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Estrutura do envoltório nuclear

Profa. Maristela Ruberti


Oenvoltório nuclear protege o
material genético:
O envoltório nuclear separa o núcleo do citoplasma e
permite que a célula controle o acesso a seu material
genético.
 O envoltório nuclear é constituído por duas subunidades de
membrana concentricas que limitam uma cavidade interna
a cisterna perinuclear
 A membrana externa tem ribossomos aderidos e apresenta
continuidade com o retículo endoplasmático rugoso, razão
pela qual é considerada uma porção especializada do
retículo.
As membranas do envoltório são lipoprotéicas apresentando em torno de 30%
de liídeos e 70% de proteínas dentre as quais glicoproteínas.

Cerca de 90% são fosfolipídeos e 10% são trigicerídeos, colesterol e ésteres de


colesterol.
Esquema da lâmina nuclear e a cromatina presa a ela.
Micrografia eletrônica mostrando envoltórios nucleares compostos por duas
mebranas e os poros nucleares.
O envoltório nunclear é perfurado pelos complexos
de poros

O envoltório nuclear não é contínuo como as demais membranas biológicas. Em


alguns pontos a fusão da membrana interna com a membrana externa leva ao
estabelecimento dos poros, cuja função principal é regular o trânsito de
macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma.

Esses poros são preenchidos por agregados protéicos, os complexos de


poros. Os poros são uniformemente espaçados e sua quantidade varia
conforme o tipo celular e/ou seu estado funcional.
Poro nuclear a parte intranuclear forma um anel contínuo
A Ran controla o sentido de translocação de
moléculas pelo poro.
Ran proteína da família das
enzimas que quebram GTP em
GDP GTPases.

Os receptores de importação
nuclear (importinas) e de
exportação (exportinas)
possuem dois domínios um que
se liga a Ran e outro que se
liga à molécula a ser
transportada. Ran hidrolisa
GTP e fornece energia para o
transporte das macromoléculas
Diafragmas na região do poro nuclear estruturas
arredondadas (setas). Permeabilidade seletiva.
Elétron-micrografia de material preparado pelo método de criofratura.
Observe as duas membranas e o poro.
A lâmina nuclear confere forma e estabilidade ao envoltório nuclear:

Rede protéica com 10-20nm de espessura;


Nos vertebrados existem 3 genes que codificam 7 tipos de laminas: 2 do tipo A,
3 do tipo B e 2 do tipo C

Mutações nesses genes causam laminopatias (doenças genéticas que causam


distrofia muscular) Exemplo: Síndrome de Emery-Dreifuss (EDMD).
A distrofia muscular de Emery-Dreifuss é uma forma de distrofia muscular
freqüentemente associada a contraturas articulares e defeitos de condução cardíaca,
que pode ser causada pela deficiência da proteína emerina na membrana nuclear
interna das fibras musculares. Atinge, primeiramente, os músculos dos calcanhares,
cotovelos e pescoço, com a evolução da doença a condução cardíaca é alterada,
podendo levar o paciente à morte
Nucleoplasma: solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos e íons, onde
estão mergulhados os nucléolos e a cromatina.
O material genético está na forma de cromatina

O termo cromatina deriva do grego croma, cor e designa, com exceção dos
nucléolos, toda porção do núcleo que se cora e é visível ao microscópio de luz.

Sua organização é dinâmica e se altera conforme a fase do ciclo celular e com o


grau de atividade da célula.

No núcleo interfásico a cromatina se apresenta compactada e/ou descompactada.


No núcleo em divisão a cormatina se encontra altamente compactada, constituindo
os cromossomos.

Assim a cromatina e os cromossomos constituem aspectos morfológicos e


fisiológicos de uma mesma estrutura.
Elétron-micrografia de corte da medula óssea.
A cromatina é constituída por DNA
complexado com proteínas
Essas proteínas são as histonas e as não histônicas e um pouco de
RNA também sempre é encontrado em associação ao DNA
Estrutura molecular da Cromatina

Nucleossomo : 4 tipos de histonas (duas de cada). Uma molécula H1 ou H5 se liga


na parte externa e em associação com o filamento de DNA.
Cromatina e a expressão da informação genética
Estados funcionais da Cromatina
Os estudos ao microscópio de luz revelaram dois padrões distintos de coloração da
cromatina que corresponem aos estágios de compactação da mesma: a
heterocromatina de coloração intensa e uma menos corada a eucromatina.

Eucromatina: 10% na forma ativa, que é menos condensada, e o restante, mais


condensado é a eucromatina inativa.

Em um nível maior de compactação encontra-se a heterocromatina que não é


transcrita em RNA permanecendo sempre inativa.

A mesma fibra cromatínica pode apresentar regiões eucromáticas contínuas com


regiões heterocromáticas.
A heterocromatina também se divide em heterocromatina constitutiva e heterocromatina
facultativa.

A heterocromatina constitutiva é formada por sequências gênicas altamente repetitivas, que


nunca são transcritas.

A heterocromatina facultativa é a parte da heterocormatina que, em um mesmo organismo,


se apresenta descondensada em algumas células e condensadas em outras. Pode conter
sequências gênicas em cópias únicas ou mediamente repetitivas passíveis de transcrição,
mas que são inativadas.

O exemplo mais comum deste tipo de heterocrormatina é a cromatina sexual dos mamíferos
fêmeas, o cromossomo X. Um dos cromossomos X nas fêmeas é inativado ainda durante
a vida intra-uterina . Essa inativação é aleatória e em algumas células o cromossomo
inativado é de origem materna e em outras de origem paterna.
Morfologia da cromatina sexual (sexo feminino). Nas células do epitélio bucal a
cromatina sexual aparece como uma pequena massa densa aderida à membrana
nuclear; no neutrófilo, tem aspecto de uma raquete saliente e presa a um lobo do
núcleo, que é irregular nesse tipo de célula.
No nucléolo ocorre a síntese do RNA ribossômico.

Os genes que codificam os rRNAs


estão localizados em porções de
fibras cromatínicas que, após sua
compactação, irão constituir as
constrições secundárias de
cromossomos específicos. Essas
regiões foram denominadas de
“regiões organizadoras de nucléolos
Nors (do inglês nucleolar
organizations regions)
Síntese e processamento do RNA ribossômico

ETS = espaçador transcrito externo; ITS= espaçador transcrito interno


Estrutura do cromossomo metafásico:
complexidade do empacotamento da
molécula de DNA
Organização estrutural dos cromossomos
O complemento cromossômico de uma espécie é constante
Toda espécie animal e vegetal tem um complemento cromossômico
característico , o qual se denomina cariótipo. O cariótipo é o conjunto de
características constantes dos cromossomos da espécie, quanto ao número
tamanho e morfologia.

O número de cromossomos de uma espécie é constante e é mantido


durante os ciclos de divisão que a célula passa. Exceção a meiose –
formação dos gametas.

Espécie Nº de cromossomos
Ascaris megalocefala 2
Culex pipiens (mosquito) 6
Homo sapiens (homem) 46
Gorilla gorilla (gorila) 48
Capra hircus (cabra) 60
Equus caballus (cavalo) 66
Solanum tuberosum (batata) 48
Cromossomos politênicos
Cromossomos politênicos

Fotomicrografia dos cromossomos politênicos de núcleo interfásico das


glândulas salivares do inseto díptero Rhynchosciara angelae.
Tamanho pode variar de 150 a 250mm.
Fotomicrografia dos cromossomos politênicos de núcleo interfásico das glândulas
salivares do inseto díptero Rhynchosciara angelae. As setas indicam as regiões de
pufe ou região de transcrição. Em A a região após a regressão do pufe.
Cromossomos politênicos. Fotomicrografia - inseto díptero Telmatoscopus sp.
Cromossomos plumosos
Fotomicrografia de dois ovócitos primários. As células se apresentam em meiose o
nucléolo é bem visível e pode-se observar os cromossomos bem condensados.
Cariótipo Humano Faixas
Estrutura da molécula de DNA
Os ácidos nucléicos são polímeros de nucleotídeos
Estrutura da molécula de DNA e RNA
O RNA contém uma Uracila no lugar da Timina
Estrutura da molécula de DNA

3,4nm
Estrutura da molécula de DNA

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