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Tolerância geométrica
Tolerância geométrica
© SENAI-SP
ISBN 85-87090-77-1
TÍTULO
CDU 519.233.24
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http:// www.sp.senai.br
Tolerância geométrica
Sumário
Apresentação 5
Conceitos gerais 7
Tolerâncias de forma 37
Tolerâncias de orientação 61
Tolerâncias de posição 89
Tolerâncias de batimento 107
Referências bibliográficas 121
Tolerância geométrica
Tolerância Geométrica
Apresentação
Embora procure retratar o estudo da arte, esta não pode ser considerada uma obra
definitiva, pois trata de um assunto em constante evolução, sujeito a revisões e
atualizações das Normas Técnicas. Assim, sugestões e colaborações serão bem-
vindas para subsidiar futuras edições.
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
Conceitos gerais
Isso ocorre porque vários fatores interferem nos processos de fabricação: instrumentos
de medição fora de calibração, folgas e desalinhamento geométrico das máquinas-
ferramenta, deformações do material, falhas do operador, etc.
Mas, a prática tem demonstrado que certas variações nas características das peças,
dentro de certos limites, são aceitáveis porque não chegam a afetar sua
funcionalidade.
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Tolerância Geométrica
Peças produzidas dentro das tolerâncias especificadas podem não ser idênticas entre
si, mas funcionam perfeitamente quando montadas em conjunto. Porém, se estiverem
fora das tolerâncias especificadas, deverão ser retrabalhadas ou refugadas, o que
representa desperdício de tempo e de dinheiro.
A tolerância dimensional, que não será aprofundada neste material, refere-se aos desvios
aceitáveis, para mais ou para menos, nas medidas das peças. Nos desenhos
técnicos este tipo de tolerância vem indicado ao lado da dimensão nominal da cota
tolerada, por meio de dois afastamentos: o superior e o inferior, como mostra o
desenho a seguir.
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Tolerância Geométrica
Mas, a execução da peça dentro da tolerância dimensional não garante, por si só, um
funcionamento adequado. Muitas vezes, não é suficiente que as dimensões efetivas da
peça estejam de acordo com a tolerância dimensional.
É necessário, também, que a peça apresente as formas previstas, para poder ser
montada e funcionar adequadamente.
O problema é que, do mesmo modo que é praticamente impossível obter uma peça
real com as dimensões nominais exatas, também é muito difícil obter uma peça real
com formas rigorosamente idênticas às da peça projetada.
Por outro lado, desvios de formas dentro de certos limites não chegam a prejudicar o
bom funcionamento das peças que constituem os conjuntos mecânicos.
Além das medidas e das formas, outro fator deve ser considerado quando dois ou mais
elementos de uma peça estão associados: trata-se da posição relativa desses
elementos entre si.
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Tolerância Geométrica
Todo produto é concebido para atender a uma função, com o menor número possível
de erros. A aplicação das tolerâncias dimensionais e geométricas permitirá atender à
função desejada com menor índice de rejeição. É de suma importância atingir os
requisitos de funcionalidade e exatidão de forma e de posição dos elementos
produzidos, para assegurar a durabilidade, a confiabilidade e o bom desempenho do
produto.
A norma que orienta sobre a execução dos símbolos para tolerância geométrica, suas
proporções e dimensões é a ISO 7083:1983, que ainda não foi traduzida e adaptada
pela ABNT.
Embora esse método continue sendo utilizado até hoje, em alguns casos essa
avaliação qualitativa já não é suficiente para garantir os requisitos de exatidão e
funcionalidade das peças. As tolerâncias geométricas são especificadas
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Tolerância Geométrica
Na falta de uma norma brasileira que oriente sobre os princípios de verificação, e tendo
em vista a necessidade de produzir dentro de padrões internacionais de qualidade,
impostos pelo processo de globalização da economia, é recomendável tomar como
referência os procedimentos para verificação das características geométricas
propostos pelo Relatório Técnico ISO / TR 5460:1985, que apresenta as diretrizes
para princípios e métodos de verificação de tolerâncias geométricas.
Todo corpo é separado do meio que o envolve por uma superfície. Esta superfície, que
limita o corpo, é chamada de superfície real.
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Tolerância Geométrica
O perfil real é o que resulta da interseção de uma superfície real por um plano
perpendicular.
As diferenças entre o perfil efetivo e o perfil geométrico, que são os erros apresentados
pela superfície em exame, classificam-se em dois grupos:
• Erros microgeométricos: são formados por sulcos ou marcas deixados nas
superfícies efetivas pelo processo de usinagem (ferramenta, rebolo, partículas
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
De acordo com as normas técnicas sobre tolerância geométrica (NBR 6409: 1997 e
ISO 1101:1983), as características toleradas podem ser relacionadas a: forma,
posição, orientação e batimento.
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Tolerância Geométrica
Retitude
Elementos
isolados
Planeza
Circularidade
Forma
Cilindricidade
isolados ou
associados
Elementos
Paralelismo
Orientação Perpendicularidade ⊥
Elementos associados
Inclinação
Posição
Concentricidade
Posição
Coaxialidade
Simetria
Circular
Batimento
Total
Cada uma dessas tolerâncias será explicada detalhadamente nos próximos capítulos.
Por ora, é importante que você saiba como são feitas as indicações dessas tolerâncias
nos desenhos técnicos.
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Tolerância Geométrica
Altura do quadro 5 7 10 14 20 28 40
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Tolerância Geométrica
Na figura da direita, o símbolo mostra que está sendo indicada uma tolerância de
paralelismo. Este tipo de tolerância só se aplica a elementos associados. Portanto, é
necessário identificar o elemento de referência, neste exemplo representado pela letra
A.
No exemplo anterior, apenas um elemento foi tomado como referência. Mas, há casos
em que é necessário indicar mais de um elemento de referência. Quando isso ocorre,
algumas regras devem ser seguidas. Os exemplos a seguir mostram as formas
possíveis de indicação de mais de um elemento de referência.
Se a tolerância se aplicar a vários elementos repetitivos, isso deve ser indicado sobre o
quadro de tolerância, na forma de uma nota. O número de elementos aos quais a
tolerância se refere deve ser seguido por um sinal de multiplicação ou pode-se
escrever direto a quantidade de elementos a serem tolerados, como mostram as
figuras a seguir.
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Tolerância Geométrica
Nos exemplos apresentados, a inscrição “não convexo” significa que a superfície efetiva, além de
estar dentro dos limites especificados, não pode apresentar perfil convexo.
Pode ser necessário, em alguns casos, indicar uma tolerância mais apertada para uma
parte do elemento tolerado. Nesses casos, a indicação restrita a uma parte limitada da
peça deve vir indicada no quadro de tolerância, num compartimento abaixo da
tolerância principal, como na figura a seguir.
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Tolerância Geométrica
Algumas vezes, uma indicação de uma tolerância engloba outra e, portanto, não é
necessário indicar as duas. Basta especificar a mais abrangente. Por exemplo, a
condição de retitude está contida na especificação de paralelismo. Porém, o contrário
não é verdadeiro: a tolerância de retitude não limita erros de paralelismo.
O símbolo tanto pode aparecer após o valor da tolerância, como após a letra de
referência, ou ainda depois dos dois. A aplicação deste símbolo é padronizada pela
norma ISO 2692:1988.
Quando a tolerância for aplicada a um eixo como nas duas figuras à esquerda ou ao
plano médio de um elemento cotado, como mostra a figura à direita, o quadro de
tolerância pode ser ligado à linha de extensão, em prolongamento à linha de cota.
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Tolerância Geométrica
O quadro de tolerância pode ser ligado diretamente ao eixo ou plano médio tolerado,
quando a tolerância se aplicar a todos os elementos comuns a este eixo ou a este
plano médio.
Nos desenhos técnicos, essas mesmas letras maiúsculas devem ser inscritas num
quadro e ligadas ao elemento de referência por uma linha auxiliar (linha contínua
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Tolerância Geométrica
estreita), que termina num triângulo cheio ou vazio, apoiado sobre o elemento de
referência.
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Tolerância Geométrica
A base do triângulo pode ser apoiada diretamente sobre o eixo ou plano médio do
elemento de referência, quando se tratar do eixo ou plano médio de um elemento
único ou do eixo ou plano médio comum a dois elementos.
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Tolerância Geométrica
Do mesmo modo, se apenas parte do elemento de referência for tomada como base
para verificação da característica tolerada, esta parte deve ser delimitada no desenho
pela linha traço e ponto larga.
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Tolerância Geométrica
Essas cotas não devem ser toleradas diretamente. No desenho, elas são
representadas emolduradas, como mostra a figura a seguir.
Campo de tolerância
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Tolerância Geométrica
Neste exemplo, o campo de tolerância é determinado pela área entre dois círculos
concêntricos distantes radialmente de “t”. A peça para ser aprovada deve
apresentar efetivamente seu contorno dentro desta área.
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
A verificação das características de tolerância geométrica pode ser feita com o uso de
dispositivos relativamente simples, desde que estejam de acordo com os princípios
gerais de medição e de verificação, que serão abordados a seguir.
Mas, isso ainda não é tudo. Durante a execução e ao final da produção da peça é
necessária a constatação objetiva de que o produto atende a todos os requisitos
pretendidos.
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
Símbolo Interpretação
Suporte fixo
Suporte ajustável
Giro contínuo
Giro intermitente
Rotação
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
Se a referência for uma linha de simetria, como na figura seguinte, ela será simulada
por dois cilindros coaxiais circunscritivos sem folga.
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Tolerância Geométrica
Referência - Centro
Centro de uma esfera
Referência
Estabelecimento de referência
Elemento de
referência
Centro de um furo
Referência
Estabelecimentos de referência
Elemento de referência
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referência Elemento de Elemento de Referência
Referência Referência referência
referência
Tolerância Geométrica
Estabelecimento de
Estabelecimento de referência
referências
Estabelecimento de referências
SENAI
Referência - Linha
Centro de um eixo
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Tolerância Geométrica
Referência - Plano
Superfície
Referência
Estabelecimento de referências
Elemento de referência
Estabelecimento de referências
Elemento de
referência
Nos próximos capítulos, para cada tipo de tolerância abordada será apresentada pelo
menos um exemplo de método de verificação apropriado.
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Tolerância Geométrica
Tolerâncias de forma
Um tampo de mesa que não esteja perfeitamente plano pode servir a diversas
finalidades, sem prejuízo da sua funcionalidade. Mas, se esta mesa for usada como
desempeno, a planeza do seu tampo passa a ser um requisito de importância
fundamental. Neste caso, esta exigência quanto à exatidão da forma deve ser
especificada no desenho técnico e posteriormente verificada no objeto acabado.
Assim como esta, outras características relativas às formas dos objetos devem ser
especificadas nos projetos, indicadas nos desenhos técnicos, observadas nos
processos de produção e verificadas depois que o produto estiver pronto, sempre que
essas condições forem imprescindíveis para a funcionalidade do objeto.
Este capítulo trata do conjunto das tolerâncias geométricas agrupadas sob a categoria
das tolerâncias de forma, ou seja:
• Retitude;
• Planeza;
• Circularidade;
• Cilindricidade;
• Perfil de linha qualquer;
• Perfil de superfície qualquer.
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Tolerância Geométrica
Tolerância de retitude
Este tipo de tolerância só se aplica a elementos isolados, como linhas contidas nas
faces de peças, eixos de simetria, linhas de centro ou geratrizes de sólidos de
revolução.
Na figura a seguir, a seta que liga o quadro de tolerância ao elemento tolerado indica
que a tolerância é especificada somente em um plano.
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Tolerância Geométrica
Neste caso, o campo de tolerância é limitado por duas retas paralelas, separadas por
uma distância de 0,1mm.
Isso quer dizer que qualquer linha da face superior da peça, paralela ao plano de
projeção no qual é indicada a tolerância, deve estar contida entre duas retas paralelas
afastadas 0,1mm entre si.
Num caso como este, a verificação do desvio de retitude pode ser feita comparando-
se o elemento tolerado com um elemento-padrão, assumido como reto.
A verificação qualitativa da retitude pode ser feita com uma régua com fio, porém este
método não permite verificar se o desvio está ou não dentro do campo de tolerância.
A superfície tolerada quanto à retitude deve ser apoiada lateralmente por um suporte
fixo, para evitar mudanças de direção no deslocamento da peça. O suporte fixo e a
peça devem estar dispostos sobre um desempeno ao qual é acoplado um relógio
comparador.
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Tolerância Geométrica
A verificação deve ser repetida tantas vezes quanto necessário, como indica o
procedimento .
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Tolerância Geométrica
A tolerância pode ser especificada em dois planos perpendiculares entre si, como
mostra a figura a seguir.
Portanto, neste caso, a linha de centro da peça pronta deve estar contida dentro de um
paralelepípedo de 0,1mm de altura por 0,2mm de largura, ao longo de toda a extensão
da peça.
Como não é possível verificar diretamente a retitude de uma linha de centro, a medição
do desvio deve ser feita indiretamente. O dispositivo apresentado a seguir permite
verificar a retitude da linha de centro a partir da medição dos desvios registrados em
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Tolerância Geométrica
duas linhas opostas, (a e b), em relação à linha de centro, situadas nas superfícies da
peça tolerada.
A verificação deve ser feita separadamente para cada direção especificada. Na figura
da esquerda, o dispositivo está preparado para verificação no sentido vertical e na
figura da direita a peça está posicionada para verificação no sentido horizontal.
A peça deve estar apoiada sobre um suporte fixo e um suporte ajustável, dispostos
sobre uma superfície plana (desempeno). O elemento a ser verificado deve estar
paralelo à superfície plana. Para garantir o paralelismo, utiliza-se um relógio
comparador.
Ma - Mb
Dr = , onde Ma corresponde a amplitude ao longo de a e Mb corresponde à
2
amplitude ao longo de b.
Nas duas verificações, os valores de desvio encontrado não podem ser superiores aos
valores prescritos no desenho para cada direção.
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
A medição deve ser feita em um número suficiente de seções axiais, como mostra o
procedimento
Tolerância de planeza
Isso significa que qualquer ponto da superfície efetiva da face superior da peça
acabada deve estar situado na região entre dois planos paralelos distantes 0,08mm um
do outro, como mostra a figura.
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Tolerância Geométrica
Para peças de grandes dimensões, pode ser utilizado um dispositivo mais adequado,
como o que é apresentado na figura a seguir.
A peça deve ser apoiada sobre suportes fixos e ajustáveis dispostos sobre um
desempeno, de modo a garantir a horizontalidade da superfície a ser verificada.
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Tolerância Geométrica
Em outras palavras, depois de acabada a peça, bastará verificar quanto à planeza uma
área de 50mm x 100mm, livremente escolhida na sua face superior. Se todos os
pontos da superfície verificada estiverem compreendidos dentro de uma região
delimitada por dois planos paralelos distantes 0,1mm entre si, a peça deverá ser
aprovada quanto a este requisito.
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Tolerância Geométrica
Neste caso, a região a ser verificada é limitada a uma área circular livremente
escolhida sobre a face tolerada.
Tolerância de circularidade
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Tolerância Geométrica
A verificação dos desvios de circularidade pode ser feita por vários métodos. O método
seguido na construção do dispositivo abaixo baseia-se no princípio de medição de três
pontos, representados pelos dois pontos de tangenciamento da circunferência com o
dispositivo em V e pela ponta de contato do relógio comparador, que deve estar em
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Tolerância Geométrica
A peça deve ser apoiada de modo a evitar o movimento axial. O relógio comparador
deve ser zerado em um ponto qualquer. A partir deste ponto, deve-se registrar a
maior oscilação do ponteiro durante uma rotação completa da peça ou do dispositivo,
como indicado no procedimento . Para avaliar o desvio de circularidade deve-se
levar em conta além do número de lóbulos, o valor do ângulo a. Os ângulos mais
comuns para construção do dispositivo em V são: 90°, 120°, 72° e 108°.
Este método também pode ser usado para verificação de elementos internos.
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Tolerância Geométrica
Quando a peça apresenta número par de lóbulos, a medição deve ser feita em dois
pontos, como mostra o dispositivo a seguir.
O relógio comparador deve ser zerado em um ponto qualquer. A partir deste ponto,
deve-se registrar a maior oscilação do ponteiro durante uma rotação completa da peça
como indicado no procedimento . O desvio de circularidade na seção avaliada é a
metade da variação máxima do ponteiro.
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Tolerância Geométrica
Isso quer dizer que o contorno de cada seção transversal da peça acabada deve estar
compreendido entre dois círculos concêntricos e coplanares afastados 0,1mm.
Entretanto, nos casos em que os erros permissíveis de forma são muito pequenos, a
tolerância dimensional não é suficiente para garantir a funcionalidade. Nesses casos, é
imprescindível especificar tolerância de circularidade. É o caso típico dos cilindros dos
motores de combustão interna, nos quais a tolerância dimensional pode ser aberta
(H11), porém a tolerância de circularidade tem de ser estreita, para evitar vazamentos.
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Tolerância Geométrica
Tolerância de cilindricidade
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
Em peças que apresentam número ímpar de lóbulos, a verificação pode ser feita com
um dispositivo de medição de três pontos, como o que é mostrado a seguir.
A peça deve ser apoiada sobre um suporte em V. Na primeira medição, deve-se zerar
o relógio comparador em qualquer ponto da seção verificada. Deve-se registrar a
variação máxima do ponteiro ao longo de uma rotação completa, como indicado no
procedimento . As medições devem ser repetidas no número requerido de seções,
sem zerar o relógio comparador, como mostra o procedimento .
Em alguns casos, a exatidão das formas irregulares de linhas com perfis compostos
por raios e concordâncias, pode ser imprescindível para a funcionalidade da peça.
Para garantir essa exatidão, é necessário especificar a tolerância de perfil de linha
qualquer.
Este tipo de tolerância pode aplicar-se, também, a elementos associados. Neste caso,
o desvio da linha tolerada deve ser verificado em relação à linha tomada como
elemento de referência.
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Tolerância Geométrica
Um dos princípios de verificação dos desvios de perfil de uma linha qualquer baseia-se
na comparação com um elemento que apresenta o perfil correto. Essa verificação é
feita de modo indireto e não fornece valores numéricos dos desvios.
A figura a seguir mostra o perfil de uma linha qualquer verificada por meio de um
gabarito de perfil biselado e com o fio lapidado.
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Tolerância Geométrica
O gabarito de perfil deve ser colocado sobre a peça e alinhado na direção especificada
no desenho. A verificação consiste em observar se há passagem de luz entre o perfil
da peça e o gabarito. A ausência de luz entre o gabarito e a peça indica que o valor do
desvio é obtido de modo empírico e corresponde, a aproximadamente 0,003mm.
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Tolerância Geométrica
O verificador deve ser colocado sobre o raio a ser verificado e alinhado na direção
especificada no desenho. O raio da peça deve ser comparado com o raio do
verificador. Não havendo passagem de luz, a peça está aprovada.
Como o desvio de uma linha qualquer resulta num campo de tolerância simétrico, as
dimensões dos dois verificadores serão determinadas em função do raio e do valor de
tolerância especificado.
No exemplo anterior, um dos verificadores deve ter o mesmo raio da peça, acrescido
de 0,05mm que corresponde à metade do valor da tolerância. O raio do outro
verificador deve ser igual ao raio da peça menos 0,05mm.
As superfícies das peças também podem apresentar perfis irregulares, compostos por
raios e concordâncias. Quando a exatidão da superfície irregular for um requisito
fundamental para a funcionalidade da peça, é necessário especificar a tolerância de
perfil de superfície qualquer.
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Tolerância Geométrica
A peça e o gabarito devem ser posicionados de forma a ficar alinhados entre si. Não
deve haver movimento relativo entre a peça e o gabarito de forma.
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
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Tolerância Geométrica
Tolerâncias de orientação
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