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Belo Horizonte
Maio / 2009
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INTRODUÇÃO.
Até os anos 90 não existia uma lei que protegesse as pessoas que comprassem um
produto ou contratassem qualquer serviço no Brasil. Se o consumidor adquirisse um
produto com defeito ou contratasse um serviço e não fosse bem atendido, não havia
como defender-se. Se o estabelecimento quisesse trocar o produto defeituoso,
trocava; se a prestadora de serviços quisesse reparar o serviço mal executado,
reparava; caso contrário, o consumidor ficava no prejuízo.
Em março de 1991 entrou em vigor a Lei nº 8.078/90, que é mais conhecida como
Código de Defesa do Consumidor. Esta lei foi criada para proteger as pessoas que
fazem compras ou contratam algum serviço; harmonizou as relações de consumo e
estabeleceu obrigações para fabricantes, fornecedores e prestadores de serviços.
Trouxe também uma série de cuidados para a comunicação e publicidade de bens e
produtos, que alterou a forma de se fazer publicidade e propaganda, com o objetivo
de proteger o consumidor.
OBJETIVOS:
OS DIREITOS DO CONSUMIDOR.
Antes de comprar um produto ou utilizar um serviço você deve ser avisado, pelo
fornecedor, dos possíveis riscos que podem oferecer à sua saúde ou segurança.
Você tem o direito de receber orientação sobre o consumo adequado e correto dos
produtos e serviços.
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Você tem todo o direito de escolher o produto ou serviço que achar melhor.
4. Informação
Todo produto deve trazer informações claras sobre sua quantidade, peso,
composição, preço, riscos que apresenta e sobre o modo de utilizá-lo.
O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido. Se
o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito de
cancelar o contrato e receber a devolução da quantia que havia pago.
A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código de Defesa do
Consumidor. São consideradas crime (art. 67, CDC).
6. Proteção contratual
O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele
está escrito.
7. Indenização
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe
vendeu o produto ou lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.
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8. Acesso à Justiça
O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao
juiz que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados.
São muitas as instituições que criam cartilhas para informar, de maneira rápida,
quais são as mudanças ou novidades de uma determinada regra.
Essa cartilha mostra de maneira bem simples quais são os principais direitos dos
consumidores tanto na sua relação com a prestadora quanto na sua conta, além de
deixar claro quais são as obrigações das prestadoras.
Com um texto dividido em tópicos e bem fácil de entender, esse material pode ser
considerado uma boa ferramenta para quem deseja tirar algumas duvidas sobre
quais realmente são os seus direitos e o que é de responsabilidade das prestadoras
de serviço.
Portabilidade.
Outro material bem compacto que informa quais os tipos de portabilidade, além de
responder, brevemente, as perguntas mais frequentes sobre a portabilidade. Utiliza
uma linguagem clara, objetiva e simples, dando a oportunidade de qualquer um
entender o que está escrito.
Um material bem mais compacto e direto, essa cartilha descreve quais foram as
mudanças na tarifação (cobrança trocada de pulsos para minutos), quais são as
vantagens da nova cobrança e quais são os planos de tarifas.
Para uma população com considerável parte das pessoas semi-alfabetizadas como
a do Brasil, as cartilhas exercem um papel 'tapa-buracos' em assuntos de interesse
público. Sempre com cores vibrantes, figuras, desenhos e gráficos, elas chamam a
atenção do cidadão e transmitem o mínimo de informação necessária para que o
consumidor consiga manter sua relação com o fornecedor sem ser totalmente
lesado.
Vale lembrar que a maioria da população não sabe da existência desse material.
O Código de Defesa do Consumidor visa proteger a parte mais fraca dessa relação
entre quem fornece e quem consome, além também de punir os anunciantes que
infringem as regras ditadas por ele. É inaceitável que uma das partes dessa relação
usufrua de dados falsos ou manipulados para enganar a outra.
Ainda segundo Talita Torres, “O que evidenciará a presença de uma informação
falsa é a simples análise crítica da publicidade pelo próprio consumidor. Se esta lhe
trouxer distorções no processo decisório e o induzir a erro, é certo que não
compraria o produto se fosse adequadamente informado de suas características. Na
maioria das vezes o consumidor só descobre que foi enganado depois de usufruir o
produto.”
A PUBLICIDADE
• Toda publicidade deve ser clara para que o consumidor possa identificá-la
facilmente, ou seja, a sua mensagem não pode deixar dúvidas quanto ao fato
de estar ofertando produtos ou serviços.
• O fornecedor deve manter consigo todas as informações técnicas e científicas
que comprovem ser a propaganda verdadeira.
• É proibida a propaganda enganosa ou abusiva.
Publicidade Enganosa é a que contém informações falsas sobre o produto ou
serviço, que faz com que o consumidor entenda incorretamente os dados sobre
características, quantidade, origem, preço e propriedades do produto ou serviço.
Tudo o que for anunciado deve ser cumprido. As informações da propaganda fazem
parte do contrato.
• gerar discriminação;
• provocar violência;
• explorar medo ou superstição;
• aproveitar-se da falta de experiência da criança;
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CONCLUSÃO.
A publicidade é como uma faca de dois gumes: tanto favorece quanto pode
prejudicar o consumidor, além de poder, ou não, ajudar na criação de práticas
comerciais saudáveis.
BIBLIOGRAFIA.