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Por que o senhor acha que no Brasil, estão as respostas para os problemas do futuro
do mundo?
O que é que aqui tem de diferente, de especial, que nos outros países não existe?
Reverendo Watanabe:
“O Brasil, foi escolhido por Deus, para construir o modelo do Paraíso Terrestre. É a
missão deste país. É a missão deste povo”.
O brasileiro nunca pensou nisso. Mas esse é o seu destino. E o destino tem que ser
cumprido, porque é o plano e a Vontade de Deus.
Aqui é um país que tem raças do mundo inteiro. E todos os países do mundo têm, pelo
menos, um representante vivendo aqui.
Meishu-Sama diz: “Quanto mais mistura de sangue houver, mais forte será a raça que
vai nascer.”
No Brasil é assim. Mesmo que o brasileiro não tenha consciência dessa diferença aqui é
especial.
Podemos encontrar famílias que têm muitas raças juntas. Muita miscigenação.
Eu conheço vários núcleos familiares, que têm em sua formação europeus, asiáticos,
africanos, ou descendentes dessas raças. Isso é o verdadeiro ensinamento de Meishu-
Sama, colocado na prática.
Por isso Meishu-Sama escolheu o Brasil, para aqui construir o Paraíso Terrestre.
Brasileira é raça escolhida pelo alto, por Deus. Precisa acordar para isso.
Muitos que aqui vivem se queixam, reclamam, lamuriam. Querem ser salvos, e ficam
como os mendigos, mendigando ajuda. Já está na hora de pararmos de mendigar para
começamos a oferecer. Quem oferece é muito mais corajoso, do que quem pede.
O brasileiro é muito forte, e fica a vida toda, achando que precisa que os outros façam
alguma coisa por ele.
Não podemos mais ser mendigos de Vida. Precisamos isso sim, dar vida. Na podemos
mais ser mendigo de soluções. Precisamos isso sim, dar as saídas.
Somos um país do terceiro mundo é verdade, mas somos grandes, capazes e
inteligentes: nós mesmos vamos achar os caminhos que precisam ser trilhados.
Ou nos conscientizamos de que fomos escolhidos, para ser uma raça especial, ou vamos
nos transformar na pior raça do mundo.
O brasileiro precisa parar de menosprezar a si mesmo. Não gostamos da política, dos
políticos, nem do “povinho” que aqui vive, e não nos orgulhamos das maravilhas que
aqui existem. Menosprezamos tudo.
Menosprezamos e não crescemos e menosprezamos. E o círculo vicioso não pára.
Ficamos sempre no mesmo lugar.
Só nos orgulhamos de nós mesmos, quando ganhamos uma copa do Mundo, ou quando
o Airton Senna, após uma vitória na Fórmula um, levantava a bandeira com orgulho.
Apenas aí nos orgulhamos. Todo resto da nossa vida sentimos vergonha de sermos
brasileiros. Ë necessário e urgente dizermos um basta a isso, se quisermos mudar nosso
destino e de nosso país.
Meishu-Sama diz com muita sabedoria: “Lamúria atraí Lamúria. Gratidão gera
Gratidão”.
Vamos começar a abrir os olhos e a alma. Aqui tem sol abundante, tem água abundante,
e um solo mais abundante ainda.
Todos nós precisamos sentir essa missão, que foi atribuída a nossa vida de brasileiros.
Não quero que só as pessoas religiosas pensem assim. Meu desejo, é que este seja o
pensamento do político, do empresário, do profissional da multinacional, do estudante,
da dona de casa, enfim, de todos nós.
Foi feita no Brasil, há pouco tempo, a campanha da fome, pelo sociólogo Betinho. Uma
campanha bonita. A conscientização de que a mudança tem que estar em nossa atitude.
Que tal fazermos a campanha do orgulho do povo brasileiro?
Precisamos nos conscientizar de que a mudança profunda está dentro de nós.
Precisamos sentir muito orgulho pelo que somos, pelo que temos, e principalmente, o
orgulho de estarmos todos juntos. O universo inteiro está aqui no Brasil.
Não temos que ser salvos. Temos, isto sim, que salvar a humanidade.
Será que essa campanha pega? É apenas isso que falta no Brasil de hoje.
É isso que não levamos para casa, após um dia de trabalho; é isso que o estudante não
aprende na escola; é isso que não é dito na feira, enquanto fazemos nossas compras.
No Japão, existe uma palavra, que é muito sábia; Izunome. Seu significado é: equilíbrio
e força. E sua forma se assemelha a uma cruz.
O Brasil reuniu em suas terras, em suas matas, em suas praias, o oriente e o ocidente
num só corpo, numa só alma. Por isso, daqui sairá a energia, que transformará o mundo
num Paraíso Terrestre.
O arroz tem a linha vertical em sua forma. O trigo tem a forma horizontal.
O oriental come arroz; o ocidental come pão e massas. E o brasileiro come os dois.
O oriental sempre usa o movimento para dentro puxando. O ocidental faz o movimento
empurrando, para fora. Isso se repete, quando usamos a espada, o serrote, a porta.
O japonês puxa, o brasileiro empurra. Sempre o japonês faz o movimento para si, e o
brasileiro para fora.
O oriental para dentro, o ocidental para fora. Até para contar os dedos, essa é a ordem.
O oriental, à medida que vai contando, vai fechado os dedos e ao final está com todos
eles fechados, na palma da mão. O ocidental vai contando e vai abrindo-os; ao final está
com a mão toda aberta.
Em uma discussão, o ocidental impõe sua opinião, fala mais; o oriental se recolhe,
escuta, e pouco fala.
Também o inverso é perigoso, se apenas sair o ar, se só quisermos dar, dar, dar, um dia
morreremos sem ar.
É neste pêndulo da vida, do eternamente vai e vem, que a sabedoria humana precisa se
inspirar.
O brasileiro tem que amadurecer seus sentimentos. Procurar se fortalecer, para crescer.
Veja nossos jovens, por exemplo: são determinados e tem uma energia maravilhosa.
Qualquer esporte que treinem, acabam ganhando. Ou seja, quando há o esforço do
crescimento, há a vitória.
Nossos jovens têm futuro, força, determinação. Basta querer, para poder, não é assim o
ditado?
O Brasil é um país jovem, que pulsa cheio de energia. Alguns países já pararam de
crescer, e contam isso com muito orgulho. Quem não pode mais crescer é porque parou
de ser fértil, parou de gerar a vida, não tem mais energia de caminhar e entrou na
menopausa.
Daqui partirá o amanhã. Aqui nascerá o sol da esperança. Aqui se encontra a porta do
futuro.
Eu, Tetsuo Watanabe, nascido no Japão, mais brasileiro que muitos brasileiros, digo
com orgulho, no mais profundo de minha alma:
“Há 33 anos escolhi esta terra, para construir meu lar. Aqui formei alunos, orientei
discípulos. Fiz filhos, criei-os, perdi-os, amei-os.
Orientei pessoalmente mais de 150.000 pessoas. A cada uma delas dei um pedaço de
minha alma, de meu amor, e às vezes, até minhas lágrimas, do meu coração.
Conheço o Brasil palmo a palmo. Por todas suas estradas estive ministrando palestras e
dizendo a todos que me ouviam, que a chave da felicidade consiste em fazermos os
outros felizes.
E em minhas mãos, através do Johrei, sei que farei minha parcela de vida. Sei que
cumprirei minha missão, que é de embelezar, salvar e contribuir para que o mundo fique
melhor."
Quando vou ao Japão, meus amigos japoneses dizem que não sou mais japonês, que não
tenho mais hábitos japoneses e eu cheio de orgulho, respondo:
“Não sou mais um japonês, não sou brasileiro, mas sei que sou do mundo, sou um ser
Universal”.
Precisava de um tempo para digerir, praticar, pensar, meditar, e executar tudo que
havia vivido e ouvido, naqueles encontros.
Quero me lembrar sempre, de deixar meu ouvido e minha alma atentos para poder
conseguir ouvir Deus me dando orientações de vida.
Mas, o que mais fundo ecoava em meu corpo e em minha alma, era o orgulho de
pertencer a esta terra maravilhosa chamada Brasil.
Terra grande, fértil, bonita e livre.
Terra amada, querida, corajosa e meiga.
Obrigada Brasil!
Obrigada, por me acolher em seus braços quentes e macios.
Obrigada, por me dar impulso de que necessito, para continuar a seguir sempre o meu
vôo de brasileira, feliz, apaixonada, e mensageira de Meishu-Sama.
Obrigada, meu amigo, mestre, guru, Tetsuo Watanabe!
Quando estiver com o fôlego recobrado, virei novamente importuná-lo de gravador a
postos, para que o senhor nos dê outras respostas e sabedoria de vida.
Até lá, Reverendo! Obrigada, pela lição de vida e de amor!
Thais Alves.