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INSS - RETENÇÕES

A Lei nº 9.711 de 20 de novembro de 1998, que passou a vigorar a partir de fevereiro de


1999, introduziu a obrigatoriedade da retenção pela empresa contratante de serviço
mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, de 11% (onze por cento) sobre o valor
total dos serviços contidos na nota fiscal, fatura ou recibo emitido pelo prestador
(contratada).
A contratante deverá recolher a importância retida em nome da empresa contratada no dia
02 do mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo, prorrogando-se
para o primeiro dia útil seguinte, caso não haja expediente bancário.
O valor destacado como retenção na nota fiscal, fatura ou recibo será compensado pelo
estabelecimento da contratada, quando do recolhimento das contribuições incidentes
sobre a folha de pagamento dos segurados empregados e contribuintes individuais.
O valor retido somente será compensado com contribuições destinadas à Seguridade
Social arrecadadas pelo INSS, não podendo absorver contribuições destinadas a terceiros
(entidades e fundos), as quais deverão ser recolhidas integralmente.
Na impossibilidade de haver compensação total pelo estabelecimento na competência
correspondente, o saldo poderá ser compensado em recolhimentos de contribuições
posteriores, não estando sujeito ao limite de trinta por cento , ou ser objeto de pedido
de restituição.
Importante:
De acordo com a LEI nº 10.666 de 08 de maio de 2003, o percentual de retenção
incidente sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo relativa a serviços
prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de
trabalho temporário, é acrescido de 04(quatro), 03(três) ou 02(dois) pontos percentuais,
quando a atividade exercida pelo segurado empregado na empresa contratante o
exponha a riscos ocupacionais que permitam a concessão de aposentadoria especial
após 15(quinze), 20(vinte) ou 25(vinte e cinco) anos de contribuição, respectivamente.

Cessão de mão-de-obra
O Regulamento da Previdência Social define cessão de mão-de-obra como a colocação à
disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que
realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade fim da empresa,
independentemente da natureza e da forma de contratação, inclusive por meio de trabalho
temporário na forma da lei nº 6.019/74.
Enquadram-se como serviços realizados mediante cessão de mão-de-obra:

• limpeza, conservação e zeladoria;


• vigilância e segurança;

• construção civil;

• serviços rurais;

• digitação e preparação de dados para processamento;

• acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos;

• cobrança;

• coleta e reciclagem de lixo e resíduos;

• copa e hotelaria;

• corte e ligação de serviços públicos;

• distribuição;

• treinamento e ensino;

• entrega de contas e documentos;

• ligação e leitura de medidores;

• manutenção de instalações, de máquinas e equipamentos;

• montagem;

• operação de máquinas, equipamentos e veículos;

• operação de pedágios e terminais de transporte;

• operação de transporte passageiros;

• portaria, recepção e ascensorista;

• recepção, triagem e movimentação de materiais;

• promoção de vendas e eventos;

• secretaria e expediente;

• saúde; e

• telefonia, inclusive telemarketing.


Entende-se por empreitada a execução de tarefa, obra ou serviço, contratualmente
estabelecida, relacionada ou não com a atividade fim da empresa contratante, nas suas
dependências, nas da contratada ou nas de terceiros, tendo como objeto um fim específico
ou resultado pretendido. Enquadram-se:

• limpeza, conservação e zeladoria;

• vigilância e segurança;

• construção civil;

• serviços rurais; e

• digitação e preparação de dados para processamento.


Na construção civil, aplica-se à empreitada a responsabilidade solidária de que trata o
inciso VI, do artigo 30 da Lei nº 8.212/91, somente nos seguintes casos:
I - na contratação de execução de obra por empreitada total; e
II - quando houver o repasse integral do contrato nas mesmas condições pactuadas.
Ainda sim, a contratante, valendo-se da faculdade estabelecida na mesma lei, elidir-se-á
da responsabilidade solidária, em relação a estas situações, com a contratada, mediante a
retenção e o recolhimento dos 11% incidentes sobre o valor total da nota fiscal, fatura ou
recibo, acrescidos dos percentuais de 4%, 3% e 2%, quando os empregados estiverem
sujeitos à aposentadoria especial com 15,20 e 25 anos, respectivamente.

Da apuração da Base de Cálculo da Retenção


A contratada que esteja obrigada a fornecer material ou dispor de equipamentos próprios
ou de terceiros indispensáveis à execução do serviço, cujos valores estejam estabelecidos
contratualmente, sendo as parcelas correspondentes discriminadas na nota fiscal, fatura
ou recibo, os respectivos valores não estarão sujeitos à retenção.
Quando o fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de
terceiros, exceto o manual, estiver previsto em contrato, mas sem discriminação dos
valores de material ou equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no
mínimo, a:
- cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços;
- trinta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços para os serviços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de
manutenção dos veículos corram por conta da contratada;
- sessenta e cinco por cento quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por cento,
quando se referir às demais limpezas, aplicados sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura
ou recibo de prestação de serviços
Sendo a contratada uma cooperativa de trabalho, a base de cálculo de retenção não será
inferior a 75% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo, sendo admitido até 25%
como parcela não sujeita à retenção em face das peculiaridades deste tipo de sociedade,
observando-se ainda, as disposições anteriores.(Para fatos geradores ocorridos de
fevereiro de 1999 a fevereiro de 2000 - período em que as cooperativas estavam sujeitas à
retenção).

Dispensa da retenção
A contratante estará dispensada de efetuar a retenção quando:
I - o valor a ser retido por nota fiscal, fatura ou recibo for inferior ao limite mínimo
permitido para recolhimento em GPS - hoje de R$ 29,00.
II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular
ou sócio e quando o faturamento do mês anterior for igual ou inferior a 2 (duas) vezes o
limite máximo do salário-de-contribuição, cumulativamente.
III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de
profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino ,
desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros
contribuintes individuais.

Empresa contratada optante pelo SIMPLES


A empresa optante pelo SIMPLES que prestar serviços mediante cessão de mão-de-obra
ou empreitada, está sujeita à retenção sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços emitido, exceto no período de 1º de janeiro de 2000 a 31
de agosto de 2000 conforme dispositivos previstos nas Instruções Normativas n º 08 de
21/01/2002, nº 71 de 10/05/2002, e nº 80 de 27/08/2002.

Cooperativa de trabalho
As cooperativas de trabalho estão sujeitas à retenção em decorrência de contrato de
prestação de serviços com pessoas jurídicas, no período de fevereiro de 1999 a fevereiro
de 2000. A partir de março de 2000 passa a vigorar a lei nº 9.876/99 que altera a forma de
contribuição sobre esta prestação específica, ou seja, a empresa contratante deverá a seu
cargo, contribuir com 15% sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo emitida
pela cooperativa, relativamente aos serviços prestados por cooperados. (Permitida
também a dedução de valores correspondentes a material e/ou equipamentos) De acordo
com a Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003 a empresa tomadora de serviços de
cooperado filiado à cooperativa de trabalho deverá acrescer, a sua contribuição, o
adicional de 9%,7% ou 5% conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a
concessão de aposentadoria especial após 15,20 ou 25 anos de contribuição,
respectivamente.
Observação:
Cabe à empresa tomadora de serviço informar, mensalmente, à cooperativa de trabalho
a relação dos cooperados, a seu serviço, que exercem atividades em condições especiais
prejudiciais à saúde ou à integridade física.
A cooperativa de trabalho deverá arrecadar a contribuição social dos seus associados,
como contribuinte individual, e recolher o valor arrecadado no dia quinze do mês
seguinte ao da competência. Além disso, a mesma é obrigada a efetuar a iinscrição no
INSS dos seus cooperados como contribuinte individual, se ainda não inscritos.

Cooperativa de produção
A cooperativa de produção é aquela em que os associados contribuem com serviços
laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa
detenha por qualquer forma os meios de produção. Neste caso, a empresa contratante
deverá contribuir, também, com 15% incidente sobre a remuneração paga, devida ou
creditada ao cooperados filiados, relativamente aos serviços prestados por eles,
acrescidos do adicional de 12%,9% ou 6%, quando os mesmos estiverem sujeitos à
concessão de aposentadoria especial após 15,20 e 25 anos de contribuição,
respectivamente.
(Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003).
NOTA:
Com a possibilidade de concessão de aposentadoria especial aos cooperados filiados às
cooperativa de trabalho e produção, ficam as cooperativas responsáveis pela emissão do
PPP- Perfil Profissiográfico Previdenciário, atualizando-o anualmente e entregar ao
cooperado cópia autêntica quando do desligamento da empresa.

Presunção da retenção
A retenção sempre se presumirá feita pela contratante, não lhe sendo lícito alegar
qualquer omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pelas
importâncias que deixar de reter ou tiver retido em desacordo com a legislação.
Ainda que a atividade principal da contratada não seja, especificamente, de execução de
serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, a sua contratação nessa forma
estará sujeita à retenção.
Importante:
A contratada deverá elaborar folha de pagamento e GFIP distintas para cada
estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante do serviço.

Legislação Específica

• Instrução Normativa Nº 100 de 18/12/2003


Retenção do INSS na construção civil
Parte I, II e III - Legislação previdenciária - Informativo Sinduscon-PR
Retenção do INSS na construção civil - Parte I
Tatiana F. Campos Allage,
da Assessoria Jurídica do Sinduscon-PR
O procedimento da Retenção de 11% do INSS está descrito no artigo 31, da Lei 8.212/91,
e na Instrução Normativa nº 3/2005, que dispõe sobre normas gerais de tributação
previdenciária e de arrecadação.
De acordo com a IN, a empresa contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra
ou empreitada, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços e recolher à Previdência Social, através do documento de
arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada.
Os valores pagos referentes a adiantamentos deverão integrar a base de cálculo da
retenção quando do faturamento dos serviços.
O valor retido deverá ser compensado pela contratada, com as contribuições devidas à
Previdência Social.
Na construção civil, estão sujeitos à retenção os seguintes serviços:
q prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial e subempreitada;
q prestação de serviços, discriminados no Anexo XIII da IN 3;
q a reforma de pequeno valor.
Não estão sujeitos à retenção prestações de serviços de:
q administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;
q assessoria ou consultoria técnicas;
q controle de qualidade de materiais;
q fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou
preparada;
q jateamento ou hidrojateamento;
q perfuração de poço artesiano;
q elaboração de projeto da construção civil;
q ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório;
q serviços de topografia;
q instalação de antena coletiva;
q instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de
aquecimento, de calefação ou de exaustão;
q instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de
aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão
apenas da nota fiscal de venda mercantil;
q instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de material, quando a venda for
realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil;
q locação de caçamba;
q locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem
fornecimento de mão-de-obra;
q fundações especiais.
O contratante também fica dispensado de efetuar a retenção quando:
q o valor correspondente a 11% for inferior ao limite mínimo estabelecido pela SRP para
recolhimento em documento de arrecadação;
q a contratada, cumulativamente, não possuir empregados, o serviço for prestado
pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou
inferior a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição. Neste caso, a contratada
deverá apresentar declaração assinada pelo representante legal, de que não possui
empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a duas vezes o
limite máximo do salário de contribuição. (R$ 5.603,12)
q a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de
profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino,
desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros
contribuintes individuais. Para a dispensa da retenção é necessária declaração.
Quando as empresas de construção civil forem contratadas através da modalidade de
empreitada global estão dispensadas da retenção de 11% do INSS, sendo aplicada a
responsabilidade solidária.
As empresas associadas ao Sinduscon-PR, quando contratadas para executar serviços de
construção civil, não estão sujeitas à retenção de 11% em razão de ação judicial coletiva
proposta pela entidade. De acordo com a decisão judicial, somente se encontram no
âmbito de incidência da retenção aqueles típicos contratos de cessão de mão-de-obra e
não todo e qualquer contrato de prestação de serviços.
............................
Retenção do INSS na construção civil - Parte II
Tatiana F. Campos Allage,
da Assessoria Jurídica do Sinduscon-PR
Obrigações do contratado
Nos casos em que é necessário realizar a retenção de 11% do INSS, pode-se excluir da
base de cálculo os valores de materiais ou equipamentos, próprios ou de terceiros, desde
que discriminados em contrato e em nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
A contratada deverá manter os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato
de locação de equipamentos para apresentação à fiscalização da Secretaria da Receita
Previdenciária (SRP).
Quando o contrato de prestação de serviço prever apenas o fornecimento de materiais ou
equipamentos, sem a sua discriminação de valores, somente poderão ser excluídos da
base de cálculo da retenção os valores de materiais desde que discriminados em nota
fiscal, fatura ou recibo, devendo a base de cálculo para fins de retenção de 11% ser de, no
mínimo de 50%.
Na construção civil os percentuais da base de cálculo de retenção de 11% variam de
acordo com o tipo de serviço prestado:
q dez por cento para pavimentação asfáltica;
q quinze por cento para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;
q quarenta e cinco por cento para obras de arte (pontes ou viadutos);
q cinqüenta por cento para drenagem;
q trinta e cinco por cento para os demais serviços realizados com a utilização de
equipamentos, exceto os manuais.
Ao elaborar um contrato de prestação de serviços é muito importante constar a
discriminação do serviço e material utilizado, pois em não havendo a previsão de
fornecimento de material em contrato, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da
nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. Da mesma forma, deve-se
discriminar em nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, o valor utilizado em
material ou equipamento.
Pode-se deduzir da base de cálculo da retenção, desde que discriminados em nota fiscal,
fatura ou recibo, as parcelas correspondentes ao custo da alimentação in natura (PAT) e
ao fornecimento de vale-transporte. A empresa contratada, ao emitir a nota fiscal, fatura
ou recibo de prestação de serviços, deverá destacar o valor da retenção (RETENÇÃO
PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL: 11%). A falta do destaque constitui infração à lei
previdenciária.
Além do destaque, o contratado tem as seguintes obrigações:
q elaboração de folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada
estabelecimento ou obra de construção civil, relacionando todos os segurados alocados na
prestação de serviços;
q elaborar GFIP, com vinculação ao tomador de serviço, para cada obra de construção
civil;
q realizar demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo
representante legal, constando: denominação social e o CNPJ do contratante, matrícula
CEI da obra, número e a data da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo, o valor bruto, o
valor retido e o valor líquido recebido relativo à prestação de serviços e a totalização dos
valores e sua consolidação por obra de construção civil ou estabelecimento.
O contratado, legalmente obrigado a manter escrituração contábil formalizada deverá
registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de
contribuições sociais.
O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar:
q o valor bruto dos serviços;
q o valor da retenção;
q o valor líquido a receber.
No momento da entrega da nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços, o
contratado deverá encaminhar ao contratante fotocópia dos seguintes documentos:
q folhas de pagamento dos trabalhadores lotados na obra;
q comprovantes de arrecadação dos valores recolhidos no mês - GPS com vinculação ao
CEI da obra;
q GFIP referente aos trabalhadores da obra com vinculação ao CEI da obra;
q PPRA, PCMAT (para empresas com vinte ou mais trabalhadores por estabelecimento
ou obra de construção civil) e PCMSO.
....................................
Retenção do INSS na construção civil - Parte III
Tatiana F. Campos Allage,
da Assessoria Jurídica do Sinduscon-PR
Obrigações do contratante.
Procedimentos de compensação e restituição
O recolhimento do valor retido referente ao INSS deverá ser realizado pelo contratante,
até o dia dois do mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços, através de documento de arrecadação. Deve ser informado no
campo identificador, o CNPJ do estabelecimento da empresa contratada, e no campo
nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da denominação da
empresa contratante.
Caso o contratante retenha o valor determinado, mas não o recolhe no prazo legal, fica
sujeito às implicações legais, inclusive no âmbito criminal.
A empresa contratante é obrigada a manter em arquivo, pelo prazo de dez anos, as notas
fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços, cópia de GFIP e GPS, de cada
empresa contratada, bem como de seus subempreiteiros.
Quando a contratante for legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada,
deverá registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos gerados de
contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor dos serviços contratados. Na
escrituração contábil, o lançamento da retenção deverá discriminar o valor bruto dos
serviços, o valor da retenção e o valor líquido a pagar.
A contratante, quando não obrigada a manter escrituração contábil, deverá elaborar
demonstrativo mensal assinado pelo seu representante legal, relativo a cada contrato.
Nos casos em que não é realizada a retenção, aplica-se a responsabilidade solidária, ou
seja, o contratante responde pelos débitos previdenciários do contratado, ressalvado o
direito de regresso.
Quando a contratada sofrer a retenção de 11% do INSS, poderá compensar o valor retido
ou solicitar a restituição. A contratada poderá compensar o valor retido em contribuições
devidas à Previdência Social, desde que a retenção tenha sido destacada na nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços e recolhida pela contratante.
A compensação somente será realizada com as contribuições devidas à Previdência
Social (inclusive contribuições do 13º salário). Sendo assim, não poderá ser utilizada para
contribuições destinadas a outras entidades ou fundos.
No caso da construção civil, a compensação deverá ser feita no documento de
arrecadação da mesma obra em que foi efetuada a retenção, que é identificada através da
matrícula CEI.
Em não sendo possível compensar o valor retido na própria competência, o crédito
poderá ser compensado nas competências subseqüentes. A compensação da retenção de
11% não está sujeita à limitação de 30%, sendo possível compensar 100% do valor
retido.
Caso o crédito da retenção não tenha sido compensado, a empresa poderá requerer a
restituição. Deve-se formalizar pedido de restituição junto à SRP (Secretaria da Receita
Previdenciária), através de requerimento, com a juntada dos seguintes documentos:
- original e cópia do contrato social e última alteração constando os responsáveis pela
administração ou gerência da sociedade;
- original e cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços
emitidos pela empresa prestadora de serviços na competência objeto do pedido de
restituição;
- original e cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços
emitidos por subcontratada;
- original e cópia dos resumos das folhas de pagamento específicas, referentes a cada
contratante dos serviços e ao setor administrativo da requerente;
- original e cópia do resumo geral consolidado de todas as folhas de pagamento, com o
respectivo demonstrativo de cálculo das contribuições sociais e da base de cálculo
utilizada;
- demonstrativo das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços, elaborado
pela empresa requerente, totalizado por contratante e assinado pelo representante legal da
empresa, conforme formulário constante do Anexo IX da IN 3/2005.
- original e cópia da GFIP relativa às duas últimas competências anteriores à ata do
protocolo da restituição, caso as mesmas estejam incluídas no requerimento;
- contrato de prestação de serviço;
- cópia do último balanço patrimonial e declaração de que a empresa possui escrituração
contábil.

Empresas Prestadoras de Serviços -


Retenção na Fonte – PIS / COFINS /
CSLL (MP 135/03, Lei 10.833/03 e IN
381/03)
Com o advento da Lei n. 10.833/2003 (conversão em lei da MP 135/03), explicitada pela
Instrução Normativa da Receita Federal n. 381/03, a partir de 01.02.04 teve início a
retenção de 4,65% incidente sobre o total da Nota Fiscal Fatura das empresas prestadoras
de serviços, quando pagas por pessoas jurídicas tomadoras dos referidos serviços, a título
de PIS, COFINS e CSLL.

Art. 29. Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 1,5% (um inteiro e
cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado no encerramento do período de
apuração, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de prestação
de serviços a outras pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração
de contas a pagar e a receber.
Art. 30. Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de
direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção,
segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela prestação de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços
profissionais, estão sujeitos a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se inclusive aos pagamentos efetuados por:
I - associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais
sindicais e serviços sociais autônomos;
II - sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;
III - fundações de direito privado; ou
IV - condomínios edilícios.
§ 2o Não estão obrigadas a efetuar a retenção a que se refere o caput as pessoas jurídicas
optantes pelo SIMPLES.
§ 3o As retenções de que trata o caput serão efetuadas sem prejuízo da retenção do
imposto de renda na fonte das pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específicas previstas
na legislação do imposto de renda.

Art. 31. O valor da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, de que trata
o art. 30, será determinado mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do
percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento),
correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65%
(sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente.
§ 1o As alíquotas de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e 3% (três por cento)
aplicam-se inclusive na hipótese de a prestadora do serviço enquadrar-se no regime de
não-cumulatividade na cobrança da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
§ 2o No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação
específica, de uma ou mais das contribuições de que trata este artigo, a retenção dar-se-á
mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não
alcançadas pela isenção.

Art. 32. A retenção de que trata o art. 30 não será exigida na hipótese de pagamentos
efetuados a:
I - Itaipu Binacional;
II - empresas estrangeiras de transporte de cargas ou passageiros;
III - pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES.
Parágrafo único. A retenção da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP não será
exigida, cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos:
I - a título de transporte internacional de cargas ou de passageiros efetuados por empresas
nacionais;
II - aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização,
conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial
Brasileiro - REB, instituído pela Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 33. A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, poderá celebrar
convênios com os Estados, Distrito Federal e Municípios, para estabelecer a
responsabilidade pela retenção na fonte da CSLL, da COFINS e da contribuição para o
PIS/PASEP, mediante a aplicação das alíquotas previstas no art. 31, nos pagamentos
efetuados por órgãos, autarquias e fundações dessas administrações públicas às pessoas
jurídicas de direito privado, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços em
geral.

Art. 34. Ficam obrigadas a efetuar as retenções na fonte do imposto de renda, da CSLL,
da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 64 da Lei no
9.430, de 27 de dezembro de 1996, as seguintes entidades da administração pública
federal:
I - empresas públicas;
II - sociedades de economia mista; e
III - demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e
estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total
no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.

Art. 35. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e 34 deverão ser recolhidos ao
Tesouro Nacional pelo órgão público que efetuar a retenção ou, de forma centralizada,
pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o 3o (terceiro) dia útil da semana
subseqüente àquela em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos
bens ou prestadora do serviço.

Art. 36. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e 34 serão considerados como
antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação ao
imposto de renda e às respectivas contribuições.

SEGUNDO ALERTA: exatamente por decorrência disso, o fato de uma empresa já ser
titular de liminar em mandado de segurança excluindo-a da contribuição à COFINS com
fundamento na Súmula 276 revela que não haverá retenção, na fonte, dessa contribuição,
de que tratam a MP 135/03 e Lei 10.833/03, certo? Resposta: certo; é assim pelo menos
que dispõe a IN 381/03.
Explicamos porque pode ser um indício: é que análise cautelosa das situações que exigem
retenção vem sendo, desde 1986, reclamada sem sucesso das empresas. Muitas, por
absoluta negligência, não sabem que os serviços por elas prestados não se sujeitam à
retenção do IR-Fonte. A incidência desse imposto, de apenas 1,5% e compensável na
média em 45 dias (lucro real) ou 105 dias (lucro presumido), parece pouco, justificando
daí o descaso. Doravante, contudo, tudo pode mudar já que a retenção adicional de 4,65%
totalizando, pois, 6,15%, provoca impacto considerável no capital de giro, cujo efeito não
é nada desprezível.
É que a partir de fevereiro 1% adicionais (CSLL) estarão financiando o governo a juros
zero por até 105 dias em média, enquanto o contribuinte estará pagando juros do fim-do-
mundo para financiar seu próprio capital de giro. E, adicionalmente, 3,65% (PIS +
COFINS) passarão a financiar o governo, por 30 dias, em média, também a juros zero.

As empresas que prestam serviços de engenharia, por exemplo, não se dão ao trabalho de
analisar se os serviços por elas prestados estão excluídos da incidência do IR-Fonte e,
doravante, por conseqüência, do PIS, COFINS e CSLL. Conforme contratados os
serviços, poderão ser excluídos dessas retenções totalizando 6,15% - muitas vezes maior
que a própria margem de lucro.

Isso, apenas para citar uma das hipóteses não sujeitas à retenção. Existem outras que
deverão ser analisadas em cada caso concreto.

CONCLUSÃO: agora, mais que nunca, justifica-se, como única solução possível, o
ajuizamento de ação visando o afastamento da exigência da COFINS, inclusive na sua
nova modalidade retenção. Se não isso, pelo menos devem as empresas dar-se ao trabalho
de analisar se a receita bruta da prestação dos serviços sujeita-se, efetivamente, à retenção
na fonte (IR, PIS, COFINS e CSLL).

Mesmo a majoração da alíquota da COFINS, de 3% para 7,6%, assim como do PIS, de


0,65% para 1,65%, estão sendo contestadas em juízo. As retenções do PIS e da CSLL
também poderão vir a sê-lo, por existirem fundamentos jurídicos para isso.

As providências aqui indicadas são efetivamente muito mais eficazes que lamentar viver
num País em que os governantes, federal, estaduais e municipais, por suas absolutas e
incontestáveis incompetências, não conseguem administrar a economia via redução do
tamanho do Estado, aproximando despesas das receitas - o que os empresários são
obrigados a fazer para sobreviver num ambiente competitivo, seja investindo em seus
próprios negócios obtendo aumentos efetivos de produtividade, ou simplesmente
cortando custos, inclusive por redução de suas folhas de salários, etc., e até as donas-de-
casa, administrando o orçamento doméstico sabem equalizar as despesas com as receitas
familiares. Ao invés disso, optam eles por continuar aumentando os tributos, persistente e
insuportavelmente.

Contra a incompetência dos governantes, só mesmo medidas concretas como essas aqui
sugeridas. E, claro, não se esquecer de rezar para conseguir encontrar, pela frente, um
juiz com juízo, sensível à realidade da vida que, fazendo uma releitura da supremacia do
interesse público, inconfundível com o interesse estatal, tenha a percepção de que não é
possível persistir sufocando a fonte porque ela seca!

Pior mesmo é ter que tolerar a ironia do governo que vem sistematicamente defendendo o
aumento da empregabilidade! Como?!? Só se o setor público prosseguir contratando,
aumentando ainda mais o tamanho do Estado!

Atenciosamente,

São Paulo, 12 de janeiro de 2004.


PIS/COFINS/CSLL - Dispensa de Retenção na Fonte - Alteração no Prazo de
Recolhimento -PIS/COFINS-Importação
Adonilson Franco*

A Lei 10925/04 (DOU de 26.7.04) veio introduzir novas alterações na legislação que
determina retenção do PIS/COFINS/CSLL na fonte (Lei 10833/03, art. 30).

I - DISPENSA DE RETENÇÃO NA FONTE

Absolutamente relevante saber que a partir de 26.7.04 não mais haverá retenção na fonte
dessas referidas contribuições toda vez que o valor dos pagamentos efetuados pela pessoa
jurídica tomadora dos serviços (contratante) à mesma pessoa jurídica prestadora
(contratada) for igual ou inferior a R$ 5.000,00 (Lei 10.833/03, art. 31, §§ 3º e 4º
introduzidos pela Lei 10925, art. 5º).

Portanto, observados os esclarecimentos constantes dos Quadros abaixo, na Nota Fiscal


nem deverá constar retenção alguma quando o valor dos serviços prestados for inferior a
R$ 5.000,00.

Para efeito de controle do limite de R$ 5.000,00 os tomadores (contratantes) deverão


controlar os pagamentos realizados ao mesmo prestador de serviços durante o mês civil,
somando-os no decorrer do referido período. E o prestador dos serviços (contratado)
também deverá realizar esse controle pois a ele caberá destacar, ou não, a retenção em
sua Nota Fiscal.

Notar que enquanto o limite de R$ 5.000,00 é controlado por mês, as retenções deverão
ser recolhidas quinzenalmente.

Dado que isso pode parecer de complexo controle - e na verdade o é -, vamos


exemplificar como deverá ser realizado, alertando tratar-se de mais um custo
administrativo agora infligido às empresas.

A - PAGAMENTOS REALIZADOS DENTRO DE UMA MESMA QUINZENA DO


MÊS CIVIL

PAGAMENTOS VALORES PAGOS (R$) BASE-DE-CÁLCULO DA RETENÇÃO


RETENÇÃO NA FONTE (PIS/COFINS/CSLL = 4,65%)
1º pagamento no mês civil 2.000,00 2.000,00 (1) 0,00
2º pagamento no mês civil 4.000,00 6.000,00 (2) 279,00
3º pagamento no mês civil 4.000,00 4.000,00 (2) 186,00
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento
10.000,00 10.000,00 465,00

Total de pagamentos no mês 10.000,00


PAGAMENTOS VALORES PAGOS (R$) BASE-DE-CÁLCULO RETENÇÃO NA
FONTE (PIS/COFINS/CSLL = 4,65%)
1º pagamento na 1ª quinzena do mês civil 2.000,00 2.000,00 (1) 0,00
2º pagamento na 1ª quinzena do mês civil 4.000,00 6.000,00 (2) 279,00
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento
6.000,00 6.000,00 279,00
3º pagamento na 2ª quinzena do mês civil 4.000,00 4.000,00 (3) 186,00
Total a ser recolhido no último dia útil da semana subseqüente à quinzena do pagamento
4.000,00 4.000,00 186,00
Total de pagamento no mês 10.000,00

(1) Base-de-cálculo inferior a R$ 5.000,00 não há retenção.

(2) Somados os valores pagos dentro do mês, se a base-de-cálculo suplantar a R$


5.000,00 há retenção.

B - PAGAMENTOS REALIZADOS EM QUINZENAS DISTINTAS DO MÊS CIVIL

(1) Base-de-cálculo inferior a R$ 5.000,00 não há retenção.

(2) Somados os valores pagos dentro do mês, se a base-de-cálculo suplantar a R$


5.000,00 há retenção.

(3) Apesar do valor pago (base-de-cálculo) ser inferior a R$ 5.000,00, está sendo
computado para efeito de recolhimento tributário porque no mês suplanta ao referido
limite.

II - ALTERAÇÃO NO PRAZO DE RECOLHIMENTO

Os valores que, retidos pela fonte pagadora (tomadora dos serviços) eram recolhidos ao
Tesouro até o 3º dia útil da semana subseqüente àquela em que ocorrido o pagamento ao
prestador dos serviços (Lei 10833/03, art. 35), deverão agora ser recolhidos até o último
dia útil da semana subseqüente à quinzena em que verificado referido pagamento.

Desse modo, o prazo de recolhimento que tinha lugar no máximo em 9 dias após o
pagamento realizado ao prestador dos serviços, agora será recolhido no máximo em 18
dias após dito evento.

III - PIS/COFINS-IMPORTAÇÃO - EMPRESAS SEDIADAS NA ZONA FRANCA DE


MANAUS

A Lei 10925/04 acresceu à Lei 10865/04 o art. 14-A, determinando assim que a partir de
26.7.04 as importações de matérias-prima, produtos intermediários e materiais de
embalagem utilizados na industrialização na ZFM não mais se sujeitarão ao pagamento
do PIS/COFINS-Importação.
Nesse caso a legislação concedeu suspensão dessas contribuições, o que vale dizer que
também não gerarão créditos abatíveis do PIS/COFINS (interno) devidos sobre o
faturamento da empresa que tenha realizado a importação.

Considerando que o fato gerador do PIS/COFINS-Importação é, nesse caso, a entrada de


bens estrangeiros no território nacional (Lei 10.865/04, art. 3º, I), logo, a suspensão
tributária terá aplicação a partir do ingresso dos produtos nas 200 milhas marítimas
brasileiras ocorrido a contar de 26.7.04.

Imposto de Renda na Fonte: serviços profissionais


prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas
jurídicas
Imposto de Renda na Fonte: serviços
profissionais prestados por
pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas

1. INTRODUÇÃO
As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços
caracterizadamente de natureza profissional (constantes da lista
estampada no item 2 adiante) estão sujeitas à incidência do Imposto
de Renda na Fonte, que deve ser retido no momento do pagamento ou do
crédito do rendimento (o que ocorrer primeiro).
Neste trabalho vamos abordar aspectos gerais sobre essa modalidade
de tributação na fonte.
2. ALÍQUOTA E LISTA DE SERVIÇOS ABRANGIDOS
Sujeitam-se ao desconto do Imposto de Renda na Fonte, à alíquota de
1,5%, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a
outras pessoas jurídicas pela prestação dos seguintes serviços:
administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou
fundos mútuos para aquisição de bens);
advocacia;
análise clínica laboratorial;
análises técnicas;
arquitetura;
assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de
assistência técnica prestado a terceiros concernente a ramo de
indústria ou comércio explorado pelo prestador de serviço);
assistência social;
auditoria;
avaliação e perícia;
biologia e biomedicina;
cálculo em geral;
consultoria;
contabilidade;
desenho técnico;
economia;
elaboração de projetos;
engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e
obras assemelhadas);
ensino e treinamento;
estatística;
fisioterapia;
fonoaudiologia;
geologia;
leilão;
medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue,
casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sobre orientação
médica, hospital e pronto-socorro);
nutricionismo e dietética;
odontologia;
organização de feiras de amostras, congressos, seminários,
simpósios e congêneres;
pesquisa em geral;
planejamento;
programação;
prótese;
psicologia e psicanálise;
química;
raio X e radioterapia;
relações públicas;
serviço de despachante;
terapêutica ocupacional;
tradução ou interpretação comercial;
urbanismo;
veterinária.
Importa salientar que o IR Fonte incide sobre as importâncias pagas
ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela
prestação dos serviços constantes da lista anterior
independentemente:
a) da qualificação profissional dos sócios da empresa beneficiária e
do fato de esta auferir receitas de quaisquer outras atividades,
seja qual for o valor dos serviços em relação à receita bruta;
b) da natureza jurídica civil ou comercial da prestadora do serviço;
c) de os serviços se referirem ao exercício de profissão legalmente
regulamentada ou não.
Ainda sobre o alcance da incidência, na Decisão nº 3/97 a
Superintendência Regional da Receita Federal da 8ª Região Fiscal
esclareceu que os rendimentos correspondentes a serviços que, por
sua natureza, revelem-se inerentes ao exercício de qualquer
profissão enumerada na relação transcrita estarão sujeitas à
retenção do imposto e é irrelevante a forma pessoal ou impessoal de
disponibilizá-los.
2.1 Contrato que englobe várias etapas indissociáveis
A hipótese de incidência do imposto só ocorre em relação aos
serviços prestados isoladamente na área das profissões arroladas na
lista.
Assim, não será exigida a retenção quando o serviço contratado
englobar, cumulativamente, várias etapas indissociáveis dentro do
objetivo pactuado, como, por exemplo, no caso de um único contrato
que, seqüencialmente, abranja estudos preliminares, elaboração de
projetos, execução e acompanhamento do trabalho.
2.2 Serviços de engenharia
O imposto na fonte incide somente sobre remunerações relativas ao
desempenho dos serviços pessoais da profissão, prestados por meio de
sociedades civis ou explorados empresarialmente por intermédio de
sociedades mercantis. Assim, por exemplo, é devido o imposto sobre
as importâncias pagas ou creditadas a título de remuneração dos
seguintes serviços, prestados isoladamente:
a) estudos geofísicos;
b) fiscalização de obras de engenharia em geral (construção,
derrocamento, estrutura, inspeção, proteção, medições, testes etc.);
c) elaboração de projetos de engenharia em geral;
d) administração de obras;
e) gerenciamento de obras;
f) serviços de engenharia consultiva;
g) serviços de engenharia informática (desenvolvimento e implantação
de software e elaboração de projetos de hardware);
h) planejamento de empreendimentos rurais e urbanos;
i) prestação de orientação técnica;
j) perícias técnicas.
2.3 Medicina e serviços correlatos
A lista estampada no item 2 refere-se, no seu item 24, à categoria
profissional de medicina de forma genérica, mas com exclusão
expressa da "prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de
saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica,
hospital e pronto-socorro" .
Estão fora do campo de incidência do Imposto de Renda na Fonte
abordado neste texto os serviços inerentes ao desempenho das
atividades profissionais da medicina, quando executados dentro do
ambiente físico dos estabelecimentos de saúde mencionados, prestados
sob subordinação técnica e administrativa da pessoa jurídica do
empreendimento.
Dentro do mesmo critério, também não será exigida a retenção na
fonte em relação a rendimentos decorrentes da prestação de serviços
correlatos ao exercício da medicina, tais como análise clínica
laboratorial, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicanálise,
raio X e radioterapia.
Também não estão abrangidos pela tributação os rendimentos
provenientes da execução de contratos de prestação de serviços
médicos pactuados com pessoas jurídicas, que visam à assistência
médica de empregados e seus dependentes em ambulatório, casa de
saúde, pronto-socorro, hospital e estabelecimentos assemelhados,
desde que a prestação de serviços seja realizada nesses
estabelecimentos de saúde próprios ou de terceiros.
2.4 Assessoria e consultoria técnica
Tratando-se de assessoria e de consultoria técnica, o Fisco entende
que o Imposto de Renda na Fonte incide somente em relação aos
serviços que configurem alto grau de especialização, obtido por meio
de estabelecimentos de nível superior e técnico, vinculados
diretamente à capacidade intelectual do indivíduo.
Em face desse entendimento, os serviços de assessoria e consultoria
técnica alcançados pela tributação restringem-se àqueles resultantes
da engenhosidade humana, tais como:
a) especificação técnica para fabricação de aparelhos e equipamentos
em geral;
b) assessoria administrativa organizacional;
c) consultoria jurídica etc.
Portanto, estão excluídos da tributação quaisquer serviços de reparo
e manutenção de aparelhos e equipamentos (domésticos ou
industriais), uma vez que não evidenciam o grau de
profissionalização enunciado anteriormente.
3. SOCIEDADE CIVIL LIGADA À FONTE PAGADORA - CÁLCULO DO IMPOSTO COM
BASE NA TABELA PROGRESSIVA
O imposto de Renda na Fonte deverá ser calculado pela aplicação,
sobre os rendimentos brutos auferidos no item 2, da tabela
progressiva aplicável aos rendimentos percebidos por pessoas físicas
(e não pela alíquota de 1,5%) quando a beneficiária for a sociedade
civil prestadora de serviços relativos ao exercício de profissão
legalmente regulamentada, controlada direta ou indiretamente:
a) por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes ou
controladores da pessoa jurídica que houver pago ou creditado os
rendimentos; ou
b) pelo cônjuge, ou parente de 1º grau, das pessoas físicas
mencionadas em "a".
No cálculo do imposto, nesse caso, deve ser utilizada a tabela
progressiva vigente no mês em que ocorrer o pagamento ou o crédito
dos rendimentos.
3.1 Controle Acionário - caracterização para fins de obrigatoriedade
de aplicação da tabela progressiva
Para efeito de obrigatoriedade de aplicação da tabela progressiva,
em lugar da alíquota de 1,5%, no cálculo do Imposto de Renda na
Fonte, deve ser levado em conta que, de acordo com o Parecer
Normativo CST nº 27/83:
a) tratando-se de sociedade não constituída sob a forma de sociedade
anônima (S/A), o controle estará caracterizado, para efeito da
tributação, sempre que a pessoa física (ou o grupo de pessoas
físicas, neste incluídos o cônjuge e parentes de 1º grau) detiver
parcela do capital social suficiente para assegurar o efetivo
controle da empresa;
b) se a beneficiária dos rendimentos for constituída sob a forma de
S/A terá natureza mercantil, por força do disposto no § 1º do art.
2º da Lei nº 6.404/76 ("qualquer que seja o objeto, a companhia é
mercantil e se rege pelas leis e uso do comércio") e, desse modo,
não cabe a tributação pela tabela progressiva e sim a aplicação da
alíquota de 1,5% para o cálculo do imposto (obviamente, desde que o
serviço prestado esteja entre os relacionados na lista constante do
item 2 deste trabalho);
c) se a pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos rendimentos for
sociedade anônima, aplicar-se-á para caracterizar o controle, o
conceito dado pelo art. 116 da Lei nº 6.404/76, que se classifica
como acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo
de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum,
que:
c.1) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia
geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da
companhia; e
c.2) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais
e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
No caso considerado na letra "c" estará caracterizado o controle se
a pessoa física (ou o grupo de pessoas físicas) preencher
cumulativamente, as condições estipuladas em "c.1" e "c.2".
4. BASE DE CÁLCULO
O Imposto de Renda na Fonte na modalidade abordada neste texto
incide sobre a importância paga ou creditada pela pessoa jurídica a
outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente
de natureza profissional constantes na lista estampada no item 2.
Não é admitida a exclusão do valor correspondente ao Imposto Sobre
Serviços (ISS) porventura incidente, ainda que destacado no
documento fiscal emitido pela pessoa jurídica beneficiária do
rendimento.
5. OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
O fato gerador do imposto ocorre na data em que o rendimento for
pago ou creditado à pessoa jurídica beneficiária, observando-se que:

a) de acordo com o parágrafo único do art. 38 do RIR/99,


considera-se pagamento a entrega de recursos pela fonte pagadora,
mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor do
beneficiário.
b) segundo o Parecer Normativo CST nº 121/73. considera-se crédito o
registro contábil feito pela fonte pagadora de forma incondicional
(não sujeita a termo), de maneira que o valor correspondente esteja
inteiramente à disposição do beneficiário.
6. FORMA E PRAZO DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
O Imposto de Renda na Fonte deve ser recolhido até o 3º dia útil da
semana subseqüente à de ocorrência do fato gerador (o pagamento ou o
crédito do rendimento), por intermédio de Darf preenchido em duas
vias, com a indicação do código 1708 no campo 04 (código de
receita).
7. IMPOSTO DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 10,00 - DISPENSA DE
RETENÇÃO
É dispensada a retenção do IR Fonte, de que cuidamos, de
beneficiária tributada com base no lucro real, presumindo ou
arbitrado, quando o valor a ser retido for igual ou inferior a R$
10,00.
8. COMPENSAÇÃO DO IMPOSTO PELA BENEFICIÁRIA
O Imposto de Renda na Fonte incidente sobre serviços profissionais
prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas é
compensável com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) devido
pela empresa beneficiária dos rendimentos no período de apuração em
que tais rendimentos forem computados na determinação da base de
cálculo do IRPJ.
A compensação é admitida em qualquer modalidade de tributação pelo
IRPJ - lucro presumido, arbitrado ou real (inclusive, se for o caso,
na estimativa mensal).
8.1 Fornecimento de comprovante anual à beneficiária
A pessoa jurídica que efetuar pagamento ou crédito com retenção do
imposto a outra pessoa jurídica deverá fornecer à beneficiária do
rendimento o "Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e
de Retenção do Imposto de Renda na Fonte - Pessoa Jurídica".
9. PESSOAS JURÍDICAS IMUNES OU ISENTAS
De acordo com a IN do SRF nº 23/86, não incide o Imposto de Renda na
Fonte de que trata este texto quando o serviço for prestado por
pessoas jurídicas imunes ou isentas.
10. IMPORTÂNCIAS PAGAS OU CREDITADAS A AGÊNCIAS DE EMPREGOS
Com relação às importâncias pagas ou creditadas a agências de
empregos, devem ser levadas em conta três situações distintas:
a) pagamento de comissões: as comissões pagas ou creditadas pelas
empresas que contratam pessoal por intermédio dessas agências
(agenciamento de mão-de-obra) ficam sujeitas à incidência do IR
Fonte à alíquota de 1,5% (código de receita 8045), na modalidade de
"comissões de corretagens" (RIR/99, art. 651, I), cujo prazo de
recolhimento é o mesmo informado no item 6 anterior (essa modalidade
de tributação será objeto de texto a ser publicado numa das próximas
edições);
b) serviços de assessoria empresarial: pode ocorrer que, para efeito
de contratação de determinados empregados ocupantes de cargos
executivos ou de grande especialização técnica, a pessoa jurídica se
utilize de empresas que, na verdade, prestam autêntico serviço de
assessoria, que pode enquadrar-se no item 06 da lista de serviços
estampada no item 2 deste texto. Nesse caso, o IR Fonte também será
recolhido sob o código de receita 1708, de acordo com os critérios
examinados neste trabalho;
c) locação de mão-de-obra: na hipótese de pagamento ou crédito de
importâncias por locação de mão-de-obra de empregados da locadora,
colocados à disposição da locatária, pessoa jurídica, para a
execução de trabalhos temporários em local por esta determinado,
tais valores ficam sujeitos à retenção do IR Fonte calculado pela
alíquota de 1% (código de receita 1708).
11. COOPERATIVAS DE TRABALHO
Para finalizar, registramos que, conforme previsto no art. 652 do
RIR/99, sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda na Fonte, à
alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas
jurídicas a cooperativas de trabalho, associações de profissionais
ou assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhes forem
prestados por associados desta ou colocados à sua disposição.
O imposto deve ser pago até o terceiro dia útil da semana
subseqüente à de ocorrência dos fatos geradores (RIR/99, art.865,
II) por meio de Darf preenchido com a indicação do código 3280 no
campo 04 (código de receita).
Boletim Mapa Fiscal nº 32/2000 - IF

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E RETENÇÃO


DO ISS
Reinaldo Luiz Lunelli*
A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no
local de prestação do serviço, nos casos em que os serviços são prestados em local
diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, filial, escritório).
Esta retenção está prevista na Lei Complementar nº 116/03, artigo 3º, e abrangerá
diversos serviços especificados nos incisos I ao XXII do referido artigo.
O tomador de serviço é a pessoa jurídica que contrata o serviço permanentemente em
suas dependências, ou seja, o serviço é contratado para ser prestado diariamente, todos os
dias do mês, uma terceirização da atividade junto a contratante, nesse caso, o ISS é
devido no local da prestação do serviço.
A retenção está prevista no art. 6º, da Lei Complementar nº 116 de 2003. Para fins de
retenção do ISS deve ser observado o seguinte:
A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no
local de prestação do serviço, em conformidade com incisos de I ao XXII, artigo 3º LC
116/03 (relação específica), nos casos em que os serviços são prestados em local
diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, filial, escritório).
LEI MUNICIPAL
Outro fator importante para a retenção do ISS é o de que deve haver previsão de retenção
na Lei do Município em que foi prestado o serviço. Caso não haja previsão não é devida a
retenção.
Na prática, a empresa prestadora de serviço deve manter cópia da Lei Municipal de cada
município em que presta serviço, objetivando conhecer a legislação específica para a
emissão da Nota Fiscal com retenção ou não. Deve observar, também, se a retenção
exigida pelo município está relacionada com os serviços constantes os incisos I ao XXII,
art.3º, LC 116/03, pois poderá pagar indevidamente o ISS na sede e o imposto ser devido
no local de execução do serviço.
Já a empresa que contrata o serviço também deve ficar atenta aos casos em que é
obrigatória a retenção do ISS, bem como, também, manter cópia da Lei Municipal em
que está estabelecida, a fim de acompanhar a legislação de seu município, pois mesmo
que não faça a retenção é obrigada a efetuar o recolhimento do imposto com juros e
multas.
RETENÇÃO NO SIMPLES
Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, o mesmo será definitivo e deverá ser
deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada,
tomando-se por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal retenção, não
sendo o montante recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com os
municípios.
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão segregar como receitas
sujeitas a retenção aquelas recebidas pela prestação de serviços que sofrerem retenção do
ISS na fonte, na forma da legislação do município, nas hipóteses em que não forem
observadas as disposições do art. 3º da Lei Complementar 116/2003.
NORMAS DE RETENÇÃO
A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3º
da Lei Complementar 116/2003, e deverá observar as seguintes normas:
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e
corresponderá ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V da Lei
Complementar 128/2008 para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa
de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades
da microempresa ou empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador a
alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos
Anexos III, IV ou V da Lei Complementar 128/2008;
III - na hipótese do item II, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada
e a efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte
prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do
início de atividade em guia própria do Município;
IV - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à
tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção
do ISS;
V - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquota
de que tratam os itens I e II no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspondente
ao percentual de ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei
Complementar 128/2008;
VI - não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do
ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento
dessa diferença será realizado em guia própria do Município;
VII - o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha
com os municípios, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não
haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
* Reinaldo Luiz Lunelli

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