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Apresentação

Este trabalho tem por objetivo orientar e mostrar um pouco sobre os ensaios de
resistência na matéria prima que será utilizada na confecção de produtos destinados ao
consumo antes de sua utilização ou inserção no mercado. As observações feitas
servem como um norteador para o estudante de design.
Introdução

Nos séculos passados, como a construção dos objetos era essencialmente


artesanal, não havia um controle de qualidade regular dos produtos fabricados. Então,
avaliava-se a qualidade de uma lâmina de aço, a dureza de um prego, a pintura de um
objeto simplesmente pelo próprio uso.

Um desgaste prematuro que conduzisse à rápida quebra da ferramenta era o


método racional que qualquer um aceitava para determinar a qualidade das peças, ou
seja, a análise da qualidade era baseada no comportamento do objeto depois de
pronto.

Os acessos as novas matérias-primas e o desenvolvimento dos processos de


fabricação obrigaram à criação de métodos padronizados de produção, em todo o
mundo. Ao mesmo tempo, desenvolveram-se processos e métodos de controle de
qualidade dos produtos.

Atualmente, entende-se que o controle de qualidade precisa começar pela


matéria-prima e deve ocorrer durante todo o processo de produção, incluindo a
inspeção e os ensaios finais nos produtos acabados.

Características de materiais obtidas através dos ensaios são fundamentais para


o dimensionamento de elementos estruturais. De maneira sucinta pode-se definir
ensaio como a observação do comportamento de um material quando submetido à
ação de agentes externos como esforços e outros, sob condições padronizadas, em
geral definidas por normas, de forma que seus resultados sejam significativos para
cada material e possam ser facilmente comparados.

Nesse quadro, é fácil perceber a importância dos ensaios de materiais: é por


meio deles que se verifica se os materiais apresentam as propriedades que os tornarão
adequados ao seu uso.
Ensaio de Tração

Todo produto têm que ser fabricado com as características necessárias para
suportar esforços que estão sujeitos durante o seu uso. E, para saber se os materiais
apresentam as características imprescindíveis para sua utilização são realizados
ensaios mecânicos dos materiais, que são padronizados e compreendidos em testes,
cálculos, gráficos e consultas a tabelas, tudo em conformidade com normas técnicas.
Realizar um ensaio consiste em submeter um objeto já fabricado ou um material
que vai ser processado industrialmente a situações que simulam os esforços que eles
vão sofrer nas condições reais de uso, chegando a limites extremos de solicitação.
Dentre esses ensaios, o ensaio de tração consiste em
submeter o material a um esforço que tende a alongá-lo até
sua ruptura. Os esforços ou cargas são medidos na própria
máquina de ensaio.
O ensaio citado permite conhecer como os materiais
reagem aos esforços de tração, quais os limites de tração
que suportam e a partir de que momento se rompem.
Um corpo qualquer preso em uma das extremidades,
submetido a uma força x, aplicada na direção do eixo
longitudinal, trata-se de uma força axial. Ao mesmo
tempo, esta força é perpendicular à seção transversal do
corpo. Quando a força axial está dirigida para fora do corpo,
Corpo de prova submetido
trata-se de uma força axial de tração. ao ensaio de tração

A aplicação de uma força axial de tração num corpo preço produz uma
deformação – aumento do comprimento com diminuição da área da seção transversal
– chamada alongamento.
A = alongamento
Lo = Comprimento inicial
Lf = Comprimento final, após o
ensaio

Considerando o exemplo de um corpo de 12mm que, submetido, a uma força


axial de tração, ficou com 13,2mm de comprimento, o cálculo correto para saber seu
alongamento é:

Obs. A unidade mm/mm indica que ocorre uma deformação de 0,1 mm por 1
mm de dimensão do material.
A deformação também pode ser indicada de maneira percentual. Neste caso,
A=0,1mm/mm x 100 = 10%
Quando um material é submetido a uma força de tração, podem ocorrer dois
tipos de deformação:
- Elástica: resultado de um pequeno alongamento do
material na direção da tensão aplicada. A deformação não é
permanente e o material volta a sua forma e dimensão original
após cessarem os esforços que o deformava (fig. 01);

Fig.01
- Plástica: após interromperem os esforços, o material não
volta a sua forma normal, permanecendo uma deformação
residual plástica mesmo recuperando sua deformação elástica
(fig.02).

Fig.02

Considerando que a força de tração atua sobre a área da seção transversal do


material, tem-se uma relação entre essa força aplicada e área do material onde está
sendo exigida, designada tensão.
Gráficos aproximados da relação tensão x deformação podem ser vistos na
Figura 03 e 04.

(a) é uma curva típica para aços


de alta resistência.
(b) curva para aços de baixo /
médio carbono.
(c) para ferro fundido cinzento.
(d) para materiais bastante
maleáveis como cobre.

Fig.03

Fig.04
A tensão, tanto representada pela letra T ou σ (sigma), é a relação sobre uma
força (F) e uma unidade de área (S):

[N/mm2 = MPa (megapascal)]

Para efeito de cálculo da tensão suportada por um material, considera-se como


área útil da seção deste material a soma das áreas de suas partes maciças. Por
exemplo: um cabo metálico para elevação de pesos, cuja área da seção é de
132,73 mm2, composto por 42 espirais de 1,2 mm2, tem como área útil
50,4mm2.

O quadro a seguir mostra a correspondência entre unidades de força e de


tensão.

Exemplo:
Calcular a tensão que deve ser suportada por um tirante de aço de 4mm2 de
seção, sabendo que o material estará exposto a uma força de 40 N.

T = F/S => T = 40N => T =


10Mpa
4mm2
Conclusão

Durante o desenvolvimento do trabalho, observou-se a grande importância de


testar a matéria prima, procedendo ensaios no material antes de usá-lo, sua resistência
e suas propriedades de caráter químico e físico são importante suporte para uma boa
arquitetura do produto final. É importante saber se o produto resistirá quando sofrer um
cisalhamento, uma torção, uma tração, uma compressão ou uma flexão, esses são os
principais esforços que fazemos no dia-a-dia, e se um designer não pensar em todos
esses esforços quando for elaborar um produto, poderá incorrer em prejuízo que muitas
vezes torna-se irrecuperável. Quando tal proceder não acontece, são comuns os casos
de perdas tanto no meio social, ambiental e tecnológico.
Bibliografia

• http://pt.wikilingue.com/gl/Ensaios_de_materiais (acessado dia:15/09/2010)

• www.matmec.files.wordpress.com/2008/03/intro.ppt (acessado dia:15/09/2010)

• http:academicos.cefetmg.br (acessado dia:16/09/2010)

• www.epcapelas.com (acessado dia:16/098/2010)

•http://lh4.ggpht.com/_DLtBTB_4gKk/SuXg9j20InI/AAAAAAAADBE/P5pz6Zb_uI4/Labor
at%C3%B3rio+de+Ensaios+de+Materiais.jpg (acessado dia:16/09/2010)

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