador é afetado
couros. Uma curiosidade é que o setor é aquele que mais conhece os mecanismos fiscais e
característica dos seus problemas estão, em parte, associados ao seu próprio sucesso
exportador. Um exemplo é a dimensão dos créditos fiscais acumulados. Por essa pesquisa,
uma eventual solução da desoneração fiscal dos tributos cumulativos teria um impacto
sobre a decisão de exportar do setor couros maior do que na indústria geral. Este é um bom
(FERNANDES, 2003).
15
Ver comissão parlamentar de inquérito destinada a “investigar o tráfico ilegal de animais e plantas
silvestres da fauna e da flora brasileiras”.
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despertou a cobiça mundial por sua fauna e flora, e o processo de desenvolvimento cultural
que mantinham uma estreita relação com a natureza e o meio ambiente. Ainda hoje,
observamos nos grandes centros urbanos, ou nos mais distantes rincões do nosso território,
a presença de vários animais silvestres convivendo com o ser humano, numa relação de
A fauna silvestre sempre foi um importante elemento cultural das diversas tribos
indígenas brasileiras e era realizada com critérios, sem ameaçar a sobrevivência das
espécies. Por exemplo, não abatiam fêmeas grávidas ou animais em idade reprodutiva.
em muitos casos, eram usados como agentes depredadores desses recursos. Começa aí a
história da exploração comercial da fauna silvestre brasileira que, pela sua diversidade,
ano para ano. Assim que um tipo de fraude é detectado, outro já está emergindo. Todavia,
freqüentemente, usam esse método para detectar apenas quando os produtos entram
no país importador;
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dessas atividades, e a lista das que ainda não são conhecidas é, provavelmente,
grande.
amazônica, já era realizado pelos Incas, no Peru, mas só atingiu proporções maiores depois
bilhões ao ano, sendo o Brasil responsável por aproximadamente 10% desse mercado. Por
se tratar de uma atividade ilegal e por não existir uma agência centralizadora das ações
contra o tráfico no país, os dados reais sobre esse comércio ilícito são difíceis de ser
calculados, o tráfico de animais silvestres é uma atividade ilegal e, portanto, não conta com
registros exatos. Estima-se que o tráfico seja responsável pela retirada anual de 38 milhões
de espécimes da natureza.
tráfico, uma quantia financeira incalculável e ainda uma gama irrecuperável de seus
16
Perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas.
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altíssima: um grama de veneno dessa espécie de cobra vale US$ 433.70 e o da Cascavel
US$ 301.40.
ultrapassam a casa dos US$ 200.00 por animal, enquanto, no mercado internacional, esses
básicas: o tráfico interno, que tem como característica a desorganização, sendo praticado
Naturais Renováveis (IBAMA); e o comércio internacional que, por ser sofisticado, inclui,
(biopirataria), sabe-se que, quanto mais raro for o animal, maior é o seu valor de mercado.
Animais para fins científicos – neste grupo, encontram-se as espécies que fornecem
Animais para “pet shops” – a modalidade que mais incentiva o tráfico de animais
silvestres no Brasil. Devido à grande procura, a maioria das espécies da fauna brasileira
17
Ver tabela 3 em anexo.
18
São lojas especializadas em comercializar animais.
19
Ver tabela 4 em anexo.
20
Quando o assunto é tráfico ou (bio) pirataria, a busca por um preço justo deixa de ser a manifestação, no
plano do comércio, de um valor antropológico e ético central na cultura da sociedade contemporânea.
35
ameaça à fauna silvestre brasileira. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total
mundial do comércio ilegal de vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos.
silvestre, suas partes e produtos vêm aumentando, possuindo variadas e novas técnicas de
contrabando, porque o lucro obtido é gigantesco. Os principais motivos pelos quais essa
o tráfico de drogas está cada vez mais arriscado e difícil devido aos recursos
quase igual lucro para o traficante, além de menor investimento em seu combate.
nos últimos cinqüenta anos, o comércio internacional (em que se inclui a fauna)
que é movimentada.
culturais, de educação, pobreza, falta de opções econômicas, pelo desejo de lucro fácil e
rápido, pelo status e a satisfação pessoal de manter animais silvestres como de estimação.
Estima-se, com base no comércio registrado dos Estados Unidos que, a cada ano, o
10 milhões de peles e
espécimes da natureza no Brasil por ano. Pode-se dizer que são comercializados, de forma
mercado consumidor, o status da espécie (quanto mais raro e ameaçado, mais caro), as
Com base nos dados dos animais apreendidos e seus respectivos preços, foi
equivalente a US$ 900,000,000.00, no câmbio (R$ 2,70 = US$ 1.00). Relacionando esses
dados, pode-se dizer que as apreensões abrangem, aproximadamente, apenas 0,45% dos
apreendidos no Brasil.
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60.000
45.000
30.000
15.000
0
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Fonte: RENCTAS
responsáveis. Um outro fator que dificulta essa atividade é a falta de centros de triagem,
mundialmente cerca de US$ 12 bilhões a cada ano. De acordo com o Ministério do Meio
Ambiente do Brasil, só a região amazônica tem um potencial turístico que pode render
US$ 13 bilhões por ano. Em geral, quem lucra com o comércio ilegal são as grandes
vende esses animais e seus produtos a preços mínimos que, posteriormente, alcançam altos
Argentino, um caçador vende um couro cru a US$ 2.00 a peça para um intermediário, este
a vende a US$ 4.00 para os curtumes que, por sua vez, vendem a peça por US$ 6.00. O
ligados a muitos outros; sendo assim, se o país sofre com problemas ecológicos,
6% 1% 15%
12%
6% 18%
8%
8% 10%
16%
Falta de contingente Falta de veículos
Falta de treinamento adequado Falta de equipamentos
Falta de material de estudo Falta de apoio por parte do governo estadual
Falta de integração com demais órgãos públicos ambientais Falta de lugar para destinar animais apreendidos
Entraves na legislação Outros
Fonte: IBAMA
Batalhões de Polícia Florestal
prévio das partes interessadas. Entretanto, o oposto pode ser avaliado como bioprospecção,
uma atividade que pode ser economicamente interessante ao país e que pode possibilitar a
39
busca por novas colônias a serem exploradas e, dessa forma, dar continuidade ao processo
de acumulação.
haja vista a biopirataria ser uma violação desta convenção (HATHAWAY, 2002), portanto,
resistir à biopirataria é resistir à colonização final da própria vida, é a luta pela conservação
pesquisa nacional. Contudo, a violação desta não é crime, portanto, a biopirataria traz
convenção precisa ser regulamentada por lei ordinária, contudo, permanece parado um
projeto de lei na Câmara dos Deputados que, se aprovado, incluiria o patrimônio genético
ministérios federais.
maneira que o interessado no acesso precisa conseguir, com antecedência, a sua anuência.
Genético invocar o subjetivo critério de relevante interesse público, para autorizar o acesso
buscam a cura pela genética. Sem qualquer informação, as pessoas se deixam enganar,
acreditando que a intenção seja diagnosticar para, depois, curar possíveis doenças na
comunidade.
A falta de uma legislação que regulamente o artigo 231, que são reconhecidos aos
proteger e fazer respeitar todos os seus bens e o 225 da Constituição, que também assegura
(JÚNIOR, 1995). O mecanismo mais utilizado neste roubo é a patente, esta sim, com
de Propriedade Industrial (lei nº 9.279, 14/05/1996). Mas esta “lei de patentes” só vale no
Brasil, e não pode controlar a freqüente concessão de patentes sobre recursos genéticos
Também pode ser usada dentro do Brasil a chamada patente virtual, quando a
patente sobre um processo que usa um certo material biológico acaba dando os mesmos
41
direitos de patente sobre seu produto. Por outro lado, a lei brasileira pode reconhecer a
patente de uma empresa estrangeira sobre o uso de uma determinada substância vegetal
nacional, mesmo sem patentear a planta original como tal. São formas típicas de
Ainda não há uma fórmula jurídica, mas uma forma de superar, ou ao menos
compensar essas patentes, seria a criação dos Direitos de Propriedade Intelectual Coletivos
(DPICs). A atual ministra do Meio Ambiente Marina Silva apresentou emendas ao projeto
de lei sobre patentes em 1995, propondo que a lei respeitasse os DPICs, não obstante,
dólares por ano), não dispomos de uma legislação adequada que regulamente o acesso aos
(HATHAWAY, 2002).
“pirataria” e “roubo”. Uma das restrições dos DPI é que eles são reconhecidos apenas
acabam com sua fonte, os livres intercâmbios de idéias são decisivos para a produtividade
21
O Brasil se caracteriza por ser o país com maior diversidade biológica do mundo, com cerca de 55 mil
espécies de plantas, perto de 22% do total aproximado de 250 mil existentes no planeta.
42
Agreement on Tariffs and Trade – GATT)23, está forçando todos os países a terem DPI na
Quando os direitos de propriedade para formas de vida são reivindicados, isto se faz
questão da biossegurança tratada como improcedente (SHIVA, 1997). Por outro lado, a
polêmica em torno dos OGM não considera que a engenharia genética aplicada ao
22
Forma de organização de mercado, nas economias capitalistas, em que uma empresa domina a oferta de
determinado produto ou serviço que não tem substituto (SANDRONI, 2000, p. 409).
23
Entre 1986 e 1993, os países membros do GATT estiveram envolvidos com a Rodada Uruguai de
negociações multilaterais, a maior e mais ousada Rodada de negociações, desde que foi assinado o GATT em
1947. Esta foi lançada em meio a um novo contexto internacional, que exigia a implementação de novas
regras e disciplinas. Assim, entraram na pauta das negociações o setor agrícola, que era objeto de “waivers”
resultantes de negociações em rodadas anteriores, e o setor têxtil, para o qual vigorava o Acordo Multifibras,
totalmente contrário às disposições e ao espírito do GATT. Outros setores não diretamente relacionados ao
comércio internacional, mas, com efeito, sobre ele, deveriam ser incluídos nas regras e disciplinas do GATT:
a propriedade intelectual, as medidas relacionadas aos investimentos, e o setor serviços. As negociações
agrícolas na Rodada Uruguai se pautaram por duas tarefas básicas: discussão e definição das novas regras
que passariam a reger o comércio agrícola internacional, identificação e classificação das políticas praticadas
pelos países. Firmado em 1947, o Acordo passou por constantes revisões, por meio das chamadas rodadas de
negociações, nas quais eram acertadas novas reduções tarifárias e se aprofundavam as discussões sobre
assuntos relacionados a práticas de proteção comercial e ao uso de barreiras comerciais não-tarifárias. A
Rodada Uruguai foi a última dessas rodadas, caracterizada como a maior e mais abrangente e a que incluiu os
temas mais polêmicos.
43
manutenção da fertilidade do solo se baseia na lei do retorno, que reconhece a terra como
O que era visto como improdutivo no contexto comercial da revolução verde está
sistemas homogêneos e uniformes é uma medida artificial, dessa forma, reduz-se o alcance
são utilizadas para uma variedade de artigos: sapatos, bolsas, roupas, malas, pulseiras de
relógio, cintos e outros. O couro dos répteis é considerado fino e seus produtos alcançam
alto valor no mercado, sendo por isso uma atividade muito lucrativa. Centros de couro
Nos últimos dez anos, a demanda de répteis para “pet shops”, pesquisas
aumentou de 28% para 82% do total do mercado mundial. Em 1995, mais de 2,5 milhões
de répteis vivos foram importados pelos Estados Unidos, como a iguana, Iguana iguana,
correspondendo a mais de 45% desse total. Em 1996, o país reexportou 9,5 milhões de
volumes são exportados ilegalmente da Colômbia, Peru, Uruguai, Brasil e Panamá. Entre
os anos de 1957 a 1958, foram exportadas, legalmente do Brasil, 46 mil peles de teiú.
abastece o mercado mundial a cada ano. Em 1985, mais de US$ 24 milhões em peles de
teiú e seus produtos foram importados pelos Estados Unidos, sendo a Argentina o principal
exportador.
demanda mundial por cobra é enorme e, a cada ano, ocorre o comércio internacional de
A pele de crocodilo vem sendo usada pela indústria da moda desde o final do
século XIX, quando a moda do couro exótico inundou a Europa. O pico do couro dos
crocodilianos se deu nas décadas de 50 e 60, com cerca de 5 a 10 milhões de peles desses
1950 a 1965, 7,5 milhões de peles de jacarés (a maioria de jacaré-açu) foram exportadas do
Estado do Amazonas, o que teve um efeito devastador nas populações naturais. O número
anual de jacarés explorados na América do Sul, durante os anos 80, foi estimado em mais
mercado mundial por ano, com ¾ desse total sendo de Caiman crocodilus, virtualmente
todos eles capturados na natureza. Segue abaixo o destino dos répteis apreendidos.
46
5% 1%
1% 3% 0%
7%
0%
Soltura
Criadouros Comerciais
Centros de Triagem
Criadouros Científicos
Zoológicos
Morte
Termo de Guarda Voluntário
Institutos de Pesquisas 83%
Fonte: IBAMA
Muitas espécies de mamíferos têm suas peles e couros como objeto de comércio
para atender ao mercado de moda europeu. Nas décadas de 40, 50 e 60, a demanda de peles
proveniente de espécies tropicais foi tão grande que suas populações reduziram-se a níveis
produtores das peles mais apreciadas. Nas décadas de 50 e 60, a demanda de peles de
carnívoro foi tão acentuada, que várias espécies tiveram suas populações reduzidas a níveis
elevados.
A lontra, Lontra longicaudis, tem sua pele considerada luxuosa e tem sido caçada
excessivamente ao longo dos séculos. Entre os anos de 1980 a 1984, entrou no mercado
mundial, mais de 63 mil peles de lontra. Apesar de ter diminuído substancialmente nas
últimas décadas, a caça para o comércio ilegal ainda é um fator que ameaça a espécie, a
ariranha, Pteronura brasiliensis, também sofre grande pressão de caça por sua pele, que
tradicionalmente é a mais valiosa entre todas a lontras. A maior demanda dessas peles é
Os felinos têm sido caçados por suas peles e outras partes. De 1968 a 1970, foi
estimado 1,4 milhão de peles de pequenos felinos no mercado mundial, uma média
aproximada de meio milhão de peles por ano. O comércio de pequenos felinos tem sido
americanas. As onças tiveram grande demanda comercial no meio da década de 60, quando
caçadores e traficantes tiravam mais de 15 mil peles da Amazônia brasileira a cada ano. No
final dessa década, era possível comprar um casaco de pele de onça em Nova York por
US$ 20,000.00.
1%
49%
Soltura
Morte
Zoológicos 24%
Termo de Guarda Voluntário
Criadouros Científicos
Centros de Triagem
7% 0%
Criadouros Comerciais
Fonte: IBAMA
apreendidos no Brasil. A maior parte é solta. Na maioria das vezes, o que ocorre é a soltura
sem critério científico algum, apenas liberando os animais no próprio local de apreensão.
Os animais oriundos do tráfico também são encaminhados a outras instituições, tais como:
esses destinos são paliativos e controversos, pois algumas dessas instituições podem
a argumentação de que há uma forte correlação entre as garantias dos DPI e a taxa de
geração e difusão das inovações tecnológicas. Precisamente, são os autores das Novas
Teorias do Crescimento que argumentam em favor dessa tese, entre eles, destaca-se Romer
(1986). Esta tese está por detrás das posições defendidas pelos PEDs em favor do TRIPs,
que ressaltam as vantagens desse acordo para geração e transferência de novas tecnologias.
modo que, quanto maior o incentivo à inovação, na forma de garantias dos direitos
24
Segundo o INPI, o que determina a propriedade de uma pessoa sobre o que tenha sido criado ou inventado,
constituindo o instrumento correto para proteger um produto ou um processo com possibilidades de
industrialização.
49
que a sua transferência, por meio de IDE, licenciamentos e consultorias, tende a ocorrer
mais facilmente quando o país hospedeiro oferece garantias aos inovadores de que as suas
Os PEDs, por sua vez, avaliam criticamente o TRIPs e se preocupam com os efeitos
período muito longo de vigência de patentes, pode onerar a sociedade com encarecimento
do produto em questão.
Por fim, podem prejudicar ou até mesmo eliminar a indústria doméstica de “pet
shops” formada com base na fabricação de produtos patenteados no exterior. Este risco se
eleva com o TRIPs, pois esse acordo toma por base uma legislação de patentes mais
original, sem ferir a legislação de patentes doméstica que protegia somente o processo
produtivo.
relação ao TRIPs se justificam, primeiro, pelo fato de que a capacitação endógena para a
geração, absorção e difusão dessas tecnologias constitui condição essencial para mover as
do TRIPs para o acesso às tecnologias ambientais se justifica também pela interface desse
por este acordo, precisamente. Assim, o artigo 27.2 permite aos países membros excluírem
do patenteamento:
“... aquelas invenções cuja prevenção da exploração comercial dentro do seu território, seja
necessária para proteger a ordem pública ou a moralidade, incluindo a proteção da vida ou saúde
humana, animal ou vegetal, ou ainda para evitar sérios prejuízos ambientais, desde que a exclusão
não seja realizada apenas porque a exploração comercial seja legalmente proibida”.
O artigo 27.3 (b) reza que os países membros podem excluir do patenteamento:
evidentes interfaces com a CDB, explica o teor de conflito entre esses dois acordos, cujas
polêmicos principais:
artigo 27.3 (b), permite DPI sobre microorganismos, processos não biológicos e
de variedade de plantas e
principalmente nos PEDs, ao controle sobre a participação nos lucros obtidos por
O acordo TRIPs exige que os países membros exerçam seus DPI sobre todas as
seus artigos 27.2 e 27.3 (b) permitam aos países membros excluírem certos recursos
biológicos do patenteamento.
“inovação informal” e o conhecimento tradicional não estariam cobertos por esse acordo.
grupo humano. Por outro lado, esse acordo estabelece padrões mínimos e não-idênticos
para a garantia de DPI nos países membros da OMC, com isto, países individuais podem
adotar padrões mais altos do que os exigidos pelo TRIPs com a finalidade de torná-lo
variedades livres para as variedades protegidas sobre as quais há que se pagar pelo uso. Os
conhecimentos tradicionais, por sua vez, não são protegidos, mas existe um fluxo de
germoplasma de Norte a Sul pelo qual não se paga. Em alguns casos, são feitos
A referência ao sistema “sui generis” no artigo 27.3 (b) do TRIPs, de fato, tem
suscitado muitas polêmicas entre PDs e PEDs, porque as propostas dos últimos para
DPI se dividem em: direitos autorais e patentes25, os direitos “sui generis” são aqueles que
compreendem tanto características dos direitos de propriedade industrial como dos direitos
autorais, de modo que seria impreciso enquadrá-los dentro de qualquer dessas duas
compatibilidade desse acordo com a CDB. Uma vez que o alcance de desenvolvimento
entre os direitos e obrigações dos produtores e dos usuários das tecnologias. Os PEDs
clamam por maior atenção a esse artigo, que também deve ser lembrado quando se trata
25
Um conceito mais amplo do que este é conhecido como direitos de propriedade industrial.
26
Conhecimentos tradicionais são aqueles que foram gerados através do tempo por grupos coletivos, cujos
aportes individuais são muito pouco perceptíveis.
53
alguns compromissos por parte dos governos, em particular, dos PDs, onde se concentra a
nos acordos da OMC, pois se trata de um tema transversal, presente em diversos acordos
como TRIPs, MEAs, acordos sobre subsídios, medidas compensatórias e acordos sobre
agricultura.
importância estratégica e o potencial valor de tal patrimônio, pois, com o avanço da ciência
comerciais são criadas para os setores agrícola e farmacêutico, com a geração de produtos
detentores de mercado expressivo internacionalmente, sem que, até o momento, tenha sido
desses recursos. A CDB reconhece que os Estados têm o direito soberano de explorar seus
acesso aos recursos genéticos. Assim, tendo em vista que o Brasil é signatário tanto do
recursos genéticos;
origem e
propriedade intelectual no GATT, antes da Rodada Uruguai, cada país tinha suas próprias
leis de DPI, o maior impulso à internacionalização das leis de DPI foi dado pelas
multinacionais, utilizando o GATT para proteger o que definem como “seus direitos”. A
significa uma coisa para uma empresa de papel e outra para o lavrador. A maior parte das
tolerantes, pois é mais barato adaptar a planta ao produto químico que o contrário. As
55
marca de herbicida que elas próprias produzem, resultando maior concentração econômica
conservada apenas quando os agricultores têm controle total das suas sementes, a alienação
eficiente de Pareto28. Quando os bens são produzidos de maneira tão eficiente quanto
possível, a taxa marginal de transformação entre dois bens indica o número de unidades de
um bem de que a economia tem de abrir mão para obter unidades adicionais do outro bem.
A eficiência de Pareto exige que a taxa marginal de substituição de todas as pessoas seja
igual à taxa marginal de transformação. Além disso, toda alocação eficiente de Pareto pode
enfatiza a idéia de tratamento simétrico. Mesmo quando a alocação inicial for simétrica, os
27
Esse teorema mostra que três características muito desejáveis e plausíveis (dado um conjunto completo, o
mecanismo de decisão social deveria resultar em preferências sociais que satisfizessem as mesmas
propriedades; se todos preferissem a alternativa x à alternativa y, as preferências sociais deveriam classificar
x à frente de y; as preferências entre x e y deveriam depender apenas de como as pessoas classificam x em
relação à y e não de como classificam as outras alternativas) de um mecanismo de decisão social são
incompatíveis com a democracia: não há forma “perfeita” de tomar decisões sociais, nem de “agregar” as
preferências individuais para construir uma preferência social (KENNETH, Arrow, – 1921).
28
PARETO, Vilfredo (1848 – 1923).
56
toda a sociedade e natureza, fazer as pazes com a diversidade está rapidamente se tornando
Há 500 anos, centenas de outras espécies vivas perderam o direito de existir durante
mobilizada pelo GATT com o nome de “livre comércio” pode ser uma metáfora dominante
para a globalização nos dias de hoje. A diversidade pode ter sido transformada num
mão do desejo de controle representa um imperativo enraizado no medo daquilo que é livre
Temos que aprender que a diversidade não é uma receita para o caos e sim uma
3. METODOLOGIA
3.1. Método
Toda a ciência é identificada com seu método que lhe confere segurança e é fator
estudo de caso, que consiste em analisar o caso específico – tráfico de couros e peles –
dificuldades para colher os dados estatísticos sobre o comércio ilegal de couros e peles –
comércio ilegal, haja vista a suposição de uma correlação positiva entre as apreensões e o
Cumpre ressaltar, ainda, que, para a análise dos resultados, observa-se hoje em dia
– acerca da baixa fiscalização, que se mantêm inalterada – que os dados estatísticos são um
em todos os lugares onde seja possível averiguar comércio ilegal da fauna silvestre,
atualmente existe falta de contingente policial e pessoal habilitado para trabalhar na área
obter dados mais consistentes acerca do comércio ilegal da fauna silvestre, futuramente.
valores de índice de preços e quantum de exportação com base média de 1996 = 100,
exterior. Esta divulgou, recentemente, uma revisão das estatísticas básicas de comércio
Esta revisão se deu tanto nos dados em valor FOB “free on board”30, quanto nos
dados de peso, que são utilizados pela FUNCEX para efeito de cálculo dos índices de
preço e quantum. Nos dados de exportação, as diferenças existentes entre os novos dados
da SECEX e aqueles até hoje utilizados são insignificantes, não alterando o valor e o peso
29
Ver tabela 7 em anexo.
30
Expressão do comércio internacional que significa posto a bordo, seguida da indicação do porto de
embarque. Nessa modalidade, o exportador é obrigado a colocar a mercadoria a bordo do navio designado no
contrato de venda, cessando sua responsabilidade sobre a mesma no momento em que ela transpõe a amurada
do navio. As formalidades de exportação são executadas pelo vendedor (SANDRONI, 2000, p. 247).
59
total do ano. Portanto, não foi necessário realizar qualquer mudança nas séries já existentes
de preço e quantum.
Pela metodologia de cálculo dos índices de preço e quantum, uma alteração como
esta modifica os índices calculados tanto para o ano considerado, quanto para o ano
seguinte (uma vez que os dados do ano anterior são utilizados como base de comparação).
como base 100, a mudança nos índices daquele ano alterou o nível de toda a série, embora
apreendidos no Brasil com valores de uma estimativa oficiosa da Associação dos Amigos
Com base nos dados oficiais das apreensões de fauna silvestre realizadas pelo
IBAMA no Brasil e nos números registrados das feiras do Estado do Rio de Janeiro no
apreensões e encontrado nas feiras. É importante ressaltar que não estão sendo levados em
conta, por falta de dados, os invertebrados e peixes, que representam grande volume de
nosso tráfico. Deve-se ressaltar também que os produtos e subprodutos da fauna silvestre
60
até o momento, não é possível realizar uma estimativa sobre os mesmos. Dessa maneira,
pode-se dizer que esses números são ainda muito maiores. Qualquer iniciativa de
Para a regressão dos dados em painel, foi utilizado o sistema SAS. Para efeitos de
análise fixa, o termo “panel data” é referente a uma seqüência de observações de seção
transversal (cross-section) que cruza diferentes séries como: ano, quantidade de animais
traficados nas cinco regiões, índice de preço e quantum de exportação em vários períodos
de tempo. Isto pode ser conseguido examinando as séries sobre um período de tempo.
do modelo são heterogêneas. Se, por determinada razão, esta heterogeneidade não for
colinearidade entre as variáveis, mais graus de liberdade (gl) e maior eficiência. Dados de
série de tempo são flagelados com multicolinearidade, dados de seção transversal, por
toda esta dinâmica de ajuste. Para o exemplo – tráfico de animais – os dados da seção
excedente no tempo. Somente os dados do painel podem estimar que proporção daqueles
conduta mais complicados do que dados puramente de seção transversal ou série de tempo.
Assim, existe uma melhor eficiência técnica estudada e modelada com painéis. Poucas
limitações podem ser impostas nos painéis em um modelo de retardação distribuída do que
podem ser medidas mais exatamente no nível micro, e as polarizações, resultando das
Podem surgir alguns problemas quando se faz projetos em painel, assim como a
gerência e levantamento de dados. Para o caso couros e peles, podem incluir problemas de
A distorção dos erros de medida pode se levantar por causa das respostas
para não traficar é mais elevado do que o salário para traficar. Nesse caso, observa-se a
31
Ver McMillen de Kalton, de Kasprzyk, 1989.
62
característica destes indivíduos, mas não de seu salário, desde que somente seu salário
falte, a amostra é censurada. Entretanto, se não forem observados todos os dados destas
Curtas dimensões das séries de tempo, o painel típico envolve os dados anuais que
cobrem uma extensão curta de tempo para cada traficante da fauna. Aumentar a extensão
de tempo do painel não é sem custo. De fato, isto aumenta as possibilidades de atrito e
“panel data”.
63
4. RESULTADOS
a seguinte equação:
“dummy”32, que designa observações da região norte, NEt é a variável “dummy” da região
nordeste, COt é a “dummy” para a região centro-oeste e SEt a “dummy” para a região
sudeste; Prt é o índice de preços de couros e peles; Qrt é o índice do quantum de couros e
peles exportados e urt é o distúrbio aleatório que comporta todas as forças não diretamente
couros e peles.
particulares da região sul (S). Utilizamos as variáveis regiões geográficas para “dummy”
por MQO não são adequados para o “panel data”, sendo apenas para efeito comparativo.
32
Variáveis “dummies” são um expediente classificatório de dados, uma vez que elas dividem uma amostra
em vários subgrupos com base em suas qualidades ou atributos (regiões geográficas brasileiras) e,
implicitamente, permitem-nos rodar regressões para cada subgrupo. Se houver diferença na resposta do
regressando à variação nas variáveis quantitativas dos diferentes subgrupos, elas vão se refletir nas
diferenças, nos interceptos ou nos coeficientes de inclinação, ou em ambos, das regressões dos diferentes
subgrupos (GUJARATI, 2000, p. 533).
64
A interpretação dos parâmetros pode ser avaliada como o impacto das variáveis
quanto maior forem os preços dos animais silvestres a fornecedores de couros e peles,
maiores serão os incentivos à comercialização ilegal desses produtos. Tal hipótese foi
conjecturas com base nas variáveis utilizadas no modelo, tais como; as regiões norte,
ou seja,
H 0 : N = NE = CO = SE = S = 0 e,
H 1 : N ≠ NE ≠ CO ≠ SE ≠ S ≠ 0,
1%.
Aceitando que os efeitos dos preços de couros e peles são os mesmos em todas as
hipóteses a respeito. Apesar de cada região obter seus próprios dados, trabalhamos com o
quantum total de exportação, ou seja, estamos cogitando que é melhor para o modelo lidar
com estoque e não com fluxo. Portanto, pode-se proferir, hipoteticamente, que quanto
maior for o comércio de couros e peles, maior deverá ser o número de animais
apreendidos.
constante, ou seja, no período analisado, a suposição adotada é que não houve contratação
nem dispensa de policiais e/ou fiscais. Finalmente, podemos concluir que a hipótese
adotada de câmbio é (R$ 2,70 = US$ 1.00), de acordo com referencial teórico.
33
Um erro do Tipo I significa que há a probabilidade de rejeitar a hipótese nula sendo ela verdadeira, por
outro lado, um erro do Tipo II significa que há a probabilidade de aceitar a hipótese falsa.
66
Brasil. Para isso, o logaritmo do número de animais foi colocado como variável
realizamos o teste de Hausman.35 Neste caso, foi comprovado que podemos rejeitar o
apropriado para explicar as variações do comércio ilegal de couros e peles nas diferentes
significativa ao modelo, não há muita correlação entre quantidade do comércio legal com o
que o grau de ajuste da equação se situou em 40,63% para o setor de animais silvestres
F: mínimos quadrados restritos, para as estimativas nas regiões, rejeitou-se H0, ou dos
Gráfico 5 - Distribuição F
área 1%
0 3,47 F
significância individual dos coeficientes das variáveis, a estatística t-student indicou que a
0,10), é significante a região norte com elasticidade ε = 1,138417. Por outro lado, as
regiões centro-oeste e sul se mostram não significantes ao modelo, portanto, para essas
regiões não rejeitamos H0, pois estão acima dos níveis de significância de 1%, 5% e 10%,
simultaneamente.
Sendo assim, quanto aos animais apreendidos, os resultados indicam que cada
comércio ilegal de couros e peles devem ser mais concentrados na região nordeste,
68
significante a 1%, local onde é identificado por meio do modelo descrito, de acordo com
brasileira cresce em detrimento do comércio legal de couros e peles, pois nos PEDs o
aumento nos preços e/ou nos impostos tendem a reforçar o comércio ilegal.
peles, foi constatado, segundo o IBAMA e Batalhões de Polícia Florestal37 que o número
Fixos, constatamos que o comércio ilegal de couros e peles no Brasil é mais expressivo nas
apreendidos no Brasil, no período analisado, teve maior expressividade nas regiões NE, N,
37
Vide 1º relatório nacional sobre o tráfico de fauna silvestre.
69
5. CONCLUSÕES
tráfico, aliás, apenas dificulta, pois haverá uma tendência a se traficar mais. A provável
resposta está na melhoria dos couros produzidos no Brasil, com incentivo governamental
em C&T e P&D, garantindo melhor qualidade e preço adequado à demanda. Deste modo,
o Brasil pode ser visto como um país que fornece subsídios implícitos às suas exportações
(ecodumping), uma vez que os custos da degradação ambiental não são internalizados nos
produtos exportados por adotar padrões ambientais menos rigorosos ou mal fiscalizados.
Podemos afirmar que tanto o tráfico da fauna silvestre como o de couros e peles
têm uma forte concentração na região nordeste, que possui pouca fiscalização e diversas
rotas de fuga para os traficantes, que se aproveitam da baixa renda per capita da região
para subornar os poucos policiais e aliciar as populações mais carentes para apanhar os
animais nas áreas de maior perigo como o sertão nordestino, a fim de complementarem
As principais rotas para retirada de couros e peles são as estradas e rodovias cujo
traficantes aproveitam do forte potencial turístico da região para suas atividades ilícitas. O
litoral nordestino, que abrange toda a área do sul do Estado da Bahia até o extremo norte
do Estado do Maranhão, possui uma extensa faixa de terra que serve aos traficantes
podemos sugerir que os portos e aeroportos dessa região devem ser fortemente
fiscalizados.
70
porém, o rio São Francisco, principal via fluvial que corta os Estados da Bahia,
Pernambuco e divide os Estados de Alagoas e Sergipe não deve ficar fora do alcance das
autoridades, tendo em vista sua importância fundamental tanto cultural como econômica na
região.
planeta e ainda geram serviços de estabilização climática que, hoje, perfazem as maiores
questões ambientais globais. Não menos importante que a região nordeste, as demais
regiões também apresentam tráfico de animais silvestre e de couros e peles, cujo principal
especializados e devidamente equipados, pois os poucos agentes que ali trabalham correm
risco de vida, visto que os caçadores, sabendo da sua ilegalidade nessas áreas, atentam
6. BIBLIOGRAFIAS
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Afiliada, 1987. ISBN 85-06-01600-2.
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Preparado para a XIII Reunião do Fórum de Ministros do Meio Ambiente da
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28, maio/jun. 2003.
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JÚNIOR, José Cretella. Constituição brasileira 1998. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense
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MOURA, Reinaldo. A onda de selos e certificados. Gazeta Mercantil, São Paulo, 16, e fim
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Paulo: Atlas, 1996. ISBN 85-224-1465-3.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 4. ed. São Paulo: Best Seller,
2000. ISBN 85-7123-654-2.
APÊNDICES
ii
APÊNDICE A
Endereços da Internet
Entidades Endereços
INPI – Instituto Nacional da http://www.inpi.gov.br/
Propriedade Industrial.
MMA – Ministério do Meio http://www.mma.gov.br/port/sds/rotulage/doc/baena2.p
Ambiente. pt
Prof. Francisco S. Ramos, http://fsramos.virtualave.net/ProgEcon-meio-
Universidade Federal de ambiente.pdf
Pernambuco – Departamento de
Economia.
Comércio internacional e meio http://www.copa.qc.ca/forces/portugais/article7.html#1
ambiente um equilíbrio difícil
porém indispensável.
Ministério da Agricultura, http://www.agricultura.gov.br/html/acordo_agricola/gat
Pecuária e Abastecimento. 01.htm
RENCTAS – Rede Nacional de http://www.renctas.org.br
Combate ao Tráfico de Animais
Silvestres.
iii
APÊNDICE B
gl Graus de liberdade
H0 Hipótese nula
iv
Renováveis
IE Índice de Especialização
MP Medida Provisória
Seguridade Social
R2 Coeficiente de determinação
APÊNDICE C
Regressão Econométrica
Model Description
Fit Statistics
4 33 4.33 0.006
Parameter Estimates
Standard
Variable DF Estimate Error t Value Pr > | t | Label
CS1 1 1.138417 0.5643 2.02 0.0519 Cross Sectional Effect 1
CS2 1 2.193198 0.5643 3.89 0.0005 Cross Sectional Effect 2
CS3 1 0.472068 0.5643 0.84 0.4089 Cross Sectional Effect 3
CS4 1 1.195312 0.5643 2.12 0.0418 Cross Sectional Effect 4
Intercept 1 - 40.9568 26.1469 -1.57 0.1268 Intercept
LPRICE 1 6.414684 2.8890 2.22 0.0334
LQUANTUM 1 1.702984 2.0337 0.84 0.4084
vii
ANEXOS
viii
ANEXO A
Lista de Tabelas