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ficha do bicho

Reino: Animal

Classe: Mammalia

Ordem: Primata

Família: Callitrichidae

Gênero: Leontopithecus

Espécie: rosalia

reclassificação por Lesson, 1840

Habitat
Mata Atlântica da baixada costeira do Estado do Rio de Janeiro, atualmente restrita aos municípios
de Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios e
Saquarema.
O mico-leão-dourado é endêmico da Mata Atlântica de baixada costeira do Estado do Rio de
Janeiro. Essas florestas são classificadas como Floresta Estacional Tropical por Velloso (1966) e
como Florestal Úmida de Baixada por Rizzini (1963), uma subdivisão da Mata Atlântica que ocorre
em baixas altitudes . As matas estão incluídas na área descrita por Ab’Saber (1977) como Domínio
Tropical Atlântico.

Os micos-leões usam tanto as florestas de vegetação mais preservada, ou primária, quanto as


secundárias, ou seja, aquelas onde já houve exploração ou corte seletivo de árvores. Provavelmente
isto se deve ao fato de que nas florestas mais preservadas, é maior a abundância de ocos em árvores
grandes para dormida e também de alimentos, como os insetos, para os micos. Mas ao mesmo
tempo, nas florestas secundárias que ainda estão se formando, a alta produtividade do hábitat gera
também mais frutos silvestres e diversidade e abundância de insetos, ambos consumidos pelos
micos.

O desmatamento, a expansão agropecuária, e a urbanização, reduziram o habitat disponível para o


mico-leão-dourado, confinando suas populações remanescentes em pequenas ilhas de florestas
secundárias, em sua maioria menores do que mil hectares. O isolamento geográfico resulta no
isolamento genético, tornando estas pequenas populações isoladas mais vulneráveis à extinção. Esta
vulnerabilidade é aumentada pela urbanização crescente e desordenada que avança em direção ao
limite da área de ocorrência da espécie, a 100Km de distância do centro da cidade do Rio de
Janeiro. Parte da área de distribuição atual da espécie (município de Rio Bonito) está inserida na
região metropolitana do Rio de Janeiro. A caça também contribuiu para a quase completa extinção
da espécie na natureza na década de 60.

Características da espécie

Vive em grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar desde dois até
14 indivíduos

O mico adulto pesa entre 550 a 600 gramas e mede cerca de 60 cm da cabeça até a ponta da cauda.

Não há qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da espécie
Na natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos

Podem reproduzir uma ou duas vezes por ano (setembro a novembro – janeiro a março), com
gestação de 120 dias e normalmente produzem dois filhotes gêmeos.

Alimentam-se de frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de goma de


algumas árvores

Cada grupo utiliza uma área que varia entre 50 ha a 100 ha que é defendida da entrada de outros
grupos de micos

São animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de cipós e


bromélias.

a mata atlântica

A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais ricas em biodiversidade. Esse ecossistema é
composto por uma grande variedade de ambientes, indo do litoral ao topo da Serra do Mar e desde o
sul ao nordeste do país como: Floresta Ombrófila Densa ou Mata de Encosta; Floresta Estacional
Semidecidual ou Matas de Interior; Floresta Ombrófila Mista ou Mata de Araucária; Restinga;
Mangue; Praia e Duna.
Cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de Km2, em 17 estados brasileiros, ocupando
cerca de 15% do território nacional. Hoje suas áreas de remanescentes representam menos de 8%
desse total. A devastação da Mata Atlântica está ligada diretamente à história do Brasil. Os impactos
de diferentes ciclos de exploração, a concentração das maiores cidades e dos núcleos industriais e
também a grande pressão antrópica, devido à alta densidade demográfica, contribuíram para sua
acelerada redução. A região de ocorrência abriga 112 milhões de pessoas ou 71% população do país
e os maiores cidades e complexos industriais

Uma das cinco regiões, conhecidas como hotspots, prioritárias para a conservação de biodiversidade
em todo o mundo. Estas regiões abrigam 60% da vida do planeta, ao mesmo tempo em que
possuem 75% ou mais de sua vegetação original destruída. Essa diversidade biológica confere à
Mata Atlântica um lugar de destaque entre os mais importantes e ameaçados biomas do planeta.
Com um grande número de espécies endêmicas, ou seja, espécies de fauna e flora que só ocorrem
em uma determinada área. Das 20 mil espécies de plantas que abriga, oito mil são endêmicas. Das
1.800 espécies de mamíferos, répteis, anfíbios e aves, 390 são endêmicas. Dentre as 202 espécies de
animais brasileiros ameaçados de extinção, 171 ocorrem na Mata Atlântica. Abriga 24 espécies e
subespécies de primatas, distribuídas em seis gêneros, sendo dois endêmicos, Leontopithecus e
Brachyteles.

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