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Introdução
Cannabis Sativa, esse é seu verdadeiro e cientifico nome, mas é mais conhecida por
marihuana, marijuana, maria, erva, cânhamo (os níveis de THC do cânhamo são muito
baixos), etc. è uma planta que cresce em estado selvagem em alguns lugares do mundo,
podendo aclimatar-se a praticamente qualquer sítio. E uma das primeiras plantas
conhecida, que o ser humano utilizou em seu próprio beneficio!
A terra que melhor se adapta é aquela que tem melhor mistura quando estão em vasos e
argilosas quando estão em terra, são da família das urtigas, bem realmente são da família
do lúpulo, mas primas das urtigas, assim que se plantas em terra mãe crescerão muito
bem nas terras onde saiam estas matas.
A rega faz-se com agua em abundância,
até que saia por debaixo dos vasos e
intercalando os tempos entre eles o mais
possível para que as raízes se oxigenem
bem. Se estivessem em terra a rega será
muito espaçosa, 1 vez por semana e
incluso menos. Como muito já que pode
chegar a ser una planta de até 5 metros de
altura, pelo que se recomenda usar uma
terra com algum abono de base, como
humus de minhoca, quando cultivamos em
vazo com um fertilizante líquido misturado
com a água de rega. Quando mais
necessitam este aditivo líquido é na fase de
floração.
SEXO:
A Cannabis é uma planta dioica, quer dizer, existem plantas macho e plantas fêmeas. O
macho que não se costuma utilizar ”só em caso para criar sementes”, da umas flores
pequenitas que se irão juntando em conjuntos, formados por sépalos e estambres, e que
em redor de 1 mês desde que começam a sair, abrirão os seus sépalos e soltaram ao
vento o amarelento pólen.
A fêmea, que é a que cuidaremos até ao
final, puis é ela a que da o fruto dos nossos
interesses, da os pistilos, cada um de eles
formados pelo cáliz, o lugar onde se criará
a semente, e os estigmas dos pelitos em
uma ponta, que normalmente são brancos
mas que podem tomar outras tonalidades
como lilás, laranja, azulados, etc. Estes
pistilos formam-se em conjuntos,
chamados coloquialmente cabeços. Os
estigmas são os encarregados de apanhar
o pólen do macho e introduzi-lo dentro do
cáliz, onde se formará a semente. A não
ser que queiramos conseguir uma sembra
de sementes e não de cabeços,
beberíamos tirar os machos e deixar só as
fêmeas, este tipo de cultivo é denominado
cultivo "sinsemilla", já que ao retirar os
machos as fêmeas não criaram sementes,
só se concentraram em criar resina, que lês
servirá como defensa para os cabeços
resguardados do frio, do calor e das pragas
que ficarão agarradas nela. Também
produzirá mas pistilos o que fará que o
cabeço engorde mais.
Se tivéssemos deixado um macho com a
fantástica ideia de criar o nosso próprio
cruze, veríamos que a planta fêmea uma
vez polinizada se dedica a fabricar
sementes e mão produz tanta resina nem
tão vigorosos cabeços como as anteriores.
Uma vez secado e extraídas as sementes,
estes cabeços ficam em nada.
Germinação
Cobrimo-la levemente para que não dê luz a radícula, já que uma exposição prolongada a
mataria.
E a continuação regaremos com muito
cuidado de não afundar nem colocar a
boiar a semente. Vamos fazer aqui uma
demonstração, a plantita 1 só será regada
com água os primeiros dias, suficiente para
1 que saia e cresça bem, já que o pouco
alimento que necessita durante este tempo
o tomará da terra; e a 2 vaie-se juntar um
estimulante radicular, para um crescimento
mais rápido da raiz e por toda a planta.
AGUA: è vital, sem ela nenhum ser vivo poderia sobreviver. A planta absorve a
través das raízes e deve ser administrada com regularidade e deixando espaços entre as
regas para que as raízes se oxigenem, uma rega continua sem deixar que a terra se
seque pode causar apodrecimento radicular, sobre todo nas épocas de mais calor. A
melhor forma de saber quando regar, se temos as plantas em vasos, é pelo peso, já que
uma terra recém regada pesa muito ao estar empapada de agua, mas conforme vão
passando os dias a terra vai perdendo peso, uma parte da agua está a ser absorvida
pelas raízes e outra parte está a secar, quando o peso reduz um pouco mais da metade,
do que pesava recém regada, é hora de voltar a colocar agua. A terra vaie-se secando de
cima para baixo, é por isto que a técnica que alguns cultivadores usam de regar quando
colocam o dedo na terra e o notam seco não está boa, já que isto não diz que não siga
tendo agua a partir dos 10cm de profundidade. Quando a planta está na terra mãe em
vez de estar em um vaso, a rega é muito mais intercalado, ao principio quando a planta
ainda é pequena as regas são cada 3-5 dias, mas conforme vai crescendo e alargando as
suas raízes, a carência de rega pode ser de 1 vez à semana, incluso haverá muitos que
regueis menos, 1 vez cada 15 dias, mas o melhor é observar a planta e esperar a que
nos a peça, as folhas põem-se um pouco flácidas nas zonas altas quando a agua
começa a escassear. O PH da agua deve ser de 6'0 - 6'5 no máximo dos máximos 7 para
uma boa absorção dos nutrientes por parte da planta. Em quanto a EC, ainda que não é
um factor muito grande que há que ter em conta nos cultivos de terra, seria interessante
que não passasse de 0'5, o que, de o fazer, o converteria em agua dura, com o que se
aconselha em tal caso utilizar fertilizantes especiais para aguas duras.
LUZ: a Cannabis é uma planta que necessita muita luz e de grande intensidade, quer
dizer, sol directo, indispensável para realizar correctamente a fotosíntesis, processo
mediante o qual as plantas captam e utilizam a energia da luz para transformar a matéria
inorgânica do seu meio externo em matéria orgânica que utilizaram para o seu
crescimento e desarrolho. A fotosíntesis divide-se em duas fases. Na primeira ocorre em
os tilacoides, em onde se capta a energia da luz e esta é armazenada nas moléculas
orgânicas simples (ATP y NADPH). A segunda a verá no tema AR. A luz pode ser solar ou
artificial, embora nem qualquer lâmpada serve, as melhores são as lâmpadas de Alta
Pressão de Sódio (HPS), para a floração (luz vermelha ou amarela) e as de Halogéneos
Metálicos (MH), para o crescimento (luz azul “ou branca”). O excesso de sol, incluso em
Agosto, nunca é mau para as folhas, ramos ou cabeços, o mau é que esse excesso de
sol afecte as raízes subindo a temperatura do vaso e por tanto a de estas mesmas, com
o risco de desidratação e queimaduras. O mínimo diário de horas de sol directo que
necessita a planta para um correcto crescimento e uma boa e rápida floração é de 6
horas. Se tivéssemos menos horas a planta tenderia uma separação entre os nós maior
durante o crescimento, assim no período de floração os cabeços se terminam de fazer
mais tarde, muito espaçados e pouco prensados.
AR: no cultivo exterior não devemos ter nenhum cuidado especial com ele, mas é bom
saber como o utiliza a planta, para compreender melhor o seu cultivo. A segunda parte
da fotosíntesis tem lugar nos estomas, diminutos furos nas folhas, que recebem o CO2
atmosférico para produzir hidratos de carbono e oxigeno e indirectamente o resto das
moléculas orgânicas que compõem os seres vivos (aminoácidos). Devido a isto, os
vegetais superiores são, junto aos outros organismos fotosintéticos, os produtores
primários na biosfera. As folhas realizam o intercâmbio de gases (fotosíntesis e
respiração) a través dos sus estomas aeríferos, pelo que transpiram o vapor da água
(evapotranspiração). A través dos estomas das folhas, a planta absorve o dióxido de
carbono, (CO2), da atmosfera, e expulsa o Oxigeno (O2) procedente da fotólisis do H2O,
processo incluido na fotosíntesis. Este oxigénio é fundamental para a vida no nosso
planeta.
Macroelementos: Que se dividem por sua vez em primários: Nitrogénio (N), Fósforo(P) e
Potássio(K). São os mais consumidos pelas plantas e, os macroelementos secundários ,
o Magnésio (Mg) o Cálcio (Ca) e Enxofre(S) que se requerem em menor quantidade.
Microelementos: (Oligoelementos): ferro, manganésio, boro, cloro, cobalto, cobre,
molibdénio e zinco. Os abonos para a fase de crescimento devem ter um alto conteúdo
em nitrogénio, o primeiro número maior que o segundo (8-6-4). Os abonos no ciclo de
floração trazem um aporte de fósforo maior ao de nitrogénio (4-13-14). O terceiro número,
o potássio, sempre tem que estar presente em una proporção considerável. Os
macroelementos secundários e microelementos são consumidos pela planta em
proporções muito pequenas, mas por não ter o que necessitam, nos daria carências e
incluso a morte da planta. Os abonos podem ser de absorção lenta ou rápida, e vêem
em distintas formas: solúveis com a agua de rega (absorção rápida), misturadas na terra
(absorção lenta), de aplicação superficial ou de aplicação nas folhas com um
pulverizador. A maioria dos materiais orgânicos mencionados, como parte da mistura da
terra, são abonos de lenta assimilação e trabalhar com eles é aconselhável pois é difícil
sobre fertilizar. Costumam ser ricos em nitrogénio e seriam um primeiro suporte para a
primeira fase do crescimento, com que o primeiro abonado já venderá quando as plantas
tenham uma certa altura. Meios muito bem preparados com boa turba e húmus de
minhoca fortificam aporte que nos pode evitar abonar até quase ao final da fase de
crescimento vegetativo.
O TRANSPLANTE
O transplante faz-se porque a planta ficou pequena no vaso onde a pusemos e está na
hora de a colocar num maior, por exemplo quando plantamos a semente numa
sementeira e passado o tempo, este fica pequeno, há que que fazer a mudança para um
maior. Esta mudança só é recomendável faze-lo durante a fase de crescimento já que na
fase de floração isto faria que a colheita se retardasse.
Primeiro devemos ter em conta que a terra onde está a planta esteja seca, já que assim
será mais fácil tira-la da sementeira, sem que as raízes se danifiquem, devido a que a
terra seca se compacta e sai como um bloco, coisa que não acontece com a terra
húmida que tem tendência em partir-se toda e poderia danificar as raízes.
Tira-la da sementeira é muito fácil, com a
terra compactada bastará dar-lhe um leve
empurrão na base da sementeira para que
saia toda de uma peça.
Pomos a planta no centro do vaso e temos em conta que as folhas inferiores devem ficar
como mínimo de 3-5 centímetros por encima da terra, para evitar futuros fungos.
Em seguida enchemos com mais substrato, até que a planta fique firme, não é
recomendável apertar o carregar a terra já que se o fazemos as raízes receberão menos
oxigénio e tenderiam um crescimento mais lento.
O sexo das pré-flores é a forma mas segura de ver o sexo das nossas plantas, há formas
mais rápidas, como forçar as plantas a florescer dando-lhe mais horas de escuridão, mas
está comprovado que algumas variedades sofrem hermafroditismo usando esta técnica.
Não poderemos apreciar as pré-flores até que as plantas tenham uns 8 nós,
aproximadamente 50 cm. de altura, embora sem sempre seja assim, há variedades que
se adiantam e outras que se atrasam. O sítio onde procurar as pré-flores é na intersecção
entre o talo principal e as ramas laterais, e sempre na parte mais alta da planta.
Como podemos ver na foto esta planta ainda não está definido.
As X marcam o sítio onde deveremos procurar as pré-flores.
A diferença entre as pré-flores fêmeas e as pré-flores machos são que os machos deitam
unas bolitas diminutas e as fêmeas uma espécie de "corninho" com dois pelitos brancos
na ponta, quer dizer estes pelitos podem aparecer uns dias mais tarde que o "corninho".
Um macho florescendo e com flores abertas, estas flores já estão a soltar pólen.
Não há que tirar os machos do lado das plantas que ainda não se hajam definido nada
mais detecta-los, é melhor que os deixemos um tempo até que vejamos de que sexo são
o resto das plantas, ou ao menos não eliminá-los todos, já que ao notar presença
masculina as plantas que ainda no se hajam definido costumam sair fêmeas. O macho
não será problemático até que abra as flores, já que é neste momento quando solta o
pólen, para isso primeiro haverá um conjunto de bolitas que logo se iram abrir. Desde
que detectamos as pré-flores até que solta pólen podem passar mais de 3 semanas,
assim que não se ponham nervosos!!!.
A fêmea estará receptiva para agarrar o pólen macho e fabricar a semente no interior dos
cabeços quando estes comecem a formar-se, no exterior é a mediados de Julho
normalmente, e em interior é com a mudança de fotoperiodo.
CLONES
Cortamos os clones da planta mãe e os deixamos unas horas na água, não tem porque
ser uma noite inteira, já que a única finalidade de isto é que se hidratem e para isto
bastaram unas horas.
Preparamos o sítio onde os ponderemos a enraizar, em este exemplo vamos a utilizar lã
de rocha, assim que colocaremos uns cubos, previamente empapados em agua, num
sementeiro dos pequenos e por sua vez este sementeiro o meteremos dentro de uma
estufa pequena, um propagador ou se quiser poupar, um Tupperware de esses de
plástico transparente.
Antes de colocar os clones temos de fazer uns buraquitos, não muito grossos para que
seja menos difícil introduzir a rama do clone, já que quando são ramas jovens dobram-se
com facilidade.
De uma rama como esta podem-se tirar até 5 clones, e aqui a prova!:
A seta vermelha assinala o clone, o risco azul indica por onde se vai cortar cada clone.
E aqui um clone ao que vamos preparar para enraizar.
Cortamos as pontas de das folhas, para que no toquem o chão, o que causaria
apodrecimento, e para que a planta necessite menos agua.
Cortaremos também a folha inferior deixando só as da ponta, já que será por aqui por
onde a planta segue em frente. Pelo nó que amputamos saíram melhor as raízes.
Para que as plantas tenham boa cor o fertilizante o colocaremos nas folhas, cada 3-4 dias
será suficiente. Os melhores abonos foliares “para as folhas” para aguentar o verde nas
folhas dos clones são Alga Mic de BioBizz.
Uma semana depois alguns clones já estão enraizados, embora outros morreram. Depois
de estar aplicando abono foliar podeis observar que o verde das folhas é agora más
escuro que quando se cortaram da planta mãe.
A partir de aqui podemos colocar o clone no ambiente que queiramos, sem o tirar da lã
de rocha, “coco, terra, arlita” etc. Mas juntando sempre que se possa o estimulante
radicular, um dos que eu te recomendo é o da marca Green Hope.
¿¿¿ PODAR OU DOBRAR???
COMO PODAR:
As podas têm vários propósitos que a planta não ultrapasse certa altura para que não
seja tão chamativa “dar muito nas vistas”, estimular um crescimento lateral da planta,
orientar o crescimento e tirar uma maior produção.
Para realizar a primeira poda esperaremos ao menos até que a planta tenha 4 pares de
folhas.
Há que cortar o mais perto possível do nó que desejamos na planta, j que se deixamos
algum bocado na parte superior vai apodrecer e poderia fazer adoecer a planta.
Como se pode apreciar o tronco está oco, costuma resistir muito bem as podas, mas
nunca é demais colocar cicatrizante nos cortes ou da nossa própria saliva “em caso de
não ter outra coisa”, que é um cicatrizante do mais económico.
Passados uns dias nota-se os resultados, a ponta dividiu-se em 2 depois da poda, agora
esperaremos que estas 2 novas ramas cresçam para volver a podar.
Aqui está a diferença entre 2 ramas inferiores, a primeira de pouco mais de 1 palmo é de
uma planta que não foi podada, a segunda é a rama inferior de una planta que se podou
e que experimentou um crescimento maior em todas as suas ramas como podemos ver
a continuação...
Onde está a mão pode ver-se o primeiro dos cortes 1 mês depois e como a partir do
mesmo as ramas cresceram por todos lados.
Conforme a planta vai crescendo as ramas vão-se abrindo convertendo-a mais em um
arbusto frondoso com múltiplas pontas que nos dará mais que a típica forma de arvore
de natal que tomam as plantas sem poda com uma única ponta central.
É bom saber que se dobram melhor as Sativas por ter um talo mais flexível, que as
Indicas. Devemos dobrar quanto podamos sem forçar tanto como para que se parta o
talo.
Não devemos fazer um nó apertado para que quando cresça não trave o crescimento.
Com uma pedra ou similar, faremos a ancoragem. O primeiro dia dobraremos um pouco.
Nos próximos dias iremos baixando até a altura desejada, tendo o especial cuidado para
no parti-la.
Aqui podemos observar a diferença final entre uma planta de semente sem podar nem
dobrar (foto 1), uma planta de semente dobrada (foto 2) e uma planta de semente podada
(foto 3).
CARÊNCIAS - EXCESOS
Nitrogénio ( N ) Ferro ( Fe )
Fósforo ( P ) Zinco ( Zn )
Potássio ( K ) Manganésio ( Mn )
Cálcio ( Ca ) Boro ( B )
Magnésio ( Mg ) Cobre ( Cu )
Enxofre ( S ) Molibdénio ( Mo )
Cloro ( Cl )
Sintomas: Folhagem verde pálido e depois fica amarelo, estes sintomas apresentam-se
primeiro nas folhas grandes e baixas que fica murcha e ficam secas prematuramente no
fim caem, se a carência continua as folhas novas também amarelecem e o seu pecíolo
ficará comprido e extremamente fino.
Causas: a terra na que está a planta não tem nenhuma emenda orgânica que a alimente
de este elemento e não recebe nenhuma rega com fertilizantes.
Prevenção: Usar regularmente um fertilizante completo misturado com a água de rega.
FÓSFORO (P)
Sintomas: Aparecem primeiramente nas folhas periféricas e depois nas mais jovens, o
sintoma característico é cloroses em volta do limbo, posteriormente o entorno da folha
fica deteriorada, as folhas mais novas são pequenas. Afecta o rendimento por uma
diminuição do crescimento da raiz e menor quantidade de açúcar.
Sintomas: Observa-se uma clorose das folhas centrais, verde pálido seguido de um
branqueamento do limbo das folhas.
Prevenção: Desce o pH até 6'5 ou menos e efectua fertilização com extractos de ferro. Os
estercos de cavalo, galinha e vaca são ricos em ferro. Submergir pregos e parafusos de
ferro em água para posteriormente regar com ela.
ENXOFRE (S)
Prevenção: Descer o PH até 5'5-6. Efectuar fertilização com abono a base de enxofre.
MANGANÉSIO (Mn)
Sintomas: Manchas de cor
amarelo mais ou menos
coloradas no limbo das folhas, a
cloroses pode invadir todo o
limbo, que é então amarelo com
as nervuras verde pálido,
posteriormente aparecem
manchas necróticas
esbranquiçadas, os pecíolos
estão muito compridos e
verticais.
Causas: Deficiência do
substrato, pH alto.
BORO (B)
Sintomas: As folhas jovens da coroa
enegrecem e morrem, a cara
superior dos pecíolos apresentam
manchas castanhas com gretas
transversais, a coroa parte-se e
apodrece em algumas ocasiões.
Pode afectar gravemente o
rendimento pelo apodrecimento da
a raiz e pela diminuição da
quantidade de açúcar por rebentos.
ZINCO (Zn)
FALTA DE AR (Oxigénio)
Não costuma dar-se em exteriores, mas
sim em interiores e estufas, a solução para
quando o ar falta nestes sítios é a
colocação de um extractor para regenerar o
ar.
PRAGAS E FUNGOS
Pulga Trip
Mosca da humidade
Mosca Minadora
“Mosquito”
Cochonilha Larva
Características:
A aranha vermelha é um ácaro com quatro patas, um abdómen e cabeça. A sua cabeça
é do tamanho de 0.5 mm aproximadamente e tem uma característica peculiar, em
quanto ao sua cor, é verde-claro com duas manchas negras, nos meses de verão. E
laranja sem manchas nos meses de Outono e Inverno. Em definitiva, nas suas distintas
fases de desarrolho apresenta uma cor esbranquiçada, amarelenta, vermelho-pardo e
verdoso, dependendo também da arvore ou planta que se hospede o na época do ano.
1º- Larva.
2º- Protoninfa: só apresentam dois pares de patas.
3º- Deutoninfa: em esta fase diferencia-se já o carácter sexual da aranha, fêmea ou
macho.
Danifica:
A aranha vermelha instala-se por detrás da folha alimentando-se do sumo celular da capa
superficial da mesma (chupa a savia da planta). Aparecem de imediato umas manchas
claras em cima e detrás da folha que definitivamente fazem que a folha se torne
completamente amarela, excepto os nervos, seca-se e morre. Estas consequências são
irreversíveis.
O melhor para não ter problemas é a prevenção, regando cada 15 dias com óleo de
NEEM, mas isto nem sempre resulta, por isso e enquanto está em crescimento podemos
pulverizar com vários insecticidas de contacto para combate-las, tais como Dicogreen,
Rotenona ou Compo aranha vermelha. Muito importante em estes casos pulverizar as
folhas por debaixo, se não o fazemos assim não servirá de nada. É importante destacar
que se a praga nos invade finalizando a floração, não convêm aplicar-lhe nada, como
muito combate-la com agua até que façamos a colheita, já que uma vez combatida a
aranha acaba por se ir embora. É uma boa ideia juntar-lhe cola na corda onde as
ponderemos a secar essas plantas infectadas, já que quando queiram ir para outras
plantas ainda vivas, vão ficar agarradas.
Outra solução é utilizar BioKill, pulverizar as zonas afectadas, cuidado se só pode ser
aplicado até ao penúltimo mês antes da colheita!
Para os clones o melhor é fazer uma solução a base de água e dicogreen e pegando-as
pela base, submergindo-as nela sem molhar as raízes durante ao menos 10 segundos e
para termos a certeza que o insecticida chega a todas as folhas, a moveremos enquanto
está baixo de agua.
Não confundir com as aranhas convencionais já que estas são predadoras de outros
insectos e por tanto, igual que salamandras, sardaniscas, joaninhas, mantis o abelhas,
entre outros, ajudam-nos a manter limpas as plantas.
Inimigos Naturais:
Stehorus Punctillum
Desde há vários anos Amblyseius O auxiliar Feltiella
um coleóptero
luta-se contra a Californicus é um Acarisuga contra a
predador, controla
aranha vermelha com predador contra vários aranha vermelha é
aranha vermelha em
êxito, com o ácaro ácaros daninhos em eficaz em diversas
pepino, pimento,
predador Phitoseiulus cultivos hortícolas e plantas, sobre tudo
cultivos ornamentais e
Persimilis. ornamentais. em tomate.
plantações de interior.
Mosca Branca
CARACTERÍSTICAS:
Denomina-se mosca branca pela presença de duas asas e aspecto branco, não supera
os 2mm de comprimento. As asas servem-lhe para mover-se de uma planta a outra com
relativa facilidade. Durante o Inverno encontra-se de forma fixa na parte inferior das folhas.
São atraídas pela cor amarelado e verde-claro. Nutre-se de folhas e das partes jovens das
plantas. A mosca branca é muito fácil de detectar, basta com mover um pouco a planta
pelo talo, para que saiam voando dela. São muito pequenas e como o seu próprio nome
indica, de cor branco.
Parte inferior da folha cheia de ovos de
mosca branca
Reprodução:
A reprodução realiza-se por ovos, que põem na parte inferior das folhas, em uma
quantidade aproximada de 180 a 200, de cor branco-amarelento e do tamanho muito
diminuto. Desde que põem os ovos até ao nascimento do indivíduo transcorre um tempo
de 20 a 24 horas. Passa por quatro estados larvais desde o ovo ao adulto:
1º-A larva tem um tamanho de 0.25 mm. Esta larva fixa o seu aparato bucal nos tecidos
das plantas para nutrir-se deles.
Após estes quatro estados larvais a mosca branca mete-se a voar de imediato. A duração
é de um mês em estado larvário. Para o desarrolho total da mesma é necessário umas
condições adequadas. A mosca branca está prevista de um órgão bucal chupador com
um prolongado bico que ocasiona diversos estragos na plantação porque subtrai a savia
das plantas e desarrolha a fumígena.
Folha que sofre a picadura da
mosca branca.
Danifica:
Inimigos Naturais:
A chinche Macrolophus
Caliginosus não só
O parasito Eretmocerus
protege o cultivo
Eremicus prefere sobre
eficazmente contra a
todo o segundo e o
mosca branca, embora
principio do primeiro
que também come
estado larvario da
ocasionalmente aranhas
mosca branca.
vermelhas, ovos de
polilla e áfidos.
PULGA
Características:
A pulga tem diferentes cores, negro, amarelo, verde, com um tamanho de 1 a 3 mm. As
suas patas são compridas e finas, duas antenas e tem forma de pêra. Vive na parte
inferior das folhas e nos talos. Chega incluso a desarrolhar um par de asas que servem
para se deslocarem de uma planta a outra. A pulga vive de forma massiva formando
grandes colónias. As pulgas possuem um aparato bucal do qual se prolonga um
filamento comprido que serve para introduzir no interior das células das folhas da planta.
Reprodução:
Existe duas formas diferentes de reprodução nas pulgas, por ovos e de forma sexual,
onde as fêmeas, que não tenham sido previamente fecundadas, dão a luz pequenas
pulgas com forma de adulto. As pulgas têm uma capacidade elevada de reprodução e
em períodos muito curtos de tempo as plantas estão invadidas por elas. Permanecem na
planta na que nascem e após várias gerações criam umas asas que lhes servem para
passar de umas plantas a outras. A reprodução tem as sus épocas, as fêmeas
fecundadas costumam colocar os seus ovos onde passaram todo o Inverno até chegar a
primavera para nascer.
Com o seu aparato bucal extraem o sumo celular da planta. Têm uma forma peculiar na
forma de alimentar-se, fazem-no de tal forma que, no se apreciam danos visíveis na
planta, já que não rasgam as células, já que a perfuram com o seu filamento bucal. Com
o tempo aparecem os sintomas nas plantas, são:
Inimigos Naturais:
O neóptero Chrysopa
Carnea é um predador
Adalia Bipunctata “mais
de pulga que
conhecida por Joaninha”
frequentemente aparece
é um predador de varias O Aphidius Colemani a
espontâneo nos cultivos
espécies de pulgas e comer uma larva.
“indoor” ou no campo.
pode-se utilizar em
São larvas predadoras
vários cultivos.
eficientes pelo seu
grande apetite.
TRIP
CARACTERÍSTICAS:
Adulto
Fêmea
Eliminação:
Aos trips atraem-lhes a cor azul, assim que para reduzir a sua propagação podemos
colocar tiras adesivas azuis perto das plantas, onde ficaram colados. Como sempre o
óleo de neem e Biokill como preventivo biológico, e se ainda está na fase de
crescimento, Dimegreen40, rotenona, sabão potássico ou BIOKILL.
Inimigos Naturais:
MOSCA MINADORA:
CARACTERÍSTICAS:
A mosca minadora é uma mosca pequena cuja longitude varia entre 0.4 - 0.5 mm, de
coloração café a verde oliva. Vive no interior das folhas realizando uma série de galerias,
que acaba destruindo-as por completo. Também efectua minas no interior dos novos
talos. Uma vez a larva sai do ovo começa a penetrar ou a minar a lâmina das folhas. A
larva pode alimentar-se na mesma folha onde se encontrava a crescer e criar uma nova
mina. O tempo que transcorre de ovo a adulto é aproximadamente 2 semanas a
temperaturas de 29-32 grados centígrados.
Ovo Larva Pupa Adulto
Reprodução:
Os danos são produzidos pelas larvas que se alimentam dos tecidos das folhas jovens e
tenras escavando galerias dentro delas, deixando só por cima a cutícula da folha. A folha
acaba destruindo-se, curvando-se e a cutícula acaba por ficar preta. Embora as folhas
fiquem destruídas por estas moscas minadoras a colheita não se vê tão afectada. Se as
condiciones climáticas forem boas (altas temperaturas) a mosca minadora incrementa
mais a sua actividade destrutora nas folhas. A acção da mosca minadora provoca uma
elevada perda de massa foliar, reduzindo a capacidade fotosintética da planta o que
produz a perda de vigor da mesma.
Eliminação:
Como com as anteriores pragas também com a mosca minadora funciona o óleo de
neem como preventivo tanto como o BIOKILL, e se a praga já está na planta colocar
rotenona e dimegreen40 funciona bastante bem, mas lembra-te, estes dois últimos
produtos só são recomendáveis para a fase de crescimento, não na fase de floração.
Remédio Caseiro:
Misturar 1 litro de água com uns poucos cigarros e deixar repousar durante a noite,
depois coloca-lo pulverizado por toda a planta, depois tirar qualquer folha que esteja
comida ou “minada”. Passado 1 semana voltar a fazer o mesmo processo.
Inimigos Naturais:
Em caso de infestações
incipientes e de A vespa parasita
temperaturas baixas, a Diglyphus Isaea pode
vespa parasita Dacnusa lutar eficazmente contra
Sibirica é um auxiliar as moscas minadoras.
indispensável.
CARACTERISTICAS:
Os mosquitos adultos com asas são de cor cinza ou preto, medem de 2 a 4 milímetros e
têm as patas compridas. Procura-os na base das plantas. Adoram os ambientes húmidos
e escuros como a lã de rocha ou a plantação hidropónica, também sobre a terra
molhada. Voam muito lentos e costumam estar andando sobre o substrato húmido.
Larva no substrato.
Reprodução:
As fêmeas adultas podem chegar a por até 200 ovos semanais, normalmente no
substrato húmido, onde nascem em forma de larva e alimentam-se até que estão fortes e
mudam a sua morfologia para sair voando até as partes aéreas das plantas.
Danifica:
Os danos desta praga são causados principalmente no seu estado de larva, que
alimentam-se dos pelos radiculares, assim evitam que a planta se possa alimentar e
depois estas raízes infectam-se de fungos, com o qual ficam inúteis, é uma das pragas
mais difíceis.
Eliminação:
Para eliminar as larvas do substrato o melhor é utilizar oleo de neem por borrifadas, as
eliminaremos por completo. Para que não se estabeleçam no nosso cultivo uma solução
é cobrir a terra dos vasos com vermiculita, fazendo-o as moscas adultas não depositaram
os seus ovos. Sempre existe o famoso BIOKILL ☺
Inimigos Naturais:
COCHONILHA
Detalhe de uma
cochonilha em uma
planta.
CARACTERÍSTICAS:
A cochonilha farinhosa é uma das pragas mais difíceis de controlar. O seu corpo está
coberto com excrescências cerosas brancas. As vezes os tratamentos químicos são têm
pouco êxito. É conhecido que varias espécies de cochonilhas farinhosa aparecem nas
estufas. As mais importantes são a cochonilha dos cítricos ( Planococcus citri ) e alguma
espécie de Pseudococcus . Os Planococcus citri machos tem asas, pelo que se podem
estender pelo nosso cultivo com maior facilidade.
Reprodução:
Uma fêmea põe de 300 a 500 ovos em uma bolsa de fibra cerosa. Depois de estar
colocada, dura de 5 a 10 dias, a fêmea morre. As cochonilhas jovens, que são muito
moveis, dispersam-se para encontrar um lugar adequado de alimentação e começam a
absorver savia da planta. Há 3 estados de ninfas. A longitude do ciclo de vida depende
da temperatura e dura 90 dias a 18 °C e 30 dias a 30 °C.
Danifica:
Inimigos Naturais:
O himenóptero parasito
Cryptolaemus montrouzieri , um tipo de Leptomastix dactylopii , é muito
joaninha predadora, é capaz de eliminar eficiente.
focos de cochonilha farinhosa.
LARVA
CARACTERÍSTICAS:
Cacoecimorpha
Adoxophyes Orana Clepsis Spectrana
Pronubana
Fêmeas
Machos
Varias borboletas que antes foram larvas e cujos descendentes também o serão.
Reprodução:
As fêmeas costumam por os seus ovos na parte inferior das folhas , na parte baixa da
mesma, mais perto do substrato. Ao abrir-se o ovo sai a larva dele e começa os seus
primeiros ataques ao cultivo. Costuma ter uma vida em estado de gusano de 12 a 28
dias. Ao alcançar o pleno desarrolho, muda-se para o substrato e fabrica as suas galerias
no terreno, ficando em estado de pupa da qual sairá dela o adulto já formado. Em estado
de pupa a casca verde, permanece uns 10 a 18 dias.
Larva devorando uma folha, só deixa os
nervos, a parte más dura.
Danifica:
Eliminação:
Inimigos Naturais:
FUNGOS
Os fungos que podem atacar a Cannabis são Mildiu, Botritis, Alternaria, Mofo Fuliginoso,
Apodrecimento Radicular e fusarium, entre outros, aqui deixamos os sus dados para que
saibas reconhece-los:
BOTRITIS
Controlo: Os tratamentos devem ser Causas: Uma humidade por cima dos
preventivos, uma vez que o fungo entra no 60% e uns cabeços grossos e
cabeço há que amputar a parte afectada, tendo prensados, junto a uma má ventilação
especial cuidado para que as esporas não fará que apareça. Também é frequente
cheguem até aos cabeços sãos. É fundamental que entrem pelas feridas, sobretudo
retirar os restos de cultivo e de plantas pelas produzidas pelas larvas que
afectadas pela doença. Limpa as ferramentas atacam os cabeços ao final do verão.
de poda. Coloca os vasos num lugar mais
ventilado. Nas estufas ventilam e impede ol
excesso de humidade.
MILDIU
Sintomas: Nas folhas aparecem manchas primeiro amarelas e depois pardas, e na parte
inferior da folha correspondendo com as ditas manchas, um mofo cinza-branco. As
manchas amarelas ou descoloradas situam-se mais na ponta e nos bordes. As folhas
secam-se e depois, em 4 ou 5 dias, caem. Em os talos, flores ou frutos, também podem
ver manchas pardas. As folhas afectadas cheiram a cogumelos.
Controlo: Se apreciam sintomas pode-se aplicar um fungicida, mas para que seja eficaz
deve fazer-se 1 ou 2 dias desde a penetração do fungo, mas se o observamos em
alguma das nossas plantas deveremos tratar a todas as outras imediatamente. Para
prever quando se pode apresentar o Mildiu, há que dizer que só se desarrolha em dias de
muita humidade, com pouco vento e nuvens. Isto quer dizer que não há perigo quando
faz sol e vento e as folhas estejam secas. Para que germinem as esporas é
imprescindível que se dê calor (uma temperatura em torno dos 24ºC) e ao memo tempo
que a planta esteja molhada ao menos 10 horas. Regas, chuvas, névoas seguidos por
dias calorosos são as condições óptimas.
FUSARIUM
Sintomas: Fungo que costuma ser mortal quando ataca as plantas recém germinadas,
uma rega excessiva nos primeiros dias de vida da planta pode fazer que provoque um
estreitamento e escurecimento do talo, branco e muito frágil até este momento, O que
interromperá a chegada de comida desde as raízes até as partes altas causando a morte.
Causas: É frequente encontra-lo em terras não esterilizadas, por isso é conveniente para a
germinação usar sempre terras novas ou esterilizadas por nós mesmos. As sus esporas
podem encontrar-se também na água de rega e incluso no ar.
Sintomas: As raízes passam do seu típico cor branco a uma cor beije e irá continuar a
ficar cada vez mais castanha. As folhas ficam amarelas e o crescimento para. Chegado o
momento as raízes deixam de absorver comida e a planta se fica flácida como quando
lhes falta água.
Controlo: Efectuar regas preventivas com Desogerme Cobre. Um controlo das regas e
uma diminuição da temperatura do vaso será mais difícil que apareça.
MOFO FULIGINOSO E VÍRUS
Sintomas: Entra-nos uma praga de afidos ou mosca branca. As folhas ficam primeiro
pegajosas, pelas substâncias viscosas que desprende a praga, depois ficam negras,
apodrecem e caem.
Causas: As feridas das picaduras dos afidos e os seus excrementos fazem que apareça.
Controlo: Elimina as pragas e as folhas mais afectadas. Limpa as folhas com sabão
potássico.
FLORAÇÃO
A fase de floração começa quando ficam mais curtos os dias e prolongam as noites, no
hemisfério norte, o 21 de Junho é o dia mas prolongado do ano, duas ou três semanas
depois deste dia, notaremos que as noites são cada vez mais prolongadas, e diminuem
as horas de luz, as plantas também o notaram iniciando a floração. As primeiras em faze-
lo serão as variedades Indicas, enquanto as Sativas podem começar incluso em
Setembro, como ocorre com algumas variedades Haze. Há que dizer que os tempos de
inicio de floração são diferentes dependendo da latitude na que nos encontremos.
É muito importante que durante esta fase as noites sejam completamente a escuras, quer
dizer, não deve haver perto nenhum poste de luz “outdoor”, se for em um “indoor” n
pode haver nenhuma frecha de luz durante as horas de noite ou a floração atrasa-se, e os
cabeços ficaram mais compridos dando uma menor produção. Um truque para saber se
a luz nocturna da zona pode ou não interferir na floração é quando conseguimos ler com
normalidade, neste caso há demasiada luz. Uma última coisa, a luz da lua cheia não
afecta este aspecto.
Pouco a pouco os cabeços que se formavam nas pontas vão engordando e juntam-se
com os das zonas um pouco mais baixas fazendo varetas, em volta dos cabeços
começa a sair uma resina pegajosa que actua de várias formas em favor de estes:
defendendo-os de pragas, ao ficar colados os insectos, embora a sua função principal é
preservá-los dos raios solares.
Esta resina está formada por um incontável número de glândulas que recebem o nome
de tricomas, têm forma de chupa-chups mas de um tamanho minúsculo. É nesta resina
onde se encontra o THC, CBD e CBN., entre outras e ela nos servirá para saber o ponto
de maduração dos cabeços. A resina uma vez seca pode ser separada da planta através
de umas malhas recebe o nome de hachís.
Muita gente pensa que a planta só cresce durante a primeira fase (crescimento
vegetativo), mas nada disso, ainda nos vai crescer ao menos um 30% mais na fase de
floração. As Indicas costumam crescer durante as 2 o 3 primeiras semanas de floração
para depois fortalecer e engordar os cabeços, enquanto que as Sativas por sua parte
costumam seguir crescendo durante todo o seu ciclo vital, fazendo cabeços compridos.
A partir da 5ª semana de floração os cabeços vão tomando forma definitiva e os
primeiros pistilos começam a murchar adoptando uma cor castanha, mas muitos mais
pistilos nascem cada dia dos que morrem com o qual o cabeço segue mostrando pistilos
brancos enquanto vão engordando e endurecendo-se, é sumamente importante que não
lhe falte a comida neste momento, incluso recomendável juntar um fertilizante de
cabeços para que estes saiam compactos em lugar de vazios e cheios de folhas. Durante
a floração não é conveniente fazer transplantes já que a formação de flores parará, muito
menos podas pelas pontas, já que perderíamos os cabeços que se estão formando
nessa zona. Os insecticidas que usemos não podem ser químicos, já que não lavaremos
os cabeços antes de consumirmos, com que será prejudicial para a nossa saúde.
As pragas mais problemáticas costuma ser a mosca branca, que chega em Setembro,
sobre todo nas zonas onde se cultiva laranjeiras, o seu principal problema é a doença
que causa nas folhas, nas feridas que deixa quando come e em parte, por culpa dos
excrementos que solta, forma-se um fungo que pouco a pouco se irá alastrando, pondo
as folhas de uma cor negra típico dos fungos, se chegasse ao cabeço o apodreceria.
Mas sem dúvida o terror dos nossos cabeços, é o gusano "come cabeços" como o
chamam alguns, é escuro ás riscas e costuma crescer desde pequeno dentro dos
nossos cabeços, nas feridas que produz quando come, sai o fungo Botritis. A melhor
forma de combate-los, ainda que coloquemos uma olhadela aos cabeços de vez em
quando para elimina-los manualmente, é com Bacilus Turigiensis, uma bactéria 100%
biológica, que fumigada sobre as plantas ao principio da floração, resulta mortal para
estes animais nos seus primeiros dias de vida, já que de maiores mostram certa
imunidade.
Evidentemente há mais "bichos" que podem atacar a nossa planta como já vimos atrás,
mas estes 2 cabrões são os que costumam aparecer em Agosto ou Setembro, justo no
período de floração.
A duração da floração depende em grande medida da variedade que estejamos a
cultivar, e esta variação já desde os 45 dias em variedades indicas puras, como as
Afganas, Super Skunk, Northern Light ou Hindu Kush entre outras, aos 90 dias das
Sativas puras como as Haze ou Kali Mist, passando pelas Indico-Sativas como a White
Widow, Nebula, El Niño ou Jack Horror que costumam andar entre os 60 e 70 dias. O
momento de colheita adequado o veremos no seguinte capitulo
Há muitos mitos sobre como fazer que a Cannabis seja mais forte, produza mais
quantidade ou seja mais alucinante e todos á base de extress na planta, com formas tão
cruéis como pregando pregos no talo, partindo alguma rama, regando-a menos, extressar
a raiz, desajustando o fotoperiodo ou o pH, ou colocar etileno (um forte ácido), nós não
estamos a favor de estas crueldades, isto tudo não irá beneficiar muito mais do que dê a
planta estando bem alimentada, regada, arejada, com sol e mimada, mas não também
sufocando-a, tudo no seu devido momento e na sua medida.
COLHEITA
Há varias formas para saber qual é o momento idóneo para a colheita das nossas
plantas, a cor dos pistilos, a cor dos tricomas ou o grau de dureza dos cabeços, são
algumas das formas que aprendereis neste capítulo, se é que ainda não o conheceis. É
importante fazer a colheita no momento justo já que assim obteremos maior quantidade
com melhor qualidade, embora que plantas colhidas fora de tempo já seja por excesso
ou por defeito, não devem despreza-las em absoluto, e com problemas por pragas,
fungos ou chuvas, sempre é melhor recolher alguma coisa mesmo que não esteja
pronta, que perdê-la toda. Recordem que os cabeços colhidos cedo de mais têm um
efeito mais eufórico que se estivesse colhido na sua devida hora, enquanto que os que
excedem serão mais relaxantes.
MANICURA
Uma vez tenhamos cortado as ramas, procederemos a tirar as folhas exteriores de forma
que só nos fique o cabeço limpo. É muito importante utilizar umas tesouras cómodas,
com a parte onde coloquemos os dedos seja de plástico, e os aros que sejam grandes
para colocar vários dedos, também é muito recomendável que tenham uma ponta fina
para aceder aos pecíolos (os talos das folhas) mais profundos. O primeiro que tiraremos
será as folhas grandes, e estas as cortaremos o mais junto que podamos ao talo principal
da rama que estejamos a fazer a manicura, como pode verse nas 2ª e 3ª foto, é por isto
que a ponta tem de ser fina nas tesouras.
foto1 foto2 foto3
Uma vez cortadas as folhas grandes (foto1) deveremos cortar todas as pontas das folhas
que saem dos cabeços (foto2), esta parte é muito mais fácil e rápida, iremos dando forma
e deixando só o redondo do cabeço (foto3).
A forma mais comum de coloca-los a secar é como indica nas fotos, separadas entre si
para que se arejem bem. Durante a secagem devem estar em escuridão total, já que a
luz estraga o THC, devem estar também num lugar fresco e ventilado, as altas
temperaturas também os danificam. Se não há espaço suficiente para pendurar os
cabeços, existem secadoras de 1 metro quadrado por 2 metros de altura.
Saberemos quando está seco e pronto para usar quando ao dobrar uma rama, esta parte-
se fazendo barulho, em lugar de dobrar-se, é o que acontece quando ainda tem
humidade. O objectivo não é seca por completo, deve guardar entre uns 5 e uns 10% de
humidade onde estarão os cheiros e sabores e fará que a textura do cabeço ao ser
triturada seja esponjosa e não pó, típico dos cabeços ressequidos.
CURADO
O curado é a fase em que o cabeço, depois de levar entre uma e duas semanas de
secado e quando ainda conserva de uns 10 a uns 15% de humidade, é metida em
recipientes, que podem ser de madeira, cartão, vidro e incluso plástico, embora os
melhores resultados os tendereis nos 2 primeiros materiais já que permitem uma melhor
oxigenação, algo clave neste processo. Abriremos os recipientes cada 2-3 dias para
termos a certeza que não aparecem fungos nos cabeços e para intercambiar o ar por
oxigénio novo do exterior. O que se consegue com o curado é que a resina termine de
madurar a través de uma decomposição enzimática. A clorofila com o seu amargo sabor
assim como os maus cheiros/sabores que deixam alguns fertilizantes, sobre tudo os
químicos, desapareçam com um bom curado. A marijuana irá ganhando em sabor,
cheiro e potência conforme vá passando o tempo, tempo que não deveria ser inferior a 1
mês nem superior a 2. É muito importante faze-lo bem porque dele dependerá o êxito ou
fracasso da nossa colheita, já que um cabeço mal curado pode ter mau sabor, enquanto
que um cabeço que recém cortado que não seja do todo bom e incluso mau, ganhe com
um bom curado. A temperatura ideal é de uns 15-20 graus e não deve ter ponta luz, que
como já dissemos anteriormente degrada o THC.
Uma vez esteja curada podemos guarda-la por tempo indefinido, embora que a partir dos
6 meses o THC irá diminuindo, em botes, preferivelmente de cristal herméticos, fechados
em vácuo.