You are on page 1of 2

RESENHA ACADÊMICA

Obra: “CONTO DE ESCOLA”


Data da Publicação: 2002
Ilustrada por: Nelson Cruz
Faz Parte de Um Livro da Narrativa Curta Machadiana – Várias Histórias
Autor: Machado de Assis (1839* - 1908+)
Currículo Acadêmico: Joaquim Maria Machado de Assis: cronista, contista, dramaturgo,
jornalista, poeta, novelista romancista, crítico e ensaísta – pobre vendia doce na porta da
escola – aos 16 anos publicou seu primeiro trabalho literário – Maior Autoridade da Língua
Portuguesa – A Academia Brasileira de Letras passou a chamar-se “Casa de Machado de
Assis”.

O conto narra o primeiro contato de um menino, chamado Pilar, com a corrupção e a


delação. Nos levando a pensar não só a partir de onde começa a corrupção, mas também, se
ela está presente no simples ato de fazermos algo para alguém.
Com altíssima capacidade de observação psicológica, de uma maneira suave, no
entanto profunda, Machado aborda questões morais do nosso cotidiano. Ele nos conta sobre
este menino que ao se questionar entre ficar brincando nos campos e morros, decide ir a
escola. Dentro da escola se deparando, pela janela, com o contraste entre esta prisão e o
papagaio de papel que via, já tinha superado o entrar em sala de aula atrasado sem ser
percebido pelo mestre, mas, não escaparia de seu olhar aterrorizante, organizador e colocador
de regras.
Raimundo, filho do professor, era de baixa capacidade de aprendizado e eis que neste
dia, ao termino do trabalho que entregue ao mestre, Pilar ouve um chamar vindo de
Raimundo, notado também por Curvelo. Depois de disfarçar por ter chamado a atenção de
outros, Raimundo mostra uma moeda que no esfregar entre os joelhos e pela aparência muito
branca, que para Pilar, que só trazia cobre no bolso, lhe chamou muito a atenção.
Sabendo apregoar mentira no mestre, esta situação trazia uma novidade, que o autor
nos faz analisar pensar profundamente; Raimundo oferecia a moeda para Pilar em troca de lhe
ensinar o trabalho. Inusitado o negócio, mas atraente, fez-se duvidoso em aceitar, e no meio
da negociação se percebe que Curvelo observava com olhares cada vez mais maldosos.
Já de posse da moeda, colocou-a na algibeira da calça, e passou num pedaço de papel,
ao Raimundo, a parte que cabia a Pilar do negócio.
Foram descobertos e intimados à frente pelo mestre que não hesitou em lhes aplicar o
castigo de doze palmatórias para cada um e ainda lançou pela janela a tão cobiçada moeda.
Não bastando a dor nas mãos e sem moeda, agora também o ódio que Pilar estava por Curvelo
ter havido delatado-os ao professor, ao saírem da escola, Pilar queria acertar as contas com
Curvelo que se escondeu.
Em meio a sentimento de vingança e objetividade, nos deparamos com um final
atraente revelado pela mente de uma criança. Pois no dia seguinte ao ir para a escola, Pilar sai
cedo de casa, queira chegar primeiro e encontrar a moeda, mas no caminho ouve o som do
tambor de uma companhia do batalhão de fuzileiros, que ao invés de ir a escola, acaba
hipnotizado pelo diabo do tambor que o fez esquecer da moeda e se livrar de todo
ressentimento que havia por Raimundo e Curvelo, que o fez pela primeira vez conhecer a
corrupção e a delação.
FACULDADE EVANGÉLICA DE SÃO PAULO

FAESP

RESENHA ACADÊMICA
“CONTO DE ESCOLA”

NOME DO ALUNO:
CIRINEU FLORIANO DA SILVA
NOTURNO

You might also like