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Mestrado em Gestão
Especialização em Gestão das Organizações
Unidade Curricular: Modelos e Processos de Negócios
Análise do Artigo
“A
Knowledgecommercialised
business
model
for
collaborative
innovation
environments”
Tsung‐Yi
Chen,
Derchian
Tsaih,
Yuh‐Min
Chen
(2010)
Luís Alexandre Dias Costeira
Nº
27786
Introdução
O
atingir
de
um
mercado
global,
é
cada
vez
mais
um
dado
adquirido
do
que
uma
vantagem
competitiva
para
as
empresas
da
área
da
inovação
e
das
tecnologias.
Assim,
é
essencial
buscar
vantagens
competitivas
através
de
modelos
de
negócio
inovadores
mais
“transparentes”
e
cooperativos
que
fomentem
o
fluxo
do
conhecimento.
Para
as
empresas
deste
sector,
em
particular,
em
que
o
desenvolvimento
de
novos
produtos
traduz
a
imagem
que
o
consumidor
final
tem
acerca
dessa
empresa
e
afecta
o
grau
de
satisfação
do
mesmo
relativamente
a
esses
produtos,
o
know‐how
surge
como
uma
competência
nuclear,
associada
à
actividade
critica
das
empresas
desse
sector
–
a
I&D
–
sendo
o
seu
catalisador,
e
constituindo
o
principal
activo
dessas
empresas.
Tal
é
a
importância
atribuída
ao
conhecimento
que
este
é
considerado
uma
das
chaves
para
o
sucesso
empresarial
no
sector
da
inovação
e
tecnologia,
tendo‐se
evoluído
de
uma
perspectiva
de
sucesso
condicionada
por
factores
externos,
como
o
mercado
e
a
concorrência,
para
uma
perspectiva
de
sucesso
condicionada
por
factores
internos,
tais
como
a
capacidade
de
inovar
para
a
qual
contribuem
as
competências
nucleares
e
o
conhecimento
detido
pelas
empresas.
O
fluxo
de
informação
traduz‐se
no
aumento
da
criatividade
das
soluções,
reduzindo
o
risco
e
o
custo
da
inovação,
tão
determinantes
na
tomada
de
decisão
de
investimento
em
novos
projectos.
Formalizando
esse
fluxo,
surge
a
Indústria
do
Conhecimento,
como
mecanismo
de
comercialização
desses
conteúdos.
Problemática
A
industria
do
conhecimento
tem
alguns
problemas
associados,
tais
como:
(1)
o
excesso
de
informação
e
de
conhecimento
que
torna
mais
difícil
encontrar
aquilo
que
realmente
se
pretende;
(2)
a
falta
de
modelo
de
organização
da
informação
que
facilite
a
correspondência
entre
os
autores
do
conhecimento
e
aqueles
que
o
procuram
adquirir;
(3)
a
falta
uma
ferramenta
eficaz
de
avaliação
da
qualidade,
relevância
e
impacto
do
conhecimento;
(4)
a
frágil
relação
entre
as
partes
envolvidas
na
troca
comercial,
o
que
aumenta
o
risco
e
diminui
a
confiança
na
cooperação
entre
empresas
na
partilha
ou
venda
de
conhecimento;
(5)
a
falta
de
uma
visão
global
do
produto
“conhecimento”
por
parte
dos
elementos
que
para
ele
contribuem,
isto
é,
sendo
o
conhecimento
um
produto
que
pode
ser
resultado
do
trabalho
de
diversos
autores,
se
estes
não
tiverem
uma
visão
global
do
objectivo
último
desse
produto,
tal
pode
ser
um
entrave
à
sua
comercialização
por
se
manifestar,
negativamente,
na
sua
qualidade;
(6)
o
baixo
custo
de
cópia
da
propriedade
intelectual
Digital,
o
que
põe
em
causa
os
Direitos
de
Autoria;
(7)
dificuldade
em
atribuir
valor
a
algumas
formas
de
conhecimento,
principalmente
o
informal
e
(8)
a
grande
variedade
de
canais
de
distribuição
dificulta
a
justa
distribuição
de
comissões.
Modelo de Negócios
Caracterização
O
modelo
de
negócios
das
empresas
da
área
do
conhecimento
é
possível
de
caracterizar
em
diversas
perspectivas:
A
perspectiva
dos
actores
ou
parceiros
da
cadeia
de
valor
dessa
indústria,
tendo
em
conta
as
suas
obrigações
e
responsabilidades,
isto
é,
a
forma
como
contribuem
para
a
cadeia
de
abastecimento
e
como
adicionam
valor
ao
produto;
A
perspectiva
do
produto,
ou
tipo
de
conhecimento
a
comercializar:
Explícito,
ou
formal,
e
Táctico,
ou
informal,
e
do
padrão
serviço
em
que,
no
caso
do
conhecimento
explícito,
o
produto
pode
ser
classificado,
catalogado
e
apresentado
de
maneira
regrada,
normalizada
e
sistemática,
mas
que,
para
o
conhecimento
táctico,
o
serviço
é
personalizado,
com
interface
directo
em
que
o
conhecimento
é
transmitido
cara‐a‐cara;
A
perspectiva
do
modo
e
processo
de
negócios,
o
produto
conhecimento
pode
ser
comercializado
(1)
à
medida
dos
requisitos
do
consumidor,
em
que
este
tem
papel
fundamental
na
definição
do
produto
que
pretende;
(2)
por
repetição,
em
que
os
autores
e
fornecedores
dão
informação
detalhada
dos
seus
produtos:
o
que
são,
o
que
incluem
e
quanto
custam,
cabendo
ao
consumidor
a
tarefa
de
decidir
o
que
adquirir
face
à
oferta;
(3)
por
subscrição,
quando
os
clientes
assinam
um
serviço,
mediante
um
preço,
e
os
fornecedores
lhes
fazem
chegar,
periodicamente,
um
pacote
de
conhecimento
(exemplo:
newsletters,
revistas,
etc.),
e
(4)
por
troca
de
conhecimento,
quando
todos
os
actores
fornecem
e
procuram
conhecimento
e
o
fluxo
de
informação
é
gratuito
(exemplo:
fóruns
e
comunidades
on‐line).
A
perspectiva
do
preço,
ou
valor,
e
do
lucro
considera
dois
modelos:
(1)
o
Modelo
de
Valor,
que
para
este
tipo
de
produto
é
singular,
uma
vez
que
o
conhecimento
desvaloriza
com
o
tempo
e
com
o
crescente
número
de
transacções
mas,
tal
como
para
quaisquer
outros
produtos
mais
formais,
o
seu
valor
aumenta
com
o
aumento
da
procura;
(2)
o
Modelo
de
Lucro,
que
define
como
é
que
o
negócio
gera
receitas
e
como
cai
buscar
maior
retorno
dos
investimentos
feitos,
tendo
tantas
dimensões
como
quantos
os
actores
da
cadeia
de
valor:
autores,
consumidores,
processadores
e
fornecedores.
Estruturação
Dada
a
especificidade
do
produto
conhecimento,
e
como
é
compreensível
a
importância
de
se
estabelecer
e
estruturar
a
forma
de
oferta,
de
procura
e
de
licenciamento
da
sua
utilização,
surgem
Modelos
que
podem
constituir
ferramentas
para
uma
melhor
correspondência
entre
quem
produz
e
quem
procura
este
tipo
de
produto.
Modelo
de
Oferta
–
procura
descrever
com
clareza
o
produto,
assistindo
o
cliente
na
sua
identificação,
permitindo
uma
melhor
correspondência
entre
a
oferta
e
a
procura.
Assim
visa
caracterizar
produto
quanto
a:
(1)
resumo
do
seu
conteúdo
e
a
sua
localização;
(2)
forma
física
em
que
se
encontra
disponível
(papel,
audio,
digital,
...);
(3)
evolução
e
processamento
do
produto;
(4)
ligação
ou
Protocolo
de
Comunicação
–
Língua.
Modelo
de
Procura
–
baseia‐se
nas
pretensões
do
consumidor,
que
indica
as
características
do
produto
que
quer.
Assenta
na
Indicação
e
Pesquisa
de:
(1)
palavra‐
chave;
(2)
objectivo;
(3)
categoria
ou
tipo;
(4)
formato
(livro,
artigo,...);
(5)
tempo;
(6)
gama
de
preços;
(7)
língua;
(8)
valor
acumulado.
Modelo
de
Licenças
–
as
licenças,
concedidas
pelos
autores,
garantem
autorização
de
uso
ou
acesso
ao
conhecimento
adquirido
ao
passo
que
as
autorizações
estabelecem
as
restrições
quanto
ao
tipo
utilização.
Conclusão
As
empresas
da
área
da
inovação
e
tecnologias
devem
ter
um
fluxo
de
informação
e
conhecimento
mais
transparente,
quer
internamente
quer
nivelando
o
capital
intelectual
dos
seus
cooperadores.
A
chave
para
o
sucesso
tem
a
ver
com
a
agilização
do
comércio
da
informação
pois
ao
partilhar
o
conhecimento
reduz‐se
os
riscos
e
os
custos
da
inovação,
promove‐se
a
criatividade
e
reduz‐se
o
tempo
de
desenvolvimento
de
novos
produtos
e
novas
tecnologias.
Bibliografia
Chen,
T.,
Tsaih,
D.,
Chen,
Y.
(2010),
“A
Knowledge‐commercialised
business
model
for
collaborative
innovation
environments”,
International
Journal
od
Computer
Integrated
Manufacturing,
Vol
23,
No.
6,
June
2010,
543‐564