Ja

Alergias no INIDA

Gestão causa
comichões
Coordenador do Instituto de Investigação e
Desenvolvimento Agrário, INIDA, e diretor
do Centro de Formação Agrária, CFA,
andam de candeias às avessas. Há
acusações de desvio de recursos sem
SEMANÁRIO GRATUITO autorização e, irritado, o major Alcides
ANO I • N.º 12 • 7 Outubro 2010 Miranda exige uma “gestão com ética” e
Director: Vlademiro Marçal pode bater com a porta. Pág. 5
Propriedade: Medi@Capital, SA

Educação Empresários cabo-verdianos contra contratos sem concurso

Números não enganam
Investimento
diminuiu nos
últimos 10 anos
Portugueses
“comem”
Porque se embandeira com a propa-
gandeada ação do Governo na área da
Educação, Já foi consultar os números
oficiais (indesmentíveis portanto) – e
eles não deixam dúvidas: se a aritméti-
ca não é uma batata, as despesas com a
Educação têm percentualmente caído
empreitadas
de ano para ano: estão agora nos 5 por
cento. Dito muito simplesmente: para
o atual Governo, apostar na Educação
deixou de ser importante. Basta ver as O contrato sem concurso público feito pelo IFH com a Monteadriano enferma de muitas ilegalidades e a
contas do Estado e tirar conclusões. Associação Cabo-verdiana das Empresas de Construção pediu a intervenção da Procuradoria Geral da
Pág. 9
República, que se fechou em copas: nem água vai. Entretanto, a Monteadriano vai ganhando empreitadas
Notas soltas concedidas sem concurso pelo Governo e sem esta empresa estar capacitada para isso. As suas obras vão
sofrendo de anomalias, mas é pela Monteadriano que o Governo morre de amores: é escandaloso. E cheira
Pescas a esturro. Páginais centrais

afundam-se Isto vimos Na rota dos dias

Museu da tabanka “Bolsa gorda” da ASA

vira fantasma para ex-agente da Polícia
Governo fala em progressos e aponta
horizontes radiosos. Armadores e
PAICV perdeu Santa Catarina, Go-
verno fechou Museu da Tabanka em
Assomada. Mudou-o para Chã de
Política
UCID não pescam nas mesmas águas: Em 10 minutos, Mário Paixão despachou
as pescas nunca estiveram tão mal. Tanque, em casa com fama de ser as- favoravelmente: o ex-agente da Polícia
Ignorando a propaganda, grande parte sombrada. Longe de tudo, o Museu Política, Américo Medina, seguiu para
da frota está parada, a exportação desa- da mais genuína cultura popular ficou Toulouse com bolsa de 212 contos mês, mais
pareceu, fábricas fecharam, há muita às moscas. Agora está fechado. vencimento. Perguntam na ASA se o bónus
gente no desemprego. A propaganda e a Dizem que para receber obras. A ver fica a dever-se a Medina ser companheiro da
realidade são mundos diferentes vamos, como dizia o cego Pág. 12 Ministra Sara Lopes Pág. 3
Pág. 13
2 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010

marco do correio editorial

As cartas destinadas a esta secção devem indicar o nome e a morada do autor,
bem como um número telefónico de contacto. Vlademiro
O Já reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos não solicitados, Osvaldo Marçal
nem se prestará informação postal sobre eles.

Como se já não bastasse, seguintes aspectos:

lamentavelmente, mais uma vez, este
Governo vem fazer mais uma
tentativa de assalto à nossa juventude,
situação grave e em eminência de ser
posta em prática ao qual apelidamos
de sequestro da juventude por
parte deste Governo.
• Este modelo vai criar jovens de
primeira e de segunda, para não
dizer jovens camaradas e não
camaradas.
• Vai permitir toda a espécie de
politização e de compra de
consciência da nossa camada

Cartão jovem:
A tentativa do Governo
em sequestrar a
juventude
O Cartão Jovem (CJ), ideia utilizada
em países ocidentais, no sentido de
apoiar o desenvolvimento da camada
juvenil (existente em Cabo Verde há
já vários anos), vem pôr claramente a
nu as fragilidades da política para a
juventude por parte deste Governo,
bastando para isto, ver por exemplo,
que no ano passado, não houve
sequer uma única adesão ao mesmo.
Atenção a José Maria
Neves
Caros Senhores
Fiquei bastante admirado ao
verificar que ninguém prestou
muita atenção às barbaridades
insultuosas proferidas por José
Maria Neves na segunda-feira
passada (dia 27 Setembro),
quando se referiu á
Constituição de 1992 como
resultante de “um expediente” e
que a mesma só pertencia ao
MpD porque foram os
deputados desse partido que a
aprovaram. (Estas declarações
foram passadas na TCV).
São declarações gravíssimas e
penso que a ofensa grave á
Constituição deveria constituir
motivo para exigir a JMN ou
um Pedido de desculpas à
Nação e/ou a sua demissão.
1 - Neves demonstrou que até
hoje não sabe o que é
Democracia. Não entende que
na Democracia prevalece a
vontade das Maiorias porque há
espaço para opções, opiniões e
pontos de vista diferentes. As
Maiorias podem ser relativas,
absolutas e/ou qualificadas.
Cada uma com a influência e
força que a Lei prevê.
2 - Não compreendeu também
Na passada quinta-feira, 30/09 houve
a nível nacional, reuniões de
socialização do novo modelo do CJ,
juvenil.
Em países estrangeiros, Portugal por
exemplo, o único critério para que a
A prova dos nove
uma vez que o mesmo existe desde um jovem adquira o CJ é estar dentro
94.
Na reunião foi claramente explicado
que para o jovem ter um CJ, terá que
da faixa etária estipulada.
Nesta medida, não resta qualquer
dúvida, de que é exigível, que o CJ
do Ensino
D
ecorrem as aulas, como de costume os problemas
ser um jovem “elegível”, destacado, seja facultado a toda juventude cabo-
como sendo líder na comunidade ou verdiana sem excepção, que o acumulam-se. E este ano põem, mais do que nunca,
jovem de destaque. Também foi dito processo seja transparente e com em evidência que o Governo, entusiasmado em
que os processos dos cartões não só lisura. construir quilómetros de estrada de utilidade mais que
passariam pelos centros da juventude A nossa juventude precisa ser discutível, “esqueceu-se” de fazer obras de conservação e
mas também pelas associações das respeitada, e a ela dada a manutenção de estabelecimentos de ensino. Apostado na
zonas. oportunidade que merece. política do betão e cimento (convencido de que com isso
Ora, ao nosso ver o modelo está Cabo Verde Mesti Muda!
ganha votos), José Maria Neves recusa a política onde as
completamente errado e com nuances
de manipulação e viciação, pelos Carlos Monteiro pessoas sejam a preocupação maior.
O caso das instalações escolares em péssimo estado é
que cada Deputado representa de que determinado Art. da Os anos que passámos exemplo a justificar a crítica feita à governação de
seus eleitores, e a Assembleia Constituição foi "arranjado em oprimidos pela ditadura foram JMN/Inocêncio de Sousa. Todavia, a situação no Ensino
representa a Nação. um gabinete". No entanto, não humilhantes, insuportáveis e
levanta outros problemas comprovativos de que este
3 - Que a Legitimidade é hesitou um segundo que fosse, duros. A ditadura obriga a
transmitida pela vontade do em assumir a Chefia do maioria a vergar-se á vontade Governo, com prazo já fixo, meteu na gaveta do
povo através do seu voto! Governo de um país cuja de uma minoria; retira ao esquecimento as questões que
4- Que o Povo decidiu confiar Constituição teria resultado de homem sua dignidade porque se prendem com a valorização Largo contingente de
no MpD, em 1992, o número "um expediente". este é obrigado a aplaudir o
de deputados suficientes para A última revisão "espetáculo" que lhe é dos recursos humanos: o quadros formados (em
poder aprovar a Constituição. Constituicional foi celebrada apresentado. desemprego é muito, a Cabo Verde ou no
5- Que a vontade da Nação foi com júbilo pelos dois Srs. atrás Não é admissivel que Pessoas pobreza é enorme, mas José
realizada através da aprovação referidos, por terem conseguido que sempre viveram á sombra estrangeiro), que não são
Maria Neves não disponibiliza
verbas para custear bolsas de filhos da oligarquia
da Nova Constituição. a "quase unanimidade". A do partido da ditadura venham
José Maria Neves insultou toda perseguição pelo Unanimismo Desrespeitar desta forma vil o
a Nação, desrespeitou a é um tique da Ditadura em que que foi uma grande vitória estudo – prefere investir na governamental,
Constituição pelo desprezo a vontade de alguns era ditada deste povo sofrido: a conquista propaganda intensiva, desespera por não
demonstrado ao texto e Aprovada na generalidade e da Liberdade.
Constituicional. Agravou ainda por Unanimidade. Confirma-se Ficámos esclarecidos dos massiva, inundante e encontrar colocação – o
mais a ofensa ao afirmar que a o que muitos já desconfiavam: motivos que levam José Maria devoradora do Orçamento.
Constituição resultou de "um São democratas de conveniênia Neves a resistir em aplicar a
crescimento económico
Como resultado, os filhos dos
expediente", numa atitude de e contrariados. Constituição e muitas vezes
coitados condenam-se a não do País é deveras
desprezo, buçal e fascista. Expediente é ganhar eleições violá-la; Do porquê do
Porque o PAICV preferiu com Fraude; Expediente é desrespeito á Bandeira e ao poder prosseguir estudos, reduzido, consequência
abandonar a sala da receber casas de presente; Hino Nacional. Um porque a situação das famílias da política seguida por
Assembleia, no dia da Expediente é aliciar o povo saudosismo dos tempos do não permite que vão para a
aprovação da nova com falsas promessas; célebre Art. 4º, muito mal José Maria Neves; logo, o
Constituição, deve JMN Expediente é comprar o voto escondido, e constantemente escola. As famílias não têm
dinheiro e bolsas não há,
mercado de trabalho não
imaginar que o PAICV possui a do povo, aproveitando-se da manifestado.
Exclusividade de legitimar a miséria para onde foram Estará este senhor em portanto… consegue absorver os
Constituição de nosso país!! atirados; Expediente é praticar condições de assumir altas
Este comportamento fascista é crimes no dia das eleições e responsabilidades num país
Por outro lado, largo quadros formado
partilhado por outros dirigentes não ser julgado; Expediente é democrático? contingente de formados (em
do PAICV, nomeadamente o proteger um criminoso de Fica a mensagem e o protesto Cabo Verde ou no estrangeiro), que não são filhos da
deputado e candidato ás falsificação de documentos veemente. oligarquia governamental, desespera por não encontrar
presidenciais Dr. Hoffer com a imunidade parlamentar; Obrigado
Almada. Ao lançar a "III São muitos os seus colocação – o crescimento económico do País é deveras
República" afirmou ter provas expedientes. Djosa Neves reduzido, consequência da política seguida por José Maria
Neves; logo, o mercado de trabalho não consegue absorver
os quadros formados. São 1500 nesta situação. Apenas os
filhos dos dirigentes do partido no poder têm colocação

Anuncie Já
garantida, e sem concurso, numa imoral demonstração de
nepotismo.
A situação no Ensino cabo-verdiano é o retrato do País - a
prova dos nove da falência da política de Neves.

no jornal de maior
Telefone: (00238) 2623817
Já SEMANÁRIO GRATUITO E-mail: semanarioja@gmail.com

tiragem do País 20 000 exemplares! Administração e Redação:

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Propriedade: Medi@capital, SA
Director: Vlademiro Marçal
Design e Paginação: Medi@capital, SA
Impressão: Grafedisport SA
Tiragem: 20.000 exemplares
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 3

na rota dos dias

Com 25 mil euros da ASA para 13 meses de formação À mercê de timings políticos e
eleitorais
Paixão dá “prenda” Bens de Cláudia
a camarada Medina Salomão
continuam
penhorados
Há receios de que este caso se transforme num
processo político onde nunca haverá culpados. Mas os
tribunais também servem para punir os que acusam
sem poder provar

O s bens da funcionária da
Câmara Municipal de São
Vicente, Cláudia Salomão, conti-
nuam penhorados. Isto depois de
o Juiz ter mandado soltá-la por ter
considerado improcedentes as
acusações de corrupção passiva e
lavagem de capitais sustentadas
pelo Ministério Público. Na
altura, a defesa entendeu que, com
a decisão do Tribunal, não havia
motivos legais para manter penho-
rados os bens da sua cliente. Neste
sentido meteu um pedido, nos ter-
mos da lei, requerendo a de-
volução dos bens, o que deveria,
normalmente, ter resposta no pra-
Ex-agente da Polícia Política, companheiro da ministra Sara Lopes, foi contemplado em tempo zo de cinco dias.
record com choruda bolsa para formação em França. Américo Medina é homem “de sorte Mas começaram as férias judiciais
e os bens de Cláudia continuaram
Fontes contactadas por Já são de
opinião que, mediante o despacho
do Juiz, ao não considerar que
Cláudia cometeu os crimes de que
o MP a acusava, os seus bens dev-
eriam ser devolvidos. Adiantam
que havia outras formas de atuar,
como “nomear Cláudia como fiel
depositaria dos bens”. Mas nada
disso foi feito.
Os bens de Cláudia
Salomão continuam
penhorados depois do
Juiz ter mandado soltá-la
por considerar
improcedentes as

O
diretor do Aeroporto da
Praia, Américo Medina, está
neste momento em Toulou-
se, França, para participar no Progra-
ma Aerospace MBA, com bolsa paga
pela Empresa Nacional de Segurança
Aérea, ASA, no montante de 25 mil
euros (2.756.625$00), cobrindo um
período de 13 meses.
O assunto tem sido muito comentado
entre paredes na ASA, tanto no Sal
como na Praia: a “sorte grande” bateu
à porta de Mikuxa, ex-agente da
Polícia Política durante o regime do
partido único em Cabo Verde. É tam-
bém notada a celeridade como o
Presidente do Concelho de Admi-
nistração da ASA, Mário Paixão,
decidiu este processo.
Segundo Já apurou, no dia 23 Agosto
a diretora dos Recursos Humanos da
ASA, Vera Nereu, escreveu ao PCA
para enquadrar a ida de Medina a Tou-
louse com o argumento que, de acordo
com o Plano Estratégico de Formação
para 2010-2013, a ASA pretende
“dotar e manter na empresa recursos
humanos com competências-chave
requeridas pelas necessidades do
negócio (core-business) a curto, mé-
dio e longo prazos” e, nesse sentido, lente a 25 mil euros) na conta de
penhorados. Está-se nessa situa- acusações de corrupção
“investir fortemente na qualificação Américo Medina para que o candidato
ção desde 27 de Julho.
especializada dos seus colaboradores pudesse estar em Toulouse antes de 1 passiva e lavagem de
e daí melhorar a qualidade dos de Setembro, portanto ainda antes do
primeiro dia do programa. Feitas as
Carro da funcionária da capitais sustentadas pelo
serviços prestados”.
CMSV junto das instalações Ministério Público
contas, a ASA paga mais de 212 con-
Dez minutos bastaram… da PJ. O MP pediu ao Juiz o
tos/mês pela bolsa, devendo Mikuxa
confisco dos bens
Pouco mais de 10 minutos depois de assumir as despesas relativas à estada,
receber o e.mail de Vera Nereu, alojamento, alimentação e transporte.
Paixão deu parecer positivo para a ida Medina fica ainda com vínculo laboral
a França do então diretor do Aero- à ASA durante o período de formação,
porto da Praia – auferindo o salário
agora, o cargo é ocu- A “sorte grande” base da sua função.
pado por António bateu à porta de Mikuxa, Ou seja, recebe o
Pinheiro. Mário Pai- salário de diretor,
xão diz ter consta-
ex-agente que é o cargo que
tado que a proposta da Polícia Política ocupava até agora.
estava em linha com durante o regime Já sabe que outros
a visão da Admi- funcionários da ASA
nistração e os es- do partido único começam a encetar
forços feitos por em Cabo Verde contatos com algu-
Américo Medina mas organizações
para elevar o nível dos seus conheci- para tentarem também a “sorte
mentos, do saber fazer e das suas com- grande”, porque nem querem pensar
petências técnicas, com benefícios que a choruda bolsa de Américo
para o próprio e para a organização. Medina (com as regalias recebidas da
Daí deferir a proposta. empresa) tenha a ver com o fato de o
Em menos de 24 horas já fora ordena- feliz contemplado ser companheiro da
do o depósito, “o mais rapidamente Ministra Sara Lopes, com quem vive
possível”, de 2.756.625$00 (equiva- maritalmente e tem um filho.
4 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010
na rota dos dias
Praia com soluções
S. Tomé sai do isolamento
Ulisses o disse: “Praia tem solução”. E soluções estão a aparecer – S. Tomé já não é localidade isolada. Desde domingo tem boa estrada a ligá-la com a
capital. Obra da Câmara Municipal da Praia, Ulisses Correia e Silva inaugurou-a e lançou repto ao Governo: agora colaborem com a Câmara na construção
de uma segunda via
A
estrada que liga Praia a
localidade de S. Tomé foi
inaugurada no domingo. A
obra financiada totalmente pela
Câmara Municipal da Praia veio tirar
definitivamente esse povoado do iso-
lamento a que estava votado. Ulisses
Correia e Silva, o edil praiense,
avançou ao nosso jornal que toda a
infra-estrutura custou cerca de 33 mil
contos; o projeto foi pensado na
perspetiva da integração da locali-
dade no circuito de desenvolvimento
que se quer para a capital.
“Esta estrada representa mais do que
asfalto, pois desencravámos uma
localidade. Esta estrada traz várias
coisas importantes: transporte, aces-
so à educação, à saúde, traz econo-
mia, que é o que provocamos tam-
bém com esta infra-estrutura, pois
criámos possibilidades de aproveitar
as potencialidades da Praia aqui exis-
tente, desenvolver o turismo, e
colocámos a localidade nas proximi-
dades do aeroporto, o que vai criar
uma dinâmica de desenvolvimento”,
diz o autarca que desafia o Governo
Aplausos para a nova estrada
a comparticipar na segunda fase do
projeto - a edificação de uma segun-
da via.
Ulisses Correia e Silva, falando para
centenas de populares, disse que a
estrada que liga S. Tomé à Praia não
é uma mera infra-estrutura, porque,
em seu entender, tem a função uti-
litária de servir as pessoas. “Não a
criámos por obsessão de construir,
mas por termos consciência de que
ela vai determinar desenvolvimento
humano”, advogou o edil, acrescen-
tando que se trata da valorização de
uma localidade que agora fica no
eixo de desenvolvimento futuro da
cidade da Praia, porque liga à zona da
nova urbanização que vai do Novo
Aeroporto à fronteira com S. Domin-
gos bem como ao longo da Circular
até à rotunda de S. Francisco.
População recebe Ulisses
em apoteose
Entre foguetes e ao som do batuque,
o edil praiense foi recebido pela
população local. Muitos manifes-
Batuque celebra ligação com S. Tomé
taram, de várias formas, o seu rego-
zijo por ver concretizada essa via de
acesso, uma das maiores revindi-
cações da comunidade.
Lurdes Rodrigues é residente em S.
Tomé. Em declarações a este jornal
mostrou-se profundamente satisfeita,
por alimentar a ideia de que a sua
vida vai melhorar. “Sempre vieram
aqui com promessas de que a estrada
era para ser construída, mas só
Ulisses é que não mentiu. Ele falou
que ia fazer a estrada, e fez. Isto para
nós é sinal de seriedade. Ficámos A MSF construiu a estrada Florzinha mais perto da Praia
todos bem servidos, e S. Tomé jamais
será como dantes”, prognosticou ela.
Florzinha Cabral é jovem funcionária
do NOSi, e está igualmente satisfeita
por agora ter acesso mais fácil ao seu
posto de trabalho. “Antes, um táxi
cobrava 1000$00 à noite, e 500$00
durante o dia, e agora houve revira-
volta: o preço já não ultrapassa os
400$00”, disse-nos ela, reconhecen-
do mérito a Ulisses Correia e Silva
por ter mandado construir esta estra-
da que era uma das maiores reivindi-
A festa porque Ulisses prometeu e cumpriu
cações da população.
População reconhece o esforço da CMP e convida Ulisses a dançar

na rota dos dias
Electra não assume cortes por falta de dinheiro Integração do INIDA na Uni-CV
Calote
deixa cabo-verdianos
às escuras
Nos últimos dias, os cortes
de energia verificados em S.
Vicente, na cidade de S.
Filipe (Fogo) e em S. Cruz
(Santiago) foram
provocadas, não por avarias,
mas por falta de pagamento
de faturas da Electra aos
fornecedores (Enacol e
Shell), que por isso
cortaram fornecimento de
gasóleo às referidas centrais
O
s sucessivos cortes de ener-
gia elétrica levaram os min-
delenses a experimentar o
calvário imposto pela Electra que os
praienses suportam há vários anos. De
cortes “de quando em vez” passou-se a
cortes sistemáticos, com aviso e tudo
na agenda de informações da RCV -
horas e zonas que vão ficar sem luz.
No dia 4 de Outubro, comunicado da
Electra anunciava que os cortes suces-
sivos e programados estavam rela-
cionados com avaria numa máquina
na Central do Lazareto, Mindelo, que
fez diminuir a potência produzida –
isto após dez dias de constantes cortes
de energia, com enormes prejuízos
para os cidadãos.
Poucos acreditam nas explicações da
empresa. Fontes de Já na Electra
garantem que o problema dos cortes
tem a ver com o fato de “a empresa
estar sem dinheiro para comprar com-
bustíveis, e já não conseguir comprar a
crédito”. Outro dado apontado por tra-
Porto Mosquito
Água afoga propaganda mentirosa
Há um ano, Porto Mosquito assistiu ao descerramento da placa
alusiva à inauguração do sistema de distribuição de água. José
Maria Neves sorridente e orgulhoso, o povo feliz. Mas não havia
água. O INGRH recusara ligação da rede à nascente de Santa
Clara. A inauguração foi só conversa e propaganda para a
televisão – “o Governo levava água a todos os cantos de Cabo
Verde”
balhadores da Electra para a falta de agora há falta de energia elétrica. Tudo
liquidez revela que, até 3 do corrente, isso numa semana em que José Maria
os trabalhadores ain- Neves esteve em São
da não tinham rece-
bido salários.
Na Praia, só não houve Vicente e “colocou
simbolicamente a
De acordo com as cortes porque o Governo primeira pedra do
nossas fontes, na terá solicitado a Leonesa parque eólico de São
Praia só não houve Fortes (Administradora do Vicente, um dos qua-
cortes nestes dias tro a construir tam-
porque o Governo INPS e ex-governante) a bém nas ilhas de
terá solicitado a Leo- demover o irmão Carlitos Santiago, Sal e Boa
nesa Fortes (Admi- Fortes de levar por diante Vista.
nistradora do INPS e
ex-governante) para
a ameaça de corte do “A propaganda
anunciava os efeitos
demover o irmão fornecimento de do milagre no futu-
Carlitos Fortes de le- combustível por parte da ro“. JMN afirmou
var por diante a ame- tratar-se de “um
Enacol
aça de corte do for- grande momento”
necimento de com- para Cabo Verde o
bustível por parte da Enacol. arranque do projeto para o aproveita-
mento das energias renováveis, no
Zé no país das maravilhas caso a eólica, que permitirá ao País
Por esta e outras razões, os mindelens- aliviar os custos de importação de
es estão fulos da vida com o Governo. combustível para a produção de eletri-
Depois de passarem pela falta de água, cidade.
C om rede de distribuição de
água, mas sem água, Porto
Mosquito viveu desde então: houve
protestos, indignação, reclamações,
com o PAICV a querer responsabi-
lizar a Câmara Municipal da Ribeira
Grande de Santiago pela falta da
água que o INGRH recusara ligar
Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 5
Andam
alergias no ar
gestão dos recursos postos à disposi-
ção do CFA. “Enquanto gestor, não
posso patuar com atitudes de afronta e
atropelo às competências da adminis-
tração. Estou aqui com missão muito
bem definida, no quadro da minha re-
quisição às Forças Armadas: justa-
mente preparar, administrativa e finan-
ceiramente, a integração do INIDA na
Universidade de Cabo Verde”, assev-
A relação entre o coordenador
administrativo do Instituto Na-
cional de Investigação e Desen-
era Alcides Miranda, acusando Antó-
nio Fortes de querer boicotar os traba-
lhos de Administração e, por esta via,
volvimento Agrário (INIDA), major atingir a figura do próprio presidente,
das Forças Armadas Alcides Miranda, Isildo Gomes.
e o diretor do Centro de Formação De acordo com Miranda, o que An-
Agrária (CFA), António Fortes, vai de tónio Fortes faz à frente da direção do
mal a pior: o responsável pelo centro CFA é inaceitável e fere sobremaneira
não afina pelo mesmo diapasão da os princípios éticos da boa gestão. “O
“forma exigente e austera como Mi- plano de atividade e as despesas do
randa tem trabalhado para preparar a CFA têm cabimento no orçamento do
integração definitiva do INIDA na INIDA, que detém a autonomia admi-
Universidade de Cabo Verde” – con- nistrativa e financeira no exercício das
fessou a Já fonte próxima de Fortes, suas atividades. Portanto, o Centro, en-
para quem tudo indica que, se o braço- quanto Direção de Serviço, nunca po-
de-ferro se mantiver, o militar de car- deria, à revelia da Direção Administra-
reira baterá com a porta. tiva e Financeira (DAF), utilizar recur-
Miranda, que conhece muito bem os sos financeiros resultantes das propi-
meandros da gestão do INIDA, pois já nas dos alunos, para uso interno, sem
lá esteve em regime de comissão de autorização do presidente do INIDA”
serviço entre 2002 e 2006, a convite do explica o coordenador administrativo e
então presidente do Instituto, António financeiro do INIDA, criticando a
Querido (Tony), confirma estar desa- forma avulsa e desorganizado como o
pontado com a atitude de Fortes, na diretor do CFA administra o Centro.
As regras
INIDA tornou-se, em 2007,a terceira instituição de ensino superior público a
integrar o grupo de entidades ligadas à Uni-CV, seguindo as pisadas do
Instituto Superior de Educação (ISE) e do Instituto Superior de Engenharias
e Ciências do Mar (ISECMAR). Segundo os Estatutos da Uni-CV, durante o
período de instalação, os Institutos Públicos de Ensino Superior associados
mantêm a sua personalidade jurídica: o que muda é a criação de novos
cursos, o provimento e o desenvolvimento profissional do pessoal em regime
de carreira, a construção de infra-estruturas e a realização investimentos, que
passam a ser feitos no quadro da Uni-CV. Por sua vez, os diplomas e
certificados dos novos cursos são conferidos no quadro da Uni-CV.
apesar das insistências do Muni-
cípio.
Entretanto, a Câmara avançava com
quito, vinda de Águas Verdes: obra
da Câmara, que assim afogava a pro-
paganda de José Maria Neves.
a construção da rede de distribuição Agora há quem pense que a placa da
de água ao domicílio desde o enorme “inauguração” deve ser removida. E
depósito edificado em Achada Forte há quem defenda que ali permaneça
– até que em 1 de Outubro, final- como monumento à pouca-vergonha
mente, a água chegou a Porto Mos- da propaganda enganosa.
6 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010

cá se fazem
Em S. Martinho Grande

Chã de Igreja: iniciados no batuko

Batucadeiras: Fortaleza, o som da tradição

Jovens talentos Rostos felizes na noite

iluminaram a noite
F
estival de Jovens Talentos, a encerrar em S. Martinho Grande o Programa de Verão
2010 da Ribeira Grande de Santiago, foi festa de juventude: a noite de 1 de Outubro
rasgou-se de luzes para receber a alegria de centenas que vieram de diferentes
localidades (Porto Mosquito, Santana, Salineiro, S. João Batista, Cidade Velha).
Quiseram dar apoio aos talentos juvenis que se revelavam, trazendo consigo os nomes
das suas terras de origem. Batucadeiras e batuquinhas, Fidjus de Flores de Lacacan,
grupos de bailarinos já com alguma garra ou ainda em fase de dar os primeiros passos,
prepararam a subida ao palco dos nomes fortes que abrilhantaram a festa: Zé Espanhol
e Bino. Todavia, os protagonistas desta noite maior de S.
Martinho Grande foram mesmo as centenas de jovens que
encheram o recinto da placa desportiva, cada qual
mostrando a seu modo a maneira como aderiam à festa.
Elas eram esbeltas, eles ruidosos. Hora a hora, a noite foi
pingando até ao cansaço das quatro da madrugada.
Apenas um senão: o policiamento pedido pela Câmara
não aconteceu. Mas quase não foi preciso.

Entrega de prémios:
Juventude afluiu a S. Martinho Grande desporto chamado ao palco

Jovem
talento
revela-se de
Dançar com arte pequenino Festival deu vida a localidade rural
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 7

notícias do jet-set

Pedro Pires inaugurou o certame José Lopes, o presidente da FIC

Francisco Tavares faz de cicerone no stand da Câmara Pelo menos 14 expositores estiveram na FICH 2010

Habitação
junta figuras
públicas na BCA em ação Stand Tecnicol com Monteiro de serviço

FICH 2010
Estava programado para as 17 horas, mas o Presidente Pedro
Pires só chegou uma hora depois. Mesmo assim os convidados
esperaram para abertura da FICH 2010. Ministros, Presidentes
de Câmara, Embaixadores, Expositores e convidados, cada um
estava trajado para a ocasião. Lá dentro os stands tentavam
impressionar. Uns mais arrojados do que outros, conforme a
conta bancária das empresas. Mas, original mesmo, o stand da
Century 21: nada mau receber um cliente ao som de um saxo-
A originalidade da exposição Seguradora deu cor à Feira
fone e com intérprete à maneira…

As instalações da Feira As câmaras mostraram obras e projectos A tecnologia na construção veio do Sal
8 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010

o que por aí vai

Atividade de risco

Areias do Morro Branco

soterram mais três vidas

Houve lágrimas. Mas “Sabemos que é perigoso, mas não temos outra
também revolta na voz e alternativa para ganhar um dia de trabalho“. O
no sentir dos colegas de
momento é de dor, revolta e lágrimas. Mas, tam-
profissão dos sinistrados.
Um motorista soluçava e bém deve ser tempo de tomar medidas para que
gritava: “há muito tempo mais vidas não sejam soterradas pelos areais do
que pedimos às autoridades Morro Branco
para tomarem medidas em

J
oão Gomes, António Delgado e areia, mais cinco pessoas.
relação a este local. Já Djuda, ajudantes de motorista
morreram aqui cinco de camião, morreram soterra- Revolta, dor e lágrimas
dos, no último fim-de-semana, quan- Ao local ocorreram centenas de pes-
pessoas e nada fizeram”. soas para manifestar o seu pesar pela
do apanhavam areia na zona de
Morro Branco, São Vicente. O topo tragédia que tinha abatido sobre três
do monte onde estavam a retirar areia homens que estavam a “tentar ganhar
caiu e soterrou os três homens que o pão-nosso de cada dia”.
estavam a encher dois camiões. So- Houve lágrimas. Mas também revol-
freram poli-traumatismos e morre- ta na voz e no sentir dos colegas de
ram por asfixia. profissão dos sinistrados. Um mo-
Os camiões que estavam a carregar, torista soluçava e gritava: “há muito
também, ficaram soterrados, tal foi a tempo que pedimos às autoridades
violência da avalanche. A tragédia para tomarem medidas em relação a
podia ser maior, pois outros três tra- este local. Já morreram aqui cinco
balhadores que esta- pessoas e nada fize-
vam no local conse- Os apanhadores de areia ram”.
guiram fugir a tem- estão conscientes do Para um ajudante,
po. Foi o caso de “o local ficou peri-
risco. Outras vidas já goso porque as em-
Marcolino da Luz,
ajudante, que correu foram ceifadas em Morro presas trabalham
para o lado, ao ouvir Branco. Mas os níveis de aqui com máquinas
o estrondo provoca- pobreza são tamanhos e vão cavando no
do pelo embate da sopé dos montes.
areia nos camiões.
que levam os Sabermos que é pe-
As autoridades ain- trabalhadores a desafiar rigoso, mas não te-
da não apresenta- a fatalidade para mos outra alternati-
ram conclusões so- va para ganha um
bre as causas do
ganharem o dia de trabalho“. Diz
acidente, mas tudo pão-nosso-de-cada-dia. que costumam apa-
indica que as causas E, às vezes, nhar areia no Norte
possam ter a ver o diabo tece-as de Baia, “mas fomos
com o fato de o to- proibidos, os fiscais
po do monte estar molhado em virtu- estão em cima e as multas são pe-
de das chuvas caídas em São Vicente. sadas. Por isso, arriscamos aqui, no
Anteriormente já tinham morrido Morro Branco, mesmo sabendo que é
nesse local, enquanto apanhavam perigoso“.

sem tirar nem pôr
Nos últimos anos
Educação deixou
de ser prioridade
Nos três últimos anos da década de noventa, a fatia das despesas com a Educação aumentou
substancialmente. Com o PAICV no poder aconteceu o contrário: perdeu rapidamente
importância no conjunto das despesas do Estado em e relação ao PIB. Para o Governo, apostar
no betão, e mal aplicado, é mais importante
O
critério mais seguro para
determinar o grau de priori-
dade atribuído por quem
governa a um determinado setor de
atividade é bastante simples: follow the
money (segue o dinheiro). Se a fatia
das despesas do Estado consagrada ao
setor aumenta em termos relativos
(percentuais), é porque o Governo
atribui importância e prioridade cres-
centes. Se um setor absorve 10% das
despesas do Estado num ano e no ano
seguinte sobe para 12%, é razoável
afirmar que o Governo aposta nesse
setor, possivelmente em detrimento de
outros.
A educação é um setor que todos os
Governos tendem a priorizar, pelo
menos nas declarações de intenção. O
que terá acontecido em Cabo Verde?
José Maria Neves fala, fala, de edu-
cação, a ponto de declarar solenemente
que nenhuma escola secundária dos
Estados Unidos da América é capaz de
oferecer mais qualidade do ensino do
que uma escola da cidade de
Gastos do sector Educação, valores reais (un.: mil contos)
Despesas de Educação em % dos gastos totais do Estado
O gráfico da esquerda mostra o peso das despesas de Educação no total das despesas do Estado desde 1996. O da direita mostra as
Assomada. O problema é que o
próprio José Maria Neves não atribui
tanta importância à educação como
quer fazer crer. Basta atentar nos
números, retirados das Contas do
Estado, portanto, execução orçamental
real.
O quadro pode ser algo difícil de
seguir, mas vale a pena tentar. Faz a
comparação entre despesas que o
Estado efetivamente realizou no setor
de educação (funcionamento e investi-
mento) entre 1996, ano de início da
reforma do ensino, e 2009, com as
despesas totais do Estado, também
despesas efetivas, e com o Produto
Interno Bruto a preços correntes de
mercado. O que interessa reter é a
evolução das percentagens, e para isso
o melhor amigo é um gráfico ilustrati-
vo, baseado na tabela anterior.
Mas antes, importa seguir a evolução
em termos absolutos. Entre 1996 e
2000, ainda no Governo do MpD, as
despesas com a Educação aumentaram
57%, uma taxa média de crescimento
Despesas de Educação em % do PIB
despesas da Educação relativamente ao PIB.
TCV persona non grata na Cidade Velha
Ribeira Grande de Santiago declarou a TCV “persona non grata”. Denunciando sucessivas
situações de omissão e discriminação, os autarcas da Cidade Velha não estiveram com meias
medidas: disseram “basta!” à “televisão do Governo e do PAICV”. E afirmam esperar que 2011
traga um quadro político que democratize a “televisão paga por todos os cabo-verdianos”.
anual de 12%. Entre 2000 e 2009, nos
Governos do PAICV, as despesas com
Educação aumentaram 20% em nove
anos, uma taxa média anual de 2%. O
peso das despesas de Educação em
relação à despesa total do Estado
baixou de ano para ano a partir de
2001, atingindo em 2009 o seu nível
mais baixo desde 1996. O gráfico ilus-
tra perfeitamente essa tendência.
As tendências são claramente
percetíveis. Nos três últimos anos da
década de noventa, a fatia das despesas
do Estado atribuída ao setor aumentou
acentuadamente. Apesar disso, o seu
peso relativamente ao PIB baixou até
1999, subindo para 8,2% em 2000. A
partir de 2001, a curva é claramente
descendente nos dois casos: durante a
governação do PAICV, a Educação
perdeu rapidamente importância no
conjunto das despesas do Estado em
relação ao PIB. A Educação é cada
vez menos prioritária para o Governo
do PAICV. Apesar das bazofarias de
José Maria Neves. Contra fatos…
Liceu Domingos Ramos
Carlos Veiga
viu tetos a cair
Salas de aula em perfeito estado de degradação há vários
anos, turmas sobrelotadas, e o abandono do Estado plasmado
nas paredes - eis o cenário que Carlos Veiga encontrou no
Liceu Domingos Ramos, que, apesar de tudo, funciona graças
ao heroísmo dos professores
S Para marcar a abertura do ano
escolar 2010/2011, convicto de
que será o próximo Primeiro Ministro
de Cabo Verde, Carlos Veiga, acom-
panhado pelo líder parlamentar do
MpD, Fernando Elísio Freire, e pelo
deputado nacional João Cabral, visi-
tou na segunda-feira um estabeleci-
mento de ensino emblemático, con-
siderado peça incontornável da
história do ensino em Cabo Verde (o
primeiro liceu do País e onde Carlos
Veiga fez parte da primeira leva de
alunos e nele completou o ensino
secundário) – o Liceu Domingos
Ramos, outrora batizado de Liceu
Adriano Moreira.
Recebido pela presidente do Conselho
Diretivo e restantes membros do CD,
Veiga inteirou-se da atual situação
daquele estabelecimento de ensino,
que este ano letivo acolhe 2200 alunos
em turmas de 36 alunos por sala.
Apesar da taxa de reprovação não ser
alta, centra-se essencialmente no
primeiro ano de frequência (o 7º ano
de escolaridade), atingindo os 37%.
Português e Matemática são o grande
problema dos estudantes.
Segundo Rosa Silva, a cidade da Praia
precisa de mais 3 liceus para que se
possa fazer um ensino com melhor
ambiente de aprendizagem.
As questões sociais mais prementes,
Rosa Silva explica-se à delegação do MpD
Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 9
como pobreza e desemprego dos pais,
refletem-se de forma clara, e apenas
10% dos alunos têm apoio social
escolar. A desistência por falta de
recursos dos alunos é recorrente -
muitos pais não conseguem pagar as
propinas anuais dos filhos. E o
Domingos Ramos, tal como todos os
restantes do País, sustenta-se das
propinas anuais pagas pelos alunos - o
Estado/Governo apenas paga os
salários dos professores.
A degradação do edifício central é
bem visível: só este ano mereceu a
atenção de instituições públicas que,
junto com o liceu, conseguiram o
financiamento para as obras mais
urgentes de que este precisa. Na sua
visita a este liceu, Carlos Veiga verifi-
cou a degradação das instalações e das
salas de aula, algumas já em situação
de rotura, e portanto impraticáveis.
Carlos Veiga afirmou que, para o
MpD, o ensino nas melhores condi-
ções não é considerado despesa, mas
investimento no futuro da sociedade e
do desenvolvimento: essa será preo-
cupação dominante e estará à disposi-
ção desta e outras escolas para ouvir e
tudo fazer por elas, quer a nível das in-
fra-estruturas, quer ao nível de uma
reforma que permita modernizar o en-
sino e torná-lo mas eficaz e útil, quer
para o futuro dos estudantes e do País.
10 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010
isto vimos
Com alvará de 4ª Classe faz obras de 1,2 milhões
“Palmarejo Grande”
Monteadriano benefic
sem concurso
É escandaloso e fere gravemente a economia nacional o contrato feito, sem concurso público e onde se acumulam ilegalidades atrás de ilegalidades, mas com
o beneplácito do Governo de José Maria Neves, entre a IFH e a Monteadriano, empresa que parece nas boas graças da Administração, colhendo contratos e mais
contratos, apesar das muitas anomalias nas obras por ela feitas. Mas a Procuradoria Geral da República, instada pela ACEC, fecha-se em copas e fica a leste do
assunto. Cheira a esturro
T
anto o Governo, através do
Ministério das Infra-estruturas
e Transportes, como a Pro-
curadoria-geral da República continu-
am em silêncio em relação à petição
enviada pela Associação Cabo-ver-
diana das Empresas de Construção
(ACEC) por causa da infra-estrutu-
ração de Palmarejo Grande, na cidade
da Praia.
A ACEC considera anormal e incom-
preensível que uma empresa de capi-
tais públicos, que tem especiais res-
ponsabilidades – a Imobiliária, Fun-
diária e Habitat (IFH) –, promova e
adjudique uma obra de 1 milhão e 200
mil contos, sem fazer concurso público
como prevêem a lei, as regras de
transparência, um quadro de concor-
rência justa e saudável e os princípios
em que assenta um Estado de Direito;
com o agravante de essa empresa ter
licença de empreitada só para obras de
até 180 mil contos. Por isso, a
Associação manifesta frontal oposição
à atuação da IFH e do Governo.
A IFH e a MONTEADRIANO terão
celebrado, em 2005 ou 2006, sem qual-
quer concurso prévio, um protocolo
para as obras de infra-estruturação do
Palmarejo Grande, nos termos do qual
a referida empresa faria o projeto,
mobilizaria o financiamento e execu-
taria a obra.
Por razões desconhecidas, o financia-
mento não foi conseguido, pelo que,
em 2007, a IFH decidiu mobilizar
recursos financeiros para a obra através
de empréstimo obrigacionista (na
Bolsa de Valores de Cabo Verde) no
valor de 820 mil contos, do qual a
primeira parte, no valor de 420 mil
contos, foi lançada a 26 de Novembro
de 2008.
A primeira fase do projeto, segundo o
Presidente da IFH na altura, João
Vieira, consistia na urbanização de
uma área de 52 hectares, para produzir
300 lotes infraestruturados com um
investimento de cerca de um milhão de
contos, como aliás consta do prospeto
de oferta pública de subscrição do
empréstimo OPS/002/2008.
Governo dispensa
concurso público
A 19 de Novembro de 2007 foi publi-
cado no Boletim Oficial, I Série, a
Resolução nº 38/2007 do Conselho de
Ministros que dispensa de concurso
público e limitado a empreitada para a
realização da obra de infra-estrutu-
ração do Palmarejo Grande, permitin-
do a sua adjudicação por ajuste direto,
“precedida de consulta nos termos da
lei”. A Resolução foi justificada tra-
zendo à colação: ser a obra “um passo
essencial para uma intervenção de
longo prazo e de longo alcance na orla
de expansão da Praia”; estar em con-
sonância com a preocupação do Go-
verno de conceder atenção especial à
realização do direito à habitação,
através de programas de habitação com
parceiros sociais; dispor a IFH –

ciada
$$$$$
O caso IFH/Monteadriano é
uma pequena amostra de
como as construtoras
nacionais são tratadas pelo
Governo de José Maria
Neves. “Esta empresa está
no grupo das empresas
portuguesas que
beneficiaram do regabofe
das adjudicações diretas
entre 2005 e 2008 e
pertence ao grupo das
protegidas do MITT
(o Ministério de Manuel
Inocêncio Sousa)”. Existem
outras que andam a
engordar a sua fortuna em
Cabo Verde enquanto os
nacionais são obrigados a
despedir trabalhadores e a
viver em situação cada vez
mais difícil
definida como “entidade privada de
capitais públicos” – de condições téc-
nicas para execução da empreitada e
atender a obra a “uma necessidade
básica urgente” por ir minorar o défice
habitacional atual, com a disponibiliza-
ção de 3.000 novas habitações. O
Governo de JMN defendia também ser
necessário e oportuno aproveitar a
“forma de financiamento especial
através da emissão de obrigações”
para a realização da obra; e, por fim,
serem “de interesse público os fins”
que a IFH pretende prosseguir.
Em Setembro de 2008, quando a
ACEC tomou conhecimento, através
de jornais, do lançamento da segunda
fase do empréstimo obrigacionista
(OPS), no valor de 330.000 contos
para a infra-estruturação de Palmarejo
Grande - depois de a IFH ter confirma-
do que já fizera um empréstimo anteri-
or de 420.000 contos e que já investira
795.000 contos no projeto, precisando
do valor desse segundo empréstimo,
330.000 contos, para finalizar o em-
preendimento, isto num investimento
de 1,2 milhões de contos como admiti-
ra o PCA da IFH –, esse fato chamou a
atenção dos empresários.
Monteadriano com alvará
de 4. Classe
João Vieira recordou, a propósito, que
mais de 28 por cento desse investimen-
to fora feito através de auto-financia-
mento da própria Imobiliária. E acres-
centou: “Este era o último financia-
mento, que inicialmente fora previsto
ser de 820.000 contos”, precisando que
se ficou pelos 750.000 contos (420.000
contos da primeira OPS a que adi-
cionam os 330.000 contos da segunda
OPS) “por não haver necessidade de ir
para os 820.000 contos”.
Todavia, o Governo decidiu adjudicar
diretamente a referida obra, e todos os
trabalhos, no montante de 795.000
contos, como referiu o presidente do
IFH, unicamente à empresa Mon-
teadriano (MA), como empreiteira da
obra, e não apenas no valor de 179.600
contos como consta do contrato envia-
do à ACEOPP, antiga sigla da ACEC.
Ao que tudo indica, o contrato entre a
IFH e a Monteadriano, com o bene-
plácito do Governo, foi assinado em
Novembro de 2008 e nesses termos –
para adormecer os cabo-verdianos,
uma vez que a empresa portuguesa tem
alvará de empreiteiro 4ª Classe, o que
lhe permite só realizar obras em Cabo
Verde até 180.000 contos, apesar de
apresentar capitais próprios negativos
de cerca de 290 mil contos.
E nem mesmo para os trabalhos no
montante de 330.000 contos, obtidos
através da 2ª OPS junto da Bolsa de
Valores de Cabo Verde, foi lançado
qualquer concurso público.
Ilegalidades e
desregulação do mercado
A ACEC entregou, a diferentes enti-
dades e autoridades, um documento
chamando a atenção para as ilegali-
dades e completa desregulação em que
vive o setor cabo-verdiano da cons-
trução civil e obras públicas, ao qual
anexou um dossier com dezenas de
Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 11
casos que ilustravam e documentavam
a situação. Mas até hoje não obteve
resposta - só o silêncio.
“Continuamos sem vislumbrar as me-
didas que as autoridades competentes
tenham tomado ou estejam a tomar
nesta matéria. Mas a ACEC continua-
rá, dentro das suas possibilidades e
atribuições, a tudo fazer para que ten-
hamos um setor cabo-verdiano da con-
strução regulado, a funcionar dentro da
legalidade, e com empresas cabo-ver-
dianas cada vez mais fortes e oferecen-
do um serviço de melhor qualidade”,
escrevia a direção da Associação num
comunicado enviado à imprensa onde
fazia a denúncia desta situação.
Para alguns empresários contatados
por Já, e que pediram anonimato, o
caso IFH/Monteadriano é uma peque-
na demonstração de como as constru-
toras nacionais são tratadas pelo Go-
verno de José Maria Neves. “Esta em- chove a cântaros lá dentro. É um caso que levaram a ACEC a requerer à PGR
presa está no grupo das empresas por- gerido no segredo dos deuses pelo Go- que mande investigar, em profundida-
tuguesas que beneficiaram do regabofe verno, mas do conhecimento de algu- de, as circunstâncias em que foi adjudi-
das adjudicações diretas entre 2005 e ma imprensa (como o jornal oficioso cada a infra-estruturação de Palmarejo
2008 e pertence ao grupo das protegi- do Governo) que prefere não tocar no Grande à sucursal de Monteadriano,
das do MITT (o Ministério de Manuel assunto. Ou mesmo a pista do ADP, para verificar se foram respeitadas a
Inocêncio Sousa)” - existem outras que com menos de 5 anos de utilização e já legalidade, a transparência e a impar-
andam a engordar a sua fortuna em com problemas, necessitando de pavi- cialidade da Administração e se não
Cabo Verde enquanto os nacionais são mentação toda nova. Foi a mesma foram praticados atos de natureza
obrigados a despedir trabalhadores e a empresa que fez a obra de uma das criminal no decurso do processo, solic-
viver em situação cada vez mais difícil lajes do aeroporto da Praia, que tinha itando, ao mesmo tempo, para impug-
(ver texto em baixo). cedido em 2002/2003. nar o contrato de empreitada celebrado
É com esta empresa que o Governo entre a IFH e a referida sucursal, por
Chove na Sala VIP do ADP prefere adjudicar obras diretamente, ao violação de lei; e a suspensão da
O mais caricato é que obras recentes da mesmo tempo que tenta passar a ima- executoriedade do ato de adjudicação
MA têm apresentado problemas gra- gem para fora, através da comunicação da infra-estruturação de Palmarejo
víssimos: a Sala VIP do Aeroporto da social, que as empresas nacionais não Grande à referida sucursal, por poder
Praia, recentemente inaugurada, ficou têm qualidade. causar prejuízos graves e dificilmente
temporariamente encerrada, porque Foram estes, entre outros argumentos, reparáveis ao interesse público.
JMN sufoca empresários nacionais
Mais de 13 milhões em adjudicações diretas
E ntre 2005 e 2009, o Governo já adjudicou direta-
mente, às empresas de construção portuguesas, obras
que ultrapassam os 13 milhões de contos. A maior delas
não foi quantificado o valor da reabilitação da estrada S.
Pedro/Mindelo. Logo a seguir, vem a circular da Praia,
com a MSF a receber perto de 2,8 milhões de contos.
foi a construção do terminal de passageiros na ilha de S. Para os leitores terem ideia do sufoco a que as empresas
Vicente, à volta dos 3 milhões de contos cabo-verdianos, cabo-verdianas estão votadas, fica aqui o quadro comple-
executada pela empresa Armando Cunha e que já recebeu to das adjudicações diretas de José Maria Neves e Manuel
neste momento mais de 4 milhões de contos, quando ainda Inocêncio Sousa às empresas portuguesas (ver quadro).
OBRAS PÚBLICAS POR AJUSTE DIRECTO (ANOS 2005 A 2008)
Obra Valor (em contos) Empresa Financiador Anos
Estrada Praia/S.Domingos 994,833 Somague/CVC Portugal/Gov CV 2005/2006
Aeroporto da Boavista 1,761,065 MSF BES 2005/2007
Circular da Praia 2,784,595 MSF Portugal/Gov CV 2005/2007
Aeroporto de S.Vicente 2,937,783 Armando Cunha CGD/ASA 2005/2008
Estrada Rotunda Rabil/Sal Rei 77,186 MSF Gov CV 2007
Desvios Var.S.Domingos/R.Chiqueiro 992,515 Somague/CVC Portugal/Gov CV 2008/2009
Asfaltagem Ruas Praia 1,212,915 MSF Gov CV 2008/2009
Estrada Norte Baia/Calhau 750,000 Armando Cunha Portugal/Gov CV 2008/2009
Reabilit.Estrada S.Pedro/Mindelo ? Armando Cunha Gov CV 2008
Extensão Pista S.Filipe 330,000 Armando Cunha ASA 2008/2009
Aeroporto Maio 195,637 MonteAdriano ASA 2007/2008
Estrada Praia/S.Francisco 473,051 MonteAdriano Gov CV 2008/2009
Infraestruturação Palmarejo Grande 1,200,000 MonteAdriano Público/Bolsa Valores 2008/?
Total 13,709,580
Somague/CVC 1,987,348
MSF 5,835,761
Armando Cunha 4,017,783
MonteAdriano 1,868,688
Total 13,709,580
12 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010
isto vimos
Chã de Tanque
Museu da Tabanka
é casa assombrada
Um dos Museus mais interessantes de Cabo Verde está “encerrado para obras” – há meses. Retirado de Assomada para lugar remoto, sem que as
gentes da cidade do planalto fossem ouvidas, foi remetido para Chá de Tanque, para casa com fama de ser “assombrada”, fato que descontentou
muita gente. Para muitos, tratou-se de “vingança política” do Governo – a verdade é que o Museu da Tabanka entrou em agonia e depois fechou
R
emodelada para funcionar
como Museu da Tabanka, a
casa de um antigo morgado,
sita em Chã de Tanque, concelho de
Santa Catarina, não está a desempen-
har a função para a qual foi criada:
encontra-se encerrada há pelo pelos
menos meio ano.
O Governo transladou o antigo
museu, que funcionava no coração de
Assomada, para Chã de Tanque,
fazendo desse espaço da cidade do
planalto o Centro Cultural Norberto
Tavares – mais ou menos desativo,
com muito pouco movimento e rara
vida cultural. Desde a inauguração do
Museu em Chã de Tanque, a
exposição da Tabanka deixou de
estar patente ao público, o que causa
estranheza junto de alguns setores
mais críticos de Santa Catarina.
“Aquando da criação do Museu da
Tabanka em Chã de Tanque posi-
cionámo-nos contra, não no sentido
de fazer oposição, mas pelo simples
fato de essa zona estar arredada de
um importante centro urbano. Um
turista que queira ver algo no Museu
tem de se deslocar a esse sítio, não
havendo uma rede de transporte efi-
ciente, o que cria grandes estrangula-
mentos e afasta visitantes”, diz a Já
um entusiasta da tabanka, um dos
aspetos culturais mais genuínos da
ilha de Santiago. Para ele, não se
compreende que o Governo tenha
desafiado o Poder Local, contrário à
Tabanka, uma das mais genuínas manifestações culturais do povo de Santiago
retirada de Assomada deste Museu amores frustrados e mortes que Para muitos assomadenses, a retirada
único em Cabo Verde, passando-o O Ministério da levaram a que fosse olhada de lado do Museu da sua cidade foi uma
para uma localidade afastada e isola- Cultura desdramatiza pelas populações. Foi uma decisão a “afronta” apenas explicável por “vin-
da, distante de qualquer foco de evidenciar como os ditos respon- gança” política: o PAICV perdeu a
atenção. Foi como se quisesse matar
a situação: o Museu da sáveis pela Cultura desconhecem, ou Câmara de Santa Catarina, o
a cultura do povo santiaguense Tabanka está a receber desprezam, usos, costumes e Governo “castigou” a capital rural de
Decisão sem ouvir obras de beneficiação, tradições do povo cabo-verdiano. Cabo Verde – fechou-lhe o Museu.
devendo retomar a
os interessados
“Não fomos tidos nem achados. De
sua função utilitária
resto, ninguém foi. Simplesmente dentro em breve. Mas
ouvimos dizer que o Museu ia para não se lhe conhece
Chã de Tanque, e pronto”, desabafa o
nosso interlocutor à reportagem de
qualquer programa
Já. para a divulgação e
Entretanto, contatámos fonte do explicação da tabanka,
Ministério da Cultura que desdrama- se é que o tem ou
tizou a situação: o Museu da
Tabanka está a receber obras de ben- esteja a ser preparado
eficiação, devendo retomar a sua
função utilitária dentro em breve.
Mas não se lhe conhece qualquer
programa para a divulgação e expli-
cação da tabanka, se é que o tem ou
esteja a ser preparado – essa é uma
das más caraterísticas da museologia
em Cabo Verde.
Ao que o nosso jornal pôde apurar, o
Museu de Tabanca já engoliu rios de
dinheiro e a sua reabertura de certeza
não a livrará do destino de elefante
branco, a que parece ter sido conde-
nada. Para mais, a sua instalação em
Chã de Tanque terá ignorado as
“famas” da casa que acolheu o
Museu: corre a lenda de ser “casa
Era aqui o lugar do Museu. Levaram-no para lugar remoto. O povo de Assomada não foi ouvido
assombrada”, com uma história de
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 13

nota$ solta$ 2010 foi o pior ano da década para o setor das pescas
Mais de oitenta por cento dos barcos da frota nacional estão parados. Não há espaço para
congelação e conservação do pescado

Pescas: a ira de Nelson Atanásio António Monteiro mergulha

no cluster do mar de JMN:

“São promessas
Cabo Verde nunca não cumpridas”
Não se entende como um
País, sem recursos, investe um

esteve tão mal dezenas de pessoas que trabalham liga- das pescas, contatados por Já dizem
milhão e meio de contos em
barcos para depois ficarem
parados mais de oito anos na
Baia do Porto Grande
das à exportação do pescado.
Os prejuízos dos exportadores também
que “estão com medo de fazer contas
aos prejuízos causados ao setor durante O presidente da UCID, António
Monteiro considera que a política
do Governo para o setor das pescas não
foram grandes, como é caso dos que este ano. São milhares e milhares de
exportam mariscos. As perdas ainda contos. O que Nelson Atanásio disse é passa de promessas não cumpridas e de
não estão contabilizadas, mas devem apenas o início de novelo que precisa falta de soluções para os pescadores e
atingir os milhares de contos, tendo em ser desenrolado”. armadores. Aponta o caso dos 8 barcos
conta que, por exemplo, uma tonelada adquiridos por JMN por um milhão de
de lagosta é vendida por mil contos e Melhores dias contos e que estão inativos em S.
que, por ano, podem exportar entre 40 Apesar do quadro negro que pintou Vicente, “quando temos centenas de
a 70 toneladas desse marisco. para este ano, o presidente da pescadores e armadores sem possibili-
Isto para não falar do atum e da cavala Associação Nacional dos Armadores dades de se fazerem ao mar”.
que não puderam ser está otimista em Monteiro pede ao Governo para avan-
exportados devido às A exportação esteve relação ao próximo çar com a transformação desses barcos
condições do Com- paralisada durante quase ano, visto que estão possibilitando a sua utilização na pesca
plexo de Pescas da previstas mudanças do cerco viabilizando e dar um novo
Cova da Inglesa, que
todo o ano e trouxe sentido à pesca na ilha.
radicais no setor,
levaram a que este grandes prejuízos para o como sejam: a con- Reconstrução
O discurso triunfalista de José Maria Neves não engoda os fosse encerrado, ati- setor. A primeira strução de insta-
homens do mar. São eles que vão à pesca e conhecem as rando para o de- lações de frio, a pro- da Interbase
consequência: o O líder da UCID aponta o dedo ainda
verdadeiras linhas que tecem a sua rede. O atual Primeiro semprego dezenas dução de isco para o
de pessoas que so- desemprego atingiu atum e, ainda este ao Governo por ter prometido recons-
Ministro fala, mas a verdade é outra: os prejuízos são avultados,
brevivem à volta do dezenas de pessoas que ano, o reinício da truir a armazém da Interbase em dois
o desemprego no setor aumenta, empresas fecham. As eleições meses, há dois anos, e não consegue
trabalho do pescado trabalham ligadas à exportação do pesca-
trazem esperança de que a coisa mude – é o que todos dizem exportado. começar a obra. “Temos dados seguros
exportação do pescado do para a União
que nos dizem que a empresa a quem o

N
elson Atanásio, presidente da
Associação Nacional dos
Armadores, considera que o
ano de 2010 foi o pior da década para
o setor das pescas. Disse que mais de
oitenta por cento dos barcos da frota
nacional de pesca estão parados. Não
há espaço para congelação e conser-
vação do pescado.
Para este empresário, o fato de a expor-
tação ter estado paralisada durante
quase todo o ano trouxe grandes pre-
juízos para o setor. A primeira conse-
quência foi o desemprego que atingiu
Interbase
A estes fatos, há que juntar a lentidão
na resolução dos problemas inerentes à
falta de rapidez na solução das conse-
quências causadas pela destruição da
INTERBASE. Pessoas ligadas ao setor
Europeia. Só que isso
já estava previsto em 2009… Bem,
resta esperar. Pode ser que, depois das
eleições legislativas, se conheçam os
valores do tsunami que atingiu o setor
das pescas em contraposição ao discur-
so de José Maria Neves.
governo adjudicou a obra não tem con-
dições para avançar com a sua constru-
ção“, o que significa que não é tão cedo
que “os operadores vão passar a contar
com essa importante estrutura que tanta
falta faz”.

“Nha Kaza” arrancou e não é para todos

A Imobiliária, Fundiária e Habitat decidiu arrancar com as inscrições para a compra de 60 habitações em Achada São Filipe no âmbito do projecto "Nha Kaza",
no Dia Mundial da Habitação, que se comemorou a 4 de Outubro, segunda-feira. As casas não são para todos os bolsos

P resente na 2ª Feira Internacional

de Construção e Habitação
(FICH), o Presidente do Conselho de
Adminstração da IFH, Paulo Soares,
disse que a seleção vai ser feita com
base no instrumento do programa
Casa para Todos - o Cadastro Único,
um programa informático que faz a
seleção dos inscritos. Apesar de não
fazer parte do "Casa para Todos", o
"Nha Kaza" pode ser considerado
"uma espécie de teste, de rampa de
lançamento para o programa," expli-
cou o PCA da imobiliária.
O "Nha Kaza" é um projeto de
habitação social que tem a ver "direta-
mente com o core business do IFH
uma vez que é um projecto de
habitação a custo controlado e ex-
tremamente acessível", avança Soares
confirmando os preços das casas:
variam entre 2850 contos para T1, e os
3800 contos, para T2. Estas casas são
destinadas às famílias com redimento
familiar mensal situado entre os 40 e
os 100 mil escudos cabo-verdianos.
FICH 2010
A Ministra Sara Lopes aproveitou a
FICH para voltar a falar do projeto
“Casa para Todos", dizendo que o
objetivo final é que os cabo-verdianos
tenham uma habitação condigna", e
avança que isso é possível "quer
através da parceria público-privada;
de cooperativas; do fundo de ha-
bitação ou do Novo Banco (social),
quer através do financiamento da
auto-construção assistida".
E continuou a governante a alinhar no
discurso, contrário às posições defen-
didas pelos municípos: "não estamos a
defender que as pessoas que con-
struíram ao longo dos anos terão as
suas casas demolidas, mas o municí-
pio tem de fazer a sua parte que é
decidir aonde é que são as àreas em
que as casas podem ser consolidadas e
reabilitadas e aonde é que as casas por
estarem em zonas de risco podem
ruir”, defendendo a regularização
fundiária porque "o Governo não deve
disponibilizar recursos para reabilitar
casas clandestinas”.
A FICH 2010 teve boa afluência do
público mas foi classificado de quali-
dade inferior em relação ao ano passa-
do por técnicos ligados à área de con-
strução. “Não se viu grandes novi-
dades, nem em termos de preços e
muito menos em qualidade”, disse ao
Já Costa Andrade que veio de S. Vi-
cente para visitar o certame.
Os custos dos módulos - 1 módulo de
9m2 (mínimo) = 85.000$ (sem IVA);
97.750$ (com IVA) -, foi outro proble-
ma levantado por empresários que
queriam participar na feira, mas com a
crise instalada no país, não tiveram
capacidade financeira para apresentar
os seus produtos. “Um negócio da
China”, dizem, se fizermos as contas
do custo dos módulos e número de
empresas que este ano participaram
no evento. “E muitos deles ocuparam
4 módulos” (à volta de 350 contos por
empresa), ouvimos alguns fazerem
contas, no antigo hangar do velho
aeroporto da Praia.
A FICH 2010 contou com a partici-
pação de 94 empresas, 36 das quais
estrangeiras, nomeadamente de Bra-
sil, Canárias, Portugal, Holanda e
Itália.
14 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010
coisas do mundo
De PEC em PEC
Portugal
de tanga
O
novo Plano de Estabilidade
e Crescimento (PEC III)
tem vindo a marcar a agen-
da mediática em Portugal. Sob fogo
cruzado da oposição (de esquerda e
de direita), o Governo do Partido
Socialista (PS) chefiado por José
Sócrates, está cada vez mais isolado.
De tal modo que o Presidente da
República, Cavaco Silva, se viu obri-
gado a vir a terreiro defender o
entendimento entre o Governo e a
maior força da oposição, o Partido
Social Democrata (PSD).
Por outro lado, a principal central
sindical, CGTP-IN, decidiu convocar
uma Greve Geral para 24 de No-
vembro, que pode ter a adesão da
UGT, cujo dirigente máximo é mili-
tante do partido do Governo.
Na forja está novo aumento de
impostos, particularmente a subida
do IVA para 23%; cortes salariais na
função pública e, eventualmente,
reduções no 13º mês.
Os resultados evidentes destas medi-
das traduzem-se na diminuição pro-
gressiva do poder de compra dos por-
tugueses – particularmente dos traba-
lhadores e pensionistas –, bem como
o aumento sistemático das despesas
de consumo, o aumento das pres-
tações de saúde e cortes significa-
tivos nos abonos de família.
Com o agudizar das condições de
vida dos portugueses e o previsível
aumento do desemprego (atualmente
nos 10 por cento), o Governo
minoritário de Sócrates arrisca-se a
ser confrontado com a generalizada
Com o agudizar das
condições de vida dos
portugueses e o
previsível aumento do
desemprego (atualmente
nos 10 por cento), o
Governo minoritário de
Sócrates arrisca-se a ser
confrontado com a
generalizada contestação
às suas políticas,
reduzindo as
possibilidades de
entendimentos pontuais
com o maior partido da
oposição, num cenário
que a generalidade dos
analistas prevê de
possível rotura social e
onde o espetro de
intervenção do FMI
ganha cada vez maior
relevância
contestação às suas políticas,
reduzindo as possibilidades de
entendimentos pontuais com o maior
partido da oposição, num cenário que
a generalidade dos analistas prevê de
possível rotura social e onde o
espetro de intervenção do FMI ganha
Enquanto se degradam
as condições de vida da
população, Governo
português aumenta
despesa pública e vai
ao bolso de quem
menos tem. Estado
generalizado de
descrédito do Primeiro
Ministro pode acentuar
rotura social
emergente
cada vez maior relevância.
De referir as dificuldades acrescidas
de Sócrates em conseguir parceiro
parlamentar que lhe dê a mão na
aprovação do Orçamento de Estado
para 2011, já que o principal partido
da oposição rejeita o aumento de
impostos e exige medidas mais fir-
mes na contenção da despesa pública.
No entanto - como também referem
diversos comentadores -, o PSD
seguramente irá adotar a abstenção
na votação do Orçamento, não se
comprometendo politicamente com
as propostas, viabilizando-o sob o
receio da “ingovernabilidade” agita-
da por círculos governamentais e
enfatizada por Cavaco Silva.
Despesa dispara
À direita e à esquerda, está mais ou
menos generalizada a ideia de que se
não fora a lógica “despesista” do Go-
verno PS, Portugal estaria hoje em
melhores condições para enfrentar a
pesada crise endémica que o avas-
sala.
Efetivamente, o Governo de José Só-
crates é responsável pelo brutal
aumento da despesa pública, entre os
anos de 2005 e 2009, em cerca de
14,6 mil milhões de euros. Despesa
esta, como vem sendo referido, com
forte incidência em pagamentos de
prémios, salários e reformas mil-
ionárias a gestores públicos e
quadros, bem como a aquisição de
frotas topo de gama para admin-
istradores e altos responsáveis do
Estado.
Brasil
Marina travou Dilma:
segunda volta dirá
Falharam as sondagens, Dilma Rousseff falhou: é obrigada a ir, a 31
de Outubro, ao segundo turno das presidenciais. A verde Marina
Silva meteu-se de permeio, chegou aos quase 20% do eleitorado
(derrotada, Marina acabou por ser a grande vencedora da noite) e
provocou o recuo da pêtista Dilma (com 47,8% de votos), que vai
agora ao tira-teimas com Serra (32,7%)
M al, na noite de domingo, foram
conhecidos os números oficiais
do escrutínio, logo se reuniram os esta-
dos-maiores das candidaturas para co-
meçar a traçar os rumos para a segun-
da volta. Árbitro da contenda está o
eleitorado de Marina, cuja tendência
maioritária de voto pode fazer pender a
balança para um lado ou para outro. As
primeiras sondagens, feitas ainda no
domingo, davam 50% para Serra, 30
para Dilma e 20 ainda hesitantes. Se
assim for até ao fim, Dilma ganha.
De qualquer modo, a candidata pêtista
vai ser obrigada a atentar nas questões
ambientais, que não foram o forte dos
governos de Lula, se quiser chegar ao
Palácio do Planalto – há grandes proje-
tos de barragens, geradores de contes-
tação, dos quais Dilma terá que se dis-
tanciar. Para ser a primeira mulher elei-
ta Presidente do Brasil, Dilma precisa
também de piscar o olho a algumas mi-
norias étnicas (índias), aliando-as ao
eleitorado negro, na maior parte seu
apoiante. E tem que “vigiar” governa-
dores adversos eleitos no terreno que
Mundo global
EQUADOR. A alegada “tentativa de
golpe de Estado” no Equador
(protestos de policiais contra
anunciadas políticas de austeridade,
comportando reduções salariais, que
culminaram com arremesso de gás
lacrimogéneo contra o Presidente
equatoriano e o seu refúgio no hospital
da Polícia de onde foi resgatado por
militares) terá evidenciado a existência
de clivagens nas Forças Armadas, algo
de que até aqui não se suspeitava.
Rafael Correa viu fragilizada a sua
aparente base sólida, criando
preocupação no seio da Organização
dos Estados Americanos, OEA. A
instabilidade neste país pode propagar-
se a outros países da América Latina.
lhe deu a maioria relativa.
Para já, há dados a jogar em favor de
Rousseff: ganhou em 18 Estados contra
8 de Serra. Dilma teve por si todo o
Nordeste (apenas no Sergipe não teve
maioria absoluta) e Sudeste (com ex-
cepção de S. Paulo, maioritariamente
Serra, mas onde Dilma teve bom score),
juntando-se Minas Gerais, Amazonas e
Rio de Janeiro; o candidato tucano sur-
preendeu em Acre, ganhou Rondônia,
Mato Grosso Sul e Norte, Paraná…
Marina venceu no Distrito Federal.
Também jogam em favor de Dilma os
resultados para a Câmara (60% gover-
namental) e para o Senado (onde a
maioria alinha com a base governa-
mentalista).
Sem incidentes de maior, as eleições
brasileiras motivaram 394 prisões con-
firmadas pelo Supremo Tribunal Elei-
toral. Entre os detidos estão candidatos
a deputado, senadores federais e eleito-
res acusados de infrações que maculam
o processo eleitoral, nomeadamente
corrupção, compra de voto e transporte
ilegal de eleitores.
TERRORISMO. Alerta geral na
Europa contra o "risco potencial de
atentados terroristas" pela rede Al
Qaeda. O alerta veio dos Estados
Unidos, depois de ter sido capturado
no Afeganistão um paquistanês de
origem alemã que transportaria
consigo documentação elucidativa. O
aviso dado em Washington foi ouvido
em Tóquio: os japoneses que se
deslocam à Europa foram, tal como
os norte-americanos, postos de
sobreaviso. Em França foram já
reforçadas as medidas de segurança
nos principais alvos de potenciais
atentados, como estações de
comboios. Em Setembro, Paris sofreu
nove ameaças de bomba.
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 15

polichinelo
kasu-bodi
Empregado Pronto-socorro
J orge Garcia, empregado
de mesa do Grupo Parla- !?!
N
os últimos dias tem-se

!!
mentar do PAICV, deu voz às
dores (e às ordens) do patrão – assistido à chamada do
obviamente, em A Semana. Presidente da República,
Lá despejou esconjuro a Car- desdobrando-se em intervenções que
los Veiga, demonstração de de algum modo são “aposto ou con-
desesperos que levam a recor- tinuado” do discurso governamental.
rer a coitados arvorados em No telejornal de dia 1, na televisão “Quanto à dengue,
“opinion makers”. Mas o re- do PAICV, isso deu honras especiais
curso leva a tropeções fatais a Pedro Pires: apareceu oito vezes.
verificou-se uma
que, revelando a má memória de uns, acionam a boa Vozes confidenciaram a Polichinelo
que, apesar das divergências mais ou
tendência para o
memória de outros. Escreve Garcia, tentando atingir Veiga:
“Pedro Pires trocou-lhe as voltas e de um momento para o menos em surdina, perante o aumento de casos
outro viu-se numa situação difícil, sem o cargo de desmoronar da maioria tambarina, o
Primeiro-Ministro e sem o de Presidente da República”. O partido resolveu chamar Pires como após o início das
rapaz é desmiolado e troca o passo: quem “trocou as pronto-socorro. E é assim que,
voltas” não foi Pires, foi Sidónio Monteiro, foram os mor- depois do Papa (peregrinação sem chuvas. Os dados
tos chamados a votar, foi a falcatrua da Covoada. Se o pos- milagres), o “papá”… apontam para a
sidónio está esquecido, Polichinelo lembra-lhe.
ocorrência de cerca
de 390 casos desde

Contágios
Quem tenha observado com atenção a publicidade/propaganda televisiva sobre o lançamento
da primeira pedra da barragem de Saquinho, em Santa Catarina de Santiago, viu um José Janeiro a esta
Maria Neves a chegar a algum local e fazendo um gesto triunfante: levantando os braços e
apertando as duas mãos, enquanto um esgar de sorriso tentando disfarçar sofrimento e cansaço parte”
se manifestava no seu rosto. Tinha um certo trejeito à Filu, quando, caminhando para a A Nação,
derrota, saltava para os palcos com ares de boxeador. Ora, como se sabe, Felisberto Vieira é,
hoje em dia, seu conselheiro. É caso para dizer: ele há contágios perigosos… citando ministro Basílio
Ramos, 1 Outubro

boka bedjo
Mentirómetro

Polichinelo é solidário com quantos lamentam que José Maria Neves tenha transformado o PAICV
numa espécie de Pinóquio Africano para Intrujar Cabo Verde. Por isso, aqui presta homenagem às “Não tenham
“vítimas ideológicas” deste travestimento com uma evocação simbólica deste penoso decénio: dúvidas: um jovem
que sai do Liceu
Amílcar Cabral,
vai aos Estados
Unidos, tem mais e
melhor preparação
que um jovem que
sai da High School
2001 2002 2003 2004 2005 dos Estados
Unidos da
América”
José Maria Neves, em
Assomada, Setembro de
2010

Nem Armindo
Maurício diria
2006 2007 2008 2009 2010 melhor, hips!...

AVISO À NAVEGAÇÃO: polichinelo é sátira e xuxadera. Aqui não se respeita ninguém: são ditas as coisas sem recato. É o reino da má-
-língua, pura e dura. A quem tenha temores e pudores, um conselho: não leia. Quem goste de rumores e tenha bons humores, leia, leia!
16 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010
em jogo
Cabo Verde já está em Harare
Nós acreditamos!
A seleção cabo-verdiana de futebol joga este domingo, 10, contra o Zimbabué, na
partida da segunda jornada do grupo A, depois de ter vencido o Mali na Praia, por
uma bola a zero. No outro jogo do grupo a Libéria empatara em casa a uma bola
com os zimbabuanos
D
epois de completar um perío-
do de estágio na capital por-
tuguesa, o combinado nacio-
nal seguiu ontem para Harare levando
na bagagem as aspirações em con-
seguir um bom resultado para o apu-
ramento à fase final do CAN 2012, a
realizar em Gabão e Guiné Equa-
torial.
As grandes novidades na lista de
Lúcio Antunes foram as chamadas de
Nilson (Portimonense), Karr (Fátima)
e Ericson Tib’s (Merelinense da 2.ª
divisão da norte de Portugal), e as
S. Vicente
Mindelense investe
na conquista do Regional
O Sport Club Mindelense iniciou a
preparação da época 2010/11
tendo em vista a conquista do
Regional. Depois do desaire no ano
passado, que culminou com o quarto
posto do campeonato, os seus diri-
gentes resolveram contratar o técnico
Almarindo de Jesus (Almara). Com as
contratações de Alex, Maylon, Gerson
ausências de Ricardo (disse adeus à
Seleção) e Fufuco, o melhor mar-
cador no campeonato regional e
nacional em Cabo Verde na última
época desportiva, agora a jogar no
Dubai.
Eis a lista completa dos convocados
de Lúcio: Fock (Ceuta- Espanha) e
Ernesto (sem clube); Stopira (De-
portivo Corunha de Espanha), Nando
(Banik Ostrava - Rep. Checa), Vitor
Moreno (Ceuta - Espanha), Fernando
Varela (Trofense - Portugal), Nivaldo
"Tax" (Tourizense - Portugal), Gegê
e Adir, provenientes de Santiago e São
Nicolau, o Mindelense não teve suces-
so. Recorde-se que a equipa não con-
quistou nenhum título depois dos
avolumados investimentos feitos.
Segundo Almara, o propósito será
vencer o máximo de jogos possível.
“Neste momento, já temos o nosso
grupo. O objetivo do clube será vencer
todos os jogos e, quiçá, conquistar
todos os troféus. Vamos fazer um tra-
balho de raiz para que tenhamos frutos
no final da época”.
Para tentar cumprir os objetivos pro-
postos pela equipa técnica, o
Mindelense contratou vários jogadores
(Trofense - Portugal), Nilson (Porti-
monense - Portugal); Guy Ramos
(Dordrecht - Holanda), Babanco
(Arouca - Portugal), Dario (Sporting
da Praia- Cabo Verde), Roni (Fola -
Luxemburgo), Marco Soares (União
Leiria - Portugal), Tony Varela (Waal-
wijk - Holanda), Ericson "Tib’s" (Me-
relinense - Portugal); Heldon (Maríti-
mo - Portugal), Dady (Bucaspor -
Turquia), Lito (Portimonense-
Portugal), Ryan (Havre - França), Zé
Luis (Gil Vicente - Portugal), Edson
Cruz "Karr" (Fatima - Portugal).
que militam em São Vicente. Deste
modo, o plantel do Mindelense conta
como reforços: os guarda-redes Rilly
(ex-Falcões) e Dani (ex-Amarante), os
defesas Anicet (ex-Derby), e Armando
(ex-Académica), os médios Sténio,
Dirceu e Betche (ex-Académica), Té
(ex-Batuque) e os avançados Fufura e
Pitéu (ex-Académica) e Danny (ex-
Derby). Por enquanto, este é o plantel
disponível, que pode ter ainda outros
reforços - caso do guarda-redes do
Batuque, Vozinha, que ainda está
incerto. Recorde-se que Kadú e Kaká
foram para o Batuque e Alex foi para o
Sertanense, de Portugal.
Euro 2012
Portugal defronta
Dinamarca
pensando na vitória
O novo seleccionador nacional de Portugal, Paulo Bento, divulgou
na semana passada a convocatória para o duplo compromisso no
apuramento para o UEFA EURO 2012. O defesa direito João Pereira
(Sporting de Portugal) e o médio Paulo Machado (Toulouse da
França) podem fazer a estreia absoluta na equipa das Quinas
A primeira convocatória de Paulo
Bento tem, ainda, mais duas novi-
dades: o médio Carlos Martins (Benfi-
ca) e o avançado Hélder Postiga (Spor-
ting), que há muito tempo não eram
chamados à selecção portuguesa.
O guarda-redes Rui Patrício também
voltou a ser chamado, depois de nos
últimos jogos ter ficado de fora da lista
dos eleitos, uma vez que era o titular
da equipa de Sub-21.
Em relação aos jogos com o Chipre (4-4)
e a Noruega (derrota por 1-0), regressa
ainda Cristiano Ronaldo, ausente dos
dois primeiros jogos de apuramento pa-
ra o Europeu de 2012 devido a lesão.
Por interferências do Presidente Jonathan
FIFA suspende Nigéria
D epois de duas derrotas e um em-
pate no Mundial, o presidente
da Nigéria, Goodluck Jonathan,
anunciou que suspenderia todas as se-
leções de futebol do país por dois
anos. Com o pronunciamento da Fifa
de que a atitude acarretaria sanções
por parte da entidade, Jonathan vol-
tou atrás da decisão.
No entanto, processos judiciais foram
movidos contra os membros do Co-
mité Executivo da NFF, impedindo
que estes cumpram as suas funções.
Além disso, o secretário-geral da en-
tidade renunciou ao cargo, por instru-
ção da Comissão Desportiva Nacio-
nal, e o ministro dos desportos do
Numa situação complicada no Grupo
H, com apenas um ponto conquistado
em dois jogos, Portugal defronta a
Dinamarca, em casa esta sexta-feira,
08, e desloca-se à Islândia quatro dias
depois.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Beto (FC Porto),
Eduardo (Génova, ITA) e Rui Patrício
(Sporting);
Defesas: Bruno Alves (Zenit, RUS),
Fábio Coentrão (Benfica), João
Pereira (Sporting), Ricardo Carvalho
(Real Madrid, ESP), Rolando (FC
Porto) e Sílvio (Sp. Braga);
Médios: Carlos Martins (Benfica),
João Moutinho (FC Porto), Pepe
(Real Madrid, ESP), Miguel Veloso
(Génova, ITA), Paulo Machado
(Toulouse, FRA), Raul Meireles
(Liverpool, ING) e Tiago (AT.
Madrid, ESP);
Avançados: Cristiano Ronaldo (Real
Madrid, ESP), Danny (Zenit/RUS),
Hélder Postiga (Sporting), Hugo
Almeida (Werder Bremen, ALE),
Liedson (Sporting), Nani (Manchester
United, ING) e Varela (FC Porto).
país colocou as equipas despromovi-
das no último campeonato nacional
de volta à primeira divisão.
Segundo o comunicado oficial publi-
cado no site da Fifa, a suspensão per-
manecerá em vigor até que os proces-
sos judiciais sejam encerados e que o
Comité Executivo da NFF devida-
mente eleito possa trabalhar sem ne-
nhuma interferência.
Durante o período da suspensão, a
NFF não poderá ser representada em
nenhuma competição regional, conti-
nental ou internacional de clubes ou
seleções, ou mesmo em jogos amisto-
sos. Além disso, a NFF e os seus
membros não poderão participar de
nenhum programa de formação, cur-
so ou treinamento da Fifa ou da Con-
federação Africana de Futebol en-
quanto durar a suspensão.
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 17

olhem para elas

Saúde bucal na nha terra Conselhos médicos

Os males Cachos: como

da chupeta logos, é forma que a criança en-
contra para saciar suas necessi-
dades emocionais e sentir-se
protegida, explicando então o
porquê da criança acalmar-se
depois de colocada a chupeta ou
os dedos na boca.
O que muitos não sabem é que
tal como na história de Midas,
este hábito pode revelar-se mais
tarde uma maldição para o de-
senvolvimento facial e mastiga-
tório da criança. Primeiro, co-
Zarina Santos meça por prejudicar a nutrição
Graduanda em Odontologia do bebé: a posição da língua na
amamentação é diferente da
domá-los?
frequência e duração, crianças
que realizam SNN durante 6
horas seguidas, após os 3 a 4
anos de idade podem apresentar
alterações na arcada dentária
como mordida aberta (foto1) e
cruzada.
Enganam-se os que pensam que
este problema resume-se à
estética, pois fazem com que a
criança torne-se um respirador
bucal e, nestas condições, po-
dem apresentar irritabilidade,
cansaço fácil em atividades físi-
cas, bruxismo, alterações da
postura, apetite diminuído, res-

I
maginemos como são os
primeiros dias de um re-
cém-nascido em casa, prin-
cipalmente para os pais de pri-
meira viagem. Depois de várias
noites mal dormidas, sem saber
se desta vez a criança chora por
fome ou por cólica, eis que a
mãe lembra-se da chupeta ofere-
cida pela Tia Maria - afinal a
velha não era de todo uma má
pessoa. Como um toque de Mi-
das, aquela coisinha vermelha,
barulhenta, consegue acalmar-
-se…. Uff! Finalmente!
Imagens intra-uterinas que mos-
tram aquele pingo de gente chu-
pando o dedo existem às deze-
nas, o que comprova a teoria de
que a sucção é necessidade que
nasce com o bebé. E ele conse-
gue satisfazê-la pela amamen-
tação, que seria a sucção nutriti-
va ou então pela sucção digital
(dedo) e de chupeta, portanto
sucção não nutritiva (SNN).
Esta última, acreditam os psicó-
posição de quando se suga a
chupeta. Por ser mais fácil sugar
a chupeta, na hora da amamen-
tação o bebé coloca a língua na
posição da sucção da chupeta e
não consegue retirar o leite,
induzindo ao desmame precoce.
Não só faz a criança desistir do
leite materno, como também
dificulta na mastigação de ou-
tros alimentos, já que a muscu-
latura oral torna-se flácida e até
mesmo para pronunciar o R e o
L a criança terá dificuldades.
A literatura cientifica mostra
que, dependendo da intensidade,
piração e mastigação ruidosas,
hiperatividade ou sonolência e
dificuldade de aprendizagem.
Voltando ao problema inicial,
aos profissionais cabe o dever
de informar aos pais os prós e
contras, mas só eles sabem o
que realmente é ter um recém-
-nascido em casa, onde o choro
é a única forma de comuni-
cação. Caso o presente da Tia
Maria seja aprovado em casa,
devem saber que, pelo menos, é
melhor do que o sugar o dedo.
Partindo do princípio de que a
frequência deve ser a menor
possivel e que, até aos 3 anos,
temos que encontrar forma de
enterrar um dos dois… a chupe-
ta com certeza pode ser esqueci-
da em algum lugar, colocada
fora do alcance da criança, ao
contrário dos dedos. Além do
que é mais facil manter uma
chupeta limpa do que as mãos
de quem gatinha por todo lado.
Condordam?
Tratar adequadamente o cabelo, faz-se, muitas vezes, martírio para as
mulheres. No entanto, algumas dicas podem servir de bom conselheiro.
Já revela-lhe alguns segredos
T er cabelos cacheados, torna-se insu-
portavel. Já deixa esta semana alguns
conselhos que farão este bicho de sete ca-
beças tornar-se o seu animal de estimação, e
fazer-lhe esquecer os alisamentos que tanto
o danificam.
1º Quando decidir cortar o cabelo, desista
do corte em fio reto: ele aumenta o volume
e faz-lhe ficar armado, sem vida. Uma
opção seria o corte repicado ou degradé,
mas convém sempre cortá-lo seco, pois
ajuda na avaliação dos cachos e evita sur-
presas desagradáveis.
2º Em casa, alguns cuidados básicos fazem
bastante diferença. Se lavar os cabelos com
água quente, a raiz torna-se oleosa e o cabe-
lo resseca. Prefira água morna e, quando
possível, enxague com água fria, que fecha
a cutícula dos fios e deixa-os com brilho.
3º Os protudos têm que ser conforme o seu
tipo de cabelo. Para cachos, desde o cham-
pô à máscara, prefira produtos à base de
manteiga de carité, babosa (Aloe vera),
manga ou abacate.
nador nos fios, enrole na cabeça uma toalha
molhada em água quente. Deixe agir por
cinco minutos. Após isso, enxague.
8º Ao acordar, coloque um pouco de água
no cabelo e massage cuidadosamente com
as mãos. Se necessário, passe um pouco de
creme para pentear os fios, amassando-os.
Importante saber que ele só deve ser passa-
do nas pontas, caso contrário o cabelo fica
parecendo minhocas esmagadas em algum
paté.
Receita para Hidratação
Como foi dito, cachos lindos e cheios de
vida, precisam de hidratação. Deixamos
aqui uma receita para fazê-la em casa.
Ingredientes:
Meio abacate maduro
1 gema de ovo
2 colheres de mel de abelha
1 copo (aproximadamente 250 ml) de io-
gurte natural
Modo de Fazer:
Bater o abacate com o garfo e misturar

ReceitaCaseira 4º Faça hidratação; as três primeiras devem

Ingredientes:
2 xícaras (chá) de feijão, 5 dentes de alho, 1 cebola
pequena, ervas aromáticas, quiabo, repolho, couve, óleo
Como fazer:
Lavar bem o feijão. Refogar o alho e cebola. Acrescentar
o feijão, a água e deixar cozinhar. Picar o quiabo, a
couve, as ervas e o repolho. Depois do feijão estar
Feijoada cozido, acrescentar os vegetais e deixar ao lume por mais
10 minutos. Retirar a panela do lume e acrescentar as
ser em períodos de 15 dias cada e, para
manutenção, uma vez por mês, no mínimo.
Em casa, tente fazê-la uma vez por semana.
5º O pente também é importante, mas já
sabe que desembaraçá-los a seco é suicídio:
quebram com facilidade por estarem mais
secos. Faça-o durante o banho. Após aplicar
um creme, enxague e prefira um pente de
madeira com dentes largos, pois acaba com
os nós sem alterar as ondas. Escova jamais:
ela alisa e deixa o cabelo frisado.
6º Para secar o cabelo, encoste só a toalha
manualmente os outros ingredientes. Se em
casa tiver um liquidificador, bata o abacate,
a gema, o mel e o iogurte até formar um
creme homogéneo.
Antes de aplicá-lo, lave o cabelo com cham-
pô (2 ou 3 vezes). Divida o cabelo em
mechas e vá aplicando somente no compri-
mento e nas pontas, nas raizes não. O uso de
“toca termina” por 40 minutos é opcional,
mas aumenta o efeito. Por fim, lave-os bem
até não ter mais nenhum resíduo, mas com
água fria, de modo a que a cutícula dos fios
se mantenha fechada e, com isso, se man-

Verde
ervas. Servir quente. nos fios, bem ao de leve, e aperte para tirar tenha também o brilho dos cachos.
Outros vegetais podem ser utilizados: espinafre, o excesso de água. Boa sorte. Verá: afinal, eles podem ser do-
couve-flor, rama de beterraba, de cenoura, folhas e talo. 7º No momento do banho, passe condicio- mados!
18 • Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010

cachupada
Conto infantil

Horóscopo
Mia,
Por Maria Helena
De 10 a 16 de Outubro
a baleia do Bairro
Carneiro
21-3 a 20-4
Carta Dominante: 5 de Espadas, que
Leão
23-7 a 22-8
Carta Dominante: 3 de Copas, que
Sagitário
21-11 a 20-12
Carta Dominante: Rei de Ouros, que
Manguí - XI
significa Avareza. significa Conclusão. significa Inteligente, Prático.

Amor: Não seja mal-humorado, cultive
diariamente o optimismo.
Saúde: Faça alguns exercícios físicos,
mesmo em sua casa.
Dinheiro: Não deixe para amanhã aquilo
que pode fazer hoje.
Número da Sorte: 55
Números da Semana: 1, 3, 18, 19, 22, 29
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: Dou valor às coisas
realmente importantes da minha vida.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11
Touro
21-4 a 21-5
Carta Dominante: Os Enamorados, que
significa Escolha.
Amor: Exprima os seus sentimentos sem
medo de ser ridículo.
Saúde: Cuidado com o frio.
Dinheiro: Momento favorável.
Número da Sorte: 6
Números da Semana: 8, 11, 36, 45, 47, 49
Dia mais favorável: quarta-feira
Lema da Semana: Escolho de acordo com
a minha intuição.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12
Gémeos
21-5 a 20-6
Carta Dominante: A Justiça, que significa
Justiça.
Amor: Deixe o orgulho de lado e peça
desculpa quando errar.
Saúde: Agasalhe-se mais, pois as
constipações andam por aí.
Dinheiro: Cuidado com os gastos
supérfluos.
Número da Sorte: 8
Números da Semana: 5, 15, 29, 33, 34, 40
Dia mais favorável: terça-feira
Lema da Semana: Procuro ser sempre
justo, bom e generoso.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13
Amor: Se existir desconfianças entre o
casal, será difícil a harmonia.
Saúde: Na saúde em geral não se sentirá
muito bem.
Dinheiro: Poderá ter tendência para gastar
mais do que habitualmente.
Número da Sorte: 39
Números da Semana: 7, 22, 36, 45, 48, 49
Dia mais favorável: quarta-feira
Lema da Semana: concluo os meus
projectos.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15
Virgem
23-8 a 22-9
Carta Dominante: Ás de Espadas, que
significa Sucesso.
Amor: Sentir-se-á irresistível e sentimental.
Saúde: Poderão surgir bloqueios de ordem
psicológica.
Dinheiro: Oportunidade para executar
aquele projecto com êxito.
Número da Sorte: 51
Números da Semana: 2, 14, 22, 29, 37, 47
Dia mais favorável: domingo
Lema da Semana: Sou bem sucedido nos
meus projectos, não desanimo enquanto não
alcanço o que desejo!
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16
Balança
23-9 a 22-10
Carta Dominante: 3 de Paus, que significa
Iniciativa.
Amor: Não viva obcecado com a ideia de
perder a pessoa que tem ao seu lado.
Saúde: Não se desleixe e cuide de si.
Dinheiro: As suas economias estão a
descer, tenha algum cuidado.
Número da Sorte: 25
Números da Semana: 11, 32, 38, 39, 44, 47
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: Tenho determinação e
espírito de iniciativa.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17
Amor: Festeje as datas importantes da sua
relação.
Saúde: Vá ao médico, nem que seja por
rotina.
Dinheiro: Pense bem antes de tomar
qualquer tipo de decisão nesta área.
Número da Sorte: 78
Números da Semana: 2, 14, 21, 24, 28, 33
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: O meu sentido prático
ajuda-me a tomar as decisões mais
acertadas.
Horóscopo Diário - Ligue já! 760 30 10 19
Capricórnio
21-12 a 20-1
Carta Dominante: 10 de Paus, que
significa Sucessos Temporários, Ilusão.
Amor: A harmonia reina na sua família.
Saúde: Previna-se contra otites.
Dinheiro: As suas finanças poderão sofrer
uma quebra acentuada.
Número da Sorte: 32
Números da Semana: 1, 12, 26, 36, 44, 46
Dia mais favorável: quarta-feira
Lema da Semana: Empenho-me na
conquista do sucesso, sem criar falsas
ilusões.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20
Aquário
21-1 a 18-2
Carta Dominante: Rainha de Copas, que
significa Amiga Sincera.
Amor: Se não disser aquilo que sente
verdadeiramente, ninguém o poderá
adivinhar.
Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar
no seu sangue, pois poderá ter tendência
para diabetes.
Dinheiro: Este é um período em que pode
fazer uma pequena extravagância, mas não
se exceda.
Número da Sorte: 49
Números da Semana: 2, 13, 37, 45, 47, 49
Dia mais favorável: sexta-feira
Lema da Semana: Sou um amigo
verdadeiro e atraio o mesmo para mim.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21
O
Ainda o céu vestia o mar com o amarelo do pôr-do-sol, já a
ponta do cais estava cheia de curiosos do Bairro Manguí para
ver a baleia de pele de prata. O avô Irondino e os quatro
amiguinhos apreciavam de longe, também eles com a curiosidade de
saber se Mia iria aparecer ou não.
A dúvida e a vontade de a ver deixou todos em silêncio. Olhavam para
o mar à procura de um sinal, de uma sombra ou de algo prateado à
superfície.
– Ela está a sentir todos estes olhares em cima da água. Elas sentem
muito a presença dos predadores por perto. Se calhar não vai aparecer
– pensou o Avô, em voz alta.
– Deus queira que não apareça – disse Juninho.
– Não sei porquê! Ao menos ficavam todos a saber que nós falamos
verdade – respondeu Iva.
Nixon e Nádi não comentaram. E foi nesse exato momento que, ao
contrário do que todos esperavam, já dentro do Porto, muito perto dos
amiguinhos e nas costas dos curiosos, das águas saiu um enorme jacto
que a todos molhou!
– Heiiiii lá! – ouviram-se em coro as vozes dos mirones curiosos, sur-
preendidos e até assustados.
Para estes mirones molhados, do aparecimento e imediato mergulho da
baleia apenas ficou a visão da cauda, que não tinha nada de prateado!
Era azul escura ou preta! Seria mesmo Mia?! Ou havia outra baleia no
Porto Velho?!
– Mas… não era Mia! – comentou Nixon.
– Era, era – garantiu Juninho – que ela olhou para nós e os olhos de Mia
não me enganam.
– Então porque não tinha a pele prateada? – questionaram os amigui-
nhos
– Isso agora… - murmurou Avô Irondino
– Eu vou saber – disse Juninho, a falar baixinho com as sandálias – Ai
vou, vou.
José Braga-Amaral

Caranguejo Escorpião Peixes

21-6 a 22-7
Carta Dominante: A Estrela, que significa
Protecção, Luz.
Amor: Não seja injusto com os seus
amigos, pense bem naquilo que diz.
Saúde: Procure o oftalmologista, pois essas
dores de cabeça podem estar relacionadas
com os seus olhos.
Dinheiro: Tudo estará dentro da
normalidade.
Número da Sorte: 17
Números da Semana: 9, 12, 22, 34, 45, 48
Dia mais favorável: quinta-feira
Lema da Semana: sei que tenho uma
estrela que me guia e protege.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14
23-10 a 21-11
Carta Dominante: 5 de Ouros, que
significa Perda, Falha.
Amor: Procure ser mais extrovertido, só
tem a ganhar com isso.
Saúde: Cuidado com as correntes de ar, está
com tendência para se constipar.
Dinheiro: Se pretende investir, esta é uma
boa altura para o fazer.
Número da Sorte: 69
Números da Semana: 7, 15, 19, 23, 32, 41
Dia mais favorável: quinta-feira
Lema da Semana: Encaro cada desafio
como uma oportunidade.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18
19-2 a 20-3
Carta Dominante: 10 de Ouros, que
significa Prosperidade, Riqueza e
Segurança.
Amor: Não deixe que o seu orgulho fira a
pessoa que tem a seu lado.
Saúde: Faça uma caminhada por semana e
verá como a sua circulação sanguínea vai
melhorar.
Dinheiro: Tente fazer um pé-de-meia, pois
mais tarde poderá vir a precisar de um
dinheiro extra.
Número da Sorte: 74
Números da Semana: 4, 18, 19, 26, 37, 42
Dia mais favorável: terça-feira
Lema da Semana: Crio na minha vida as
condições para que haja prosperidade,
riqueza e abundância.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22
 Já • Quinta-feira 7 Outubro 2010 • 19

cachupada
Telenovelas CURIOSIDADES
RECORD • Ribeirão do Tempo
“Ficou arrasada”

Mulher Pêra sobre o zero

voto que recebeu no Brasil
Tito pede Filomena em casamento beu em São Paulo, onde se can- EXTRA, em 100 mil, suficientes,
didatou a deputada: zero. "Estou segundo a mesma fonte, para
J oca encontra Tito e lhe oferece os seus serviços. Célia fala com Karina e diz-
-lhe que Tito quer se aproximar dela e aconselha a filha a ter calma. Tito diz a
Filomena que não pode aceitar a sua proposta, pois não a ama.
arrasada. Foram dois meses de
campanha, todos os dias. De
elegê-la deputada federal por São
Paulo com grande margem. Esse
Filomena luta para não demonstrar a sua dor e deixa claro a Tito que não está noite, fazia corpo a corpo na ba- número baseia-se no assédio que
pedindo para ele se apaixonar por ela. Ela ressalta que não precisa ser para sempre lada, em baile funk. No dia a modelo recebia quando saía às
e que o casamento é um sonho para ela. seguinte, já acordava às sete da ruas atrás de votos.
Após acordar com Filó que o casamento vai durar de seis a oito meses, Tito acei- manhã", disse ao EXTRA, em "Foi uma multinha de 3 reais que
ta a proposta. Filomena pede a Tito não revelar a ninguém o compromisso que eles tom levemente de revolta, du- o partido (Partido Trabalhista
fizeram. rante a entrevista pelo telefone. Nacional, PTN) não pagou.
Ari conta a Ajuricaba e a alguns correligionários que foi para a oposição. Larissa Mas o que parece um fracasso Estou aqui para saber o que
vai falar com Nicolau no instante em que ele e Lílian estavam a beijar-se e fica retundante pode ser, no entanto, houve", conta a "estonteante mo-
constrangida. Virgínia avisa a Ari que o senador quer a presença dele na reunião apenas um fracasso de dimen- rena de olhos azuis e corpo escul-
que vai convocar. sões aceitáveis, como o que tural", em palavras do site pes-
Tito diz a Karina que os dois precisam ter uma conversa muito séria. Nasinho várias outras personalidades so- soal, igualmente verde, mas em
aguarda Tito impaciente. Tito liga a Clorís e avisa que não vai vender a pousada.
freram nestas eleições, já que ela, referência à fruta.
Nasinho disfarça a raiva que sente ao saber que o aventureiro não aceitou a pro-
garante, votou em si mesma. Ela A modelo diz não saber quanto
posta de Nicolau.
e alguns próximos na árvore tempo deverá demorar a respos-
Filó conta a Ellen e a Carmem que Tito pediu-a em casamento. Tito conta a Karina
que vai se casar com Filomena. Karina fica perplexa. Diana convida Guilherme
para conhecer o solar mesmo sem a autorização de Arminda, que está em reunião.
E nquanto a imprensa bra-
sileira se concentrava no
domingo na corrida presidencial
genealógica. "Eu votei em mim,
o meu marido votou em mim, a
ta do TSE, mas espera, aflita,
que seja rápido, como, aliás, foi
Guilherme fica encantado com a mansão. Querêncio conta a Marisa que vai que vai ter uma segunda volta, minha família votou em mim", a própria trajetória dela, como
mesmo se candidatar a prefeito de Ribeirão. Tito liga a Filomena e diz que está outra “corrida maluca” para o diz Suéllem, no TSE-SP, onde narra no site oficial: "A moça de
tudo certo. Congresso do Brasil dominava a entrou na segunda-feira com um rosto angelical e de apenas 22
blogosfera e sites de rede social. recurso para saber onde pararam anos, nascida em Guara-
A modelo Suéllem Rocha, co- esses votos, o porquê da impug- tinguetá, chegou em (sic) São
SIC • Passione nhecida no Brasil como a Mulher nação, se de fato ela houve. Paulo a (sic) menos de quatro
Pêra, tomou um susto federal A assessoria da paulista estimou anos e já mostrou para que
quando viu quantos votos rece- os votos, em entrevista ao veio". Será?

Boa Mesa Farmácias

de serviço
Restaurante Oásis Atlântico Praia
08/10 – Farmácia Santa
Mimi recebe cheque pela venda da casa tudo mudou. O Restaurante Oásis
Isabel
L orena fica transtornada com a revelação feita por Stela. Bete pede a Olavo
para ajudá-la com Totó. Berilo manda Jéssica destruir o monitor do GPS. Clô
dita para Guida a lista dos convidados da festa em homenagem a Bete. Olavo diz
Atlântico é um mimo de boa cozinha, de
requinte, bom gosto e especialmente
atendimento cinco estrelas por parte do
09/10 – Farmácia
Universal
a Bete que não pode ajudá-la com Totó. Diana liga o computador, mas não con- pessoal. O Oásis Atlântico é ideal para
segue descobrir a senha para acessá-lo. aquele jantar íntimo sem a sofisticação 10/10/ – Farmácia 2000
Gerson vê Boca intimidando Sinval e reage em defesa do sobrinho. Danilo vagueia brejeira ao gosto dos novos- 11/10 - Farmácia Moderna
pelas ruas. Gerson e Sinval vão se embora inconformados por não terem encontra- -ricos. Tudo está na medida para jantar 12/10 – Farmácia Central
do o ex-ciclista. Stela confessa a Agnello que ainda o ama. Adamo e Francesca tranquilo em ambiente climatizado,
13/10 – Farmácia Santo
incentivam Agnello a ir atrás de Lorena. Mimi recebe o cheque pela venda da casa música suave e sem cheiro de comida a
e Benedetto fica desconfiado ao encontrá-lo no banco. entranhar-se na roupa. Para jantares de Antão
Diana discute com Clara na porta da delegacia. Totó assume que Gemma tinha negócios também é ideal. O preço pare- 14/10 – Farmácia Africana
razão sobre Clara e pede desculpas à irmã. Clara colabora com o delegado no seu cer ser único fator negativo, em particu- 15/10 – Farmácia Avenida
depoimento e nega ter entrado na casa de Diana. Felícia ouve a conversa entre lar o que se paga por bebidas. Mas, se
Gemma e Candê e fica arrasada quando a sua mãe a menospreza.
Totó tenta consolar Felícia e fica surpreendido ao ouvir Fátima chamá-la de mãe.
Clara faz um acordo com o entregador que a viu entrar no apartamento de Diana.
S ituado na Praça Nova, do Mindelo, o
restaurante Oásis Atlântico pertence
ao Hotel Porto Grande e está mais voca-
comparar com a qualidade da comida, o
serviço, o atendimento, com outros mais
baratos, vai ver que justifica pagar um
S. Vicente
Mauro e Diana encontram-se às escondidas. Melina insinua a Gerson que Mauro cionado para servir os hóspedes do Hotel 08/10– Farmácia Higiene
pouco mais. Eis a nossa sugestão de
e Diana têm um caso e deixa o irmão furioso. e grandes eventos, como recepções, menu: Sopa - bisque de lagosta; entrada 09/10 – Farmácia Jovem
Gerson percebe que mexeram no seu computador, mas fica aliviado ao ver que não casamentos, etc. O Hotel sempre teve o - queijo de cabra quente; salada - salada 10/10 - Farmácia Mindelo
conseguiram descobrir a senha. Berilo passa mal quando Clô diz que vai convidar seu restaurante, cujo preço proibitivo de papaia com presunto; peixe - medal-
11/10 – Farmácia Avenida
o filho de Olavo e a família para o jantar em homenagem a Bete. Felícia conta a afastava as carteiras menos recheadas e hões de esmoregal com mexilhão;
sua história a Totó, que fica comovido. Agnello vai se encontar com Lorena no também as mais recheadas devido ao sobremesa - crepes com banana e choco- 12/10 – Farmácia Leão
aeroporto e pede que ela fique com ele. Clara fica assustada porque quase ia atro- serviço deficiente quer no atendimento, late; vinho - vinho do Fogo branco. E…. 13/10 – Farmácia Nena
pelando Danilo. quer na qualidade do menu. Mas hoje bom apetite.
PUB

Uma dúzia de razões para José Maria Neves não continuar a ser Primeiro Ministro:

1.
Aumentou o desemprego para níveis nunca atingidos na história de Cabo
Verde Independente. O desemprego é o principal factor de pobreza no país.
Com um triste recorde de 40 mil desempregados no seu activo, José Maria
Neves é responsável pela miséria de incontáveis famílias. Teve dez anos para
mostrar o que valia. E Mostrou que é incapaz de resolver o maior problema da
sociedade cabo-verdiana, o desemprego, sobretudo o desemprego jovem.
Quem agrava o principal problema social do país merece ser
reeleito?
9.
Promoveu um autêntico assalto ao Estado, colocando seus partidários em
todos os postos de responsabilidade da administração do Estado. Na década
de oitenta, os funcionários públicos eram obrigados a jurar fidelidade ao
partido único e, pelas mesmas razões, hoje são nomeados para cargos de
responsabilidade, ou para funções melhor remuneradas, quase sempre os que dão
garantias dessa fidelidade partidária. Ou seja, não temos os melhores (os mais
competentes e dedicados) a dirigir e a decidir, temos, sim, em regra, os mais fiéis
ao partido no poder. Trocámos competência por fidelidade partidária.
Quem transforma a administração pública em quintal do seu partido
merece ser reeleito?

2.
Em Julho de 2008, depois de oito anos de poder em que nunca se lembrou
da necessidade de habitação para os mais desfavorecidos, acordou e

declarou 2009 como o “ano da habitação”. Nem uma única casa se viu! O
único “resultado” desta declaração é que mais de 70 mil famílias vivem em casas
degradadas ou sem o mínimo de condições de habitabilidade, com muitas em risco
de desabar, enquanto ele, José Maria Neves, muda-se para um palacete novo em
folha no valor de 40 mil contos, que o seu salário não permite comprar.
Quem deixa dezenas de milhares de famílias sem habitação condigna
merece ser reeleito?
10.
Endividou o País para níveis que no curto prazo podem tornar-se
incomportáveis. Gastou 360 milhões de contos em nove anos, cobrou
231 milhões de contos de impostos às famílias e empresas, endividou o
País e os cidadãos a níveis nunca atingidos no Cabo Verde independente. , E para
quê? Diminuiu o desemprego? Não. Construiu mais habitação para pobres? Não.
Melhorou a qualidade do ensino? Não. Concedeu mais bolsas de estudos? Não.
Resolveu o problema da energia eléctrica? Não. Resolveu o problema de água? Não.
Resolveu o problema de saneamento básico? Não.
Quem gasta demais e não resolve os problemas básicos das pessoas

3.
No dia 7 de Julho de 2001 prometeu erradicar a miséria extrema em cinco
anos. Em finais de 2008 havia mais de 130 mil cabo-verdianos a viver com merece ser reeleito?
menos de 135$00 por dia!

11.
Quem falha tão clamorosamente numa das suas principais promessas Ocupou a comunicação social do Estado, que passou a tratar como se
deve receber cartão vermelho à primeira. Alguém desta estirpe fosse sua propriedade pessoal. Confunde a televisão do Estado, que é
paga pelos impostos que todos os cidadãos pagam, mesmo os mais
merece ser reeleito?
pobres, com sua propriedade privada e do Governo que dirige, utilizando-a para
desenvolver a custo zero a sua campanha eleitoral à custa dos contribuintes.

4.
O crime aumentou mais de 55% nos últimos nove anos. Só no primeiro
Desonesta e abusivamente utiliza tempo de antena diariamente, numa descarada
semestre de 2010, foram 5.460 crimes contra pessoas! O crime violento
manipulação da opinião pública, tratada como se fosse constituída por atrasados
atingiu níveis inimagináveis durante os mandatos de José Maria Neves.
mentais.
O medo e a insegurança tomaram conta das cidades.
Alguém assim desonesto e que não respeita os cidadãos deve ser
Quem deixa o país cada vez mais inseguro merece ser reeleito?
reeleito?

5.
Aumentou a carga de impostos sobre a população e as empresas para níveis

incomportáveis, que empobrecem as famílias e as empresas. E ainda por
cima, mete a mão no bolso dos contribuintes, cobrando impostos indevidos,
no valor de centenas de milhares de contos, contra a própria lei fiscal, com toda a
impunidade. Desrespeita a lei e promove uma autêntica extorsão fiscal às famílias e
empresas. Não satisfeito, cobra mais 7$00 por cada litro de gasolina ou de gasóleo.
Quem viola a lei e vai ao bolso das pessoas merece ser reeleito?
12.
É um ilusionista que vive numa gaiola amarela completamente
iluminada pela comunicação social pública. Vende fantasia e ilusões.
Prometeu, prometeu e voltou a prometer. Prometeu fazer a economia
crescer acima de 10% e deu 4%; prometeu baixar o desemprego para menos de 10%,
e deu 21% de desemprego; prometeu diminuir a dívida pública, aumentou a dívida;
prometeu baixar impostos, deu com uma mão, tirou com a outra, e aumentou a
carga fiscal; prometeu energia eléctrica a todos e a preços mais baixos, deu mais
apagões e preços impossíveis; prometeu acabar a miséria extrema em cinco anos,

6.
Criou um Ministério da Economia e Competitividade. Falou, falou,
deu mais miséria; prometeu instalar o Tribunal Constitucional e o Provedor de
papagueou e papagueou sobre a competitividade de Cabo Verde, o tal que
Justiça em 2004, seis anos depois quem os viu? Prometeu Pousadas de Juventude em
“está na moda”. Para ser desmentido pelo relatório do Fórum Económico
2002, oito anos depois nem sinal; prometeu em 2004 ligar todas as ilhas em 24
Mundial que coloca Cabo Verde nos últimos lugares do mundo em matéria de
horas com um barco ultra rápido, ainda se aguarda pela chegada do tal barco;
competitividade (117ª posição em 139).
prometeu 150 mil computadores a todos os alunos, deu zero; teve dez anos para
Quem obteve este resultado merece ser reeleito? cumprir, fez as promessas mais mirabolantes, não cumpriu, e ainda quer mais?
Quem promete e não cumpre, quem não é de confiança, merece ser

7.
Esconde dos contribuintes os dados da execução do Orçamento do Estado
de 2010, para que não se saiba como tem financiado toda a vergonhosa eleito?
propaganda do seu partido na comunicação social à custa dos impostos de
todos nós. E para que não se conheça a situação financeira real do País.
É POR ISTO QUE O PRÓXIMO PRIMEIRO-MINISTRO DEVE SER
Quem esconde informações ao público merece ser reeleito?

CARLOS VEIGA
8.
Manipula as estatísticas do desemprego para enganar os que estão distraídos
e para tentar, pela via da fraude estatística, atingir o objectivo de
desemprego que fixou, passando deste modo um certificado de menoridade
intelectual aos cidadãos que, todos os dias, vêm o desemprego aumentar a olho nu.
Alguém assim manipulador de dados merece ser reeleito?