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O eu-lirico não esta explicito. Mais sabemos que há um eu que lembra, que
evoca o silêncio. Como é tipíco dos poemas contemporâneos, sua estrutura
externa revela a insigularidade, ou seja, não se comporta como se estivesse
numa caixa, portanto, tanto a temática quanto sua estrutura fomal são livres.
Sem apego às formas antigas. Por isso sua característica básica é a
desrestruturação parcial, pois, em determinadas estrofes existem versos
inteiros e em outras seu verso é composto de somente uma conjunção (8ª
estrofe). Outra distinção é notado atraves do recurso de recuar, neste poema o
recuo é notadamente importante, pois verifica-se uma quebra, o poema antes
totalmente descritivo, passa ser mais sensitivo, o eu-lirico relembra sensações
sentidas naquela casa (Mas era macio/ nas folhas caladas/ do quinta/l vázio).
Quanto ao titulo “Evocação de Silêncios”, o verbo ‘evocar’ significa chamar,
trazer para fora. E o eu-lirico traz à lembrança aquele silêncio, o silêncio que
tanto prezava. Mais não só o silêncio em si, antes a lembrança do que ele era,
tenta reproduzir na sua imaginação, recortes de sentidos, sabores, cores e
principalmente cheiros, que o marcaram (Era também açúcar /o silêncio/ dentro
dodepósito /(na quitanda/ de tarde) ).