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Peregrinação

ao Santuário
de Fátima

Junho de 2010
Progressão não automática
O Santuário

Situado na Cova da Iria, é composto por:

 Recinto de Oração
 Capelinha das Aparições
 Basílica
 Colunata
 Igreja da Santíssima Trindade
Recinto de Oração

Embora não coberto, o Recinto de Oração é como uma grande


Igreja que tem acolhido milhões de peregrinos vindos de todos os
cantos do Mundo, para aí louvar o Senhor e Sua Mãe.

Como Igreja que é, tem uma Cruz, um Altar, uma Via-Sacra


e Imagens de Santos
Uma Cruz - A “Cruz Alta”

A nova "Cruz Alta“, da autoria do artista alemão Robert Schad,


situa-se no adro da Igreja da Santíssima Trindade.
É feita em aço corten, com 34 metros de altura
e 17 metros de largura, ao nível dos braços.

Foi erguida a 29 de Agosto 2007, dia em que a


Igreja celebra o martírio de São João Baptista,
o Precursor de Jesus Cristo.

Esta obra veio substituir a antiga Cruz Alta, a qual


depois de restaurada foi oferecida ao Santuário
de Cristo Rei, em Almada.
Um Altar
A Via-Sacra

Os 14 painéis da Via-Sacra, em cerâmica policromada, foram executados na


Fábrica “Viúva Lamego”, de Lisboa, segundo desenho de Lino António,
em colaboração com o pintor e ceramista Manuel Cargaleiro.
Monumento ao Sagrado
Coração de Jesus

Ergue-se no centro do Recinto de Oração,


em frente da Capelinha das Aparições.

Esta Imagem recorda-nos que a mensagem de Fátima fala também


no Coração de Jesus, quer nas aparições do Anjo, quer através
de Nossa Senhora.
A sua localização simboliza, pois, a centralidade de Jesus na
Mensagem de Fátima
A imagem do Sagrado Coração de Jesus é de bronze
dourado, de autor desconhecido.
Foi oferecida por um peregrino e benzida
solenemente em 13 de Maio de 1932.
Na base do monumento, encontra-se um fontanário, cuja água ali
apareceu, pela primeira vez, em 1921.
O fontanário tem hoje 4 bicas.
Presépio

Foi inaugurado na madrugada


de 25 de Dezembro de 1999,
início do grande Jubileu.
A forma triangular é uma
referência à Santíssima
Trindade.
Tem 5 m de altura e 5 m
na base.

É feito em chapa de aço


perfurada, o que permite a
colocação de numerosas
lâmpadas que, à noite,
iluminam todo o conjunto.

Autor: José Aurélio,


de Alcobaça
Capelinha das Aparições
A Capelinha das Aparições é o coração do Santuário.
Este é o lugar escolhido por Deus para, por meio de
Nossa Senhora, revelar a Sua mensagem
aos homens do nosso tempo.
Foi aí que Nossa Senhora falou aos
Pastorinhos.

A construção da Capelinha foi a resposta ao pedido de


Nossa Senhora: “quero que façam aqui uma
capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário …”
Esta “Capela” torna-se,
assim, a actualização da mensagem de Nossa Senhora.
A Capelinha original foi construída em 1919.
Tendo sido dinamitada na noite de 5 para 6 de Março
de 1922, foi restaurada e reinaugurada em
13 de Janeiro de 1923.
Embora sujeita a ligeiras alterações, mantém
os traços originais.

O pedestal, onde se encontra a Imagem


de Nossa Senhora, marca o sítio exacto onde estava a
pequena azinheira sobre a qual Nossa Senhora
apareceu aos pastorinhos em 13 de Maio, Junho, Julho,
Setembro e Outubro de 1917.

A pequena azinheira, de 1 metro de altura, desapareceu


devido à devoção dos primeiros peregrinos que a
levaram, raminho a raminho.
A Imagem de Nª Sª de Fátima
A Imagem que se venera na Capelinha foi oferecida em 1920 por
Gilberto Fernandes dos Santos, de Torres Novas.
É obra do escultor José Ferreira Thedim.
É em madeira, cedro do Brasil e mede 1,10 m.

A coroa preciosa que a Imagem ostenta apenas nos


dias das grandes peregrinações foi oferecida pelas mulheres de
Portugal, a 13 de Outubro de 1942, em acção de graças por Portugal
não ter entrado na 2ª Guerra Mundial.

É de ouro, pesa 1200 gramas e tem


313 pérolas e 2679 pedras preciosas.

Exemplar único, de alto valor artístico,


foi executada gratuitamente na joalharia
Leitão & Irmão, de Lisboa, e nela trabalharam
12 artistas durante 3 meses.
Esta Imagem apenas deixa a Capelinha das Aparições em
ocasiões consideradas muito especiais.
Em 1984, a pedido do Papa João Paulo II, foi ao Vaticano onde, na
Praça de S. Pedro, o Santo Padre consagrou solenemente o
Mundo ao Coração Imaculado de Maria.

Foi também nesse dia que o Santo Padre ofereceu


a Nossa Senhora a bala que lhe trespassou o
corpo no atentado, em Roma, a 13 de Maio
de 1981, em sinal de agradecimento
por lhe ter salvo a vida.
Em 1989, viria a ser encastoada na coroa
preciosa da Imagem
Basílica de Nª Srª do Rosário
A “Capelinha das Aparições” continua a ser o maior sinal
evocativo das aparições.
Ali se venera a Imagem de Nossa Senhora.
Mas a afluência de peregrinos exigia a construção
de um templo mais amplo.
Esse novo templo, hoje conhecido por “Basílica”, é
dedicado a Nossa Senhora do Rosário, evocando a
maneira como se apresentou aos Pastorinhos:
“Eu sou a Senhora do Rosário”.
Ergue-se no local onde, em 13 de Maio de 1917, os três
pastorinhos brincavam quando, de repente, viram um relâmpago
que os assustou e fez com que juntassem o rebanho
para regressarem a casa.

O edifício foi construído totalmente com pedra da região (lugar do


Moimento) e os altares são de mármore de Estremoz, de
Pêro Pinheiro e de Fátima.

Para o altar da capela-Mor foi transferido, do altar primitivo,


o frontal de prata considerado uma jóia de arte,
representando a Última Ceia de Cristo.

Os seus 15 altares são dedicados aos 15 mistérios do Rosário.


Os vitrais representam cenas das aparições e invocações
da Ladainha de Nossa Senhora.
A torre sineira, erguida ao centro do conjunto arquitectónico, tem 65
metros de altura e é rematada por uma coroa de bronze de 7.000
quilos, construída na fundição do Bolhão, Porto, encimada por uma
cruz iluminada que, de noite, se avista a longa distância.
O carrilhão é composto por 62 sinos.
O sino maior pesa 3.000 quilos e o badalo 90.
O relógio é obra de Bento Rodrigues, de Braga.
Os anjos da fachada, em mármore, são da autoria de Albano França.
No dia 13 de Maio de 1958, foi inaugurada uma grande estátua do Imaculado
Coração de Maria e colocada no nicho da fachada da torre.
Tem a altura de 4,73 metros e pesa 14 toneladas. Foi esculpida pelo Padre
irlandês Thomas McGlynn, sob indicação da Irmã Lúcia.
Esta imagem, oferta dos católicos americanos,
evoca o conteúdo da mensagem referente
à devoção ao Imaculado Coração de Maria,
a que Nossa Senhora aludiu nas três
primeiras aparições da Cova da Iria :
a devoção dos cinco
primeiros sábados, a consagração da
Rússia e o triunfo do
seu Imaculado Coração.

Após as revelações da irmã Lúcia sobre a


aparição de 13 de Julho de 1917, em que
Nossa Senhora mostrou aos videntes o seu
Coração Imaculado,
Imaculado várias imagens
passaram a ser esculpidas, para
numerosos países, sob essa evocação.
Capela - Mor
Em 1995 foi remodelado o presbitério (capela-mor).
Ao centro, frente ao altar primitivo, situa-se um grande altar de mármore.
O ambão, a peanha para Nossa Senhora e a cadeira da presidência
são feitos da mesma pedra do altar.
O Sacrário, tal como o frontal do altar, é de prata lavrada.

Todo o conjunto foi elevado cerca de 30 cm para melhorar


a visibilidade dos peregrinos.

Do lado esquerdo, está uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima,


Virgem Peregrina que, desde 1947, tem percorrido o mundo.
Encontra-se aí desde 08 de Dezembro de 2003.

Os Vitrais da capela-mor representam os quatro evangelistas, a aparição


do Anjo, uma cena da vida dos pastorinhos, e aspectos da Cova da Iria
em dia de peregrinação.
O quadro do retábulo sobre o altar representa a mensagem de Nossa Senhora
que desce em forma de luz e de paz, ao encontro dos videntes, preparados pelo
Anjo, através do seu encontro com Cristo na Eucaristia.
Ajoelhado, do lado esquerdo, vê-se o Bispo da Diocese, D José Alves da Silva.
No canto superior direito figuram os Papas que
receberam e tiveram parte nesta Mensagem: Pio XII, João XXIII e Paulo VI.
Do lado oposto, três Anjos contemplam esta
mensagem de Deus aos homens: Oração, Penitência, Reparação e Esperança.
Também se encontram na Basílica os túmulos dos
irmãos Francisco e Jacinta Marto, nas Capelas laterais
direita e esquerda, respectivamente.
Junto deste último
encontra-se, desde 2006, o da Irmã Lúcia.

Na Capela-mor, repousam os restos mortais de


D. José Alves Correia da Silva, primeiro Bispo de Leiria
(1920 - 1957) da Diocese restaurada.
À frente da Basílica foi instalada uma grande tribuna, com altar, presidência, ambão
(mesa da palavra) e bancos para os concelebrantes.
É utilizada em grandes celebrações no recinto.
A Azinheira
Grande
Esta árvore tem mais de 100 anos e era a maior existente
na Cova da Iria, em 1917.
Não foi sobre ela que Nossa Senhora apareceu, mas está
relacionada com as Aparições, sendo a única que
restou de todo o conjunto que havia.

Foi justamente quando passavam junto da “Azinheira Grande”


que viram o clarão que precedeu a aparição de 13 de Maio.
Nos meses seguintes, era à sombra da “Azinheira Grande”
que os Três Pastorinhos rezavam o terço com as pessoas
que os acompanhavam, preparando-se para receber
a visita de Nossa Senhora.
A Azinheira Grande foi classificada de interesse público
a 2 de Janeiro de 2007.
Colunata
É o conjunto arquitectónico que liga a Basílica aos edifícios
construídos de cada lado do recinto.
Obra do arquitecto António Lino, é composta de 200 colunas e 14
altares. Dezassete estátuas
feitas de mármore encimam a Colunata e representam
imagens de santos.
As quatro imagens maiores são de santos portugueses e
encontram-se na parte central.
Voltados para a Basílica, da direita para a esquerda, podem ver-se:
São Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira)
Santo António de Lisboa
São João de Brito - parcialmente oculta pelo alpendre
da Capelinha São
João de Deus - oculta na fotografia
Igreja da Santíssima Trindade

90 Anos das Aparições


A intenção de construir uma nova igreja no Santuário
de Fátima surgiu em 1973.
Já nessa altura se verificava que a Basílica não tinha
capacidade para acolher todos os peregrinos.

O lançamento da primeira pedra teve lugar em 6 de Junho


de 2004, Solenidade da Santíssima Trindade.

A Igreja da Santíssima Trindade, ou como é mais conhecida, a


"Nova Basílica" de Fátima, situada no extremo oposto da
Basílica de Nª Srª do Rosário, foi inaugurada a 12 de Outubro
de 2007, por ocasião do encerramento do 90º aniversário
das Aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Com a melhoria dos meios e vias de transporte a tornar
mais fácil os acessos a Fátima, a afluência de peregrinos foi sendo
cada vez mais assídua e numerosa, não apenas nas “peregrinações
aniversárias”, mas também nas celebrações litúrgicas.
Aos sábados e domingos juntam-se em Fátima
vários milhares de peregrinos.
O espaço para acolher estas multidões foi-se
tornando cada vez mais exíguo.

A sensibilidade às condições atmosféricas do exterior - com o sol,


a chuva e o frio a tornarem-se cada vez menos suportáveis - e
pela dificuldade também crescente de as pessoas permanecerem em
pé, tornou-se cada vez mais evidente a necessidade de criar
condições favoráveis à participação activa e atenta dos peregrinos.
E, assim, a inauguração da Igreja da Santíssima Trindade
veio concretizar um sonho de mais de 30 anos.
É a quarta maior igreja católica do Mundo, tendo sido
integralmente paga com dádivas dos peregrinos ao longo dos anos.

Da autoria do arquitecto greco-ortodoxo Alexandros Tombazis,


esta Igreja foi inspirada nos antigos anfiteatros romanos,
permitindo aos fiéis verem o altar, independentemente do
local onde estão sentados.
Tem forma circular por fora, com 125m de diâmetro, e
quadrangular por dentro, sem quaisquer colunas de apoio
intermédio.

Toda a Igreja é de cor branca, revestida de pedra da região


conhecida por branco do mar.
O acesso ao interior faz-se por 12 portas laterais, em bronze, uma
dedicada a cada um dos Apóstolos e uma maior que as outras, a Grande
Porta Central, de 64 m2, a Porta de Cristo.
Pórtico de Entrada

Constituída por malha de rede de


aço, a escultura suspensa das
duas vigas foi executada
manualmente.
Alguns Anjos Músicos, de cor
dourada, e a frase
Venite adoremus Dominum
(Vinde, adoremos o Senhor)
evocam as Aparições do Anjo
da Paz e convidam a entrar no
templo e a adorar a
Santíssima Trindade.

Autora: Maria Loizidou (Chipre)


A decoração é inspirada na arte bizantina e ortodoxa, mas
procurando respeitar a atmosfera de Fátima.

A iluminação mereceu uma atenção especial:


O tecto é revestido por painéis de tela branca e translúcida que criam
uma luminosidade agradável, privilegiando a luz natural.
Um sistema
computorizado permite manter uma iluminação constante, ou diferentes
níveis de luz conforme as funções pretendidas, conjugando a
luminosidade exterior, a maior ou menor abertura dos estores da
cobertura e o uso da luz artificial.
Um sistema de ventilação, aquecimento e ar condicionado permite
regular a renovação do ar e a temperatura ambiente.

Todas estas características proporcionam calma e serenidade,


convidando à concentração e espiritualidade.
O espaço comporta um total de 8 633 lugares sentados, incluindo
76 para pessoas com dificuldades motoras.

A zona do presbitério tem capacidade para cerca de 100


Iconografia interior
Altar - Bloco único de pedra da região, branco do mar, tem 3,5 m de comprimento,
1,90 m de profundidade e 94 cm de altura. Pesa cerca de 16 toneladas .
Pedra do Túmulo de S. Pedro - Colocada na frente do altar, é um fragmento, em
mármore, retirado do túmulo de S. Pedro. Esta relíquia, oferecida pelo Papa
João Paulo II ao Santuário, é um sinal visível da Igreja Universal e recorda a
devoção dos Pastorinhos de Fátima ao Santo Padre.

A Primeira Pedra da Igreja contém a seguinte inscrição:


“Fragmento de pedra retirado do sepulcro de S. Pedro Apóstolo e benzido pelo Sumo
Pontífice no dia 9 de Março do Ano do Senhor de 2004”.
Crucifixo - Esculpido em bronze e suspenso sobre o altar, tem 7,5 m de
altura e encontra-se sobreposto ao Cordeiro do painel.
Representa Cristo que se ofereceu voluntariamente por nós, vivo, glorioso,
pronto a abraçar o mundo e a despregar-se da Cruz. Autora: Catherine Green
(Irlanda).
Imagem de Nossa Senhora de Fátima
Escultura de criação livre, que representa Nossa Senhora jovem, com os braços abertos e
deixando ver o Coração Imaculado e o Rosário, na mão direita. Esculpida em mármore
branco de Carrara, tem 3 m de altura. Autor: Benedetto Pietrogrande (Itália).
Painel do Presbitério
A parede atrás do altar é decorada por um grande painel que tem
cerca de 500 m2 (50 m de comprimento e 10 m de largura) da
autoria do jesuíta esloveno, Pe. Marko Ivan Rupnik.

É feito em terracota dourada e moldada manualmente.


A cor do ouro simboliza a santidade e a fidelidade de Deus,
tendo os três traços vermelhos a finalidade de realçar o dourado e
facilitar a percepção do mistério e da santidade.

Todo o dinamismo de luz e ouro no sentido horizontal e vertical


pretende criar no coração de quem está na igreja um estado
de alma que acolhe a beleza, a comunhão e o amor.
A obra intitula-se “Chamamento Universal da Igreja”,

À direita e à esquerda do Cordeiro está representada


a multidão de Anjos e de Santos.

O Cordeiro é formado pela cor do ouro e por


tonalidades de branco, porque Ele é a Luz.
D’Ele partem ondas de luz.

Os Santos estão pintados em tons coloridos, a indicar que


receberam a luz, deixaram-se iluminar e penetrar por ela,
acolheram o dom da vida divina.

Este painel foi executado por um grupo de artistas especializados


em arte litúrgica e proveniente de oito países
e de quatro Igrejas Cristãs.
À direita do Cordeiro, está a Mãe de Deus, à qual se unem os Beatos
Francisco e Jacinta e a Irmã Lúcia, com o terço nas mãos.
A seguir, ainda na primeira fila, encontram-se
seis Apóstolos e três Arcanjos, atrás dos quais está uma multidão de
À esquerda do Cordeiro, encontra-se S. João Baptista que indicou o Filho
de Deus como o Cordeiro, e mais seis Apóstolos e quatro Arcanjos.
Por trás, mais uma multidão de Anjos e Santos, entre os
quais Santa Isabel de Portugal e a Beata Teresa de Calcutá.
Várias razões contribuíram para que a igreja fosse dedicada
à Santíssima Trindade:
-
as aparições do Anjo da Paz, com o seu insistente
convite á adoração a Deus, Santíssima Trindade;

- as palavras do Papa João Paulo II proferidas na


Capelinha das Aparições, em Maio de 1982, elevando
a sua acção de graças à Santíssima Trindade;

- o jubileu do ano 2000, também ele dedicado à


Santíssima Trindade.

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