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Introdução à Informática

©António Semedo
Sumário

1. INFORMÁTICA 3

1.1 SIGNIFICADO DE INFORMÁTICA 3


1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 3
1.3 COMPONENTES FUNDAMENTAIS DE UM SISTEMA INFORMÁTICO 6
1.3.1 HARDWARE E SOFTWARE 6
1.3.2 FIRMWARE 6
1.3.3 SOFTWARE DE SISTEMA E SOFTWARE DE APLICAÇÃO 7

2. ESTRUTURA INTERNA DE UM SISTEMA INFORMÁTICO 8

2.1 ESTRUTURA BÁSICA DE UM COMPUTADOR 8


2.2 O PROCESSADOR OU UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO 9
2.2.1 PROPOSTA DE ARQUITECTURA E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO 9
2.3 MEMÓRIAS OU DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO 10
2.3.1 MEMÓRIA PRIMÁRIA, PRINCIPAL OU CENTRAL 10
2.3.2 MEMÓRIA SECUNDÁRIA, AUXILIAR OU EXTERNA 11
2.4 PERIFÉRICOS OU DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA 13
2.4.1 DISPOSITIVOS DE ENTRADA 14
2.4.2 DISPOSITIVOS DE SAÍDA 14
2.4.3 DISPOSITIVOS DE INPUT/OUTPUT 14
2.5.1 BITS E BYTES 15
2.5.2 SISTEMA DE NUMERAÇÃO BINÁRIO 16
2.5.3 REPRESENTAÇÃO DE CARACTERES 17
2.5.4 MEDIDA DA CAPACIDADE DE MEMÓRIA DE UM SISTEMA INFORMÁTICO 17
1. Informática

1.1 Significado de informática

A palavra informática foi criada em 1962 pelo francês Philippe Dreifus a partir da
conjugação das palavras INFORMAÇÃO + AUTOMÁTICA.

Por conseguinte, informática significa, simplificadamente, tratamento de informação


por meios automáticos.

Por meios automáticos entende-se, neste caso, dispositivos electrónicos ou, mais
precisamente, computadores ou sistemas informáticos (computadores e outros
dispositivos associados).

1.2 Evolução Histórica

Embora o termo informática apenas tenha surgido pela primeira vez em 1962, a
tentativa de utilizar processos automáticos para efectuar cálculos (o que terá dado
origem à Informática actual), já vem de longe, como pode ser constatado na tabela
seguinte que mostra uma pequena cronologia da história da computação.

Pequena Cronologia da História da Computação


EVENTO DATA / PERÍODO OUTRAS INFORMAÇÕES
Primeira maquina de calcular construída por W. Schickard 1613
(Relógio Calculador)
Maquina de Hollerith ~1890 Primeira maquina de processamento de
informação. Em 1896 Hollerith funda a
"Tabulating Machines Corporation" que irá
se tornar a IBM (International Business
Machines)
A maquina de Turing 1937 Conjunto completo de regras que permitem
a resolução de um problema (algoritmo)
Inicio da construção do EDVAC, que será terminada em 1951 1945
Construção dos cinco primeiros computadores: EDVAC, IAS, 1945-1951
BINAC e o Manchester MARK I
 ENIAC - A última grande calculadora. Efectua a 1946 O ENIAC possuía 17468 válvulas a vácuo e
transição entre as grandes calculadoras e os 6000 comutadores manuais. Pesava 30
computadores toneladas e ocupava uma área de 160 m2 .
 Von Newumann estabelece o principio sobre cuja base Efectuava a adição de dois números de 12
funcionam actualmente quase todos os computadores algarismos em 200 m s. Foi utilizado para
conhecidos. calcular a exequibilidade dos planos da
bomba atómica.

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Pequena Cronologia da História da Computação
EVENTO DATA / PERÍODO OUTRAS INFORMAÇÕES
É construído na Inglaterra o primeiro computador - 1948
Manchester MARK I - construído por Turing segundo os
planos originais de Von Neumann. Neste computador é
também executado o primeiro programa gravado.
Terminada a construção do EDSAC, o 2o computador inglês. 1949 Possuía 4000 válvulas e sua memória
utilizava 32 linhas de retardamento, cada
uma podendo conter 32 números de 17
algarismos.
Surgem as quatro primeiras maquinas a transistores SEAC, 1950-1959  O SEAC utilizava 10000 díodos de
TRANSAC S100, Atlas Guidance Model I e CDC 1604, todas germânio e 750 válvulas.
de construção americana.  O CDC 1604 possuía na sua unidade
de cálculo, 25000 transístores e sua
memória de núcleos magnéticos
continha 32768 palavras de 48 bits.
É terminada a construção do EDVAC - primeiro computador 1951  O UNIVAC I adiciona dois números de
americano. São lançados o UNIVAC I, construído por Eckert e 12 algarismos em 120 m s.
Mauchly - para aplicações civis e o Whirlwind construído no  O Whirlwind é o primeiro computador a
MIT para aplicações militares utilizar palavras de 16 bits.
O MARK 6 é construído na Universidade de Havard 1952 Uma das primeiras maquinas com memória
de núcleo magnético
Os primeiros computadores IBM. O IBM 701 para uso civil e o 1953 O IBM 701 realiza 16000 adições por
IBM 702 702 para uso militar segundo.
Surge o Atlas Guidance I, que serviu no quadro das primeiras 1956
experiências espaciais.
Primeira linguagem de comunicação com a maquina, a 1957
FORTRAN, é ajustada num IBM704
É concebido o PDP-1 (Programmed Data Processor Model 1) 1957 Construído por Kenneth H. Olsen, que
da Digital Equipment Corporation, o primeiro minicomputador trabalha no laboratório de informática de
Forrester no MIT e coopera na construção
do Whirlwind do programa SAGE.
 É lançado o IBM 709, a última maquina a válvulas da 1958
IBM.
 É lançado o CDC 1604 (transistorizado) que foi
elaborado na Control Data Corparation por Seymour
Cray, futuro inventor do Cray I
 É criado o primeiro protótipo de circuito integrado por
um jovem engenheiro da Texas Instrument, Jack S.
Kilby.
 Surge o IBM 7090, o primeiro computador totalmente 1960
transistorizado da IBM
 Surgem a COBOL (COmmon Business Oriented
Language) dedicada ao uso comercial e a ALGOL
(ALGoritimic Language)
É comercializado o primeiro modelo de minicomputador, o 1963
PDP-8
Surge a linguagem PL/1 (Programming Language number 1), 1964
a PASCAL e a BASIC (Beguinner’s All-purpose Symbolic
Instruction Code)
É lançada a série 360 da IBM 1965 Introduz a noção de compatibilidade.
Permite a concretização do código EBCDIC
que é uma antecipação do padrão ASCII
(American Standard Code for Ind\formation
Interchange). Outra inovação foi a
simplificação da menor unidade acessível da
memória; a partir daí a unidade mínima
passa a ser o octeto (1K=1024
bits=128octetos=128caracteres)
 A sociedade Fairchild produziu a primeira memória 1970  O chip 4100 tinha uma memória de 256
integrada (4100) em um chip, segundo um princípio bits e o acesso a cada um dos bits não
análogo ao do circuito integrado. Tratava-se entretanto requeria mais que 70m s.
de uma memória ROM (Read-Only Memory)  O Intel 1103 possuía 1 Kbit de
 A Intel produz a primeira memória RAM (Random memória, isto é; quatro vezes mais que
Access Memory) o 4100 da Fairchild.

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Pequena Cronologia da História da Computação
EVENTO DATA / PERÍODO OUTRAS INFORMAÇÕES
É lançado o ILLIAC IV, o primeiro supercomputador. ~1970
A Intel fabrica o primeiro microprocessador, o Intel 4004 1971 O Intel 40004 podia executar 60000
operações de dois algarismos binários em
um segundo e manipular cerca de 4 Kbits de
informação.
Gary Kildall escreve a PL/M a primeira linguagem de alto nível 1972
para o microprocessador Intel.
São desenvolvidos os dois primeiros protótipos de 1973
microcomputador nos laboratórios da Digital, que entretanto
não deu continuidade ao projecto. Nessa mesma época
inventou-se o disco flexível.
É comercializado o primeiro microcomputador, o ALTAIR 1975
8800, construído a partir de um processador Intel 8080. Sua
capacidade de processamento era de 65000 palavras de 8
bits.
Lançado o primeiro Applle 2 1977
 Lançados o Cray 1 Cyber 205 1981 A primeira versão do PC-DOS (1.0)
 Lançado o PC da IBM comportava apenas discos flexíveis de face
 Surge o DOS (Disk Operating System). O DOS possuía simples e ocupava somente 10Kb de RAM,
dois rótulos: PC-DOS comercializado pela IBM e MS- pois o PC tinha apenas 64K de memória
DOS comercializado pela Microsoft. RAM. A versão 1.1 atualizou o sistema pata
trabalhar com disco de densidade dupla. O
primeiro MS-DOS surgiu como versão 1.25
 Lançado o IBM-XT 1983 O DOS 2.0 permitia o uso de discos rígidos
 Surge o DOS 2.0 de alta capacidade (10Mbit). O sistema
ocupava 25 Kb de RAM e 40 Kb de espaço
em disco. O MS-DOS equivalente tinha
como versão 2.11 e trazia o comando
COUNTRY a mais.
 Lançado o PC-AT 1984 O DOS 3.0 suporta drives de 1.2 Mb e
 Lançado o DOS 3.0 possui o utilitário VDISK ou RAM-DISK, que
 Estreia do Apple Macintosh, usando um processador utiliza a memória que ultrapassava os 640
Motorola 68000 de 32-bits e um monitor de vídeo preto Kb. Os clusters foram reduzidos de 4 para 2
e branco embutido. Kb. A versão 3.1 suportava redes. A versão
3.2 suportava os novos discos de 3 ½
polegadas e 720 Kb de capacidade e
possuía os comandos XCOPY e APPEND. A
versão 3.3 suportava drives de 1.44 Mb,
partições do disco rígido de até 32 Mb e
introduziu o comando FASTOPEN. O
sistema ocupava cerca de 30 Kb de RAM e
59 Kb de espaço em disco.
Lançado o Microsoft Windows 1.0 1985
Lançado o DOS 4.0 1988 Quebrou a barreira dos 32Mb, para cada
partição e apresentou uma interface gráfica
chamada DOS SHELL. Ocupava de 65 a 90
Kb de RAM e 110Kb de espaço em disco.
DOS 5.0 Esta versão possibilitava o uso de mais de
dois discos rígidos, partições de 2 Gb no
disco rígido, introduziu os comandos
UNFORMAT, UNDELETE e DOSKEY, e
possuia um genericamento mais eficiente
das memórias disponíveis.
DOS 6.0 Com esta versão foi introduzido os recursos
do SCANDISK, DRIVESPACE,
MEMMAKER< DEFRAG, ANTI VIRUS, MSD
(Microsoft Diagnostic), DELTREE, além de
aprimoramentos nos comandos MOVE,
COPY, FORMAT e INTERLINK.
Fonte: História da Informática - Philippe Breton

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1.3 Componentes fundamentais de um sistema informático

1.3.1 Hardware e Software


Num sistema informático podem identificar-se dois componentes fundamentais:
Hardware e Software.

O Hardware refere-se aos dispositivos físicos, ou seja, ao equipamento propriamente


dito que constitui um sistema informático.

O Software é o conjunto de programas que fazem trabalhar o computador.

O Hardware e o Software constituem os dois componentes inseparáveis de um


computador. Sem Hardware de suporte os programas não podem ser executados. Por
outro lado, sem Software, os computadores seriam simplesmente máquinas inertes,
sem qualquer interesse prático.

1.3.2 Firmware
O computador começa a executar programas desde o momento em que é ligado à
corrente eléctrica. Esses programas têm evidentemente que estar inscritos nos
próprios circuitos de hardware.

Neste contexto o hardware e software aparecem tão intimamente ligados que se torna
difícil fazer uma distinção entre uma coisa e outra. É o que se passa por exemplo com
os programas que têm por finalidade assegurar o arranque do computador. Esses
programas fazem parte da estrutura base do computador. Os dispositivos que os
contém são simultaneamente hardware e software. Por essa razão esses programas
são, por vezes, designados pela expressão FIRMWARE.

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1.3.3 Software de Sistema e Software de Aplicação
O software divide-se em duas categorias fundamentais: Software de Sistema e
Software de Aplicação.

Software de Sistema: Constituído essencialmente pelo sistema operativo, que consiste


numa primeira camada de software ou conjunto de instruções que transformam o
hardware ou a máquina num sistema com o qual o utilizador pode efectuar
determinadas tarefas ou fazer funcionar os seus programas.

Software de Aplicação: que engloba todo o tipo de programas de computador com que
o utilizador pode realizar determinadas tarefas como: processar documentos, efectuar
cálculos, criar ou consultar bases de dados, elaborar e manipular desenhos e imagens,
etc..

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2. Estrutura Interna de um Sistema Informático

2.1 Estrutura básica de um computador

Computador - Basicamente um computador é uma máquina ou conjunto de


dispositivos mecânicos, electrónicos e electromecânicos, capazes de processar
informação.

O computador, no processamento da informação realiza três operações fundamentais:


Admissão de informação (input), o seu tratamento e a emissão de novas informações
(output).

Disp. de CPU Disp. de


entrada saída

Figura 1: Estrutura Geral Simplificada de um Sistema Informático

1. Dispositivos de entrada ou input

Estrutura geral simplificada 2. Processador ou Unidade Central de Processamento


de um sistema informático (CPU)

3. Dispositivos de saída ou output

A estrutura básica de um sistema informático só fica completa se considerarmos a


intervenção de dispositivos de memória ou armazenamento.

Unidade Central de
Processamento
(CPU)
Dispositivos de Dispositivos de
entrada (input) saída (output)
Memórias ou
Dispositivos de
Armazenamento

Figura 2- Estrutura básica de um sistema informático considerando a memória

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2.2 O processador ou Unidade Central de Processamento

É responsável pela gestão de todo o computador. Vai buscar à memória central as


instruções, examinando-as e finalmente executando-as.

Unidade de controlo (UC)

A CPU divide-se basicamente Unidade Aritmética e Lógica (ALU)


nas seguintes unidades
Registos internos (Memória Central)

2.2.1 Proposta de Arquitectura e funcionamento de um sistema


informático

Unidade Unidade
de Aritmética
Controlo e Lógica
Dispositivo Dispositivo
de entrada CPU de saída
(input) (output)
Memória Central

Fluxo de informação

Memória Externa Fluxo de ordens

Figura 3- Modelo de Von Neumann

Controla ou determina as operações a efectuar a cada


UC instante, enviando sinais apropriados aos outros componentes.

Esta é a secção do processador responsável pelas operações


ALU fundamentais de processamento, ou seja, efectua todas as
CPU operações aritméticas e lógicas.

Registos São memórias utilizadas para guardar resultados temporários e


internos dados com que a ALU vai efectuar as operações que lhe são
(memória indicadas.
central)

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Unidades de Entrada e Saída

São as responsáveis pela troca de informação com o exterior ao computador em ambos


os sentidos (entrada e saída)

2.3 Memórias ou Dispositivos de armazenamento

Existem dois tipos principais de memórias informáticas:

a) Memória primária, principal ou central: encontra-se em contacto directo com


a CPU, fornecendo-lhe as instruções e os dados com que esta opera e dela
recebendo dados resultantes do processamento

b) Memória secundária, auxiliar ou externa: consiste em suportes de


armazenamento de informação que interessa guardar para além do tempo em que
é utilizada na memória primária.

2.3.1 Memória Primária, Principal ou Central

1. Memórias ROM ( “Read Only Memory” ) ou memórias


só de leitura
Memórias Primárias
2. Memórias RAM ( “Random Acess Memory” ) memórias
de acesso aleatório em que são feitas operações de
leitura e de escrita de dados

1) Memórias ROM - São utilizadas principalmente para incluir instruções de rotina


para o arranque do computador ou interacções com dispositivos de I/O.

2) Memória RAM - Onde são introduzidos e guardados temporariamente os


programas e os dados com que o computador trabalha em cada sessão.

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Existem duas variantes principais de RAM:

• DRAM- ( “Dinamyc RAM” ) - são as memórias RAM com maior capacidade de


armazenamento.

• SRAM- ( “Static RAM” )- são mais rápidas no funcionamento, mas mais


dispendiosas. As SRAM são utilizadas por exemplo em memórias chamadas
“cache”.

Uma memória cache é uma memória com uma velocidade de funcionamento


superior à RAM principal e que é colocada entre esta e o processador com o
objectivo de o abastecer com instruções e dados de uma forma mais rápida,
suprimindo os tempos de espera do processador.

2.3.2 Memória secundária, auxiliar ou externa

Como a memória RAM é uma memória volátil, isto é, perde a sua informação quando
se desliga o computador ou se muda de programa, torna-se evidente a necessidade de
outro tipo de memórias que permitam guardar informação para além do momento em
que se está a utilizar determinado programa.

As memórias secundárias (também chamadas memórias de massa por permitirem


guardar grandes quantidades de informação) existem precisamente para que a
informação com que se trabalha possa ser guardada com um carácter mais duradouro.

As memórias secundárias ou auxiliares mais conhecidas são:

- Discos rígidos ( “hard disks” )


- As disquetes ( “floppy disks” )
- Os discos compactos (CD’s)
- Bandas magnéticas

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+ caro + rápido
(cache) SRAM
DRAM
Custo velocidade
p/megabyte Discos Rígidos de acesso
CD- ROM
Disquetes
Bandas Magnéticas
+ barato + lento

Figura 4 - Hierarquia das memórias informáticas segundo o custo e a


velocidade de aceso

Quando falamos de meios de armazenamento secundário devemos ter em conta dois


tipos distintos de meios:

 Os suporte de armazenamento propriamente ditos: discos, disquetes, cassetes,


bandas magnéticas.
 Os dispositivos que canalizam a informação entre esses suportes de
armazenamento e a memória principal ou o processador- genericamente
designados por drives.

As drives (de disquetes, de discos, de tapes, etc.) são, normalmente, dispositivos de


entrada e saída (input/output) de dados, também chamados dispositivos mistos.

Os meios de armazenamento secundário devem diferenciar-se quanto ao modo de


acesso aos dados:

 Dispositivos de armazenamento de acesso sequencial: aqueles em que o


acesso aos dados tem que ser feito mediante uma dada sequência (ex.: bandas
magnéticas- bobinas ou cassetes). Para chegar a um dado é preciso passar por
todos os que estão gravados anteriormente.
 Dispositivos de armazenamento de acesso directo: aqueles que permitem
aceder directamente aos dados. É o caso dos discos, disquetes e dos CD’s.

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Os dispositivos de aceso sequencial, como são mais lentos, continuam a ser utilizados,
mas para efectuar salvaguardas (backups) de grandes quantidades de informação.

Discos rígidos e disquetes são suportes magnéticos: discos revestidos por uma
substância magnética, cujas particulares codificam os dados conforme a orientação dos
respectivos campos magnéticos.

Os CD’s são suportes ópticos, em que os dados são gravados e lidos por meios
ópticos, normalmente baseados na tecnologia laser.

Vantagens dos CD’s:

+ Permitem armazenar grandes quantidades de informação numa pequena


porção de espaço (uma capacidade equivalente a 500 disquetes)
+ A informação guardada num CD tem uma durabilidade muito superior à dos
suportes magnéticos, visto que não é destruída por interferências magnéticas.
+ Pode ser facilmente transportada para outros computadores

Desvantagens dos CD’s:

- O problema da velocidade de leitura dos dados. Embora tenha vindo a melhor


substancialmente ainda se mantém um nível inferior aos discos magnéticos
- O problema de apagar e regravar a informação. Quanto a este problema têm
surgido diferentes tecnologias: CD- ROM, WORM, CD- R, CD-RW.

2.4 Periféricos ou dispositivos de entrada e saída

Os periféricos de entrada e saída (input/ output) podem classificar-se em três


categorias principais:

1) Dispositivos de entrada (só de input)


2) Dispositivos de saída (só de output)
3) Dispositivos de entrada e saída (input/ output)

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2.4.1 Dispositivos de entrada

Os principais dispositivos só de input são:


 teclado
 rato
 caneta óptica
 scanner (ou digitalizador de imagens)

2.4.2 Dispositivos de saída

Os principais dispositivos só de saída são:


 monitor
 impressora
 plotter (ou traçador gráfico)
 data show ou projector de vídeo

2.4.3 Dispositivos de input/output

Podemos considerar os mais usuais:

 drives (de discos, de disquetes, etc.)


 modems
 placas de rede

2.5 Aspectos básicos do funcionamento de um computador


(circuitos digitais, bits e bytes, código ASCII)

Nos circuitos electrónicos de um computador circula corrente eléctrica com


determinados níveis de voltagem.
Com dois níveis de voltagem diferenciados (por ex.: 0 e 5 volts) codificam-se os dois
sinais – 0 e 1 – com que os computadores efectuam todas as suas operações.

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Estes dois sinais ( 0 e 1 ) são chamados dígitos. Assim, os circuitos electrónicos que
codificam, armazenam ou transmitem a informação sob a forma de zeros e uns tomam
o nome de circuitos digitais.

Graças aos transístores e às técnicas de miniaturização, tem vindo a ser possível


fabricar circuitos electrónicos com dimensões microscópicas. Estes circuitos
electrónicos em que se baseia o funcionamento dos computadores são fabricados em
pastilhas de sílica, conhecidos usualmente como chips ou circuitos integrados.

2.5.1 Bits e bytes


A unidade mínima de informação com que trabalham os sistemas informáticos chama-
se bit.

Bit resulta da contracção das palavras inglesas “binary” e “digit”.

Binário tem a ver com o sistema de numeração que opera só com dois dígitos.
Toda a informação com que opera um sistema informático é constituída por
agrupamentos de bits.

Com os diferentes agrupamentos e combinação de bits representam-se:


 valores numéricos
 caracteres e palavras
 formas gráficas, cores, etc.

Os principais agrupamentos de bits com que é usual trabalhar-se em sistemas


informáticos são múltiplos de oito: 8, 16, 24, 32, etc..

Um agrupamento de bits muito usado em informática é o byte – conjunto de 8 bits.

Com 1 bit temos 2 combinações possíveis ( 0 e 1 )


Com 2 bits temos 4 combinações possíveis ( 00, 01, 10, 11 )
Com 3 bits temos 8 combinações

Em geral: No caso de um byte temos 28 , ou seja,


n
Nº de combinações possíveis = 2 256 combinações possíveis de zeros e
( sendo n o número de bits) uns.

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2.5.2 Sistema de numeração binário

Os números com que os sistemas informáticos operam, ao nível do hardware, têm de


se encontrar sempre convertidos para o sistema de numeração binário.

Como se converte um número decimal para binário?


Um processo prático para fazer a conversão de um número decimal para binário
consiste em efectuar divisões sucessivas por 2 até se obter um quociente igual a 1, em
seguida, forma-se o número com esse 1 seguido de todos os restos encontrados, pela
ordem inversa.

Exemplo: 13 | 2
1 6|2 13 (decimal)= 1101 (binário)
0 3|2
1 1

Decimal
Decimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Binário 1 1 10 11 100 101 110 111 1000 1001

Figura 5- Correspondência entre os dígitos decimais e os respectivos nºs. em binário

Consideremos agora a conversão em sentido contrário, ou seja, de binário para


decimal.

Dado um número em binário, cada um dos seus dígitos representa uma potência de
dois, da seguinte forma:

- O dígito mais à direita representa a potência de 20 Ex.: Número binário: 1101


- O dígito seguinte (da direita para a esquerda) 1x23 + 1x22 + 0x21 + 1x20

representa a potência 21
8 4 0 1
- O dígito seguinte representa a potência 22, etc.
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2.5.3 Representação de Caracteres

A representação de caracteres num sistema informático passa, também, por uma


codificação em binário.
A principal tabela que codifica os caracteres usados nos computadores é a tabela
ASCII (“American Standard Code for International Interchange”).
As versões actuais desta tabela utilizam agrupamentos de 8 bits para a codificação dos
caracteres; portanto é possível codificar 256 caracteres diferentes.

2.5.4 Medida da Capacidade de Memória de um Sistema Informático

A capacidade de uma memória RAM, bem como de qualquer outro dispositivo de


armazenamento secundário, nomeadamente, discos, disquetes, etc., mede-se em
bytes ou múltiplos de bytes.
Como em informática se trabalha com base no sistema binário, costumam fazer-se
contagens tendo em conta as potências de 2.

A unidade Kilobyte não corresponde exactamente a 1000 bytes mas sim a 210 , ou seja,
1024 bytes.
Da mesma forma, o Megabyte corresponde a 210 Kbytes, ou seja, 1024 kbytes.

1 byte= 8 bits
1 Kb (Kilibyte)= 1024 bytes
1 Mb (Megabyte)= 1024 Kb
1 Gb (Gigabyte)= 1024 Mb
1 Tb (Terabyte)= 1024 Gb

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