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INTENSIVA
ASSISTINDO AO PACIENTE EM PÓS-
OPERATÓRIO NA UTI - ASPECTOS GERAIS
HELENA HARCO NOMA; MÔNICA ALEXANDRE MALTA;
VERA MÉDICE
NISHIDE
I- INTRODUÇÃO
Este capítulo tem por objetivo orientar os enfermeiros sobre os cuidados serem
realizados a pacientes pós-cirúrgicos incluindo desde o preparo do leito,
transferência para UPO, admissão, período de internação até a alta para
enfermaria.
2. ADMISSÃO DO PACIENTE
MONTAGEM DO BOX
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS:
o
Cama com grades laterais de segurança, se possível,
antropométrica;
o
Monitor Multiparamétrico: contendo ECG e opicional para pressão
arterial não invasiva e invasiva (PAP,PVC,PIC,DC), oximetria de
pulso, capnografia, temperatura e respiração. Incluindo os
acessórios: cabo paciente, sensor para oximetria de pulso, cabo
para transutor de pressão, suporte de transdutor, kit de
monitorização completo ou para montagem (transdutor, domo,
intraflow, torneirinha, tubo extensor e bolsa de pressão);
o
Respirador;
o
Bomba de Infusão;
o
Esfigmomanômetro;
o
Estetoscópio;
o
Termômetro;
o
Suporte de soro;
o
Painel de gases checado (manômetro de oxigênio, ar comprimido
e vácuo, e fluxometro de oxigenio e ar comprimido);
o
Aspirador a vácuo (coluna d’água);
o
Aspirador de secreção (frasco coletor e redutor);
o
AMBÚ com máscara;
o
Nebulizador com traquéia e máscara;
o
Umidificador.
EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS
o
Carrinho cardiorespiratório, contendo desfibrilador , materais e
drogas;
o
ColchãoTérmico;
o
Eletrocardiógrafo;
o
Gerador de Marcapasso;
o
Balão Intra-aórtico;
o
Bomba de Aspiração à vácuo Intermitente.
MATERIAIS DISPONÍVEIS NO BOX
o
Eletrodos;
o
Cateter para aspiração de secreções;
o
Cateter de oxigênio nasal;
o
Luvas;
o
Máscaras;
o
Gaze
o
Régua de nível.
3. TRANSPORTE E RECEPÇÃO DO PACIENTE
Dentre os cuidados de enfermagem, para que seja mantida uma via aérea
permeável, os mais freqüentes são: mudar o paciente de decúbito; estimular a
tosse, apoiando a área da incisão cirúrgica, evitando-se o rompimento da
sutura; promover alívio para desconforto e dor; administrar oxigênio; estimular
a mobilização precoce no leito e a deambulação; verificar a consistência e o
aspecto das secreções; hidratar o paciente, se necessário; manter o
nebulizador e o umidificador com nível de água adequado.
paciente retornar a dieta normal, o mais precoce possível após a cirurgia. Uma
dieta normal promove o retorno precoce da função gastrintestinal uma vez que,
a mucosa intestinal renova-se constantemente, sendo afetada pela
disponibilidade de nutrientes e pelo fluxo sangüíneo intestinal, favorecendo,
assim, a cicatrização da ferida cirúrgica; diminuindo o risco de translocação
bacteriana, ou seja, passagem de bactérias e toxinas a partir da luz intestinal
para linfonodos mesentéricos, circulação portal e órgãos sistêmicos.
dor.
5. PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
A umididficação das vias aéreas pode ser feita através de nebulizacão com
máscara, cateter de oxigênio ou qualquer outro método. Na presença de
ventilação mecânica assegurar a umidificação das vias aéreas, verificando a
cada 6 horas o nível de água do umidificador e trocando quando necessário.
Além disso, é muito importante verificar a presença de muco espesso e
aderente o que sugere insuficiente aporte de líquidos e(ou) insuficiente
umidificação externa.
A área da válvula mitral normal é de 4 a 6 cm2. Quando este valor for menor
que 1,5 cm2, significa que há estenose mitral grave e a cirurgia está indicada.
5.2.2 - Insuficiência Mitral: Ocorre quando a incompetência e distorção da
válvula mitral impedem que as margens livres se ajustem durante a sístole.
Por não ser necessário o uso de CEC, é menos comum a ocorrência de infarto
miocárdico, falência renal, reoperações, insuficiência respiratória e AVC. . Este
procedimento está associado com significante redução de recursos, sendo que,
aproximadamente 41% dos pacientes são extubados na sala cirúrgica. A média
de internação na UTI é de 3 a 12 horas e, no hospital, de 0,8 a 2,5 dias, com
significante diminuição da morbidade.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
•
Hipotensão (déficit de fluido intravascular): por perda para o 30 espaço,
diurese pós-operatória e vasodilatação súbita (fármacos);
•
Aumento de peso e edema (30 espaço): devido à diminuição da
concentração das proteínas plasmáticas;
•
Diminuição do débito cardíaco (depressão do miocárdio): devido à
hipotermia, aumento da resistência vascular sistêmica, tempo
prolongado da CEC e doença cardíaca preexistente;
•
Hemorragia (coagulação): devido à heparina sistêmica, traumatismo
mecânico das plaquetas;
•
•
Hemoglobinúria (hemólise): por destruição de eritrócitos no circuito da
bomba;
•
Aumento da glicose sérica (hiperglicemia): por diminuição da liberação
de insulina, estimulação da glicogênese;
•
Diminuição do potássio sérico (hipocalemia): por transferências
intracelulares durante a CEC;
•
Diminuição do magnésio sérico (hipomagnesemia): devido à diurese
pós-operatória secundária a hemodiluição;
•
•
Aumento transitório da pressão arterial (hipertensão): devido à liberação
de catecolaminas e à hipotermia sistêmica, provocando vasoconstrição.
2. Alterações de fluidos e balanço eletrolítico
5. Sangramento Pós-Operatório
6. Tamponamento Cardíaco
7. Arritmias
8. Disfunção Pulmonar
9. Disfunção Renal
Manter adequado volume urinário é imperativo para prevenir danos aos túbulos
renais.
10.Disfunsão Neurológica:
O pH da urina será verificado, visto que, a urina alcalina irrita a pele e facilita a
formação de cristais. A irritação pode resultar também de mudança excessiva
da bolsa de drenagem. Todas as vezes que a bolsa for trocada, a pele ao redor
do estoma será limpa com água e sabão; se houver cristais sobre a pele, lavar
com solução diluída de vinagre para ajudar a removê-los. Uma compressa de
gaze ou tampão será colocada sobre o estoma durante a limpeza, para evitar
que a urina flua sobre a pele. Durante as mudanças dos dispositivos deixar a
pele exposta ao ar pelo maior período possível. Bolsa do tipo "Karaya" não
pode ser usada como bolsa urinária, pois é corroída pela urina.
É necessário trocar curativos sempre que for preciso, e utilizar barreira a fim de
proteger a pele de escoriações causadas pela acidez da urina.
5.4 CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS, ABDOMINAL E ANORRETAL
um órgão essencial, visto que suas funções são também efetuadas por outros
órgãos. Nas crianças sua indicação é após 6 anos de idade para não
comprometer o sistema imune (cap. 46 Du Gas). A indicação mais frequente da
esplenectomia é o rompimento do baço complicado por hemorragia e
geralmente causada por acidentes traumáticos. Também é indicado no
hiperesplenismo (disfunçaõ excessiva de um dos tipos de células sanguíneas),
benéfica em alguns casos de purpura trombocitopênica, hemorragia aguda
idiopática e não controlada e, também, praticada antes de transplante renal
para reduzir a probabilidade de rejeição do rim transplantado (cap 46 DuGas)
que provoca uma alteração da forma do vaso e do fluxo sanguíneo. Pode ser
abdominal ou torácico. Existem quatro formas de aneurisma: fusiforme, quando
ocorre dilatação de um segmento inteiro de uma artéria; sacolar, envolvendo
apenas um dos lados da artéria; dissecante, quando ocorre rotura da íntima
provocando um "shunt" de sangue entre a íntima e a média de um vaso e
pseudo-aneurisma, resultante da rotura de uma artéria.
A obstrução das vias aéreas é uma das mais sérias complicações no pós
operatório. Sintomas de inquietação ou dispnéia, taquicardia e taquipnéia
indicam que as vias aéreas estão obstruídas(dudas). Esta pode ser uma
resposta ao edema ou hemorragia, sendo que na tireoidectomia por dano
bilateral do nervo laringeo(cp6l). Deve-se manter nebulização continua para
facilitar a respiração e fluidificação das secreções, realizar aspiração do
estoma, nariz e boca, com sondas maleáveis e não traumáticas. Pode ser
necessário ventilação mecânica , material de entubação deve estar preparado
(tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia)(cp62).
A imobilização da cabeça e pescoço é essencial para evitar a flexão e
hiperextensão do pescoço, com resultante tensão e edema na linha de sutura .
O paciente deve ser posicionado em semi-fowler baixa, com a cabeça elevada
cerca de 30 graus. Esta posição promove a drenagem das secreções, reduz o
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.scribd.com/doc/2360840/CUIDADOS-DE-ENFERMAGEM-EM-
CIRURGIA