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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO

ANNE CAROLINE BOMFIM DE SOUZA

ARTE MODERNA: SIMBOLISMO

IMPERATRIZ

2010
Universidade Federal do Maranhão – Campus II
Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia.
Curso: Comunicação Social - Jornalismo
Disciplina: História da Arte
Professor: Marcus Túlio
Acadêmicos: Anne Caroline Bomfim de Souza

ARTE MODERNA: SIMBOLISMO


Trabalho produzido para obtenção da terceira
nota de avaliação da disciplina História da Arte,
lecionada pelo Prof. Marcus Túlio, do curso de
Comunicação Social _ Jornalismo.

IMPERATRIZ

2010
O Simbolismo

O simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro


e literatura. Em cada uma dessas áreas se destacaram vários artistas. Na literatura
internacional destaca-se: Charles Baudelaire – autor da obra As flores do mal (1857)
que é considerada um marco no simbolismo literário; Arthur Rimbaud; Stéphane
Mallarmé e Paul Verlaine. Na literatura Brasileira: Cruz e Souza e Alphonsus de

Guimaraens. Nas artes plásticas: Paul Gauguin; Gustave Moreau e Odilon Redon. No
teatro: Maurice Maeterlinc e Gabriele d'Annunzio.
Surgiu em meio à divisão social entre as classes burguesa e a proletária, com o
avanço tecnológico advindo da Revolução Industrial. O mundo estava em processo de
mudanças econômicas, enquanto o Brasil passava por guerras civis como a
Revolução Federalista e a Revolta da Armada, nos anos compreendidos entre 1893 a
1895.
Há um clima de grande desordem social, política e econômica nesse período
de transição do século XIX para o século XX. As potências estavam em guerra pelo
poder econômico dos mercados consumidores e dos fornecedores de matéria-prima,
ao passo que no Brasil eclodiam as revoltas sociais.

O simbolismo nas artes plásticas:


Possui estreita ligação com o movimento poético simbolista. Rejeitava as
formas naturalistas e realistas. Repudiava o conceito, bastante comum na época, de
que a arte só poderia ser realizada através de imagens não abstratas que
representassem com fidelidade o mundo real.
O simbolismo nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava forte
misticismo e referências ao oculto. Procurava diminuir a lacuna entre o mundo material
e o espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e
essa visão de mundo, desenvolvidos em sua linguagem. Para esse fim, utilizavam-se
principalmente de cores e linhas, elementos extremamente expressivos que auto-
representavam idéias. A inspiração temática simbolista costumava vir de poesias do
movimento, além de certa fixação em assuntos como a morte, a doença, o erotismo e
até a perversidade.

Artistas Simbolistas:
Como já citado anteriormente os principais simbolistas nas artes plásticas

foram Gustave Moreau, Paul Gauguin e Odilon Redon, a vida de cada um e como
chegaram a ser pintores simbolistas convém para entender melhor como se formou
esse movimento na arte.
Gustave Moreau nasceu em 6 de
abril de 1826,era um pintor francês. Tornou-
se reconhecido por ser um dos principais
impulsionadores da arte simbolista do
século XIX. Começou como pintor realista,
porém passou por influências dos
impressionistas e pré-rafaelitas, que o fez
evoluir para uma pintura mais romântica e
espiritual.
Teve aulas dadas pelos mestres
Chassériau e Picot em seus respectivos
ateliês. Suas obras foram expostas pela
primeira vez ao público e à crítica no Salão
de 1852. Os temas favoritos de Moreau Auto-retrato

eram as cenas bíblicas, principalmente a história de Salomé, muito em voga no final


do século XIX, e as obras literárias clássicas.
Mestre da cor soube representar mulheres denotando uma beleza rara com
traços de anjo e pele aveludada, cobertas apenas por ousadas transparências. A luz
foi utilizada para obter atmosfera ao mesmo
tempo mística e mágica, que caracterizou a
pintura simbolista. No detalhismo caligráfico
com que trabalhou os arabescos e demais
elementos decorativos, teve aproximação
técnica ao modernista Klimt.
Além de Salomé, chamada de
tatuada, pode se destacar
Salomé, chamada de tatuada
outras obras dele como A
aparição (1875), Museu Gustave Moreau –
Paris, Orpheus (1865), entre outras.

Paul Gauguin nasceu em Paris, mas


viveu seus primeiros sete anos de vida em
Lima, no Peru. Aos 35 anos tomou a decisão
mais importante da sua vida que foi se
dedicar a pintura, após a queda da bolsa de
Paris. Foi iniciado por Pissarro e expôs pela primeira vez seus quadros em 1876. Ao
contrário de muitos pintores de sua época ele não se incorporou ao movimento
impressionista.
P r o c u r a n d o a p u

Auto-retrato

Aven, na Bretanha, onde trabalhou junto a uma comunidade de pintores que havia por
lá e desenvolveu uma pintura “sintética” ou “sintetista”.
Temas retirados da Natureza, de forma diferente, por ser manipulada pelo
próprio pintor, explorando um caráter alegórico, simbólico e místico, são utilizados com
formas bidimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas, contornadas pela linha a
negro. As cores são antinaturalistas e exóticas. Todas estas características fizeram
com que ele fosse um pintor simbolista, a frente da sua época, enquanto a maioria
estava ainda no Impressionismo ele já apresentava ser simbolista.
A sua arte, reflete mais do que apenas o exterior das coisas, revela também o
mundo espiritual, de mitos e magias, característica peculiar simbolista. Como se
percebe em uma de suas principais obras: De onde viemos? Quem somos? Para onde
vamos? 1879. Ele pintou esta obra que o tornou famoso em um momento bastante
crítico da sua vida, quando vivia no Taiti e tentou se suicidar, por tal motivo a obra
pitoresca retrata a imagem da vida
humana, que vai do nascimento
até a morte, chamando atenção
De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? 1879
em alguns elementos do quadro
às grandes questões que se
colocam sobre o sentido da vida.
Além dessa, muitas outras obras
se destacam desse pintor como: O
Cristo Amarelo, 1889, Gauguin
auto-retrato com Auréola, 1889;
entre outras obras quando ele
esteve no Taiti como: Duas
taitianas com flores de manga,
1899.
Ertrand-Jean Redon,
conhecido como Odilon Redon,
nasceu em 20 de abril de 1840,
em Paris. Foi considerado o mais importante dos pintores do Simbolismo, soube criar
uma linguagem plástica particular e original, foi um dos membros mais destacados do
movimento simbolista, cujas bases teóricas foram definidas pelos manifestos do poeta
Mallarmé e pela estética romântica. Chegou aos limites da sugestão e da abstração,
tanto formal quanto conceitualmente, era visionário. Interessou-se pelas paisagens da
Escola de Barbizon e pela obra de Auto-retrato

Rembrandt. Em 1884 fundou com Gauguin e Seurat o Salon des Indépendants (ou
Salão dos Independentes) e também participou das exposições do grupo Le XX, em
Bruxelas. A partir de 1890 relacionou-se com os poetas simbolistas Mallarmé e
Huysmans. O marchand Durand-Ruel, interessado em sua obra, propôs uma
exposição individual.
A técnica mais utilizada por Redon era o pastel, que lhe permitia trabalhar as
cores com texturas diferentes e bastante mescladas. Seu mundo de visões e sonhos,
povoado de criaturas estranhas e às vezes monstruosas, fascinou os jovens do grupo
nabis e influenciou significativamente os surrealistas.
De suas obras podemos destacar: A aranha chorando, 1881 e o espírito da
floresta, que remete as criaturas estranhas citadas no último parágrafo; e também
“moça” que é uma mescla de cores e texturas.

Características do Simbolismo:
- Ênfase em temas místicos, imaginários e subjetivos;
A aranha chorando, 1881
- Caráter individualista
- Desconsideração das questões sociais abordadas pelo Realismo e Naturalismo;
- Estética marcada pela musicalidade (a poesia aproxima-se da música);
- Produção de obras de arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão

Conclusão:
O simbolismo baseou-se em estados emocionais, nas angustias, nos sonhos e
nas fantasias, separando definitivamente a Arte da representação da Natureza. Os
conteúdos utilizados são históricos, mitológicos, filosóficos e cotidianos, usados como
símbolos, que seriam decodificados em formas cores e linhas que dão significados
próprios sem produzir a realidade natural, produzindo assim uma realidade espiritual.
Bibliografia:

 ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: Do Iluminismo aos movimentos


contemporâneos. 10 Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
 <http://www.casthalia.com.br/a_mansao/artistas/redon.htm. Acesso em: 11 de
julho de 2010.
 http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/simbolismo.htm. Acesso em: 10 de
julho 2010.

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