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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

DANIEL COSTA
DANIELLE MORAIS

MÁQUINAS INDUTIVAS - ELETROTÉCNICA

Juazeiro, 2010
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Sumário

1. Introdução ................................................................................................... 3

2. Desenvolvimento dos tópicos .................................................................. 4

2.1 Campos de aplicação da máquina de indução (MI) na Engenharia Civil,


Mecânica, Agrícola e Produção ..................................................................... 4

2.2 Princípios de funcionamento da MI ........................................................ 4

2.3 Tipos de rotores da MI e campos de aplicação de cada tipo................. 5

2.4 Definir o que são enrolamentos de campo e de armadura e quais as


disposições desses enrolamentos na MI .................................................................. 6

2.5 Informações contidas nos dados da placa de uma MI............................ 7

2.6 Níveis de potência associadas às MI ....................................................... 7

2.7 Níveis de corrente de partida da MI ......................................................... 8

2.8 Torque de partida e princípios do controle de torque de uma MI ......... 8

2.9 Principais formas de partida de uma máquina de indução trifásica e


monofásica ..................................................................................................... 10

3. Referência bibliográfica ...........................................................................14


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MÁQUINAS INDUTIVAS

A máquina elétrica mais freqüentemente utilizada na prática, sobretudo


na indústria, é a máquina de indução. É também chamada de máquina
assíncrona, sobretudo quando operando em regime de motor. Dada que a sua
performance como gerador é geralmente inferior à sua performance como
motor, ela raramente é empregada como gerador, mas sim como motor, sendo
assim conhecida como motor de indução, ou ainda motor assíncrono.
As máquinas de indução são robustas construtivamente, apresentam
elevado rendimento e custo inicial baixo. Sua vida útil é projetada para período
em torno de 20 anos, mas se for utilizada dentro das especificações de projeto
podem durar muito mais tempo.
É de se saber que no acionamento de cargas mecânicas utilizam-se
motores elétricos. Estes são máquinas capazes de promoverem uma
transformação de energia elétrica em energia mecânica com algumas perdas
de energia. As máquinas de indução de construção normal são constituídas por
duas partes distintas: o estator e o rotor. O estator é a parte fixa da máquina. O
número de enrolamentos é igual ao número de fases da máquina. Já o rotor é a
parte móvel da máquina. É colocado no interior do estator, tendo para o efeito,
a forma de um cilindro.
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QUESTÕES RELATIVAS ÀS MÁQUINAS INDUTIVAS

2.1 – Campos de aplicação da máquina de indução (MI) na


Engenharia Civil, Mecânica, Agrícola e Produção.
Na Engenharia Agrícola, a aplicação das máquinas indutivas pode ser
vista na Hidráulica no emprego das bombas centrífugas (equipamento utilizado
para bombear líquidos no saneamento básico, na irrigação de lavouras, nos
edifícios residenciais e na indústria em geral, transferindo líquidos de um local
para outro).
Na Engenharia Civil, a aplicação pode ser vista em motores de
máquinas específicas utilizadas no ramo da construção. Pode ser conferida
também no bombeamento de água em instalações prediais. Isso se dá
colocando-se umda bomba no térreo do prédio para elevar a água a uma parte
superior onde se encontra a caixa d´água, Daí, a água é redistribuída para os
apartamentos por meio da gravidade.
No ramo da Engenharia mecânica, a aplicação das máquinas indutoras
pode ser vista, entre outras, nos gasodutos e no bombeamento de petróleo a
nível marítimo.

2.2 – Princípios de funcionamento da MI.


Estator e rotor são elementos encontrados na constituição de uma
máquina de indução.
O estator apresenta uma força resultante (força magnetomotriz) onde
sua ação provoca o aparecimento de um fluxo magnético (número de linhas de
indução que atravessa a superfície delimitada por um condutor). Este fluxo tem
uma distribuição espacial aproximadamente senoidal e é criado inicialmente
pelo enrolamento do estator. Já sobre o enrolamento do rotor, existe um fluxo
alternado que produz tensões induzidas, as quais por sua vez produzem
correntes induzidas sempre que o enrolamento do rotor se encontra fechado.
O campo magnético criado pelas correntes do rotor cria, por sua vez,
outro campo magnético senoidalmente distribuído que é atraído pelo campo do
estator, análogo ao que ocorre com os pólos de dois imãs. A força de atração
se traduz num torque que atua sobre o eixo do rotor, fazendo-o girar.
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A onda de distribuição de densidade de fluxo gira em sincronismo e está


em fase com a onda da força magnetomotriz, isto é, o máximo da força
magnetomotriz provoca máxima densidade de fluxo. A onda de densidade de
fluxo atravessando o rotor, e girando em relação a ele, corta os condutores do
rotor, gerando aí uma tensão que é proporcional à velocidade relativa entre a
força magnetomotriz e o rotor. Isto vai causar tensões induzidas nas barras do
rotor. Assim, a tensão induzida é proporcional à velocidade relativa entre a
força magnetomotriz de estator e o rotor.
A velocidade relativa entre a força magnetomotriz do estator e o
comprimento das barras encontradas ao longo da superfície do rotor é
constante e a tensão induzida em cada barra em um dado instante de tempo é
diretamente proporcional ao valor de indução magnética a que a barra está
sujeita. Ocorre assim, uma distribuição senoidal de tensão induzida ao longo da
superfície do rotor. Essa distribuição espacial senoidal de tensão induzida está
em fase espacial e gira em sincronismo com a distribuição espacial da força
magnetomotriz do estator, bem como com a distribuição espacial de densidade
de fluxo.
No circuito do rotor fechado, as tensões induzidas provocarão a
circulação de correntes. Como a tensão em cada barra do rotor é senoidal ao
longo do tempo, a corrente induzida também será. Assim verifica-se que uma
distribuição espacial de fluxo (com amplitude constante, girando com
velocidade constante ao longo do entreferro e cortando os condutores do rotor)
induz o aparecimento de tensões cujas amplitudes variam senoidalmente no
tempo.
A interação da força magnetomotriz do estator com a força
magnetomotriz induzida no rotor, resulta em conjugado eletromagnético que
tende a arrastar o rotor no sentido de rotação da força magnetomotriz do
estator. A força de atração dos campos do estator e do rotor faz com que surja
um torque no eixo do rotor e o mesmo gire. Assim, a força magnetomotriz do
estator governa o funcionamento da máquina de indução.

2.3 – Tipos de rotores da MI e campos de aplicação de cada tipo.


Os rotores constituem a parte móvel das máquinas de indução.
Apresentam-se como rotor enrolado e rotor em gaiola.
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Nos motores com rotor enrolado (também chamado de bobinado), a


superfície do rotor é ranhurada e os enrolamentos distribuídos são inseridos
nas ranhuras. Quando circula corrente em um enrolamento do rotor, a força
magnetomotriz resultante é senoidalmente distribuída no espaço. Esses
enrolamentos são normalmente conectados em estrela e se fazem acessíveis
por meio de anéis deslizantes. Motores que apresentam esse tipo de rotor,
permitem um arranque vigoroso com pequena corrente de partida. Ele é
indicado quando se necessita de partida com carga e variação de velocidade
como é o caso de compressores, transportadores, guindastes, pontes rolantes
e etc.
A maioria das máquinas de indução apresenta rotor do tipo gaiola. É um
rotor ranhurado, onde são inseridos condutores na forma de barras, que não
possuem isolamento elétrico em relação ao material do núcleo magnético e são
curto-circuitados nas duas laterais, formando assim uma gaiola condutora sem
terminais de acesso externo à máquina. Motores com esse tipo de rotor
apresentam características como: velocidades variando de 3% a 5% de vazio
até a plena carga; ausência de controle de velocidade; possibilidade de ter
duas ou mais velocidades fixa e baixa ou média velocidade de arranque
(dependendo do tipo de gaiola). Esses motores são indicados para situações
que não exijam velocidade variável e que possam partir com carga. São
usados, por exemplo, em moinhos, ventiladores, prensas e bombas
centrífugas. São rotores muito robustos devido a sua construção e suportam
elevados esforços elétricos e mecânicos.

2.4 – Definir o que são enrolamentos de campo e de armadura e


quais as disposições desses enrolamentos na MI.
Enrolamento de campo é uma parte constituinte do estator de um motor
de corrente contínua onde sua função é a de produzir a força magnetomotriz
necessária à geração de um fluxo magnético. Os enrolamentos de campo
podem ser em série (quando o enrolamento apresenta poucas espiras de
condutor com diâmetro elevado) e em paralelo (quando o enrolamento possui
muitas espiras de condutor com diâmetro reduzido). Esses enrolamentos são
dispostos espacialmente no estator. Chama-se de enrolamento de armadura ao
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conjunto de condutores que conduzem corrente e cortam as linhas de fluxo do


campo da máquina. A magnitude da corrente de armadura controla a força (lei
de Lenz), e, por conseguinte, o torque no eixo da máquina. Esses
enrolamentos são compostos de um grande número de espiras em série
ligadas ao comutador. Suporta uma alta corrente em comparação ao
enrolamento de campo e é o circuito responsável por transportar a energia
proveniente da fonte. O giro da armadura faz com que seja induzida uma
tensão no enrolamento.

2.5 – Informações contidas nos dados da placa de uma MI.


As principais características de uma máquina de indução são indicadas
na placa de identificação. Podem ser conferidos dados como o rendimento
(relação entre a potência ativa fornecida pelo motor e a potência ativa solicitada
pelo mesmo à rede); a potência do motor (- dada em HP ou CV – para saber,
se esse motor é capaz de executar o trabalho desejado); a tensão alimentadora
que o motor exige; a Creqüência exigida da tensão alimentadora; a corrente
nominal que o motor consumirá (para dimensionar os condutores de
alimentação e os dispositivos de proteção); as rotações que o motor fará por
minuto; a letra-código para dimensionar os fusíveis; o esquema de ligação que
mostra como os terminais devem ser ligados entre si e com a rede de
alimentação.

2.6 – Níveis de potência associadas às MI.


A potência nominal constitui a potência mecânica máxima que o motor
pode fornecer no seu eixo em regime de trabalho normal. Trata-se da potência
de saída do motor. Suas unidades utilizadas são o CV, HP e W. A razão entre
a potência útil ou ativa e a potência absorvida da linha pelo motor é chamada
de fator de potência. Este aumenta quando há um acréscimo de carga. Nas
máquinas indutivas, a corrente do estator está atrasada em relação à tensão,
sendo este defasamento caracterizado pelo fator de potência. O fator de
potência a plena carga varia de 0.8 (em pequenos motores de
aproximadamente 1CV) a aproximadamente 0.95 (nos grandes motores, acima
de 150 CV).
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2.7 – Níveis de corrente de partida da MI.


Antes de se observar o nível de corrente de partida, deve-se definir o
que é corrente nominal. Entende-se por corrente nominal a corrente que o
motor solicita da rede sob tensão, freqüência e potência nominais. O valor da
corrente depende do rendimento e do fator de potência do motor.
Durante o período de partida o motor solicita uma corrente acima da
nominal, provocando no mesmo um aquecimento adicional, motivo pelo qual o
tempo para a partida não deve ultrapassar o limite estabelecido pelo fabricante.
Além disso, a corrente elevada causa quedas de tensão na rede de
alimentação e dispositivos de manobra e proteção. Os efeitos da partida do
motor devem ser levados em conta no projeto da instalação onde o motor se
encontra. A corrente de partida de um motor de indução é em geral de 5 a 8
vezes a corrente nominal.

2.8 – Torque de partida e princípios do controle de torque de uma


MI.
O torque desenvolvido (T) em cada um dos condutores individuais do
rotor na situação de motor parado pode ser expresso por:
T CK.φ.I.cosθ

onde:

K : constante de torque para o número de pólos, enrolamento, unidades


empregadas, etc.
φ : fluxo produzido por cada pólo unitário do campo magnético girante
que concatena o condutor do rotor.
I . cosθ : componente da corrente do rotor em fase com φ.
Os valores apresentados abaixo são utilizados na determinação da
equação para o Torque na Partida (Tp) do motor de indução.
R : resistência efetiva do motor (para a posição bloqueada) de todos os
condutores do rotor combinados.
X : reatância a rotor bloqueado de todos os condutores do rotor
combinados.
Z : impedância para o rotor bloqueado, dada por:
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com

I : corrente no rotor bloqueado, dada por:

Substituindo-se todos os valores na equação de torque desenvolvido, na


situação de rotor bloqueado, tem-se o torque de partida:

Como o fluxo é proporcional à tensão de alimentação f E e como rb E


(por ação de transformador) é proporcional a f E , a equação acima pode ser
simplificada para:

Como a resistência efetiva do rotor e a reatância a rotor bloqueado são


constantes para uma dada tensão aplicada, a uma freqüência constante, pode-
se observar que o torque na partida é diretamente proporcional ao quadrado da
tensão aplicada ao enrolamento do estator.
Para calcular o torque máximo desenvolvido em um motor de indução
deve-se primeiramente calcular a corrente do rotor. Para qualquer
escorregamento dado, tem-se que a corrente do rotor é dada por:

e como
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tem-se que o torque para qualquer escorregamento é dado por:

Como E é diretamente proporcional ao fluxo, tem-se:

Para se obter o torque máximo, deve-se diferenciar a expressão anterior


em relação a resistência do rotor e igualar este valor a zero.
Como resultado, tem-se para o torque máximo:

2.9 – Principais formas de partida de uma máquina de indução


trifásica e monofásica.
Embora haja algumas exceções, de uma maneira geral, um motor de
indução requer aproximadamente seis vezes a sua corrente nominal para
partida da tensão nominal. Na maioria das utilizações residenciais ou
industriais, pequenos motores de indução do tipo gaiola, de baixa potência,
podem partir com ligação direta à rede, sem que se verifiquem quedas na
tensão de suprimento e sem que se verifique no motor um grande aumento do
período de aceleração, desde o repouso, até sua velocidade nominal.
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Pelos elevados valores das correntes de partida, as concessionárias de


energia responsáveis pelo fornecimento de energia residencial e comercial
estabelecem limites de potência para a partida a plena carga de grandes
motores. Deve-se, portanto, utilizar sistemas de partida visando a diminuição
da corrente de partida. No meio industrial, a adoção de um sistema de partida
eficiente envolve considerações quanto à capacidade da instalação, os
requisitos da carga a ser considerada, além da capacidade do sistema gerador.
- Partida com tensão reduzida com autotransformador –
Motores de indução trifásicos do tipo gaiola podem arrancar com tensão
reduzida usando um único autotransformador (ou autocompensador) trifásico
ou três transformadores trifásicos. Os taps do autotransformador variam de 50
a 80% da tensão nominal. A chave tripolar de duas posições é colocada na
posição de “partida” e deixada lá até que o motor tenha acelerado a carga até
aproximadamente a velocidade nominal, sendo então imediatamente levada à
posição “funcionamento”, aplicando-se a tensão total da rede.
- Partida estrela-triângulo –
Em termos de simplicidade e custo, esta é a maneira mais conhecida de
partida de um motor de indução. Para que se possa aplicar este método é
necessário que o motor permita o acesso a seus terminais das bobinas do
estator de tal forma que seja possível efetuar-se a conexão estrela durante a
partida, e a conexão delta na operação. Nas conexões ligadas em estrela, a
tensão imposta a cada bobina é de 3 l E , ou seja, 57,7 % da tensão da linha.
Assim, por meio de chaves, é possível fazer partir um motor de indução em
estrela, com pouco mais da metade da tensão nominal aplicada à cada bobina
e posteriormente funcionar em delta com toda a tensão de linha. A corrente de
linha para a partida fica reduzida a 1/3 da corrente nominal. O chaveamento da
posição estrela para a posição delta deve ser feito tão rapidamente quanto
possível para eliminar grandes correntes transitórias devidas a perda
momentânea de potência.

- Partida de motor de indução de rotor bobinado –


O torque de partida do motor de indução de rotor bobinado pode ser
ajustado por meio de resistências externas associadas ao circuito do rotor, ou
seja, através da conexão de resistores variáveis em série com cada bobina do
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rotor. Limitando-se a corrente no circuito do rotor, com torque adequado no


instante da partida, a corrente de linha no estator é consideravelmente
reduzida.
Na posição “desligado”, mesmo com o motor energizado, o rotor não gira
devido ao circuito do rotor estar aberto. O motor arranca ao primeiro contato da
chave com a posição de máxima resistência e acelera na medida em que a
manopla move-se no sentido horário, diminuindo assim, a resistência do rotor.
Na posição final, o rotor é completamente curto-circuitado. Se o dispositivo for
projetado de tal modo que as resistências permaneçam no circuito, o
dispositivo de partida pode servir também como controlador de velocidade.
- Motor de Indução de Fase Dividida (Partida à Resistência) –
Neste tipo de motor, o estator é constituído por dois enrolamentos
deslocados de 90° no espaço, com características diferentes a fim de provocar
um defasamento entre as correntes que circulam nestes enrolamentos.
O enrolamento de partida tem menos espiras e é enrolado com fio de
cobre de menor diâmetro que o enrolamento de funcionamento. Assim, este
enrolamento de partida tem uma resistência elevada (fio fino: mais dificuldade a
passagem da corrente) e uma baixa reatância. Inversamente, o enrolamento de
funcionamento tem baixa resistência e elevada reatância.
Se os enrolamentos estão deslocados de 90° no espaço e se as
componentes das correntes em quadratura, que estão deslocadas de 90° no
tempo, são praticamente iguais (I cosf CI cosf ) um campo girante bifásico
equivalente é produzido na partida. Este campo produz então um torque de
partida suficiente para acelerar o rotor no sentido do campo bifásico
equivalente girante.
Em funcionamento, a chave centrífuga abre a um escorregamento de
cerca de 25% (correspondente ao torque máximo), e o motor acelera até atingir
seu escorregamento nominal (a não abertura da chave implicará na queima do
motor).
O MIM de fase dividida é, por suas características de construção, um
motor não reversível, de baixo torque de partida, de difícil controle de
velocidade e barulhento que é fabricado com potências menores que 3/4 HP, e
que pode ser usado em máquinas ferramentas, esmeris, máquinas de lavar,
ventiladores, exaustores, compressores, etc.
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- Motor de fase dividida a capacitor –


A fim de melhorar o torque de partida relativamente baixo do motor
anterior, adiciona-se um capacitor ao enrolamento auxiliar, para produzir um
defasamento mais próximo de 90° entre as correntes de partida e de
funcionamento.
Estes motores são reversíveis através da inversão da polaridade do
enrolamento auxiliar em relação à do enrolamento principal, estabelecendo-se
um campo rotacional bifásico no sentido oposto ao da rotação do rotor. A
defasagem entre as correntes dos enrolamentos é cerca de 82°, e uma vez
efetuado a inversão, se tem um torque elevado no sentido oposto, fazendo o
motor parar e inverter a rotação enquanto que nos motores da fase dividida
com partida a resistência isto não ocorre pois a defasagem é de apenas cerca
de 25°.
O MIM de fase dividida a capacitor é, por suas características de
construção, um motor reversível, com corrente de partida reduzida e torque de
partida cerca de 2,31 maior que o do motor de fase dividida simples. Estes
motores são fabricados até a potência de 7,5 HP, sendo usados para acionar
bombas, compressores, condicionadores de ar, máquinas de lavar de porte
maior, etc.
- Motor de fase dividida com capacitor permanente –
Este tipo de motor possui dois enrolamentos permanentes idênticos,
sem chave centrífuga, tendo um capacitor a óleo conectado em um deles. O
valor do capacitor é baseado nas condições reais de funcionamento do motor e
não nas condições de partida. Como conseqüência, este tipo de motor
apresenta torques de partida e de funcionamento muito baixos, sendo também
mais sensível às variações de tensão.
O MIM de fase dividida com capacitor permanente é, por suas
características de construção, um motor facilmente reversível (devido ao baixo
torque de funcionamento), de operação silenciosa, com possibilidade de
controle de velocidade, usado em ventiladores e exaustores, máquinas de
escritório e unidades de aquecimento.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

FITZGERALD, et al. Máquinas elétricas. 6. ed.: Bookman, 2006.

GUEDES, M.V. O motor de seleção trifásico: seleção e aplicação.


Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. 1994.

MALANGE. Máquinas de indução trifásica. Universidade Estadual


Paulista Júlio Mesquita Filho. Faculdade de Engenharia. 2001.

PEREIRA, L. A. Introdução à máquina de indução. PUC-RS.1999.

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