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Categoria: Jornada nas Estrelas.
Conto: TREK WARS " Crossover " baseado em Jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas.
Autor: Roberto Kiss.
Email: roberto.kiss@uol.com.br
TREK WARS
Roberto Kiss nos brinda com um excelente "Crossover", que gira em torno de dois universos
ficcionais de grande sucesso, Jornada nas Estrelas "Star Trek" e Guerra nas Estrelas "Star
Wars". Ele mescla com genialidade os personagens destas duas sagas, utilizando para isso seu
toque pessoal. Nesta aventura o personagem que chama mais atenção é Jevlack, que
posteriormente participa de outras aventuras do mesmo autor, além de fascinante ele incorpora
todas as qualidades de um líder carismático.
Em um dia comum para a Frota Estelar, onde algumas das naves estão sendo usadas para o
treinamento de Cadetes e Oficiais recém engajados, algo fora do comum acontece além do
Sistema Solar. Uma estranha anomalia espacial surge sem explicação e desaparece trazendo o
presságio do perigo e da ameaça do "Lado Negro". Estes fatos desencadeiam uma corrente de
acontecimentos inesperados que são mais do que a Capitã Lisa Donner e o impetuoso Jevlack
esperavam em suas rotinas de comando.
Enfim Trek Wars, é um exemplo de qualidade, fluidez, senso de humor e belíssimas imagens,
algumas criadas pelo autor e outras por seus colaboradores. Leia sobre os agradecimentos e
colaboradores nos itens: "Copyright " e Nota Final do Autor. Para acompanhar esta obra,
sugerimos que antes você leia o prefácio e a lista de personagens.
Prefácio
Algum tempo atrás, digase anos, havia uma inimizade forte entre fãs de Star Trek e Star Wars.
Muitos comparavam os dois universos, tentando puxar o status de melhor para o seu lado.
Bom, gosto dos dois mundos, mas uma coisa que ambos os lados devem entender é o
seguinte: ELAS NÃO PODEM SER COMPARADAS NO AMBITO DE MELHOR OU PIOR! Star
Trek tem como tema base a exploração do espaço pela raça humana, Star Wars mostra uma
grande aventura, batalha, no espaço. George Lucas já disse no começo "Há muito tempo atras em
uma galáxia muito, muito distante..." Isso, por si só devia coibir as comparações depreciativas
deste tipo.
Já faz um bom tempo que não vejo nada ligado as comparações do passado, os fãs de Star
Wars, inclusive, parece que tem um universo mais coerente com as limitações tecnológicas
impostas por George Lucas, do que os Trekkers, com algumas besteiras da Paramount, por isso,
tomei coragem para finalmente mostrar este texto que fiz há um bom tempo, logo depois de a Fúria
de Khan, em que comparo as tecnologias, não as trilogias, entre os dois universos, para mostrar,
para o lado Star Wars, como funcionam as naves da federação, porque são solitárias, e do lado
Star Trek, porque existem certas coisas "estranhas", como geradores de escudos do lado de fora
das naves ou como a estrela do morte poderia se movimentar pelo espaço sem motores visíveis.
IMPORTANTE: Para ambos os universos, todas as comparações são NÃO CANÔNICAS,
qualquer respaldo nas comunidades correspondentes será pura coincidência. O texto objetiva
permitir uma fusão entre os dois mundos, especialmente porque escrevi uma aventura pessoal em
que duas naves da Federação acabavam parando no universo e tempo em que ocorreram as
aventuras de Star Wars. Como ambos os lados iriam me crucificar, deixei isso arquivado no meu
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velho XT até que, quando decidi dálo de presente aos meus sobrinhos dei um save nos dados que
me interessavam. O texto a seguir é o prefácio da historia.
O Objetivo deste não é comparar as Trilogias Star Trek e Star Wars, mas sim permitir um
crossover entre eles.
Primeiro coisa: Os fãs de Star Wars que me perdoem, mas em termos puramente técnicos,
deixando o romantismo e aventura de lado, a tecnologia apresentada em Star Trek é superior a
mostrada em todos os filmes de Star Wars que foram ao cinema, basicamente Teleportes,
Sintetizadores, Campos de Dobra, Holodecks, e, principalmente a fonte de energia matéria/anti
matéria, que torna todos os outros possíveis. Entretanto, a eficácia da tecnologia em Star Wars me
parece ser maior, afinal, um mero awing com quinze metros de comprimento tem seus próprios
escudos e pode viajar no hiperspaço, bendito hiperdrive.
Segunda coisa: Boa parte das comparações são feitas com base nos jogos da Lucas Arts e
Episódios de Star Trek.
Em Star Trek não temos naves pequenas, caças para combate, por isso vamos ver as
diferenças e eqüivalências das naves maiores.
Objetivos da construção das naves.
As naves de Star Trek tem como objetivo primário a exploração do espaço, e, como secundário
de defesa e patrulhamento do território da Federação.
Em Star Wars, as naves são, primeiro, muito maiores, um destróier imperial é 5.5 vezes maior
que a Enterprise. São usadas para transportar tropas, armamentos e mercadorias. No jogo xwing,
temos uma nave de transporte de carga com quase a metade de um Nebulonb, algo como 230
metros, a Enterprise tem, pelo que me lembro de ter lido em algum lugar, uns 300 metros. São
equivalentes a portaaviões e super petroleiros dos tempos atuais.
Outro motivo para as naves serem grandes, é para carregar suprimentos para a tripulação, pois
ainda não foram concebidos os sintetizadores, nem os seus semelhantes, os teleportes.
Defesa das naves
Em Star Wars, também existem os campos de força, mas, observando o jogo xwing, e nos
filmes do cinema, creio que estes campos seguem o contorno da nave, funcionando quase que
como um espécie de "pele". Ou, como vi mais recentemente em Star Trek, também devem
funcionar como campos de integridade das estruturas destas naves.
Ataque
Em Star Trek, temos apenas torpedos fotônicos e Phasers como armamento, sendo que os
torpedos fotônicos são feitos de matéria e antimatéria, então porque o nome fóton que vem de
partículas de luz?. São potentíssimos e, numa comparação seriam cerca de 100 vezes mais
destrutivos que um torpedo próton de Star Wars, claro que diminuí esta proporção, senão não tem
estória. Os Phasers são feixes de energia coerentes que tem a velocidade da luz, com potência
equivalente a dos torpedos. Podem ser usados de longa distância, mais de 40 mil quilômetros.
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Em Star Wars temos os turbolasers das naves, mísseis de concussão, torpedos próton, mísseis
de concussão avançados, torpedos prótons avançados, torpedos "pesados" e um pouco mais.
Além dos caças da aliança rebelde e dos ties do Império.
Observando o universo Star Wars agora, descobri que existem estações espaciais com
turbolasers maiores e, por conseguinte bem mais poderosos, as naves classe Victory, de Star
Wars, tem dois destes que devem disparar com muito mais potência que as que vi nos jogos.
Vamos estipular que tenham dois terços da força de um disrruptor romulano.
Velocidade
Agora sim vem a parte difícil de conciliar, em Star Trek, as naves viajam em "campos de dobra",
podendo inclusive modificar a extensão deste ao redor da nave, e manobrar no hiperespaço. O
Conceito de "dobra" 1, 2, 3... Em que a dobra seguinte é uma progressão geométrica da anterior
não possui paralelo em Star Wars.
Em Star Wars, sem exceção, todas as naves podem atingir a velocidade da luz, grandes ou
pequenas, graças a um dispositivo chamado Hiperdrive. Aparentemente este dispositivo permite
que seja gerado um "campo de dobra" inicial para lançar a nave no hiperspaço, mas, uma vez
neste, a nave não pode mais ser manobrada. Dependendo da posição do destino, não se pode
fazer o salto de uma vez só, pois existe o risco de colidir com alguma estrela ou planeta que esteja
no meio do caminho. As naves também não podem ser monitoradas no Hiperspaço. Uma outra
analogia seria a de que o hiperdrive cria algo como uma "fenda espacial" específica para um ponto
de destino, o que foi chamado de velocidade da luz. Seja como for, para efeito da estória que virá a
seguir, a "velocidade da luz" de Star Wars eqüivale a dobra 3 de Star Trek, e, na própria historia
será tentado explicar como isso funcionaria.
Capacidade de Manobras
Apesar da Paramount insistir em vira e mexe mover as naves de Star Trek de forma lenta, elas
na verdade tem velocidade máxima de impulso pouco menor que um ywing de Star Wars, coisa de
uns 600 Km/Hora, obtidos cronometrando no jogo xwing, e comparando com Star Trek motion
quando a nave passeava por sobre V'ger.
As naves gigantes de Star Wars, a não ser quando no hiperspaço, são lentas em torno de 90
Km.
O motivo das naves da Federação andarem solitárias pelo espaço foi retirado, considerei a
explicação do . Daniel Takasugi bem melhor que a minha.
Robôs & Droides.
Agora é a vez de Star Trek ficar em desvantagem... COMO DIABOS NÃO EXISTEM ROBOS
NESTE UNIVERSO? Na nova geração, fomos finalmente agraciados com a presença de Data,
mas é só...
Em Star Wars, robôs é que não faltam, tem até um mouse droid que age feito uma barata. Em
compensação, em Star Trek temos o holodeck, onde podemos criar todos os robôs que
quisermos... Sem contar com certas fantasias...
Bom, agora, o que aconteceria em um confronto TREKWAR? Considerando o tipo de
armamento de cada lado, a vantagem seria do lado Trek, mas este mesmo lado tem algo chamado
Diretriz Primeira, além do que o Império tem muito mais naves que a Frota Estelar. Isso sem contar
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com um tipo de nave chamada Interditor, que incapacita os hiperdrives, impedindo que as naves
possam fugir. Como isso afetaria os motores de dobra?
OBS: Claro que a Enterprise não pode resistir a Estrela da Morte! Mas, se tivesse tempo,
abriria um buraco até o seu reator principal e a destruiria! Juntamente com ela.
As naves da historia são USS Thunderbold, Classe Excelsior e USS Starfleet, Classe
Constitution Reformada, uma nave de patrulha e uma nave de treinamento, respectivamente. Tem
mais uma, mas é segredo.
Do Lado de Star Wars, não temos a Milenium Falcon e a Estrela da Morte, mas haverá
referências sutis as mesmas.
Com exceção de Darth Vader, nenhum personagem é conhecido. Acho que não sou capaz de
respeitar a personalidade deles que já ficou consagrada entre os fãs, por isso, todos os
personagens, de ambos os mundos, são inéditos, de forma que posso ter toda a liberdade para
escrever como eu quero.
Pouca coisa será dita sobre os dróides de Star Wars. Meu interesse são as pessoas, e como
não vai haver nenhum R2D2, apenas unidades R2 comuns, e C3PO, seria hipocrisia tentar criar
novos droides que agradassem aos fãs da trilogia. Mas tentarei fazelos aprontar alguma coisa
com o pessoal da Federação.
Agora, depois de postas as equivalências de ambos os mundos, vamos para a estória.
Capítulo 1
"Diário de Bordo, data estelar 3442.0, a nave estelar Starfleet aproximase do maior planeta deste
sistema, o qual estamos encarregados de fazer sua completa análise e catalogação. O gigantesco
planeta é gasoso, e tem uma peculiar formação atmosférica: uma tormenta cujas dimensões
ultrapassam a do nosso próprio planeta de origem, a Terra".
A "Capitã" Lisa Donner faz assim o seu primeiro registro no diário de bordo de uma nave
estelar. Olha sutilmente para a sua esquerda para observar o verdadeiro Comandante da nave, o
Almirante Heim Stolh, esperando encontrar em suas feições qualquer indicativo se o registro foi
satisfatório ou não. Mas este apenas observa a tela, aparentemente encantado em novamente
quantas vezes ele já esteve supervisionando os cadetes aqui? ver um dos belos planetas do
sistema solar, Júpiter.
Lisa ainda se lembrava da primeira vez em que tinha visto o planeta, em uma viagem de
turismo quando tinha 12 anos ficara encantada! Foi quando havia posto na cabeça que iria
“incursar” na Frota Estelar e comandar sua própria nave, viajando pela galáxia.
Senhor Doller, inicie as análises do planeta comandou ao "Oficial" de ciências.
Entrara na Frota aos 17 anos, aos 19 estava no mesmo planeta em que se encontra agora, se
bem que no posto de navegadora, novamente apreciando uma bela vista deste e de sua famosa
tormenta, que era atração turística desde o início do século XXII. Após formada, serviu por 8 anos
na USS Seler, na qual evoluiu até ser "Primeira" como insistia dizer Oficial, tendo em algumas
ocasiões, assumido o comando da nave quando o Capitão saia em suas freqüentes missões de
diplomacia. Belo comando, ficar de traseiro chato esperando o Capitão voltar e mais nada para
fazer...
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Foi o cometa ShumacherLevi disse o Almirante atingiu Júpiter no final do século XX.
Parabéns! O senhor foi o primeiro a formar tal teoria para explicar a presença destas partículas
como primeira opção.
Era raro o Almirante fazer tal elogio isso quando o fazia Doller ficou com um sorriso bobo e o
rosto corado.
Prossiga com a sondagem senhor Doller, pode pagar bebidas para todos depois, para
comemorar disse a "Capitã" percebendo que Doller agora fazia parte do seleto clube de 8 ,OPA!
Agora são 9, pessoas que receberam um elogio do Almirante em uma missão de treinamento.
Incluindo ela própria.
Senhora Nille, algum problema?
Não sei Capitã, percebi um aviso de anomalia, mas foi tão rápido que não pude ver qual seria.
Estava fazendo uma checagem para tentar descobrir o que houve.
A Capitã pensou por alguns instantes.
Computador, algum sinal foi apresentado no painel do navegador?
"Ocorreu um comando incorreto da mistura de matéria e antimatéria na câmara de cristais de
dilítio, o erro foi automaticamente corrigido pelos programas gerenciadores" informou a voz
feminina dos computadores.
Engenharia! Chamou a Capitã, demonstrando um certo desgosto pelo ocorrido.
Sim Capitã?
Parece que um dos seus alunos descansou a mão indevidamente sobre os painéis de
controle da câmara de fusão, poderia por favor pedir mais atenção do mesmo?
Era o que eu estava fazendo agora. Eu esperava que não tivessem notado.
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Infelizmente para vocês, o pessoal da ponte está levando esta missão de treinamento mais a
sério, é tudo.
Muito bom Capitã disse o Almirante desviando a atenção de Júpiter eu não sei porque
consideraram que o seu período na Seler não forneceu experiência suficiente.
Almirante! Lisa ficou ligeiramente corada quantos alunos seus receberam dois elogios?
Você é a segunda!
Segunda? Surpresa para todos na ponte QUEM FOI O PRIMEIRO?
Jevlack! Ambos na mesma missão de treinamento. Aliás, ele é o Capitão da nave que será
nossa escolta amanhã. ele mostrou a prancheta que sempre levava a tiracolo nas missões de
treinamento para suas anotações A Frota me informou há cinco minutos.
Duas naves na mesma missão cujos Capitães receberam dois elogios em vida do Almirante
Stolh, isso sim era um evento inédito!
Desta vez, sem ninguém perceber, a mesma luz voltou a piscar, pelo mesmo período de
tempo.
Jevlack pensou um pouco sobre o diário que fizera...
Computador! Retire a afirmação final e substitua por "Mas EU fui o idiota escolhido para faze
lo".
"Alteração efetuada"
Ótimo! pensou a frota pode não gostar de meus comentários, mas são a pura verdade!
Porque não muda para Nós fomos os idiotas escolhidos?
O Capitão Jevlack olhou para a sua Primeira Oficial com quem flertava nas raras ocasiões em
que era possível, alias, esta era uma delas e sorriu levemente.
Tirvik, confesso ainda que não estou acostumado a uma vulcana, ainda que mestiça, a
demonstrar senso de humor.
Com todas as coisas que nós disse abraçandoo fortemente, fazendo uso de sua força
herdada da mãe já fizemos, você só não está costumado com isso?
Usando sua própria força cibernética, ele também a apertou firmemente.
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Ambos temos heranças de Vulcano, só que a minha é mais forte apertou com grande força
e aquilo foi um comentário de ocasião.
Não há nada que me obrigue a seguir a filosofia vulcana, afinal, sou geneticamente 62.221%
humana e criada na terra desde que minha mãe morreu. Sorte sua!
Porque vulcanos gostam tanto de precisão?
" Capitão, a USS Nova chegou" soou a voz do navegador, que ficara no comando, pelo
intercomunicador.
Estamos a caminho respondeu.
Jevlack deu um beijo carinhoso na testa de Tirvik e ambos foram para a ponte. Considerando a
missão que tinham agora pela frente, talvez não tivessem que esperar outras três semanas para
um momento íntimo como o último...
Assumindo o seu assento, fez uma saudação ao Comandante da Nova, que ainda tentou
inutilmente animalo com um "depois vocês terão duas semanas de férias", Jevlack ordenou a
volta a terra em dobra máxima. Era melhor acabar com o "incidente" o mais cedo possível.
Tirvik, quais as características da Starfleet?
A USS Monitor serviu a Frota por mais de 42 anos. Assim como todas as naves da classe
Constitution, foi reformulada e, após mais um período de 10 anos, foi designada para nave de
treinamento e rebatizada como USS Starfleet, aparentemente por motivos políticos. Seus sistemas
duotrônicos foram substituídos assim como a de todas as naves da frota pelos atuais chips
isolineares, mas seus motores de dobra não foram atualizados, e, por questões de segurança, não
pode ultrapassar a dobra 5.
Dobra 5?
Onde será feito o treinamento? Perguntou dirigindose ao navegador.
Em Omicron IV, o último sistema do setor a ser mapeado respondeu após uma rápida
consulta em seu terminal.
3.49 semanas em dobra 5, a partir da Terra completou a Primeira Oficial Tirvik.
O Capitão Jevlack recostouse em sua poltrona e suspirou muito fundo. O resto da tripulação
da ponte o invejava porque não se atreviam a fazer o mesmo.
Navegador, reduza para dobra 6 pela próxima meia hora, Tirvik...
Uma batida de coco saindo...
Obrigado.
Vai ser uma looonga viagem...
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A Capitã Donner acordou com o despertador na verdade, o despertador teve de acordar ela
ainda sonolenta viuse no espelho. Olhos vermelhos e o cansaço evidente eram a mostra da tarefa
enfadonha de ontem, de ouvir os relatórios sobre a analise da atmosfera, das amostras de
minerais estudadas no laboratório, classificação e documentação total do planeta e, com a sua
assinatura, o encerramento da primeira missão na qual ela comandava uma nave.
Claro que para os outros tripulantes a tarefa até tinha sido prazerosa, era a primeira vez em
que faziam isso fora dos simuladores da academia, mas ela já tinha acompanhado o mesmo
diversas vezes na Seler, e analisar pela segunda vez um planeta no quintal de casa era bem
chato, digase a verdade.
Soou o sinal indicando que alguém pedia permissão para entrar.
Um momento disse enquanto se ajeitava para ficar mais apresentável.
Pode entrar.
Bom dia Capitã disse o Almirante chegando.
Bom dia! Espero que tenha tido uma noite melhor que a minha.
Com o tempo, aprendese a suportar tarefas não muito apreciativas. Bom entregoulhe um
disco estas são as ordens da Frota, a senhorita, como Capitã deve recebelas.
Era uma espécie de encenação, afinal ela já sabia quais seriam as ordens, só não conhecia o
destino ainda.
A Thunderbold chegará em algumas horas, como ela será a nossa escolta, cabe a você,
como Comandante da missão, determinar os parâmetros que ela deve seguir.
Lisa olhou assustada para o Almirante. Cabia a ela?
Ora Capitã o Almirante entendeu a surpresa dela apesar de, na prática, eles nos
mandarem sair correndo em caso de emergência e ficarem para cobrir a nossa fuga, é a senhorita
que deve dar as ordens ao Capitão da Thunderbold sobre a que distância ele ficará de nós, se
deve patrulhar a área ou simplesmente observar o nosso trabalho. Claro que Jevlack virá a bordo
para discutir esse assunto, bem como oferecerá sugestões. Nossa partida está agendada para as
16 horas. Eles devem chegar por volta das 14. Falando nisso, não se esqueça que o ponto de
encontro é em órbita da Terra.
Dirigiuse a porta, mas antes, acrescentou:
A senhorita é a Capitã, eu e os outros oficiais professores ficaremos apenas observando e só
iremos intervir em caso de necessidade. Para todos os efeitos a nave está nas mãos de vocês .
O Almirante saiu dos aposentos deixando a Capitã com o coração acelerado. Logo depois, ela
balançou a cabeça para espantar de vez o sono e acionou seu comunicador.
Tenente Dewing?
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" Sim Capitã?"
Reúna os oficiais na sala de reuniões em uma hora, vamos discutir a nossa missão.
" Sim senhora"
Vamos ver estas ordens. Pensou acionando o seu monitor e inserindo o disco.
"Diário de bordo, data estelar 3369.210, a Thunderbold chegou ao local do encontro com a
USS Starfleet três horas mais cedo que o previsto. Como a tarefa que temos diante de nós é
altamente rotineira e sujeita a varias situações monótonas, permiti que toda a tripulação com
exceção dos altos oficiais pudesse descer a terra em turnos e relaxar um pouco. Confesso que,
ao saber que a Capitã da nave é a tenente Comandante Donner, fiquei mais tranqüilo, pois já ouvi
falar muito bem dela pelo seu último Oficial Comandante."
Jevlack e os altos oficiais da nave estavam na sala de reuniões, discutindo talvez seja melhor
dizer jogando conversa fora sobre a missão de escolta.
Bem meus caros dizia Jevlack todos nós já estivemos do outro lado desta história, por isso,
vamos agir como se fosse uma missão conjunta normal. Aqueles cadetes estão empolgados e
todos sabemos que esta é, sem dúvida, a parte do treinamento mais bem vinda da academia.
Capitão replicou o tenente Comandante Oshiro há de convir conosco que ficar três
semanas e meia nos arrastando ao lado de uma nave cheia de calouros não é uma algo muito
apreciável.
Depois que a missão terminar interveio Tirvik nós iremos continuar com a exploração do
setor. Além disso, nossa missão secundária e fazer um levantamento mais detalhado dos seis
planetas classe M mapeados em Omicron IV.
Sim conformouse Oshiro vamos ter algo para nos ocupar, quando estivermos lá. Não
podemos usar o raio trator para puxálos e ir na dobra máxima?
Jevlack apenas sorriu como que para se consolar.
Oshiro, se esta fosse uma reunião formal eu te daria um sermão agora!
Desculpeme senhor.
Além disso, esta manhã, o Almirante já me disse que não.
Oshiro olhou para o seu Capitão, espantado, Tirvik apenas riu, divertida. Os outros oficiais
disfarçaram como puderam.
Tirvik, afinal que raios de "motivos de segurança" foram esses que impedem que eles atinjam
mais que a dobra cinco? perguntou o tenente Ícaro.
Há quatro meses, a nave de treinamento Hangler por pouco não invadiu a zona neutra por
erro de navegação. Estava em dobra sete e sua escolta teve muitas dificuldades para posicionar
se e acionar o raio trator para detêla.
Erro de navegação? Perguntou Oshiro não acreditando.
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Esta foi a explicação Oficial. Pessoalmente creio que o Capitão da nave respondeu a um sinal
de socorro captado e, o navegador, não atentou para o fato que a rota traçada violaria a zona
neutra.
Jeena, aproveite o tempo que nos resta antes do encontro, e verifique o nosso raio de tração
ordenou o Capitão a chefe de engenharia.
Sim senhor.
Senhora Nille, posicionenos ao lado da Thunderbold.
Sim Capitã.
A Starfleet movimentouse muito rápido, na opinião dos tripulantes da Thunderbold para o
lado de sua nave escolta.
Abra um canal para a Thunderbold.
Boa tarde, Capitão disse Lisa, assim que Jevlack apareceu na tela sei que não deve estar
muito animado com a situação, mas prometo que tentaremos nos comportar como "gente grande"
Olá Capitã, Almirante, obrigado pela sua preocupação, mas pelo que o Comodoro Brand me
disse, não creio que terei nenhum problema.
Conheceu meu Comandante? Lisa estava surpresa, ainda mais que Brand falara bem a seu
respeito.
Nos encontramos há uns dois anos, em Rigel II, numa conferencia de novas tecnologias. Foi
quando me disse que você seria promovida a Primeira Oficial.
Gostaria de vir a bordo, para discutirmos a missão? Lisa achou seu convite um pouco
destoado dentro do rumo da conversa, mas, como Capitã, tinha uma missão a cumprir e trinta
minutos para começala.
Com prazer Respondeu o Capitão Jevlack sorrindo.
Almirante?
Falarei com Jevlack mais tarde, quando estivermos em curso. Pode ir recepcionalo.
Obrigada Lisa dirigiuse a sala de transporte.
Capitã disse Jevlack assim que o teleporte terminara permissão para a vir a bordo.
Concedida, Capitão, este referindose a pessoa ao seu lado é o meu primeiro Oficial
Matias.
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Prazer em conhecelo, e encantado em vêla pessoalmente.
Fico agradecida Lisa ficou levemente corada.
Desculpeme, não pretendia embaraçala, é que agir de forma galante era muito comum para
mim no século XXI.
Século XXI?
Hum Jevlack percebeu a estranheza de todos na sala vejo que não conhecem a minha
história. Pergunte ao Almirante depois, Capitã. Devemos partir em vinte minutos e a história levará
mais que esse tempo.
Certo, então vamos para a sala de reuniões. Se tiver a bondade de me seguir...
O cadete de primeira classe Greyson ainda estava muito sentido com a bronca que levara do
engenheiro chefe no dia anterior. Estava flertando com uma bela moça que supervisionava o painel
de controle de fusão matéria / antimatéria quando pôs sua mão espalmada diretamente no painel.
Se os sistemas gerenciadores não tivessem corrigido o erro imediatamente, a nave com certeza
teria se despedaçado com o campo de dobra assíncrono que teria se formado. Mas ainda não
estava tranqüilo. Não porque sua ficha ficaria com esta mácula para sempre, mas sim porque,
segundo os registros do computador, os sistemas gerenciadores atuaram mais oito vezes para
efetuar a mesma correção, sem nenhum motivo aparente, exceto que era necessário.
Pensou em comunicar ao engenheiro chefe, mas estava com medo de levar outro sermão
sobre aqui não é praça pública para flertes.
Computador, checagem de nível um em todos os sistemas relacionados ao controle da
câmara de fusão.
Uma checagem nível dois nada revelara.
"A checagem completa nos sistemas indicados irá demorar dezoito horas"
Execute pediu. Se nada aparecesse iria comunicar ao engenheiro.
Curioso disse em voz alta o Oficial de ciências Terak, da Thunderbold Comandante, nas
últimas três horas registrei por duas vezes uma estranha flutuação em nossos geradores de fusão
ao mesmo tempo em que isso ocorria na Starfleet. Não há nenhuma falha em nossos geradores,
portanto parece que eles estão refletindo as flutuações vindas da nave de treinamento, como se
estivessem em ressonância. Olhou para Tirvik esperando sua decisão.
Sentada na cadeira de comando, Tirvik ponderava sobre a notícia.
Esta flutuação afetaria nossa missão de alguma forma?
Não. É insignificante dentro do campo de dobra e desprezível como conseqüência. Mas não
poderia fazer nossos reatores reagirem desta forma.
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Não temos tempo para determinar as causas agora, uma vez que partiremos em alguns
minutos. Porém, assim que possível entre em contato com o engenheiro chefe da Starfleet, e
descubra o que esta causando esta flutuação.
Sim Comandante.
A Starfleet tem programas gerenciadores para evitar que os cadetes, inexperientes, cometam
erros perigosos. Só espero que não surja algum imbecil engenhoso capaz de burlar estes
programas.
O.k. Capitã, ficaremos a distância seguindo vocês, e, uma vez lá nos manteremos afastados a
no máximo trinta segundos em dobra máxima, para o caso de qualquer inconveniente que possa
ocorrer.
Dessa forma, Jevlack encerrava a rápida reunião. Rapidamente chegaram a sala de transporte,
e, para surpresa de todos, ele pediu para que Sander efetuasse o transporte. Sander ficara
nervoso, mas se recusasse poderia ofender o Capitão.
É só fazer como sempre. Pode até fechar os olhos. Pensando bem, não feche não.
Não se preocupe senhor Sander se acalmara com o comentário Boa viagem.
Teleporte efetuado, a Capitã retornou a ponte.
Senhora Nille, traçar curso para Omicron IV, dobra um. Assim que sairmos do sistema Solar,
vá para a dobra cinco.
Curso traçado Capitã.
Lisa olhou para o Almirante, este apenas sorriu.
Engatar!
Senhor Oshiro.
Sim Capitão?
Siga aquela nave disse apontando para a tela.
Com prazer senhor respondeu com um sorriso.
Assim, começava a primeira missão oficial da Capitã Lisa. Bem como a primeira missão de
escolta do Capitão Jevlack.
PS: A missão de Lisa em Júpiter não foi oficial, apenas de treinamento, portanto, a de Omicron
IV é a primeira mesmo!
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Capítulo 2
"Diário de bordo, data estelar 3445.225, A nave estelar Starfleet iniciou sua missão rumo a
Omicron IV, e nós, como sua escolta, a estamos seguindo, mantendo uma distância grande o
suficiente para que possam manobrar sem terem que se incomodarem conosco, e pequena o
bastante para que possamos dar suporte em qualquer eventualidade. Confesso que vendoa
manobrar ainda dentro do sistema Solar, em que devido ao grande tráfego de naves não podemos
ultrapassar a dobra um, acredito que esta seja a melhor turma de cadetes que a academia já
formou, e que talvez esta não venha a ser uma missão tão enfadonha, como tinha pensado antes.
As aproximações que fazem dos planetas que estamos deixando para trás, fornecem belas visões
dos mesmos"
Aproximarse dos planetas de dar "rasantes" nos mesmos era quase que um ritual para as
naves de treinamento. Os cadetes aproveitavam a baixa velocidade imposta pelas regras da
Federação dentro do sistema solar para ver os mundos que antes só visitavam por naves de
transportes pequenas.
Sr. Oshiro, quanto tempo até a nossa primeira parada na estação espacial 26?
Assim que sairmos do sistema solar, cerca de 32 horas.
Como a viagem seria longa, devido ao novo limite imposto as naves de treinamento, seriam
feitas paradas em pelo menos quatro estações espaciais, em que os cadetes e tripulantes da nave
escolta descansariam um pouco. Estas paradas também eram aproveitadas para intercâmbio de
informações e experiências entre ambas as tripulações. Também era comum alguns cadetes irem
para a nave escolta para conhecerem as tecnologias das naves de exploração da frota, uma vez
que as das naves de treinamento, normalmente, não tinham os mesmos avanços.
Um bom ângulo comentou Oshiro a Tirvik, que estava ao seu lado observando as manobras
A navegadora deles é excelente, a visão de Netuno ficou magnífica com esta aproximação.
Concordo replicou sem tirar os olhos da tela.
Capitão chamou o Oficial Terak devemos informar a Starfleet que as suas luzes de
navegação estão apagadas?
Não senhor Terak respondeu com um leve sorriso deixeos descobrir isso por conta
própria.
Terak ergueu as sobrancelhas, peculiaridade comum a todos os vulcanos, e que sempre
intrigouo. Mesmo Tirvik tinha esta característica, apesar de ter sido criada na terra, entre
humanos.
Sairemos do Sistema Solar em quatro minutos, Capitão.
Deixeos partirem com dois segundos de vantagem, depois os seguiremos. Manteremos a
mesma distância que agora até a estação 26.
Entendido senhor.
Tirvik observava as evoluções, e uma ponta de saudosismo bateu nela. Tinha sido nesta
mesma nave em que tinha feito o seu treinamento final, antes da formatura. Servira como Oficial de
ciências, mas percebeu que desejava mesmo um comando. Servira na USS Denver como Alferes,
Trek Wars – Roberto Kiss 14 www.scriptonauta.com.br
onde fora promovida até tenente. Depois de um curso de especialização a Frota a designou para a
Thunderbold como Primeira Oficial, onde conhecera Jevlack, o único humano a ter um nome
vulcano de que se tinha notícia. Apaixonarase por ele, e tinha sido correspondida. Não era difícil
separar as questões pessoais das profissionais, graças a sua herança vulcana e ao fato de que,
antes de recuperar a memória, o Capitão tinha sido aprendiz também em Vulcano. Aparentemente,
era a única que sabia o seu nome verdadeiro. Jevlack gostou do nome que recebera quando fora
encontrado e o adotou mesmo quando foi para a academia.
Capitão! Mensagem codificada do Almirante Stolh para o senhor.
No meu gabinete, Tirvik, assuma disse levantandose em seguida.
Sim senhor respondeu indo para a cadeira de comando.
"No meu gabinete" Tirvik sorriu consigo mesma. Ele era... diferente. Em várias ocasiões
durante a patrulha na fronteira do Império Klingon, ele comandara a nave da sala de reuniões,
onde observava mapas holográficos táticos que permitiam uma melhor visão da situação. Bem
diferente do ensinado na academia. Mas o que realmente ela mais apreciava nele, era que ele
sabia como acariciar orelhas pontudas.
A Starfleet entrou em dobra cinco, Comandante.
O.k., vamos atrás.
Computador, decodifique a transmissão do Almirante Stolh, código de autorização Jevlack,
tesla ômega.
O símbolo da Federação apareceu na tela por alguns momentos, logo depois surgia o rosto
bem mais velho do que imaginara do Almirante.
Olá meu caro, faz muito tempo que não nos vemos...
Como diria Tirvik : 13 anos, 4 meses, 8 dias e... Que horas são?
A risada do Almirante foi jovial.
Computador, especial do Capitão.
O sintetizador de alimentos materializou um copo de batida de coco.
Servido? disse indicando o copo posso transferir a estrutura molecular dele para a
Starfleet.
Como conseguiu fazer isso?
Difícil mesmo foi o leite condensado, que ninguém mais sabia fazer quando despertei neste
século seu rosto ficou mais sério o senhor não fez uma chamada codificada para bater papo.
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Não, não fiz. Eu estou preocupado. Parece que ocorreram flutuações de energia estranhas
no sistema de Omicron no mês passado. Pedi que a frota enviasse uma nave para examinar, mas
me responderam que não encontraram nada incomum.
Mesmo assim a missão de treinamento será lá? espantouse Jevlack.
Já tinha sido definido desde o começo. Só um evento concreto poderia mudar os planos. Foi
por isso que eu escolhi a sua nave pessoalmente quando soube que a Denver não poderia ser a
nossa escolta. Você é um excelente Capitão, e a Thunderbold, uma das naves mais modernas da
Frota.
Sua "Capitã" sabe disso?
Está bem Almirante, mas confesso que não gosto da situação.
Eu também não, esta nave está cheia de calouros, e apenas 4 oficiais com experiência real
em campo. Cinco se contarmos com a Tenente Comandante Donner.
Que tal fazermos algumas manobras de guerra simuladas quando chegarmos a estação 26?
Do tipo, "Bobeou, dançou?"
Igual a suas no Kobayash Maru?
Oras, eu ganhei, não foi? E SEM TRAPACEAR, como alguém que conheci.
Sim mas, se fosse para valer, você não estaria aqui agora.
Tudo bem desistiu comunicarei a minha tripulação para dar aos seus alunos toda a
experiência possível nas nossas paradas.
Obrigado. E, quanto a bebida, me mostre na estação 26 como se prepara.
Jevlack sorriu enquanto o Almirante terminava a transmissão.
O que mais faltava acontecer?
Doller observava com curiosidade seus registros. Não tendo nada para fazer, ficou analisando
os campos de dobra da Starfleet e da Thunderbold, tentando determinar as diferenças entre
ambos. Mas o que ele observava era uma estranha sincronia. Cada pequeno ajuste feito no campo
de sua nave para mantêlo estável, era correspondido microssegundos depois pelo campo da nave
de escolta, e vice versa. Para todos os efeitos, era um reflexo perfeito. Só que eram constantes e
inversas! O campo de sua nave sofria sempre uma distorção de sobreposição, em que cada nacela
repentinamente gerava seu próprio campo de dobra, e não um em conjunto. Havia a correção e
uma distorção idêntica ocorria na Thunderbold. Esta corrigia e a Starfleet voltava a ter a mesma
distorção inicial. Pareciam estar fazendo algum tipo de jogo.
Talvez fosse um fato comum quando duas naves viajavam próximas, de qualquer forma, iria
perguntar ao engenheiro chefe quando tivesse uma folga.
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Bom disse a Capitã já que pelas próximas horas não há nada especial para ser feito, quero
falar um pouco com o Almirante, Matias, assuma.
Sim senhora. Hã, pode me fazer um favor?
Sim?
Me conte a história depois.
Combinado! ela fez um sinal de positivo com a mão e saiu.
Computador disse quando entrou no turboelevador onde está o Almirante Stolh?
"O Almirante Stolh encontrase na área recreativa dos oficiais número 2."
Deck 6 comandou.
Cumprimentou alguns tripulantes no caminho, agradeceu aos cumprimentos de outros. Todos
os que viam estavam empolgados. Alguns ficavam olhando pelas janelas o efeito da viagem do
campo de dobra. A sala de recreação estava bem tranqüila, apenas cinco oficiais apesar de
serem todos cadetes, pelas notas e pontuações eles tiveram postos honorários nesta missão e o
Almirante. Na grande janela viase o efeito de estrelas sendo "esticadas" pelo campo de dobra, e,
ao fundo, a Thunderbold. Era uma visão magnífica. Lisa nunca tinha visto como uma nave aparecia
viajando em velocidade de dobra antes.
Foi até a mesa em que estava o Almirante e sentouse, pedindo licença.
Capitã! fingiu surpresa já está abandonando o seu posto?
Eu decidi que preciso achar o que fazer durante a viagem, além disso, o Capitão Jevlack
disse algo que me intrigou.
E o que seria?
Algo sobre ele ser do século XXI. Ele também disse para lhe perguntar sobre isso.
O Almirante sorriu.
Você já olhou nos arquivos?
"Assunto confidencial, necessária autorização superior." disse Lisa imitando a voz sintética
do computador.
É uma pena você não ser Capitã oficial. Mas posso ajudar um pouco. Em 2095, foi lançada
uma nave com um novo protótipo de motor de dobra. Fora criado por Zefram Cochrane quando
este estava em Alpha Centaury. Por algum motivo, não temos o registro de quem era o piloto ou os
seus acompanhantes, Sabemos apenas que era um humano e dois vulcanos. Tudo o que temos
de "oficial" foi que a nave desapareceu durante os testes.
Algum motivo para isso?
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Pareceme que houve sabotagem nos motores de dobra. Houve uma investigação e, depois
dela, quase tudo foi retirado dos registros. Mesmo Jevlack não pode informar nada sobre o
assunto, exceto que foi escolhido pessoalmente por Cochrane.
Pessoalmente? os olhos da Capitã se iluminaram Preciso conversar com ele.
Imaginei que diria isso. Crescemos ouvindo sobre o "grande visionário".
"Desnecessário dizer que eles não ficaram intactos nessa história. Afinal, mesmo em
velocidade incrivelmente reduzida, os compostos de matéria e anti matéria os estavam atingindo e
matando!"
Lisa imaginou a cena por uns momentos, três pessoas imóveis como em uma holofoto, sendo
consumidos pela antimatéria. Estremeceu.
Conseguiram salvalos com teleporte sincronizado com o desligamento do campo de dobra.
Um dos vulcanos acabou morrendo. Jevlack e o outro sobreviveram e receberam próteses
vulcanas para substituir os órgãos e membros perdidos. Jevlack tem uma pele com sensores que
dão a mesmas sensações que nós temos, embora possua travas de segurança para evitar
sensações fortes como dor extrema.
"Quando despertou não se lembrava de nada, e os vulcanos o batizaram de Jevlack, que,
confesso, não sei bem o que significa, exceto que é uma onomatopéia fonética para "despertado".
Mesmo quando recuperou a memória, não quis dizer o nome verdadeiro, alegando que quem vive
de passado é museu!".
Interessante. Pragmático como um vulcano.
Ele recebeu treinamento da doutrina vulcana enquanto permaneceu seis meses na nave de
pesquisas. Tem sentimentos como qualquer humano, mas os controla quando a situação o exige.
E o que o levou a entrar para Frota?
Ele era militar antes, contemporâneo da guerra de Alpha Centary. Nada mais lógico que
continuar com a carreira. Fez apenas um curso de reciclagem. E, na simulação da Kobayash Maru,
foi o único a destruir as naves Klingons. Claro que não cumpriu com a meta, que era salvar a nave,
voltar vivo e não causar uma guerra.
Que parte ele não completou? perguntou curiosa.
Voltar vivo respondeu o Almirante sorrindo a nave ficou inoperante e sem suporte de vida.
Todos teriam morrido. Talvez tenha sido por isso que ele pediu mais dois reatores de fusão na
reforma da Thunderbold.
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A Frota permitiu que ele especificasse alterações em uma nave espacial?
A Thunderbold, quando comandada pelo Capitão Mendonça, foi atacada por duas naves
romulanas e sofreu sérias avarias. Jevlack, que assumira o comando quando da morte do Capitão
nesta batalha, destruiu ambas e salvou a Thunderbold. Com isso foi promovido a Capitão e teve
suas sugestões acatadas quando a nave foi rebocada para ser reparada.
Um impressionante currículo comentou Lisa.
Sim, foi por isso que...
Foi completamente sem aviso. Primeiro, toda a sala começou a vibrar, logo em seguida o sinal
de alerta vermelho soou pegando a todos de surpresa. Os outros cadetes da sala se entreolharam,
atônicos e sem saber o que fazer diante da situação. Lisa imediatamente gritou para que fossem
aos seus postos e dirigiuse com dificuldade para a ponte. Antes de sair da sala ainda ouviu o
Almirante dizer que não era nenhuma simulação.
A nave realmente estava em stress, em perigo eminente de se despedaçar.
Relatório! gritou Jevlack acima do som da vibração que aumentava em escala crescente.
Nossos motores de dobra perderam a sincronia, cada nacela está gerando o seu próprio
campo. Estão sobrepostos e a nave está exatamente no centro. O leme não responde. respondeu
Tirvik.
Desligar motores! ordenou.
Motores não respondem!
Todos os sistemas da nave estão apresentando falha devido a distorção dos campos de
dobra informou Tirvik de seu posto.
Nossa velocidade está aumentando! gritou Oshiro vamos abalroar a Starfleet.
Erguer escudos! Tenente Souza! Avise a Starfleet para mudar o curso.
Eles não respondem!
Comunicação automática de emergência!
Entendido!
Capitão chamou Terak Os campos de dobra da Starfleet estão na mesma situação que os
nossos, se nos aproximarmos mais os quatro campos ficarão sobrepostos.
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Os escudos de ambas as naves colidiram, causando um forte impacto em ambas. Oshiro
chegou a perder o equilíbrio, mas conseguiu se agarrar ao seu console.
Os escudos estão em grande pressão! Os emissores da Starfleet estão superaquecendo. Os
sistemas gerenciadores estão reduzindo a expansão para compensar.
Terak! Preciso de uma teoria agora!!!!
Terak fez uma rápida análise nos dados de seu console.
De alguma forma, os motores de dobra de ambas as naves estão conectados. O que pode ter
causado a distorção simultânea, já que não funcionam de forma idêntica. Se conseguirmos parar
um deles, é possível que o outro volte ao normal.
Capitão! Estamos em dobra sete e subindo em uma curva de aceleração exponencial!
Ultrapassaremos a escala em menos de um minuto. gritou Oshiro.
Sala de transporte disse Jevlack pelo comunicador focalize os reatores de fusão e
teleporteos para o mais distante possível da nave, SEM QUESTIONAR!
Impossível executar respondeu o operador o sistema está inoperante!
Jevlack olhou para a tela, Lisa deu a mesma ordem, e obteve a mesma resposta. Fechou os
olhos. Só havia mais uma coisa a fazer.
Armar torpedos fotônicos, travar no suporte das nacelas da Starfleet.
Lisa arregalou os olhos.
Torpedos armados e travados. Capitão.
Capitão interveio Terak eles terão de baixar os escudos, e isso nos deixa 2.7 segundos
antes dos campos se sobreporem.
Tenente Souza, dispare quando possível Jevlack dirigiuse a tela Capitã, abaixe seus
escudos.
Mesmo assim retrucou Lisa as nacelas continuarão funcionando por algum tempo. Vocês
serão destruídos.
Minha missão é proteger vocês! OBEDEÇA A ORDEM IMEDIATO DONNER!
Lisa abaixou a cabeça, o Almirante e todos na ponte da Starfleet aguardavam o seu comando.
O comando que mataria a tripulação da Thunderbold.
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Senhor Doller disse Lisa lentamente abaixe os escudos.
Sim, Capitã respondeu, sentindo provavelmente o mesmo que ela.
Armas inoperantes! gritou desesperadamente Souza ao tentar disparar os torpedos.
Jevlack teve o que julgou ser o seu último pensamento em vida: Ë, não foi uma viagem
enfadonha...
Capítulo 3
Foi como ser disparado por um canhão! A tela apagouse, e a luzes de emergência se
acenderam no mesmo momento em que todos eram arremessados para traz. Oshiro passou ao
lado da cabeça do Capitão colidindo com a parede logo atrás. Jevlack graças as seus membros
biônicos conseguira se firmar no seu assento. Viu todos os sinais de alerta piscarem em todos os
painéis, incluindo o do amortecedor de inércia e controle de gravidade. Isso explicava o porque da
sensação de balançar de um lado para o outro. A única coisa que funcionava era o áudio, e tudo o
que ouvia por ele eram gritos vindo da Starfleet, somados aos próprios gritos dos tripulantes de
sua nave. O estranho era que a aceleração não diminuía, continuavam sendo impulsionados para
frente com uma velocidade crescente.
Por que? rugia sua mente porque estamos acelerando?
Bom, vamos bater e isso acaba.
Ao contrário, a aceleração ficou ainda maior! Se as naves colidiram, nem foi possível sentir...
Isso não acaba mais?
Usando a força de suas próteses, Jevlack arrastouse para o console do navegador, tinha que
haver um jeito de parar os motores. Chegando lá, depois de muito esforço, digitalizou o painel de
controle de fusão neste. Tentou tudo o que sabia para desligar os motores, nada funcionava. Só
podia controlar densidade do plasma pelos cristais dilítio.
O que acontece se eu botar mais matéria que antimatéria?
Teoricamente a nave explodiria, caso os sistemas de segurança não desligassem o reator.
Mas os sistemas estavam praticamente todos funcionando em auxiliar.
"Os motores de dobra estão conectados de alguma forma" foi o que dissera Terak! O que
diabos estava funcionando na nave que ainda podia permitir tal conexão?
O controle de dominação!
Sendo uma nave escolta, o controle de dominação da Starfleet foi fornecido a eles caso
precisassem assumir o controle desta numa emergência! Jevlack comandou no painel a mudança
Trek Wars – Roberto Kiss 21 www.scriptonauta.com.br
do código da Starfleet. Se tivesse alguma relação, a Thunderbold pararia de monitorar a Starfleet e
os sistemas gerenciadores desta deveriam por tudo de volta no lugar. Antes de terminar o
comando, porém, a situação se inverteu.
Se antes era como ser disparado por um canhão, o que aconteceu quando Jevlack estava
efetuando o comando foi o mesmo que ter atingido uma parede de concreto. TUDO foi
arremessado para a frente, incluindo ele mesmo e o painel que estava segurando, ambos
arremessados de encontro a tela. A desaceleração demorou cerca de quatro minutos para
encerrarse.
Jevlack olhou ao redor da ponte, e viu o estado de seus oficiais. Terak e Oshiro estavam
desacordados, Souza sangrava pelas fraturas expostas em seu maxilar, Tirvik agarrava o ombro
podiase ver que quebrara o braço e algumas costelas Mesmo ele não estava em perfeito estado,
seu braço esquerdo formigava, e, ao ver melhor notou que a pele sintética fora arrancada e os
circuitos e mecanismos estavam expostos e levemente danificados. Por uma fração de segundo,
imaginou o estado do restante da tripulação, mas, logo em seguida, voltou a agir como o Capitão
que vai direto ao assunto.
Fez uma rápida checagem no estado da nave, para ver se as comunicações internas ainda
funcionavam e se o sistema auxiliar de transporte podia ser utilizado.
Aqui é o Capitão! Todos aqueles que tiverem condições, devem deixar os sistemas em modo
automático e cuidar dos feridos que estiverem próximos. Aqueles que estiverem próximos das
salas de transporte devem focalizar os feridos mais graves e transportalos diretamente para a
enfermaria. Os demais devem evitar atrapalhar o trabalho dos médicos e auxilialos assim que
possível. Engenharia, assim que possível quero saber o que é mais rápido ser reparado, sensores
ou comunicações externas.
Alguns minutos depois, Oshiro, Tirvik e Souza eram teleportados. Os outros não deviam estar
em grave estado, ou deviam estar mortos. Mas isso era fácil verificar. Terak estava com
hematomas, talvez algum osso quebrado, mas vivo e respirando. O Alferes Dilow, que substituía
Oshiro quando este tinha de se ausentar da ponte estava com o pescoço quebrado, Margô
substituta de Terak tinha uma torção nos quadris.
Bom, a nave estava morta no espaço, ele precisava de Terak agora, assim foi acordalo.
Capitão? Terak disse após olhar ao redor qual a nossa situação?
Me diga você, tudo que pude descobrir é que a nave está estruturalmente intacta e a
tripulação deve estar muito mal.
Baixas?
Dilow! Jevlack estava cuidando de Margô com o equipamento de primeiros socorros Mas
com certeza teremos mais.
" Capitão" soou a voz pelo comunicador "aqui é o auxiliar de Engenharia Anderson"
Prossiga!
A Engenheira Jeena está morta, respondendo a sua solicitação, podemos ter 10% de
sensores em 15 minutos.
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Execute!
Aqui é o Capitão para todos os chefes de pessoal, quero um relatório da situação em uma
hora. Doutor Simon, selecione alguns Alferes e os instrua a fazer a estatística clínica da tripulação,
não quero atrapalhar o seu trabalho.
Fico agradecido! respondeu o doutor, elevando a voz para ficar acima dos lamentos dos
pacientes.
Creio que todas as enfermarias estejam lotadas. Comentou Terak, enquanto tentava obter
dados sobre a situação da nave em seu console.
Falando nisso, qual o seu estado?
Melhor que o seu, posso garantir respondeu referindose ao braço do Capitão.
E, com toda certeza, melhor que a da StarFleet. Capitão! Ainda estamos em dobra 5!
Desligue imediatamente! Qual o curso? Jevlack olhou para o console arrancado do
navegador Esqueça, me diga depois que o computador principal voltar a operar.
****
O Comandante Soer patrulhava o setor em seu Assalt Gunboard, e estava satisfeito por não
ter detectado nada na última hora. De acordo com o plano era vital que os rebeldes não
soubessem para onde estavam indo.
General Gala chamou pelo rádio O setor está limpo.
Excelente veio a resposta aguarde a nossa chegada.
Tirou as mãos do manche e desligou os motores. Poderia descansar por alguns minutos.
Súbito, soou o aviso de que uma nave desconhecida estava saindo do hiperespaço. Não acredito!
Pensou.
Olhou na direção em que vinha a nave e acionou o computador para tentar identificala, sem
sucesso. Observando a nave localizada a 120 Quilômetros de distância, não conseguiu reconhecer
o seu desenho. Tinha um disco grande e mais dois cilindros atrás, todos ligados a uma espécie de
trapézio, pelo menos a forma com lhe parecia. Os sensores não conseguiam determinar o tipo de
material que compunha sua fuselagem. Ligou para o General.
****
Margô tinha acordado, e queixavase de fortes dores.
Terak, quero que você primeiro descubra o que aconteceu, onde estamos, e onde está a
Starfleet. Pelo que lembro quando estava no posto de Oshiro, estávamos além de dobra 10. Vou
querer saber como conseguimos uma energia "infinita" para fazer isso. Jevlack não queria pensar
sobre o quanto podiam estar longe da federação naquela velocidade.
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Sim senhor.
Forneçame os dados iniciais em uma hora, na sala de reuniões.
Margô foi teleportada para a enfermaria. Os casos gravíssimos já deviam ter sido atendidos
os que sobreviveram.
****
O Destróier Estelar Invictor saiu do hiperespaço 45 minutos depois que a Thunderbold fora
localizada por Soer. Como ordenado, Soer mantivera posição. Na ponte de comando, o General
Gala ouvia os relatórios iniciais sobre a nave desconhecida.
A nave não respondeu a nenhuma de nossas transmissões. Tem cerca de 400 metros de
comprimento. Composição da estrutura: desconhecida, fonte de energia: desconhecida. Captamos
anti matéria dentro da nave, mas não conseguimos identificar como ela está contida. A nave
aparentemente tem escudos em sua estrutura, assim como os nossos, mas são de um tipo
desconhecido. Detectamos um hangar, mas parece ser pequeno, em relação a nave. Desta
distância, não podemos obter mais dados.
Nossa posição para novo salto no hiperespaço fica a 3 quilômetros daquela nave. Vamos nos
aproximar ordenou Tenente, deixe quatro esquadrões de TieBombers preparados.
Sim senhor!
Avise o Comandante Soer para ele fazer um vôo de reconhecimento sobre a nave. E
comuniquese com o comando do Império. Nossa missão é vital e não podemos nos desviar dela.
Dentro de 17 horas devemos sair daqui!
Soer não gostou nem um pouco, mas ordens eram ordens. Pôs a nave em 2/3 de força e
seguiu em direção a Thunderbold. Levaria cerca de 30 minutos para alcançala.
****
Na hora pedida, Jevlack, Terak, um enfermeiro representando o doutor Simon e o agora
Engenheiro Chefe Anderson estavam na sala de reuniões. No centro da mesa aparecia um
holograma do setor, pelo menos até aonde os sensores podiam alcançar no momento. A Starfleet
não tinha sido localizada.
Situação geral pediu Jevlack.
Estão inoperantes: sensores de curto alcance, escudos, capacidade de manobras, velocidade
de dobra, comunicações, 63% dos sintetizadores de alimentos, 80% dos sintetizadores médicos,
75% dos sintetizadores de equipamentos, 8 turboelevadores, a trava de armas, o computador
principal e o suporte de vida funciona no manual informou Anderson.
Agora me dê as boas notícias, se é que sobrou alguma.
Não temos problemas estruturais, basicamente precisamos recuperar os chips isolineares de
processamento dos computadores, que foram seriamente danificados. Felizmente, temos os
esquemas deles intactos, e a memória arquivada dos sistemas sofreu danos mínimos.
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Quanto tempo para recuperar o computador principal?
23 horas respondeu Terak.
E os demais sistemas?
Calculamos 4 dias para reparar tudo.
Quero escudos e capacidade de manobras em uma hora.
Capitão interveio Terak para alívio de Anderson, que ainda não estava acostumado a
pressões daquela natureza é impossível sintetizar os chips necessários nesse período.
Não pedi para sintetizar nada disse Jevlack sério disse que quero escudos e leme em uma
hora. Temos um monte de chips nos sistemas auxiliares, monte alguma coisa com eles.
Terak ficou pensativo.
Se sintetizarmos apenas os chips para reparar o comando manual disse a Anderson
poderá ser feito a tempo.
Sim concordou creio que sim.
Sim senhor disse Anderson, levantandose e saindo da sala.
Terak, em quanto tempo podemos determinar a nossa posição?
Preciso dos sensores 100% operacionais para isso. Estamos obviamente em área
inexplorada indicou o holograma a área que podemos mapear não existe em nenhum de nossos
bancos de memória
Muito bem, enfermeiro Ferreson, qual o seu relatório?
Tivemos 62 baixas, 44 estão em estado gravíssimo, 218 em estado grave, porém fora de
perigo, 257 apresentaram fraturas diversas, todas já medicadas, os 73 restantes ainda não
quiseram se apresentar na enfermaria, devem estar ilesos ou com ferimentos leves, como o senhor
e o senhor Terak. O doutor pediu para que o senhor ordene a cerca de 120 tripulantes que foram
dispensados para se recuperar em seus aposentos para que obedeçam as ordens médicas.
Como? Jevlack olhou interrogativo para ele.
Bem ele estava embaraçado parece que todo tripulante que é dispensado, ao invés de
descansar 6 horas nos aposentos se apresentam aos seus superiores perguntando o que podem
fazer.
Jevlack sorriu.
Diga ao doutor que darei esta ordem quando possível.
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Sim senhor! Posso ir agora?
Já terminou o relatório?
Desculpeme, 60% da tripulação não terão condições clínicas para trabalhar pelas próximas 6
horas.
Qual o tempo total para recuperação deles?
Por três dias, teremos apenas 206. Pelas fichas clínicas.
Obrigado, pode ir.
Sim senhor.
62 mortes!
Terak, baseado na nossa situação, como imagina que esteja a Starfleet?
Posso apenas supor que, no mínimo, estejam na mesma situação que a nossa. No entanto,
não devemos descartar a hipótese de que tenha sido destruída, e que, tenha sido justamente essa
a causa de estarmos vivos. Pelos registros que consegui obter, nossos motores realmente estavam
trabalhando em conjunto, apesar de forma errática. Também é possível que a própria intensidade
da distorção dos campos de dobra tenha rompido este elo. Realmente não tenho mais o que supor
logicamente com os dados que tenho.
Em quanto tempo pode acionar o computador principal parcialmente?
Em quatro horas.
Execute. Ache a Starfleet, mas, primeiro, ache onde nós estamos. Dispensado.
Terak saiu deixando o Capitão observando o holograma.
****
Comandante Soer chamaram pelo rádio retorne a Invictor e apresentese ao General Gala.
Até que enfim!
25 minutos depois, Soer encarava o General.
Soer, quando partirmos, você ficará vigiando a nave até que chegue um Interditor. Ao que
tudo indica esta nave tem uma tecnologia que interessa ao Império e está, por algum motivo
desabilitada. Suas ordens são para desabilitar a nave caso ela faça algum movimento. Terá um
esquadrão de Assalt Gunboard para isso. É tudo. Descanse agora.
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Sim senhor respondeu sem nenhuma satisfação.
Foi aos seus aposentos, jogou o seu capacete na cama e socou a parede. Ninguém sabia o
objetivo da missão, muito menos quanto tempo duraria. O aparecimento desta nave não podia ter
sido em pior hora! Ele tinha pressa em voltar a capital do Império. Tinha que se vingar daquela
escrava que ousou desafialo e fugir com os rebeldes.
Soer era filho de nobres do planeta Duran, acostumado a ter tudo o que quisesse desde a
infância, era mimado e extremamente prepotente. Mas era inteligente e habilidoso também.
Decidiu servir no Império, em parte para se sentir poderoso, podendo exigir e oprimir qualquer um
que fosse seu subalterno, e em parte porque gostava de ser militar. A forma de agir do Império não
era diferente da dele, todos são tolos, precisam ser comandados, a força se preciso.
Mas aquela escrava ele nunca se referiu a ela pelo nome, objetos não precisam ter nome
conseguiu escapar dele. Tinhaa recebido como parte do pagamento de uma divida do pai dela.
Uma linda mulher de cabelos negros.
Ela era sua propriedade, assim como os muitos servos na casa de seus pais, portanto poderia
fazer com ela o que quisesse. E por anos o fez. Mas, um dia, ao chegar em casa, ela o atacara e
fugira! Soubera depois que tinha sido resgatada por rebeldes, e que agora era uma de suas
Comandantes.
Jurou encontrala, acorrentala e dála como brinquedo a Jabba, não sem antes darlhe o
prêmio por sua ousadia. E iria fazelo, assim que tivesse oportunidade. Era rico, havia contratado
caçadores para localizala e capturala. Mas queria assistir a tudo. Por isso queria voltar a capital.
Eles a tinham localizado e apenas aguardavam que ele estivesse disponível para efetuar a
captura. Foi quando foi escalado para essa missão.
Soer era prepotente, mas não tolo. Sabia as conseqüências se desertasse. Assim aceitou a
missão, com a promessa de ter um mês de folga para resolver seus "assuntos pessoais". Ordenou
aos caçadores para não perdela de vista até que retornasse. Pagou o dobro para isso.
Deitouse na cama e dormiu. Programou o computador para despertálo no horário.
Capítulo 4
A Comandante Lauriel chegou ao hangar 15 minutos antes da hora marcada para sair, como
era de costume. Andou lentamente, observando as equipes fazendo o seu eterno trabalho de
recuperar os caças rebeldes, que, quando retornavam isso se retornavam de uma batalha,
sempre necessitavam de reparos. Sentiu o cheiro de solda no ar, de metal derretido, resíduos de
plasma saídos de motores íons em reparos. Sentiase em casa.
“Olha só isso!"
“ Mais dois milímetros e acertavam o traseiro do piloto"
Os comentários sobre as avarias eram sempre jocosos...
Chegou defronte de sua nave, um awing do grupo vermelho, o rapaz da manutenção estava
checando os sistemas.
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Comandante disse quando a viu seu pássaro está pronto.
Obrigada respondeu cordialmente.
Lauriel pôs o capacete e testou o sinal. Subiu ao cockpid e sentouse. Gostava de fazer as
verificações finais pessoalmente, e todos na nave Liberdade sabiam disso.
Escudos, turbolasers, mísseis de concussão avançados, hiperdrive, assento ejetor, leme...
Mentalmente fazia um "check" em cada sistema que poderia precisar durante a missão. Teria mais
um awing como acompanhante e três ywings para dar cobertura em caso de necessidade.
Olhou para o painel e viu o resumo da missão:
"Duas horas atrás, em patrulha de reconhecimento, o esquadrão amarelo localizou uma nave
desconhecida a cinco mil quilômetros de distância. A Liberdade não poderá ir em sua direção, pois,
se o fizer, ficara a 6 horas de qualquer janela para o hiperespaço possível, e temos que estar na
base de Tundra em dois dias, para integrar a frota de ataque."
"O Comando rebelde interceptou transmissões do Império e descobriu que outra nave com
design similar fora localizada por eles. Assim como esta. Aparenta estar desabilitada e não
responde a nenhuma transmissão."
"Sabemos, pelas transmissões, que as naves não pertencem ao Império, e são totalmente
estrangeiras. O Imperador pessoalmente ordenou que a nave por eles localizada fosse capturada e
sua tecnologia analisada. Não podemos deixar que eles tenham mais essa vantagem sobre nós."
"Dois awing e três ywing serão enviados para observar a nave. Enviaremos a nave Exceler
com material de pesquisa. Ela deverá chegar doze minutos após vocês estarem na área."
"Não devem, em hipótese alguma, provocar quem quer que esteja a bordo da nave
desconhecida, porém, se ela tentar escapar, devem imobilizala. A Exceler está sendo equipada
com computadores avançados para traduzir a linguagem dos alienígenas. Tentaremos estabelecer
contato e negociar um acordo de trabalho conjunto. Eles devem estar com problemas, só isso
justificaria essa estranha imobilização. Ofereceremos ajuda em troca de conhecimento."
Novamente, Lauriel se questionou sobre o porque de ter sido escolhida para liderar a missão.
Era uma guerreira, não diplomata! Se a tecnologia deles for realmente superior, qualquer erro na
comunicação poderá fazelos atacar.
Pensou como seria estar no lugar deles. Olhar pela escotilha e ver cinco naves desconhecidas
rodeandoa, e, alguns minutos depois, uma nave tão grande quanto a sua, saindo do hiperespaço.
Maneou a cabeça. Teria atacado se fosse com ela. Maldita guerra!.
“Comandante Lauriel?"
Sim? respondeu ao chamado do General Karakyr.
“Está liberada para partir, que a Força os acompanhe."
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Obrigada! ela não acreditava na Força, a única força que confiava, era a de uma arma.
Soou o sinal no hangar, pedindo que a área de decolagem fosse liberada. Sempre existe
correria nesse momento. Mecânicos, pilotos, droides, qualquer um que estivesse no caminho saia
correndo.
Fechou a carlinga e decolou, levantando os trens de pouso em seguida. Alguns segundos
depois, sua companheira posicionouse ao seu lado. A direita, um pouco abaixo, os ywings os
acompanhavam, mantendo a formação 4.
Silêncio no rádio. comandou.
Atrás deles, a nave Liberdade manobrava para entrar no Hiperespaço.
Dentro de 9 horas, chegariam na USS Starfleet.
****
Lisa abriu os olhos e viu o rosto com hematomas do Engenheiro Chefe Carlos. Sentia dores
no corpo e certa tontura.
Senhor? tentou se levantar, mas foi detida pela enfermeira.
Tenha calma, você levou uma pancada forte na cabeça.
Estamos vivos? Como saímos da distorção de dobra?
Destruímos o reator, como tinha ordenado. Os phasers de mão não funcionavam, por isso
teleportamos uma bomba de retardo para a cúpula externa do reator. Foi a salvação, logo em
seguida os transportes não foram mais capazes de focalizar nada.
E a tripulação? olhava novamente para os pacientes.
Até o momento, 34 baixas, incluindo o Almirante.
O QUE? A enfermeira não pode contela desta vez como?
Tenha calma! Antes de morrer, ele a promoveu a Capitã. Todos os oficiais honorários foram
efetivados em seus postos. Ele forneceume os códigos de liberação dos sistema gerenciadores
para que tenhamos o controle total da nave, se bem que temos que esperar até o computador
principal voltar a operar.
Promovida? Era muita coisa para assimilar. Nada na academia, nem na sua experiência
própria a preparara para uma situação como esta. Comandar uma nave inoperante, com
provavelmente toda a tripulação com ferimentos. "Apesar de ser humano, ele controla suas
Trek Wars – Roberto Kiss 29 www.scriptonauta.com.br
emoções quando a situação o exige" As palavras do Almirante lhe vieram a mente. Ela era a
Capitã em definitivo agora, e tinha a responsabilidade de resgatar a nave.
Qual a situação da nave?
Todos os sistemas principais inoperantes, 15% dos auxiliares também. Temos transportes,
suporte de vida e escudos, mas não temos energia para mantêlos.
E quanto ao reator?
Sintetizamos uma nova cúpula e a estamos instalando agora. Devemos acabar em 20
minutos. Teremos 80% de força em uma hora.
Lisa se levantou, apesar dos protestos da enfermeira.
Vocês precisam de vagas disse a ela Tenente, algum sinal da Thunderbold?
Não. Olhamos por todas as vigias disponíveis, e ninguém viu nenhum sinal deles.
Qual a prioridade que tinha montado para depois que o reator voltasse a funcionar?
Nenhuma ainda. Esperava que a senhora já estivesse desperta.
Então ponha o pessoal disponível para consertar as comunicações externas. Precisamos
saber se a Thunderbold sobreviveu. Me dê um relatório dos danos e os tempos estimados para
reparos.
Terei em meia hora.
Ótimo! A propósito, quanto tempo fiquei desacordada?
Doze horas, Capitã.
Obrigada. Volte ao seu serviço.
Sim senhora.
Bom, finalmente o primeiro comando por conta própria!
Enfermeira, peça ao doutor para compilar a situação do pessoal, preciso saber quantos
tripulantes estarão afastados, e por quanto tempo.
Sim, Capitã.
Tudo o que faltava era recuperar as centenas de chips isolineares danificados. Em duas horas
teriam visão externa, em cinco o leme, quase que ao mesmo tempo em que teriam os sensores de
curto alcance. Os de longo alcance só seriam recuperados em vinte horas. O computador principal
já estava parcialmente recuperado. Carlos forneceu os códigos e os sistemas gerenciadores os
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que ainda funcionavam se desligaram. Os sintetizadores médicos eram prioridade no momento.
As comunicações estavam semi operacionais Doller juntara alguns chips de sistemas auxiliares,
misturara com outros de sintetizadores e conseguiu achar um "atalho" para desviar do sistema
danificado porém não conseguiram até o momento 19 horas depois do incidente contato com a
Thunderbold.
No entanto captaram muitas outras transmissões, incompreensíveis. O Tradutor universal era a
última coisa na agenda, Lisa o pôs logo depois dos sintetizadores. Aquelas transmissões a
lembrou que ninguém sabia aonde estavam ultrapassaram a dobra 10 mas que não era território
deserto. Além disso, dos 412 cadetes que estavam na nave, apenas 104 estavam em condições
satisfatórias para efetuar os reparos. Teriam de esperar dois dias para terem mais 200.
Tenente Carlos chamou pelo comunicador Como estão as armas e os sensores?
Já temos os torpedos fotônicos, os phasers vão demorar mais, apesar de termos energia.
Quanto aos sensores, podemos ativalos em cerca de 40 minutos, muitos dos tripulantes que
deviam ficar descansando estão ajudando.
Lisa preferiu não pensar no que o doutor iria dizer se soubesse.
A propósito Capitã, o tenente Doller pediu para que quando possível você o encontrasse no
observatório.
Entendido.
Doller tinha se encarregado de determinar a posição em que se encontravam depois de ativar
as comunicações.
*****
Lauriel estava pensativa. Ainda faltavam duasoras para alcançar a nave, mas nos últimos 20
minutos estava captando transmissões. Transmissões vindas da nave. Talvez estivessem em
código, talvez não, mas era diferente de tudo o que já tinha captado antes. Parecia que era
enviada pelo subespaço, mas seu equipamento não tinha capacidade para confirmar isso. Seja
como for, não conseguiu entendela, se era em código não era muito sofisticado. Mas era mais que
o suficiente para ser uma língua desconhecida.
Um movimento ao seu lado lhe chamou a atenção. Era Ígnea, sua acompanhante. Ela
gesticulava apontando para o rádio, e Lauriel indicou era para permanecer o silencio que ordenara.
De repente, Ígnea gesticulou, indicando algo a sua esquerda.
Lauriel se virou, e viu o Comandante Bernard mostrando uma pasta, onde se lia "não
deveríamos avisar ao comando que a nave está transmitindo?" Ela pegou sua pasta e escreveu
"Se eles podem transmitir, também podem captar" e mostrou para ele. Ele fez um sinal afirmativo e
voltou para a formação.
Nada podiam fazer agora a não ser seguir em frente!
Sim Doller? O que você quer que não podia ser dito pelo comunicador?
Doller se virou para ela, estava com um binóculo de alta potência nas mãos.
Trek Wars – Roberto Kiss 31 www.scriptonauta.com.br
Capitã ele parecia extremamente preocupado olhe na posição 3322
Lisa pegou o binóculo e através da grande janela olhou para a posição indicada. Viu cinco
pequenas naves vindo em direção a Starfleet.
Enquanto analisava os registros de nossa viagem, notei algumas estrelas se movendo disse
Doller, enquanto ela ainda observava Devem nos alcançar em menos de duas horas.
Lisa devolveu o binóculo e ficou pensativa. Olhava para as estrelas fixamente.
Capitã? Chamou Doller.
Engenharia disse Lisa pelo comunicador quero todos trabalhando em sensores, leme,
armas , visão externa e o tradutor universal. Quero eles funcionando em 90 minutos!
Lisa olhou para Doller.
Bom, parece que chegou o batismo de fogo comentou com um sorriso amarelo vamos
para a ponte.
"Diário de Bordo, Data estelar desconhecida: A Starfleet e a Thunderbold entraram em uma
dobra impossível devido a um problema ainda desconhecido nos motores de dobra de ambas as
naves. Mais de 80% da tripulação sofreu ferimentos devido ao forte aceleração a que fomos
submetidos. Tivemos até o momento 35 baixas, incluindo o Almirante Stolh. Não temos contato
com a Thunderbold desde o incidente, estamos em um setor não mapeado, com vários reparos
para serem executados nos sistemas da nave e detectamos naves desconhecidas se aproximando
em velocidade subluz. A fuga é impossível, pois não temos como manobrar em velocidade de
dobra. Uma vez que ainda não temos como nos comunicarmos com os alienígenas, estamos nos
preparando para um possível confronto."
"Meu primeiro registro sendo realmente a Capitã! Espero que não seja o último." Pensou lisa
enquanto observava a tela com as naves se aproximando. Doller estava no posto de navegador, a
Alferes Diana no comando das armas, o Alferes Lamark no painel de comunicações, Mateus no
console do oficial de ciências, e Lisa em seu posto de Capitã. Não havia ninguém como suplente,
na verdade não havia pessoal disponível.”
Senhor Doller, situação de navegação.
Leme respondendo, motores de impulso também.
Alferes Diana?
Torpedos fotônicos operacionais, trava de armas também, dois bancos phasers ainda
inoperantes. Ainda não temos tático, sensores de longo alcance e mapeamento do setor.
Mate us, o que temos sobre aquelas naves?
Naves de 10 metros com escudos?
Muito bem. Doller, toda força de impulso a frente. Vamos nos afastar.
Sim Capitã.
Lauriel observou atônita quando a nave começou a se mover, fugindo deles. Eram
incrivelmente rápidos!
Atenção todos! Lauriel quebrou o silencio do rádio a nave estrangeira está fugindo de nós!
Bernard! Sabe o que fazer, desabilite aquela nave.
Entendido, esquadrão amarelo, armar os torpedos próton, abaixem os escudos da nave.
Capitã! informou Mateus as naves aumentaram a velocidade e estão se aproximando!
Tempo estimado olhou para as leituras dez minutos.
Mateus, temos como disparar os phasers apenas o suficiente para abaixar os escudos deles?
Creio que sim Capitã, mas eles têm que estar mais próximos para que eu tenha uma leitura
precisa do nível necessário, senão os vaporizaremos.
Me avise quando for possível. Alferes Diana, travar os phasers nas naves.
Sim. Capitã!
Capitã! disse Diana em seguida uma nave está saindo de velocidade de dobra na nossa
frente.
Lindo! Pensou Lisa.
A nave tem cerca de 400 metros de comprimento Capitã acrescentou Matias.
Análise!
Um momento Matias usava freneticamente o seu painel A nave tem vários canhões
disruptores idênticos aos das naves menores, porém com um pouco mais de potência. Estou
identificando outras naves pequenas dentro dela Matias se virou para Lisa Capitã, algumas são
iguais as que estão nos perseguindo.
Estão bloqueando o nosso caminho Capitã, e as outras naves estão muito próximas para nos
desviarmos informou Doller.
Parada total. Matias, que danos as armas deles podem nos fazer?
Nossos escudos podem resistir a elas. Mas tudo irá depender da intensidade do ataque.
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Nesse caso, vamos esperar. O próximo passo será deles.
Bernard! chamou Lauriel Eles pararam, cancele o ataque. Vamos circular ao redor deles.
Entendido.
A bordo da Exceler, o General Sornim ponderava sobre a situação. Estavam a 150 metros de
distância de uma nave desconhecida que podia se mover quase tão rápido quanto um ywing.
Análise da nave solicitou.
A nave possui escudos poderosos, não identificamos canhões ou armas externas, pelo
menos nada que se pareça com os nossos. Parece possuir dois lançadores na base da coluna
dorsal que une o disco ao corpo. Se forem mesmo lançadores, seus mísseis devem ser
devastadores para nós.
O General estremeceu. Ao saírem do hiperespaço cortaram o caminho deles, dando a
impressão de emboscada. O pior era que estavam bem em frente aos supostos lançadores.
Captamos anti matéria na nave, e uma incrível energia! Comparável a dos geradores do
Executor. Existem 6 pares de dispositivos no disco da nave que poderiam ser disparadores de
algum tipo, em pelo menos 4 deles existe uma fonte de energia ativa.
E quanto as ele não sabia como chamar aquilo coisas também ligadas ao corpo da nave?
Não sei dizer senhor, exceto que, no momento, parecem estar inativos.
Sornim ficou olhando para o monitor, pensando em como proceder.
Comandante Lauriel chamou alguma informação para nós?
Sim General, captamos transmissões vindas da nave, creio que podemos nos comunicar com
eles.
Muito bem, tentaremos entrar em contato, espero que nossos tradutores funcionem.
Capitã disse Matias a nave maior está transmitindo um sinal em varias freqüências ao
mesmo tempo. É possível que estejam tentando se comunicar, mas não temos como traduzir a
mensagem.
Talvez eles tenham, abra todos os canais.
Pronto Capitã!
Aqui é a Capitã Donner da USS Starfleet, da Federação dos Planetas Unidos, não temos
intenções hostis. Estamos nesta área por acidente, se invadimos seu território, não foi intencional.
Se podem nos compreender, respondam por favor.
"....Federação .... Unidos ..... Hostis ..... acidente.... território .... intencional ... favor."
A língua deles é muito diferente, mas tem pontos em comum com a nossa. Se mandarem
mais palavras, poderemos traduzir com certeza.
Retransmita o que pudemos traduzir.
Sim Senhor.
Capitã, estão retransmitindo parte do seu comunicado, parece que não o entenderam
completamente.
Nesse caso, transmita imagens e palavras correspondentes. Vamos torcer para que possam
entender.
Com o computador principal operando em 43% não vai ser muito rápido comentou Matias.
Bom, não temos mais o que fazer, e quando acabar a transmissão, estaremos totalmente
operacionais, incluindo o nosso tradutor. Transmita em código cifrado uma mensagem relatando a
nossa situação para a Thunderbold e repita essa mensagem até segunda ordem.
Entendido Capitã. A transmissão demorará... 4 horas.
Lisa se lembrou do treinamento para contato com raças alienígenas, sobre a dificuldade de se
comunicar com eles no caso do tradutor universal estar inoperante ou a linguagem não ser em
forma fonética. Se retornasse para casa, teria coisas novas para ensinar.
Capítulo 5
"Diário de Bordo, data estelar 3325.3, devido a um acidente ainda sem explicação satisfatória,
ultrapassamos a dobra máxima e agora nos encontramos em território totalmente desconhecido.
Temos apenas 40% de pessoal disponível para fazer os vários reparos necessários em nossos
sistemas, os quais necessitamos para determinar nossa posição, localizar a USS Starfleet e
encontrar uma forma de voltarmos ao espaço da federação. Agravando ainda mais a nossa
situação, a equipe de manutenção enviada para reparar os sensores de curto alcance do lado
externo da nave, localizou uma nave desconhecida mantendo posição a cerca de três quilômetros
de distância. Posso no momento apenas supor que invadimos o espaço de alguma raça alienígena
e que esta nave foi enviada para nos observar."
O mais demorado seriam os sensores e as comunicações, isso porque estes equipamentos,
além de terem os sistemas de controle danificados, também foram danificados externamente por
estilhaços. Estilhaços estes identificados como sendo da Starfleet, mais precisamente da cúpula do
reator.
Tente o circuito a4 novamente pediu o chefe da equipe que estava reparando os sensores
do lado de fora a Tirvik.
Agora está funcionando respondeu já podemos localizar a nave alienígena.
O que pode obter sobre ela? perguntou Jevlack se aproximando.
Terak foi até o seu console e iniciou algumas leituras.
Apenas a distância e dimensão. Está a três mil e duzentos e 9 metros de nós e tem
novecentos e quatro metros de comprimento. Capitão! Existem dezenove naves menores
circundando a Thunderbold.
Como? Na tela!
Na tela viase uma estranha configuração de nave. Era uma esfera onde devia estar o piloto
ligada a dois painéis hexagonais.
Todas as naves localizadas são variações desta completou Terak.
A tela foi dividida em três. Uma outra nave tinha dois cilindros ligados a painéis similares as da
primeira. A terceira nave tinha como diferença significativa apenas os painéis, em forma de pinça.
Nossas armas?
Todas operacionais agora respondeu o Alferes Thompson.
Circuito a8 solicitou agora o chefe de manutenção.
Testando. Operacional. Fontes de energia. respondeu Tirvik olhando para o Capitão.
Terak?
Um momento senhor.
Jevlack ordenara que os sensores fossem restaurados para poderem determinar o verdadeiro
perigo que estavam enfrentando. Para isso precisavam de, no mínimo, calculo de distâncias,
identificação espectrográfica de energia e análise de ressonância induzida.
Não me parece ser uma boa estratégia comentou Tirvik.
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Creio que a causa seja a radiação gerada por estes reatores. Se estivessem no interior da
nave, matariam todos os tripulantes. Aparentemente eles ainda não descobriram os campos de
contenção. Existem centenas de armas parecidas com disruptores ao longo do casco, inferior e
superior. Dois deles em especial são muito grandes. Todos estão energizados.
Não estou surpreso disse Jevlack continue.
As pequenas naves parecem ter como fonte de energia um reator de íon. Tem 10 metros de
comprimento e parecem ser demasiado frágeis. No entanto, também possuem disruptores e são
mais poderosos que nossos phasers de mão. Em uma analogia, diria que seriam caças protegendo
um porta aviões.
Capitão chamou Thompson estou captando uma outra nave com o mesmo formato
triangular desta se aproximando em dobra 3. Deve chegar em 40 minutos.
Os sensores de longo alcance foram deixados de lado, ainda podiam ver apenas 10% da
capacidade total. Um risco calculado.
Muito bem, quando poderemos falar com eles?
Em mais 30 minutos senhor respondeu Tirvik.
Capitão, as naves pequenas estão indo embora, retornando para a nave maior. Estou
captando outras naves de um tipo diferente sendo lançadas. Parecem possuir lançadores de
mísseis.
Jevlack nada disse, apenas observava na tela as naves partirem.
Estão se movimentando... entraram em velocidade de dobra. Foram embora disse Tirvik,
incrédula deixaram doze naves e partiram.
Estas naves possuem escudos Disse Terak.
Quando as comunicações estiverem operacionais, retire o nosso pessoal lá de fora. E
estejam prontos para partirem em dobra máxima.
O leme ainda não está operacional em velocidade de dobra. informou Tirvik, que
temporariamente estava assumindo o posto de Oshiro.
Engenharia! chamou o Capitão pelo comunicador.
****
Soer viu a Invictor partir e deixalos para enfrentar a estranha nave. Tudo o que sabiam sobre
ela era que tinha escudos poderosos, possivelmente dois lançadores e 22 dispositivos que deviam
disparar algo parecido com os seus turbolasers. Suas ordens eram claras, deter a nave até que o
Interditor Cabriam chegasse. Tinham 40 minutos para isso. A missão da Invictor devia ser de
extrema urgência, pois não podiam se atrasar nem um pouco.
Pela análise tática, se a nave tentasse fugir, teriam 15 minutos para detela antes que alcança
se a janela para o hiperespaço mais próxima. Claro! Isto se a nave fosse um destróier estelar. Mas
não era. E se ela fosse mais rápida? Impossível responderam os técnicos seus motores não
podem gerar tanta potência assim.
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Todos os caças, armar torpedos pesados!
Abaixar os escudos da nave para facilitar a captura, eram as ordens. Como seus escudos
eram similares a da Invictor, apesar da diferença de tamanho, oito torpedos pesados deveriam
fazer isso. Depois era disparar os canhões íons para garantir que ficassem inertes.
Conforme foi planejado, Alphas 1 a 8, disparem os torpedos, o restante siga atrás para
desabilitar a nave.
Capitão! As naves estão se aproximando velozmente, parecem estar em formação de ataque!
Aguarde senhor Thompson, vamos ver.
CAPITÃO! Disse Terak creio que estão travando seus mísseis em nós.
Jevlack semicerrou os olhos.
Qual a capacidade destes mísseis?
Ainda não tenho como precisar.
ALERTA VERMELHO! Sala de transportes, traga a equipe de manutenção para bordo
imediatamente. Tirvik, força máxima de impulso. Vamos fugir deles.
Sim senhor.
Anderson! Precisamos manobrar em dobra, AGORA!
Preciso de vinte minutos senhor.
Não temos esse tempo! Ponha todos para trabalhar nisso!
Impossível! Temos que seguir as etapas. Não adianta arrumar nove mulheres que não se terá
um bebê em um mês!
Então faça um aborto!
Teremos manobras horizontais em cinco minutos.
Ótimo! Avise quando pronto.
Soer não acreditou quando viu a velocidade que a nave podia chegar! Quinze minutos???
Bastavam dois!!!!! Mandou a esquadra desviar energia dos escudos para os motores, os torpedos
tinham que ser disparados próximos a nave, pois sua capacidade de manobra era muito baixa.
Elas aumentaram a velocidade Informou Thompson.
Manter curso.
Sim Capitão.
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Jevlack observava na tela as naves se aproximarem. Quinhentos metros, quatrocentos,
trezentos...
Estão disparando mísseis! Informou Thompson.
Evasiva!
A Thunderbold virou a bombordo, os mísseis a seguiram, diminuindo a velocidade para manter
o alvo na mira.
Senhor Thompson, travar phasers nos mísseis e dispare quando pronto!
Entendido senhor.
Soer viu a nave moverse como um TieBomber, agora sabia porque o Império a queria. O que
aconteceu em seguida o impressionou mais que tudo. Vários feixes de energia foram disparados
por aqueles dispositivos até então desconhecidos da nave, destruindo os mísseis
instantaneamente. Parecia um tipo de laser, porém de poder inconcebível.
Se a nave parecer poderosa demais, deve ser destruída, analisaremos os destroços.
Todas as naves, destruam a nave inimiga.
Soer não acreditava que pudessem fazelo, mas poderiam deixala ocupada o bastante até o
Interditor chegar.
Mais 26 torpedos pesados foram disparados, e destruídos oito segundos depois, da mesma
forma que antes. Era hora de ir para o mano a mano. Soer mudou o comando de armas para
canhões laser e atacou a nave, sabendo que se ela disparasse, nem teria tempo de ver isso.
Estão nos atacando com os disruptores senhor.
Nossos escudos?
Não estão atacando com intensidade suficiente para enfraquecelos a ponto de caírem.
Apesar de poderosos, os disparos dissipamse rapidamente. Mas, se atacarem todos em um
mesmo ponto, teremos problemas.
Anderson! E quanto a esse leme?
Ainda tenho três minutos senhor.
Muito bem. Terak, pode determinar o quanto seria necessário para abaixar os escudos deles?
Sem problema senhor.
Hora de fugir dos padrões de novo. Alferes Thompson, trave os phasers nas naves e regule
para a intensidade que Terak lhe indicar, sala de transporte, vou dar mais uma vez uma ordem
doida...
Soer não podia entender. Por mais que disparassem, os escudos não baixavam. A única
explicação era que assim como a nave dele, eles podiam reerguer os escudos. Também achava
Trek Wars – Roberto Kiss 39 www.scriptonauta.com.br
estranho até agora não terem recebido nenhum contra ataque. Era como se não quisessem lutar.
Seja como for, já haviam demonstrado que doze Assalt Gunboad não podiam fazer nada contra
eles. Era hora de avisar ao General Mejev.
Tudo ficou vermelho de repente! Soer sentiu um forte impacto, alguns alarmes soaram.
Quando viu o seu painel, notou que seus escudos se foram, tanto frontais como traseiros. Pelo
rádio, ouviu que as outras naves estavam na mesma situação. Não conseguiu entender muito bem,
mas percebeu que estava com problemas, decidiu se afastar até recuperar os escudos. Ia ordenar
aos outros a fazerem os mesmo, quando, desta vez, tudo ficou estranho. Por alguns instantes,
pareceu que as estrelas cintilaram, e depois mudaram de lugar.
Comandante Soer chamaram pelo rádio olhe no seu painel e me diga se fiquei louco.
Soer olhou e praticamente ficou em choque. Estavam agora a mil e setecentos quilômetros de
distância da nave alienígena.
Não respondeu após alguns momentos você não está louco. De alguma forma, eles nos
chutaram para bem longe.
Realmente, eles não queriam lutar. Soer agradeceu aos seus deuses por isso.
Alferes Lilandra, operou perfeitamente os transporte. Todas as naves ao mesmo tempo.
Obrigada Capitão!
Engenheiro Anderson, conseguimos mais tempo para vocês.
Agradeço senhor. Podemos aproveitar e terminar as comunicações?
Sim, vocês tem... olhou para Terak.
A nave chegará em 33 minutos.
... 33 minutos para isso.
Estará pronto em 10!
"Parece que ele entrou no clima agora" pensou Jevlack.
Capítulo 6
"Diário de Bordo, data estelar desconhecida. Estamos ainda em nossas tentativas de contato
com a nave que bloqueou o nosso caminho. Agora, com o nosso tradutor universal operando,
talvez possamos finalmente efetualo. Nossa situação ainda é de risco, mas temos uma esperança
de resolvela diplomaticamente."
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Muito bem, abrir freqüências de saudação.
Freqüências abertas Capitã informou Diana.
Aqui é a Capitã Donner da USS Starfleet, nave da federação dos Planetas Unidos. Se podem
nos entender, por favor, respondam.
O tradutor foi alimentado com todas as transmissões captadas, pelo menos vinte línguas
diferentes puderam ser traduzidas. Agora tinham que conseguir contato.
Aqui é o General Sornim da nave da Aliança Rebelde Exceler. Oferecemos nossas
saudações.
Lisa notou que seus subordinados suspiraram de alívio. Mas ela percebeu algo que a
incomodou. Aliança Rebelde. Teriam os tradutores errado?
Agradecemos sua saudação e oferecemos a nossa. Quero aproveitar para dizer que estamos
aqui por acidente, e, se foi o caso, não pretendíamos invadir o seu território.
Este território não é nosso. Talvez seja mais prático conversarmos frente a frente. Podemos
nos encontrar em shuttles.
Não creio que nossos shuttles tenham forma de acoplamento compatível com os seus.
Ofereço minha nave. Podem trazer uma escolta se preferirem.
Houve um momento de silêncio, que Lisa aproveitou para considerar as informações obtidas.
Não era território deles, mas tinham interesse na nave estranha. A ponto de se arriscarem a um
combate para isso. E ainda havia o fato de se chamarem de rebeldes. Fez sinal para Matias cortar
o áudio.
Diana, uma análise lógica, por favor.
Eles sem dúvida alguma tem interesse em nós. Talvez em nossa tecnologia. Sugiro informa
los de nossa primeira diretriz e não dar muito mais informações do que já possuem sobre nossas
capacidades.
Lisa ponderou um pouco sobre a sugestão.
Matias, abra a áudio.
O sinal indicou o canal aberto. Houve mais um pouco de silêncio.
Perdoemme pela demora, estava com dificuldades para convencer meus conselheiros de
que a ida a sua nave seria uma prova de confiança de nossa parte. Vocês concordariam com uma
escolta armada de seis guardas?
Sim. Plenamente.
Então partiremos imediatamente.
Aguardarei o senhor com meus oficiais no nosso hangar.
Trek Wars – Roberto Kiss 41 www.scriptonauta.com.br
Entendido. Exceler desliga.
Matias, fique no comando, e ache alguém para ocupar estes postos vagos. Conduzirei o
General ao observatório. O resto, sigamme até o hangar.
Sornim seguiu com sua escolta até a entrada do shuttle. Deu as ultimas instruções ao tenente
Rinander que comandaria a nave enquanto estivesse fora. Manter a Starfleet sob mira, e destruíla
em caso de movimento hostil.
6.220 minutos depois, a comporta da Starfleet se abria, permitindo que as naves pudessem
pousar. Não havia muito espaço. Todos acharam estranho uma nave daquele porte não possuir
uma grande área para caças, na verdade, haviam apenas shuttles no hangar. Definitivamente, não
era uma nave de guerra, o que significava que o Império, com certeza, deveria ter capturado a
nave que localizaram.
Sornim ficou surpreso ao ver que eram humanos, bem, pelo menos a maioria. Estes sem
dúvida nunca tinham visto uma criatura como ele. Só mais tarde eles diriam que se parecia com
um peixe seja lá o que isso fosse.
General Sornim disse uma das fêmeas humanas sou a Capitã Lisa Donner, bem vindo a
bordo da USS Starfleet.
Obrigado respondeu é uma honra ser o primeiro de minha raça a conhecelos. Por favor
ele dirigiuse a sua escolta não fiquem com as mãos em cima das armas. Isso cria um ambiente
muito tenso.
Seus guardas relutantemente puseram as mãos longe das armas.
Se quiserem me seguir disse a Capitã temos um aposento adequado para nossas
conversações.
Creio que dois de meus guardas irão querer ficar aqui para vigiar as naves.
Compreendo disse a Capitã mas o senhor deve entender que terei de deixar sentinelas
aqui também.
Ficaria surpreso se não deixasse respondeu cordialmente.
Ígnea e Nalo ficaram no hangar, ao lado do shuttle do General, a distancia, ficaram dois
seguranças da Starfleet.
Sornim começou a estranhar os tripulantes da Starfleet. Todos muito jovens. Mesmo a Capitã.
Era como se fosse uma nave só de cadetes.
Trek Wars – Roberto Kiss 42 www.scriptonauta.com.br
Entraram em um equipamento que a Capitã indicou sendo um turboelevador, que usavam para
se movimentar pela nave. Muito prático. Moviase lateralmente e horizontalmente, ao contrário dos
equivalentes da Exceler. Não cabiam todos de uma vez, assim foram divididos em dois grupos.
Chegaram o local indicado pela Capitã. Havia quatro grandes janelas no fundo do aposento, e,
próximo ao centro, uma grande mesa. Estranho, não parecia haver nada naquelas janelas que
impedisse que o vácuo do espaço os sugasse para fora. Sentaramse a mesa e logo em seguida, o
resto da escolta do General chegou. Os quatro se posicionaram nos quatro pontos da sala. Na
mesa estavam ele, a Capitã, o Oficial de ciências Doller, e a chefe de segurança Diana. Uma
vulcana, disse a Capitã quando notou a curiosidade do General sobre suas características
peculiares.
Creio que podemos conversar começou a Capitã General, serei franca e direta. Disse que
não invadimos o seu espaço. Mas a forma como agiram poderia ter causado um confronto
desnecessário. O acidente que mencionei tinha cortado nossas comunicações.
Entendo perfeitamente, mas não tínhamos muita escolha. Diga, outra nave veio com vocês?
Com as mesmas características?
A Capitã olhou para Doller, antes de responder.
Sim, a USS Thunderbold. Vocês a localizaram também?
O Império a localizou. Bom ele respirou fundo creio que terei que explicar a nossa história,
para que entendam o porque de agirmos desta forma.
Soer desceu de sua nave, e viu o General Mejev o encarando. Ele queria informações, e Soer
não sabia como fornecelas. Foi em sua direção.
General começou.
Analisaremos primeiro os seus registros. Reunase comigo na sala de treinamento em vinte
minutos.
Sim senhor disse fazendo continência.
Soer foi ao aposento que lhe foi designado, para tomar um banho rápido.
Lauriel estava ao lado das janelas do aposento, estava curiosa. Podia ver alguns xwing e a
wing patrulhando a distância. Não parecia haver vidro ou qualquer outro material translúcido.
Tentou por a mão através da janela e se surpreendeu ao ouvir um som alto, e surgir uma espécie
de ondulação no local que tocara, como se tivesse jogado pedras em um lago. Rapidamente notou
que sua ação interrompera a conversa do General.
Desculpemme disse.
É um campo de força disse a Capitã nós usamos esta sala também como observatório, e
qualquer material translúcido poderia causar reflexos indesejáveis.
Lauriel maneou a cabeça, concordando. Voltou a olhar as estrelas, tentando não prestar
atenção ao que o General dizia. Sobre como tudo o que a galáxia tinha conhecido tinha sido
guerras e guerras, até que surgiu um Império para tentar impor a paz. Uma paz militar.
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Preferiu concentrarse na Starfleet. Desde que chegara, no hangar, corredores, turboseilao
quê, TUDO era impecável. Tudo limpo, sem sinal de poeira de qualquer espécie. Parecia uma nave
hospital. Isso exigia uma grande disciplina. Disciplina militar.
Sentiase mal! Estava suada, fedendo e com o cabelo horrível. Tinha pilotado sua nave por
quase sete horas. Sentiuse envergonhada ao ver a limpeza da nave.
Continuando, os postos da tripulação: Capitã, Oficial de ciências, Alferes. Eram títulos
militares. Mas não havia caças no hangar, apenas 4 shuttles. Não havia turbolasers ou qualquer
coisa similar no casco externo da nave. Nenhuma comporta localizada em que as armas pudessem
estar ocultas. Apenas dois lançadores de algum tipo e dispositivos que poderiam ser armas, ou
simplesmente sensores. Baseado no que conhecia, Não se encaixava. Uma nave civil povoada por
militares? Não! Podia ser uma nave de exploração, mas era militar, devia Ter armas, e poderosas.
Tinham detectado uma fonte de energia com um poder tão grande como os dos reatores do
Executor.
"Os Jedis foram exterminados por Darth Vader, que se tornou o maior Comandante do Império,
abaixo apenas do imperador. Dominado pelo lado negro da força, fez o Império progredir de forma
brutal, esmagando toda a resistência. Assim, a rebelião acabou sendo a única resposta possível.
Uma aliança das raças que não estavam dispostas a aceitar a paz escravizadora que estava sendo
imposta..."
A Capitã e os demais pareciam absortos pela conversa, mas ela já conhecia esta história.
Estava ajudando a fazela.
O Império! Uma nação poderosa que decidiu que a paz devia ser conquistada, e todos os que
se opusessem a forma como era feita eram conquistados ou extintos. Se havia algum conflito em
algum ponto da galáxia, a Império vinha intervir para acabar com o mesmo. E de uma forma
prática! Se a diplomacia falhasse (apenas em 99% dos casos) usavam a força. Conquistavam os
dois lados antagônicos e integravam estes governos ao dele.
Bela paz essa. Planetas que tinham abolido a escravidão voltavam a ter esse comércio,
mundos unificados eram fragmentados por insurreições internas. Todas devidamente esmagadas.
Claro que haviam os mundos que se aliavam a Império para obter vantagem. O seu foi um deles.
O General falava rapidamente. Lauriel discretamente pressionou o seu dispositivo de contato,
para que Ígnea reportasse se estava tudo bem. Luz verde acesa. Sim tudo bem.
Fácil demais, limpo demais, tranqüilo demais. Estaria ela tão acostumada a guerra que
momentos de paz diplomática eram desgastantes? Olhou para os seus companheiros. Todos
relaxados. Suspirou silenciosamente. Pôs as mãos para trás e encostouse na parede.
Provavelmente os anos em que fora escrava a deixaram desconfiada de tudo.
Comandante Soer, como estava no comando da operação, tem algo a acrescentar ou
perguntar? perguntou o General
Sim disse enquanto se levantava quinze minutos após sermos transportados, a nave
partiu. No entanto, não estava próxima a nenhuma janela para o hiperespaço. Inclusive, como
poderão ver nos registros de minha nave, ela fez uma curva para a direita. Como isso é possível?
O General olhou para o analista.
Mostre este registro ordenou. Estava obviamente irritado por essa informação não Ter sido
comentada.
Todos observaram as imagens holográficas. Claramente viase a nave avançar rapidamente,
como que partindo para o hiperespaço, e fazer uma curva para a direita.
E então? Perguntou o General, demonstrando impaciência.
Se ela pode manobrar no hiperespaço, não há como sabermos onde está agora.
Soer tomou a palavra mais uma vez.
Terine, se eles podem manobrar, devemos supor que também possam Ter sensores capazes
de detecção no subespaço, do contrário colidiriam com alguma estrela ou planeta.
Sim concordou o analista podemos supor isso.
Muito bem, farei o meu relatório ao Imperador. Todos dispensados.
Até que não foi difícil pensou Soer enquanto ia para os seus aposentos Ter um merecido
repouso.
Comandante Soer chamou o General tem uma mensagem para você no arquivo 3321
Obrigado senhor respondeu.
Foi a um terminal próximo e leu a mensagem. Eram dos caçadores. Informaram que sua antiga
escrava estava no setor 049, em uma missão para contato com uma nave estranha que surgira
por lá fazia quase 20 horas. Uma nave descrita como tendo um grande disco ligado a um cilindro.
Soer sorriu maldosamente. Outra nave, e a sua escrava no mesmo local. Podiam chegar lá em
seis horas, mas havia um posto do Império mais próximo, com um destróier estelar.
General! chamou acho que tenho uma noticia que irá lhe interessar...
Ígnea estava ficando com fome. Notou alguns tripulantes com feições similares as suas, que os
seguranças da Starfleet disseram ser orientais. Orientais? O fato de serem humanos, e terem
características tão similares as suas e ra assustador.
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Está com fome? perguntou um dos seguranças.
Balançou afirmativamente a cabeça. Se eram humanos, a comida deles não deveria fazer mal.
O segurança aproximouse de uma espécie de mesa, onde disse: Computador, suco de laranja.
Ígnea ficou impressionada, e seu parceiro Nalo também! Ali, do nada, materializouse um copo
com suco de laranja.
Quando ele foi entregue, notou que estava frio, e com o aroma de que tinha sido feito
recentemente. Ela não sabia o que era laranja, mas fora fazendeira por um bom tempo em seu
planeta natal, e podia reconhecer um suco de fruta feito na hora. Bebeu o líquido. Delicioso!
Tem mais? perguntou com um sorriso.
Claro, minha linda respondeu o segurança me chame de Tobias.
Meu nome é Ígnea.
Bonito comentou Tobias.
Nalo e o outro segurança trocaram olhares, e ambos pareciam concordar em dizer era só o
que faltava!
Como assim nós não vamos? Soer estava desconcertado.
Ordem direta do Imperador! disse o General A Giant já foi enviada, mas com certeza a
nave alienígena poderá fugir facilmente, assim como a última. O objetivo será capturar a nave
rebelde que está com eles, e absorver qualquer informação que tenham obtido.
Soer calouse. Não gostou a informação.
Instrua o seu espião a deter a nave rebelde. Se for bem sucedido, será regiamente
recompensado. Iremos partir imediatamente para integrar a frota de Darth Vader. Dispensado.
Soer afastouse pa ra dar a ordem. Quando estava na porta ouviu o General dizer:
Se sua antiga escrava for capturada, em honra aos seus serviços ao Império ela será
entregue aos seus cuidados.
Ele nada disse. Queria estar presente quando acontecesse, ver a surpresa em seus olhos.
Sentir o medo ou ódio que ela expressasse em primeira mão. Mas certos prazeres a vida não
concede.
Matias olhava as leituras do sensor de longo alcance que estava finalmente operacional. Sorriu
satisfeito.
Porth, assuma disse irei ao observatório.
Seguiu pelo turboelevador e parou em frente a porta automática, solicitando permissão para
entrar. Ao ouvir um "entre" da Capitã, entrou e disse baixinho em seu ouvido:
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Os sensores foram recuperados, captamos a Thunderbold, vindo em dobra máxima. Deverá
chegar em menos de 10 minutos. Mas também captamos uma outra nave, vindo da mesma direção
em que a Exceler surgiu. Esta tem o formato triangular e um quilômetro e meio de comprimento.
Notou que a Capitã ficou apreensiva com a notícia.
Algum problema? perguntou o General.
Matias olhou para ele. Parecia um humanóide com cabeça de peixe. Mas não demonstrou
nada.
Talvez. disse a Capitã Captamos a outra nave que veio conosco no mesmo acidente.
Chegará em dez minutos.
A surpresa do General era evidente. A guarda que estava ao lado da janela pegou uma
espécie de comunicador e falou por ele.
Exceler, aqui é a Comandante Lauriel, por que não fomos informados que uma nave está se
aproximando?
Não captamos nada nos sensores foi a resposta.
Nada? Ela chegará em dez minutos!
Repetindo, nada nos sensores e nem no visual. Se tiver dispositivos de camuflagem, também
deve poder ficar invisível. Entreolharamse
Creio que posso explicar disse Doller a nave está vindo em velocidade de dobra, acima da
velocidade da luz. Obviamente seus sensores não possuem esta capacidade.
Os visitantes ficaram emudecidos. Matias lembrouse do conselho de Diana. Agora eles
sabiam que a tecnologia a bordo da Starfleet era superior a deles. Pelo menos em sensores.
Há mais uma coisa, captamos outra nave se aproximando vindo da mesma direção que
vocês.
Outra nave? perguntou o General Não foi designada nenhuma outra nave para esta área.
Com licença? disse Matias se aproximando da mesa e acionando alguns comandos no
console pronto, esta é a nave.
Surgiu um holograma da nave em questão.
Um destróier Imperial! exclamou o General. Está vindo para cá?
Chegará em duas horas completou Matias.
Sim Capitã! disse Matias, Retirandose em seguida.
Mas ainda ouviu a Capitã falar antes de sair.
Bem General, contoume sua história, e posso compreender a situação de vocês, agora,
vocês devem compreender a nossa. E principalmente da nossa Diretriz Primeira...
A bordo da Exceler, uma figura furtiva saia da sala de controle do hiperdrive. Certificandose de
que ninguém o vira, pegou um comunicador imperial e informou que tudo estava pronto. Mesmo
que a nave estrangeira pudesse fugir, o Exceler não conseguiria.
Capítulo 7
A Thunderbold surgiu repentinamente, vindo de uma posição inesperada. Rinander ficou sem
ação ao ser informado. O General dissera a poucos instantes que uma nave parecida com a
Starfleet surgiria em breve. Deveria manter posição e não provocala. Mas não esperava que a
mesma surgisse do hiperespaço posicionandose tão próxima.
Era maior que a Starfleet, e tinha um desenho diferente. Mas o estilo era sem dúvida o mesmo.
Um grande disco ligado ao corpo. Motores atrás do disco e um hangar na cauda. Seu formato,
contudo era mais ameaçador. Possuía 24 dispositivos iguais as da Starfleet, e dois lançadores,
localizados também na dorsal que unia o disco ao corpo da nave. Os escudos eram mais
poderosos, praticamente os mesmos de um destróier estelar.
Distância da nave pediu.
80 metros foi a resposta.
Cercados por duas naves de poder desconhecido, com um destróier estelar a caminho e
distantes 30 minutos da janela mais próxima.
Deixe todos os caças de prontidão.
Sim senhor.
"Diário de Bordo, data estelar 3322.1, Seguimos o sinal captado da USS Starfleet, após o
reparo de nossas comunicações. Fomos informados pelo Primeiro Oficial Matias que a nave de
treinamento estará operacional em 5 horas, e que uma outra nave se aproxima em dobra 3.
Segundo informações prestadas pelo representante da aliança rebelde, essa nave pertence ao
mesmo povo que nos atacou há pouco tempo. Portanto, temos que encontrar uma forma de tirar a
Starfleet daqui, mesmo que seja necessário evacuar sua tripulação e destruir a nave, para evitar a
violação da primeira diretriz."
Matias, relatório, por favor pediu Jevlack.
Pela tela, Matias estava se sentindo pouco a vontade para falar.
Só precisamos do leme para manobrar a nave em dobra, mas, pelo que pude apurar quando
estava no observatório, esse povo só pode fazer detecções em subluz. Bastaria irmos para
qualquer lado que estaremos seguros.
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Vocês estão precisando de mais pessoal para os reparos?
Na verdade, precisamos de mais sintetizadores.
Nesse caso, engenheiro Anderson, apresentese a sala de transporte e vá para a Starfleet,
veja o que eles precisam e use os nossos sintetizadores para isso. Quero saber quanto tempo é
preciso para mover aquela nave.
Sim senhor.
Terak, acesse o computador da Starfleet e use os sensores deles em conjunto com os
nossos, para analisar essa nave, a Exceler. E analise também as que estão no hangar da Starfleet.
Entendido Capitão.
Sim senhor ele não pareceu muito contente.
Senhor Matias, informe a Capitã que estamos indo a bordo para participar das conversações.
Sim Capitão respondeu Matias Starfleet desliga.
Jevlack seguiu com Tirvik para a sala de transportes. A noticia da morte do Almirante o
incomodou muito, mas não era hora de considerar isso. Tinha uma nave cheia de cadetes que de
uma hora para outra se tornaram oficiais e tiveram que fazer um primeiro contato com um povo
desconhecido, sendo que estavam em guerra por libertação. Pela primeira diretriz, não poderiam
tomar nenhum partido, e deveriam que deixar a área o mais rápido possível, pois os dois lados
deviam estar procurando por qualquer vantagem possível. Nesse caso, eles.
Apesar da comandan... Capitã Donner ter servido com o comodoro Brand, Jevlack temia que
sua inexperiência em diplomacia com povos desconhecidos causasse algum tipo de interferência.
No caso, "infecção" cultural estava descartada, era um povo altamente tecnológico, embora ainda
não fosse possível determinar se sua tecnologia era superior ou não. Apesar de suas naves
aparentemente alcançarem no máximo a dobra três, demonstrando inferioridade, as naves
pequenas com escudos próprios, armas e motores potentes alimentados por uma única fonte de
força demonstrava o contrário. Talvez fosse como Terak tinha sugerido durante sua análise
primária, não deviam considerar superior ou inferior, apenas diferente.
Nesse caso, o que ocorreria em uma combinação dessas tecnologias? Era algo assustador. Se
estavam em guerra, qualquer lado que pudesse ter apenas os sensores de longo alcance
dominaria por completo o outro.
Chegaram a sala de transporte. Jevlack ordenou o transporte e, após alguns instantes,
estavam na Starfleet. Matias estava lá para recepcionalos.
Permissão para vir a bordo, Comandante.
Concedida senhor. Confesso que agora me sinto um pouco mais seguro.
Não deveria, a Thunderbold não está em melhor estado, não temos nenhum sistema de
emergência para o caso dos principais falharem.
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Então disse Matias estamos no mesmo barco. Por favor.
Matias indicou para que o seguissem. Passaram por uma das enfermarias, Jevlack aproveitou
para dar uma espiada. Aparentemente controlaram a situação assim como eles.
Quantos oficiais professores estão na ativa? Perguntou Tirvik.
Apenas 1, os outros três morreram.
Fizeram um bom trabalho comentou Jevlack, evitando falar no Almirante Quantos
tripulantes estão aptos a trabalharem?
Apenas 130, pelo que o seu Engenheiro disse, nossos danos foram menores, talvez pelos
escudos estarem baixos. A ressonância da dobra não foi intensificada graças a isso.
Sim, tudo o que estava protegido por escudos de qualquer tipo sofreram danos, foi por isso
que os chips isolineares de ambas as naves foram devastados. Automaticamente, em uma
situação de emergência, os principais circuitos são protegidos por campos de força, mas isso
multiplicou o efeito de distorção, pulverizandoos. Apenas os sistemas que não tinham tal proteção
ficaram operacionais. Infelizmente, quase nada.
Entraram no turboelevador e seguiram para o deck 2, onde ficava o observatório.
Havia algo que Jevlack queria pedir ao General Sornim, na verdade, uma troca. Os seus
mapas estelares em troca dos dele. Precisavam determinar a sua posição urgentemente.
Entraram na sala e foram apresentados por Matias, que retirouse em seguida.
General Sornim começou como já está a par, uma nave inimiga de vocês, e, até onde
pude sentir, inimiga nossa também, chegará em menos de duas horas. Creio que a Capitã Donner
já lhe explicou sobre a nossa lei máxima, a primeira diretriz.
Sim respondeu ela acabou de nos explicar.
No entanto, para nós, estamos em terreno inexplorado. Mesmo com nossos sensores e
cálculos, não fomos capazes de determinar a nossa posição em relação a nossa origem. Na
verdade, nem sabemos em que ponto da galáxia estamos. Nada do que identificamos combina
com nenhuma referência que temos.
Talvez porque vocês não estejam em sua galáxia replicou Sornim.
Como? perguntou Doller.
Nossa galáxia é totalmente mapeada continuou nunca tivemos notícia da Federação dos
Planetas Unidos. Nunca vimos naves como as suas. Vocês não podem ser daqui.
Todos ficaram sem saber o que dizer. Não estavam em sua galáxia?
Comandante Terak chamou pelo comunicador localize em que curso se encontra a galáxia
de Andrômeda.
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A espera foi grande.
Capitão veio a resposta não localizamos a galáxia. Nem nenhuma outra que esteja
mapeada. De fato, nenhuma galáxia que possa ser vista combina com as que temos registradas.
Mais alguns momentos de silêncio.
Teoricamente, este ponto não deveria existir. É provável que as galáxias, vistas de outro
angulo e distância, não se pareçam com as imagens que temos arquivadas. Seria necessário
comparar a posição que temos delas com simulações do computador. Levará duas semanas para
todas as comparações possíveis.
Veremos isso depois Jevlack desliga.
Bom General, precisaremos dos seus mapas desta galáxia, para nos poupar tempo. E eu
creio que irá querer algo em troca...
****
E que espécie de informação! Conhecera os sintetizadores, que podiam materializar qualquer
espécie de alimentos e equipamentos, incluindo roupas. Eles tinham sintetizado novas roupas para
ela, idênticas as suas antigas. Só que eram mais confortáveis. Pelo menos soubera porque a nave
era tão limpa. Era autolimpante!
Foi convencida a fazer um exame médico, eles queriam saber até que ponto eram similares.
Disseram que seria indolor.
Tricorder acionado, o médico falava sobre as leituras que obtinha: Dois dedos artificiais da mão
esquerda, alguns estilhaços no peito, 63 quilos, cabelos ruivos pintados de preto, deficiência visual
no olho esquerdo conseqüência de uma batalha antiga algumas torções na coluna. Tudo isso
em um aparelho que cabia na palma da mão.
O médico falava, mas não havia ninguém anotando, devia estar sendo gravado
automaticamente. Todos os leitos estavam ocupados por pessoas com politraumatismo. O
acidente do qual a Capitã falou devia ter sido muito sério.
Jevlack cumprimentou com a cabeça a Comandante Lauriel. Após esta assumir sua posição
ao lado da janela, retomou sua conversa com o General.
General, a primeira diretriz foi criada depois que tivemos um incidente desastroso com os
Klingons. Isso causou uma série de hostilidades que só há alguns anos foi resolvida. Compreendo
o ponto de vista de vocês, mas não podemos tomar partido. Não cabe a nós interferir no
desenvolvimento de nenhuma raça do universo. Ademais, podemos mapear esta galáxia. Vai levar
mais tempo. Mas no momento não há meios de lhe fornecer conhecimento tecnológico para que
possam suplantar seus oponentes.
Sornim abaixou a cabeça, demonstrando seu pesar.
Capitão era a voz do engenheiro Anderson no comunicador A Starfleet poderá entrar em
dobra em vinte minutos.
Entendido. Quanto tempo até a chegada da outra nave? perguntou a Lisa.
Cerca de 40 minutos.
General interveio Lauriel precisamos de 30 minutos até a nossa janela do hiperespaço.
Mande a Exceler se movimentar, em breve retornaremos.
Sugiro continuarmos nossa conversa em outro local mais tranqüilo. Podemos fornecer nossas
coordenadas para vocês nos seguirem.
Não é necessário disse Lisa podemos seguilos no hiperespaço.
Sim, tinha me esquecido.
Jevlack acompanhou o General e sua escolta até o hangar, onde um dos pilotos da nave que
tinha escoltado o seu shuttle estava beijando um segurança da Starfleet.
Aham! Fez Tirvik.
Ambos se desvencilharam, surpresos e envergonhados de serem surpreendidos.
Parece que estamos fazendo um bom relacionamento com eles comentou a Capitã Donner.
Jevlack nada disse. Tinha problemas demais para se incomodar com certas situações.
O Shuttle partiu, seguido pelos awings, 10 minutos depois, haviam retornado a Exceler.
Jevlack retornou para a Thunderbold. As três naves começaram a se mover, a Exceler indo para a
sua janela para o hiperespaço, a Thunderbold e a Starfleet a escoltando.
As demais naves que estavam patrulhando, foram, uma a uma pousando a bordo da Exceler.
O piloto de uma destas, acionou um dispositivo que estava a bordo de sua nave.
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Muito bem, o ultimo caça pousou, vamos partir. Segundo a Starfleet, o destróier chegará em
cinco minutos. Disse Sornim.
A Exceler estava prestes a entrar no hiperespaço. Os computadores assumirão o controle,
iniciando a seqüência automática. No instante que o hiperdrive foi acionado, A Exceler estremeceu
um pouco. Um grande estrondo ecoou por todos os compartimentos.
General Sornim? era a Capitã da Starfleet no áudio captamos uma explosão na sua nave.
Havia uma correria geral, todos acessando seus consoles para descobrir o que tinha
acontecido que os impedira de partir.
Foi o hiperdrive! Foi destruído. disse Rinander.
Capitã Donner! chamou Sornim Fomos sabotados, estamos impossibilitados de viajar.
Fujam enquanto podem, vou ordenar a evacuação da nave. Exceler desliga.
Ordenou que os caças fossem lançados para dar cobertura aos transportes.
Os pilotos saíram correndo, Lauriel foi uma das primeiras a chegar ao hangar. Já estava indo
em sua direção quando ou viu o som da explosão. Pegou a primeira nave que viu, um xwing!
Nada de checar sistemas, era uma emergência, decolou rapidamente, seguida por outras 5 naves
cujos pilotos estavam tão preparados como ela. Ígnea era um deles. Os primeiros grupos da
evacuação já estavam embarcando em dois transportes no hangar.
O segundo grupo de pilotos estava acionando os seus motores. Um jovem cadete promissor
pegou um ywing que tinha pousado recentemente. Ao acionar os motores, seus seis mísseis de
prótons explodiram ao mesmo tempo.
Parte da sustentação do hangar desmoronou. Os escudos que mantinham a pressão
atmosférica no hangar ficaram inoperantes, causando uma violenta descompressão que arrastou
todos o tripulantes e naves que lá se encontravam ao vácuo sideral.
Os escudos externos da nave foram acionados para envolverem a porta do hangar, impedindo
a completa descompressão da nave. Mas o hangar já estava inutilizável. Havia várias naves
empilhadas, destruídas e em chamas, muitas ainda explodiam, apesar dos dispositivos anti
incêndio já estarem tentando apagar o fogo.
Acabou disse Sornim quando soube seremos capturados.
O destróier estelar Giant chegou, posicionandose logo abaixo das três naves.
****
A bordo da Thunderbold, Jevlack ponderava sobre a decisão a ser tomada. Interferir na batalha
que irá se seguir e violar a primeira diretriz, ou partir e deixar a Exceler a própria sorte? Ou Ter
uma cartada para negociar posteriormente?
Atenção todos da ponte, estou para tomar uma decisão que pode ser encarada como
violação da primeira diretriz. Quem se opõe que diga agora, constará no meu diário.
Se é uma possibilidade disse Terak então dependerá do ponto de vista. Não tenho
objeções.
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O mesmo foi repetido por todos.
Nesse caso, Tirvik, posicionenos a frente da Exceler. Thompson, informe a Starfleet para nos
seguir assim que partirmos, e para teleportar aquelas 5 naves que saíram para o seu hangar.
Sim Capitão.
Peça a Exceler para baixar os seus escudos...
Todos os esquadrões do destróier estelar Giant estavam sendo lançados, 6 de cada vez. Tie
bombers, TieFighters, Assalt Gunboat, transportes de assalto, shuttles armados com canhões de
ions, etc. A ordem foi clara! Capturar a nave rebelde de qualquer forma, a qualquer custo. E, se
possível, as naves estrangeiras também.
As coordenadas foram perfeitas, posicionaramse a pouco mais de um quilômetro de distância,
os caças poderiam atacar 15 segundos após saírem do hangar. Não havia como fracassar. Os
poucos caças rebeldes que foram afortunados o bastante para decolar seriam facilmente abatidos
pela vantagem esmagadora. O General Siy estava tranqüilo na ponte de comando.
Senhor! chamou um dos encarregados de monitorar o ataque os caças rebeldes sumiram.
Como? foi em sua direção entraram no hiperespaço?
Não senhor respondeu ofegante pareceu que foram envolvidos por alguma espécie de
campo de distorção e sumiram.
Senhor! outro soldado chamou os escudos da Exceler abaixaram e um feixe de energia foi
disparado de uma das naves estrangeiras na sua proa. Parece ser um tipo de raio de tração.
Não, não pode ser!
As naves... partiram senhor, todas elas.
Siy olhou pela viga da ponte de comando. Viu apenas seus caças manobrando para não
colidirem entre si.
Capítulo 8
O Executor e mais cinco destróieres estelares aguardavam a chegada do Interditor Cabrian,
que deveria integrar a sua frota. Na ponte de comando, Darth Vader aparentava apenas observar
as estrelas, o som de sua respiração podia ser ouvida por alguns soldados próximos, e estes
sentiam arrepios de medo.
Senhor, o imperador pede que entre em contato com ele imediatamente.
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Vader imediatamente virouse e foi até seus aposentos. Lá chegando, acionou o comunicador,
um holograma do imperador apareceu.
Meu mestre, o Interditor Cabrian irá chegar bem mais cedo. Partiremos imediatamente.
Suas ordens mudaram. Os rebeldes estão com as naves estrangeiras, e provavelmente
fizeram algum tipo de acordo com eles. Segundo o General Siy uma das naves ajudou o cruzador
rebelde a fugir. Assim que tivermos a localização deles, você deverá partir imediatamente e
destruir as naves.
Acha que pode capturalos? Elas são rápidas e já estão operacionais.
Só teremos chance de capturalos se os enganarmos. E creio que sei o que podemos fazer.
Se me permitir...
O imperador ponderou por alguns momentos.
Muito bem Vader, pode usar o que for necessário, mas, se não puder capturalas, destruaas.
A imagem apagouse. Darth Vader voltou para a ponte.
Comandante – disse – chame Quatronni. Diga que tenho um serviço para ele.
A nave Liberdade saiu do hiperespaço e manobrou para integrar a frota. 8 cruzadores
Calamari, 4 NebulonB, incluindo ela própria, e 20 Corvetes. Assim que assumiu sua posição, um
Shuttle com o General Karakyr e seis Almirantes de esquadra partiu em direção a nave comando
da frota rebelde.
Assim que pousou, o General foram conduzidos ao auditório em que estavam reunidos todos
os principais Comandantes da rebelião. Alguns momentos depois, Safrã posicionouse à frente
deles e começou a falar.
Senhores, com certeza estão curiosos sobre o porque de estarem aqui e qual é o objetivo de
nossa missão.
Olhou para os 63 presentes na sala. Comandantes de esquadra, generais, pilotos de
operações especiais, todos olhavam para ele atentamente.
Nossos espiões nos informaram que o Império se encontra no final da construção de uma
poderosa nave. Os primeiros informes indicam que ela teria mais de quinze mil metros, cem
esquadrões de caças além de uma grande quantidade de ATAT’s. Estamos falando de uma nave
que pode conquistar planetas, sem o auxilio de outras.
No painel atrás de Safrã, surgiu uma imagem da nova arma.
Como podem ver, ela segue o estilo das naves do Império.
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Aquela abertura na frente da nave, é um tipo de arma?
Acreditamos que sim – Safrã apontou para a imagem – Baseados no que conhecemos, uma
arma de tal porte poderia facilmente calcinar a superfície de qualquer planeta.
Houve murmúrios de comentários na platéia. Comentários temerosos e assustados. Safrã
prosseguiu.
Qual será o plano de ataque?
Por medidas de segurança, o plano completo só será explicado momentos antes de sua
execução.
Mais conversas desconexas, não gostaram do segredo.
Senhores! Se Império concluir esta arma, não teremos nada que possa fazer frente a ela. É
imperativo que seja mantida a segurança extrema. Assim que as naves restantes chegarem,
atacaremos. Se não os detivermos agora, todos os mundos livres da galáxia se curvarão ante o
Império.
Comandante! – chamou Karakyr – e quanto as duas naves estrangeiras?
Um novo murmúrio de comentários ecoou pela sala.
Ao seu tempo, General. A última coisa que soubemos é que a Exceler se encontrou com
ambas as naves e estavam em conversação. Mas não devemos nos animar. Nada garante que se
unam a nossa causa a tempo de ajudar no nosso ataque. Vocês devem preparar seus
comandados para uma grande operação. Por enquanto é só.
Todos começaram a sair, para retornar as suas naves e iniciar os preparativos para que
estivessem alerta para quando a missão começasse.
General Karakyr! – chamou Safrã.
O General foi em sua direção.
Não faça nenhum comentário sobre aquelas naves a ninguém. Isso é uma ordem.
Karakyr ficou observando enquanto Safrã saia da sala.
Safrã entrou na sala de operações, assim chamada porque era lá que todas as operações
eram planejadas e discutidas.
Algo grande está acontecendo – disse um dos operadores – nos últimos dias vários
destróieres estelares do Império abandonaram suas posições e seguiram para rumo ignorado.
Sem nenhuma explicação.
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Para onde seguiram? E quantas são?
Cerca de 36 destróieres, 5 classe Victory e 40 Corvetes de assalto, e não foram para nenhum
ponto convergente.
Talvez estivessem fazendo manobras divisionárias, indo para um local apenas para despistar e
partindo em seguida para o objetivo principal. Se for esse o caso, então realmente algo grande
está acontecendo. Algo muito bem coordenado, e não poderia ser paralelo a construção do
Eclipse.
Os espiões foram claros, o Eclipse não foi criado visando esmagar a Aliança Rebelde
diretamente, seu objetivo era ser usado como arma de persuasão. Qualquer um que desafiasse o
Império seria imediatamente atacado. Isso sem dúvida poderia com o tempo desmantelar a
Aliança, assustando todos os que direta ou indiretamente a auxiliavam.
Alguma notícia da Exceler?
Não senhor, o ultimo informe dizia que iriam partir para o ponto secundário, momentos antes
da nave do império chegar. Já deveríamos ter alguma notícia, pois isso foi há 6 horas.
Sornim nada sabia sobre a operação, muito menos que a Liberdade viria para onde estavam.
Mas os pilotos que lá ficaram sabiam. Sabiam que estavam indo para algum local integrar uma
frota de ataque.
Estávamos preparados para uma eventual perda da nave. Nossos probes captaram mais
alguma notícia sobre o Eclipse?
Apenas que ficará operacional em dois meses, como nossos espiões já nos tinham
informado.
Safrã sentouse frente a mesa de hologramas. Um dróide de serviço lhe ofereceu uma bebida,
que aceitou. A mesa mostrava a nave Eclipse. Gigantesca e poderosa. Pensaram que nada seria
mais assustador que o Executor, mas novamente se enganaram. Conforme o tempo passava, mais
rapidamente o Império conseguia fabricar naves gigantes, e a Aliança mal conseguia manter as
que tinha. Seus caças tinham marcas de tiros e vários remendos em sua fuselagem.
O desenvolvimento do awing, uma caça leve e rápido com circuitos de uma unidade R2
imbuídos foi um grande avanço, deixandoos livres da dependência dos xwing e ywing da Incon.
Os bwing e o mais recente kwing os puseram em vantagem momentânea em operações rápidas
de guerrilha. Mas agora o Império intensificou o uso de Tieadvanded e do novo Tiedefender. Uma
nave extremamente rápida, com canhões de ions e que podia ir ao hiperespaço.
Logo, com o Eclipse, o Império teria uma dependência muito menor dos Destróieres Estelares.
Pôs o copo sem beber em cima da mesa. Estavam perdendo a guerra. Para destruir a nave, seria
preciso uma operação de ataque total, e mesmo que fossem bem sucedidos, estimavam a perda
de metade da frota. E ainda havia o fato da grande movimentação de destróieres. Se estivessem
indo para a área de construção, talvez fossem esmagados por mais de 80 naves.
Teriam que atacar nos próximos dias, antes de haver uma maior defesa ao redor do Eclipse. E,
se possível, com as naves Thunderbold e Starfleet dando apoio.
****
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"Diário de Bordo, suplemento. Após o reencontro com a Starfleet, tivemos novamente de fugir,
e, desta vez, auxiliando uma nave rebelde. Apesar de poder ser considerada uma violação da
primeira diretriz, eu pessoalmente entendo que se não fosse por nós, eles não estariam lá em
primeiro lugar. Além disso, agora podemos ter os mapas desta galáxia."
Capitão, chegamos ao local da plataforma espacial que o General Sornim indicou – informou
Tirvik.
Muito bem, reduza para impulso, e libere a Exceler. Aferes Souza, abra um canal.
Pronto senhor.
General Sornim, estão livres do nosso raio trator. Pedirei para a Capitã Donner liberar suas
naves para pousar na plataforma espacial.
Agradeço a sua ajuda, Capitão. E, como pediu, forneceremos os nossos mapas. No entanto,
não há espaço na plataforma para os caças que estão na Starfleet, e não temos como recebelos
no momento. Precisaremos de tempo para consertar os danos. Além disso, não temos como
consertar o nosso hiperdrive, o que nos obriga a pedir peças ao nosso comando.
Se nos fornecer a estrutura molecular e os esquemas, podemos sintetizar as peças para
vocês.
Houve um instante de silencio.
Capitão! Minhas ordens eram para oferecer ajuda em troca de conhecimento, e a situação
acabou se invertendo. Da mesma forma que não querem fornecer sua tecnologia, eu também fico
reticente em fornecer a nossa. Além disso, nós fomos sabotados, e é possível que o sabotador
ainda se encontre entre nós.
Muito bem. Seus pilotos serão nossos convidados até que possam retirar seus caças. Vocês
tem muito a fazer e nós também. Thunderbold desliga.
Terak, qual tempo total para reparar os demais sistemas?
Cerca de três dias, para ambas as naves.
Muito bem. Não temos previsão de quando será possível retornar ao nosso espaço, e as
naves estão fora de perigo e operacionais – Jevlack suspirou – é hora da tarefa mais desagradável
do comando.
****
Estavam todos alinhados no hangar, como se fossem aviões prontos para decolarem e
fornecer um show aéreo, mas eram esquifes, não aviões. 37 esquifes contendo os corpos dos
cadetes mortos da Starfleet.
Toda a tripulação possível estava lá presente, arrumados e perfilados, formando dois grupos,
um de cada lado do hangar, com os esquifes no meio. Os cinco pilotos da Exceler também lá se
encontravam, um pouco mais afastados. No centro, estavam a Capitã Donner e o primeiro Oficial
Matias.
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Olhou para todos, pensando no que iria falar. Jevlack se oferecera para falar em seu lugar,
mas ela havia dito que cedo ou tarde teria de estar nesta situação, e era melhor que fosse cedo.
Olhou para os esquifes. Trinta e quatro morreram sem saber o que estava acontecendo, e mais
três foram vítimas dos ferimentos, entre eles o Almirante Stolh. Todos iriam se formar em duas
semanas, contentes e felizes por terem conseguido. Agora estavam mortos, e os que sobreviveram
não tinham nenhuma esperança de poder voltar. Desaparecidos durante missão. Era o que iriam
dizer aos seus pais, amigos, parentes e cônjuges. O que ela iria dizer para lhes dar confiança?
Diga o que sente e o que precisa ser feito, tinha sido o conselho de Jevlack.
Não vou mentir para vocês – começou – a morte deles foi apenas fruto de um acidente. Não
uma batalha, ou uma grande causa. Todos estavam contentes em fazer a primeira viagem em uma
nave estelar, e não imaginavam que isto pudesse acontecer. Na academia, nos explicaram que
viajar pelas estrelas não era apenas aventura, mas também perigoso. Muito perigoso. E a prova
está ai – olhou para os esquifes.
Porém, todos estavam em seus postos. Mesmo sem saber o que estava ocorrendo, estavam
de prontidão para atender a qualquer ordem. E isto sim, pode ser considerada uma nobre causa.
Trabalhar em conjunto para a sobrevivência de todos. E eles a seguiram até o fim, como qualquer
um de nós teria feito. Como todos nós o fizemos. Conseguimos ficar operacionais sem a ajuda da
Thunderbold. Iniciamos um primeiro contado com uma civilização alienígena – olhou para os
pilotos – e evitamos um combate desnecessário. No que toca a mim, todos estão formados. O
próprio Almirante, antes de morrer confirmou isso. Todos nós estamos efetivados em nossos
postos.
Ficou em silêncio, observando a tripulação. A maioria estava de olhos fechados, mas nenhum
mostrava nenhum sinal de abatimento.
É doloroso termos de assistir ao enterro de nossos companheiros, há alguns dias atrás
brincávamos juntos, fazíamos piadas, deixávamos nossos professores malucos – olhou para o
engenheiro chefe Carlos, ele estava esboçando um sorriso – mas não podemos mudar o que já
ocorreu. – abaixou a cabeça, ficou apenas um momento em silêncio – mas – abriu os olhos, seu
olhar era de determinação – uma coisa podemos evitar – sua voz se elevava, assim como sua
cabeça – que tenhamos que estar aqui novamente, velando outro companheiro! E, para isso,
temos que agir como o que somos realmente agora, membros oficiais da frota estelar. E, se este é
o nosso teste final, então iremos tirar nota máxima.
Podiase sentir no ar a determinação que emanava de todos ali. Mesmo os pilotos rebeldes
pareciam ter absorvido as palavras de Lisa, que ela própria não sabia de onde as tinha tirado.
ATENÇÃO!
Todos ficaram em posição de sentido. A porta do hangar se abriu e lentamente, os esquifes
começaram a flutuar em direção ao vazio. Pela porta aberta, Lisa viu alguns esquifes que já
estavam flutuando, vindo sem dúvida da Thunderbold.
O último esquife saiu, e a porta começou a se fechar. Os tripulantes foram dispensados. O
engenheiro Carlos aproximouse.
Capitã?
Sim? – respondeu.
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Foi excepcional, palavras de um verdadeiro Capitão.
Obrigada, mas confesso que não sei como consegui fazelo.
Nenhum verdadeiro Capitão sabe – disse sorrindo.
Carlos seguiu com os outros tripulantes, Ígnea, uma das pilotos dos rebeldes aproximouse.
Capitã? Eu... fiquei curiosa. A Senhora disse algo sobre eles estarem formados...
Esta é uma nave de treinamento, em sua primeira missão, e todos aqui eram cadetes. Até
ontem, pelo menos.
Ela maneou a cabeça, expressando inconformismo.
E vieram parar no meio de uma guerra. Mas vocês não agem como cadetes. E suas palavras
não foram de um cadete. Foram poucas palavras, e diretas. São estranhos os desígnios da força.
Obrigada.
Lauriel se aproximou.
Foi um bom discurso Capitã. Creio que na Exceler o mesmo deva estar acontecendo.
Segundo me informaram, perdemos mais de 60 tripulantes. Só espero que quem quer seja o
orador tenha em mente o mesmo que a senhora.
Isso já estava ficando constrangedor.
Obrigada, mas, sem querer ser rude, a nave ainda tem reparos a serem executados, e eu
devo me encontrar com Jevlack para discutirmos nosso próximo passo.
Nós entendemos Capitã.
Lisa saiu rapidamente, antes que mais alguém a elogiasse. Foi direto para a sala de
transportes, onde se encontrou com o Doutor Cameron. Ambos foram transferidos para a
Thunderbold, onde foram recepcionados por Jevlack e o Doutor Sander.
Ígnea retornou ao aposento que lhe forneceram, Lauriel a acompanhou.
Computador, água – pediu ao computador.
"Temperatura?"
10% da temperatura ambiente – era uma pena não haver calibração para suas unidades de
medida, era difícil pedir água gelada.
Pegou o copo assim que este se materializou e o bebeu. Lauriel se recusou. Sentaramse a
mesa.
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E então? – perguntou Lauriel – o que acha de tudo isso?
Olhou ao redor, uma cama, uma janela para ver as estrelas – agora podiase ver a
Thunderbold por ela – uma mesa para refeições e um lavatório.
Posso me acostumar com isso, sem cozinhar, música a vontade, centenas de hologramas
para assistir, cama macia, sem necessidade de sair em patrulha, pois os sensores captam coisas
além da imaginação. Sinceridade Lauriel, não gostaria de voltar para a minha vida.
Lauriel olhou divertida para ela.
Tobias não tem nada a ver com esse seu desejo?
Diria que é um prêmio tentador – seu rosto ficou sério – Lauriel, os últimos dez anos de minha
vida foram apenas desgraças. Fui vendida e usada até conseguir fugir, junto com você e os outros
escravos. Mas não tenho para onde ir. Cada dia eu acordo pensando que será o último, sempre
esperando ser abatida em uma missão. Lutando uma guerra que a cada dia fica mais difícil de
vencer. Sem descanso, sem relaxar, sem viver.
Ígnea, eu nunca imaginei que você se sentisse assim. Porque nunca me disse?
Olhou para a janela, agora apenas as estrelas apareciam.
Porque foi só nestas últimas horas que notei o quão vazia eu me tornei. Foi só agora que eu
pude realmente descansar. Quando nós fugimos da capital do Império, unime aos rebeldes com
um único pensamento! Matar! Matar os imperiais, todos eles. Cada caça que eu abatia me fazia
bem, e acho que você sentia o mesmo – olhou para ela.
Sim, no começo sim, depois, com o tempo, aprendi a suportar o que fizeram comigo. E
descobri que gostava da causa. Cada grupo de refugiados que protegíamos, as crianças das
naves que protegemos sorrindo em gratidão. Me sentia bem.
Você teve sorte. Com o tempo, assim como você, já não tinha mais tanto ódio, nem lembro
mais de como era o meu... – ela hesitou em dizer dono. Só que não tinha o que mais fazer. Não
podia voltar para a fazenda de meu pai, e não havia mais para aonde ir. Todos os escravos libertos
da capital do Império que se uniram a Aliança Rebelde são procurados por toda a galáxia. Se eu
ou você aparecermos em qualquer planeta sem a devida proteção, seremos capturadas e enviadas
de volta.
Perguntou se podia ficar aqui?
Há! E quanto a isso que você me disse de primeira diretriz?
Bom, isso os proíbe de interferir em nosso desenvolvimento, mas não impede que você
possa ir embora com eles. Não iria afetar o nosso – fez um gesto com as mãos e uma careta –
"desenvolvimento".
Eu não sei. Tenho medo que a resposta seja não.
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Quando eu era escrava, tinha medo de tentar fugir e não conseguir. Mas resolvi tentar porque
percebi que o pior que podia acontecer comigo, era continuar a ser escrava. E acho que todos nós
pensávamos a mesma coisa.
Ígnea olhou para ela.
Bom, dizem que o verdadeiro fracasso é não tentar.
É isso ai, menina. Agora peça algo para comer, estou com fome e tudo o que pedi, esta coisa
– apontou para o sintetizador – disse que "a estrutura molecular deste alimento não está
disponível".
Computador – pediu – cachorro quente e um hambúrguer, e dois sucos de tangerina.
O que? – perguntou Lauriel.
Tobias me mostrou. Você vai gostar.
Lauriel olhou para ela com uma expressão de confidência.
Tobias esteve aqui?
Sim, ele se ofereceu para me mostrar como se usa estas coisas, veja, música, Love me
Tender.
O aposento foi preenchido com a música solicitada.
Hum! Uma música destas... O que você ensinou a ele?
Não acha que está muito curiosa não? Além disso, não foi nada que ele já não conheça.
****
Não vai me substituir? – Lisa estava incrédula – Mas se vai fornecer os seus oficiais para a
Starfleet porque precisamos de gente experiente nas duas naves, porque não eu?
Confesso que cheguei a pensar nisso respondeu Jevlack sorrindo – mas o seu discurso
para a sua tripulação mudou isso. Você é a Capitã deles, e o mais importante, eles se sentem
como a sua tripulação. Se eu puser alguém em seu lugar, eles podem perder a confiança que têm
agora. Além disso, você tem o instinto. Agiu de forma excelente até o momento. Mas como
experiência é importante, Tirvik será sua Primeira Oficial, para lhe auxiliar. E Matias virá para ser
meu navegador, já que Oshiro ficara indisponível pelas próximas semanas.
O teor da reunião era, primeiro, remanejar as tripulações de ambas as naves para que
ficassem mais homogêneas. Estavam em terreno hostil e não podiam permanecer com uma nave
com pessoal inexperiente. Por isso os médicos de ambas as naves também participavam. Metade
do pessoal ainda estava nas enfermarias, tinham de saber quem estaria disponível em três dias,
data marcada para a partida.
Tudo isso porque eu fiz um ótimo discurso.
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Se fosse só isso, Tirvik iria comandar, e, aos olhos de sua tripulação seria o seu Imediato.
Mas levando em consideração o que vi quando estávamos no começo daquela distorção do campo
de dobra, e também ao fato de conseguirem estabelecer contato sem violar a primeira diretriz, você
é a Comandante da Starfleet. E, quando voltarmos, com certeza comandará uma nave classe
Constelation ou até mesmo a nova classe Ambassor.
Quando? – olhou interrogativamente para ele.
Sim, devemos ser otimistas para com terceiros e realistas para nós mesmos. Vamos
continuar. Doutores, quais os engenheiros que teremos disponíveis em três dias?
Ambos checaram a suas listas, forneceram os nomes em ordem de tempo de serviço e
capacidades pessoais registradas. O mesmo foi para equipes de manutenção, suplentes para
ponte de comando, encarregados de transporte, seguranças, etc.
Durante quatro horas, verificaram nomes, tempo de serviço e data de disponibilidade. Os
médicos varias vezes relutavam em liberar uma pessoa ou outra. Mas Jevlack tinha a palavra final.
A Segunda pauta seria selecionar uma equipe para determinar como foram parar em uma outra
galáxia, talvez do outro extremo do universo, e como fazer para retornar. Foi acertado que Terak,
Doller, Diana e Carlos formariam a equipe encarregada de determinar se havia uma forma de
retornar a ViaLactea. Ficariam na sala de análises táticas a bordo da Thunderbold para isso. O
computador principal já estava quase que inteiramente operacional, permitindo que este trabalho já
fosse iniciado.
Haveria ainda uma terceira pauta, com base nos mapas obtidos com a Exceler, localizariam
um ponto distante de tudo para fundar uma colônia, caso o retorno fosse impossível.
Foram discutidos alguns outros itens menores. Mas ficou terminantemente acertado que as
naves não iriam empreender nenhuma viagem sozinhas.
Já era muito tarde. Encerraram a reunião e foram dormir. No dia seguinte, chegaria uma nave
de transporte rebelde com os equipamentos necessários para os reparos da Exceler. Os pilotos
dormiriam na Starfleet.
****
O Interditor Cabrian havia chegado, e Darth Vader solicitou a presença de Soer imediatamente.
Soer estava frente a frente com Darth Vader. Estava com medo, não sabia por que tinha sido
chamado a sua presença. Acreditava que o fracasso em capturar a nave rebelde seria imputado a
ele. Já tinha visto outras pessoas sendo punidas por falhas antes, morriam sufocadas, ou eram
esmagadas por gigantescas mãos invisíveis. Traidores sofriam as piores mortes.
Comandante Soer, como conseguiu por um espião a bordo da nave rebelde?
Era gaguejou para resolver um assunto particular, nada que interferisse em minhas
obrigações para com o Império. Ele estava apenas vigiando uma pessoa que eu pretendia capturar
quando tivesse tempo disponível. É um caçador de recompensas, só tem fidelidade ao dinheiro,
por isso achei melhor não informar a ninguém sobre isso, pois, se o Império quisesse usalo para
obter informações, poderia nos trair por uma oferta melhor dos rebeldes.
Trek Wars – Roberto Kiss 63 www.scriptonauta.com.br
Vader olhava fixamente para ele, pelo menos parecia que olhava. Sua respiração artificial lhe
causava um estranho mal estar. O fato de não poder ver seu rosto, contribuía para que seu medo
aumentasse, não havia como imaginar o que estava pensando.
Mesmo assim, ofereceuo para deter a nave.
Dedeixei a decisão a cargo do General Siy. estava ficando pálido e já suava frio há algum
tempo.
Foi uma boa decisão. Seu espião ainda se encontra a bordo da Exceler?
Não esperava aquela reviravolta. Estava se preparando para ser morto, e foi elogiado?
Ssim! Mas não poderá se comunicar por enquanto. Os rebeldes sabem que foram sabotados
e estarão vigiando qualquer transmissão. Mesmo que não o descubram, terão certeza de que o
sabotador ainda estará lá. Mas creio que em algumas horas ele lançará um dispositivo localizador
junto com o lixo deles para transmitir sua atual posição.
Não! Informeo para manterse oculto, já temos a posição das naves. Não podemos nos
arriscar a perder essa vantagem. Use os seus outros dois caçadores para capturar a escrava que
você tanto deseja. Deste eu irei precisar para fazer parte de um projeto que já se encontra em
andamento.
Outros caçadores? Como ele podia saber disso? Não havia dito para ninguém! Como se
tivesse adivinhado os seus pensamentos, e, provavelmente o fizera, Vader explicou.
Um de seus caçadores programou a unidade R2 de um ywing para decolar logo após a
destruição do hiperdrive, para o caso de ocorrer alguma falha. Esta nave seguiu imediatamente
para o posto imperial mais próximo, e tinha em seus sistemas qual seria a localização da Exceler.
Conforme o General Siy especificou a ele.
Isso explicava porque tinha dito que foi uma boa decisão.
Vader em pessoa se dispondo a lhe fazer um favor pessoal? E isso para incentivalo a tornar
uma missão não crítica um sucesso? Soer não estava mais com medo, na verdade não sabia o
que sentia. Só sabia que não devia ficar apático por muito tempo.
Passo usar o painel de comunicação, senhor?
Perfeitamente disse Vader, indicando o caminho com o braço.
Estranho, suas voz metálica parecia que estava expressando uma certa satisfação. Foi até o
console de comunicações, digitou a freqüência específica. Seria transmitida em código pela banda
livre dos probes espalhados pela galáxia e captada pelos implantes que os caçadores possuíam.
Muito discreto. Pensou em qual deles escolher. A prioridade agora era atender ao Império,
escolheu o mais discreto. Começou a digitar a mensagem. "Uma nave contendo um equipamento
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de hiperdrive será enviada amanhã, enviar provável local de origem pelo método dezoito. Se
possível, indicar melhor local para emboscada. Manter discrição, manter posição, enviar status do
objetivo do Império e do meu objetivo." A mensagem seria repetida por três horas seguidas,
independentemente do destinatário ter recebido ou não. Felizmente, os implantes gravavam
qualquer mensagem recebida para posterior audição. Assim, caso estivessem conversando com
alguém, não demonstrariam que estavam "ouvindo vozes". Vader disse que poderia usar seus
caçadores para resolver sua questão pessoal. Mas achou prudente não o fazelo agora. Não sabia
o que ele pretendia fazer com a nave de transporte, e a tentativa de capturar uma Comandante
rebelde poderia interferir com os planos dele. Só podia torcer para que ela continuasse viva após a
explosão preparada no hangar da Exceler.
Pronto disse a Vader Ele transmitirá no canal aberto, mas em um código que parece com
estática. Este dispositivo mostrou uma caixa irá decodificar a mensagem.
Entregou a caixa a ele.
Excelente disse Vader Selecione o melhor dos caçadores para eu utilizar e depois me
explique como se faz para se comunicar com ele. Os outros dois você poderá usar para seus
assuntos. Eu direi qual a melhor hora para isso. Se houver.
Sim senhor! disse Soer. Respirou aliviado, fizera bem em deixar sua vingança de lado.
Capítulo 9
A nave de Quattroni pousou no hangar do Executor. Após uma rápida checagem, foi liberado
para falar pessoalmente com Darth Vader.
Me disseram que você tem um serviço para mim. Quanto vai pagar?
Um planeta inteiro, se for bem sucedido.
Um planeta inteiro! Significava um serviço de extremo perigo. Não gostava de fazer negócios
com o Império, mas Vader sempre pagou muito bem.
Quem irei matar?
Talvez ninguém. Preciso que use sua organização para preparar uma armadilha.
Uma armadilha. Ao custo de um planeta! Várias vezes fez serviços que não condiziam com o
preço oferecido. Mas, e foi isso que fez sua fama, nunca perguntava o porquê.
Digame o que deseja.
****
Quando acordou, Jevlack foi a ponte, encontrou um monte de painéis abertos e várias pessoas
trabalhando por lá, achou melhor deixalos trabalharem. Pelas próximas horas, se tivessem que ir
para algum lugar, teriam de fazelo da engenharia.
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Capitão! A Comandante Lauriel deseja falar com o senhor.
Lauriel? Há sim! Uma das pilotos que estavam como hóspede da Starfleet. Foi a sala de
transporte e seguiu para a outra nave.
Desta vez, não havia ninguém para pedir permissão para vir a bordo, e francamente, se tivesse
ele daria uma bronca. Estavam no mesmo barco furado para perder tempo com trivialidades deste
tipo. Seguiu para os aposentos de Lauriel.
Entre – disse após tocar a campainha.
Ela estava sentada a mesa, tomando o café da manhã. Batata frita, hambúrguer e um suco de
alguma coisa. Café da manhã?
Vejo que está se dando bem com os sintetizadores.
Ela riu.
Como Ígnea disse, posso me acostumar com isso.
Queria me ver?
Sim Capitão. Desculpe se o incomodei, mas tem algo que gostaria de pedir para a minha
amiga.
E o que seria?
Ela levantouse.
Capitão, Ígnea gostaria de partir com vocês.
Aquilo o pegou de surpresa.
Não entendo. Porque?
Bem – deu um suspiro – ela não esta gostando da vida que possui, e não tem lugar para ir. E
quando digo que não tem, não tem mesmo. Eu e ela somos caçadas por toda a galáxia devido a
umas coisas que fizemos e o Império não apreciou muito.
Ficou pensando na situação. Não seria uma violação da primeira diretriz, mas seria algo pouco
ortodoxo. Se bem que a realidade em si era pouco ortodoxa. Em nenhum lugar da galáxia ela
estaria segura, e, partindo com eles, nunca mais seria incomodada.
Ela conhece esta galáxia como ninguém, poderia ser muito útil enquanto estiverem por aqui.
Você compreende que não é um pedido que posso recusar ou aceitar sem ponderar
bastante. E existe a possibilidade de não ser possível para nós voltarmos. Somos de outra galáxia,
e mesmo que exista um jeito, considerando o que passamos para chegar aqui, pode ser que não
sobrevivamos a uma outra viagem.
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Aqui ela já está morta – disse impassível – Mais cedo ou mais tarde morrerá em uma missão,
assim como eu. Mas eu estou preparada para isso. Ela quer ter uma vida novamente. Não pode
considerar que ela esteja pedindo asilo?
Por que ela mesma não me pediu isso?
Porque ela não quer ouvir um não.
Pelos próximos dois dias, não planejamos sair daqui. Darei minha resposta antes disso.
Eu agradeço. E, se imagina que estou pedindo isso para que ela os espione para nós, pode
mantêla presa enquanto não retornarem ao seu mundo.
Também levarei isso em consideração. Se me der licença.
Tudo bem. Acho que em algumas horas retornarei a Exceler.
Jevlack moveuse para sair, quando lembrouse de algo.
A propósito, pelo que vi nos registros da Starfleet, cinco de suas naves iniciaram uma
perseguição, e só depois a Exceler chegou. Vocês realmente acharam que cinco naves poderiam
detêla?
Nossa nave base era a Liberdade, mas ela não poderia nos acompanhar, tinha uma missão
urgente. Assim , cinco naves foram lançadas, as que podiam ser dispensadas. A Exceler foi
enviada caso precisássemos de apoio.
Aquilo parecia familiar.
Foi só uma curiosidade. Tenha um bom dia.
****
Quattroni partiu do executor e seguiu para a sua base. De lá sairia com cinqüenta homens para
o setor Triton, a área mais bem patrulhada do Império.
Jevlack seguiu até a sala de análises táticas. Um espaço dentro da nave Thunderbold, logo
atrás do defletor principal em forma de esfera. Quando tinha especificado as alterações da
Thunderbold para a sua reforma, pediu para implementar o sistema de escudos usado na série que
foi inaugurada pela EnterpriseB, mas aconteceu uma coisa estranha. Iria sobrar espaço dentro da
nave. Assim criou a sala. Dentro de suas paredes circulares, apareciam mapas estelares, onde se
podia fazer uma vasta análise, sem as limitações de um holograma com trinta centímetros de
comprimento.
A Capitã Donner estava lá, conversando com Doller. Terak e Diana faziam o que os Vulcanos
faziam melhor, analisando dados e trocando informações lógicas. Uma conversa muito rica para
qualquer cientista de plantão. Carlos estava a bordo da Starfleet, tentando descobrir o que tinha
causado o problema com os campos de dobra, Tirvik estava aguardando Matias na sala de
treinamento, onde iria educalo nas manobras a serem usadas na Thunderbold.
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Bom dia Capitão.
Bom dia Capitã – cumprimentou de volta.
Seu braço esquerdo começou a tremer.
Sempre nas horas impróprias – disse para ninguém em especial.
Tirou a jaqueta de Oficial, mostrando os circuitos ainda expostos de seu braço, pegou um
dispositivo em seu bolso e começou a fazer alguns reparos, o braço parou de tremer. Vestiu a
jaqueta novamente.
Desculpem, mas como meus sistemas estão funcionando bem, salvo este problema que irá
ocorrer ocasionalmente, só irei fazer os reparos definitivos quando tivermos doze horas de
tranqüilidade.
Olhou para Lisa.
Vejo que ao contrário de seu Oficial de ciências, a senhorita não ficou surpresa.
Sim, o Almirante me contou sobre sua história, e de como conseguiu especificar as
mudanças em sua nave.
Jevlack olhou ao redor, sorrindo.
Sim – disse – aquelas três naves romulanas nos deram trabalho, mas a Frota soube
recompensar isso.
Três naves? O Almirante falou de duas!
Olhou para ela, demonstrando surpresa. Falara demais, e agora não sabia o que fazer.
Percebeu que Terak olhou para ele, ele também sabia da história real, modificada pelos altos
cargos da frota Estelar por motivos nunca explicados.
Falei mais do que devia. Foram três naves sim. E uma nave Klingon.
Capitão! – chamou Terak.
Terak, sabe muito bem como me sinto sobre esta história. Muitos amigos meus morreram
naquela batalha, e a Frota nunca quis explicar o porquê de querer mudar os diários da nave, e
exigir silêncio de todos os sobreviventes. Só sei que era um motivo grande o bastante para me
deixaram remodelar a Thunderbold da forma que eu bem quisesse, mas mesmo isso acabou
esbarrando em outro segredo.
Olhou para Lisa e Doller.
Meus caros, naquela época, eu era o Imediato desta nave, e estávamos fazendo um
levantamento de espigões de radiação próximos a fronteira romulana, quando capitamos um sinal
de emergência de uma nave Klingon, que se dizia sob ataque. Fomos em direção a fonte do sinal e
vimos quatro naves descamuflando, uma klingon e três romulanas. Os romulanos disseram para
não nos envolvermos, mas eles já estavam em território da federação, e tínhamos que mandalos
de volta ou morrer tentando.
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"O Capitão mandou um sinal para o comando da frota e partiu para o ataque. Duas das naves
saíram da formação e foram em nossa direção. Atacaram violentamente a área da ponte, antes de
manobrarmos o suficiente para que todos os phasers pudessem ser utilizados."
"Metade da tripulação da ponte morreu naquele ataque, vítimas de estilhaços que foram
desprendidos pelos impactos. Abriuse um grande rombo do lado direito da ponte. Sugando duas
pessoas antes que os escudos de contenção fossem acionados."
"Estavam fazendo a volta para o segundo ataque. Os consoles da ponte estavam inoperantes,
exceto o de navegação, eu era o único ainda capaz de se mover e não podia disparar de lá. Foi
quando resolvi repetir o que fiz na simulação da academia."
A situação de não vencer – disse Lisa.
Sim. Só que agora era real, uma nave para ser salva, e três naves como oponentes. Comecei
a entrar em dobra rumando em direção a uma das naves, pedi a sala de transportes para que
focalizasse no suporte da nacela direita, e ordenei que teleportassem uma parte dela poucos
instantes de entrarmos em dobra.
Lisa ficou surpresa! Usar a nacela como torpedo era algo que nunca havia sido sequer
cogitado nos treinamentos da academia.
Bom, a nacela ficou livre, desviei e desliguei a dobra antes que fossemos destroçados, não
preciso contar o que aconteceu com a nave romulana. Repeti a mesma operação com a outra nave
e também foi destruída.
"A terceira nave estava ocupada com os klingons, e eu não tinha mais nacelas para atingila.
Mas tinha tempo, ordenei a engenharia que atacasse com tudo o que tínhamos. Felizmente, como
estava com os escudos fracos conseguimos danificala. Depois disso ordenei a sala de transporte
que localizasse a fonte de energia deles e a teleportasse de lá. Ela ficou morta no espaço, não
podia nem mesmo se auto destruir. Bom, o mesmo ocorreu com os klingons, já estavam com
muitas avarias para saírem de lá. Quanto a nós, bom, não tínhamos como chegar a lugar nenhum."
"As três naves foram rebocadas. Nunca me disseram o porque das naves romulanas estarem
perseguindo a nave Klingon, só sei que melhorou a nossa relação para com eles. Me promoveram
a Capitão e, para me manterem de boca fechada, deixaramme especificar as alterações da minha
nave. Só que com isso também consegui esbarrar em algum outro segredo. Pedi o sistema defletor
da Enterprise, só que surgiu um grande espaço vazio dentro da nave já que os geradores e
bobinas controladoras do defletor estavam no anel externo da engenharia."
Mas, porque? – perguntou Doller – A Enterprise possui algum dispositivo que a Thunderbold
não possuía?
Também não me disseram, só falaram que eu podia usar este espaço para qualquer coisa
que quisesse, e que não devia fazer perguntas. Assim, criei esta sala, e mais uma de treinamento,
para aproveitar o espaço vago.
Só posso imaginar que a nave klingon devia estar em alguma missão altamente confidencial.
– disse Doller.
Provavelmente. Na verdade, o único motivo da frota assumir que eram duas naves
romulanas, foi porque os destroços ainda se encontravam lá. Mas chega de falar disso, o que
vocês já descobriram?
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Bom senhor – disse Diana – sabemos que não foi a sobreposição de dobras que nos trouxe
aqui.
Não foi?
Terak entrou na conversa, com as suas informações.
Analisamos as galáxias ao nosso redor, verificando a velocidade com que se movem, e o
tempo que a luz emitida por elas levou para nos alcançar, montamos o modelo do universo do
nosso novo ponto de vista. Computador, mostrar mapa número 36.
No centro da sala, uma gigantesca holografia de vinte metros de formou, mostrando o universo
conhecido.
Sobreponha com mapa número quatro.
Um outro universo, com as estrelas em vermelho, surgiu.
Estas são as galáxias que vemos de onde estamos. Este – apontou para a holograma – é o
ponto onde estávamos onde tudo começou, e a nossa atual posição está sobreposta a esta.
Computador, linkar ponto de origem e destino e ajustar os mapas para sobreposição total.
O universo indicado em vermelho começou a girar, para se encaixar no branco, uma linha
começou a ser traçada, à partir da Via Láctea. Após alguns instantes, as estrelas vermelhas e
brancas se uniram, deixando o universo unificado. A linha formada entre a Via Láctea e onde
estavam cruzava o centro do universo até chegar ao outro extremo.
Levaria mais de cento e vinte mil anos para chegarmos aqui em dobra máxima.
Jevlack observou melhor a galáxia onde estavam, agora, sem estar misturada a outra, a visão
era mais nítida. Parecia um monte de poeira que tinha sido soprado ao vento.
Forma estranha de galáxia.
Sim – disse Doller – provavelmente distorcida por alguma outra galáxia que passou próxima.
Jevlack ficou curioso.
Temos mapeadas todas as galáxias e velocidades?
Sim – respondeu Diana – temos.
Computador – pediu Jevlack retroceda mil anos por segundo no holograma e pare quando
eu pedir.
O holograma começou a se animar, as galáxias se moviam e a que observavam também.
Conforme era simulado o retrocesso do tempo, a galáxia ia se unindo, como um filme de poeira
soprada ao vento rodado ao contrário. No entanto, surpreendentemente, nenhuma outra galáxia se
aproximava desta.
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Mas havia outra surpresa no final, após um minuto e meio, as estrelas da galáxia formaram
uma bola, depois, continuando o processo começaram a se expandir para o outro lado.
Pare! – pediu – avance a simulação pelo mesmo padrão.
A galáxia voltou a formar uma bola.
Pare! – pediu novamente – Qual o tempo estimado?
"Menos oitenta e seis mil anos."
Uma esfera perfeita – sussurrou.
Era estranho uma galáxia sofrer esse tipo de deformação sem um grande campo gravitacional
que o justificasse. Talvez fosse um gigantesco buraco negro que passou a margem dela. A linha
formada anteriormente ainda estava indicada, Jevlack a seguiu com os olhos até o ponto de
origem. Nova surpresa, havia um espaço vazio na Via Láctea, aparentemente do mesmo tamanho
da galáxia vista antes.
Ficou olhando para ambas, por um bom tempo.
Computador, sobrepor ponto de origem e destino, no display atual. Ampliar para visualizar as
duas galáxias em questão.
Conforme o computador unia as galáxias, o holograma era ampliado. Finalmente, as duas
galáxias se encaixaram , de forma perfeita.
Fascinante – disse Terak.
Colorir estrelas da galáxia em que estamos em amarelo.
Uma esfera em amarelo surgiu dentro da Via Láctea.
Terak, o que poderia ter arrancado um pedaço da nossa galáxia e a posto do outro lado do
universo?
Não tenho certeza, senhor, mas isso explica o porque dos humanos daqui serem
fisiologicamente idênticos a vocês, com traços asiáticos, africanos e europeus. Computador,
indique a posição da Terra em azul.
Um ponto azul surgiu na tela, extremamente próximo a esfera agora amarela.
Talvez tenha ocorrido uma ruptura no continuum espaço. Isso explicaria como foi que nós
viemos parar aqui. Atravessamos alguma fenda remanescente de um impressionante hecatombe
galáctico. Provavelmente o mesmo que sepultou a primeira grande civilização desenvolvida da
Terra. Capitão, precisaremos de informações dos rebeldes.
Lisa, que até então apenas observara, disse.
Os planetas de Omicron IV que íamos mapear, tinham ruínas de civilizações extintas. Todas
elas com cerca de oitenta e sete mil anos.
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Computador, indicar o sistema de Omicron na simulação em verde.
Vários pontos surgiram, todos na periferia da esfera.
Sim. Omicron estava próximo quando este pedaço da galáxia foi arrancado. E estávamos
indo para Omicron quando ultrapassamos a dobra 10. A Distorção dos campos pode ter causado
uma nova ruptura em uma região ainda instável da nossa galáxia.
O Almirante me disse que tinham sido detectadas estranhas flutuações de energia em
Omicron IV – comentou Jevlack.
Então, estamos no caminho certo. Capitão, se me der permissão, gostaria de falar com os
pilotos rebeldes a bordo da Starfleet.
Concedida. Mas não faça acordos.
Sim senhor. Oficial Doller, faça uma análise do espaço continuum ao nosso redor. Analise a
curvatura do espaço e a compare com a que temos registrada do sistema Omicron.
Certo. Diana, vamos trabalhar.
Terak saiu da sala.
Lisa, gostaria falar com você, em particular.
Ela anuiu. Ambos seguiram para o gabinete de Jevlack.
****
Tinha dito que os sistemas gerenciadores atuaram varias vezes, para corrigir o mesmo
problema. Nada aparecia nos registros. Era como se alguém tivesse comandado a geração
incorreta dos campos, mas ninguém poderia ter feito isso de forma tão eficiente e por tantas vezes
seguidas. A não ser que fosse o próprio computador. Decidiu verificar qual o comando que
Greyson, inadvertidamente acionou.
Após examinar os dados, ficou surpreso! Não era a toa que os motores ficaram doidos.
Quando Greyson espalmou a mão no painel, a emergência foi tão grande que antes dos sistemas
gerenciadores atuarem, um outro protocolo, o de emergência extrema, acionouse antes. Este
protocolo fazia os computadores entregarem o controle a nave mais próxima! Fora criado
unicamente para as naves de treinamento, caso ocorresse tal evento. Mas o absurdo foi que o
computador da Starfleet não avisou sobre isso. Algum idiota da manutenção da doca espacial
esqueceu de ativar o aviso. Continuou examinando para saber até aonde foi a falta de cuidado
com os sistemas da nave.
Comandante, estou detectando uma nave vindo em nossa direção, em dobra três.
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Na tela – disse Matias.
A ponte da Starfleet estava a mesma confusão que da Thunderbold, mas felizmente, agora
somente do lado direito, permitindo que fosse possível algum comando. Uma estranha nave
apareceu, ,parecia duas caixas unidas por uma espécie de ponte.
Mande a imagem para a Exceler, pergunte se é a nave que estão esperando.
Sim senhor.
Ficou observando a nave enquanto aguardava a resposta.
Confirmado, realmente é a nave que esperam. Chegará em pouco mais de duas horas.
Então, volte a analisar a estação.
Com certeza, eles os estavam sondando, nada mais justo que sondalos também.
Eu tenho de ir a Thunderbold, assumir o meu posto lá. Doller, o comando é seu até a
Comandante Tirvik ou a Capitã Donner assumir.
Entendido.
Matias seguiu para a sala de transporte.
Era bem simples, uma janela para ver as estrelas, uma mesa encostada a parede, um lavatório
e um sintetizador. Havia dois modelos de naves, um que ela nunca tinha visto, mas era um pouco
similar ao Phoenix, a primeira nave terrestre a alcançar a velocidade da luz, e um outro – este um
holograma , que sem dúvida era de uma nave classe Constitution, idêntica a Starfleet. Só que
estava danificada! A sessão disco estava cortada ao meio, e as nacelas estavam rompidas. Havia
várias marcas negras em sua fuselagem, como se tivesse sido bombardeada. Decidiu perguntar
sobre ela se a ocasião permitisse.
Sim – começou ela – qual é o problema?
Ele estava sério.
Acho que, além de termos vindo parar no outro lado da galáxia, no meio de uma guerra,
também chegamos no momento em que algo muito grande está para acontecer.
Ela nada disse. Com certeza a experiência dele estava sendo aplicada naquele instante.
Quando estávamos inoperantes – prosseguiu localizamos uma nave a três quilômetros de
distancia. Era bem parecida com aquela que quase nos pegou ontem, porem bem menor. Ela
deixou doze naves menores, e partiu. Aquelas naves pequenas nos atacaram. Bom, conseguimos
resolver o problema e logo depois localizamos o seu sinal. E, pelo que Lauriel me contou esta
manhã, os rebeldes fizeram a mesma coisa com a Starfleet, pois sua nave, a Liberdade, tinha uma
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missão urgente. Ou seja, nem os imperiais, nem os rebeldes arriscaram as suas naves em um
possível confronto. E as naves pequenas só se lançaram contra nós depois que a nave base
partiu, ficando fora de possível represália. Com certeza, o Império também tinha enviado outra
nave.
Faz sentido – disse ela – Se realmente os rebeldes e os imperiais estão tramando um grande
ataque um contra o outro, é natural que não arrisquem naves que teriam funções estratégicas. E,
provavelmente deve ser uma grande operação, próxima a onde estávamos, uma vez que tanto
uma nave rebelde quanto uma nave do Império "coincidentemente" estava na mesma área em que
paramos.
Não deve ter sido coincidência. Deve haver várias naves naquela área manobrando para
suas "janelas" do hiperespaço, para chegar ao seu destino. Nós apenas cruzamos o seu caminho.
Deve ser algo muito importante, pois se aquela nave nos tivesse atacado, não estaríamos aqui
agora.
Importante demais para se arriscarem – acrescentou.
Não creio que os pilotos que partiram da Liberdade saibam o que seria. Não os deixariam
para trás se soubessem. Lauriel falou que deixaram as cinco naves que estavam disponíveis para
interceptar a Starfleet. Acho que foram os cinco pilotos que com certeza não conheciam o objetivo
da missão.
Então podemos vir a estar bem no meio de uma batalha global da rebelião e do Império?
Talvez. Pelo sim e pelo não, não podemos confiar nos rebeldes. Eles precisam de qualquer
vantagem possível, e temo que não hesitarão em nos atacar para conseguir nossos dispositivos.
Só com os sintetizadores, poderiam construir quantas naves quisessem. Isso lhes daria
supremacia frente aos Imperiais.
Acha que poderiam conseguir isso?
Só temos duas naves, e esta galáxia é apenas duas vezes e meia maior que o espaço
explorado pela federação. Não teríamos onde nos esconder. E não poderemos nos manter alheios
a esta guerra por muito tempo, principalmente com os dois lados querendo por as mãos em nossas
naves. Se não conseguirmos voltar, teremos que tomar partido, porque este será o nosso mundo
então. E a primeira diretriz perderá o significado, pois faremos parte desta cultura.
Lisa ficou pensando nas possibilidades. Não queria escolher nenhuma delas. Mas, se ficassem
muito tempo ali, acabariam enfrentando um possível motim pela tripulação.
E qual a sugestão no momento?
Primeiro, descobrir se podemos voltar, e, se não pudermos, informar a tripulação, e deixalos
escolher o que fazer. Tentar ficar a margem, escolher um partido, ou criar um novo lado, o nosso.
Você teria alguma outra?
Pensou por um momento.
E se tentarmos negociar a paz entre eles?
Jevlack sorriu.
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Duvido que algum dos lados saiba como isso realmente começou. Pelo que Sornim disse a
você, e eu ouvi a gravação ontem a noite, esta galáxia sempre teve guerras. Esta de agora está
apenas unindo as guerras menores em dois lados. Talvez esta seja a última.
“Capitão?" – era a voz de Terak no comunicador.
Prossiga – disse Jevlack.
Capitão, creio que consegui informações suficientes para descobrir como viemos parar aqui.
Gostaria de marcar uma reunião para as 19 horas, na sala tática, e também convidar o General
Sornim.
Porque o General deve participar?
Creio que a informação também será de interesse a ele.
Muito bem, pode informalo.
Sim senhor, Capitão.
Bem – disse Jevlack – Pelo menos uma boa notícia.
Lisa anuiu. Mas isso não significava que poderiam retornar.
****
Sornim não estava satisfeito. Quase vinte e quatro horas depois do atentado, ainda não tinham
nenhuma pista de quem poderia ser o sabotador. Felizmente, não foi detectada nenhuma
transmissão partindo de sua nave. Talvez ele tivesse morrido na explosão do hangar, talvez não. E
agora tinha que pensar no seu relatório para o comando rebelde.
E o que iria dizer? Que os estrangeiros podiam sintetizar qualquer coisa? Que podiam
transportar objetos? Que viajavam acima da velocidade da luz? Que tinham sensores capazes de
captar outros objetos no hiperespaço? Que eram humanos idênticos a eles?
Sim, devia dizer tudo isso. E como aceitar a ordem que viria depois? A de tomar esta
tecnologia a força, já que eles não iriam fornecela para eles?
Senhor, o Oficial de ciências Terak deseja lhe falar.
Pelo menos teria ainda algum tempo antes de tomar a decisão.
Capítulo 10
Tirvik estava com Matias, em uma sala de treinamento dentro da Thunderbold. Ela o estava
treinando para que estivesse preparado para os comandos rápidos que Jevlack dava, bem como
nas estratégias que só eram usadas na Thunderbold.
Giro rápido a bombordo disse Tirvik.
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Matias acionou os comandos, inclinando a "nave" a estibordo e logo em seguida girandoa de
forma absurdamente rápida em 130 graus a bombordo. Quem estivesse perseguindo a nave
pensaria que iriam a estibordo, apenas alguns instantes depois perceberiam que foram enganados.
Coice de Mula!
A nave simulada fez um giro extremamente rápido, de 360 graus, cujo centro era a seção
disco. O controle de gravidade simulou a efeito da manobra na sala, Matias foi violentamente
pressionado a frente contra o console. Essa manobra era para atingir naves oponentes que
estivessem cercando a Thunderbold. Se bem que se estivessem muito próximos a outra nave, esta
levaria um verdadeiro "coice", daí o nome. Claro que as nacelas seriam arrancadas, neste caso.
Ataque máximo! ordenou Tirvik antes que ele pudesse afastarse do painel.
Matias manobrou para que a nave inimiga pudesse ser atingida com o maior número de
phasers possíveis. Esta foi a primeira manobra que Tirvik ordenou que ele tinha aprendido na
academia. Todas as outras eram novidades, e, possivelmente só a Thunderbold era capaz de faze
las, pois nenhuma outra até onde ele sabia podia fazer manobras tão rápidas assim.
Muito bom para quem não tem nenhuma experiência, mas muito lento para o pode vir a ser
necessário disse Tirvik sorrindo.
Muito lento? Ele ainda estava tonto pelos rápidos movimentos simulados.
Comandante, pode me dizer como a Thunderbold pode fazer estas manobras? E o efeito
delas é realmente esse? Os amortecedores de inércia não são capazes de compensalos?
Você com certeza reparou que nas nacelas do Thunderbold existem algumas aletas. Por
acaso não pensou que seriam só de enfeite certo?
Bem, eu realmente não cheguei a pensar nisso.
Assim como na Enterprise, essas aletas servem para melhorar as manobras em velocidade
de dobra, pois possuem injetores de plasma. Muito pequenos, é verdade, mas podem gerar
campos de dobra laterais que permitem um excelente controle. Cada aleta gera um campo.
Infelizmente, devem ser usados apenas em situação de batalha, pois, as bobinas que controlam
esse fluxo precisam gerar campos de contenção muito estreitos e muito poderosos, e acabam se
queimando depois de vinte minutos, mais ou menos. Jevlack apenas pediu para configurar estas
bobinas para que pudéssemos usalas em velocidade de impulso. E, com base nelas, criou estas
manobras meio doidas. Infelizmente, os amortecedores de inércia não foram projetados para
compensar esse tipo de uso na seção disco, e sua eficiência acaba prejudicada porque não
podemos reconfiguralos. Seria preciso reprojetálos, e a frota não quis isso. Na verdade, não
aceitou nem a configuração que foi pedida. Foi feita sem autorização.
Realmente, agora Matias começava a concordar com o que Lisa tinha lhe dito, Jevlack não era
muito convencional.
Existe ainda algumas manobras arriscadas continuou Tirvik o ataque final e a queima de
escudo.
Como? Matias estava mais surpreso que antes, quando Tirvik começou a lhe ensinar as
manobras que acabara de fazer.
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A queima de escudo funciona da seguinte forma: Contraímos os nossos escudos ao máximo,
e aceleramos em dobra até estarmos a menos de cem metros da nave inimiga, O Capitão diz qual
o escudo que deve ser "queimado", o navegador, no caso você, gira a nave de forma que o escudo
indicado esteja de frente para a nave oponente, o escudo é desligado, e religado imediatamente de
forma que quando ele se formar, se mescle aos escudos da outra nave.
Mas isso irá queimar a bobina geradora de ambos os escudos – disse Matias, surpreso.
Por isso o nome, queima de escudo. Logo em seguida, disparamos a queima roupa.
Já fizeram isso alguma vez?
Sim no dia em que ele a desenvolveu disse esboçando uma risada contida Foi até
engraçado. Quando estávamos de patrulha na zona neutra romulana, há uns oito meses,
captamos uma nave romulana que por algum motivo se descamuflou. Talvez para nos atacar de
surpresa, eu não sei. O Capitão Jevlack obviamente entrou em contato e solicitou "gentilmente"
que saíssem do território da federação.
Gentilmente como?
"Ou comecem a guerra agora ou saiam de minha vista" disse imitando a voz do Capitão.
Nossa! deu um assobio.
Pois é! A resposta foi, "então comece com a guerra".
Matias nada disse, estava ansioso para saber o que aconteceu.
Bem, Jevlack cortou as comunicações e falou para Oshiro e o armeiro o que deviam fazer.
Disse em voz baixa de forma que ninguém alem deles, e além de Terak e eu pudéssemos ouvir.
Você sabe que a audição vulcana é muito apurada.
Sim concordou, já tinha tido alguma experiência em primeira mão desta característica. Foi
vergonhosa.
Bem, eles olharam para ele como se o Capitão tivesse enlouquecido, mas nada disseram.
Jevlack voltou para a sua cadeira, e disse "Queima de escudo, estibordo". Digame o que você
acha que Oshiro fez.
Configurou as coordenadas, contraiu os escudos, lançouse em dobra, parou nariz a nariz
com a outra nave, girou a bombordo, o operador das armas desligou os escudos de estibordo e os
religou, queimando a bobina de ambas as naves, depois ele voltou a ficar nariz a nariz com a nave
romulana e disparou.
Quase! o Capitão não tinha ordenado para disparar.
E o que ele fez?
Apenas abriu um canal e disse "Sumam da minha frente ou morram", e começou a fazer uma
contagem regressiva a partir de 5.
E o que eles fizeram?
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Quando a contagem estava no três, eles simplesmente sumiram.
Matias começou a rir. Era uma incrível história. Mas também denotava que o seu novo Capitão
era um grande estrategista, sacrificando recursos de sua nave para poder dominar a nave inimiga.
Devia ser um excelente jogador de xadrez.
Infelizmente, depois deste incidente a frota nos deu um castigo – continuou Tirvik ficamos os
últimos seis meses patrulhando a fronteira Klingon. Como se fosse necessário.
Realmente, depois do tratado, não havia porque patrulhar esta fronteira, as naves da
Federação e do império Klingon podiam atravessala livremente.
É uma pena que nenhuma outra nave da frota tenha tal capacidade de manobras comentou
Matias, procurando evitar mais comentários a respeito das ordens do alto comando.
E provavelmente não a terão. O alto comando é muito conservador. E míope.
Bem, ele tinha tentado.
De onde que ele tirou essa idéia de partir em dobra em um espaço tão pequeno?
Acho que foi um comentário de um cadete que fez estágio aqui, quando Jevlack ainda era
Imediato. Creio que era francês.
Não foi original, mas tinha aproveitado a idéia.
E a outra manobra? O ataque final?
Esta é automática, apenas o Capitão pode acionala. E, justamente por isso, ela pode ser
mantida em segredo. Somente os altos oficiais a conhecem, e só o Capitão poderá explicala. Se
você estivesse aqui como Imediato, eu lhe diria. Mas posso dizer que qualquer objeto com mais de
um metro que esteja a oitenta quilômetros de distância, em qualquer direção, será atingido.
Qualquer objeto?
Sim, claro que não será um grande dano, mas essa manobra dura por quinze minutos. Daria
para destruir de cinco a seis daqueles destróieres estelares do Império. Mas não poderemos mais
fazer estas manobras rápidas pelas próximas seis horas, que é o tempo que as bobinas levam
para serem esfriadas. E quanto mais destas outras manobras fizermos, por menos tempo o ataque
final poderá ser utilizado. Por isso é chamado de ataque final. Ele põe um ponto final em nossas
estratégicas únicas. Só um aviso, se o Capitão falar ataque final, amarrese na cadeira com os
cintos de gravidade zero. Vai precisar.
Depois de tudo o que vira até então, Matias nem por um instante precisou imaginar o porque.
Ataque duplo, 100 graus – falou rápido Tirvik.
Rapidamente deu o comando para a manobra, se preparando para a nova série de montanhas
russas que ira enfrentar. Ainda bem que ele não tinha comido nada no café da manhã.
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A bordo da Exceler, Sornim terminava o seu relatório. Iria envialo assim que tivesse a
confirmação de que seis naves tinham decolado antes da explosão do hangar e que apenas cinco
se encontravam a bordo da Starfleet. Se fosse verdade, isso poderia indicar que o sabotador partiu
na nave desaparecida. Seria preciso avaliar os registros dos sensores da Starfleet, se a nave havia
entrado no hiperespaço. Já havia feito um pedido formal, e assim que a Capitã estivesse disponível
ela estava fazendo um checkup médico teria a resposta.
Rinander se aproximou, pôs a mão na cabeça, balançoua um pouco, como que para espantar
o sono, e disse:
Senhor, o relatório final dos danos. O hangar ficara indisponível por mais um dia. Não foi só
um ywing que explodiu, parece que havia várias cargas explosivas colocadas estrategicamente no
hangar, de forma que o controle de gravidade e dutos de energia estão irremediavelmente
destruídos. Teremos de substituílos. A nave que chegará tem todo o material necessário.
Há quanto tempo você não dorme? Perguntou o General.
Desde ontem, senhor.
Então vá dormir. Não será útil se por um acaso cair no sono em seu posto. Isso é uma ordem.
Sim senhor disse e obrigado.
Tenente Hander, examine o computador e descubra se houve alguma alteração nos registros
das imagens arquivadas da vigilância da nave, na hora que antecedeu a explosão do hangar.
Sim senhor. respondeu.
Muito bem calculado. Provavelmente um dispositivo de distorção foi posto no núcleo
encarregado de armazenar as imagens, e disparou neste horário. Desta forma, com a quantidade
de desaparecidos o sabotador escaparia sem ser descoberto. Mudaria de aparência e de nome e
eles nunca descobririam quem poderia ser. Mas havia uma coisa de que ele se esquecera, poucas
pessoas teriam acesso à área onde se poderia por o dispositivo para apagar as imagens. Bastaria
avaliar os desaparecidos e determinar quais deles poderiam ter ido até lá sem levantar suspeitas.
Se conseguissem identificalo, saberiam o que ele teria dito aos imperiais, e mudar planos ainda
não implementados.
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Bem? – perguntou Lisa.
Sua saúde esta satisfatória – respondeu o doutor.
Ótimo – disse demonstrando um certo desagrado – agora me diga porque realmente me
convocou para esses exames.
Cameron sorriu ternamente.
Capitães têm o péssimo hábito, embora justificável, de demonstrar vitalidade e força, mesmo
quando não podem. A única forma de eu ter certeza de que a senhora não o estava fazendo era
obrigandoa a vir aqui e fazer os exames.
Não precisava ter pedido a Jevlack para me ordenar isso.
Você teria vindo se não tivesse recebido uma ordem?
Apenas se eu julgasse necessário.
Capitães também têm o hábito de não se deixarem ficar em situação constrangedora. E Lisa
notou que realmente estava agindo como Capitã. Jevlack devia estar certo, ela tinha o instinto.
Saiu da enfermaria e seguiu até o observatório. Era seu local favorito da nave. Aquelas quatro
grandes janelas davam uma visão fantástica de sua maior paixão: As estrelas. Pena que não tinha
uma lua para acompanhalas.
Sentouse de forma a ver as janelas perfeitamente. Podia ver algumas das naves rebeldes
patrulhando a distância. Awings, xwings, shuttles. Os rebeldes não descansavam. E nem
poderiam. Em um constante estado de guerra contra um oponente poderoso, qualquer distração
seria extremamente fatal. A situação que enfrentaram no dia anterior deixou isto bem claro. Mas
uma coisa a incomodava.
Se eles não tinham tecnologia para rastrear naves em velocidade de dobra, ou hiperespaço
como eles chamam, como aquele destróier se posicionou tão perto? Coincidência? De forma
alguma. Sem dúvida, foram informados da posição da Exceler. Mas isso deixava outra dúvida:
Para isso, teriam que ter um espião na Exceler, até ai não muito excepcional. Mas ter um espião,
na nave especialmente designada para fazer contato com eles? Muito estranho. Outra
coincidência? Porém, se não fosse, isso significava que tinham muitos espiões, em muitas naves.
Poderiam fazer um ataque coordenado com base nas informações deles e acabar com a rebelião
definitivamente. Isso não foi feito. Mas podia ser.
Algo grande está para acontecer, foi o instinto de Jevlack. Talvez estivesse mesmo. Mas
esperava não estar mais ali quando ocorresse.
A porta se abriu automaticamente.
Oh, desculpe, não queria incomodar, Capitã.
Era Lauriel.
Não está incomodando, na verdade, podese dizer que eu estava tirando um momento de
folga. Pode entrar.
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Ela assentiu. Sentouse em uma cadeira não muito próxima e também ficou olhando as
estrelas.
Vejo que aprecia estes pontos brilhantes no céu – disse Lisa tentando puxar conversa.
Sim, elas me dão tranqüilidade. Movendose lentamente pelo universo, sem ninguém as
incomodar. Elas me lembram o que eu perdi muito cedo. A inocência.
Posso lhe fazer uma pergunta?
Sim?
Por que se tornou uma rebelde?
Ela riu.
Desculpe, é que eu fiquei esperando por essa pergunta desde que vim para essa nave, alias,
desde que apareci nesta nave. Devia ter visto minha cara quando de repente apareci no seu
hangar com a nave totalmente desabilitada. Pensei que tinha morrido, e que ia ser julgada pelo
que fiz. Foi só quando Ígnea bateu em minha carlinga e falou para eu acordar que percebi onde
estava.
"Bom , acho que a melhor resposta é: não tinha mais o que fazer. Quando tinha doze anos, fui
dada como escrava para um maldito qualquer. E, até aos vinte e dois fui sendo usada e deturpada
como uma coisa. Um dia, ocorreu uma insurreição bem na capital do Império. Alguns rebeldes
planejaram fazer um golpe para minar a arrogância do imperador, libertando todos os escravos. Eu
fui um deles. A afronta foi séria, o imperador baixou um decreto dizendo que onde quer que
aqueles escravos fossem encontrados, deveriam ser enviados de volta a capital, e quem o fizesse
receberia uma gorda recompensa. Muitos foram recapturados graças a isso. Sendo assim, o que
mais eu poderia fazer?"
Parece que você esta muito acostumada a dar esta resposta.
Fiquei tão acostumada a esta pergunta que, confesso, quando fiquei mais de um dia aqui
sem ninguém fazela, achei que não despertava mais a curiosidade de mais ninguém.
Bom, esta é a explicação oficial, e qual seria a verdadeira?
Franziu a testa, obviamente não esperava que sua história não a convencesse.
Queria matar o desgraçado que tornou minha vida um inferno.
Foi o que imaginei. Você me parece decidida o suficiente para determinar o seu destino, não
me pareceu que tivesse aceitado se unir aos rebeldes por falta de opção.
Sou tão transparente assim?
Não. Acho que Jevlack estava certo, tenho instinto.
Lauriel esboçou um sorriso.
E você? Poderia lhe perguntar o que a levou a querer ser Capitã de uma nave?
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Foi a vez dela rir.
Um sonho de infância. Um dia, meu pai levoume para visitar um mundo próximo ao meu
planeta natal, a Terra, então, fiquei encantada com o que vi.
Lisa acionou o console e um holograma de Júpiter apareceu no centro da mesa.
Bonito – comentou Lauriel.
Sim – concordou Lisa – bastante. Fiquei tão maravilhada que resolvi entrar na Frota Estelar
apenas para conhecer mundos tão belos quanto esse. – Mostrou outro holograma – Este é
Saturno, o único planeta em meu sistema natal com anéis visíveis do meu planeta.
Temos planetas com anéis aqui também, mas este me parece ser mais bonito.
Claro que é, mas eu sou suspeita para falar. Assim, entrei para a frota, me formei e, no
momento sou a mais jovem Capitã a integrar a frota. Uma pena ninguém mais saber disso, fui
promovida aqui, pelo meu Comandante, antes dele morrer.
Sinto muito – disse Lauriel.
Eu também. Mas a vida continua.
A vida deve continuar.
“Capitã" – era Soler no comunicador – "a nave de reparos rebelde acabou de chegar, pediram
para nos afastarmos um pouco para lhes dar espaço para manobrar."
Pode fazelo – respondeu – e fique de olho nela.
“Sim senhora"
Depois do que passamos ontem – disse a Lauriel – não quero outra surpresa.
Saiba que faz muito bem – concordou a outra – daria uma excelente Comandante rebelde.
Hum... acho que não fico bem em uniforme laranja. É sexy demais.
Ambas riram.
****
Uma nave de transporte partiu da plataforma rebelde, uma vez que o hangar da Exceler ainda
não podia ser utilizado. Ele iria ser carregado com os componentes e iria fazer uma conexão com a
Exceler, em uma de suas escotilhas auxiliares. A prioridade era o hiperdrive. Depois seriam
transportados os materiais necessários a tornar o hangar operacional novamente.
Fez a conexão na escotilha da nave Kanter, o piloto, Jorge, abriu a escotilha e entrou na nave.
Lá dentro, já haviam pacotes a serem transportados. Chamou seus auxiliares e estes
imediatamente começaram a carregar o transporte.
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Soer estava na ponte do destróier estelar Dankan, ou, melhor dizendo, o General Soer estava
na ponte, observando as estrelas, sendo incapaz de conter sua alegria. Ainda não acreditava.
Darth Vader dissera que tinha um novo posto vago, e que ele, por oferecer os meios necessários
para o seu plano, era a pessoa indicada para ocupalo.
Tudo fora perfeito. O transporte fora capturado quando fazia a baldeação entre as janelas do
hiperespaço. Um distorcedor cuidara para que não pudessem avisar a ninguém do ocorrido. Agora
estes rebeldes capturados estavam sendo transportados para sua posição, para serem
interrogados sobre a localização de sua base. Após a captura da Exceler, ele comandaria uma
operação de ataque a este posto. SEM PRISIONEIROS.
Mas o que o deixava satisfeito era que, com a captura da Exceler, sua escrava também seria
capturada. E, finalmente se livraria da mancha em sua honra.
General Soer, esta chegando uma mensagem codificada do seu homem a bordo da Exceler.
Foi até o monitor de comunicações para ler a mensagem. "O transporte chegou, os
equipamentos já estão sendo desembarcados e instalados. Previsão: oito horas" Soer sorriu. Em
oito horas eles partiriam, em mais sete a armadilha se fecharia. E dois meses depois, Jabba teria
um novo brinquedo.
Chame os chefes de esquadrões, é hora de repassarmos nossa estratégia.
Sim senhor.
Voltou a sua posição, próxima a janela, de onde observava as estrelas. Agora entendia porque
Vader fazia aquilo. Pelo reflexo no vidro, podia ver toda a ponte, e também pensar sossegado no
que fazer. Mas agora estava divagando.
Lembravase de seu planeta natal, onde tinha o título de príncipe e aprendera que sua posição
o tornava superior aos outros. Onde quando o seu pai mandava punir seus serventes por falha ou
desobediência diversas. Seu pai. Era muito tolerante, acreditava que podia fazer aqueles idiotas se
portarem melhor apenas dando um sermão neles. Quando seu pai morreu e ele assumiu o trono,
mudou muitas coisas. Demitiu os serventes e aliouse ao Império. Primeiro, porque seu planeta
tinha uma posição estratégica para um possível avanço deste em seu setor, e, segundo, porque
teria muitos soldados que seriam gentilmente oferecidos a ele para manter seu status e posição.
Só tinha que permitir que usassem seu planeta como base.
Foi logo depois que revogou a lei contra a escravidão em seu mundo. E começou a cobrar
dividas que alguns poderosos tinham para com o seu pai. Alguns davam seus filhos como
escravos para a coroa, como o pai de sua escrava que hoje é Comandante dos rebeldes. Outros,
que tinham pudores em fazer tal barbárie, como eles mesmo diziam, davam suas propriedades e
saiam do reino.
General, os Comandantes o aguardam na sala de conferência.
Estou a caminho – disse.
Ainda bem. Por pouco deixou que a raiva o controlasse.
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Tirvik se materializou na sala de transporte da Starfleet. Pediu permissão para vir a bordo e
foi em direção ao comando, onde assumiria o seu posto. Viu mais pessoas andando pelos
corredores, o que era um bom sinal. A tripulação estava tendo alta.
Chegou a ponte e notou que estava ainda um pouco vazia. Apenas um navegador e outra
pessoa na cadeira do Capitão. E algumas pessoas da manutenção reparando alguns painéis.
Sou a Comandante Tirvik, nova imediato desta nave.
Comandante – disse a pessoa que estava na cadeira se levantando – sou o Alferes Soler.
Bem vinda a bordo.
Obrigada. Mas me parece que não há muito o que fazer aqui.
Onde está a Capitã?
Creio que está em seus aposentos.
Perfeitamente. Mendes? Por favor, mostre a Comandante Tirvik o seus aposentos.
O navegador se levantou, cumprimentoua e pediu para que o acompanhasse.
****
Sornim não esperava que o espião fosse tão esperto. Nenhum dos que desapareceram
poderiam chegar até o local apropriado para por o dispositivo sem ser notado. Teria que considerar
que todos eles, os desaparecidos, eram suspeitos. Já havia enviado o seu relatório e aguardava
instruções do comando sobre qual o seu próximo objetivo. Seu ordenança lhe avisou que deveria ir
a Thunderbold para participar de uma espécie de palestra que Terak daria. Como o hangar ainda
não poderia ser usado, teria que contar com o teleporte deles.
Na hora indicada, disse que estava pronto. Dois de seus seguranças iriam junto. Por um
instante, tudo o que via oscilou, depois surgiu a sala de transporte da Thunderbold.
Bem vindo a bordo, General, se quiser me acompanhar – disse o segurança que o
recepcionara.
Creio que podemos começar – dissera Jevlack.
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Terak ficou a frente deles.
Cavalheiros, e, senhoras. Formulei uma teoria para explicar o motivo de termos vindo parar
aqui. E, através dela, também foi possível especular o porque da tecnologia que os nativos desta
galáxia usam possuem conceitos tão diferentes da nossa. Convidei o General Sornim pois, certas
informações necessitam ser de seu conhecimento, e creio que ele concordará que eles não devem
utilizala.
"Entrevistei os pilotos rebeldes a bordo da Starfleet, conforme o Capitão me permitiu. Perguntei
sobre suas lendas, sobre algum evento longínquo de grandes proporções. Todos me falaram de
uma guerra global, envolvendo dezenas de facções ao mesmo tempo, em um único setor."
Sornim conhecia esta lenda. Ela explicava a origem da força.
Segundo eles, os deuses ficaram enfurecidos com a situação, e castigaram todos os
envolvidos, deixando suas máquinas de combate e demais dispositivos de conforto inúteis. Levou
milênios, na verdade, várias centenas de milênios até que uma raça conseguisse desenvolver algo
que pudesse operar. Radicalmente diferente do que tinham antes.
General Sornim. Nossas pesquisas nos revelaram que esta galáxia onde estamos, um dia já
foi parte da nossa. E que provavelmente um impressionante rompimento no continuum espaço
arrancou todas as estrelas, raças e planetas aqui existentes de lá. Estas imagens são de algumas
ruínas que encontramos em mundos que um dia ficaram na periferia desta catástrofe.Surgiu o
holograma de um templo com algumas inscrições.
Sornim não pode conter sua surpresa.
Estas inscrições... São de meu povo. – ficou de pé A língua dos antigos.
Estavam em um dos planetas recém descobertos no limite de nossas explorações, em nossa
galáxia. Pelo que foi possível traduzir. Diz que neste templo jaz os últimos remanescentes de um
tolo povo que preferiu lutar para vencer e não pela paz.
Sim, pode ser traduzido assim – disse Sornim, voltando a se sentar.
Aquele estilo de arquitetura fora abandona pelos seus há mais de cinqüenta mil anos.
Minha teoria, parte de algo que a frota está começando a estudar. O efeito que a viagem em
dobra causa no continuum. Já houve casos de naves que retornaram no tempo, graças a uma
falha nos campos ou a presença de um objeto de gravidade maciça. É até possível que uma falha
nos geradores de dobra da USS Defiant a tenha feito entrar em uma dimensão temporal. Esta foi a
primeira nave que temos o registro de ter desaparecido de nosso continuum. – disse a Sornim
"Acredito que todos as facções envolvidas usavam campos de dobra para viajar pelo espaço.
E, na batalha global que ocorreu, aquelas milhares de naves distorcendo o espaço em um local tão
reduzido romperam o tecido de nossa realidade, causando o efeito de ira dos deuses"
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"No entanto, apesar de ser plausível, isso não explica o porque de uma área tão grande ter
sido afetada por este acontecimento. Não deveria passar de alguns anosluz. Talvez realmente
existe algo mais nesta chamada ira dos deuses."
Um holograma surgiu, de uma galáxia. Uma área esférica verde apareceu dentro desta.
Esta foi a área afetada pela distorção. Computador, indique o planeta Terra em azul. Este é o
planeta natal de todos os humanos, mesmo de vocês – disse se dirigindo aos seguranças que
estavam na porta. Como podem ver estava muito próximo a área que foi atingida, mas não em sua
periferia. Há uma teoria de que os humanos tiveram um período de glória no passado, mais ou
menos na mesma época em que esse evento ocorreu. Computador indicar área secundária.
Em vermelho, uma outra esfera surgiu, englobando a primeira e ocupando mais trinta por cento
da primeira área.
Todos os sistemas que a Federação possui hoje ficariam inoperantes nesta área. Os
terrestres da época voltariam a idade da pedra. Principalmente devido a destruição que as ondas
de choque teriam provocado. Mesmo em vulcano há algumas referências de uma época em que
toda a vida no nosso planeta quase foi levada a extinção. O período em que isso teria ocorrido é
compatível, cerca de novecentos mil anos. Provavelmente as estranhas leituras que ainda hoje
temos esporadicamente na área conhecida como triângulo das bermudas deve ser um resquício
deste efeito. Computador, mostrar a Via Láctea, na atualidade. Indicar área em que ocorreu a
ruptura do continuum em vermelho.
Um momento disse Jevlack Pelo que me lembro, o período seria de noventa mil anos.
Sim Capitão, mas descobri outros fatores que me fazem acreditar que seriam de novecentos
a dois milhões de anos. Chegarei a eles oportunamente.
Muito bem.
No holograma, uma área alongada na galáxia surgiu.
Computador, indique em amarelo os locais em que distorções no continum foram detectados.
Vários pontos surgiram. Todos eles dentro da área vermelha.
Mesmo hoje em dia, os efeitos daquele evento podem ser sentidos. Nossos motores de dobra
causam distorções no espaço, muito menores e praticamente insignificantes, porém de efeito
cumulativo. Se uma rota for usada centenas de vezes durante algumas décadas, efeitos no
continuum poderão ser detectados. Por isso a frota atualmente estuda novas formas de viajar sem
correr este risco.
"Nossos motores de dobra se sobrepuseram, e isso nos levou até Omicron IV em poucos
minutos, pois atingimos a dobra 10.03. Computador, indique o sistema Omicron em azul. "
No centro da maior área indicada em vermelho, surgiram quatro pontos azuis.
disparados. A destruição do reator da Starfleet só garantiu que a distorção de nossos campos
parasse. Não foi ela quem parou a nossa aceleração.
O que causou a distorção? – perguntou a Capitã Donner.
Segundo o engenheiro Carlos, havia uma falha no sistema gerenciador dos motores. Eles
foram criados originalmente para a nave classe Eagle, que possui uma única nacela de dobra.
Quando foi acionado, cada nacela de dobra da Starfleet gerou o seu próprio campo, como se fosse
a Eagle. Como outros sistemas controlam a sincronia das nacelas, estes interferiam e tudo voltava
ao normal. O motivo da Thunderbold apresentar o mesmo problema, se deve ao controle de
emergência ter sido acionado. A nave mais próxima assumia o comando dos motores da Starfleet,
no caso, nós. Só que o sistema gerenciador com defeito, também começou a afetar os nossos
motores, pois os nossos sistemas interpretavam que uma das nacelas não funcionava.Quando o
comando de emergência é acionado, os sistemas de ambas as naves trabalham em conjunto. A
falha do sistema se deve ao fato de que ele não informava ao computador principal de nenhuma
nave que estava sendo executado. Ou seja, os computadores interpretavam a assincronia das
nacelas como fato comum, até que foi impossível compensar a distorção.
Nem quero saber as chances disto ter ocorrido, prossiga – disse Jevlack.
General, quando esta galáxia foi inaugurada, a distorção no continuum era total. Nenhum
veículo que se movesse em dobra poderia manobrar. Sistemas baseados em fusão de matéria e
anti matéria ficariam inoperantes. Isso por mais de setecentos mil anos.
"Teleportes não funcionariam, seria impossível sintetizar qualquer coisa. Tudo o que o senhor
viu nós fazermos seria impossível neste período. Pois a geometria espaçotempo estavam
alteradas. Alias, elas ainda se encontram alteradas. A velocidade da luz, aqui, equivale a nossa
dobra três. Por isso suas naves viajam nesta velocidade. Sua tecnologia foi criada para operar em
uma situação muito peculiar. Que ainda existe, mas já pode ser vencida por outros sistemas, como
os nossos. Suas naves viajam baseadas em manipular as partículas de grávitons, modificando a
gravitação ao redor da nave e compensando a aceleração com antigravidade, de forma correlata a
nossa gravidade artificial."
Não disse que a física está alterada aqui? – perguntou Doller.
Disse que as constantes universais foram alteradas, não seus interrelacionamentos.
General, se suas naves estivessem em nossa galáxia, que está muito mais estabilizada que a sua,
elas seriam bem mais rápidas que agora, e mesmo os seus turbolazers teriam mais potência.
Porque? – perguntou Jevlack – Uma vez que nós também estamos aqui, porque nosso
equipamento não foi afetado pela distorção ainda existente?
Não creio que nosso equipamento não tenha sido afetado. Na verdade, tenho sérias
ressalvas ao afirmar que as constantes foram alteradas. Se elas realmente estivessem alteradas,
nós não poderíamos estar vivos, pois viemos de uma realidade diferente. Desde hoje de manhã,
quando o senhor fez o retrocesso no holograma para satisfazer sua curiosidade, reparei que algo
estava errado. O computador disse que foram retroagidos apenas noventa mil anos, no entanto, tal
cataclismo não poderia ter ocorrido há tão pouco tempo. Pelos meus cálculos de movimentação
das estrelas, deveria ser no mínimo de dez a vinte vezes mais. Fiz alguns exames nos nossos
sistemas, e aparentemente nada está errado.
"Talvez a única explicação aceitável, é que na verdade a nossa dobra três esteja agora
equivalente a velocidade da luz, e não o contrário. É possível que a geometria tempoespaço daqui
afete de alguma forma desconhecida a calibração de nossos sistemas, e, no momento, não tenho
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como determinar isso. No entanto, posso afirmar que fenda que nos trouxe até aqui, ainda está
aberta. Segundo os dados colhidos pelo senhor Doller, o continuum daqui está sendo levemente
estabilizado. Isso significa que algo está acelerando o processo, do contrário isso não poderia ser
captado em um intervalo tão curto de tempo. Acredito que quando fomos sugados, parte de nosso
continuum também foi, causando uma estabilidade maior aqui. Porém, foi mais do que ela poderia
suportar, portanto, aproveitando a brecha que foi aberta, esta realidade está jogando o excedente
de volta, pela mesma fenda. Como o impulso é extremamente violento, envia mais do que deve, e
suga novamente o que falta. Ou seja, esta geometria espaçotempo está respirando, e irá parar de
fazelo quando se estabilizar. Provavelmente em seis meses."
General – prosseguiu Terak – pelo que me informei, esta galáxia possui milhões de naves
que podem viajar entre mundos. Mesmo suas naves menores. O que aconteceria com o tecido
desta realidade se todas elas se movessem em dobra, como nós? Como aquelas milhares de
naves daquela guerra que criou esta galáxia?
Que a força nos proteja – murmurou.
Ambas as galáxias sofreriam os efeitos. Existe ainda alguma espécie de ligação entre ambas,
a prova é que nós estamos aqui. Talvez esta seria arremetida de volta, causando uma distorção
que não pode ser avaliada.
Então – disse a Capitã Donner para voltarmos, temos que achar a fenda que nos trouxe,
esperar que esta galáxia "solte o ar", e pegar uma carona?
Sim, tecnicamente seria isso.
E onde estaria esta brecha?
Computador, mapa setenta e cinco.A galáxia onde estavam apareceu, e havia uma área
indicada em azul.
Pelas nossas triangulações, em algum local da área indicada.
Então – disse Jevlack se levantando – já temos um curso quando formos partir. Mais alguma
coisa, Terak?
Sim Capitão, teremos que fechar a fenda com uma explosão de energia.
Por que? Não disse que a realidade daqui se estabilizara em seis meses?
Sim, mas existem duas maneiras para isso ocorrer. Ou esta realidade não tem mas
capacidade para manter a fenda aberta, ou a equilíbrio será tal que a mesma será sugada de volta
para a sua origem. Seus planetas e estrelas seriam esmagados pela fenda, e sairiam pelo outro
lado apenas como energia, o que também causaria muitos danos.
Não entendi. Por que isso ocorreria?
Capitão, esta galáxia foi arrancada de seu local de origem por forças que provavelmente
poucas espécies neste Universo seriam capazes de compreender. A mesma força, a qual nós não
fazemos a menor idéia se é conhecida ou não, permitiu uma nova conexão entre ela e a nossa,
talvez com nossa ajuda, talvez não. As leituras de energia que o Almirante falou podiam já ser o
prenuncio de uma abertura inevitável. A geometria espaço tempo está sendo equilibrada por uma
velocidade inconcebível. Na verdade, a simples teoria de que tudo isso poderia ocorrer seria
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inconcebível. Mas o fato é que esta galáxia está sendo sugada de volta, só isso explicaria a
estabilização rápida. Mas não tenho como explicar como já pode estar atuando na área em que
estamos. A menos que a força básica envolvida seja algo que ainda não conhecemos.
E como supõe fazer isso? parecia pedir desculpas.
Causando uma implosão nos campos de dobra de uma de nossas naves, a Thunderbold ou a
Starfleet. A
Thunderbold seria mais indicada. Isso causaria um efeito de supernova que atingira a fenda
com força suficiente para obliterar a estabilização do continuum, fechandoa.
Pensarei nisto quando chegar o momento. General, tem algo a acrescentar?
Sim, o comando rebelde, com essa informação, sem dúvida irá auxilialos na tarefa. Se me
der licença, gostaria de voltar a minha nave.
Perfeitamente, Terak, por favor, acompanhe o General até a sala de transporte.
Sornim retornou a Exceler.
Capítulo 11
A Revenger fez a aproximação normal para pousar na sua nave base, a Storm. Quattronni,
como sempre, manobrou a nave com precisão. Sua escolta composta por dois xwing pousou logo
depois. Os transportes que levavam seus homens já tinham pousado. Acabavam de retornar do
setor Triton. Seus homens saiam dos transportes e seguiam imediatamente para os seus postos.
Sua força composta pela nave Storm, uma fragata fornecida pelo Império em troco de serviços
prestados, oito corvetes corelianos e uma fragata calamari receberam ordens de já se posicionar a
menos de trinta segundos do ponto de partida para o próximo objetivo. Apenas aguardariam que
ele desse a ordem.
Houve um motivo para que ainda não tivessem partido. Fora descoberto um espião, alias, uma
espiã, entre eles. Não importava para quem estivesse espionando, ele não interrogava espiões.
Em seu conceito, espiões são as mais baixas formas de existência que se pode conceber.
Soldados incompetentes ou idiotas eram simplesmente demitidos ou expulsos, dependendo do
tamanho da besteira que tivessem feito. Traidores recebiam execução sumária, porém rápida e
indolor. Afinal, um traidor nada mais é que um antigo aliado que mudou de opinião no momento
errado. Espiões eram mortos de formas agonizantes. E ainda assim era muito bom para eles. Na
sua concepção, um espião é alguém que finge ser seu aliado, desde o começo se preparando para
apunhalalo pelas costas.
O ultimo fora fechado em uma sala com larvas de vermes cardorianos. Os vermes, apesar de
possuirem quarenta centímetros de comprimento, eram inofensivos, mas as suas larvas adoravam
carne. Carne viva! Demorou três dias para morrer. Esta de agora teria uma morte lenta também,
mas não seria dolorosa, e sim angustiante.
Blinter, seu braço direito e segundo em comando trouxe a espiã cativa. Ela estava vestindo um
uniforme de piloto. Obviamente fora capturada quando tentava pegar um dos caças para fugir.
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Ela o encarava em desafio, demonstrando que não tinha medo para o que tinha lhe reservado.
Mas ele não estava interessado no que ela pensava ou sentia. Nem se ela iria chorar ou cuspir em
seu rosto. Seu único pensamento era na imagem que a punição dada a ela teria em outros
possíveis espiões.
O esquife está pronto? – perguntou a Blinter.
Perfeitamente senhor – respondeu maliciosamente – ainda incluí uma corrente para prender
no pescoço dela.
Não creio que seja preciso. Ela poderá abrir por dentro?
Definitivamente não – respondeu sorrindo.
Ela olhava para os dois, ora para um, ora para o outro, tentando entender o que estavam
falando.
Minha cara, para mim você está morta. Não me interessa para quem espionava. não me
interessa que informações passou. Você está morta, e terá um funeral decente. – virouse para
Blinter – traga o caixão.
Os olhos dela se arregalaram. Devia estar agora entendendo que tinha lhe sido destinado.
Começou a lutar contra as suas amarras, sem sucesso.
Não gaste suas energias. Você será solta para poder arranhar a tampa do caixão – disse
Blinter maldosamente.
O esquife foi trazido por dois guardas. Era negro, com uma pequena vidraça. A espiã foi
arrastada e posta lá dentro. Blinter prendeu um colar ligado a uma corrente em seu pescoço. Seus
braços foram soltos. Ela tentava pular para fora mas o colar não permitia. A tampa do caixão foi
posta lentamente.
Quanto tempo vai durar o ar? – perguntou a Blinter.
Temos um cilindro de oxigênio lá dentro. Deve agüentar umas seis horas.
Bom.
A tampa foi fechada. Quattroni tinha que reconhecer que a espiã tinha tutano, em nem um
momento gritou de desespero.
Solte o colar – disse Blinter se dirigindo a um dos guardas.
Um dispositivo foi acionado do lado de fora. Isso fez o colar que estava no pescoço da cativa se
abrir. Dandolhe mais liberdade para inutilmente tentar escapar.
Aproximouse para ver pela abertura. Ela estava golpeando o vidro com força, tentando quebrá
lo. Era inútil, mas era a única coisa que podia fazer. Blinter ria estridentemente. Quattroni no
entanto, não encontrava satisfação naquilo. Na verdade encarava quase que como um estorvo.
Algo muito incomodo que tinha que ser feito. Não que tivesse piedade pelas vítimas, mas porque
tomava seu tempo que podia ser empregado em assuntos mais lucrativos.
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Podem lançar – disse, se afastando para a ponte da nave.
O caixão foi lentamente levado para a porta do hangar. A nave já estava se movendo para
entrar no hiperespaço. Foi cronometrado, dois segundos antes de partir, o caixão foi lançado,
enterrando no espaço a infeliz espiã. Qual era mesmo o nome dela? Lia. Sim, era isso. "Descanse
em paz Lia, depois de se exasperar até a exaustão".
Na ponte, viu o "funeral" se encerrar. Logo em seguida a nave entrou no hiperespaço. Agora
sim, podia ocupar a sua mente com coisas mais agradáveis. Tinha ido ao setor Triton para avaliar
uma nave que o Império cederia a ele para a armadilha bem engendrada por Darth Vader. Levara
seus homens lá para fazer as análises. Ela seria rebocada para o local apropriado, e eles deveriam
se posicionar para o ataque surpresa. Era para onde se dirigiam agora.
Senhor – disse Blinter assim que chegou a ponte – e quanto a nossa carga atual? Podemos
dispensar algumas naves para entregala?
Não. Nosso serviço é imperativo e deverá durar alguns dias. Não creio que teremos prejuízo.
Bem, então, se me permitir, vou avaliar o material.
Divirtase – disse, sem realmente desejar isso.
Quattroni era líder de um grupo de piratas, que se originou no setor Pestulon. Comercializavam
de tudo, armas, roupas, escravos, droides, drogas e serviços pedidos pelo Império em geral. Sua
carga atual eram alguns temperos raros que foram devidamente confiscados de seus donos
legítimos e outra de escravos talvez, dependeria da avaliação que Blinter iria fazer formados por
uma princesa qualquer, uns oitenta guardacostas e algumas acompanhantes, que foram
apreendidos na mesma nave que os temperos. Era esse material a que Blinter se referia. Não
fosse pela recompensa que Vader iria oferecer pelo seu serviço, com certeza não deixaria seu
braço direito tão a vontade. Mas ele era bom para avaliar os riscos e a melhor forma de vender o
produto.
Foi até o seu escritório, uma cabina que podia ser acessada pela ponte com um console e um
certo conforto. Sentouse a sua mesa e começou a fazer uma avaliação dos gastos que tivera na
sua última empreitada. Perdeu dois corvetes e o calamari teve um de seus motores danificados. A
venda dos temperos raros por si só pagaria estes custos e já daria um certo lucro.
Verificou seus serviços em andamento. Tinha alguns homens obtendo informações de
prisioneiros rebeldes em Kashyyyk, um projeto de capturar um calamari do planeta Kilyx que seria
implementado nos próximos dias, e doze caçadores alugados ao rei Soer. Quer dizer, Comandante
Soer. Ele havia perdido a coroa depois do incidente na capital do Império. Era uma pena ele ser
tão cabeça dura, já podiam ter cumprido com a missão há semanas. Mas o idiota insistia em
assistir a tudo, bem, o dinheiro era dele.
Começou a avaliar os riscos de sua nova tarefa. Capturar pelo menos uma das duas naves
desconhecidas e poderosas que apareceram ninguém ainda sabia de onde. Só sabia que pelas
imagens obtidas, eram sem dúvida do mesmo local que a nave que viu em Triton. Não havia mais
o que descobrir com aquela nave, analisaram por décadas e não conseguiram fazela funcionar.
Mas descobriram como acionar outras coisas. Com sorte, os tripulantes daquelas naves
mostrariam como é que tudo funcionava.
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Nossa! Que tesouro – comentou um dos guardas que estava com Blinter.
Blinter avaliava o holograma de uma das acompanhantes da princesa, a quinta, alias. Acessou
os dados de identificação e nada achou. Viu suas formas. Poderia dar um bom preço no mercado,
mas a rara qualidade de sua carne também seria apreciada por algumas criaturas carnívoras que
pagavam bem por iguarias raras. Comparou o preço da carne humana atual com o do mercado
dos escravos. Sim, estava em alta. Classificou a infeliz para ser abatida e seguiu para a próxima, a
princesa.
Tanta coisa para fazer, e vai fazer bife com ela – comentou o mesmo guarda.
Blinter nada disse, apenas sorriu maliciosamente. Acessou o próximo holograma.
Olha que coisa linda – disse outro dos homens que também observavam o holograma.
Era a primogênita de um rei sem muitas posses, porém aliado de planetas poderosos. Pedir
resgate seria muito arriscado, primeiro, não conseguiriam muito, seu pai não tinha grandes
recursos, segundo, seus aliados sem dúvida iriam usar como pretexto para caçalos. Sua carne,
apesar de boa qualidade não tinha o sabor necessário para obter um preço vantajoso no mercado.
Era uma princesa que se exercitava, e, por isso, tinha a carne muito dura. A opção mais lucrativa
seria vendela, mas seu preço seria baixo pois não era mais virgem.
É, desta vez, a princesa vai valer menos que todo o resto.
Levea para os meus aposentos – disse sem expressar emoção.
Sim senhor – disse um dos homens, se retirando.
Se tivesse sorte, poderia assustala o bastante para fornecer alguma rota comercial lucrativa
que seu pai usasse.
Para Blinter, não havia muitas coisas na vida além de matar, negociar, e matar de novo. Ao
contrário de seus homens, não ficava atacando donzelas indefesas. Já tinha passado desta fase.
O poder não o satisfazia, ele preferia exibilo.
Várias vezes se ofereceu para obter informações de espiões capturados entre eles, mas
Quattroni dizia que seus métodos desperdiçavam muita energia e tempo. Sem dúvida o seu chefe
não apreciava a sensação de poder que existe em observar alguém que teme o que você decidirá
fazer com ele.
Era bom em avaliar lucros e tinha um faro incrível para identificar perigo, mas não era
extrategista, era péssimo nisso. Suas obrigações básicas eram manter a disciplina quando
Quattroni estava fora, e acompanhar o andamento de contratos em vigor.
A princesa já está ao seu dispor, senhor.
Com um suspiro, pegou uma arma de treinamento. Era usada em combates simulados, não
machucava mas causava intensa dor. Saiu para fazer mais um jogo de tortura psicológica. Mas
não estava muito animado. Com certeza a pobrezinha não saberia de nada dos negócios de seu
pai. Já a tinha classificado para ser vendida como parte de um lote. Nem seria dito que era uma
princesa.
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Lamento Comandante Lauriel, mas não posso abrir o hangar sem uma autorização superior.
Mas é urgente! – clamou – preciso sair.
Então, peça autorização a Capitã.
Olhou para a frente, ansiosa. Já estava na carlinga de sua nave e desesperada para sair.
Abra isso, agora!
Acionou os motores e elevou a nave. Os tripulantes que lá se encontravam saíram correndo. O
alerta vermelho da Starfleet soou na mesma hora. Abriu as asas do xwing. A unidade R2
comunicouse com ela pela tela de seu painel.
"Eles não eram amigos?"
No momento – disse ela – não posso pedir com gentileza.
Sentiu um impacto do lado direito, ao mesmo tempo em que seus escudos enfraqueciam.
Estava sendo atingida pelas armas deles, os phasers de mão.
“Comandante Lauriel" – era a voz da Capitã Donner no comunicador de seu capacete – "O que
pensa que está fazendo?"
Capitã, desculpeme, mas ou você abre esta porta, ou eu a destruirei.
Acionou os seus mísseis.
Tem cinco segundos – disse começando a contar.
A porta do hangar começou a se abrir. A Capitã Donner não iria arriscar uma explosão ali.
Partiu assim que houve espaço suficiente.
"Os escudos da nave estão ativos" disse a unidade R2. Ela estava presa dentro dos escudos da
nave. "Os outros estão saindo" olhou no seu painel, mais uma nave que estava no hangar saiu,
provavelmente para pegála. Já sabia o que fazer. Rumou para a ponte da nave
Capitã, ou me libera ou disparo a queima roupa.
"Escudos livres"
Ótimo, acionou as coordenadas e saiu para o hiperespaço. Sabia que a Starfleet poderia segui
la, mas achava que não iriam fazer isso.
Alguns minutos depois, emergiu do hiperespaço. Era apenas uma tática de fuga para não ter
que perder tempo lutando contra seus camaradas. Agora sim, programou o hiperdrive para as
coordenadas definitivas. Precisaria seguir por quinze minutos até a janela correta.
"Aonde vamos?"
Lauriel não respondeu.
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****
"Diário de Bordo, data estelar 3332.32, em nosso terceiro dia após o incidente que nos trouxe a
esta galáxia, uma de nossos hóspedes, a Comandante Lauriel, da Aliança Rebelde, empreendeu o
que se pode chamar de uma fuga, aparentemente, sem medir as conseqüências."
Relatório!
O xwing da Comandante Lauriel seguiu para o curso 330 marco 5 – respondeu Tirvik.
Lisa estava confusa. Por que ela sairia assim, sem mais nem menos?
Capitã, o General Sornim está nos chamando.
Na tela.
Capitã, peço desculpas pelo comportamento irracional de minha Comandante. Estou pedindo
para que os outros pilotos sejam transportados para a Exceler.
Eles ainda são meus convidados General. E não creio que irão querer deixar suas naves aqui.
E ainda não há local para pôlas.
Capitã, os atos da Comandante puseram em risco o nosso atual relacionamento. Sua nave foi
ameaçada por ela.
Eu estou ciente disto. Mas o fato é que se enviarmos os seus pilotos de volta, onde
colocaremos as suas naves? Não creio que irá permitir que fiquem aqui, sem serem vigiadas.
Nosso hangar estará apto a recebelas em três horas.
Então, enviarei seus pilotos neste horário. Starfleet desliga.
A tela se apagou. Fora rude, mas a situação o exigira. Não ia mandar os pilotos de volta antes
de determinar se foi um incidente isolado ou alguma espécie de conspiração. Ficou olhando para
tela em silêncio. A ponte já estava completamente funcional. Tudo o que faltava consertar eram
apenas equipamentos secundários. Poderia seguir aquele xwing se quisesse, eram mais rápidos.
Mas não poderia fazelo sem autorização de Jevlack, que alias, já deveria ter entrado em contado
com ela.
Continuou olhando para o monitor, esperando.
Ele não vai chamar – disse Tirvik.
Como? – olhou para ela – porque?
Bom, ele sem dúvida acompanhou a conversa que teve com o General, mas, apesar dele
estar no comando desta frota de duas naves, ele não é o Capitão da Starfleet. Não irá interferir nas
suas decisões no que tange a sua nave, a menos que isto afete a Thunderbold de alguma forma.
E, no momento, diria que sua escolha de manter os pilotos rebeldes aqui foi acertada. Não
sabemos o que está acontecendo.
Capitão, a Comandante Ígnea deseja lhe falar.
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Pensou um pouco, com certeza ela iria tentar explicar o que aconteceu com a sua amiga.
Peçaa para vir a ponte, desativar o alerta vermelho, mas mantenha o alerta amarelo.
Jevlack estava deixando o assunto em suas mãos, ao menos por enquanto. Vamos ver se
poderia segurar a batata quente.
****
Ígnea saiu do turboelevador. Olhou para a ponte, ainda estava um pouco vazia, mas a Capitã
estava em seu posto.
Sim Comandante, deseja falar sobre a sua amiga?
Ela estava séria, e não a culpava. Lauriel ameaçara sua nave, e foi uma ameaça real.
Capitã, acho que sei porque Lauriel saiu desta forma.
Estou ouvindo.
Depois do incidente, fui até os aposentos dela, procurar por qualquer coisa que justificasse a
sua saída. Achei isto. – mostrou um dispositivo, era uma pequena caixa com um visor, e um texto
aparecia correndo por ele constantemente.
A Capitã pegou a caixa e olhou. Não conhecia a escrita, por isso mandou sua atual imediata
traduzir no seu computador.
É um dispositivo de comunicação – disse Tirvik – está retransmitindo um sinal automático.
"Fui enterrada no espaço, ajudeme, ultima posição conhecida, 2130 Lia. "
O que significa? – perguntou a Capitã.
Lia é uma espiã rebelde que se encarregou de vigiar Quattroni, um mercenário pirata que
muitas vezes faz serviços para o Império. Creio que ela foi descoberta e Quattroni cuidou dela.
Enterrandoa viva no espaço?
Combinaria com o estilo dele. Espiões nunca tem morte rápida, e nunca são interrogados por
ele.
A Capitã estava balançando a cabeça, não estava entendendo.
Porque ela não avisou o General Sornim? Porque sairia assim, desta forma?
Lia é praticamente uma irmã para ela. E, com certeza, deve ter avisado ao General.
Provavelmente ele disse que não poderia ajudar e que ela também não o poderia.
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Abra um canal para a Exceler – disse a Capitã.
O General Sornim apareceu na tela.
General, por que não disse que Lauriel provavelmente estava desesperada para resgatar sua
amiga Lia?
Capitã, isso é um assunto que interessa apenas aos rebeldes.
Sua Comandante quase atacou minha nave, agora me interessa também. O senhor sabia que
uma de suas espiãs estava em perigo?
Ele ficou quieto por alguns instantes.
Sim, sabia. Mas não poderia fazer nada por ela. Não temos pessoal para resgatala porque
todas as nossas naves estão ocupadas com uma grande operação, e também porque poderia ser
uma armadilha.
Disse isso a Lauriel e ela se ofereceu a fazer isso sozinha, certo?
Sim, e eu a proibi.
Obviamente ela não aceitou a sua ordem. Há mais alguma coisa que seria prudente eu saber?
Não, dou minha palavra.
Não o conheço para saber se sua palavra é confiável. Manteremos o alerta amarelo até
sairmos daqui.
Compreendo Capitã. A propósito, Informei os meus superiores das informações que me foram
passadas ontem, na Thunderbold. Eles disseram que não vão mais incomodalos.
Obrigada. Starfleet desliga.
Ígnea viu que a Capitã não estava tranqüila. E não era para menos.
Comandante, obrigada pelas suas informações. Jevlack foi informado de que deseja pedir
asilo. Ele responderá a você amanhã. E, se já o conheço bem, esse incidente irá pesar bastante
nisso. Um segurança ficara de guarda em seus aposentos e também de seus colegas.
Entendo Capitã.
Saiu da ponte e foi para os seus aposentos. Estava acostumada com estas situações, os dois
dias anteriores foram apenas um raríssimo intervalo para descanso. Agora, graças a
impetuosidade de Lauriel, a Capitã iria considerar os quatro pilotos convidados a bordo da Starfleet
como "pessoas suspeitas". Bom, não seria a primeira e nem a última vez.
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Pediu uma bebida chamada whisky, deitouse e bebeu de uma só vez. Muito fraca comparada
as que estava acostumada a beber. Lauriel fizera o seu pedido para asilo, mas o seu
comportamento com certeza iria anulalo.
****
Podia ver as estrelas pelo vidro. Estava embaçado devido a sua respiração, e já estava ficando
muito quente ali. Há quanto estava flutuando sem rumo no espaço? Quatro horas? Cinco? Lia não
sabia dizer. Só sabia que tinha ouvido que Blinter falara que o ar iria durar seis horas.
Foi uma sorte não ter sido revistada. Não acharam seu comunicador de emergência. Assim que
foi lançada, tentou pegálo, mas devido ao pouco espaço existente, demorou muito para consegui
lo. A escuridão total dali também não ajudava. Mesmo com o brilho das estrelas, foi difícil digitar a
mensagem.
Ainda havia a questão da sua localização. Sabia onde estava antes de ser capturada. Mas para
onde foram durante as oito horas em que estivera naquela cela? Não tinha como saber. Poderia
estar em qualquer lugar. Devia ter se suicidado quando teve a chance, não passaria por isso
agora.
Como foi tola! Infiltrarse como espiã sem apoio. Apenas Lauriel sabia que ela estava lá. Safrã
havia dito que não valia a pena por espiões para vigiar Quattroni, porque nem seus homens de
maior confiança sabiam o que ele iria fazer até que não fosse mais possível detelo. Mas era
teimosa, disse que iria espionálo nem que fosse fazer isso por conta própria. Lauriel a apoiou, e
estava de posse do único receptor que poderia fazer contato.
Começou a tossir, a garganta estava ficando irritada e seus olhos estavam lacrimejando. Seu ar
devia estar acabando. Morrer sufocada em pleno espaço. Limpou o vidro para ver melhor, parecia
que uma das estrelas estava se movendo. Não, alarme falso. Assim morre a melhor espiã rebelde
que se tinha notícia. Já tinha se infiltrado no palácio do próprio imperador, como uma cozinheira. E
quando a descobriram era tarde demais, já tinha cumprido com o seu papel. Foi por isso que
achou que seria fácil espionar Quattroni.
Realmente foi fácil, mas nunca tinha descoberto nada útil, a não ser quando já era tarde.
Tentou ser amante dele e nada conseguiu. Seu braço direito, Blinter, também não era do tipo de
contar vantagem. Era fácil entrar no grupo, e também fácil de sair. Mas, todos os que entravam
ganhavam um cinto que deveriam sempre usar. Esse cinto enviava um sinal de identificação, de
forma que era impossível entrar em Qualquer compartimento sem ser anunciado, e se tirasse o
cinto, os alarmes disparavam.
Pelo menos, eram leais entre si. No último ataque pirata àquela nave de carga, sua escolta
tinha destruído algumas naves. Todos os sobreviventes – incluindo ela própria – foram resgatados
e medicados. Logo depois, Quattroni foi chamado por Darth Vader, e Blinter estava ocupado
supervisionando a transferência da carga. Era a chance única de entrar no escritório de Quattroni e
descobrir algo. Seu cinto fora tirado para ser medicada, ela não iria disparar os alarmes e não
poderia ser detectada. Tinha se preparado para a ocasião, estava com o uniforme de piloto e já
tinha uma nave pronta para a fuga. Quanta presunção! Nunca imaginara que se fosse detectado
algum movimento no escritório os droides de segurança seriam acionados. Foi capturada e levada
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Eles a prenderam e a jogaram em uma cela, sem interrogatório e sem nenhum mal trato.
Pensou que seria linchada, mas ninguém fez qualquer movimento para isso. Era como se não se
incomodassem dela ser uma espiã, obviamente porque sabiam que não fora capaz de descobrir
nada. Ninguém nunca descobriu nada dos piratas de Pestulon, e provavelmente ninguém iria vir a
descobrir. Safrã estava certo, era uma missão inútil.
Prestou atenção de novo nas estrelas, algo realmente se moveu lá fora! Tentou se posicionar
para Ter uma visão melhor. Suspense, angústia, havia um objeto lá fora sim! Limpou o vidro e
observou. Decepção, era apenas o lixo que a Storm devia ter ejetado antes de se lançar no
hiperespaço.
Já estava ficando sonolenta, e lá dentro estava muito abafado. O ar estava acabando. Blinter
sem dúvida devia ter tomado o cuidado para revestir o caixão com material isolante, para que ela
não se congelasse antes de morrer sufocada. Quanta consideração a detalhes. Ela tinha que
morrer do jeito escolhido por eles e ponto final!
Ainda havia algo que podia fazer, mas não tinha como! Em suas botas, havia uma injeção
subcutânea. Iria colocala em coma, fazendo com que respirasse muito mais lentamente. Mas mal
podia se mover lá dentro.
Conforme o tempo passava, foi aceitando a sua sorte. Fechou os olhos e respirava devagar.
Depois de algum tempo, algo bateu no seu esquife, mas não se incomodou, já estava desacordada
há mais de uma hora quando aconteceu.
Capítulo 12
Lauriel saiu do hiperespaço e começou a usar seus sensores para vasculhar a área.
"O que estamos procurando?"
Um caixão, ou outro material similar – respondeu Lauriel.
"Existe um objeto que poderia ser isso, esta rodeado de detritos, parecem ser lixo compactado
que foi ejetado por uma nave"
Verificou o que a unidade R2 dissera, sim, poderia ser. Deu força máxima nos motores,
desligando as armas e escudos. Levaria mais uma hora para chegar. No momento estava
pensando em como tirar Lia do caixão e como levala de volta. Ela não tinha um capacete extra, e
no cockpit não havia lugar para as duas.
Conhecera Lia enquanto estava na capital do Império, servindo o seu dono. Ela era uma espiã
rebelde e estava participando do golpe que libertou todos os escravos que lá se encontravam. O
Império em si não tinha escravos, não precisava deles. Seus droides faziam o serviço muito
melhor. Lhe dera uma oportunidade e aproveitara muito bem. Depois disso, ela a ajudou a entrar
para a Aliança Rebelde, ensinandolhe táticas de guerrilha e combate no espaço.
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Quase nunca a via, mas acabaram ficando muito amigas, ela estava sempre espionando em
algum lugar. Chegou a estar no Executor, mas saiu de lá assim que percebeu os estranhos
poderes de Darth Vader.
Quando o último espião que a Aliança tinha posto para vigiar Quattroni foi descoberto, Lia se
ofereceu para substituílo, coisa que fora sumariamente negada pelo comando rebelde. Ela era
muito valiosa para que se arriscassem a perdela em fazer o que nunca conseguiram, espionar os
Piratas de Pestulon. Bom, ela os convencera, ou a deixavam ir, ou saia da rebelião.
Para o comando da Aliança, ela já estava perdida. Não lhe forneceriam apoio, mesmo porque
seria impossível. E não haveria como se comunicar de dentro das naves dos piratas. Só poderia
fazelo uma vez, com um dispositivo de transmissão analógica de caracteres antigos. Lauriel tinha
o único receptor para decodificar a mensagem. Como Lia mesmo disse antes de partir, "este
receptor terá que ficar com alguém a quem eu confiaria minha vida"
Ela lhe confiou a vida e não iria decepcionala.
O tempo passava, e já se aproximava do objetivo.
"Por acaso sabe como tirar seu amigo de lá?"
Estou aceitando sugestões.
"Sugiro que ponha uma máscara de oxigênio no seu companheiro e depois o coloque no
compartimento de carga. É vedado e aquecido."
Droidezinho, eu te amo!
"Eu sei"
Nesse instante, pensou como era estranho que aquelas naves da Federação não possuíssem
droides. Por que seria? Bom, não era hora de pensar nisso, Estava se aproximando do caixão.
Parou a nave a poucos metros dele e saiu. Chegou até o esquife e notou que tinha uma abertura.
Malditos! Queriam que ela ficasse vendo que ninguém chegava! Olhou pelo vidro. Lá estava Lia,
desacordada. Bateu no caixão, mas ela não se mexia. Olhou o encaixe, Havia algumas travas do
lado de fora. Voltou para a sua nave e abriu o compartimento de carga. Tudo voou pelo espaço,
pegou a máscara de oxigênio e voltou. Respirou fundo e abriu o caixão.
A tampa foi arremessada com a descompressão, Lia também. Felizmente, com os jatos de
manobras em seu traje, conseguiu alcançala., Pôs a máscara nela e retornou a sua nave jogando
a no compartimento de carga e o fechando, não podia ser muito gentil no momento. A operação
não durou mais que trinta segundos. Sabia que os tímpanos dela deviam ter se rompido, e os seus
globos oculares deviam ter se congelado e rachado no frio do espaço. Voltou para o cockpit e
fechou a carlinga.
"Ela está respirando, mas está em coma."
Ela está viva! – disse – e acho que qualquer lesão que tenha poderá ser reparada pelos
médicos da Starfleet.
"Vai voltar para lá?"
E para onde mais eu poderia ir?
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Programou o curso e partiu. Sabia que os Sensores daquelas naves a captariam duas horas
antes de chegar. Também sabia que seria julgada pelos seus atos. Mas os rebeldes não deviam
abandonar os seus. Ela iria deixar a rebelião por causa disso, mas antes, cuidaria para que Lia
tivesse todos os cuidados necessários.
****
Sornim observava pelo monitor os caças rebeldes saindo da Starfleet e entrando no hangar
recém operacional. Perderam metade das naves na explosão, e, segundo ordens superiores,
deveriam se reunir com a frota que iria fazer uma grande investida. Para tanto, os caças da
plataforma seriam levados a bordo da Exceler.
Jevlack lhe dissera que Ígnea pedira asilo. Não iria por nenhum obstáculo. A nave que ela
tinha usado seria teleportada para o hangar deles, assim que as outras tivessem pousado. Ígnea
ficaria a bordo da Starfleet até a decisão final. Caso o pedido fosse negado, seria transportada
para a Estação. De qualquer forma, a Exceler deveria sair de lá em uma hora. A Starfleet e a
Thunderbold iriam partir amanhã, para localizar a fenda que os trouxera até ali.
Rinander, como está o nosso hiperdrive?
Completamente operacional, senhor.
Programe o nosso curso, não quero me atrasar.
Sim senhor.
Bernard, um dos pilotos que vieram da Nave Liberdade iria ficar na plataforma. Pedira baixa do
serviço e iria voltar ao seu planeta natal, para resolver um assunto particular. Era lamentável, ele
era um bom soldado. E precisavam de todos os soldados disponíveis, agora.
Repassou as suas ordens novamente. Deveria recuperar todos os caças perdidos na atentado
usando para isso os que estavam na plataforma. Partir na hora indicada para integrar a frota de
ataque no que estava sendo chamado de operação eclipse.
A nave de carga Kanter iria acoplar na estação e deixar suprimentos lá. Na verdade, já estava
se movendo para isso.
Mas estava com uma estranha sensação. E não sabia explicar o porque. Já havia checado
todos os tripulantes, todas as câmaras de gravação estavam em ordem, haviam guardas nos locais
mais delicados da nave, motores, hiperdrive, hangar, sala de controle.
Mesmo assim, sentia que iria acontecer algo muito ruim.
O Piloto da nave Kanter manobrou para o acoplamento no gancho da estação. Fizera isso
dezenas de vezes, e não estava nem um pouco preocupado com isso.
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Estava ansioso. Deveria sair da nave assim que possível. Pegou a interface com a sua nave
oculta dentro do cargueiro. Tudo em ordem. Na hora indicada, partiria com ela. Os outros
tripulantes não sabiam desta parte da missão. Sabiam apenas que seriam regiamente
recompensados por se fazerem passar por rebeldes. Coitados.
Manobra perfeita, a nave engatou na estação.
Façam a transferência – disse pelo comunicador interno aos tripulantes.
Respirou fundo, tentava se acalmar. O dispositivo já estava acionado. E não havia volta, tinha
que escapar de lá em quatro horas.
****
Tirvik estava no comando da Starfleet, acompanhando as leituras que captavam. Várias naves
passavam ao largo dos sensores, mas nenhuma ia em sua direção. A maioria eram de cargueiros,
grandes, pequenos, gigantescos. Mas todos tinham sempre a mesma velocidade, a dobra três.
Uma vez ou outra captavam um destróier Imperial, mas não deviam informar isso aos rebeldes, a
não ser que estivessem vindo em sua direção. A Capitã estava supervisionando os testes de
sistemas da engenharia. Pensou em Jevlack e na saudade que estava começando a incomodala.
Muita coisa aconteceu desde o último encontro de ambos.
Comandante, estou captando um xwing vindo em nossa direção.
Um xwing? Seria Lauriel voltando com a amiga?
Na tela
O xwing foi mostrado. Tirvik observou as marcas de tiros na sua fuselagem. Eram as mesmas
daquele que a Comandante Lauriel pegou.
Capitã Donner – chamou pelo comunicador – captamos a nave da Comandante Lauriel
retornando.
Estou a caminho.
Observou a nave. Iria demorar cerca de duas horas para alcançalos. Realmente era muito
vantajoso para eles que pudessem captar as naves duas horas antes que chegassem a sua
posição. Dificilmente seriam pegos de surpresa agora. Ambas as naves estavam totalmente
operacionais, e só estavam adiando a partida para o dia seguinte porque os sistemas
necessitavam de testes extensivos.
A ponte estava completa. A tenente Nille recebeu alta e estava no posto de navegadora, Doller
estava em seu posto de Oficial de ciências, analisando os dados colhidos pelos sensores da
estação e da nave Exceler. O armeiro era o Alferes Souza. Os substitutos também estavam de
prontidão na ponte. O mesmo devia estar acontecendo na Thunderbold. Todo o pessoal estava
sendo acostumado aos novos postos, e em alguns casos, a nova nave que serviam, como ela.
Pessoalmente não sentia dificuldade nisso. A Starfleet era mais simples, principalmente por ser
uma nave de treinamento. Pelo menos 70% de todo o pessoal já estava dispensado dos cuidados
médicos, o que habilitava ambas as naves a trabalharem próximas as necessidades médias.
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Todos os sintetizadores estavam reparados, O computador central estava operacional. Os
sensores foram ampliados com circuitos novos feitos por Anderson. E o mesmo ocorreu com os
escudos. Sua dissipação de calor ficou mais eficiente com a atualização dos sistemas de controle.
Infelizmente a Starfleet não poderia fazer as manobras que a Thunderbold fazia. Apesar de possuir
aletas em seus motores de dobra com injetores de plasma, estes estavam inativos. No caso deles,
aquelas aletas eram apenas enfeites. Lamentável.
Os pilotos rebeldes já tinham partido, apenas Ígnea ficou, aguardando a decisão de Jevlack. A
Capitã Donner poderia decidir isso, já que ela era hóspede em sua nave, mas preferiu não chamar
a questão para si. Pessoalmente, ela diria não. Havia o sério risco de, como Lauriel, ocorrer
alguma coisa que pudesse tornala uma ameaça.
Lauriel estava retornando, talvez trazendo sua amiga, talvez não. Na verdade, não havia
espaço naquele caça para duas pessoas. Se ela tivesse localizado a amiga, como iria trazela?
Não teria como rebocar o caixão em que ela estava, e provavelmente ele não caberia em seu
compartimento de carga.
A Capitã chegou a ponte, Tirvik cedeu o assento e ficou ao seu lado, como fazia na
Thunderbold. Não iria ser difícil se acostumar a servir na Starfleet.
Quanto tempo para a chegada?
Um pouco mais de duas horas.
Chame o General Sornim.
Sim Capitã.
Alguns instantes depois, surgia o General Sornim na tela.
Capitã? O que deseja?
General, captamos o xwing da Comandante Lauriel retornando. Deverá chegar em cerca de
duas horas.
Ele ponderou por alguns instantes.
Se ela se aproximar de sua nave, pode abatela.
Tirvik ficou surpresa, a Capitã não.
Existe a possibilidade dela estar trazendo a sua companheira.
Ela é uma ameaça. Demonstrou isso.
Talvez seja melhor decidir isso quando chegar a hora. Podemos entrar em contato com ela?
Não, quando no hiperespaço, nossas comunicações não funcionam. Deixarei a decisão ao
seu cargo.
Obrigada. Pensarei no que fazer.
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A comunicação foi cortada. Tirvik notou que ela estava tensa. Jevlack não iria interferir em sua
decisão, isso ela já sabia. Mas não iria se negar a aconselhala se ela pedisse.
Capitã?
Sim, Comandante?
Capitã, se Lauriel está retornando, pode indicar que achou a sua colega e que esta pode
precisar de cuidados médicos. Ela sabe que nós dificilmente recusaríamos isso.
Estou considerando isso também, mas não descartei a necessidade de destruir a sua nave.
Tirvik não disse mais nada. Havia coisas nos humanos que ela não entendia, mesmo sendo
mais humana que vulcana.
****
Lisa tinha seguido para o observatório depois de ter falado com o General, e estava lá desde
os últimos quarenta minutos. Tinha que decidir o que fazer com Lauriel, caso ela quisesse vir a
bordo. E provavelmente o faria. Seus camaradas a consideravam uma traidora pela forma como
agiu, e tinham razão nisso. Por mais nobre que fossem suas intenções, ela causou uma situação
de extremo risco.
Mas não podia deixar de pensar no que faria se estivesse no lugar dela. Se soubesse que um
amigo estava em dificuldades e recebesse ordens de abandonalo. Se bem que já estivera há
pouco tempo em uma situação similar. Quando estavam com os campos de dobra distorcidos.
Jevlack ordenara que abaixasse seus escudos para que seus motores fossem destruídos. E ela,
mesmo sabendo que isso iria condenalos, obedeceu.
Sim, provavelmente ela iria obedecer ordens. A não ser que não fizessem sentido.
“Capitã" – era a voz de Tirvik – "o General Sornim esta partindo e deseja lhe falar"
Transfira para o observatório – pediu.
Um monitor se ergueu da mesa, nele apareceu o General.
Pois não?
Capitã, falei com Jevlack e ele disse que a decisão será tomada pelo Capitão a qual Lauriel
se comunicar.
Ela não estava surpresa. Segundo Tirvik, Jevlack não iria interferir no que ela decidisse.
E qual seria essa decisão?
Se a Comandante Lauriel pedir para levar Lia a bordo, o Capitão em questão decidirá o que
fazer. Não tenho nada contra tratarem de Lia, mas peço que Lauriel seja mantida como prisioneira
até que seja preparada uma cela pa ra ela na estação. E, assim que solicitado, que a transportem
para esta.
Sim, acho isso aceitável.
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Foi o que o Capitão Jevlack disse. Estou partindo agora Capitã. Que a força esteja com
vocês.
Obrigada.
A comunicação acabou. Olhou pelas janelas e viu a Exceler acelerar e entrar no hiperespaço.
O que significava isso de força?
****
Um pouco mais de uma hora depois, Lauriel emergiu do hiperespaço. Segundo a unidade R2,
Lia estava piorando muito. Precisava de cuidados urgentes. Notou que a Exceler não mais se
encontrava na região.
"Estão configurando para ataque."
Olhou seu painel e viu que as naves de patrulha estavam vindo na sua direção, com o sistema
de armas ativo.
Aqui é a Comandante Lauriel para a USS Starfleet, solicito ajuda médica para a minha amiga!
Por favor, serei atacada em breve.
Sim! Podem fazer o que quiserem, mas ajudem Lia!
As naves rebeldes pararam o ataque. Posicionaramse uma de cada lado e a escoltavam em
direção a Starfleet.
Capitã, detectamos a sua amiga em seu compartimento de carga, se abaixar seus escudos a
teleportaremos diretamente para a enfermaria.
Ela desligou os escudos. Alguns segundos depois, a unidade R2 indicava que Lia não mais
estava na nave. Só então ela realmente relaxou. Conseguira!
O hangar da Starfleet se abriu e ela pousou. As Outras naves também o fizeram. Os
seguranças estavam lá para detêla. Tudo bem, ela já tinha se disposto a isso. Provavelmente iria
ser expulsa da Aliança, mas não se incomodava.
Desceu do xwing e foi escoltada pelos guardas até a sua cela. Não havia portas, era fechada
por um campo de força. Não era muito diferente de seus aposentos. Tinha um sintetizador, uma
cama, e uma pia. Pediu que lhe informassem sobre Lia, mas os guardas disseram que apenas a
Capitã poderia autorizar essa informação.
Ficou andando de um lado para outro na cela. Estava ansiosa. Lia estaria viva ou morta? Se
estivesse viva, a tecnologia deles poderia reparar os ferimentos que possuía?
Comandante?
Lauriel olhou em direção a voz. Era Tirvik.
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Como está Lia?
Muito mal, seus tímpanos foram rompidos, alguns órgãos entraram em colapso devido a falta
de oxigênio, sua retina ocular ficou seriamente danificada. Mas o doutor disse que se ela
sobreviver às próximas horas, irá se recuperar plenamente.
Ficou um pouco mais aliviada.
Quanto tempo ficarei aqui até que a Aliança venha me levar?
Mais algumas horas. Provavelmente saberá se Lia ira sobreviver ou não antes que a levem.
Pelo menos isso. Saberia se teve sucesso antes de seu julgamento.
Por que veio até nós?
Porque eu vi que vocês estão melhor equipados para tratala, e estavam mais próximos
também. E Ígnea? Partiu com a Exceler?
Não, ela está a bordo, mas confinada aos seus aposentos. A Capitã não quer correr o risco
de que outra piloto rebelde aja da mesma forma que você.
Desculpe Ígnea, mas fiz o que tinha de ser feito.
****
Jevlack estava em seu gabinete tomando uma batida de coco. Finalmente podia relaxar um
pouco. Seus circuitos foram reparados durante a noite, e seu braço parou de formigar. Estava com
o copo a dois centímetros de sua boca quando soou a campainha.
A contragosto, pôs o copo na mesa.
Entre!
Terak entrou.
Capitão, todos os sistemas estão reparados. Estamos apenas efetuando os testes de rotina.
Poderemos partir assim que a Comandante Lauriel for teleportada a estação.
Muito bem – voltou a pegar o copo e bebericou um pouco – e qual o curso que aconselha
seguirmos?
Teremos de fazer mapeamentos para identificar onde está o portal com exatidão. Isso irá
levar alguns dias, mesmo que as duas naves se dividam para isso.
Certo. O que sugere que façamos com o pedido de Ígnea e a rebelde que está sendo tratada
na Starfleet?
Não tenho muitos fatos para decidir. Creio que terá que usar a sua intuição humana.
Uma das coisas que ele apreciava em Terak era a sua maneira polida de dizer problema seu!
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Bem, ainda tenho um pouco de tempo para pensar... – notou que o alerta amarelo foi
acionado.
Vamos – disse.
Atravessou a porta e entrou na ponte, Matias tinha assumido o comando quando Terak saiu.
Senhor Matias, qual a situação? – perguntou enquanto assumia o seu posto.
Houve uma explosão no casco da nave Kanter, e uma nave saiu pela abertura feita. Segundo
os registros que recebemos da Aliança, é um tieadvanced, um caça imperial. Ele já entrou no
hiperespaço e está se afastando de nós em dobra três, seguindo o curso 224 marco 6.
Na tela viase a estação e a nave acoplada a ela.
Nossos sensores estão captando um acumulo de energia na Kanter, pode ser algum tipo de
dispositivo explosivo – disse Terak.
Senhor! Os caças rebeldes estão bombardeando a Kanter, e existem naves de transporte
saindo da Estação.
Se ela tem uma bomba armada, é a única coisa que podem fazer.
Erguer escudos! – disse Jevlack – Terak, diga a Starfleet para se afastar daqui. Navegador,
tudo a ré ag......
A tela iluminou a ponte com uma coloração azulada, ondas de impacto atingiram a
Thunderbold frações de segundo depois. Jevlack não precisava proteger os seus olhos como os
outros fizeram. O impacto foi forte, mas possivelmente não grave. A luz azulada diminuiu, e na tela
viase as estrelas, a Starfleet, e algumas naves rebeldes girando sem controle. A estação e a nave
de carga desapareceram.
Relatório!
Um momento Capitão – disse Terak – Todos os decks reportam que está tudo bem, nossos
escudos suportaram o impacto. O mesmo ocorreu com a Starfleet.
Não há sinal da estação ou dos transportes que a estavam deixando – disse o armeiro.
Tudo no raio de um quilômetro foi vaporizado.
Fora aquela a nave que trouxera o equipamento necessário para que a Exceler pudesse viajar
pelo hiperespaço. Um caça do Império estava escondido lá. A Estação rebelde foi destruída por
ela, e com certeza era um alvo secundário.
Ainda temos a Exceler em nossos sensores?
Não Capitão, ela saiu do alcance há cerca de trinta minutos.
A Exceler sem dúvida devia ter sido sabotada de alguma forma. E não havia como avisalos. E
a Primeira Diretriz não permitia que fossem atrás deles.
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****
Sornim repassava a situação da nave enquanto estavam no hiperespaço. Todos os
esquadrões estavam completos. Tudo o que conseguiram coletar das naves estavam bem
seguros. Não se arriscou a transmitilos a Safrã, com medo que pudessem ser interceptados pelo
Império.
General, estamos saindo do hiperespaço.
Olhou para a janela, gostava de ver o efeito da saída. As estrelas encolhiam, como fachos de
luz sendo apagados por uma borracha invisível. Então sua admiração virou estupefação, viu quatro
naves imperiais.
Meia volta! Caímos em uma cilada!
Os navegadores começaram a fazer a programação urgente do hiperdrive, mas nada
acontecia. Ele simplesmente não aceitava novas coordenadas. Começaram fa zer diagnósticos,
sem resultado.
Senhor! disse um deles o hiperdrive não está aceitando novas coordenadas. Estamos
presos aqui.
General disse outro há um Interditor na área, mesmo que o hiperdrive funcionasse, não
poderíamos fugir.
O hiperdrive fora sabotado novamente. Mas como? Não era hora de pensar.
Identifique nossos oponentes, preparar os caças para serem lançados. Preciso do mapa
detalhado da situação!
Uma vez que seu hiperdrive não poderia ser utilizado, sua prioridade era evacuar a nave. Mas
para isso teria que destruir o Interditor que impedia que os hiperdrives destas pudessem ser
usados. Precisava saber qual era a posição das naves do Império para formar uma estratégia que
permitisse a fuga de alguns tripulantes, ao menos.
O mapa tático surgiu após alguns segundos preciosos de análise dos sensores. Haviam cerca
de quarenta tiebombers a pouco mais de um quilometro de distância. Longe demais para serem
atingidos por eles, mas próximos o suficiente para alvejalos com os mísseis. Na verdade, já o
estavam fazendo. Os operadores dos canhões da Exceler já estavam tentando detêlos com os
mísseis de concussão e turbolasers. Mas era uma questão de tempo até seus escudos caírem.
Próximos a estes e disparando canhões íons, estavam doze tiedefenders. Mais distante e
aproximandose a meia velocidade, estavam cinco transportes de assalto, obviamente um time de
captura. Eles tinham uma chance! não queriam destruir a nave, e sim capturala.
Preparem dois esquadrões de awing para conter estes tiebombers. Todos os bwing e y
wing serão usados para destruir o Interditor, quero todos os xwing disponíveis para lhes dar
cobertura. Todos os outros devem ser usados para deter os tiedefenders. Usem os shuttles de
assalto se for necessário.
Os Comandantes de esquadrões foram avisados, dois grupos de seis awing se preparavam
para serem lançados, do lado de fora, vários mísseis já estavam atingindo os escudos da Exceler,
enfraquecendoos. Oito bwings e dez ywing estavam sendo trazidos para o hangar. Os dois tipos
de bombardeiros seriam carregados com mísseis pesados. Assim que o Interditor fosse destruído,
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as naves de evacuação seriam lançadas. Se, acontecesse dos escudos da Exceler cederem antes
disso, elas também seriam lançadas e protegidas pelos awing que estariam próximos.Os seis x
wing que tinham iriam ser usados para dar cobertura aos bombardeiros e os dois kwing restantes
iram ajudar no ataque aos tiedefenders. Restavam apenas quatro transportes e cinco shuttles,
para serem usados na evacuação. Sornim sabia que a Exceler não poderia ser salva.
Ainda havia o fato de que estavam cercados por quatro destróieres. Com certeza um enxame
de caças imperiais seriam lançados contra as suas naves. As chances de fuga eram mínimas, mas
existiam.
O primeiro esquadrão de caças foi lançado, mas não foram muito longe, antes de manobrar o
suficiente, os tiedefenders os atingiram com uma barreira de disparos de íons, ficando
desabilitados. Quatro awings ficaram fora de combate antes mesmo de começar. Os mísseis
continuavam a atingir a Exceler, e seus escudos cederam em 60%.
Fora tudo calculado! Os bombardeiros estavam na posição exata para atacalos quando
emergissem do hiperespaço. Agora via os transportes levando as tropas de assalto que iriam
capturalos. Nenhum caça rebelde foi abatido. Mas porque? E, acima de tudo como souberam para
onde iam? Olhou para as coordenadas em que estavam. Estavam erradas! não era para irem a
este ponto! Pensou no hiperdrive que não aceitava novas coordenadas. Como poderiam têlo
sabotado? Não havia como fazelo, a não ser que ele já tivesse sido instalado sabotado! A nave
Kanter! Ela estava acoplada a estação! Iria sabotalos também.
Tentou se comunicar, mas não seria possível. Os imperiais saturaram todas as freqüências de
longo alcance com estática.
A segunda leva de awings partiu e esta teve mais sorte, saíram no momento em que os tie
defenders estavam ocupados com os dois awings que escaparam do primeiro ataque. A
prioridade deles eram os bombardeiros, travaram os mísseis de dispararam a vontade.
Conseguiram destruir quatorze, depois tiveram que fazer manobras evasivas para escapar do
ataque reorganizado dos tiedefenders.
Sornim observava tudo do tático, ouvindo atentamente a comunicação dos pilotos.
"Vermelho dois, pegue o da direita."
"Amarelo cinco cuidado com a retaguarda."
"Aqui é vermelho seis, meus escudos caíram, atingiram meus sistemas, as armas estão
inoperantes"
General, mais naves estão sendo lançadas pelos destróieres.
"Faça evasivas até que o sistema seja recuperado, vou tentar dar cobertura."
Quantas?
"Vermelho seis?"
No total, mais de trinta, todos assalt gunboat, e continuam lançando mais.
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Nossos escudos?
"Vermelho seis?"
Ele demorou um pouco para responder.
"Esqueça! ele está desabilitado"
Agora em 24%.
"Vermelho um, tem três na sua cauda, vá para a direita"
O que eles poderiam fazer agora? Não podiam pedir socorro, e não poderiam fazer frente a
força que enfrentavam.
"Meu leme não está respondendo, preciso de oito segundos para que seja reparado."
Mesmo com as unidades R2 embutidas nos awing, elas não poderiam reparar a nave no caso
de uma desabilitação total. E o mesmo acontecia com os outros caças.
"Peguei! Vermelho um, desligue os motores para que passem por você."
Estamos prontos para lançar o esquadrão de xwings.
Mandeos auxiliarem os awings enquanto os bombardeiros não são lançados.
"Obrigado amarelo dois, meu leme voltou a funcionar."
"Amarelo dois?"
Caças lançados senhor, deveram engajar com os tiedefenders em quarenta segundos.
"Amarelo dois?"
"Amarelo dois???"
"Eu o estou vendo, parece que o pegaram."
"Mas que droga!"
Precisavam de um milagre!
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Capítulo 13
Seu instinto provara novamente que estava certo, a princesa não sabia de nada. E era muito
frágil também, pelo menos foi a primeira impressão. Nem precisou usar a arma, assim que a
encarou, ela se atirou aos seus pés implorando para que a soltasse. Dizendo que faria qualquer
coisa para isso. Falou que sei pai pagaria qualquer resgate e por ai foi.
Para Blinter, aquilo foi uma decepção! Chamou os seus guardas e lhes disse para fazer o que
quisessem com ela, desde que não a deixassem com marcas. O seu grito desesperado ainda
ecoava em seus ouvidos.
Mas tivera uma agradável surpresa depois. Assim que deixou a "coitada" a sós com três
guardas, ouviu barulho de luta. Muita luta! Achou que eles estavam se divertindo até que ouviu um
deles gritar de dor. Outro gritou um "por favor, não" . Depois disso resolveu entrar. Um guarda
estava no chão, curvado e agonizando. Foi um chute certeiro. Outro estava morto, com a barriga
cortada. O terceiro apontava seu blaster para a princesa e esta segurava uma faca que pegara
com um dos outros dois.
Então a princesa não era tão frágil assim. Acertoua com a arma de treinamento, e quando se
debateu de dor, foi pega por ele e pelo outro guarda que conseguiu ficar incólume. Agora a
adorável princesa estava acorrentada em sua cela. Pensava seriamente em vendela como
gladiadora, agora. Pelo menos conseguiria um pouco mais.
Quattroni estava em sua posição característica, mãos nas costas, observando a janela.
Demonstrava muita imponência assim.
Senhor?
Sim Blinter? Eu vi o seu relatório. Mas não concordo com a sua classificação para a princesa.
Ele ainda não sabia que a princesa tinha muita personalidade.
Bem, agora eu também não.
Contou a ele o ocorrido.
Interessante – disse de forma pensativa – não aprecio prisioneiros que demonstram tanta
firmeza de caráter.
Blinter aguardava que ele completasse o pensamento.
Quando iniciarmos a nossa operação, provavelmente teremos um período de muita espera.
Use esta princesa para entreter a tripulação. Mas sem marcas.
Acho que até já sei o que fazer.
Selecione os pilotos que irão conduzir os cargueiros de transporte – disse Quattroni – Iremos
precisar de quatro.
Sim senhor.
Foi até o console mais próximo e convocou voluntários. Deveriam se apresentar ao chefe de
operações para seleção. Voltou a olhar para a nave. Era absurdamente diferente do que conhecia.
De onde veio esta nave? Se me permite perguntar.
Tudo o que sei, é que foi localizada há algumas décadas, a deriva no espaço. Toda a
tripulação estava morta. E a nave estava inoperante. Os cientistas do Império tentaram por anos
decifrar os seus sistemas e equipamentos, sem sucesso. Claro que alguma coisa conseguiram
descobrir, mas a sua fonte de força é desconhecida. Acharam algo parecido com um reator, mas
não sabiam qual o combustível que geraria tanta energia para alimentar seus motores. Teorizaram
que poderia ser anti matéria.
Anti matéria? Por vários milênios centenas de mundos tentaram usar a anti matéria como fonte
de energia. Todas fracassaram em um grande cabum, até que finalmente definiram que era
impossível usala.
Observando melhor, viu que haviam vários destróieres estelares do império patrulhando a
área. Observou o painel tático. Doze destróieres e quatro Interditores. O Império não queria que
soubessem o que tinham. Mesmo que alguém chegasse até ali, não teria como retornar. Haviam
também centenas de naves em patrulha. Todas tiedefender e tieadvanced. Os caças mais
rápidos e poderosos do Império.
Haviam também quarenta corvetes modificados, com muitos canhões lasers, em contraste com
os corvetes normais, com apenas dois. Quanto mais analisava as forças imperiais em patrulha ali,
mais se impressionava. A área total em patrulha chegava a quinhentos quilômetros ao redor da
nave. Ainda haviam vários satélites que interferiam maciçamente nas comunicações, mesmo nas
internas. Não havia como se comunicar ali, a não ser que soubessem como filtrar a estática.
Quattroni deveria saber, mas provavelmente não o diria. Tinha um código de honra que o fazia
manter os segredos que lhe confiavam. Se qualquer um dos piratas sequer comentasse entre si o
que viram aqui depois que tudo acabou sem necessidade, seriam executados imediatamente.
Incluindo ele mesmo.
Apenas ficou observando, assim como Quattroni, enquanto se aproximavam da nave.
Senhor Blinter, já selecionei os pilotos que pediu.
Leveos para o hangar e aguarde instruções.
Uma nave do império virá buscalos – disse Quattroni sem se mover.
Eles forneceram algum código de autorização?
Sim, "Emperor".
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Atenção operações do Hangar, uma nave do Império irá solicitar permissão para pousar, o
código será "Emperor" Confirme.
Emperor – foi a resposta.
Confirmado – disse Blinter, encerrando a comunicação.
Quattroni ainda não se movia, e isto já o estava incomodando. Parecia o próprio Darth Vader.
Blinter, foi o próprio Darth Vader quem planejou esta operação, não preciso dizer que ela
deve ser executada a risca.
Agora entendeu porque ele estava agindo assim. Estava preocupado.
Entendo perfeitamente – disse.
Não, não entende. O objetivo do contrato é compreender a tecnologia daquela nave. Temos
vários meios para isso, e nenhum deles é garantido. É possível que esta nave seja destruída. Não
importa realmente, desde que descubramos qual o fundamento que permite que se mova. Isso é
tarefa para especialistas, mas não temos especialistas capazes de descobrir isso.
Então, como faremos?
Há alguns dias, apareceram mais duas naves parecidas com esta – apontou pela janela –
funcionais. Com certeza, os tripulantes sabem como funciona.
E devemos capturar estas naves?
Se possível. Na verdade, temos que montar uma armadilha que atraia estas naves. É
possível que estejam aqui procurando esta que se perdeu, ou então também se perderam, como
esta. Nosso plano parte do princípio de que se localizarem esta nave, irão investigala.
E como faremos para que a localizem?
Tudo ao seu tempo, Blinter. Tudo ao seu tempo.
Nada mais disse. O controle do hangar informou que um shuttle do Império forneceu o código
correto e estava pousando no hangar. Blinter foi até o console tático para observar o que ia
ocorrer.
Foi uma operação rápida, a nave pousou, os pilotos embarcaram e logo em seguida a nave
partiu. Seguiu lentamente até alcançar uma nave de transporte de carga. Desembarcou um piloto e
prosseguiu para a próxima. A mesma operação se repetiu por mais três vezes. Nenhum piloto fez
nenhum movimento. Não sabiam o que era para fazer.
Quattroni afastouse da janela no momento em que o último piloto foi levado ao seu transporte.
Foi até o painel de comunicações e digitou um código, provavelmente o que permitia que
pudessem se comunicar ali naquela área.
Aqui é Quattroni – disse aos pilotos – vocês devem levar estes transportes de carga até o
local que eu lhes indicar.
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Ele colocou um disco com informações e as transferiu.
Assim que acoplarem na nave nas posições indicadas deverão por as naves em sincronia.
Iremos levala para um local que já está programado em seus hiperdrives. Não tentem descobrir
que local será.
Blinter imaginou se algum deles seria tolo o suficiente para desafiar a ordem.
Os transportes executaram a ordem de forma impecável. Assim que o último acoplou, o
controle de acionamento dos hiperdrives deles foi transferido para a Storm.
Agora – disse Quattroni – me diga o que pensa em fazer com a nossa hóspede da nobreza.
Bem – começou ele – já ouviu falar de um jogo que os orchinianos gostam?
****
"Diário de bordo, suplemento. A nave Kanter que estava acoplada a estação espacial rebelde
explodiu, destruindo a si mesma e a estação, bem como todas as naves rebeldes que estavam
próximas. Uma nave do Império foi detectada deixando o cargueiro, momentos antes da explosão.
A Starfleet e a Thunderbold escaparam incólumes, porém nos deixou com um problema para
resolver. O que fazer com a Comandante Lauriel que ainda é prisioneira na Starfleet e com as oito
naves rebeldes que sobreviveram a explosão?"
Quem tem a patente mais alta dentre eles? – perguntou a Terak .
O Comandante Bernard. – respondeu.
E o que ele diz sobre o que querem fazer? – perguntou a Capitã Donner a Tirvik, que tinha
falado com ele.
Bem, pelo que ele me disse, não tem no momento nenhum lugar para ir. Todos as bases
rebeldes estão sendo transferidas de lugar, devido a alguma grande movimentação. Ninguém sabe
quais as novas posições. E as comunicações só podem ser feitas mediante freqüências que
apenas os Comandantes de cruzadores podem ter acesso.
Em suma, eles não tem para onde ir a não ser onde estão – concluiu Jevlack.
Sim, exatamente isso.
Primeiro, tinham que decidir sobre o que fazer com Lia e Ígnea, agora tinham onze convidados.
Um deles na prisão, e outro em coma.
Alguém tem alguma idéia sobre o que devemos fazer?
Poderíamos seguir o mesmo curso que a Exceler e dizer a eles o que aconteceu. E então
transferir os pilotos. – disse Tirvik.
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Não creio que a Exceler esteja disponível agora. Creio que foi sabotada novamente e que
pode muito bem ter sido destruída a esta altura.
É mais provável que o interesse seja capturala – afirmou Terak.
Porque?
Os fatos corroboram para isso. Quando aquele destróier chegou, o hiperdrive dela e seu
hangar foram destruídos. O destróier parou a distância mínima para lançar seus caças. E agora, a
nave de carga, depois de fornecer os equipamentos necessários para os seus reparos, destruiu a
estação. Se o alvo fosse a Exceler, teria explodido quando estava próximo a esta. Provavelmente o
Império deseja os dados que ela compilou a nosso respeito. Já sabem que podemos fugir
facilmente deles. É lógico que decidam obter informações através de um meio alternativo. No caso,
a nave que esteve mais próxima a nós neste período. A destruição da estação provavelmente foi
apenas para evitar que reforços pudessem ser enviados.
Não havia manual ou regra sobre o que fazer agora. Jevlack, por enquanto, teria que manter
os pilotos com eles. Pelo menos isso adiava a decisão sobre Ígnea. Não tendo onde deixala, ela
continuaria com eles. Já Lauriel era mais difícil. Era uma prisioneira, mas não deles. Se não
conseguissem contato com os rebeldes, teria que libertala em algum local.
Deve existir algum planeta onde possamos deixalos – disse – até lá, vamos mantêlos como
convidados enquanto procuramos pela fenda. Quando a acharmos, a mapearemos e os levaremos
ao planeta que quiserem, desde que isso não incorra em risco para nós.
E, enquanto procuramos – disse Donner – podemos tentar estabelecer contato com alguma
nave rebelde.
Certo. Esta reunião está encerrada. Terak, transporte àqueles caças para o nosso hangar.
Lisa, você tem três xwing na Starfleet, certo?
Sim, um de Lauriel e dois dos que a escoltaram. Mas os tínhamos transportado para a
estação para que voltassem em um transporte que levaria Lauriel.
Pelo menos, isso nos deixou com naves para todos, caso não tenhamos onde pôlos. A
propósito, peça ao seu engenheiro chefe para que faça um relatório sobre o que causou a
distorção. Acho que ele esqueceu de nos dizer.
Sim Capitão, e eu esqueci de cobralo.
Lisa e Tirvik retornaram a Starfleet.
****
Não acreditava que ainda não tinham capturado os rebeldes. Tudo foi calculado com precisão
estrema. A Exceler sairia o hiperespaço exatamente a mil e trezentos metros de onde os tia
bombers estavam posicionados, e a oitocentos metros dos tiedefenders. Já deveria estar
desabilitada. No entanto, não só ainda estava operacional como conseguira lançar dezoito naves.
General, perdemos mais dois tiedefenders.
Envie dez levas de esquadrões de assalt gunboat para atacalos. Prepare os tie
interceptores, se alguma nave se aproximar a me nos de dez quilômetros de qualquer destróier,
deve ser destruída.
Sim senhor!
Queria os pilotos vivos porque sem dúvida um deles era a sua escrava. Mas não ia arriscar a
missão por ela. Vader não seria condescendente com isso caso algum escapasse. Suas ordens
foram de capturar a Exceler intacta, e o maior número possível de rebeldes vivos. Possível, não
todos.
Mais dois awings e um xwing desabilitados, senhor.
A primeira leva de assalt os alcançou, dois estão avariados.
Mande todos os que sofrerem danos retornarem.
Não iria arriscar a muitas baixas. Já perdera vinte e seis bombardeiros e cinco caças.
Observou no mapa tático a situação. Os sinais verdes eram os rebeldes, e os vermelhos as naves
do Império. Havia tantos sinais vermelhos que dificilmente se via um verde. Como não conseguiam
superalos?
Foram lançados bwings senhor, estão em alta velocidade e sendo protegidos por todas as
naves.
Já chega! Pensou que seria uma operação rápida, mas aquilo estava levando tempo demais. A
tenacidade dos rebeldes era realmente incrível. Usou a sua caixa de comunicações novamente.
Ordenou aos seus caçadores que ainda estavam a bordo da Exceler para que pusessem em
prática o plano secundário. Ele mesmo idealizou esta salvaguarda, mas não imaginou que seria
necessário.
Quatro levas de assalt gunboat se engajaram com os rebeldes senhor, agora restam apenas
dois awing para serem imobilizados.
Apenas quatro naves para cada caça, todas as restantes devem imobilizar a Exceler.
Dois kwing foram lançados, partiram muito rapidamente. Segundo as análises, estão com
toda a potência nos motores. Senhor! Está o indo diretamente para o Interditor Cabriam.
Pensou um pouco. Sem dúvida era um ataque do tipo tudo ou nada. Iriam lançar todos os
mísseis assim que estivessem ao alcance.
Lance os tieinterceptores da Cabriam. Devem destruir os kwings a menos que sejam
desabilitados antes. Se dispararem, destruam os mísseis.
Os kwing conseguiram desviar de dois esquadrões de assalt gunboat que tentaram intercepta
los, em mais alguns segundos, poderiam disparar os mísseis. Um terceiro esquadrão se
aproximou, um deles desviou, o outro não. Devia estar com o leme inoperante. Foi presa fácil.
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A Exceler está inoperante!
O ultimo kwing conseguiu disparar todos os mísseis antes de ser desabilitado. Se atingissem
o Interditor, ele seria destruído. Felizmente os tieinterceptores destruíram todos.
Sornim olhava para o Oficial que lhe dissera que aos transportes estavam inutilizados. O
sabotador agiu novamente. Todos os caças foram inutilizados e o mesmo aconteceu com a
Exceler. Não podiam mais lançar caças, e nada na nave funcionava mais. Os canhões íons
colocaram em colapso todos os sistemas computadorizados. Haviam soldados presos nos
elevadores, e estavam sem a gravidade artificial. Todos os que não estavam usando as botas
magnéticas estavam flutuando na nave. E, em breve, a equipe de assalto chegaria. Tinham que se
preparar.
As naves se aproximavam, seis delas. Quando estavam a menos de sessenta metros duas
saíram de formação e seguiram para outros pontos da nave. Com certeza, para as comportas que
eles já tinham lacrado.
Estava aguardando na ponte o desfecho inevitável. Pela janela, via os transportes circundando
a nave. Os que se dirigiam ao hangar estavam sendo alvejados por armas de mão. Os dois
transportes que se separaram se ligaram magneticamente ao casco da nave, um na dorsal e outro
na parte dianteira. Podia se ver um brilho surgindo por debaixo deles. Deviam estar perfurando o
casco para invadirlos.
General?
Olhou na direção em que vinha a voz. Eram os dois pilotos que pilotavam os ywing junto com
Bernard e Lauriel, no dia em que encontraram a Starfleet.
Sim?
General, ordene que os seus homens se rendam ele apontou a arma para ele.
Eles eram os espiões? Não podia acreditar. Chegaram juntamente com Lauriel e Ígnea. Não
fazia sentido.
Não disse, sem demonstrar a sua confusão podem me matar, se quiseram.
Muita coragem. Mas não é a nossa missão. Devemos apenas acelerar a sua já certa derrota.
Eles estavam certos. Já estavam derrotados. Mas ainda havia esperança. Deveriam ter se
encontrado com a frota rebelde, e, quando perceberem que não ia mais chegar, iam investigar e
descobrir o que aconteceu. Apesar de, no momento, o comando não poder perder tempo com isso.
A Exceler podia ser dispensada, foi chamada para integrar a frota apenas como reforço.
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Atingiramno em seu braço com um tipo de dardo. Ele tentou retiralo, mas perdeu as forças e
a consciência antes disso. Não viu a brava luta de seus comandados, conseguindo se defender por
quase uma hora.
Os rebeldes tentavam deter os transportes com as suas armas de mão, mas era inútil. Um
destróier já estava se aproximando deles, já se preparando para fazer a operação de acoplagem.
Estavam condenados desta vez, e não havia nenhuma nave para rebocalos, agora.
Os rebeldes eram alvejados com tranqüilizantes, queriam todos vivos. A fuselagem da Exceler
foi aberta em vários pontos e milhares de metros cúbicos de gás foram injetados. Os afortunados
que conseguiam máscaras não tinham como se defender da falta de visão provocada. Mas seus
oponentes tinha visão infravermelha.
Duas horas depois, a Exceler estava totalmente vazia. Todos os tripulantes foram levados
como prisioneiros. Todos os dados armazenados em seus computadores seriam agora analisados
por uma equipe especificamente designada para este fim. O General Soer tivera total sucesso em
sua missão para o império.
General Soer, o ultimo rebelde foi capturado.
Não demonstrou nenhuma emoção, mas estava muito satisfeito.
Nossas baixas?
Trinta e oito naves e sete pilotos. Os outros foram resgatados.
Um elevado número, mas devia ser levado em consideração que não destruíram nenhuma
nave rebelde, e que todos foram capturados com vida. Operações deste tipo normalmente são
custosas.
Prossiga conforme o planejado.
Naves de transportes foram até a Exceler para levar os prisioneiros. Iriam permanecer sedados
até que um cargueiro preparado para ser uma prisão chegasse, dentro de alguns minutos. Deveria
ser uma operação rápida, para não se arriscar a que alguma surpresa desagradável estragasse
tudo agora.
O cativo General Sornim estava sendo levado para a sua nave. Deveria levalo a Darth Vader
assim que possível. No momento, um time de analistas e outro de reparos estavam aguardando
que a nave rebelde fosse limpa, para pôla novamente em operação. Precisavam dela operacional
para analisar quaisquer dados que possuísse. Os prisioneiros também eram úteis. Caso nada
fosse descoberto seriam interrogados em busca que quaisquer informações sobre as naves.
Foi a sala de controle e começou a verificar a catalogação dos prisioneiros. Queria aproveitar o
seu tempo e localizar os seus caçadores para libertalos e também o seu prêmio pessoal.
****
Ígnea chegou ao local em que Laureil estava confinada. Ela estava sentada na cama.
Simplesmente esperando que algo acontecesse.
Oi disse.
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Olá, e desculpe. Acho que minha ação acabou com a sua chance de ir embora com eles.
Ela sorriu.
Talvez. Mas não estou preocupada com isso agora. Vim dizer que Lia irá se recuperar.
Ela respirou com alívio.
Ótimo. Pelo menos ela poderá assistir ao meu julgamento. O que foi aquela trepidação que
senti há algumas horas?
Bem ela não sabia como dizer A estação explodiu. Aquela nave de carga era uma
armadilha do Império.
Como? E a Exceler?
Provavelmente foi sabotada novamente. E desta vez, não há ninguém para ajudala.
O destino era estranho as vezes. Se Lauriel não tivesse ido salvar Lia, estaria a bordo da
Exceler agora, que provavelmente tinha caído em alguma armadilha.
E o que vão fazer conosco?
No momento, continuamos a ser hóspedes, com ais oito pilotos que sobreviveram a explosão.
Bernard está entre eles.
Bernard? Mas ele não iria embora com a Exceler?
Isso é o que eu chamaria de sorte grande! Ele pediu dispensa para resolver alguns assuntos
particulares em seu planeta natal. Seu pai morreu e sua família o chamou. Ele foi transferido para
a Estação e iria aguardar o seu transporte. Enquanto estava lá resolveu dar uma última volta em
um caça, fazendo a patrulha. Foi quando a nave explodiu.
Sorte grande! Ele não gostaria de participar dos jogos em Hoth?
Acho que não. No momento, é a patente mais alta, e está com muita coisa para pensar.
E para onde vamos?
Não sei. Só sei que partiremos amanhã.
Mudam as naves, mudam os Comandantes, mas a constante é a mesma, nunca sabemos
para onde vamos ou porque.
****
O shuttle chegou ao hangar do destróier Dankan. O General Soer aguardava os seus
convidados. Dois rebeldes os caçadores e o General Sornim.
Onde está o outro?
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Não sabemos, não o vimos depois que partimos da estação.
Era uma pergunta meio de retórica. Não era o que realmente queria saber.
Onde ela está? Morreu quando o hangar explodiu?
Não, a última informação que tivemos foi que ela ficou na nave dos estrangeiros.
Na nave dos estrangeiros! Algum deus devia estar brincando com ele. Maldição! Lutou contra a
frustração e raiva que se acumulavam. Pelo menos poderia descontar nos prisioneiros, quando
fossem ser interrogados. Dirigiuse ao General Sornim.
General, devo cumprimentalo pela sua defesa.
Sornim não se dignou a responder.
Se quer ficar em silêncio, tudo bem. Não serei eu quem irá interrogalo. Levemno para a
cela.
Os guardas o levaram embora. Soer retornou a ponte, seguido pelos caçadores.
Entre em contato com Quattroni disse ao operador.
Um dos caçadores se perdera. Não o localizara entre os rebeldes capturados, e nem a sua
escrava. Uma pena. Mas algo estava mudando nele. Até antes de se encontrar com Vader, vingar
se tinha sido o único motivo que o mantinha na frota imperial. Agora, sendo um General e tendo
completado sua primeira missão, já não estava mais com a mesma determinação. Claro que se ela
fosse pega, ele ainda iria ficar profundamente satisfeito. Mas isso estava deixando de ser a sua
primeira prioridade.
Senhor, ele não responde. Seu contato disse que está fazendo um serviço e ficará
indisponível pelos próximos dias.
Muito bem, programe o nosso curso, temos uma entrega a fazer. E diga ao chefe da prisão
para já deixar preparados os droides de interrogatório virouse para os caçadores quanto a
vocês, creio que não mais poderão ser úteis. No entanto, ainda existem caçadores na Liberdade,
correto?
Sim disse um deles ainda têm dois.
Talvez ainda pudesse ser útil aos planos de Vader. Já que aqueles seriam inúteis para o
contrato original, iria usalos para saber onde estava a Liberdade e qual seria a missão urgente
desta, tanto que a Exceler foi chamada para que ela não se atrasasse.
Eles anuíram e saíram em direção ao hangar. Assim que pegaram o shuttle, Soer deu a ordem
para partirem. Cerca de vinte minutos depois, entraram no Hiperespaço.
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Foi até os seus aposentos relaxar um pouco. Demorariam várias horas até chegar ao destino.
Felizmente não teriam que fazer o caminho de volta. O planeta prisão do Império ficava próximo de
onde iam.
****
Sornim aguardava em sua cela. Pelo menos agora podia entender algumas coisas. Os espiões
provavelmente vieram para a Exceler por golpe de sorte, sorte deles, bem entendido. Deviam estar
na nave Liberdade apenas aguardando a chance de fazerem algo. Quando a nave estranha foi
localizada, se ofereceram para participar e informaram ao Império.
Acabaram vindo para a Exceler, e sabotaram o hiperdrive para que não pudessem fugir.
Depois devem ter indicado de onde viria a nave de reparos. O império interceptou esta nave e
sabotou o novo hiperdrive também. Esta, com certeza iria fazer alguma coisa na estação, mas não
tinha o que imaginar.
O novo hiperdrive instalado estava ajustado para chegar às coordenadas onde foram
atacados. E todos os tripulantes foram capturados vivos! Tanto empenho se justifica. Com certeza
queriam toda a informação possível sobre aquelas naves.
E agora conseguiram. Todas as naves foram capturadas, e qualquer informação que possuam
também. No entanto, ele ainda tinha um trunfo. Quando percebeu que seria impossível escapar,
destruiu todos os registros que estavam armazenados na Exceler. Provavelmente era por isso que
estava sendo levado em separado agora. Todos os outros foram levados para uma nave de carga
que com certeza tinha como destino a prisão inescapável do Império.
Nada a fazer a não ser esperar. Pelo menos algo o tranqüilizava, as naves da Federação não
poderiam ser capturadas. Eram poderosas demais, muito rápidas e podiam detectar qualquer nave
duas horas antes que chegasse. Mesmo Darth Vader não teria meios de alcançalos.
Acabou dormindo. Foi acordado por dois guardas. O levaram até o hangar e embarcaram em
um shuttle. De onde estava, não podia ver pelas janelas, a não ser um curto espaço, onde podia
perceber que estavam indo para alguma outra nave. Provavelmente outro destróier estelar.
Chegaram ao hangar desta nave e desceram. Era um hangar diferente, muito maior do que o
último de onde saíra. Devia ser um outro tipo de destróier. Foi levado até a ponte. A porta se abriu
e o encaminharam até o centro desta. Estremeceu! Ouviu um ruído de respiração alta, mecânica,
ruidosa.
General Sornim disse uma voz metálica é um prazer conhecelo.
Virouse lentamente. Ali, na sua frente estava Darth Vader.
Temos muito o que conversar continuou ele pelo que fui informado, todos os registros de
suas nave foram destruídos. Mas acredito que ainda se lembre do que eles registravam.
Ele só podia rezar para ter uma morte rápida.
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Capítulo 14
Ele digitou a seqüência de ativação e observou os quatro transportes entrarem no hiperespaço
carregando a nave. Depois, foi pessoalmente ao controle do hiperdrive e entrou as coordenadas.
Comunicouse com as outras naves de sua frota. Deveriam ficar por ali até serem chamados. Em
seguida, a Storm partiu, para um rumo ignorado por todos, menos por Quattroni.
Por que os outros não estão vindo conosco? – perguntou Blinter.
Tudo bem, desculpe por perguntar.
Blinter deixou a ponte. Quattroni ficou a observar o efeito da viagem no hiperespaço enquanto
sua mente divagava. A nave em questão era dispensável, seu pessoal era dispensável, sua frota
era dispensável. E provavelmente era o que ocorreria quando tivessem que enfrentar seus
oponentes. Há algumas horas recebera mais informações sobre os estrangeiros, as naves eram
Thunderbold e Starfleet, e tinham meios de detectar naves viajando no hiperespaço. Isso forçava a
repensar o seu estratagema. Não poderia surpreendelos, portanto teria que camuflar as naves. A
Revenger era capaz disso, mas as outras não.
Teria que usar a sua nave pessoal para atingir o objetivo, e não havia garantias de que
também não poderiam detectala. Precisava de uma contingência. Chamou Blinter e disse para
que preparasse os droides inquisidores, e que pegasse vinte mouse droides, e que deveria acoplar
um míssil bloqueador na Revenger.
Precisava achar um meio de detêlos enquanto sua frota não chegasse, e o míssil era a única
coisa que possuía para isso. Se funcionasse, impediria que eles pudessem fugir, se não, Vader o
acharia e o mataria.
Agora já achava que fora apressado em aceitar a tarefa, devia Ter ponderado mais. Não sobre
os riscos, mas sim sobre a possibilidade de sucesso. Vader ofereceu um planeta pelo serviço, e ele
aceitou. Nunca tinha falhado em completar um serviço antes. Não desde que se tornara um pirata,
e sabia muito bem que o primeiro também seria o último.
Antes de ser um pirata, já tinha conhecido a derrota, em um jogo com um homem chamado
Lando. Neste período, Quattroni era um contrabandista, transportando cargas ilegais nas barbas
do Império e em dezenas de outros reinos menores. Como de hábito, haviam locais específicos
para aqueles que tinham esta profissão se encontrarem. Foi em um destes locais seletos que tinha
aceitado participar de um jogo com cacife muito alto. O jogo até que foi bom, pelo menos nas
primeiras três horas. Ganhava e perdia, mas se mantinha estável. Talvez a culpa fosse do excesso
de bebidas, ou então foi mesmo um jogo preparado, não que isto importasse agora. Ele tinha boas
cartas e apostou o que tinha de mais valioso na época, um transporte coreliano muito rápido,
talvez o mais rápido de toda a galáxia. Lando ganhou e ficou com a nave, e ele nunca mais jogou
desde então. Coincidentemente também parou de beber.
No entanto, de certa forma aquilo foi bom, lhe deu uma nova determinação. Sem meios de
prosseguir como seu próprio chefe, teve de aceitar ser subalterno em algum outro local, pelo
menos até conseguir se firmar novamente. Foi convidado para entrar em uma associação de
piratas e rapidamente, devido a sua capacidade de planejamento estratégico, acabou por assumir
um dos postos mais elevados. Com o tempo, formou sua própria facção. Comprou uma nova nave,
não tão grande quanto a antiga, mas que podia ser modificada para ter talvez a mesma velocidade.
Fez muitas modificações nela e a batizou de Revenger. Mas era uma pena que Lando não tivesse
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Mas ele ainda sentia uma ponta de saudade, talvez por isso todas as suas naves de
transportes fossem do tipo do Outrider, como a que ele usou quando foi até o Executor.
A Storm veio logo em seguida. Um poderoso cruzador, capaz de rivalizar com um destróier
estelar. Foi um bônus que recebera quando fez o seu primeiro serviço para o Império. A nave foi
capturada em um combate feroz, e acabou ficando com ela para ser sua nova nave base. Foi só
então que finalmente aceitou fazer qualquer espécie de serviço, com exceção de espionagem. Se
Quattroni soubesse que Soer estava usando os seus caçadores para isso...
Algum tempo depois capturou um cruzador rebelde e alguns corvetes, e então sua fama
começou a crescer, e também o número de espiões que passaram a ser localizados entre seu
pessoal. O Império começou a contratalo para serviços de ocasião, mas cada vez mais fazia
contratos mais difíceis e mais gratificantes monetariamente. Mas ele se aproveitava deles. Cada
vez que enfrentava rebeldes ou outra força qualquer, procurava capturar algumas naves, foi assim
que conseguiu vários caças xwing e alguns bwing também. Todo e qualquer prisioneiro rebelde
era vendido ao Império, e se este não estivesse interessado, o mesmo era jogado no compactador.
Ultimamente, passou a selecionar melhor os contratos. Quando alguém do Império chamava,
ele ia pessoalmente negociar o serviço, e sempre avisava que nunca aceitaria um serviço que
considerasse impraticável. Mesmo que Vader o pedisse. Este de agora pareceu possível, antes
que fosse informado que as naves possuíam recursos até então não imaginados.
Devia ter imaginado isto quando foi oferecido um planeta como pagamento. E a única coisa
que tinha de descobrir era como as naves se movimentavam. Nada de armas, nada de tecnologia,
apenas o conhecimento técnico.
Ele nunca perguntou a nenhum contratante o motivo do serviço, mas agora queria perguntar.
Talvez fosse hora de começar a mudar as suas regras. Começar a interrogar os espiões e fornecer
serviços de espionagem. Talvez!
Senhor, estamos chegando ao destino.
Divagara por várias horas. Bom, era hora de preparar a armadilha.
Blinter, leve oito homens até o hangar e me espere lá.
Saiu da ponte e foi até o hangar, sabendo muito bem que Blinter já estaria lá com os homens.
****
Eu quero essa coisa de volta a nave dela. – foi o que tinha dito.
Só que a "coisa" em questão estava com outras idéias. Quando tentaram tirala da ponte, se
agarrou ao console de ciências com uma pinça e não queria mais sair de lá! E os rebeldes
estavam todos na Thunderbold.
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Computador, que diabos essa coisa está tentando fazer?
"O droide de serviços gerais está tentando fazer uma interface com a memória principal, no
entanto, devido a impossibilidade e estabelecer uma linguagem de interface padrão, o mesmo não
esta sendo possível"
Então diga a este "droide" para parar com isso.
"A unidade aparentemente não possui este interesse."
Isso já era ridículo. Interesse?
Convença ele!
Passado alguns instantes, a unidade R2 tremeu violentamente e foi jogada longe. Obviamente
levara um choque extremo. Soltou alguns assobios que ninguém entendeu.
"Não tenho a programação adequada para responder a altura"
Bom, quase ninguém. A unidade emitiu mais alguns sons enquanto se dirigia ao turboelevador.
Assim que entrou começou a balançar de um lado para o outro.
Mas o que ele esta querendo? – perguntou.
Acho que quer usar o turboelevador, mas o computador não esta atendendo.
Mais alguns sons. Então, de repente, a porta se fechou, e o turboelevador partiu com uma
velocidade incrível em direção ao hangar. O som que o droide fez pareciase muito com um grito
de susto.
"Tenha uma boa viagem e não se esqueça de não usar nossos serviços novamente."
Tem certeza de que ele não conseguiu fazer a interface com o computador? perguntou Lisa
a Doller.
Se fez, parece que o nosso computador levou vantagem. Mas o que me surpreende é que
eles parecem possuir uma certa personalidade.
E desagradável! – completou Lisa – avise a sala de transporte para focalizar estas coisas e
pôlas de volta ao seu lugar.
Sim Capitã.
Ela tomou a seu assento e ficou a pensar na situação. Tirando a aparente insurreição dos
droides, ela tinha que decidir o que fazer com Lauriel. Deveria deixala na prisão ou confinala aos
seus alojamentos? Terak estava examinando os mapas estelares da galáxia para verificar se havia
algum planeta onde poderia deixar os seus convidados, Tirvik estava na enfermaria, esperando Lia
despertar. E Jevlack devia estar dormindo a essa altura. Na verdade, ela também deveria dormir.
Iriam partir no dia seguinte para tentar localizar a fenda que os trouxera.
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Doller, ache o pessoal do turno da noite para assumir a ponte. É hora de dormir.
Entendido.
****
Lia acordou, ou pelo menos pensou que tinha acordado. Abriu os olhos mas não viu nada.
Tentou se mover e notou que estava presa! Procurou prestar atenção aos sons, mas nada!
Começou a gritar, perguntando aonde estava e notou que sua garganta doía horrivelmente, alias
agora notou que todo o seu corpo estava doendo. Sentiu que alguém a segurava, e estava
injetando alguma coisa em seu braço. Não sabia o que era, mas sentiuse mais relaxada
imediatamente.
Sentiu algo no seu ouvido, como que um estalo. Doeu um pouco, depois melhorou. Então
ouviu uma voz, metálica, fria. "Está se sentindo melhor agora?". Era uma voz de mulher "Nós
estamos cuidando de você, ficou muito ferida, mas tenha paciência, em breve poderá enxergar e
ouvir novamente".
Tentou sentir como estava. Havia dores no peito e região abdominal, suas pernas formigavam,
e sua cabeça estava latejando. Não podia ver nada, e agora entendia o porque: Estava cega! E o
motivo de ouvir uma voz metálica também estava explicado, também estava surda. Com certeza a
imobilizaram na cama para não se ferir quando acordasse. Sentiu agora que estava sendo solta.
"Tente não se mover, chamamos a sua amiga para conversar com você".
Amiga? Devia ser Lauriel. Agora se lembrava do que aconteceu. Fora enterrada no espaço e
tinha perdido os sentidos. Como estava cega e surda, o caixão deve ter sido aberto e a
descompressão deve ter causado estes danos. Mas estava viva! Provavelmente receberia próteses
para recuperar a visão e a audição, alias, para a audição já tinha alguma coisa, provavelmente um
dispositivo simples apenas para que pudessem se comunicar com ela.
O jeito era esperar. Começou a se sentir um pouco tonta, devia ser efeito do tranqüilizante.
Quanto tempo fiquei desacordada? – perguntou, o que causou uma grande dor na garganta.
"Umas dezesseis horas. Já chamei o Doutor, sua amiga deve estar sendo acordada."
Acordada! Então era o período de descanso. Seu olfato devia estar afetado também, pois não
sentia cheiro algum dos produtos químicos que normalmente estão nas enfermarias das naves
rebeldes.
Depois de algum tempo ouvindo apenas alguns poucos sons de pessoas se movimentando no
local em que estava, finalmente reconheceu a voz de Ígnea.
"Olá menina! Se acha que sofreu muitos ferimentos, espere só até ver o seu cabelo!"
Era Ígnea, sem dúvida.
Ainda bem que não posso ver! Foi você quem me salvou? Onde estou?
"Lauriel a salvou, e você esta a bordo da Starfleet. Uma nave estrangeira."
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Nave estrangeira? Onde está Lauriel?
"Presa, desobedeceu ordens para te salvar. Ainda bem que está deitada, porque é uma
história meio complicada."
"Talvez seja melhor eu explicar" – disse a mulher que falou com ela anteriormente "Meu
nome é Tirvik, sou a Primeira Oficial desta nave. Sua amiga Lauriel estava aqui como convidada
nossa quando captou o seu sinal de socorro. O superior dela negoulhe permissão para partir,
alegando que além de ser possivelmente inútil, podia ser uma armadilha."
E ele tinha razão.
"Sim, mas ela não concordou. A prova de que estava certa é que você está aqui. A Exceler, o
cruzador rebelde, não pôde esperar a chegada dela. Por isso nós concordamos em detêla até que
uma prisão fosse preparada na plataforma espacial."
E essa prisão não ficou pronta ainda?
"A plataforma foi destruída. Comandante Ígnea, acho melhor explicar a sua amiga quem nós
somos e em que ponto estamos."
Durante horas, Ígnea contoulhe sobre a Federação, A partida da Exceler e da explosão da
plataforma.
Então Lauriel está presa aqui... Mas o que vão fazer com ela?
"Ninguém ainda sabe. Só me disseram que por enquanto ela ficará aqui até que encontrem
uma base rebelde ou um planeta para deixala. Na verdade, o mesmo se aplica a todos nós.
Somos em onze, tem três aqui e oito na outra nave."
Ela bocejou, indicando o sono que sentia.
"Agora descanse. Segundo o médico você vai sobreviver."
Acho que podia responder isso sem a ajuda dele.
"Você é muito mentirosa."
****
Sornim caminhava lentamente, cambaleando até, escoltado pelos guardas do Império. Estava
apático, o interrogatório de Vader foi muito avassalador para a sua mente. Lembravase
vagamente de falar algo sobre campos de dobra, de ter sentido o seu corpo ser comprimido por
gigantescas mãos invisíveis, de existir outra consciência dentro de si.
Estava indo ser executado, e isso seria mostrado pa ra os seus antigos tripulantes, como aviso
a eles sobre o que o Império faria caso não colaborassem. Uma porta se abriu e os guardas o
jogaram lá dentro, sem muita cerimônia.
Olhou ao redor, tentando aparentemente entender onde se encontrava. Sua mente estava
muito confusa, ele mal entendia o que estava ocorrendo. Sabia apenas que estava em perigo, mas
qual e como enfrentalo eram pensamentos que apenas com muito esforço se formulavam. Viu
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uma câmara no alto da cela. Estava sendo observado. Fez menção de dizer algo, mas naquele
instante esqueceuse de como articular as palavras.
Nomes vieram a sua mente, de amigos, inimigos, conhecidos, alguns nem sabia o que
significava. Mas eram nomes, nomes que indicavam força, nomes que indicavam derrota, mas
nenhum indicava esperança. Olhou novamente para o cubículo onde estava. Apenas paredes e a
câmara, nada mais. Porque um condenado iria ter algo mais? Porque foi condenado? Onde estava
agora?
O esforço para ter pensamentos coerentes estava ativando memórias desconexas.
Tirvik... quem era? Jevlack... amigo! Não... Acordado? Talvez... Lauriel, traidora. Mas quem ela
traiu? Quem traiu ela? Milhares de pensamentos surgiam, mas apenas alguns eram notados pela
sua consciência, pelo menos, o que sobrou dela.
Acordado, sim, havia um pensamento seguindo esta palavra, o porque ele não sabia, o porque
ele não tencionava saber. Olhou ao redor. Cubículo. Iria ser executado, seus homens iriam vêlo.
Darth Vader destruiu sua mente, Darth Vader escancarou portas de sua mente, Darth Vader era o
lorde negro. Quem era Darth Vader?
Sentouse no chão, os pensamentos soltos estavam começando a alienalo. Foi capturado,
interrogado e agora ia ser morto. Isso era um pensamento coerente. Acordado... aquele que
despertou... isso era pensamento antigo, de lenda antiga. Tirvik... pensamento recente... vulcana...
língua vulcana. Jevlack... pensamento recente, pensamento antigo, língua vulcana. Mas porque
estes pensamentos podiam ser percebidos se os outros eram praticamente ignorados?
"General Sornim, sua execução será efetivada em sessenta segundos."
Quem era Sornim? Era ele! Foi ele. Não, ainda era ele antes que não fosse mais ele.
"59, 58, 57, 56..."
Contagem regressiva, um lançamento. Não, contagem regressiva, seu lançamento fora da
vida. Agora sua mente começava a encontrar o elo rompido por Vader.
"47, 46, 45, 44..."
"39, 38, 37, 36..."
"28, 27, 26, 25..."
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Quando Vader invadiu a sua mente, de certa forma ele teve acesso a alguns dos seus
sentidos, isso mais do que qualquer coisa que ocorreu depois foi o choque responsável pela sua
consciência ter ficado semi catatônica. Foram estes sentidos que forçaram estes pensamentos
desconexos. Eram tão poderosos que interrompiam qualquer outro pensamento coerente. Agora
estavam enfraquecendo. Não, estavam sendo suplantados pelos instintos primários de
sobrevivência.
"19,18,17,16..."
"Aquele que despertou..." Sim! Era uma lenda antiga que seu povo recitava em cerimônias
religiosas, agora podia se lembrar das palavras exatas. Ainda estava confuso, mas esse
pensamento era claro. É hora de morrer. Já estava morto, mas podia dizer algo. Podia dizer o que
devia.
"15, 14, 13, 12..."
Levantouse, olhou para a câmara e disse bem alto e sem nenhuma hesitação:
"11..."
Aquele que despertou...
"10..."
...do passado, deverá enfrentar...
"9..."
...seu semelhante de agora...
"8..."
...para que o universo...
"7..."
...não pereça.
"6.."
Estava feito! O porque ele não sabia, apenas sabia que tinha que dizer isso. Fez uma postura
serena, igual a que fazia durante as cerimônias religiosas. Fechou os olhos e moveu a cabeça para
baixo. Ninguém saberia o porque dele ter dito isso. Nenhum pensamento surgiu depois disso.
Agora ele sabia, sabia o que iria acontecer, sabia o desfecho, e sabia que o Império um dia cairia.
Suas lendas estavam se concretizando.
"2, 1"
De todas as paredes, vários feixes de energia foram lançados, em menos de um décimo de
segundo, nada restava no local, exceto a câmara.
Trek Wars – Roberto Kiss 127 www.scriptonauta.com.br
Soer tinha acabado de assistir a execução. As últimas palavras de Sornim foram estranhas,
porém pareceu que foram dirigidas a Darth Vader. Bom, não era problema dele, tinha sua nova
missão: Destruir o posto rebelde de onde partiu a nave Kanter.
Avise as naves da frota que devemos partir imediatamente.
Sim senhor.
Três destróieres estelares e um Interditor começaram a se mover, assumindo formação.
Entraram no hiperespaço e seguiram rumo ao destino, já com a estratégia traçada. O Interditor iria
posicionarse a dois mil quilômetros de distância, para evitar ataques dos rebeldes, um destróier
ficaria entre este e a base, para garantir a sua posição, os outros dois iriam se posicionar a oito
quilômetros. Era muito prático saber exatamente a posição da base e as suas defesas.
Sem prisioneiros. O ataque começaria com tieadvanceds e tieinterceptores para controlar os
quarenta caças rebeldes da base. Os bombardeiros atacariam os dezoito containeres e vinte e seis
transportes de carga.
Uma operação rápida e de pouco risco, porém, depois que vira a tenacidade com que os
rebeldes poderiam reagir quando tinham um forte líder, um batalhão completo de tiefighters seriam
lançados do terceiro destróier que seria posicionado mais atrás, e ficaria de patrulha, para o caso
de caças rebeldes fugirem do cerco.
Foi até a sua cabina, e ficou aguardando que saíssem do hiperespaço. Seriam várias horas de
espera. Enquanto isso, iria beber alguma coisa de forma a comemorar a sua libertação! Sim, agora
se sentia livre daquela obsessão que o perseguiu depois que fora humilhado na capital do Império
com a fuga dos escravos. Para ele que foi rei de seu próprio império, ter sido atacado por uma
mera serviçal e ser quase morto tinha sido uma afronta enorme. Intolerável! Sentia que se não
podia controlar seus servos, não merecia comandar seu planeta. Renunciou ao trono e só iria
retornar depois que pegasse a megera que o tinha desmoralizado.
Entrou para o Império para isso. Uma vez que tinha renunciado, não iria usar sua armada para
atacar os rebeldes, eles tinha uma força maior. Como já foi dito, Soer era arrogante, mas não tolo.
No Império, esperava subir de posto para um dia cruzar com ela. Mas mesmo depois de alguns
anos, percebeu que as chances de que ela morresse em outro confronto qualquer eram grandes.
Foi nessa época que Quattroni começou a fazer serviços para o imperador. Entrou em contato com
seu grupo e oficializou o contrato, seriam disponibilizados caçadores para Soer, porém o único
objetivo destes seria localizar e capturar a escrava dele. Não deveriam ser usados para mais nada
além disso. Claro que se fornecessem alguma informação que pudesse ser de valia ao Império,
Soer poderia fazer com ela o que bem entendesse, e se fosse possível qualquer serviço extra,
desde que não desvirtuasse o objetivo, também poderia ser feito, com, é claro, um pagamento
adicional.
Mas agora percebeu que conquistou uma posição por si só. Aproveitou os caçadores para
fornecer serviços ao Império, comandou a captura da Exceler, e toda a estratégia foi desenvolvida
por ele. E era simples, já que os rebeldes são mais combativos, melhor é sufocalos por um ataque
esmagador. Mas não poderia fazer isso sempre. Era melhor ter uma estratégia bem feita para
evitar surpresas. Sua missão de agora e a anterior são basicamente testes de sua capacidade. A
primeira foi difícil, porém conseguiu o sucesso com baixas aceitáveis, apesar de não serem as
ideais. Só depois, os outros generais informaram que Sornim era um dos mais brilhantes
estrategistas rebeldes. Foi por isso que a vitória tinha sido tão custosa.
Trek Wars – Roberto Kiss 128 www.scriptonauta.com.br
O objetivo de seu ataque de agora era privar os rebeldes de possível envio de suprimentos. Os
containeres possuíam material para montar diversos caças, bem como vários tipos de mísseis.
Eram o objetivo principal, o secundário era destruir toda a força existente por lá. Havia um terceiro,
capturar possíveis sobreviventes que tivessem se ejetado de seus caças, interrogalos e localizar
outras bases desta espécie. Os tripulantes da Exceler seriam usados para isso. Na verdade, a
própria Exceler seria usada em uma armadilha, seria entregue a ele para isso. Basicamente sua
frota seria usada para "limpar a área de reforço".
Só não entendia que área de reforço seria esta. Reforço para que? Sabia pelos seus
caçadores que a Aliança Rebelde estava preparando um ataque em larga escala, e sabia também
que deveria ser com relação ao projeto secreto do Império. Não sabia o onde nem quando. Bom, o
onde deveria ser em um local próximo da área a ser limpa. O quando... deveria ser breve.
Ficou em uma posição mais confortável na cadeira. Pediu para ser avisado vinte minutos antes
de chegarem ao destino. Podia até cochilar um pouco, se quisesse. E chegou mesmo a cochilar.
Foi despertado no horário previsto. Foi a ponte e repassou a estratégia. Os caças estavam
prontos, o Interditor e o destróier que deveria protegelo iriam sair do hiperespaço primeiro. Eles
sairiam poucos momentos depois.
Ao sair do hiperespaço, os destróieres colidiram com algumas naves de patrulha, reduzindo o
número de oponentes. Os caças foram lançados como planejado, e não houve surpresas.
Ocorreram alguns casos de dois ou mais caças rebeldes se mostrarem fortes o bastante para
causar algum problema, mas foram destruídos após uma saraivada de mísseis. Foram localizados
alguns pilotos que ejetaram, todos foram capturados. Agora analisariam os destroços para
determinar o tamanho real da perda rebelde, e iriam para um ponto de encontro que Vader
especificou. Toda a operação durou apenas vinte e sete minutos.
Capitão, a Starfleet informa que esta tudo pronto.
Jevlack agradeceu a Matias. Ambas as naves estavam com sessenta e oito por cento do
pessoal trabalhando. O suficiente para enfrentar qualquer surpresa.
Senhor Matias, trace curso para as coordenadas iniciais de nossa busca, dobra sete.
Curso traçado Capitão.
Engatar.
A Thunderbold e a Starfleet partiram para localizar a fenda espacial, e saírem do meio daquela
guerra, antes que não pudessem mais se manter a margem dela.
Capítulo 15
"Diário de bordo, data estelar 3342.3, após oito dias de constante busca, ainda não foi possível
localizarmos nenhum sinal da fenda que possivelmente nos trouxe aqui. Ainda considero a
possibilidade de ter de dividir as naves para acelerar a busca perigosa, porém talvez seja
necessário uma vez que segundo o nosso Oficial de ciências, a fenda deverá se abrir para a nossa
galáxia em breve”.
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Terak, já vasculhamos metade da área que você indicou, e nada foi detectado. É possível que
a fenda esteja fechada?
Não propriamente fechada, Capitão. Ela pode estar no estado intermediário entre uma
"respiração" e outra.
Capitão, estamos capitando um sinal de socorro. disse Diana É um sinal automático, da
Federação.
Outra nave chegou até onde estavam?
Alguma identificação?
Não senhor, apenas que este tipo de código já não é usado há mais de dez anos, e que
possui uma falha na seqüência básica. Mas positivamente é um dos nossos.
Mais de dez anos?
De onde vem o sinal?
Curso 1176 marco 4.
Alguma coisa estava errada. Nenhuma nave usaria um sinal já descartado, a não ser que não
tivesse sido atualizada. Só que todas as naves da frota foram atualizadas nos últimos anos. Se
este sinal era mesmo de uma nave da frota, deveria ter se perdido antes deste período.
A Starfleet está nos contatando senhor.
Pode completar.
A Capitã Donner surgiu na tela, com toda a certeza, era sobre o sinal que captaram.
Capitão disse ela creio que também esta captando este sinal de socorro.
Sim, estava pensando no que fazer a respeito.
Pensando? Capitão, é um sinal de socorro da frota. É nosso pessoal.
Sim, mas é um sinal que não é usado há anos. Se vem de uma nave que chegou aqui antes
da atualização dos códigos, como nunca foi detectada? E porque só agora esta enviando este
sinal?
Eu não sei disse ela só saberemos se investigarmos.
Concordo, mas não quero arriscar as duas naves nisto. Primeiro quero consultar os nossos
convidados sobre o que existe na direção de onde vem o sinal. Eu a informarei de minha decisão.
Thunderbold desliga.
Diana, peça ao Comandante Bernard para se encontrar comigo no meu gabinete, Terak, a
ponte é sua.
Trek Wars – Roberto Kiss 130 www.scriptonauta.com.br
Jevlack levantouse e foi ao seu gabinete, pensar um pouco nas possibilidades enquanto
aguardava a chegada de Bernard. Ao sentarse em sua mesa, programou o console para indicar o
provável local de origem do sinal em um holograma.
Computador, indicar rotas comerciais no mapa em questão.
"Não existem rotas comercias indicadas para o setor"
Talvez isso explicasse o porque da nave não ter sido detectada, caso estivesse ali há vários
anos.
Computador, qual a quantidade de naves da Federação que poderiam enviar o tipo de sinal de
socorro captado estão registradas como desaparecidas?
"Existe o registro de vinte e oito naves que poderiam enviar este sinal e que desapareceram
nos últimos setenta anos"
Quantas desapareceram quando estavam indo em direção a Omicron IV?
"Nenhuma nave foi dada como perdida enquanto seguia em direção ao sistema recém
mapeado de Omicron IV"
Interessante, outras fendas poderiam estar se abrindo entre as galáxias, em épocas diferentes.
Épocas diferentes? A fenda é um rompimento do continuum espaço. O tempo faz parte deste
continuum. E se esta fenda também estivesse alcançando o passado? Era uma possibilidade, e
explicaria muitas coisas.
Entre! disse ao ouvir o som da campainha.
Capitão disse Bernard entrando queria me ver?
Sim Comandante. Nós captamos um sinal de socorro de uma nave de nossa frota. Pelas
nossas leituras está em algum lugar do setor que vocês chamam de Gork. Existe alguma coisa por
lá?
Não. Fica longe dos grandes centros comerciais, e não tem planetas habitados. Gork significa
"vazio".
"Vazio". Uma área vazia de uma galáxia totalmente conhecida. Muito conveniente a nave estar
lá.
Bernard, irei transferir os rebeldes para a Starfleet, mas não poderei enviar suas naves porque
não há espaço no hangar dela.
Sim senhor.
Pode ir. Avise aos seus para se dirigirem a sala de transporte.
Bernard saiu, deixando Jevlack sozinho.
Terak disse pelo comunicador venha ao meu gabinete.
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Alguns momentos depois, Terak entrou.
Sim Capitão?
Sentese cruzou os braços e virouse em direção a janela que ficava atrás dele Terak, quais
são as nossas reais chances contra um destróier estelar do Império?
Baseado nos dados que temos referentes aos dois últimos que pudermos sondar, muitas. Sua
maior fraqueza, para nós, são os seus geradores de escudos localizados fora da nave. É verdade
que possuem uma blindagem extremamente sólida, mas seis feixes de phasers destruiriam a
blindagem e o gerador.
Isso ele já imaginava. Mas havia uma questão não muito obvia.
E depois? Essas naves tem de seiscentos a mil e seiscentos metros.
Realmente, seria trabalhoso destruílas. No entanto, sem escudos, podemos disparar
diretamente em seus reatores internos. Creio que em pouco mais de um minuto o atingiríamos.
Talvez menos se usarmos todos os phasers em conjunto com os torpedos fotônicos.
E quanto podemos agüentar no caso de estarmos cercadas por elas?
Senhor? ele parecia confuso.
Se tivermos de enfrentar mais de dez destas naves, quanto tempo poderemos resistir?
Terak ficou um pouco em silêncio. Pensando na pergunta.
É possível suportar por pouco mais de trinta minutos. Isso se ficarmos fora do alcance de suas
armas menores, voltadas para caças. As grandes, destinadas a naves de maior porte tem potência
bem menor que o armamento para o qual nossas defesas foi projetado. Mas, porque pergunta?
Apenas uma sensação que eu estou tendo. Nem sei bem porque.
Na verdade, Jevlack tinha uma idéia do porque estar sentindo este presságio. Quando esteve
preso naquela bolha temporal, teve algumas visões estranhas, algumas relacionadas com as
naves da frota. Talvez todas as falhas do continuum estivessem relacionadas, não importando
onde e quando ocorressem, ou talvez ele simplesmente quisesse descobrir o que tinha acontecido
com aquela nave. De qualquer forma, ele tinha que investigar o sinal.
Terak, avise a Starfleet que iremos investigar o sinal de socorro, eles deverão continuar com
as buscas da fenda.
Sim senhor. Mais alguma coisa?
Pensou um pouco.
Acione o alerta amarelo, dispensado.
Sim senhor.
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Terak saiu, alguns segundos depois, o alerta amarelo foi acionado. Jevlack levantouse e
aproximouse do holograma da nave constitution danificada. Era uma lembrança que tinha feito
para se lembrar de um estranho acontecimento que tinha presenciado um pouco antes de
encontrar as naves romulanas perseguindo a nave Klingon. Não, provavelmente este sinal de
socorro não tinha nada a ver com o incidente anterior. Mas ele desejava que tivesse. Ajudaria a
responder algumas de suas perguntas pessoais.
Lezam foi arrastado sem poder fugir para o shuttle do Império, logo em seguida foi drogado.
Quando abriu os olhos novamente, estava frente a um droide inquisidor. Lembravase agora
vagamente do que tinha lhe acontecido. Devia ter falado, não se lembrava com certeza. Só
lembrava de que seu posto foi atacado por uma grande força imperial. Dois destróieres e um
Interditor garantiram a total derrota. Só não entendia o porque de um ataque tão feroz. Não era um
posto defensivo, nem mesmo estratégico, apenas de peças de reposição e reparos em geral.
Não sabia nem mesmo porque ainda estava vivo, pois não sabia nada de útil sobre a rebelião.
Foi quando os guardas chegaram e o carregaram para fora. Estava fraco, mal podia ficar em pé.
Foi levado até a ponte, onde viu o General Soer em pé, bem no centro dela.
Ele olhou em sua direção e fez um sinal para um dos guardas. Logo em seguida recebeu um
golpe violento na cabeça, que o jogou no chão. Ouviu Soer dizer alguma coisa, mas não foi capaz
de entender, estava atordoado. Sentiu que o carregavam novamente. Perdeu os sentidos. Quando
acordou pensou que estava sonhando! Estava em um shuttle, sozinho, sem nenhum sinal de
qualquer nave do Império em parte alguma.
Com certeza, estavam monitorando a sua nave. Devia ter algum sinalizador escondido nela,
mas não ia funcionar, ia programar o hiperdrive para um planeta em que poderia desaparecer sem
deixar rastro. Foi até a cabine de comando e teve uma nova surpresa, não havia nenhum controle
lá. Nem manche, painel, nada! O que significava isto? Prenderamno em um shuttle de onde não
poderia sair, e nem ir a qualquer parte.
Sentouse em um dos assentos dos passageiros. Sua cabeça ainda doía, e precisava pensar
no que fazer. Estava preso no espaço em uma nave que não poderia usar, sem comunicações e
mais nada. Por que? Porque mantêlo preso ali? Era um esforço sem sentido, que realmente não
valia a pena. Mas foi o que fizeram.
Sentiu que a nave foi movimentada olhou pela janela e viu um calamari e alguns awings,
Estava sendo resgatado pelos seus camaradas! Mas como o localizaram? Achava que estava
enlouquecendo. Começou a olhar o interior da nave, embaixo dos bancos, abriu painéis, nada a
ser achado.
O que ele não lembrava era que durante o interrogatório tinha dito que possuía um dispositivo
de localização que era usado pelos rebeldes em perigo, que só podia ser acionado em contato
com o dna específico de seu dono.
Eles implantaram o circuito em sua perna enquanto estava desacordado, e o puseram no
shuttle para ser resgatado.
Ainda procurava por qualquer coisa dentro da nave quando ouviu que tentavam abrir a porta. Já
devia estar dentro do hangar. Balançou a cabeça ainda tentando entender. Sentiu apenas um calor
súbito. Foi a última coisa que sentiu na vida. Um poderoso explosivo dentro do shuttle destruiu o
calamari. Soer conseguira uma terceira vitória desde que assumira o posto de General.
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Cumprir com a sua missão seria muito difícil, mas Vader fora claro, depois de garantir que a
Exceler seria sabotada, deveria encarregarse de capturar a escrava de Soer, de qualquer forma.
Precisava pensar em alguma distração para capturala, pegar uma nave e partir. Mas como levar
duas pessoas em uma única nave? Teria que achar uma forma. Podia por a nave em piloto
automático e enviala diretamente para as coordenadas que tinha. Soer estará esperando por lá
pelos próximos dias. Sem considerar que levaria doze horas para chegar ao ponto de encontro.
Que tipo de distração seria eficaz? Voltou para o turboelevador e seguiu para o seu aposento.
Deitouse e continuou a pensar. Não poderia sabotar nenhum dispositivo na nave, os sensores
internos iriam detectalo, e mesmo porque não conhecia nada para fazer qualquer espécie de
sabotagem. Precisaria de outra coisa, algo que chamasse a atenção de todos. Tinha explosivos
ocultos em uma de suas botas, podia por em algum local e detonalos. Mas teria tempo de captura
la e sair da nave? Bom, para capturala bastaria uma dose do gás sonífero da sua outra bota. Mas
ainda restava determinar como sairia da nave. Não poderia pegar nenhum caça, e mesmo que
colocasse a mulher numa deles e a programasse para o destino correto, ainda havia aquela
unidade R2 que podia mudar o curso.
Quanto a isso, poderia desativala facilmente. Ainda restava um detalhe: eles poderiam seguila
e libertala antes de chegar ao destino, e isso ele não teria como impedir. Em resumo, ele poderia
criar uma distração suficientemente forte para desviar a atenção de todos enquanto pegava a
Comandante, poderia deixala inconsciente e colocala em um dos xwings do hangar, desativar a
unidade R2 e lançar a nave em pilo to automático. Quanto a ele mesmo, pegaria a outra nave e
partiria em direção oposta.
Poderia dar certo, mas só poderia tentar uma única vez. E ainda precisaria encontrar uma
arma. Ninguém andava armado em nenhuma das naves, com exceção dos seguranças, e estes
não seriam muito fáceis de se enganar.
Ainda havia a questão de quando e onde agir, ele não sabia onde ela estava, e precisava
descobrir, sem levantar suspeitas. Se bem que não iria levantar suspeitas por perguntar aonde
estava um de seus companheiros. Só tinha um problema: Não sabia o nome dela! Conhecia a sua
aparência, mas eram os seus dois companheiros que conheciam o seu nome. Era ridículo, mas era
verdade. Teria que fazer uma visita a uma delas para saber qual deveria ser capturada.
Bom, Lauriel estava presa, então falaria com Ígnea. Assim que soubesse quem deveria pegar,
agiria.Decidiu dormir no momento para estar em perfeitas condições quando fosse agir.
Confirme isso disse Safrã quero certeza absoluta de que a Exceler foi capturada.
Sim senhor respondeu o operador de comunicações.
O Império passara a frente de novo! Segundo seus espiões, a Exceler foi capturada, com todos
os tripulantes. Não conseguia contato com o posto avançado de onde partiu, e nem com a base
que foi contatada para fornecer material de reparos. Desta vez, o Império foi de uma eficiência
extrema. Mesmo os espiões mais bem colocadas apenas informaram que uma nave nebulonb foi
capturada pelo novo General Soer, e que Sornim tinha sido executado. Como o único nebulonb
que não dava notícias era a Exceler, provavelmente era ela.
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E isto também significava que o Império tinha todos os dados que foram coletados. As naves
agora estavam em local ignorado, e o último relatório que recebeu de Sornim dizia que se usassem
a tecnologia deles, poderiam causar um cataclismo na galáxia. Ele forneceria maiores informações
depois. Só que o depois não iria ocorrer.
A frota estava pronta, estavam aguardando que a Exceler chegasse, mas não poderiam
esperar mais. Os tripulantes sabiam onde seria o ponto de encontro e com certeza o Império
enviaria naves até onde estavam. Tinham que selecionar um novo local para posicionarse para o
ataque.
Avise a todas as naves! Devem parar com qualquer manobra de treinamento e se prepararem
para partir para o hiperespaço imediatamente.
Sim senhor!
Dezenove horas depois da partida da Thunderbold, Tirvik estava indo para a enfermaria, o
doutor Cameron informou que a paciente rebelde queria conversar com alguma patente elevada.
Seus canais auditivos já estavam plenamente reparados e sua visão já estava em adiantado grau
de recuperação. Claro que ainda teria que usar um visor para proteção contra luzes fortes, mas era
apenas temporário.
Entrou na enfermaria e conversou com o doutor. Lia já estava sentada na cama, com o visor,
lendo alguns dos textos históricos da biblioteca da nave. Foi em direção a ela.
Como tem passado? começou.
Muito bem, obrigada respondeu desligando o monitor creio que você seja uma vulcana,
andei lendo as informações de seu computador. É incrível os avanços que conseguiram em
apenas trezentos anos.
Acho incrível você dominar a nossa língua e palavras em apenas alguns dias.
Sou uma espiã, ter a mente aberta para certas coisas é fundamental, além disso, com tantas
línguas nesta galáxia não foi muito difícil. Tem certa semelhança com a língua dos antigos.
Então, sobre o que você queria falar?
É algo que vi na nave de Quattroni antes de ser descoberta ligou o monitor de novo vi o
holograma de uma nave lá, um tipo que nunca vi antes.
Ela acessava os dados com rapidez, e Tirvik já estava imaginando o porque disto.
Aqui está! Veja, esta foi a nave que eu vi virou o monitor para ela.
Tirvik ficou de boca aberta. Era uma nave classe constitution.
Pensei que vulcanos controlassem suas emoções.
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Sou meio vulcana disse, controlando a surpresa Você viu isto na nave de Quattroni?
Outra nave da Federação. Isso explicaria o sinal de socorro que captaram. Mas por que
Quattroni teria um holograma desta nave? Se ela tivesse passado pela mesma coisa que eles, com
certeza estaria inoperante, e vulnerável a qualquer ataque.
A questão era: qual nave seria esta? Havia apenas quatro naves desta classe ainda em
operação: a Starfleet, a Intrepid II, a Potemkin e a Eldorado. De todas, a Starfleet era a única a ser
usada exclusivamente para treinamento. E as outras basicamente para missões diplomáticas
rotineiras. Nenhuma delas poderia ter passado por Omicron IV em situação normal.
Tinham que avisar a Thunderbold disto. Podiam estar rumando para uma armadilha.
Saiu da enfermaria e entrou no turboelevador em direção a ponte. No caminho, ele parou para
a entrada de outro passageiro, Bernard. Ele a cumprimentou, e ela cumprimentou de volta. Foi
quando ela notou que algo estava errado.
Os sentidos dos vulcanos são mais sensíveis que os dos humanos. Seu olfato tinha captado
um odor estranho, acre, quando Bernard entrou. Ele tinha pedido o deck dois para o computador,
onde ficava o observatório. Assim que ele chegou em seu destino, Bernard saiu. Tirvik seguiu para
a ponte, mas logo em seguida voltou. Desceu no deck dois e desabilitou a abertura automática da
porta, não queria que fosse anunciada. Abriu a porta manualmente e entrou no observatório.
Dentro do observatório o odor que sentira antes estava muito mais forte, mas ainda insuficiente
para ser captado por humanos. Bernard estava ao lado direito das janelas, abaixado, pondo
alguma coisa no ponto em que a parede uniase ao chão. Parecia uma espécie de pasta que ele
estava espalhando por lá.
Ela deveria ter pegado um phaser. Mas ele também não estava armado, e, como era bem mais
forte que um humano, não deveria ter problemas. Ela se lembraria daquele pensamento infantil por
muitos anos.
Aproximouse e agarrouo pelo braço direito. Ele tentou se desvencilhar, mas obviamente não
tinha força para isso. Então, pegou algo com o seu braço livre e jogou no seu rosto. Era um tipo de
spray, causou uma irritação em seus olhos, e suas narinas e garganta ficaram como que em brasa.
Mas durou pouco tempo, alguns segundos depois, caiu no chão, semiinconsciente.
Bom, ela ainda não tinha sucumbido, mas não podia se mover, seus músculos não obedeciam.
Nem seus olhos podiam se abrir. Sentiu que estava sendo carregada, e não havia o que fazer,
exceto se culpar por não ter chamado a segurança.
Foi levada até o turboelevador. Imaginou que, com certeza, alguém a veria. Quando a porta se
abriu, ouviuo perguntar a alguém onde era a enfermaria, Disseram que era dois decks abaixo,
logo em seguida ouviu sons de luta, sentiu ser balançada de um lado para o outro. Foi
movimentada de novo por mais alguns minutos, e então foi posta no chão. Pelo menos parecia ser
chão, ouviu como que uma porta se fechando e depois mais nada. Onde estava?
Sua última referência era que estava dois decks acima da enfermaria, o que tinha de especial
ali? Apenas áreas de lazer, alojamentos e alguns compartimentos de carga. O acesso as
comportas laterais também ficava lá. O barulho que ela ouviu podia ser de uma porta se fechando
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ou a tampa de alguma caixa ou container. Ele podia têla posto dentro de um deles para deixala
fora de vista enquanto achava um meio de fugir.
Tentou novamente se mover, sem sucesso, tentou ouvir algo. Tinha audição acurada o
suficiente para ouvir o coração de alguém a dez metros de distância, mas agora não conseguia
nada, e estava ficando cada vez mais sonolenta. Ouviu um barulho de alguma coisa se abrindo,
acima dela. Algo foi posto do seu lado, emitia um som, como o de gás sendo liberado. Depois,
novamente o barulho de algo sendo fechado. Exceto pelo som do gás, nada mais podia ouvir.
Ficou assim por um bom tempo, ficando cada vez menos consciente. Percebeu então que
estava se movendo, balançando de um lado para o outro. Já não tinha mais meios de determinar o
tempo que estava sendo decorrido, não sabia há quanto tempo estava ali e nem há quanto tempo
estava se movendo. Só conseguia perceber levemente que estava sendo levada para algum lugar.
Finalmente, perdeu os sentidos.
Bernard deixou a caixa contendo Tirvik no chão, ao lado de uma grande porta com acesso ao
espaço. Era usada para acoplamentos com Shuttles muito grandes para o hangar ou com outras
naves. Era na verdade um remanescente de uma outra época, quando as naves da Federação
eram em quantidade reduzida, e os teleportes não tinham uma grande capacidade de operação em
larga escala.
Agora, o que ele iria fazer? Não tinha mais gás, e ainda não sabia a quem pegar. A única coisa
que tinha era alguém que, pelo uniforme, com certeza tinha uma patente elevada na nave.
Esfregou o seu braço, a força dela era terrível, com certeza, sairia daquela caixa facilmente
quando despertasse, e ainda havia a questão dos tripulantes que nocauteara pelo caminho.
Trancou todos em caixas, assim como ela. Felizmente, nenhum deles era vulcano, o que indicava
que o seu problema era com esta daqui.
Bom, não teria meios de cumprir sua missão de agora, mas poderia fornecer algo de maior
valor para Vader, um dos tripulantes da nave. Só que precisava achar uma forma de imobilizala.
Provavelmente os seguranças deveriam ter alguma coisa que pudesse ser usada para esta
finalidade.
Ele não teria muito tempo, em breve dariam por falta dela. Na Thunderbold, algumas vezes viu
que os tripulantes podiam localizar qualquer pessoa simplesmente perguntando ao computador da
nave. Segundo lhe informaram, isso era possível graças à insígnia do uniforme, que eles também
usavam para se comunicar. Abriu a caixa e retirou a insígnia dela. Olhando atrás desta, estava o
nome, e posto do seu dono. Tirvik, Primeira Oficial.
Pelo que se lembrava das conversas que teve e foram muitas durante os últimos dias a
hierarquia das naves eram; Capitão, primeiro Oficial, tenentes Comandantes, tenentes, sub
tenentes e outras patentes menores. Ele tinha em mãos a segunda em comando da nave. Ira por
aquela insígnia em outro local para ganhar um pouco mais de tempo. Faria o mesmo com os
outros que deteve.
Na Thunderbold, ele não teve acesso a esquemas técnicos da nave, mas observando os
tripulantes operarem os consoles, pôde aprender alguma coisa sobre a operação de certos
sistemas, incluindo o tel eporte. Pretendia usalo para quando seu explosivo detonasse e pegar a
sua cativa. Agora, sem o gás sonífero, teria que pensar um pouco em uma nova estratégia.
Primeiro: achar uma forma de imobilizar Tirvik, Segundo: Descobrir quem deveria capturar, tinha
três xwings no hangar, podia fugir e levar Tirvik e a outra.
Saiu do compartimento de carga e foi até os seus aposentos. Lá chegando, tentou fazer o que
deveria ter feito em primeiro lugar. Pediu ao computador para fornecer uma imagem de quem
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estava na prisão. Pessoalmente, preferia que seu objetivo fosse Ígnea, pois estando livre, seria
mais fácil capturala. O computador informou que a imagem não podia ser acessada por ele. Assim
sendo, só restava pedir permissão a Capitã para visitála. Tinha que fazer isso e bem rápido, antes
que notassem a falta da Primeira Oficial.
Tocaram a campainha, deixandoo de sobreaviso. Disse que podia entrar.
Comandante, gostaria de falar com o senhor disse a piloto rebelde que entrou.
Só haviam três pilotos rebeldes mulheres naquela nave, uma estava na enfermaria, e não
conhecia, outra estava na prisão e a terceira estava em liberdade de movimentos. A que estava
presa era Lauriel, portanto, aquela deveria ser Ígnea. Um problema resolvido, agora sabia a quem
pegar. Precisava apenas posicionar todos os recursos que tinha a mão para isso.
Pois não, o que deseja?
Falei com a Capitã, para permitir que Lauriel ficasse fora da prisão e fosse confinada em seus
alojamentos, ela me disse que poderia pensar no assunto, mas o senhor, como maior patente,
deveria solicitar isso a ela.
E você veio pedir que eu fizesse esta solicitação, certo?
Sim, senhor.
Ele sentouse na cadeira e indicou a ela para fazer o mesmo, ela aceitou.
Foram raras as vezes em que eu me encontrei com a Comandante Lauriel. Que garantias
posso fornecer a Capitã de que ela não agirá impetuosamente de novo? Ou que futuras ações dela
não voltem a por em risco a segurança da nave?
Ela abaixou a cabeça, obviamente não tinha nenhuma forma de indicar tais garantias.
Calma ele pôs a mão em seu ombro veremos o que podemos fazer. Vou falar com a
Capitã, espere aqui, ok?
Sim senhor.
Ele levantouse e, quando já estava saindo, ela disse:
Boa sorte!
Ele sorriu em resposta. Boa sorte! E que sorte estava tendo. Precisava agir rápido agora.
Precisava de alguma coisa para incapacitar sua futura cativa. Sem dúvida, a enfermaria deveria ter
algo para deixar alguém inconsciente. A questão era: O que seria este algo? Com certeza, se
pedisse os compostos que conhecia, o computador diria o famoso "a estrutura molecular do com
posto não está disponível...". Porém, como era capaz de entender ordens de até mesmo de inferir
respostas, um simples pedido para uma seringa hipodérmica de sedativo seria suficiente.
Ainda tinha alguns problemas em seu plano. Assim que seu explosivo detonasse, com certeza
os escudos seriam erguidos. Ao contrário das naves deles, as da Federação não andavam
constantemente com os escudos levantados, para poupar energia. Mas qualquer alerta de
emergência iria acionalos automaticamente. A Explosão teria que ocorrer depois que estivesse
fora da nave, com as suas duas prisioneiras.
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Entrou no turboelevador, e já previu um novo problema. Segundo lhe informaram, Lauriel tinha
partido daquela forma para resgatar uma amiga que esta espionando Quattroni. E havia uma séria
possibilidade de que esta o conhecia. Se isto ocorresse, teria de matala e a todos os que lá
estivessem, para garantir o tempo necessário para cumprir a sua missão.
Saiu do turboelevador e ficou parado um pouco. Uma nave daquele porte com certeza deveria
ter mais de uma enfermaria, mas não queria se arriscar a entrar justo na que estava a rebelde
espiã resgatada. Andou lentamente, seguindo o corredor. Perguntou a um tripulante se ele sabia
onde estava uma piloto rebelde em tratamento, ele lhe disse que era a enfermaria dois, e indicou o
caminho, seria a sexta porta a direita.
Ótimo! Bastaria entrar em outra enfermaria. Andando mais um pouco, perguntou onde seria a
enfermaria um para outro tripulante, ele disse que tinha de voltar e entrar na segunda porta a
esquerda. Fez o caminho indicado e entrou, sem se anunciar. Lá dentro as camas estavam em
uso, assim como na Thunderbold. Ele tinha ouvido comentários ainda na Exceler de que houve um
acidente e muitos tripulantes estavam sem condições. Agora, apenas quatro das dezoito camas
estavam ocupadas. Havia um enfermeiro ali que prontamente foi atendelo.
Pois não, o que deseja?
Ele sabia que não poderia achar a enfermaria vazia, mas não esperava que tivesse tantas
pessoas por lá.
Gostaria de alguma coisa para dormir. Algo rápido e eficaz.
Tentou os indutores de sono?
Não confio nesta coisa mentiu ele, nem ao menos sabia do que ele estava falando.
Bem disse o enfermeiro indo em direção ao sintetizador posso pedir algumas pílulas
tranqüilizantes.
Prefiro algo gasoso, se possível e de efeito rápido. Sou muito ansioso, e drogas de efeito lento
não funcionam.
O enfermeiro voltouse.
Isso é um pedido um pouco estranho para mim.
Por favor, se eu soubesse o nome do composto, eu mesmo pediria ao sintetizador de meu
quarto.
Seu não faz compostos médicos. Isso é para evitar que alguém venha a ficar viciado em
drogas.
Ele já sabia disso.
Muito bem, computador, tercksona, cem miligramas.
Uma ampola se materializou.
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Cheire isso ele entregou a ampola a ele é tiro e queda, mas o efeito dura cerca de trinta
minutos, depois disso, se não estiver cansado, vai acordar de novo.
Creio que será o suficiente.
Saiu da enfermaria e foi depressa para o turboelevador. A essa altura, já fazia quase uma hora
desde que capturara Tirvik. Foi para a sala de transporte, encontrou uma alferes lá, como já
esperava. E mais ninguém. Realmente, eles não estavam acostumados a um estado total de
guerra.
Foi muito fácil, começou a puxar conversa com a moça, aparentemente tentando passarlhe
uma cantada, então, de repente, agarroua e a forçou a cheirar a ampola. Foi um pouco difícil, mas
em menos de sete segundos ela estava estirada no chão.
Cerca de trinta minutos, foi o que disse o enfermeiro. O tempo teria que ser suficiente. Olhou os
controles do transporte, eram praticamente idênticos aos da Thunderbold. Ótimo! Começou a se
familiarizar com os controles. Primeiro, focalizar alvo. De dentro da nave, era muito mais simples,
pois não precisava de coordenação com os sensores externos. Acessou o hangar e localizou os
seis seguranças que lá estavam. Fixou suas coordenadas. Depois, tentou localizar Tirvik no
depósito onde a deixara, foi fácil, era a única leitura vulcana de lá. Coordenada fixada. Agora,
procurar o seu objetivo principal. Procurou por todos os sinais de vida que não tinham
identificação. Apareceram as pessoas no depósito, ele mesmo na sala de transporte e mais alguns
pontos dispersos. Isolou os da enfermaria. Tripulantes em tratamento não carregavam as insígnias
para serem identificados.
Achou nove pontos. O que estava no centro da nave deveria ser Lauriel. Mesmo que quisesse,
não poderia transportala, pois os campos de força de sua cela impediriam isso. Felizmente, não
era ela a antiga escrava de Soer. Achou o ponto que estava no seu quarto. Também fixou estas
coordenadas. Pronto!
Agora, era programar o transporte e agir com muita rapidez, com certeza algum aviso seria
indicado de que o transporte estava sendo usado internamente. Se desse tudo certo, precisaria de
cinco minutos para fazer tudo. Primeiro, uma passagem rápida pela sala de arsenal, para pegar
algumas armas e dispositivos para imobilizar as prisioneiras que pretendia levar. Ele teria que pô
las dentro dos xwings, e não queria arriscar que pudessem manobrálos.
A programação estava pronta! Tudo tinha que ser perfeito. Não haveria como retroceder agora.
Dentro de dois minutos tudo começaria.
Lisa acompanhava as leituras de Doller na tentativa de localizar a fenda. Era frustrante,
nenhum sinal de nenhuma distorção no continuum. Ela queria uma folga, olhou ao redor da ponte e
então percebeu que Tirvik ainda não tinha retornado da enfermaria.
Computador, onde está a Imediato Tirvik?
"A Imediato Tirvik se encontra na enfermaria um...”
Estranho, ela tinha ido para a enfermaria dois.
Senhora Nille, assuma a ponte. Estarei conversando com Tirvik na enfermaria um.
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Sim Capitã.
Pegou o turboelevador e foi para a enfermaria dois. Ao entrar, olhou ao redor e não a achou. O
Enfermeiro que estava fazendo algumas análises levantouse e foi atendela.
Pois não Capitã?
Estou procurando Tirvik, mas acho que ela já saiu.
A Comandante Tirvik? Estive aqui o dia inteiro e não a vi!
Não a viu??? Computador, qual a localização da Comandante Tirvik?
"A Imediato Tirvik se encontra na enfermaria um."
Olhou para o enfermeiro e este demonstrava estar em evidente confusão. Começou a olhar ao
redor, procurando pela Tirvik.
Computador, com base na minha posição, onde está a Comandante Tirvik?
"A Imediato Tirvik encontrase a quatro metros, vinte e seis graus a sua direita."
Olhou na direção indicada e não viu nada, exceto um gabinete que continha amostras de
tecidos e colônias de bactérias sendo estudadas. Foi em direção a este e ficou parada em frente.
Computador, forneça agora a posição da Comandante Tirvik com base em minha nova
posição.
"A Imediato Tirvik encontrase a vinte centímetros de distância, diretamente a sua frente."
Impossível! Não tinha nada lá!
Em que altura?
"Cento e quatro centímetros do piso."
Cento e quatro centímetros, cerca de um metro. Levantou os vidros de amostras da prateleira
que ficava a cerca de um metro do chão. Embaixo do quarto vidro, estava o comunicador de Tirvik.
Computador, quantifique todos os que estão na nave e não estejam usando as insígnia de
identificação, isole a áreas de enfermagem.
"Foi identificada uma pessoa na área de segurança, cela doze, oito pessoas no deck sete, nos
alojamentos 11, 12, 15, 16, 20, 29, 30 e 31, uma pessoa no deck 8, na sala de transporte, e seis
pessoas na área de carga um."
Sala de transporte e área de carga?
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Quantos dos sinais são de vulcanos?
"Apenas um."
Era ela!
Qual a localização?
"Área de carga um."
Segurança, envie uma equipe para se encontrar comigo na área de carga um, acelerado!
Saiu da enfermaria e foi rapidamente a área de carga um. Ao chegar, aguardou a chegada da
equipe de segurança solicitada. Cerca de vinte segundos depois, chegaram as cinco pessoas que
compunham a equipe. Realmente o pessoal mais experiente que tinha na nave agora fazia uma
enorme diferença.
Fez sinal para que ficassem em silêncio. Todos pegaram os phasers menos ela, que não tinha
e os regularam para atordoar. Aproximouse do chefe da equipe e explicou ao seu ouvido qual a
situação que a fez chamálos. Ele indicou que entendeu e chamou os outros. Um deles ficou ao
lado dela por precaução, os outros quatro entraram na sala para verificar o que estava ocorrendo.
Capitã chamou o chefe da equipe após alguns minutos está tudo limpo.
Ela entrou, escoltada pelo outro segurança. Haviam apenas caixas lá dentro.
Computador, quantos pessoas se encontram na área de carga um sem identificação?
"Existem sete pessoas na área de carga um sem identificação"
Sete? Eram oito antes.
Alguma destas pessoas é vulcana?
"Negativo, apenas sete pessoas humanas."
A equipe começou a vasculhar a sala, começaram a abrir caixas, procurando pelas pessoas
que o computador indicou.
“Capitã" era Nille a chamando "A segurança informou que a sala de transporte esta sendo
usada, sem autorização, ninguém responde na sala, já enviei uma equipe para lá.”
A sala de transporte estava sendo usada, e onde deveriam ter oito sinais agora tinham sete.
Por acaso algo foi transportado da área de carga um?
“Um momento Capitã."
A espera era angustiante.
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Capitã disse um dos seguranças achamos algumas pessoas presas dentro das caixas,
parece que foram atacadas.
Enfermaria, envie uma equipe a área de carga um, imediatamente.
“Capitã, realmente o transporte foi focalizado na área de carga um, aparentemente uma das
caixas foi teleportada para o hangar."
Soe o alerta geral, isole todos os decks, estou a caminho. Continue me mantendo informada.
Saiu correndo e tomou o turboelevador em direção a ponte, quando estava a meio caminho,
Nille voltou a lhe comunicar.
“Capitã, os três xwings do hangar foram teleportados para fora da nave, a distancia máxima
de teleporte."
Vá atrás deles imediatamente!
Quando disse isso, sentiu uma vibração, e o alerta vermelho foi acionado. Chegou a ponte
alguns segundos depois, assim que entrou viu que a tripulação estava voltando aos seus postos.
Alguma coisa tinha acontecido.
O que foi esta vibração?
Parece que houve uma explosão no observatório respondeu Doller como estamos bem
acima dele, sentimos o impacto com muita força.
Status da nave?
Nenhum dano estrutural sério.
Então vamos atrás deles. Agora!
Eles já entraram no hiperespaço, Capitã.
Eles tinham duas horas antes que eles estivessem fora do alcance. Como foram três xwings,
três pessoas deviam estar faltando na nave.
Acompanheos com os sensores. Segurança, quero que localizem todo o pessoal e me digam
quem está faltando. Senhor Doller, verifique os registros e me descubra o que foi teleportado.
Equipe de reparos, siga para o observatório e me informem dos estragos.
Ela queria todas as informações possíveis antes de partir atrás deles.
Abra um canal para a Thunderbold.
Jevlack apareceu na tela alguns segundos depois. Ela ficou surpresa, estavam em alerta
vermelho.
Capitão?! começou ela.
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Capitã Donner, lamento, mas estou com problemas, e pelo que estou vendo você também
deve estar. Bom, você agora tem uma tripulação plenamente confiável. Terá que resolver o seu
problema sozinha, como todo Capitão tem de fazer. Chamarei depois, se Thunderbold ainda
existir.
A tela se apagou. Se a Thunderbold ainda existir?
Senhor Doller, já tem algo?
Sim Capitã, primeiro foi teleportado uma pessoa da sala de transportes para a sala da
segurança, mais precisamente o depósito, vinte segundos depois, essa pessoa foi teleportada de
volta. Depois disso houve o teleporte de uma caixa da área de carga para o hangar, imediatamente
após os seguranças de lá foram levados para a sala de transporte. A pessoa que aparentemente
estava nos controles se teleportou para o hangar. Logo depois houve o teleporte de alguém dos
aposentos do Comandante rebelde Bernard. U m minuto depois os xwings foram teleportados. A
explosão ocorreu quatro segundos depois.
“Capitã, aqui é da equipe de reparos, os danos no observatório foram mínimos, os escudos de
contenção mantiveram a pressurização da sala. Houve apenas um rompimento no casco com
cerca de vinte centímetros."
Pode reparar em velocidade de dobra?
“Sem problemas."
Então, execute, Equipe de segurança, já tem alguma posição?
“Por enquanto, sabemos que estão desaparecidos dois pilotos rebeldes e a Comandante
Tirvik."
Três pessoas e três xwing. Era evidente aonde estas pessoas estavam.
Quais são os pilotos rebeldes?
“Comandante Bernard e Comandante Ígnea."
Prossiga com a procura, me informe quando terminar.
O teleporte foi focalizado nos aposentos de Bernard. Também houve teleportes para o depósito
de armas da segurança.
Chefe de segurança, faça um inventário total dos seus equipamentos, quero saber se algo
esta faltando.
“Entendido Capitã."
Com certeza, alguma arma estava faltando.
Capitã, a equipe que foi até a sala de transporte informou que foram encontrados os
seguranças que estavam de guarda no hangar, todos desacordados.
Doller, mostre a gravação do que ocorreu no hangar durante os teleportes.
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Ele acionou alguns comandos no seu console.
Pronto Capitã.
Na tela, apareceu a imagem do hangar, viase os seus seguranças. Se moviam um pouco e
alguns estavam conversando entre si. Algo foi teleportado para lá. Assim que notaram isso, todos
eles ficaram alertas e sacaram suas armas, apontando em direção a caixa que acabara de chegar.
Momentos depois os seis foram teleportados de lá. Durante alguns segundos nada aconteceu.
Então, houve outro teleporte, era Bernard. Estava com uma phaser de mão na mão direito e
carregava algo na esquerda.
Amplie a imagem pediu.
A imagem foi ampliada, agora podia ver o que tinha na mão esquerda, eram algemas,
provavelmente roubadas do depósito da segurança. Novo teleporte. Era Ígnea. Ela olhou surpresa
ao redor, e antes de perceber que Bernard estava lá, este a atingiu com um tiro, provavelmente
regulado para atordoar. Isso a deixou surpresa.
Congele a imagem.
A imagem ficou congelada na tela.
Doller este teleporte foi o que ocorreu do aposento de Bernard?
Sim Capitã, foi o penúltimo teleporte.
Prossiga com a gravação.
A imagem voltou a se animar. Bernard pegou as algemas e prendeu nos pulsos e tornozelos de
Ígnea, depois a carregou até um dos xwing. A pôs lá dentro e aparentemente programou algo no
painel. A carlinga se fechou após isso e os motores foram acionados. Depois ele correu para a
caixa, abriua e pegou as outras algemas, colocandoas em alguém que estava lá dentro. Lisa já
imaginava quem seria.
Ele tirou a pessoa de lá, pelo ângulo da imagem, não dava para ver quem era. A carregou para
outro xwing e aparentemente fez a mesma programação que tinha feito no ultimo. Quando se
afastou, Lisa pode ver quem era a segunda pessoa, era Tirvik. Depois ele correu para o terceiro
caça. Dez segundos depois, as três naves foram teleportadas.
É o bastante, seqüestraram um dos nossos, e também levaram armas. Segurança, quero
todos os pilotos rebeldes confinados aos seus alojamentos. Senhora Nille, vamos atrás deles,
dobra máxima.
Sim Capitã.
Bernard seqüestrou Ígnea e Tirvik. Naquele instante, veio a sua mente a lembrança do que
tinha acontecido a Exceler, de como foi sabotada. Então Bernard provavelmente era o sabotador.
Ele deixou a Exceler dizendo que tinha de resolver um problema particular. E não foi pego na
explosão da estação porque, coincidentemente, estava fazendo a sua última patrulha. Tudo se
encaixava agora. A estação foi destruída apenas para que houvesse um pretexto para que
pudesse ficar com eles. Mas porque seqüestrar Ígnea também? Teria algo a ver com ela ter pedido
asilo?
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Capítulo 16
"Diário de Bordo, suplemento, Depois de dezoito horas seguindo o sinal de socorro que
captamos, finalmente os nossos sensores detectaram a nave que provavelmente os está enviando.
Aparentemente é da classe constitution, porém parece ser da série antiga, de antes da
reformulação."
Matias foi deixado no comando, enquanto Jevlack e Terak conversavam no gabinete do
Capitão sobre os dados obtidos pelos sensores. Havia algo preocupante, a cerca de quinze
minutos dali, em dobra 3, foi captada uma frota de naves, e não se sabia se eram rebeldes ou não.
Pela tela, ele via que a nave sem dúvida era da federação, porém era incapaz de imaginar
como uma nave classe constitution, antiga, poderia ter ido parar lá. Bem, em cinco minutos a
alcançariam e poderiam analisala completamente. Mas já havia quase que uma certeza, como
não houve resposta as suas comunicações, e o sinal estava apenas no automático, dificilmente
haveria alguém vivo nela. Especialmente porque com certeza a nave deveria ter mais de cem
anos.
Comandante, captei flutuações esporádicas de energia a cerca de dois quilômetros da nave
informou Diana.
Flutuações?
De que tipo? perguntou.
Poderiam ser oscilações de um gerador, no entanto, os sensores não captam mais nada no
momento.
Alguma outra causa?
Negativo.
Interessante, e preocupante também.
Alguma outra leitura da nave?
Nenhuma, está flutuando a deriva e aparentemente não possui danos estruturais.
Ele gostaria de saber o que Jevlack faria com a nave. Pessoalmente achava que deviam
resgatala, mas tinham um problema: Não tinham pessoal suficiente para operala, teriam que faze
lo através do controle de dominação. Acontece que mesmo que soubessem que nave era aquela,
não estavam ao alcance da Federação para obter os códigos necessários. Teriam que ir a bordo e
tentar descobrir. Isso se o computador de bordo pudesse ser posto em operação novamente.
Ainda havia a questão de impedilos de obter a tecnologia deles, não propriamente porque
representaria uma vantagem estratégica importante, mas sim porque isso poderia causar um novo
rompimento no continuum, que teria conseqüências também para a galáxia deles.
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Pelo que já tinha observado de Jevlack, este faria qualquer coisa para evitar isso, mesmo que
implicasse em uma aliança com um dos lados, ou seja, violação intencional, e evitável, da Primeira
Diretriz.
Comandante, saímos da velocidade de dobra.
Mantenhanos a um quilômetro da nave. Diana, use o raio trator para estabilizala, e tentem
descobrir qualquer indicação de que nave é esta.
Sim, Comandante.
Capitão, chegamos ao destino disse pelo seu comunicador.
" Comece com as análises, quero esta nave estudada centímetro por centímetro. Até a analise
total não quero ninguém sugerindo abordala."
Sim senhor.
Comandante chamou Diana consegui o número de registro, NCC1717. Segundo os
nossos bancos de dados é a USS Defiant, desaparecida na fronteira do espaço Tholiano há
setenta e dois anos.
O que temos de sua arquitetura interna?
Ao que tudo indica, está exatamente idêntico aos nossos esquemas desta classe de nave. No
entanto, parece haver algumas diferenças em seus dispositivos. Seus geradores de escudos são
maiores, e de configuração diferenciada do padrão. Também os emissores de phasers parecem
diferentes. Estou captando também centenas de cápsulas de torpedos fotônicos a bordo, todos
inativos. Os cristais dilítio da engenharia estão deteriorados. Existe apenas uma pequena fonte de
energia, na ponte. Deve ser o que permitiu a emissão do sinal de socorro.
Depois de setenta anos sem operação, não seria de se surpreender.
Mais alguma coisa?
Sim, não estou captando nenhum resto mortal dos tripulantes. Segundo os últimos registros
que temos da nave, sua tripulação morreu vítima de algo que os fez enlouquecerem e se atacarem
mutuamente. Se a nave ficou a deriva por todo este tempo, os corpos ainda deviam estar lá.
Não poderiam ter sido eliminados pelo sistema auto limpante?
Negativo, esta nave não possuía este recurso.
Um belo mistério tinham nas mãos. Uma nave que desapareceu há setenta anos aparece em
uma galáxia do outro lado do universo. Espere um pouco...
Diana, disse que a nave desapareceu no espaço Tholiano. Desapareceu como?
Segundo o diário de bordo da Enterprise, ela desapareceu em uma fenda dimensional.
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Outra fenda – começou a falar alto – Bem, parece que não somos os primeiros a chegar aqui.
Chamou o Capitão, não havia mais o que fazer a não ser deixar a decisão ao cargo dele.
De sua visão privilegiada, Quattroni observava a Thunderbold. Nos últimos dias, havia recebido
mais informações sobre os estrangeiros. Podiam transportar objetos e pessoas a distâncias
imensas, não tinham caças, mesmo porque suas armas tinham poder suficiente para devastar a
superfície de um planeta. E também não tinham nenhuma disposição em compartilhar a tecnologia
deles. O porque ainda não tinham descoberto, ou melhor, não quiseram lhe contar.
Sua nave estava camuflada, e, conectada a ela, estava o míssil que esperava que pudesse
impedilos de fugir. A questão era: Como saber a hora exata de lançalo? Eles não iriam enviar
nenhuma nave para abordar a outra, iriam se transportar diretamente. Não precisavam de janela
para o hiperespaço, já que podiam manobrar a nave neste. Só podia torcer para que as luzes da
nave se acendessem quando eles recuperassem a energia desta. Isto é, se a recuperassem.
Repassou mais uma vez o seu plano mentalmente. Tinha droides inquisidores e mouse droides
ocultos e desabilitados dentro da nave, para que não pudessem ser localizados. Seriam acionados
assim que detectassem um fluxo de energia desta. A missão dos inquisidores seria
temporariamente atrasar e capturar as pessoas enviadas para ela. Os mouse droides iriam tentar
registrar o que foi modificado na nave, para que no caso de não conseguirem sucesso em captura
la ou qualquer tripulante que lá estivesse.
Tinham dados suficientes para duplicar cada detalhe da nave, mas precisavam saber qual a
fonte de energia. Suspeitavase de anti matéria, mas não sabiam como manipulala. Era isso que
precisavam descobrir.
Segundo analise dos cientistas do império, aqueles dois nacelas geravam um poderoso campo
energético, que poderia muito bem reduzir a massa da nave, o que talvez possibilitasse a sua
movimentação em velocidades muito superiores as deles. Quanto a ser capaz de detectar naves
no hiperespaço, nada conclusivo foi descoberto. Apenas que havia um sistema de captação de
takions que podia ser usado como sensor.
Seu único objetivo era descobrir como aquelas naves se movimentavam. Se aqueles nacelas
tinham algo a ver com isso, e era o que os cientistas acreditavam, a única forma de descobrir era
permitindo que eles ativassem a nave.
Acionou os jatos de manobras de forma que fosse impulsionado em direção a Defiant, queria
ficar o mais próximo possível. Até o momento, seu dispositivo de camuflagem havia funcionado,
mas ele temia que captassem a energia que estava usando para mantêlo. Sua frota estava a
cerca de quinze minutos de distância, e, com certeza, fora captada pela Thunderbold. Se eles
tentassem rebocar a nave de lá, o míssil deveria detêlos por quase uma hora, tempo suficiente
para que sua frota chegasse e tentasse cercalos. O problema era se teriam poder de fogo
suficiente para isso. Segundo dados fornecidos, suas armas haviam demonstrado que podiam
destruir um caça com um único disparo.
Se a tomassem.
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Seus homens deveriam estar de prontidão. O silêncio do rádio seria quebrado apenas para
chamálos. Tinha que esperar agora. Poderia ter posto Blinder em seu lugar, mas preferiu fazelo
pessoalmente porque, se falhasse, nada mais daria certo. Se o míssil não fosse disparado na hora
certa, ou se ele não funcionasse, nada mais seria preciso ser feito. Portanto, nada mais justo que,
se fosse para ser condenado, que ele fosse o responsável.
Estava muito próximo agora, cerca de trinta metros da ponte da nave. Acionou os jatos
novamente para estabilizar a sua posição. Súbito, a sua nave oscilou e começou a vibrar. Devia
estar sofrendo os efeitos de um raio trator. Usou os jatos novamente para se afastar um pouco, a
oscilação parou. Acionou um filtro espectroscópico e viu na sua tela que a Thunderbold estava com
um raio trator focalizado na outra nave. Nem tinha imaginado que fariam isso. Repreendeuse por
seu erro, mas agora já era demasiado tarde. Manobrou a sua nave de forma que a Thunderbold
ficasse na mira do míssil. Só precisaria agora acionalo e rezar para que não pudessem detêlo em
menos de dois segundos, que seria o tempo necessário para atingila.
Nada mais podia fazer agora, acionou o seus sensores e começou a fazer sondagens
passivas, apenas captando as emissões dos sensores da Thunderbold. Através deles, começou a
perceber dados das naves que não tinha imaginado antes, como por exemplo um poderoso campo
duplo de energia rodeando a Thunderbold. Aparentemente, esses campos eram gerados pelas
nacelas da nave. Interessante... Os escudos deles estavam abaixados. Se ele estivesse no lugar
deles, não os deixaria assim.
Uma grande varredura foi focalizada na sua nave, ficou suando frio. Eles deviam ter captado
alguma coisa e estavam tentando descobrir o que era. Olhou para o seu painel, viu que agora os
escudos se ergueram. Foram vários minutos de angústia, até que a sondagem terminasse.
Jevlack consultava em seu gabinete os dados levantados pelos sensores. A nave estava
intacta, sem nenhum dano detectado. Sua energia estava esgotada, restando apenas um ínfimo
sendo usado pelo sinal automático. E estava totalmente vazia. Nenhum corpo foi localizado pelos
sensores.
Onde estavam os corpos? Se alguém os retirou, porque não ficou com a nave? Talvez o que
tivesse deixado os tripulantes loucos ainda estivesse agindo na nave. Só que os sensores não
captaram nada. Só poderia ter alguma resposta enviando um grupo avançado, mas não estava
disposto a isso.
Não podia deixar aquela nave ali, dando sopa para que alguém a encontrasse e pusesse por
terra todo o esforço que estava tendo em não permitir que os habitantes daquela galáxia
acessassem a tecnologia da Federação. Mas também não poderia ceder parte de sua tripulação
para operala.
Não há muito o que fazer – pensou.
Levantouse e foi até a ponte, Matias reassumiu sua posição. Terak insistiu em enviar um
grupo avançado a nave, para reativala e levala de volta. Ele não tinha interesse nisso, não havia
como convencer os Tholianos de que aquela era a nave que causou um incidente que perdura até
a atualidade. Para todos os efeitos estava perdida, e ele preferia que ela continuasse assim.
Senhor Matias, posicionar para ataque total, alferes Diana, energizar phasers e travar na
Defiant.
Capitão – chamou Terak – devo protestar sobre essa decisão.
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Protesto anotado.
Armas prontas Capitão.
Capitão – insistiu Terak – posso ao menos saber o porque?
Olhou para ele, seu rosto estava sério e com pouca paciência.
Não vou arriscar a ficar com menos tripulantes na situação que estamos, e não vou ficar
rebocando esta nave por aí, pois se tivermos um outro encontro com Imperiais ou Rebeldes
dificilmente poderemos mantêla. Esta nave está desaparecida há setenta anos, e no que tange a
mim, continuará assim.
Mesmo destruindo a nave, restarão destroços que poderão ser analisados. Ela está sem
energia, portanto não explodirá. A grande maioria de destroços conterão componentes intactos.
Olhou para a tela em silêncio, ponderando sobre o que Terak disse. Queria destruir a nave
para que não houvesse chance de alguém obter a tecnologia, mas os destroços realmente
poderiam ser analisados.
Alferes Diana, cancelar ordem.
Sim Capitão.
As armas foram desligadas.
Muito bem Terak, concordo em parte com você. Diana, forme um grupo com o engenheiro
Anderson e explore a nave, verifique se pode reativala em quatro horas. – olhou para Terak –
Independente de ser possível resgatar os diários ou não, ou de ela ficar operacional, eu a quero
rebocada para a estrela mais próxima e lançada nesta. Matias, a ponte é sua.
Levantouse e dirigiuse ao turboelevador.
Capitão, permissão para integrar o grupo avançado – pediu Terak.
Negada! Quero você tentando descobrir o que foram aquelas emissões de energia que
captamos se movendo próximo a nave.
Sim senhor.
Farejava armadilha, mas não tinha muita escolha. Uma vez que destruíla com as armas
estava fora de questão, não poderia evitar de enviar um grupo a bordo para pelo menos recuperar
os diários, antes de lançala em uma estrela, como planejara. Se retornassem, o comando da frota
iria querer esses registros. Se não os levasse, fariam muitas perguntas, e só tinha o seu instinto
para respondelas.
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Se pudessem reativala no prazo estipulado, usariam o seu controle de dominação para
arremessala em uma estrela, se não, a rebocariam para esse mesmo fim.
Diana vestiu o traje espacial e testou as botas magnéticas. Com exceção do sinal automático,
nada mais funcionava, nem suporte de vida, e nem gravidade artificial. Foi até a sua posição na
sala de transporte ao lado de Anderson e de mais quatro tripulantes. Apareceu na engenharia da
Defiant. Como a nave estava totalmente inoperante, seria difícil se movimentarem por ela sem os
turboelevadores, assim deveriam restaurar energia suficiente para acionalos.
Estava tudo escuro. Acionaram as lanternas e dividiuse em dois grupos, Anderson foi até o
console principal e ela seguiu para o reator. Segundo as leituras do tricorder, tudo aparentava estar
em boas condições para uso imediato. A atmosfera estranhamente estava respirável. Os outros
foram investigar o deck em que estavam. Anderson abriu o painel e conectou uma unidade portátil
de energia no local apropriado. As luzes da sala se acenderam, permitindo uma melhor visão.
Tecnicamente, os controles eram iguais a da Starfleet, tinham apenas uma configuração diferente
– e muito mais espaçosa. Não eram consoles digitalizados, o que talvez explicasse a pouca
deterioração captada.
Senhor Anderson, o que acha?
Ele estava fazendo uma análise dos sistemas.
Bem, precisamos de cristais dilítio. Com isso podemos acionar a energia auxiliar em alguns
minutos, reativando o suporte de vida e a gravidade artificial.
Ele abriu o estojo que trouxe e retirou os cristais que trouxera. Foi em direção ao controle do
reator, abriu os painéis e começou a retirar os cristais esgotados e substituílos pelos novos.
Estava usando um polidor phaser para deixalos em uma forma mais compatível com os sistemas
mais antigos da nave. Naquela época, o formato padrão dos cristais eram bem diferentes.
Enquanto isso, Diana aproveitava a energia que a sala possuía e tentava obter algumas
informações técnicas sobre a nave. Os sistemas eram duotrônicos, como o esperado. A última data
estelar registrada nos registros da engenharia eram de cinqüenta anos atrás. Quando a energia se
esgotou totalmente.
Voilá! – exclamou Anderson.
O reator começou a operar, e os suportes de vida e gravidade artificial começaram a se
reativar automaticamente. O sinal de alerta vermelho começou a piscar. O que era muito estranho.
Segundo os registros, a tripulação foi vítima de uma doença, e não sofreu nenhum ataque. Ela
subitamente sentiu o peso do corpo nos pés. Fez uma análise da atmosfera e confirmou que
estava respirável.
Atenção todos – disse pelo comunicador – o suporte de vida está funcionando, podem retirar
os seus trajes.
“Alferes Diana?" – era a voz de Terak.
Sim Comandante – respondeu.
“Nossos sensores detectaram que a energia auxiliar foi reativada, algum prognóstico para a
recuperação da principal?"
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Você dá um braço e já querem a perna – resmungou Anderson – uns cinco minutos, já posso
inclusive préaquecer os motores de dobra. Na verdade, estou estranhando um pouco as
condições dos sistemas, parece que andaram sofrendo alguma espécie de manutenção.
“Entendido, perdoeme por apressalo."
Anderson seguiu para o painel de controle de fusão e começou a ativar o reator principal.
Diana, pode satisfazer uma curiosidade?
Pois não?
Bem, o Capitão é humano mas tem nome vulcano, você é vulcana mas tem o nome humano,
porquê?
Quando minha mãe estava para me conceber, houve complicações no parto, uma humana a
ajudou, salvando minha vida e a da minha mãe. O nome dela era Diana.
Ele a observou de uma forma estranha.
Me parece algo meio sentimental.
Na verdade, é plenamente lógico. Eles estavam na Terra quando isso ocorreu, e já tinham se
decidido a me dar um nome terrestre, só não tinham decidido qual.
Deixe para lá.
Irei para a ponte, para tentar acessar os diários de bordo.
Divirtase, o computador principal estará operacional em alguns minutos.
Sou uma vulcana, não tenho necessidade de me divertir.
Ele olhou irritado para ela.
Eu só fiz um comentário
Eu também.
Foi até o turboelevador e seguiu para a ponte. Era peculiar estar um uma nave estelar
totalmente vazia. Ao chegar, fez um diagnóstico nos sistemas, todos estavam começando a se
ativar, sensores, leme, motores de impulso, a nave iria ficar totalmente operacional em breve. E
aquilo era estranho. Assim como eles, aquela nave também deveria ter sofrido a destruição de
seus circuitos quando atravessou a fenda. Como estava tudo funcionando, estes circuitos deveriam
ter sido reparados, o que indicava que a alguém esteve na nave. Ou então, que ao contrário dos
registros, houve sobreviventes entre os tripulantes. Se foi isso, onde eles estavam agora?
Computador?
Nenhuma resposta, ainda não estava operacional. Foi até a cadeira do Capitão e tentou
acessar os registros de diário de bordo, mas seu acesso foi recusado. Claro, os sistemas não
tinham informação de quem ela era e muito menos se estava autorizada a ver estes registros. O
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computador principal teria de ser restaurado, obter dados da Thunderbold e só então os diários
ficariam disponíveis.Aproveitou e desligou o alerta vermelho. Ainda era um comando totalmente
manual nesta época.
No painel de controle de armas, acionou a tela para obter uma visão externa. Viu a
Thunderbold. Ergueu as sobrancelhas, a imagem estava sofrendo alguma espécie de deformação.
Fez um diagnóstico e os sistemas indicaram que estava tudo correto. Mas não era o que a imagem
apresentava. Parecia que algo translúcido estava entre eles e a Thunderbold. Provavelmente,
devido ao tempo em que ficara inoperante, o sistema deveria estar com algum desgaste.
Diana nunca tinha visto uma ave de rapina camuflada antes, se tivesse desconfiaria de que a
distorção poderia ser causada por alguma nave neste estado.
“Diana, o computador está operacional."
Obrigada senhor Anderson. Computador pode detectar a nave próxima?
"Afirmativo"
Entre em contato com o computador desta nave e atualize os seus bancos de dados.
"Aguarde... O computador da Thunderbold foi confirmado como sendo da federação. A
quantidade de dados a ser atualizada irá levar duas horas e dezessete minutos."
Bem abaixo do limite de quatro horas. No painel do navegador, viu que o reator já estava
operando e que em menos de dez minutos os motores de dobra poderiam ser acionados.
“Emergenc.....ahhhhhhhhh!"
Era alguém gritando no comunicador.
Grupo avançado, reporte.
Nenhuma resposta.
Engenheiro Anderson, por favor responda.
Nada.
“Alferes Diana, a frota que captamos anteriormente está se movimentando em nossa direção,
vamos teleportálos imedi....."
A transmissão foi interrompida, olhando pela tela, viu que a Thunderbold estava sendo
envolvida por um campo de energia amarelado, e onde antes via uma distorção na imagem, estava
uma nave. Pegou o seu phaser e certificouse de que estava regulado para tonteio.
Jevlack chegou a ponte tentando manter o equilíbrio, parecia que todos os sistemas da nave
ficaram loucos, incluindo a gravidade artificial. O alerta vermelho estava acionado.
Mas que diabos aconteceu?
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Se expandirmos nossos escudos, estes campos energéticos parariam de nos afetar?
Talvez.
Então faça.
Sim senhor.
A oscilação parou, mas os sistemas continuavam a apresentar problemas.
Capitão, não podemos expandir mais os escudos, pois iriam atingir a Defiant. E também creio
que seria inútil, pois os campos de dobra continuam sem poder se estabilizar.
Droga!
Desligar motores de dobra, totalmente.
Capitão, devo lembralo de que se fizermos isso, precisaremos de vinte minutos até aquece
los nov...
Que diferença fará em nossa situação? – cortou ele – execute.
Sim senhor.
As luzes de alerta dos painéis pararam de piscar. Mas os sistemas ainda apresentavam muitos
problemas.
Os sistemas ainda estão tentando desviar a retroalimentação que sofreram – informou Terak
– Teremos que reinicializar todos para que fiquem operacionais de novo.
Quanto tempo?
Cerca de vinte minutos. Controles parciais em dez.
Vinte minutos esperando que os sistemas voltassem a operar, e sem prognóstico de quando
poderiam acionar os motores de dobra. Isto, se pudessem acionalos novamente.
Capitão?
Execute – bufou.
Tudo foi desligado, com exceção do controle de gravidade. A nave inteira ficou as escuras, e
ficaria assim por mais dez minutos, pois, como o alerta vermelho estava acionado, as luzes seriam
a última coisa a ser reativada. Sentouse na cadeira e cruzou os braços. Não havia nada que
pudesse fazer, exceto esperar. O problema era que não tinham mais capacidade de dobra, ao
menos por enquanto.
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Aquela frota que captamos estava vindo em nossa direção quando fomos atingidos.
Uma armadilha – murmurou.
Provavelmente. O senhor estava certo em querer destruir a nave.
Diga isso na minha corte marcial.
Terak olhou surpreso para ele, não entendeu o seu comentário. Mas quando os sistemas
voltassem a operar, entenderia. Lentamente, escudos, armas, sensores, transportes e todos os
demais sistemas começaram a se ativar. Foram dez minutos muito longos, mas agora estavam
30% operacionais.
Sistemas operacionais, senhor. A nave que disparou contra nós está se escondendo atrás da
Defiant. Os campos energéticos ainda estão ativos, mas estão se dissipando. Enquanto esta
situação se manter, não poderemos reativar os motores de dobra, e nem usar os sensores de
longo alcance. Os de curto alcance também estão sofrendo interferência, mas podemos
compensar. Os escudos estão com retração máxima para aumentar a sua eficiência.
Energizar todas as armas, travar na Defiant.
Senhor, o grupo avançado ainda está lá! – disse Matias.
É uma ordem.
Si m senhor.
A ponte ficou silenciosa como em um enterro. Capitão, os escudos da Defiant estão ativos,
e... Não pode ser...
O que foi?
São duas vezes mais poderosos que os nossos.
Uma nave de setenta anos com escudos mais poderosos que os deles?
Não poderemos destruíla antes que aquelas naves cheguem.
Jevlack ficou olhando para a tela, observando a nave.
Capitão? – chamou Terak.
O que aconteceria se houvesse uma fusão destas tecnologias?
Capitão?
Trek Wars – Roberto Kiss 155 www.scriptonauta.com.br
Uma nave perdida em uma área vazia de uma galáxia totalmente mapeada, muito conveniente.
Capitão, o senhor está bem?
Gork quer dizer "vazio".
Capitão?
Uma nave antiga localizada em uma galáxia no outro lado do Universo, totalmente intacta.
Capitão?
Totalmente intacta.
Capitão, suas ordens.
Intacta.
Capitão, devemos disparar?
Um belo estratagema, acionar um sinal de socorro esperando que fossem investigar, e, depois,
aguardar a ativação da nave.
Fogo contínuo até segunda ordem!
Todos os phasers foram disparados contra a Defiant, causando um forte impacto nesta, porém,
seus escudos resistiam, eles não só eram mais poderosos, mas tinham uma capacidade de
dissipação de calor muito mais eficiente. Terak estava certo, no momento não tinham como destruir
a nave, e a trava de torpedos fotônicos ainda estava inoperante.
Senhor, estou captando algo...
Houve um impacto violento que jogou todos da ponte para o chão, alguns alertas de falha
estrutural foram acionados. Outros impactos, menores, eram sentidos agora.
Senhor – disse River, que estava substituindo Diana – fomos abalroados por uma nave, no
lado inferior da seção disco. – fez alguns acessos rápidos no banco de dados – é um corvete
modificado. Existem doze deles ao nosso redor, e estão nos atacando. Nossos escudos ainda não
estão com força total, não suportarão por mais de quinze minutos.
As naves que estavam vindo chegaram. E estavam todas começando a atacalos. Ficou
pensando no que fazer. Não podia contar com suas manobras radicais, e nem poderia fugir dali. E,
sem os campos de dobra, sua velocidade seria menor. Pelo menos, era uma faca de dois gumes,
eles também não poderiam tirar a Defiant dali. Só gostaria de saber quem seriam eles.
Estes campos de energia estão afetando os transportes?
Eles podem atuar em um raio de quinhentos metros, no momento.
Por que ele não confiou em seus instintos? Sabia que algo estava incoerente com a situação,
mas ignorou o que sentiu que devia fazer e seguiu o manual. E, graças a isso, agora estava em
uma situação problemática. Devia ter destruído a nave, ou ao menos rebocala para um local mais
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distante, para analisala com mais segurança. Pois bem: Doze naves disparando contra eles, um
dano estrutural leve na seção disco, sem motores de dobra, sem manobras radicais, escudos
apenas em 54%. Ainda bem que eles não concentravam o seu poder de fogo em um só ponto. E
porque não? Porque, talvez, isso não fizesse diferença para os escudos deles, mas para os seus
fazia!
Travar os phasers na nave mais próxima.
Pronto senhor.
Olhou para a tela, mostrava um corvete disparando em sua direção com todos os turbolasers
possíveis.
Fogo!
Seis feixes de energia atingiram a nave ao mesmo tempo, destruindoa em alguns segundos.
Travar na mais próxima, todos os phasers possíveis, disparar quando pronto!
Uma outra nave foi destruída.
Capitão, uma outra nave chegou, bem diferente destas, e não temos sua identificação nos
arquivos que recebemos dos rebeldes.
Na tela!
Uma nave com hastes que tinham forma de meia lua surgiu, gigantesca! Começou a disparar
contra eles, os impactos eram violentos, equivalentes a torpedos fotônicos. Não fosse pela
característica da energia se dissipar rapidamente, já teriam sido destruídos.
A Defiant está se movendo, está se afastando de nós.
Mas como... não era hora para isso.
Matias, posicione para ataque total contra esta nave, River, dispare tudo quando pronto,
incluindo torpedos fotônicos.
A trava ainda está inoperante senhor.
Então capriche na pontaria!
Sim senhor.
Em dois segundos, a nave estava posicionada. Tudo o que era possível foi disparado,
incessantemente. Até receberem um novo impacto, causado pela colisão de outra nave.
Perdemos os escudos de bombordo!
Então dispare em todas as naves desta direção!
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Sim senhor.
Precisavam de suas manobras para sair disso.
Energizar as aletas das nacelas.
Capitão, isso...
Quer parar de falar o que isso ou aquilo vai ocasionar? Se não quiser sair vivo daqui, eu
quero!
Terak acionou os comandos. Os sistemas voltaram a oscilar, mas não o suficiente para forçar
a um novo desligamento. Os campos, afinal, eram menores.
Capitão, poderemos operalas por dois ou três minutos. Os campos de energia estão se
dissipando, poderemos reativar os motores em breve.
Grande coisa! Iriam precisar de vinte minutos para isso. Acionou o console de sua cadeira, iria
ativar o ataque final. Era a única coisa que podia lhes dar tempo.
"Seqüência de ataque final acionada! Toda a tripulação deve ser preparar imediatamente."
Matias pegou os seus cintos de gravidade zero, todos na ponte fizeram o mesmo. Tinham
quinze segundos para isso. A seção de engenharia não tinha que se preocupar, os abafadores de
inércia podiam compensar a movimentação rápida por lá. O sistema de armas entrou em controle
automático, os consoles do navegador e do armeiro ficaram inoperantes. Nada podia agora impedir
a ativação.
Tudo que não era essencial foi desligado, incluindo os escudos. Os quatro reatores
começaram a operar em potência máxima, os micro campos de dobra gerados pelas aletas
começavam a tencionar a estrutura da nave. A Thunderbold começou a girar, em todas as
direções, dois segundos depois todos os phasers começaram a disparar rajadas curtas, porém de
grande poder, suficiente para queimar os emissores, caso durassem mais que alguns décimos de
segundo. Na velocidade em que a nave girava, para um espectador a distância aqueles feixes
iriam parecer uma explosão de uma pequena estrela.
A bordo da Defiant, Quattroni observava incrédulo o que estava ocorrendo! Sabia que a nave
era poderosa, mas nunca imaginou que poderia fazer isso! Suas naves estavam sendo destruídas,
mesmo aquela em que estava era atingida pelos disparos, e balançava assustadoramente. Cerca
de dois minutos depois ela parou, e ficou inerte. A Storm ainda estava lá, danificada, mas os
corvetes se foram.
Senhor, estamos fora do alcance dos campos de energia.
Ótimo, já sabe operar esse motor de dobra?
Sim senhor, Anderson já disse o suficiente.
Então vamos sair daqui! Temos um presente para o Império.
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Observou entrarem em dobra. Não sabia em que estado estava a Storm, mas, como já tinha
afirmado, ela era dispensável. Iriam agora encontrarse com a frota de Soer, que estava
aguardandoos. Queria ver a rosto dele quando descobrisse que agora tinham o acesso total a
tecnologia estrangeira.
Sentouse na cadeira do Capitão. Nada mal! Muito confortável. Olhou para os consoles nos
braços desta. Tinham muita coisa para aprender. Como tinha sido fácil! Queria a penas capturar as
pessoas enviadas a bordo para saber como a nave se movimentava, e agora tinha a própria nave!
E, pelo que percebeu, talvez fosse mais poderosa que a Thunderbold, pois foi capaz de resistir a
um ataque que teria destruído um cruzador imperial.
Não esperava que seu míssil tivesse aquele efeito na nave deles. Quando foi notificado que a
nave estava com energia suficiente para operar pela ativação dos droides, chamou sua frota e
disparouo. A nave ficou totalmente inoperante! Quem imaginaria que os campos de dobra – agora
sabia o que eram aqueles campos de energia que captou – teriam tal reação com os campos
disruptores? Esses campos impediam que o hiperdrive pudesse operar, pois este não conseguia
se estabilizar para permitir a entrada no hiperespaço, a menos que tivesse a freqüência de
operação correta, que era uma faixa estreita entre os campos.
A desativação da nave deulhe tempo para entrar na Defiant e descobrir que o computador
poderia fazer praticamente tudo! Estranho... como ele foi capaz de entender a sua língua? Bom,
isso não importava. Graças aos droides inquisidores, pôde "persuadir" aos cativos a teleportar a
bordo os seus homens de uma das naves que tinham chegado. Como eles ficaram surpresos ao
aparecerem ali. Ainda bem que o medo que tinham dele era mais forte que a surpresa.
Rapidamente se espalharam pela nave, em grupos. Cada um pegando um prisioneiro e forçandoo
a falar com a ajuda dos inquisidores. Os mouse droides foram úteis também, fornecendo
informação sobre a operação dos sistemas.
Agora era dissecar a nave totalmente para saber como tudo funcionava. Era impressionante
que nos anos em que ficara em poder do Império, os seus cientistas não tivessem feitos muitos
progressos em descobrir como funcionavam aqueles sistemas. Será que a fonte de energia correta
era a única coisa que poderia ativalos?
Na Thunderbold, Matias – ainda um pouco tonto – ajudava a avaliar a situação da nave.
Matias – perguntou o Capitão o que conseguimos?
Todas as naves, com exceção da maior foram destruídas. Ela parece estar muito avariada.
Terak, como estamos?
Sem escudos, alguns sistemas auxiliares danificados devido a retroalimentação dos campos
energéticos ocasionados pela sua interação com os micro campos de dobra, sensores de longo
alcance começando a operar, porém ainda sofrem muita interferência. Dois bancos phasers com
os emissores queimados. Algumas rachaduras no casco inferior da seção disco, onde fomos
abalroados pela nave, mas não é nada sério, a integridade da nave está assegurada. De resto,
estamos operacionais. Creio que já podemos começar a aquecer os motores.
Ótimo, faça isso. E, quanto ao que eu lhe disse antes...
Não há por que se desculpar Capitão. O senhor tinha que agir e não podia permitir que fosse
atrapalhado por observações desnecessárias.
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Se estivéssemos mortos, queria ver você repetir isso, pensou. Então era assim o ataque final,
E podia durar por quinze minutos!!! Nossa, que viagem seria. Como será que os outros tripulantes
que foram transferidos da Starfleet encararam o carrossel?
Não estamos localizando a Defiant senhor, e não há destroços dela no setor.
Então ela partiu! Terak, nossos sensores estarão operacionais antes que ela fique fora do
alcance?
Provavelmente.
Então a seguiremos assim que possível! Somos mais rápidos e nossos sensores tem maior
alcance. Não irão perceber. Vamos nos manter além dos sensores deles.
Era incrível como tinham aprendido rápido a operar a nave. Provavelmente capturaram o grupo
avançado e os obrigaram a lhes prestar informações. Uma coisa lhe chamou a atenção, no painel
de Terak.
Capitão – disse – nosso computador ainda está conectado ao da Defiant.
Terak, veja como isso poderá nos ser úteis.
Capitão, estamos recebendo um chamado da Starfleet, máxima prioridade.
Na tela.
A Capitã da Starfleet apareceu na tela, e seu alerta vermelho estava acionado. Quando as
coisas acontecem, acontecem em levas mesmo.
Capitão?! – disse ela, obviamente surpresa por ver a ponte as escuras e com o alerta
vermelho acionado.
Capitã Donner, lamento mas estou com problemas, e pelo que estou vendo você também
deve estar. Bom, você agora tem uma tripulação plenamente confiável. Terá que resolver o seu
problema sozinha, como todo Capitão tem de fazer. Chamarei depois, se Thunderbold ainda
existir.
Fez sinal para cortar a transmissão.
Capitão – disse – não acha foi um pouco pessimista?
Senhor Matias, aquela nave tem escudos duas vezes mais fortes que os nossos. Como deve
ter acompanhado durante a coleta de dados dos sensores, seus geradores de escudos e phaser
possuíam alterações. O que acha que pode ocorrer caso os phasers dela também tenham sido
modificados? Se tiverem o dobro da força, não será uma batalha fácil.
Podemos tentar dialogar com eles – disse Terak.
O Capitão sorriu.
Infelizmente, já faz muito tempo que não acredito em contos de fada. O que podemos fazer
com esta conexão?
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Vamos ver.
O Capitão se aproximou do console e digitou alguns comandos.
Computador, status.
Duas vozes sintetizadas começaram a falar ao mesmo tempo.
"Sistemas operacionais..."
"Danos mínimos na estrutura..."
PAREM! – gritou – Terak, desligue o áudio de nosso computador por enquanto.
Pronto, senhor.
Muito bem, computador, identifiqueme.
"Capitão Jevlack da USS Thunderbold, comissionada na data estelar..."
Pare! Trancar todos os dados técnicos da USS Defiant. Autorização Jevlack Thesla – Ômega.
"Dados trancados."
Ótimo! Terak, tente acessar os diários de bordo e veja o que pode descobrir que seja útil.
Pelo menos eles não poderão acessar os dados técnicos. Evitará que tenham acesso a nossos
projetos sem terem de desmontar a nave. Matias, o comando é seu. Siga aquela nave assim que
possível. Estarei na sala de reuniões.
Sim senhor.
Estranho, fora transferido como navegador, apesar de ter o posto de tenente Comandante,
mas o Capitão constantemente o tratava como Imediato. Sentiase inseguro. Estava no meio de
um monte de gente experiente que enfrentavam situações complicadas com uma certa constância.
Ele era calouro nisso, apesar de já ter servido em uma nave antes, ainda era oficialmente um
subtenente antes de voltar para a academia para um curso de especialização para então poder se
tornar um tenente Comandante. Não esperava ter de assumir uma função destas tão cedo.
Comandante – disse Terak – os campos energéticos se dissiparam o suficiente para que os
sensores de longo alcance possam funcionar, já podemos captar a Defiant agora. E creio que já
podemos entrar em velocidade de dobra.
Já estamos além do alcance dos sensores deles?
Sim. Isso se também não foram aprimorados como os escudos.
Não creio que saibam como, se soubessem, suas naves já teriam este sistema. Tenente
Ícaro, vamos atrás deles, mantenha distância máxima de sensores.
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Sim Comandante.
A Thunderbold partiu, deixando para trás os destroços das naves destruídas e a Storm,
aparentemente inoperante. Ninguém reparou no desaparecimento da Revenger...
Capítulo 17
Lisa andava de um lado para o outro na sala de reuniões. Estava nervosa e muito ansiosa. E
não sabia como controlar isso. Doller, Lauriel, o infeliz encarregado de segurança – que recebera
oito repreensões nos últimos quinze minutos e os dois seguranças que lá estavam apenas para
vigiar Lauriel a olhavam, com medo de dizer qualquer coisa – e com razão. Desde que os tinha
convocado para determinar o que estava acontecendo, tinha demonstrado estar a beira de um
ataque de nervos.
E por que não estaria? Não uma, mas por duas vezes ficou demonstrado que a segurança da
nave era fraca, senão inexistente. Como alguém poderia seqüestrar duas pessoas debaixo do
nariz de todo mundo? Por que os novos "convidados" deixados pela Thunderbold não tiveram
escolta como Ígnea? Essas perguntas o pobre tenente Sander não soube responder. Como foi
possível preparar uma explosão logo abaixo da ponte?
A análise dos eventos e da gravação da segurança fora clara! Bernard sabia muito bem o que
estava fazendo. Tirvik também errou, ao tentar detêlo sem apoio. Segundo a imagem que viu, ela
desconfiou de algo quando estava com ele no turboelevador. Ao invés de falar isso com ela, tentou
investigar sozinha. E foi capturada neste instante.
Chamou Lauriel para descobrir se havia um meio de parar aquelas naves, mas não havia. Não
no hiperespaço. Já as tinham alcançado, estavam apenas a alguns segundos atras delas. Mas não
podiam disparar os torpedos, pois isso as destruiria. Tinham que esperar que chegassem ao
destino e então ver o que podia ser feito. Segundo Lauriel, Bernard com certeza estava indo para
algum ponto de encontro. O motivo de pegar Ígnea, provavelmente seria para receber a
recompensa que existia por ela, e Tirvik deveria ter sido uma mera oportunidade de negociar com o
Império.
Mas isso não se encaixava com o que pensara antes. Não podia ser um mero caçador de
recompensas, se fosse, tinha tido muita sorte em escapar da explosão da estação espacial, dando
o seu "ultimo vôo". Lauriel não soube o que dizer quando foi confrontada com isso. Parou de andar
e ficou olhando para uma parede.
Tirvik e Ígnea estavam indefesas naquelas naves. Nada poderiam fazer para se libertar, ele foi
muito previdente quanto a isso. Os droides deviam estar com a programação adulterada, pois seria
a única forma de impedir que Ígnea, quando acordasse, desse um comando verbal para que ele
parasse.
Doller, alguma sugestão? – disse virandose para ele.
Ele pensou um pouco, movendo os seus olhos de um lado para o outro.
Bem Capitã, depois que eles pararem, podemos usar os phasers para derrubar seus escudos
e teleportálos de volta a nave.
E se no local em que pararem, existirem outras naves?
Podemos fazer isso em poucos segundos. Sairíamos de lá antes que pudessem esboçar
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qualquer reação.
Foi o que ela tinha pensado, mas uma vez que Bernard tinha pensado em tudo com precisão,
não acreditava que teria se esquecido dessa possibilidade. Devia estar imaginando alguma forma
para que não fossem capazes de resgatar as suas cativas.
“Capitã os sensores estão captando quatro destróieres estelares. O curso que os caças estão
seguindo os levará diretamente a eles."
Obrigada – respondeu.
Isso resolvia uma de suas dúvidas. Eles estavam indo para um local com naves. Quatro
destróieres, mas e quanto a outra? Bom, se estivessem muito próximos às naves, teriam que
manter os escudos erguidos para se protegerem, e não poderiam teleportálos. E isso Bernard já
deveria saber.
Não poderia contar com a ajuda ou conselho de Jevlack. Pelo que se lembrava quando se
comunicou com ele há algumas horas, estavam em alerta vermelho e a ponte estava com as luzes
apagadas. De fato, não havia garantias de que estavam vivos, ou disponíveis. Se estivessem,
teriam entrado em contato, no mínimo para saber se ela já tinha resolvido o seu problema, como
"qualquer Capitão tem de fazer".
Sentouse. Não podia fazer nada, a não ser jogar o jogo de Bernard. Foi então que arregalou
os olhos, acabara de perceber algo! O jogo era dele, as cartas também poderiam estar marcadas,
mas era ela quem estava jogando, e, até o momento fora por demais passiva em todos os
momentos. Acionou o seu comunicador.
Senhora Nille, siga em dobra máxima em direção as naves que foram captadas, acione o
alerta vermelho e prepare todas as armas. Quero todos nos seus postos de combate.
“Sim Capitã."
O alerta vermelho foi acionado. Podiase ouvir o som de passos no corredor. A tripulação
estava indo para os seus postos.
Capitã – chamou Doller – até o momento, estávamos nos defendendo, se iniciarmos um
ataque contra eles, isso poderá ser encarado pelo comando da frota como ação desnecessária.
Quem disse que vou começar a atirar? – disse sorrindo – vamos para a ponte. Senhor
Sander. Cuide da segurança com mais critério agora. Lauriel, você virá conosco. Seu
conhecimento pode ser útil.
Voltou a confiar em mim?
Confio que deseja manter sua amiga viva, o que não ocorrerá se formos destruídos.
****
Tirvik abriu os olhos e ficou piscandoos até compreender o que estava acontecendo. Estava
na carlinga de uma das naves rebeldes. Olhou ao redor e compreendeu que devia estar no
hiperespaço. Também compreendeu que estava com as mãos e os pés imobilizados. No painel,
apareciam caracteres que ela não conhecia. Tinha sido seqüestrada! Olhou ao redor, tentando
localizar a Starfleet, mas seria impossível, os fachos de luz que via ocultariam qualquer coisa que
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estivesse lá fora. Se fosse uma velocidade de dobra, seria mais fácil visualizar algo.
Testou suas amarras. Muito firmes. Forçou o corpo contra o cinto de segurança e levantou os
pés, na esperança de ver o que tinha sido usado para prendela. Eram algemas da segurança da
Starfleet. Recostou o corpo no assento e fechou os olhos. Não havia meios de abrir aquilo sem a
chave ou um phaser. Pega como uma caloura! Devia saber que Bernard estaria preparado para
uma eventualidade. Nunca devia têlo surpreendido sozinha. Não foi a toa que Jevlack disse que
faltavalhe um pouco mais de paciência para ser indicada para um comando. Agora ela entendia o
que estava nas entrelinhas desta frase. Não era para esperar o comando chegar, mas sim
desenvolver a paciência para ponderar sobre o que fazer em determinadas situações. Coisas que
os Capitães precisam fazer, pois em suas decisões estão em jogo as vidas dos tripulantes e a
segurança da nave.
Mas até então não tinha percebido isso. E o principal motivo era justamente Jevlack! Em várias
situações de crise – principalmente naquela em que mandou disparar os torpedos fotônicos nas
nacelas da Starfleet – ele sempre tomava decisões em segundos. Portanto, nada mais lógico que
pensar que para se ter um comando, devia tomar decisões rapidamente. Bom, isso era verdade,
mas agora finalmente percebeu que também devia ponderar as possíveis conseqüências destas.
Se saísse desta situação, avaliaria melhor o que poderia vir a ocorrer. Começou a forçar o
corpo contra o cinto, tentando pelo menos ficar livre do assento. Se conseguisse, poderia tentar
fazer alguma coisa para parar a nave. Ou pelo menos controlala quando chegassem ao seu
destino. Tentou insistentemente por vários minutos, então parou para recuperar o fôlego e
observar que progresso conseguira. O controle de qualidade rebelde estava de parabéns, nem ao
menos conseguira afrouxar as tiras do cinto.
Se houvesse uma forma de pedir ajuda... Mas mesmo que tivesse os meios e descobrisse
onde estava o comunicador da nave, ele não iria funcionar no hiperespaço. Espere! Que idiota
fora. Se a Starfleet estivesse próxima, poderia usar o seu comunicador! Bastaria usar o seu
queixo...
DROGA – gritou em voz alta. Acabara de perceber que seu comunicador desaparecera.
Olhou para o painel com mais cuidado. Havia um monitor um pouco a direita do centro. Acima
deste haviam quatro displays horizontais com algumas luzes vermelhas, como se fossem
indicadores de potência de algum tipo. Havia um desenho da nave vista de cima do lado esquerdo,
com quatro semicírculos, dois na frente e dois atrás. Uma luz verde iluminava o primeiro
semicírculo a frente e o primeiro que ficava atrás. Havia uma chave logo abaixo, que
aparentemente podia ficar em três posições. Acima do desenho da nave, havia três displays
verticais, um vermelho, outro azul e outro amarelo. Todos estavam na metade. Um pouco acima de
seus joelhos, estava o manche.
Mesmo que se libertasse do cinto, o que poderia fazer para parar a nave? Abaixo do painel
parecia que existiam mais algumas chaves. Tentou alcançalas com os joelhos, sem sucesso. Não
podia acreditar que não havia meios de se fazer algo.
Paciência, tinha que ter paciência. Se não há nada que possa ser feito, então faça justamente
isso! Nada. Era o que seu pai dizia. Fechou os olhos, encostou a cabeça no encosto, e relaxou. O
que diria se seu pai estivesse ali agora? Olha papai! Olha a sua filhinha agora. Aquela que tirava
sempre as notas máximas e tinha o melhor aproveitamento de sua turma da academia. Olha a
encrenca que arrumou por não seguir as regras!
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Seu pai tinha morrido há alguns anos, pelo menos pôde ver quando tinha se formado. Estava
orgulhoso, e tinha um sorriso de orelha a orelha. Tinha acabado de ser promovida a tenente
Comandante quando soube de sua morte. Fez o curso de especialização apenas para auxiliala a
não pensar na dor que sentira. Felizmente, após cerca de seis meses, aprendeu a conviver com
ela. Mas toda vez que se lembrava dele, sentia algo desagradável no peito, uma vazio desolador.
Melhor desviar a mente para outra coisa.
O que a Capitã Donner estaria fazendo? Com certeza a seguindo, pois não havia como
teleportála e muito menos deter a nave quando esta estava no hiperespaço. Os torpedos fotônicos
não poderiam ter a "sutileza" dos phasers. O raio trator também estaria descartado, e não
poderiam deter a nave envolvendoa nos escudos, pois isso a colocaria no campo de dobra e era
impossível saber o que aconteceria se a nave tentasse entrar no hiperespaço de dentro deste
campo. Poderia atingir uma velocidade tal que a lançaria no tempo, ou simplesmente implodir.
Tentou novamente se soltar dos cintos. Desculpe pai, mas isso eu posso fazer.
General Soer, a explosão do último shuttle foi confirmada.
Ótimo, prepare as equipes para fazerem treinamento de combate simulado, podemos receber
novas ordens a qualquer momento.
Sim senhor.
Os pilotos estavam se queixando destes treinamentos diários, mas tinham que entender que
não eram nenhuma elite, como acreditavam. Se queriam vencer os rebeldes, tinham que ter uma
equipe sempre pronta, bem treinada e com experiência. Mas era difícil ter experiência com tanta
chance de ser abatido em combate. Um tiefighter poderia ser destruído com apenas dois disparos.
Mas tinham uma capacidade de manobras insuperável! Portanto, deveriam aprender a usar esta
vantagem. Não podiam ficar esperando que o Império trocasse todos pelos novos caças, eram de
fabricação demorada e usados em situações específicas.
Nos dias em que ficaram parados lá aguardando a confirmação das suas armadilhas vivas
espalhadas estrategicamente para serem resgatadas, forçou todos os pilotos de todos os
destróieres a fazerem três treinamentos diários, aleatórios e sem aviso. E já estava tendo
resultado. Estavam cada vez melhores. Se bem que nenhum deles ainda era páreo para a
verdadeira elite dos pilotos do império, que ficavam baseados a bordo do Executor.
Provavelmente, no próximo combate, teriam pelo menos 5% a menos de baixas. Foi até a
grande janela da ponte e ficou observando os caças manobrando. Realmente acabara adorando
ficar naquela posição, podendo observar a ponte pelo reflexo do vidro . Fez uma expressão de
desagrado, os pilotos ainda não conseguiam fazer aquelas manobras com precisão, tinham medo
de colidirem uns com os outros. Esse foi o motivo de não permitir mais o uso de simuladores. Eles
tinham que estar em perigo real para se esforçarem ao máximo, e dar uma rasante de cinco
centímetros em outra nave era um perigo bastante real. Por isso sempre se afastavam muito. Daria
uma bela repreensão depois, quando se reunissem para avaliar os resultados.
Vader o parabenizou pelo estratagema de usar os pilotos capturados para imputar mais baixas
aos rebeldes. Sacrificara dezesseis shuttles para isso, mas conseguira destruir nove cruzadores
rebeldes. Disse que ficou satisfeito ao confirmar a sua escolha. Precisava de generais que
trouxessem resultados, e não de teóricos com ocasionais sensos de moralidade. Ele aproveitou a
ocasião para dizer que com o seu novo posto e satisfação conseguida, estava perdendo o
interesse naquela escrava. A resposta foi que poderia ter uma surpresa em breve.
SENHOR! Uma nave desconhecida acaba de sair do hiperespaço, e posicionouse a vinte
quilômetros de distância.
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Olhou ao redor. Nave desconheci da?! Localizoua, estava ao lado direito da nave. Era a
Starfleet. Tinha recebido dados sobre as naves após a interrogação dos prisioneiros da Exceler. E
agora ela estava ali!
Chame Darth Vader e informeo que a Starfleet está aqui, e ponha todas as naves em alerta
geral. Defesa oito!
Tinha visto em primeira mão o que a outra nave poderia fazer, esta, com certeza, não devia ser
inferior.
Eles estão se comunicando, senhor, e estão usando os nossos protocolos.
Aquilo não era esperado. Pensava que tinham feito um acordo com os rebeldes e que estavam
lá para atacalos, em represália aos ataques que fizeram.
Complete a ligação.
“Naves Imperiais, aqui é a Capitã Donner, da nave estelar da Federação USS Starfleet. Não
estamos aqui para iniciar uma agressão, por favor, respondam."
Olhou pela janela e viu os caças sendo lançados. Ele tinha criado estes códigos há alguns
dias, a defesa oito era para a máxima proteção da frota, caso estas fossem atacadas por vários
cruzadores, lançando todos os tieadvanced e tiedefenders que possuíam armados com torpedos
pesados.
Diga para as naves não atacarem ainda, mas para ficarem de prontidão.
Sim senhor.
Foi até o console e acionou a comunicação.
Aqui é o General Soer, no comando desta frota Imperial. Minhas ordens são para capturalos
ou destruílos, caso isto não seja possível. Portanto, exijo a sua rendição imediatamente.
Ficaram em silêncio.
O interditor já pode operar?
Precisamos de mais alguns segundos.
Não sabia se o interditor poderia contêlos, e, se o fizesse, temia que não fosse uma boa idéia.
Afinal, impedir que uma nave de extremo poder pudesse fugir o obrigala a se defender não era o
que se podia chamar de decisão inteligente. Aqueles feixes de energia poderiam facilmente
destruir qualquer caça antes que o mesmo estivesse à distância de tiro. E ainda havia o fato de
que podiam transportalos para bem longe, como descobrira pessoalmente ao enfrentar a
Thunderbold há alguns dias.
“Não temos interesse em conflito algum. Caso não queiram conversar, partiremos
imediatamente."
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Olhou para seu assistente, ele soletrou "um minuto" com a boca.
Muito bem, sobre o que desejam conversar?
“Um de nossos tripulantes foi seqüestrado. A nave que o está trazendo para cá chegará em
quarenta minutos. Como não podemos detêla sem destruíla, ficaremos aqui esperando que ela
chegue. Estamos armados e preparados para nos defender. Caso façam qualquer movimento
hostil, atacaremos sem nenhum aviso prévio. Fim da transmissão."
Senhor, eles estão se afastando. Velocidade um pouco abaixo de um Tiebomber – disse
surpreso.
Se o interditor não funcionasse, não havia mais nada que pudesse fazer, exceto mandar seus
pilotos para a derrota certa.
General, Darth Vader disse que não é mais preciso capturar a nave. Devemos destruíla se
pudermos.
Se pudermos. Pelo menos ele estava sendo compreensivo.
O interditor está pronto senhor, os geradores estão com plena carga.
Mandeos acionarem os campos de distorção, e já mande as naves se prepararem para ter
que entrar no hiperespaço imediatamente.
Todas as naves estavam a dois minutos de uma janela para o hiperespaço, para uma fuga
rápida. A questão era: Como fugir de uma nave que era mais rápida e que podia seguilos no
hiperespaço?
Eles acionaram, senhor.
Olhou para a Starfleet e ficou impressionado! Ao redor desta, uma bolha amarelada de energia
se formou, balançando a nave e aparentemente deixandoa sem controle. Em alguns segundos o
campo desapareceu e a nave ficou imóvel.
O que aconteceu?
Segundo nossos sensores, parece que todos os sistemas da nave ficaram em pane quando o
interditor acionou os geradores. Agora estão de volta ao normal. Seus escudos estão se
reerguendo. Voltou a se mover, porém está mais lenta.
Então eles não eram tão invencíveis assim...
Iniciar ataque total! Mande o interditor se movimentar para longe dela. Quero os três
destróieres se posicionando entre o interditor e ela. Para evitar que o ataquem.
General. A distância deles...
Não faz a mínima diferença! Você ainda não os viu em combate, eu sim.
feixe podia ser disparado por pouco mais de um segundo. Aparentemente precisavam de outros
três para se recarregar. Nesse ritmo, seriam destruídos em menos de um minuto.
Posicione a nave para que não possam atingir os geradores de escudos, e avise aos outros
destróieres para fazerem o mesmo!
Ao que tudo indicava, foi mesmo uma péssima idéia prendelos ali. Mas o confronto apenas
estava começando, e ele podia ao menos avaliar o verdadeiro poder que a nave possuía. Só não
queria ser condecorado postumamente...
Lauriel finalmente soube o que eram aqueles dispositivos que estavam ao redor do disco da
nave. Eram armas, e poderosíssimas! Se quisessem atacar a Exceler, quando se encontraram pela
primeira vez, esta não teria a mínima chance. Pelo que ouviu, com o disparo de apenas oito deles
os escudos do destróier caíram quase 30%. Só não entendia por que não atacaram o interditor,
como sugeriu. Eram dele as emissões dos campos de energia que quase desativaram a nave.
Graças ao engenheiro Carlos, que desligou os motores rapidamente, isso não ocorreu.
Posição dos caças – solicitou a Capitã a Doller.
Estarão em distância de disparo de mísseis em quatro minutos. Capitã, como nossa
velocidade está reduzida a um terço por não termos mais a redução de massa ocasionada pelos
campos, não poderemos nos esquivar deles.
Nossos sensores?
Os de longo alcance continuam sofrendo interferência. Os de curto alcance estão
operacionais, mas não possuem muita precisão. A trava de torpedos está inoperante devido a isto.
A Trava de phasers está com uma margem de erro de aproximadamente 30 metros. Não nos
atrapalha para disparar contra as naves grandes, mas contra os caças, teremos que usar mira
manual.
Seus sensores sem dúvida funcionavam de maneira diferente dos que conhecia. Já ficara
várias vezes presa por um interditor e, com exceção do hiperdrive, todos os outros sistemas
funcionavam perfeitamente.
E quanto ao teleporte?
Está operacional, mas não podemos focalizar com segurança além de quinhentos metros.
Senhor Doller, quanto tempo até que os xwings cheguem aqui?
Cerca de trinta minutos, Capitã.
Então temos meia hora para expulsalos daqui, antes que tenhamos que atacar para valer.
Alguém tem alguma sugestão?
Destruaos – disse Lauriel.
Não vim até aqui para declarar guerra. Embora confesse que não esperava que pudessem
inutilizar nossos motores de dobra e reduzir as nossas capacidades.
Capitã, os destróieres estão manobrando, voltando a seção inferior para nós, mas não
imagino o porquê, eles têm menos canhões deste lado.
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É para proteger os geradores de escudos – disse Lauriel – se forem destruídos, seus
escudos caem imediatamente. São aquelas esferas no topo da ponte. Como já demonstraram que
podem atingilos desta distância, estão se precavendo.
Muito bem, senhor Thompson, fogo contínuo nos geradores da nave mais próxima.
Sim Capitã.
Três minutos para os caças poderem disparar os mísseis – informou Doller.
Num lampejo, Lauriel percebeu o porque de não terem disparado nos caças ainda. Estavam
com uma margem de erro grande, se disparassem agora, iriam errar muitos tiros. Isso seria um
ótimo indicativo aos imperiais de que tinham uma chance contra a Starfleet. E uma chance boa!
Dificilmente poderiam deter todos os torpedos que seriam disparados – eram muito pequenos – e
seus escudos, apesar de formidáveis em comparação aos do império, não resistiriam ao disparo de
muitos destes.
Qual a capacidade destes mísseis? – perguntou a Capitã a ela.
Chamamos de torpedos. Existem vários tipos, de concussão, de prótons, torpedos pesados e
os recentes torpedos muito pesados. Provavelmente aqueles tiebombers estão com torpedos
pesados. Bastão oito para derrubar os escudos de um destróier. Seus escudos, ao que notamos,
tem poder equivalente.
A Capitã abaixou a cabeça e ficou olhando para o chão, provavelmente ponderando sobre o
que fazer. Era evidente que não queria um combate pleno, e nem causar baixas aos imperiais.
Mas devia estar percebendo que não tinha escolha. Cometeu um erro ao superestimar as
capacidades de sua nave frente as do império. Não contava – ninguém poderia imaginar isso – que
os Interditores tinham meios de reduzir a vantagem que até então demonstraram ter. Ainda tinham
o seu poder de fogo intacto, mas uma arma invencível é inútil se não puder ser apontada
corretamente para o alvo.
Dois minutos Capitã.
Senhora Nille, curso 0 – 0 – 1, marco zero, manter estabilização da nave, máxima velocidade.
Thompson, assim que o interditor estiver disponível, destrua os seus geradores de escudos e em
seguida foque todos os phasers possíveis no reator principal. Doller, aproveite e faça uma análise
deste tipo de nave.
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A Starfleet moveuse verticalmente, elevandose acima do plano das naves do Império.
Poderemos disparar no interditor em dois minutos – informou Thompson.
Os caças poderão disparar em trinta segundos – disse Doller.
Tenente Thompson, dispare nos mísseis assim que forem lançados, e retraia os escudos ao
máximo.
Com a margem de erro que temos atualmente, será impossível evitar de atingir as naves,
Capitã.
Estou ciente disso – respondeu.
Enfim, ela tomou uma decisão. No painel atrás dela, em um esquema da nave vista de cima,
estava a representação da forma dos escudos, parecia um círculo ao redor da nave. Quando
Thompson os retraiu, eles tomaram uma forma alongada. Lembrouse da conversa que teve com
ela há alguns dias, quando disse que tinha o instinto de Capitã. Mas lhe faltava a experiência. Era
melhor lhe dizer a sua análise da situação.
Os tieadvanceds e defenders são muito mais rápidos e resistentes que os tiebombers que
se aproximam, pois possuem escudos. Contra um inimigo normal, estariam atacando primeiro e
protegendo os bombardeiros. Como estão afastados, devem saber que podem, ou poderiam,
atingilos facilmente. Com certeza estão carregando os escudos ao máximo, e quando os torpedos
forem disparados, irão avançar para tentar cobrir os tiebombers. O mesmo se aplicaria aos Assalt
Gunboats. No entanto, assim que perceberem que não podem atingir os mísseis com precisão, irão
disparar tudo o que tiverem, para garantir o maior número possível de impactos.
Estão disparando Capitã.
Senhor Thompson, dispare a vontade.
Sim senhora.
Os phasers inferiores foram disparados, destruindo cerca de um terço dos torpedos. Muitas
naves, como Thompson tinha avisado, foram vaporizadas por estarem no caminho dos disparos.
As outras começaram a fazer evasivas. Com certeza imaginavam que elas eram o alvo principal e
não que se devia a uma impossibilidade de mira precisa.
Uma segunda leva de disparos destruiu menos torpedos, e mais algumas naves. A terceira
leva começou a demonstrar a imprecisão da mira.
Preparar para impacto! – disse Thompson, quando percebeu que os últimos dois torpedos
não poderiam s er detidos.
Lauriel agarrou o corrimão ao seu lado, a ponte refletiu dois fortes impactos consecutivos, as
luzes se apagaram e luzes vermelhas – provavelmente de emergência – se acenderam. Faltou
pouco para que perdesse o equilíbrio.
Relatório! – solicitou a Capitã.
Um momento – respondeu Doller, conferindo o seu console – Escudos inferiores em 37%,
danos mínimos no casco, todas as alas reportam que não há danos visíveis. Alguns condutores de
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energia entre o casco primário e secundário se romperam, mas a perda não é crítica. O emissor do
escudo inferior teve suas bobinas um pouco danificadas. O sistema de controle de escudos
também está sendo afetado pelos campos de distorção. Ele não está respondendo com velocidade
suficiente para dissipar tanta caloria em uma área tão estreita. Mais um impacto destes e ele irá
queimar.
Parecia que os interditores eram o ponto fraco dos sistemas da federação.
Agora os sensores do império detectarão que os escudos inferiores estão mais fracos. E, com
isso, vão descobrir que não são unificados como os deles. Irão atacar por lá. – Disse Lauriel para a
Capitã.
Capitã, todas as outras naves estão disparando agora. A maioria são de mísseis muito mais
fracos, porém mais rápidos. – disse Doller.
Os de chama vermelha são mísseis de concussão, úteis apenas contra caças; os azuis são
torpedos prótons. São com os amarelos que devem se preocupar. – Comentou.
Doller, o que tem sobre o interditor?
Tem seiscentos metros, escudos com metade da força dos destróieres, e parece que são nas
suas formas arredondadas que os campos de distorção são gerados. De fato, parece que há uma
fonte de energia em cada uma delas. Infelizmente os sensores não tem a precisão necessária para
confirmar isso.
Tenente Thompson, quanto tempo?
Ele demorou um pouco para responder, estava ocupado disparando contra os torpedos que
eram lançados. Ela podia sentir umas poucas vibrações, que deviam ser do impacto de mísseis de
concussão.
Quarenta segundos, Capitã.
Senhora Nille, entregue o controle ao armeiro, Senhor Thompson, dispare os torpedos
fotônicos continuamente em direção ao interditor, não importa se o destróier está no caminho.
IMPACTO! – gritou Thompson.
Novamente a ponte vibrou – agora apenas uma vez – algumas luzes vermelhas se acenderam
nos vários consoles.
"Escudos de integridade estrutural inoperantes nos decks 8 e 9" – informou o computador.
Não sabia o que significava isso de escudos de integridade, mas se estavam inoperantes e o
computador soou um alerta por causa disso, deviam ser importantes.
Perdemos o escudo inferior – disse Doller decks 8 e 9 com ruptura, alas 40 a 42 e 73 a 76.
Os campos de força foram ativados nos corredores para evitar a descompressão dos decks. Os
escudos de navegação estão inoperantes, dois bancos phasers tiveram os controles rompidos. Os
sensores também foram levemente danificados. Se formos atingidos novamente com esta força, a
seção disco vai se partir.
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Vire a nave ao contrário – sugeriu Lauriel – os escudos superiores ainda estão intactos, bem
como os seus phasers.
Nille olhou para a Capitã.
Execute – disse ela.
Nille digitou o comando no seu console, se bem que, na tela, nenhuma alteração era visível.
Pronto Capitã – disse.
Outro impacto, este muito mais forte. Forte o bastante para fazer todos pularem a uns dez
centímetros de altura. Sem dúvida era porque agora estavam mais próximos das explosões dos
torpedos. Se não tivessem mudado a posição da nave...
O interditor está liberado – disse Thompson.
Dispare tudo o que ainda temos, Doller, use o banco de phasers cego para conter estes
torpedos, e aproveite para atingir aquelas naves.
Cego? Há sim! Como os bancos estavam montados em um angulo de noventa graus, um deles
não poderia ter a nave na mira. Olhou para o mapa tático que aparecia como um pequeno quadro
dentro da tela grande. Viu que a nave estava sendo manobrada para que o maior número possível
de phasers pudesse ser disparado. No caso, oito.
****
Por um breve momento, Soer acreditou que iriam vencer. Mas agora que a nave virou de ponta
cabeça e tinha liberado o caminho para atingir o interditor, viu que a situação estava em curso
eminente de sofrer uma reviravolta.
Interditor Cabriam – chamou pelo comunicador – parta no hiperespaço agora! Eles poderão
destruílos em menos de um minuto. Transmita o resumo da batalha para o Executor assim que for
possível. Tentaremos lhe dar cobertura.
“General Soer..."
É uma ordem! O Império precisa saber que existe uma forma de incapacitar parcialmente
estas naves estrangeiras.
Enquanto falava, a Starfleet já tinha começado a disparar contra o interditor. E estava usando
uma arma que ainda não tinha usado antes. Eram disparadas pelos lançadores que, até então,
estavam sem serem usados.
Destróier Giant e Colossus, estou lhes dando ordens para efetuar uma retirada. Transmitam
os dados da batalha para o Executor.
Olhou para a janela da ponte, viu o interditor sendo atravessado pelos disparos dos feixes de
energia. Seus escudos já deviam ter caído. Percebeu que as torres com os reatores dos escudos
tinham sido destruídas, assim como uma das dele. Duas daquelas armas novas que estavam
sendo disparadas atingiramno bem no centro, causando uma reação em cadeia que fez toda a
nave explodir em alguns segundos.
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Não acreditava que tivesse sido um tiro de sorte. Eles deviam ter mirado diretamente no ponto
mais vital da nave.
Como a Starfleet está agora que o interditor se foi? – perguntou ao analista tático.
Aparentemente na mesma situação. NÃO! Agora estão destruindo todos os torpedos. Seus
disparos estão com precisão absoluta.
Mande os caças partirem, os que não tiverem hiperdrive devem tentar retornar.
Todos eles têm hiperdrive, senhor. Os outros caças que não tinham foram destruídos.
Então vamos embora.
O Destróier Dankan, comandado pelo General Soer manobrou para a sua janela de fuga
previamente planejada. O Giant já tinha conseguido partir. O Colossus estava começando a ativar
o hiperdrive, e eles precisavam de cinco segundos.
Foram atingidos mais duas vezes antes disso. Partiram com os escudos em apenas 5%.
****
Lisa respirou aliviada quando o ultimo caça partiu. Mas não havia muitos motivos para
comemorar. A Starfleet estava danificada, e o erro que cometeu ao julgar que poderia assustalos,
com certeza a levaria a uma corte marcial, se retornassem a sua própria galáxia. Deveria ter feito o
que sugeriu Doller. Seguir os xwings, e, assim que chegassem, abaixar os seus escudos,
teleportar os tripulantes e cair fora. Rápido, direto e com bem menos riscos.
Senhor Doller, status da nave.
Operacional, Capitã. Os escudos inferiores serão reparados em breve. Os de integridade já
estão operacionais. O controle de danos informa que será preciso quatro horas para os reparos no
casco.
Capitã – chamou Lauriel – é melhor ir atrás deles. Eles avisarão ao Império que os
interditores podem afetalos.
Mesmo que eu quisesse, não poderia. Os motores de dobra foram desligados, e não
podemos usalos novamente antes de aquecelos. Precisamos de alguns minutos para isso. Além
disso, sem os escudos de navegação, não temos como nos orientar no subespaço. E não vou
partir sem esperar a chegada dos xwings. Thompson, já pode captalos?
Sim Capitã. Chegarão em sete minutos.
Ele fez algumas verificações no seu painel.
Acho que não, Capitã. Os danos que temos nos sensores não nos permitem precisar a força
que seria necessária. Mas creio que temos uma alternativa. Podemos usar o raio trator com foco
estreito diretamente sobre os seus escudos. Eles bloquearão a ação do raio, mas irão ceder frente
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a sua força.
É verdade confirmou Doller Não poderemos reativar os campos de dobra antes que
cheguem, e, sem eles, nossa velocidade máxima continuará reduzida em um terço.
E se expandirmos nossos escudos para envolver aquelas naves? perguntou.
Não seria uma boa idéia respondeu Lauriel Bernard atacaria a nave, como eu ameacei
fazer. Ademais, ele logo notaria que seus escudos inferiores estão inoperantes.
Alguém tem alguma sugestão que pode funcionar?
Todos ficaram em silêncio. Ela tinha menos de sete minutos para encontrar uma forma de
capturar aquelas naves sem ferir seus ocupantes.
Espere – disse Lauriel – vocês poderiam regular a força de suas armas para serem
compatíveis com as dos turbolasers?
Lisa olhou para Doller, esperando uma resposta.
Sim – respondeu após consultar o banco de dados – temos a potência registrada do ataque
dos Assalt Gunboat a Thunderbold. Podemos regular para esta intensidade. Mas de que nos
adiantaria?
Os caças podem suportar um certo número destes disparos. Bastaria disparar neles até que
os escudos caíssem. Provavelmente cerca de vinte disparos consecutivos. Regule para quatro
vezes a força dos turbolasers, e dispare contra as naves.
Doller ficou um pouco pensativo.
Sim – disse – é arriscado, mas poderia funcionar. Se focalizarmos a área dos motores,
evitaremos o risco de atingirmos os tripulantes caso os escudos cedam antes do previsto.
Ficou pensando. Era um risco grande, mas podia funcionar. Porem, se não desse certo, seria a
responsável pela morte de Tirvik, e, se não fizesse nada, seria responsável pela perda da mesma.
Dois minutos Capitã.
Capitã! Sim ela era a Capitã, e, pela primeira vez entendeu o peso que este posto tinha. Sentiu
uma mão pressionando o seu ombro, era Lauriel, que lhe cochichou: A única coisa que você não
pode fazer, é demonstrar indecisão no comando. Olhou para ela. Sua expressão de indecisão
oscilou um pouco, e então sumiu.
Senhor Thompson, seu antigo Capitão o pôs aqui devido a sua perícia. Regule os phasers
para a feixe mais fino possível, com máxima intensidade, e dispare no controle de hiperdrive e de
escudos das naves. Creio que a Comandante Lauriel ficará feliz em dizer qual o ponto preciso.
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Lauriel sorriu e já seguiu para o painel do armeiro, indicando, na sua tela, qual a correta
posição dos dispositivos. Aproveitou para informar que os droides provavelmente não seriam
capazes de reparar o dano que esse tipo de disparo provocaria. Mas seria arriscado disparar no
controle de motores.
Capitã estão chegando.
Dispare ao seu critério – respondeu.
Assim que chegaram, os caças começaram a manobrar para uma nova entrada no
hiperespaço. A Starfleet manobrou para um disparo simultâneo de três phasers. Lisa tinha certeza
de que tinham pouquíssimos segundos para isso. Bernard demonstrou uma incrível capacidade de
planejamento, devia estar com uma rota de fuga pronta para uma situação destas.
Pronto Capitã!
Sala de transporte, focalize nos tripulantes dos caças e os teleporte. Envie os que forem
humanos diretamente para as celas, Tirvik deve ser levada diretamente a enfermaria. Segurança,
espero que desta vez estejam preparados.
“Perfeitamente, Capitã."
Pela tela, viu uma coloração azulada nas cabinas das naves, indicando que o teleporte estava
em andamento.
“Cameron, para a ponte, recebemos a Imediato Tirvik e ela está em perfeitas condições, mas
ela pede que a tirem desta situação constrangedora." – ao fundo, podia ouvir Tirvik gritando: pelo
canal aberto não!
Entendido doutor – sorriu. Com certeza, receber cuidados médicos estando algemada não
devia ser uma situação lá muito fácil de se controlar a vergonha. Especialmente para uma rara
vulcana emotiva.
Capitã – perguntou Doller e quanto as naves?
Doller começou a coordenar os controles da sala de transporte para isso.
Bem Comandante – disse a Lauriel – vamos libertar a sua amiga e falar com o nosso caçador
de recompensas. Thompson, o comando é seu. Envie um relatório completo para a Thunderbold
sobre a nossa situação, e o que fizemos. Aproveite também para dizer que não farei objeções se
ele pretender me destituir do cargo.
Sim senhora – disse sem ocultar um olhar interrogativo.
Lauriel, acompanhada dos seguranças, seguiu com Lisa até o turboelevador.
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Capítulo 18
Não havia jeito, a Storm estava muito danificada. Quanto mais Blinter ouvia os relatórios, mais
percebia o quanto a situação era desesperadora. Estavam com um incêndio incontrolável no
segundo reator, varias rachaduras e sem comunicações ou hiperdrive. O hangar estava seriamente
danificado, de forma que qualquer evacuação seria impossível. A única chance era a equipe de
demolição conseguir instalar os explosivos a tempo, para abrir um rombo no casco e apagar o
incêndio.
Quattroni lhe disse que tudo e todos eram dispensáveis, incluindo ele próprio. Não tinha se
incomodado muito, não era a primeira vez que ouvia isso. Mas agora parecia que foi a última.
Estamos prontos! – disse o encarregado dos reparos.
Acione!
A Storm mais uma vez estremeceu quando as cargas explodiram. As portas de bloqueio
automático de descompressão também estavam minadas. Uma série de pequenas explosões
começou a ecoar no seu ouvido. Foram mais de cinqüenta. Olhou para o painel de danos. As luzes
de incêndio se apagavam, na mesma medida em que as de compartimentos despressurizados se
acendiam. O incêndio foi debelado, a nave ia se salvar.
Assim que a notícia se espalhou, um urro de alegria foi ouvido. Eram dos sobreviventes ao
descobrir que não iriam morrer! Não naquele dia.
Já chega – disse – achem uma maneira de consertar as comunicações, e chame nosso
reforço. Quero esta nave de volta a nossa base em doze horas. Mandem trazerem um hiperdrive
completo.
Ninguém ousou falar nas dificuldades de se cumprir as ordens. Blinter sabia que era difícil,
mas sabia também que era possível, do contrário, não teria dado este comando a eles. Seguiu
para o escritório de Quattroni para avaliar mais calmamente a situação. Pelo menos agora, podia
esperar os reparos sem se preocupar com uma explosão eminente.
Reviu a batalha mentalmente. O poder de fogo daquela nave era fantástico! Em número,
tinham bem menos armas, mas em poder eram insuperáveis. Em poucos segundos destruíram um
corvete! Possuíam escudos independentes, como os caças, mas tinham uma fraqueza!
Aparentemente os campos energéticos usados para incapacitar os hiperdrives causavam
anomalias em seus sistemas. Infelizmente ficou provado – como! que estas anomalias eram
insuficientes para deixalos indefesos. O último ataque deles dizimou toda a força dos piratas e
quase destruiu a Storm.
Mas conseguiram, ou melhor, Quattroni conseguiu levar a nave embora. Quando chegaram,
ela estava sendo atacada, e o ataque só parou quando foram abalroados por um corvete que por
algum motivo estava desgovernado. E um segundo corvete evitou que fossem destruídos
completamente.
Pensou um pouco na princesa, que já tinha sido levada embora para ser vendida há alguns
dias. Tinha uma personalidade excepcional! Foi uma pena não poder fazela participar do jogo que
tinha planejado. Consistia de uma esfera solta no espaço e atingida por disparos de raios tratores
para movela entre as naves. Quem não conseguisse pegar a esfera e arremessala para outra
nave perdia o jogo. Ele pretendia deixala dentro da esfera. Infelizmente, não houve ocasião
propícia para isso. Mas sabia que teria oportunidade de fazer isso com uma outra princesa
qualquer.
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Você não foi tão mal assim para esperar ser destituída do posto – disse Lauriel a Lisa
enquanto estavam indo para a área de celas pelo turboelevador.
Não? – disse ela com uma expressão dura – coloquei a nave em um risco considerável,
sendo que tinha escolha mais sensata, arrisquei a vida de Tirvik e de sua amiga Ignea, fui obrigada
a fazer um ataque violento e possivelmente desnecessário contra o Império, para evitar de sermos
destruídos. A mesma ação impetuosa forneceu a eles a informação de que podem nos incapacitar,
ao menos parcialmente. Isso sem contar as possíveis baixas que tivemos neste conflito, que ainda
não tive coragem de descobrir. Ainda acha que não fui tão mal?
A porta do turboelevador se abriu, eles seguiram pelo corredor em direção a área de
segurança.
Capitã – disse Lauriel – o que acha que Jevlack faria no seu lugar?
Ela pensou por alguns instantes.
Provavelmente seguiria os xwings, e tentaria reavêlos quando saíssem do hiperespaço. Se
não fosse possível, destruiria aqueles geradores do interditor. Não a nave inteira.
Pararam em frente a porta da segurança. Lauriel a encarou.
Pois eu acho que ele teria simplesmente destruído os xwing no hiperespaço mesmo.
Entrou pela porta deixando a Capitã observandoa. Os seguranças a seguiram.
Por que disse disso? – perguntou após alcançala.
Eu conversei com ele um pouco, quando pedi asilo para Ígnea. Conheço muito bem a
expressão de um soldado. E ele é um guerreiro! Sempre fará o que for necessário para atingir o
objetivo. Se ele não tiver formas seguras de fazelo, irá usar o que tiver. Mesmo a própria vida. É
do tipo que joga para vencer, e se não puder, mudará as regras para isso.
Chegaram ao setor de inspeção. Lisa perguntou onde estavam os prisioneiros. Logo depois,
seguiu pelo corredor até o destino final. No caminho, passaram por Ígnea, ainda algemada. Pediu
para que fosse libertada e que a levassem até a enfermaria. Depois, iria conversar com ela. Lauriel
aproveitou para conversar um pouco, depois foram até Bernard.
Como percebeu tanta coisa com apenas uma conversa? – retornou ao assunto.
Bem, eu luto faz muitos anos, um guerreiro conhece outro, sempre pronto para a batalha.
Mas o que você disse o faz parecer apenas uma máquina de vencer, a qualquer preço.
Lauriel parou no meio do corredor, o segurança quase a atropelou por traz. Olhou para a
Capitã.
Capitã – sua voz estava incrivelmente fria e inflexível – pode até ser que ele seja uma
máquina, mas não de vencer, nem mesmo de lutar. Ele apenas faz o que tem de ser feito, usando
o que for necessário para isso. Não seria como um fim justificando o meio. Seria mais como um rio
procurando o melhor caminho para chegar ao mar, se tiver que derrubar uma montanha para isso,
ele o fará. Deste que tenha – frisou de fazelo. Ele está preocupado com alguma coisa, e não
creio que seja com você, sua nave ou mesmo com a dele. Talvez nem seja com a possibilidade de
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ocorrer um novo rompimento no continuum, caso consigamos a sua tecnologia de viajar no
espaço.
Como sabe do rompimento?
Ela sorriu de forma matreira.
Vocês deixam os seus convidados acessarem muita coisa do computador da nave...
"Incluindo os acessos que um Capitão faz." Pensou Lisa. Antes de ter sido presa, Lauriel com
certeza andou olhando os arquivos da nave. Não podia ter acesso a dados confidenciais, mas
podia saber quem os acessou. A Starfleet não estava com o seu computador ajustado para a
segurança normal de uma nave estelar naquele momento. Qualquer um poderia saber o que outra
pessoa estava acessando, isso para que pudesse imaginar em que tinham sido baseadas suas
decisões em situações simuladas do treinamento.
Mas não estavam em treinamento agora. E os sistemas só foram corretamente programados
oito horas antes de partirem.
Seguiram adiante para a cela de Bernard.
****
Quanto tempo?
Matias olhou para Jevlack, com receio de responder. Tinha recebido a informação, há alguns
minutos, de que as bobinas indutoras de plasma ficaram um pouco danificadas durante a ação do
ataque final, e que se não parassem, elas ficariam irrecuperáveis.
De duas a oito horas, dependendo do estado real do dano. Se foi apenas as camadas
superficiais, basta uma troca, do contrário, todo o conjunto indutor da nacela 2 terá de ser
substituído. Se nós a forçamos mais e ela se queimar, só com a ajuda da Starfleet poderemos nos
mover de novo.
O Capitão olhou para a mesa, na tela indicando o estado dos danos no sistema de injeção da
nave. Tinha convocado uma reunião com ele, Terak e o engenheiro Miranda, que estava
substituindo Anderson.
Terak, a interligação com o computador da Defiant pode ser refeita?
Sem a autorização do Comandante desta, não.
Ficou algum tempo em silencio.
Muito bem, engenheiro Miranda, faça os reparos e tente achar uma forma de manter os
campos de dobra para o caso de termos de enfrentar aqueles campos disruptores de novo. Pode
ir.
Sim senhor.
Matias viu o engenheiro deixar a sala. Obviamente o Capitão queria conversar mais alguma
coisa com ele e Terak.
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Senhores – começou ele – já que pelo menos por duas horas teremos de ficar parados, quero
saber como foi que a Defiant pôde ser seqüestrada.
Segundo minha análise – começou Terak – eu acredito que a nave camuflada que disparou
contra nós, invadiu a Defiant e, de alguma forma, dominou o grupo avançado. Análises posteriores
da batalha que tivemos indica que a tripulação daquele Corvete que nos abalroou foi transportada
para a Defiant, pois, segundo os sensores, seus escudos estavam baixos e ele simplesmente
continuou vindo em nossa direção. Deve ter ocorrido durante o período em que desligamos os
nossos sistemas.
Jevlack não parecia satisfeito.
E como foi que controlaram a nave em tão pouco tempo?
Terak ficou em silêncio.
Bem – disse – Só posso imaginar que o grupo avançado foi persuadido a fornecer os dados
de alguma forma. Talvez a nave tivesse alguma armadilha preparada para quando fosse ativada.
O que nos leva a outra pergunta: Segundo informações do grupo avançado, a Defiant estava
em excelentes condições, provavelmente preservada por alguém. Como não conseguiram ativala
em setenta anos?
Creio que nunca saberemos esta resposta – disse Terak. Assim como nunca saberemos
como foi que ela veio parar aqui. Segundo nossas análises, chegamos aqui através de uma
espécie de transdobra que abriu uma fenda entre esta galáxia e a nossa. A Defiant, pelo que
temos registrado, simplesmente desapareceu em uma fenda interdimensional. O porquê, nunca foi
esclarecido.
Nem estou interessado – cortou Jevlack.
"Capitão, mensagem prioritária da Capitã Donner para o senhor. Código dois."
Ele acionou o console da mesa e a mensagem – escrita – apareceu. Leu de forma tão rápida
que Matias julgou que seus olhos também deveriam ser próteses, e que sua mente se adaptou
muito bem a trabalhar com os sistemas que lhe foram instalados.
Estão dispensados. Terak, baseado na última informação que teve do computador da Defiant,
trace um curso para as suas coordenadas. Quero partir assim que os motores de dobra estiverem
operacionais. Até lá, Matias, você assume o comando. Eu estarei analisando as possibilidades
aqui.
Sim senhor! – disseram ambos e saíram.
O que será que Lisa tinha lhe mandado que o deixou tão irritado?
****
Sabia que não iria conseguir nada com Bernard, mas não imaginou que Lauriel ficaria tão
indiferente a isso. Ela demonstrou mais preocupação com Ígnea e se os caças iriam ser reparados.
Se bem que para reparalos, "infelizmente" os engenheiros teriam de conhecer um pouco daquela
tecnologia ao menos do motor de íons, já que do hiperdrive ninguém sabia como funcionava,
exceto os droides.
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Acabou decidindo por não mais pôla na cela. Ambas, Ígnea e Lauriel, foram alojadas juntas.
Lia teria alta em breve e se juntaria a elas. Quanto aos outros convidados... Bom, assim que
conversasse com Jevlack iria solicitar – se ainda fosse a Capitã – permissão para ir até a lua
Calamari e deixalos por lá. Ficou sabendo por Lauriel que era lá que eram construídos os
cruzadores rebeldes.
Transfira para o observatório. E avise a Tirvik para estar lá.
Bem, é hora de encarar, pensou enquanto seguia para o turboelevador.
Assim que entrou, aproveitou para verificar os reparos que foram feitos depois da explosão.
Tudo perfeito, não se notava nenhuma diferença. Cumprimentou Tirvik – ainda não tinha
conversado com ela sobre o seqüestro.
Depois de alguns instantes, Jevlack apareceu na tela, e não parecia nem um pouco tranqüilo.
Na verdade parecia furioso.
CCapitão? – disse Tirvik, com medo evidente.
Onde diabos vocês pensam que estão? Em um parque de diversões? Não estamos
brincando e nem passeando pelo espaço! Estamos em uma situação em que já ficou impossível
ficar a margem da guerra entre os rebeldes e imperiais.
Jevlack ficou apenas olhando de forma um pouco cômica para elas.
Ele não tenciona nos dispensar – disse Tirvik
Como?
Se fosse fazer isso, apenas nos diria quem iria ficar no nosso lugar, não perderia tempo
dando um sermão.
Olhou para o monitor. O sorriso amarelo de Jevlack confirmava o que Tirvik disse.
Quem eu colocaria no lugar de vocês?
Mas meu erro...
Oh! Meus parabéns! Cometeu o seu primeiro erro. Grande coisa. Você e sua tripulação ainda
estão vivos, portanto, preparados para outros erros que virão. Acha que eu nunca errei? Eu tenho
o privilégio de ser o Capitão que errou mais rápido após assumir um comando. E você, por
enquanto, é a Capitã que demorou mais tempo para isso. Agora, vocês duas! Tratem de
assumirem as desgraças que seus postos exigem, incluindo o de engolir os seus erros. No estado
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em que estamos, não precisamos de culpados, mas sim de soluções. Reparem esta nave, achem
aquela fenda e caiam fora daqui! E, se tiverem que destruir todo o Império ou a Aliança Rebelde
para isso, vocês tem minha benção. Nossa principal vantagem é que nossas armas podem operar
a longas distâncias, portanto, não cheguem perto de ninguém. E se cruzarem com a USS Defiant,
destruamna. Estou enviando um resumo do que aconteceu quando nos separamos. Segundo a
triangulação de Terak, ela estava indo na sua direção.
Lisa fez menção de dizer algo.
Faça com os pilotos rebeldes o que bem entenderem – em seguida, desligou.
Olhou para Tirvik, confusa.
Ele é sempre assim?
Curto, direto, e sem dar chance de discussão? Devia ver os registros das duas cortes
marciais a qual foi levado.
DUAS?!? – ela não acreditava.
Da destruição das duas outras naves que serviu como Comandante. Na verdade, a
Thunderbold é a que está durando mais com ele. Foi a primeira a qual não destruiu totalmente
para vencer o oponente.
Depois você me conta isso, vamos tirar esta nave daqui e voltar ao nosso serviço.
Duas naves? Destruiu duas naves para vencer oponentes? Começou a imaginar o que
passaram os seus oponentes naquela guerra do século XXI. E principalmente os seus superiores,
sobre as perdas materiais as quais sem dúvida ele causava.
Teve que deixar isso de lado. Tinha que ler o resumo da situação deles e saber quem diabos
era essa Defiant e por que teria que destruíla.
Relatório!
Bem General, recuperamos metade da força dos escudos, mas, sem o gerador numero um, é
só o que podemos fazer. Vamos precisar de alguns dias para receber um novo gerador. As outras
naves estão plenamente operacionais. Perdemos 80% de nossos caças bombardeiros e 40% dos
interceptores. Nenhum assalt gunboat sobreviveu. No geral, temos 20% da força total. Ainda
precisamos esperar que os outros caças retornem.
Soer sentouse. Até que não estavam tão mal assim. Os três destróieres estavam sem danos
estruturais. O problema foi a perda do Interditor. Muito rápida. Aqueles feixes de energia tinham a
força de dois torpedos pesados, e abrangiam uma área de impacto muito grande, causando
grandes oscilações em seus escudos. E o mais assustador, podiam disparalos a cada três
segundos.
Já tinha enviado o resumo da batalha para o Executor, agora apenas esperava novas ordens.
Para combatelos novamente iria precisar de mais um interditor, para ter novamente a vantagem
dos sistemas da Starfleet ficarem parcialmente inoperantes. Já sabia que com três torpedos
pesados derrubaria seus escudos. Um deles, ao menos. Mas não tinha mais bombardeiros para
isso. Na verdade, se cruzassem com qualquer cruzador rebelde, estariam com sérias dificuldades
devido a falta de caças. Precisavam repôlos.
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Patrulhas extensivas, todos os caças disponíveis. Quero os tiebombers restantes prontos
para lançamento imediato. Deixe metade com mísseis para caças e outra metade com torpedos
pesados.
Sim General.
Pelo menos, se alguém aparecesse, teria que enfrentar oitenta e dois caças rápidos. Foi tudo o
que sobrou dos trezentos iniciais.
Foi até a janela, desta vez, não para ficar em uma posição confortável, mas sim para ver os
outros dois destróieres. Podia ver os caças já sendo lançados, grupos de três e quatro. O que
Vader iria fazer? Pelo que viu da força da Starfleet, achava que tinham que destruíla! E a
Thunderbold também. Claro que se tivessem tal poder em mãos, a Aliança e todos na galáxia
finalmente seriam controlados.
O problema do Império era que apesar da formidável frota que possuíam, ainda era insuficiente
para controlar todo o seu território. Era na verdade o único motivo pelo qual ainda não tinham
destruído a fábrica rebelde de cruzadores. Seria preciso uma grande força para isso. E isso eles
tinham! Mas deixariam muitos setores desprotegidos, sujeitos a muitas deserções e insurreições
internas. Era o típico caso de abocanhar mais do que se podia morder.
Aparentemente era isso o que a rebelião desejava quando libertou os escravos. Provavelmente
viram que era quase impossível fazelo e optaram por uma vitória simbólica.
Até que estas naves apareceram! Quem possuísse a tecnologia daquelas naves ganhava a
guerra. Uma única nave foi páreo para três destróieres e mais de seiscentos caças! E isso porque
foi parcialmente desabilitada. Se podem destruir uma nave do império em um minuto, a ameaça é
por demais assustadora. Isso significava que o desenho de seus destróieres teriam de ser
modificados. Os geradores de escudos não mais podiam ficar expostos.
Antes, os seus oponentes podiam ser contidos com os caças, pois não havia nada que
pudesse atingilos que não fosse possível deter. Mas aqueles phasers... Eram sem dúvida a maior
de todas as vantagens. Não havia como detêlos ou desvialos como faziam com os mísseis.
Podem manobrar no hiperespaço, tem grande velocidade e podem atingilos a uma grande
distância. Mas possuem suas limitações. Segundo a interrogação dos rebeldes capturados da
Exceler, eles não ficavam com os escudos constantemente erguidos, e nem com as armas
energizadas. Ou seja, não tinham energia suficiente para manter uma condição de batalha por
muito tempo.
Mas... isso iria fazer diferença?
General! Ordens de Darth Vader, devemos ir para o setor 1233 para repor as perdas, e, se
necessário, requisitar outra nave capitânia, caso os reparos não possam ser feitos em um dia.
Depois devemos integrar a linha de defesa do projeto Eclipse. Em 5239.
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Outra nave capitânia? Ele conhecia aquele setor, era um poderoso posto avançado do Império,
usado para reposição e reparos em naves. Tinha sempre dois destróieres de prontidão lá. Tinham
peças inteiras prémontadas, de forma que normalmente em um dia eram capazes de fazer
qualquer reparo em cruzadores. Reatores de escudos sempre estavam em estoque.
Quanto tempo para chegarmos?
Quarenta e seis minutos para a janela mais próxima e mais quatro baldeações. Uma viagem
total de vinte e seis horas.
Programe o hiperdrive, postos de batalha e escolta constante. Todos os caças que não
tiverem hiperdrive devem retornar agora, os outros serão revezados durante as baldeações.
Sim General.
Se ele tinha carta branca para trocar de nave capitânia, então podia escolher qualquer uma
que estivesse no posto naquele momento. E ele acreditava que um certo super destróier estelar
estivesse lá...
Balançou a cabeça. Apesar da carta branca não devia desfalcar o setor de sua nave mais
poderosa. Poderia ter gravíssimas conseqüências caso os rebeldes descobrissem. E eles iriam
descobrir isso, mais cedo ou mais tarde. Ademais, o Executor já tinha seguido para a defesa do
projeto Eclipse. Não havia a necessidade de outro.
*****
Senhoras e senhores – começou – Finalmente é hora de saberem o que vamos fazer. Os
relatores já lhes informaram que o nosso objetivo será destruir a nova arma do Império. O que
vocês ainda não sabem é qual arma é esta e como iremos fazelo.
Surgiu um holograma no meio da sala, mostrando o Eclipse.
Esta é a nova arma, o Eclipse.
Ficou observando suas reações.
Não parece ser muita coisa. Um destróier com um turbolaser maior.
Ele tem dezessete mil e quinhentos metros, mil esquadrões completos, duas bases terrestres
pré fabricadas, uma centena de ATATs e um canhão de energia que, segundo últimos informes,
pode perfurar a crosta de um planeta até o seu núcleo. Possuí diversos sistemas redundantes,
vários hiperdrives e, aparentemente, nenhum ponto fraco a ser explorado. Seus geradores de
escudos são internos, e, quando não estão energizando a grande arma, podem reerguer os
escudos com provavelmente mais velocidade do que podemos baixalos.
Trek Wars – Roberto Kiss 183 www.scriptonauta.com.br
Silêncio total. E uma admiração e medo extremamente palpáveis.
E como em nome da força vamos conseguir destruir isso? – perguntou alguém da última
fileira.
Com muitos sacrifícios – respondeu – Como seus escudos são sem dúvida muito mais
poderosos que os dos super destróieres, seria suicídio tentar atacalo apenas com caças. Iremos
dividir a nossa frota em duas. Eu comandarei a segunda divisão, o General Safrã comandará a
outra.
Atrás do General, surgiu o mapa tático da situação.
Acreditamos que existam pelos menos sessenta destróieres fornecendo proteção ao Eclipse,
que ainda não deve estar operacional. Entre eles, claro, existem interditores. A frota de Safrã
chegara primeiro, seu objetivo será destruir os interditores. Chegaremos trinta minutos depois, com
o armamento mais pesado. Todos os caças sairão diretamente do hiperespaço e deverão dar
cobertura aos bombardeiros, que também irão atacar qualquer interditor com bombas espaciais.
Oito grupos de awings com seis caças cada, especialmente modificados, carregarão estas
bombas. Sendo nosso caça mais rápido, terão maior chance de sucesso. O mesmo ocorrera na
frota de Safrã. Se, como espero acreditar, os interditores já tiverem sido destruídos, o alvo principal
será o Eclipse. Usaremos naves de transportes e corvetes cheios de explosivos para colidirem com
ele em entrada para o hiperespaço. Por isso é de vital importância que os interditores sejam
destruídos, do contrário, estaremos condenados. Todos os outros caças deverão dar cobertura aos
bombardeiros e as nossas naves. Estaremos enfrentando um poder em condições que nunca
ocorreram antes! Alguma pergunta?
É tarde para pedir uma licença?
Todos riram, sem dúvida, estavam muito nervosos.
Muito bem, já chega! Preparem seus esquadrões, partiremos em algumas horas para o ponto
de espera. A frota de Safrã já deve estar partindo.
Saíram da sala, deixandoo sozinho. Olhou para o mapa tático, parecia fácil, explicado desta
forma. Mas sabia que era uma tarefa quase impossível. Souberam, nos últimos dias, que suas
naves de patrulha e diversas bases de suprimentos próximas ao Eclipse foram destruídas por uma
esquadra do Império. Não teriam apoio nenhum. Além disso, há dois dias, o Ultimate foi localizado
no posto avançado imperial distante apenas dezenove horas da nave. Se ele e o Executor
juntassem forças, não faria a mínima diferença destruir ou não o Eclipse. Tal poder iria obliteralos
completamente.
O plano era atacalos em três dias, antes que mais reforço estivesse ao redor do Eclipse. Era
quase certeza que a frota de Safrã iria fracassar, e caberia apenas a segunda divisão completar o
que a primeira iria começar.
Todos os sistemas operacionais Capitã – informou Tirvik.
E os reparos no casco?
Também estão encerrados.
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Nave em perfeitas condições e os destróieres do Império já tinham partido há doze horas. Era
hora de voltar para a busca. Poderiam ter partido algumas horas antes, mas Lisa preferiu esperar
todos os reparos para verificar se a Defiant iria aparecer.
Senhora Nille, trace curso para prosseguirmos em nossa busca, dobra 8.
Sim Capitã. Curso traçado.
Engatar.
A Starfleet entrou em dobra. Tiveram muita sorte, nenhuma baixa. Pelo menos estavam em
situação melhor que a Thunderbold, que somente há pouco tempo reparou os motores de dobra.
Com certeza devia ter sido uma batalha mais difícil que a deles.
Tirvik, gostaria que falasse com Lauriel sobre onde gostaria que deixássemos os pilotos
rebeldes. Com Bernard preso, ela é a patente mais alta agora.
Sim Capitã.
Tirvik tomou o turboelevador e seguiu para os aposentos de Lauriel. Cinco minutos depois,
Thompson começou a checar seu painel, fato que não passou despercebido pela Capitã.
Senhor Thompson, algo errado?
Bem Capitã, parece que havia uma nave no limite da capacidade dos sensores. Parece ser
da classe constitution, mas agora sumiu. Pelo que pude perceber, nós a captamos quando estava
mudando de curso.
Lisa se pôs de pé.
ALERTA VERMELHO! Senhora Nille, mudar curso para o último local em que esta nave foi
detectada, dobra máxima. Thompson, deixe todas as armas de prontidão.
Sim Capitão.
Seguiram em dobra 9,1 para o local em que a nave tinha sido captada.
Senhora Nille, esta nave provavelmente é a Defiant, uma nave constitution de setenta anos.
Temos ordens de destruíla. Baseado na velocidade máxima desta nave, quanto tempo temos
antes que ela não possa mais ser localizada?
Nille começou a fazer as análises no seu painel.
Eu diria... cerca de uma hora. Se não a encontrarmos antes disso, não teremos mais locais
para procurala, pois terá tido tempo de seguir em qualquer direção.
Tirvik retornou a ponte.
Capitã, o que ocorreu?
Bem, localizamos, pelo menos por alguns instantes, a Defiant. Mas como estava no limite de
detecção, é possível que nos escape.
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Capitã – chamou Thompson – já devíamos têla captado novamente, como não o fizemos, ela
deve ter seguido para zero menos ou zero mais. Se escolhermos errado, provavelmente escapará.
Siga para zero menos – comandou.
Muito bem, encerrar busca. Não vamos localizala. Senhora Nille, retorne para o curso
anterior, dobra 7. Thompson, transmita os últimos dados para a Thunderbold. Com sorte, eles
podem achala novamente.
Sim Capitã.
Bem Tirvik, acho que você pode voltar a fazer o que lhe pedi antes.
Sim senhora!
Engenharia, verifique os motores, espero não têlos forçado por tempo demais.
" Estão perfeitos, Capitã, mas aconselho a esperar algumas horas antes de forçalos
novamente."
Não prometo nada! Continue trabalhando em como manter os motores funcionando com
aqueles campos disruptores, coordene com a engenharia da Thunderbold, acredito que devam
estar procurando pela mesma solução. É só.
****
A Storm tinha chegado a base temporária dos piratas há cerca de duas horas a base fixa
ficava em Pestulon, mas toda a forca foi movida para lá por motivos não explicados por Quattroni,
fato muito comum. Os relatórios não eram promissores. Seriam precisos vinte dias para reparala.
Isso significava usar a segunda nave que tinham, para buscar Quattroni. Ele tinha sido claro nisso!
Caso a Storm não pudesse ser utilizada para resgatar os homens transportados para a Defiant,
deveriam usar a Hurricane para isso. Com toda a esquadra junto.
Chame as naves que ainda estão no espaço imperial. Devem aguardar instruções e estarem
prontas para partirem imediatamente.
Sim senhor.
A Hurricane era uma nave conquistada há pouco tempo, na verdade, um brinde! Ela estava
junto com o calamari que estavam encarregados de capturar, a equipe aproveitou e conseguiu
capturar a nave também! Era do Império antes, e sua tripulação tinha desertado há pouco tempo. A
nave, com pouca tripulação para defendela foi presa fácil. Nos dias em que estavam aguardando
o aparecimento daquelas naves estrangeiras, fizeram várias alterações nela – os piratas também
eram conhecidos pela sua incrível capacidade de aperfeiçoar a capacidade bélicas das naves que
tinham – dobraram as suas defesas, aumentaram a área de armazenamento interno de caças,
deixando o número máximo em noventa e três naves, todas twings, muito mais compactos e
fáceis de armazenar que as outras que usavam – e aperfeiçoaram a capacidade do seu radar, de
Trek Wars – Roberto Kiss 186 www.scriptonauta.com.br
Começou a contabilizar as perdas. Doze corvetes modificados mais trinta e seis caças, que
estavam a bordo destes. Nem tiveram chance de serem lançados. No hangar da Storm haviam
mais dez, todos destruídos ou em estado irrecuperável. Estava considerando a própria Revenger
como perda. Ela era grande demais para ser posta no hangar da Defiant. E ele não se lembrava de
têla visto quando chegou. Será que ainda estava acoplada a comporta da nave?
Bom, descobriria isso quando se encontrasse com Quattroni.
As naves informam que estão prontas, e que Quattroni já se comunicou com elas, para o
caso do senhor não voltar. O ponto de encontro é no setor 5239, toda a nossa frota. Ele acredita
que talvez cruzemos com os rebeldes ou com aquelas outras naves durante a recuperação do
pessoal, e quer garantias.
Preparem a Hurricane! Avise as naves para partirem para o setor imediatamente. Iremos
assim que possível.
Sim senhor.
Fez uma avaliação no sistema tático. Levariam algo em torno de trinta horas para chegarem.
Aquela nave em que Quattroni estava ficaria zanzando de setor em setor até algumas horas antes
da hora combinada, para evitar serem localizados pelas outras duas naves. Haveria tempo
suficiente para transmitir ao império o que o contrato exigia, como aquelas naves se
movimentavam.
Bom, seguiu para a comporta mais próxima – o hangar não poderia ser usado para pegar
uma carona no transporte que estava retirando o pessoal da Storm para iniciar os reparos. Instruiu
o piloto para deixalo no Hurricane.
Capítulo 19
O relatório estava perfeito! Segundo ele, devido a alguns problemas inesperados nos dutos de
energia do disparador, haveria um atraso de duas semanas nos primeiros testes da grande arma
do Eclipse. Enviou a mensagem para o Executor, que se encontrava a uma certa distância. Mesmo
ele, parecia uma nave pequena perto do Eclipse.
Agora, era só esperar os espiões rebeldes fazerem a sua parte. A armadilha foi muito bem
engendrada, ninguém que estava a bordo poderia sair ou fazer comunicações de qualquer
espécie. Dispositivos estrategicamente colocados em todos as salas e decks captariam qualquer
transmissão efetuada, e iniciariam a imediata descompressão da sala em questão, apenas o
suficiente para deixar os seus ocupantes desacordados. Desnecessário dizer que isto ocorria
diariamente. Já haviam pegado mais de oitenta possíveis espiões assim.
Trek Wars – Roberto Kiss 187 www.scriptonauta.com.br
Os rebeldes espiões a bordo deviam estar desesperados, pois sabiam que o Eclipse estava
plenamente operacional, e que todos os relatórios eram mera desinformação. Um chamariz para a
frota rebelde tentar destruílo enquanto era tempo.
Mesmo que não estivessem operacionais, com a força estacionada ali era improvável que
pudessem fugir, ainda mais com tantos postos próximos para dar apoio. Em cinco minutos,
poderiam receber mais de dez destróieres adicionais.
General Mirkyra, o último carregamento de caças foi armazenado, e os pilotos também
chegaram.
Ótimo!
Podiam lançar trinta caças ao mesmo tempo, em intervalos de quarenta segundos. Tinham
mais de seis mil caças a bordo. Podiam enfrentar sozinhos a frota rebelde. Mas, segundo o plano,
deveriam esperar até o último minuto para mostrar que foram enganados.
Olhou para o mapa interno da nave. Tudo funcional. Depois de anos em construção, a primeira
nave capaz de destruir sozinha um planeta estava pronta. Finalmente a rebelião seria rechaçada.
Seu primeiro alvo já estava preparado, a lua Calamari. Iriam destruir finalmente a pedra no sapato
do Império, a fábrica de cruzadores estelares rebelde.
Desviou a atenção para o tático, apenas o Executor e um número considerável de interditores
estavam na mesma área. Isso para não assustar os batedores rebeldes que sem dúvida chegariam
primeiro e avaliariam a situação. Era uma força considerável, mas passível de ser derrotada por
toda a frota inimiga. Claro que assim que os cruzadores rebeldes chegassem, um sinal seria
enviado e as outras setenta naves apareceriam. Várias frotas já estavam de prontidão, a uma
distância considerável. Com certeza, eles saberiam de onde viriam reforços, mas não teriam idéia
do tamanho deste.
Pegue os últimos espiões capturados, é hora de mais um treino de tiro ao alvo.
Como estavam pegando espiões em quantidade muito grande, estava ficando difícil decidir o
que fazer com eles. Assim, achou uma forma de se entreter, interrogando cada um, e, depois de
algum tempo, atirando neles. Não conseguia nenhuma informação, mas sua mira estava
melhorando muito.
General! Um assalt gunboat não autorizado partiu do hangar.
O que?
Olhou no tático, era um gunboat, com certeza. Não respondia aos chamados da sala de
controle.
Sim senhor.
Agora tinha que pensar bem no que fazer. Se disparasse contra o caça, os outros espiões
rebeldes nas outras naves ficariam desconfiados de algo. Se não fizesse nada, aquele caça ficaria
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fora do alcance dos interditores, e fugiria, estragando todo o plano. Se enviasse caças atrás deste,
também ia ficar evidente para os espiões que algo estava errado. Ele estava seguindo em grande
velocidade, devia estar jogando toda a energia nos motores.
Avise as naves que lançamos uma nave comandada por um droide para testar nossos
lançadores. Informe ao controle de defesa para disparar mísseis a vontade contra o caça.
Isso deveria cuidar da situação sem muito alarde.
Diklov não entendia por que não enviavam naves para pagálo. Quando soube que o Eclipse
estava totalmente operacional, percebeu que a única forma de chamar a atenção de seus
camaradas a bordo das outras naves seria em uma ação suicida. Se soubessem de um caça
imperial sendo atacado por outros – o tipo de notícia que se espalhava muito rápido perceberiam
que havia alguma coisa estranha. Mas isso de nada iria adiantar se não fossem contra ele.
Tentou usar o comunicador da nave por diversas vezes, sem sucesso. Os novos canhões
bloqueadores de sinal do Eclipse deviam estar apontados para ele. Teria que seguir por mil
quilômetros para estar fora do alcance. E mais seis mil para se livrar dos interditores. Ele já tinha
tentado acionar o hiperdrive sem sucesso.
Estava com os motores em plena força, com os escudos e armas sem nenhuma energia.
Mesmo o suporte de vida estava no mínimo. Só tieadvanceds ou defenders poderiam alcançalo
agora. Talvez fosse isso o que o General Mirkyra tivesse planejado. Deixalo seguir para uma
grande distância e, depois, lançar os caças contra ele. Iria parecer apenas uma operação de
patrulha.
Súbito, o alarme! Mísseis estavam sendo travados nele. Não poderia fazer nada enquanto não
fossem disparados. Se tivesse conseguido roubar o tiedefender ao lado desta nave, seria mais
rápido que os mísseis. Mas não houve tempo.
Os mísseis foram disparados! Fez ajustes no tático para seguir a rota deles. Eram três! Tinha
um minuto e meio para se esquivar antes que ficassem sem combustível e explodissem. Pela
aproximação, tinha vinte segundos antes que o alcançassem! Tempo mais que suficiente.
Novo alarme! Mais mísseis lançados. Retornou a rota anterior e esperou que estivessem mais
próximos. Se desse tudo certo, em breve estaria fora do raio de alcance deles. Não teriam outra
escolha além de enviar caças contra ele. Novamente virou em direção aos mísseis e os destruiu.
Voltou ao curso inicial.
Mais uma vez, o sinal de mísseis sendo lançados contra ele. Não, eram muito mais! Estavam
disparando vários, a intervalos de alguns segundos. Já haviam oito em direção a ele, e vindo de
direções diferentes, três vinham próximos da ponte do Eclipse, os outros cinco da parte dianteira.
Não teria como manobrar a nave a tempo para atingir a todos, e suas armas também não estavam
energizadas o suficiente para tantos disparos contínuos.
Tinha que se desviar, e continuar desviando até que o combustível deles se esgotasse. Ficou
atento ao tático, tinha que desviar quando estivessem a vinte metros. O problema, é que haviam
duas levas de mísseis, podia se desviar da primeira, mas a segunda o alcançaria antes de se livrar
desta. Bom, havia um jeito.
Trek Wars – Roberto Kiss 189 www.scriptonauta.com.br
Aproveitando que tinha alguns segundos, apontou o caça na direção da segunda leva que
estava muito próxima e disparou, destruindo todos. Novamente fez uma evasiva, escapando
novamente dos mísseis. Durante a volta, eles ficaram sem combustível e explodiram. Ajustou o
tático, precisava ver de onde estavam vindo os novos mísseis.
Eram oito levas agora! Um míssil em cada. Chegariam provavelmente em intervalos de cinco
segundos. Poderia escapar do primeiro, do segundo e até do terceiro, mas o quarto o atingiria no
meio da evasiva, e não teria como posicionar a nave em sua direção. Segundo seus cálculos, teria,
provavelmente, mais um minuto de vida.
O primeiro se aproximava. Apontou a nave em direção a ele e aguardou a distancia certa para
disparar. Não poderia se ejetar, não pegou o equipamento completo de piloto quando roubou a
nave. Disparou quando estava a menos de dez metros, desviou antes de ter a confirmação do
computador de que o tinha destruído. Apontou para o segundo, disparou novamente. Fez uma
rápida evasiva, tão fechada que os alertas foram acionados, a nave ficou em perigoso nível de
stress.
Malditos imperiais e sua fabrica de porcarias! Pensou enquanto aliviava um pouco a evasiva
para que a nave não se partisse. Tinha conseguido destruir o segundo e desviar do terceiro, e
estava de cara com o quarto míssil. Destruiuo e fez nova evasiva para escapar do quinto. No meio
desta, teve que mudar de rumo pois o terceiro já estava voltando. Novamente o aviso de stress.
De que adianta jatos laterais poderosos se a nave não agüenta o uso destes em força
máxima? Maldisse novamente enquanto ignorava o alarme – muito mais enfático agora – para
tentar aproveitar e escapar do sexto míssil que já estava quase cutucandoo.
Os dois mísseis se cruzaram, a poucos centímetros um do outro e a poucos milímetros da
vidraça da cabina. Ele teve a impressão de ter visto o número de série da ponta destes. Mas não
tinha tempo para ficar impressionado. O sétimo já estava vindo e o quinto retornava para terminar o
assunto inacabado. Decidiu fazer o impensável! Cortou os motores, girou a nave no sentido
longitudinal, e acionou os motores novamente.
Nenhum piloto fazia este tipo de coisa, pois era quase impossível coordenar tudo em situação
de combate, mas, como estava em franco desespero, não tinha muito a perder.
O Sétimo e o quinto míssil colidiram um no outro, explodindo a menos de um metro dos
exaustores traseiros do caça. Perto o bastante para que ele sentisse ondas de impacto dos
estilhaços – e dos gases liberados e perdesse por alguns poucos momentos o rumo da ação.
Sabia que ainda estava vindo um oitavo míssil, e haviam outros dois que também deviam estar
voltando para acabar com ele. Mas naquele instante ele ficou sem saber qual o rumo tomar. Virou
a nave em qualquer direção e rezou para dar certo.
O Tático indicou que um dos mísseis estava muito longe. Aquela manobra devia ter
desorientado ele por algum tempo. O outro estava na sua mira. Disparou e destruiuo. Achou mais
um – não sabia se era o oitavo, e nem se incomodou – na sua cola e fez uma evasiva espetacular,
digna dos maiores pilotos da galáxia. Claro que foi pura sorte, pois tinha fechado os olhos quando
o fez.
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Abriu os olhos e viu que agora o míssil estava na sua mira, disparou e só sobrou um para se
livrar. Procurou no tático. Onde estava ele? ALI! Diretamente acima!. Novamente cortou os motores
e manobrou a nave para ficar apontada para o míssil. Foi fácil destruílo.
Respirou um pouco e olhou no tático, procurando por mais mísseis. Tinham mais quatro vindo.
Com toda a ação que tivera, nem percebeu o alarme avisando do lançamento dos novos mísseis.
Iriam alcançalo em doze segundos. Reativou os motores.
Nada.
Tentou novamente.
Houve um princípio de ativação, mas depois, com uma vibração, os motores pararam, e o
reator de íons também. Todos os sistemas agora estavam apenas com baterias de emergência.
Desesperado observou o controle de danos. Havia várias avarias na parte traseira da nave,
próxima aos exaustores . Algumas estavam bem em cima do reator. Com certeza, causados por
estilhaços daquela explosão próxima. Deviam ter feito várias pequenas rachaduras no casco, e,
depois de algum tempo, o frio gélido do espaço deve ter congelado os gases que ficavam na
câmara do reator, causando um choque térmico que deveria ter danificado este, ou então, um dos
estilhaços acabou atingindo o reator, que acabou por ficar definitivamente danificado agora.
Não que a causa interessasse, pelo tático, tinha agora cinco segundos de vida.
Olhou apático para a frente. Tinha feito a sua maior demonstração de habilidade no comando
de um caça, e nenhum de seus amigos iria saber. Esboçou uma risada.
O primeiro míssil atingiu o caça diretamente na cabina, matando o piloto instantaneamente. Os
outros apenas tiveram o trabalho de espalhar os destroços. Entre eles, havia um anel. Tinha sido
um presente de Lauriel.
Nenhum dos poucos espiões rebeldes que estavam nas outros naves, sequer soube que
houve um teste de disparos de mísseis. O segredo estava assegurado.
As vinte e três naves comandadas pelo General Karakyr alinharamse para entrar no
hiperespaço. Estavam apenas aguardando o sinal verde dos batedores que seguiram primeiro para
o ponto de encontro para avaliar a segurança.
Tinha recebido as últimas informações dos espiões por intermédio de Safrã, que já se
encontrava em seu destino. O ataque estava programado para ocorrer em dois dias. Nesse meio
tempo, ficariam treinando e retreinando manobras de combate e estratégias. Todos as
comunicações estavam cortadas.
Mas ficou um pouco preocupado. O informe dizia que a construção do Eclipse sofreria um
atraso, mas, que devido a suas defesas estarem operacionais, a grande maioria dos destróieres lá
existente partiu de volta aos seus setores, deixando apenas o Executor e alguns interditores.
Caças enviados a postos imperiais próximos, para avaliação do reforço que podia ser enviado
ao Eclipse nunca retornaram. Isso indicava que o reforço devia ser grande! Devido a isso, de
última hora, dois corvetes da frota de Safrã estavam sendo equipados com maciços bloqueadores
de sinal, para evitar que fosse solicitado auxílio.
Trek Wars – Roberto Kiss 191 www.scriptonauta.com.br
Os corvetes não teriam a mínima chance contra aquelas naves. Seriam apenas alvos para
estatística. Mas era tudo o que tinham.
General, os batedores informam que a segurança do setor está satisfatória.
Então avise a frota para partimos.
As naves começaram a se mover. Um a um, os gigantescos cruzadores entravam no
hiperespaço. A nave capitania, por questão de segurança, seria a última.
Alguma notícia do Ultimate?
Nenhuma. O nosso pessoal de lá apenas disse que a frota de Soer chegou lá para reparos.
Uma espécie de esperança começou a surgir em sua mente.
Souberam o que aconteceu?
Parece apenas que enfrentaram um oponente muito poderoso. Perderam o interditor e mais
da metade dos caças. Pela quantidade de suprimentos que estão sendo repostos, eu diria que foi
contra uma frota inteira. Mas, tirando nós mesmos, não conheço nenhuma outra potência neste
quadrante capaz de fazer isso.
Eu conheço – disse de forma misteriosa – Acho que a força estará conosco.
A nave partiu, rumo ao ponto de onde fariam o ataque.
****
Sem meios de achar a Defiant, Jevlack ordenou o reparo total da sua nave. Durante esse
período, o engenheiros da Thunderbold encontraram uma forma de vencer – parcialmente – os
campos disruptores. Não poderiam entrar em dobra, mas reduzindo a freqüência dos campos de
dobra quase ao ponto de desligamento, poderiam manter 70% de sua capacidade de manobras.
Quanto aos micro campos, não havia forma de fazelos funcionar nesta freqüência de forma que
fossem úteis.
A informação foi enviada a Starfleet, para o caso deles se depararem com o mesmo problema
novamente. A questão agora era: Como achar a Defiant? Eles não estavam usando sinal sub
espacial, e não havia meios de fazer o seu computador principal responder a um chamado deles, a
não ser que este chamado viesse da própria Defiant.
Só podiam esperar que alguém do grupo avançado que devia estar prisioneiro na nave,
encontrasse uma forma de se comunicar com eles.
Jevlack estava na sala de analises táticas, tentando determinar qual o provável destino da
Defiant. Havia avaliado no holograma vários pontos identificados como postos imperiais
avançados. Aproximase pouco além do que os sensores da Defiant poderiam identificar e lançava
sondas para avaliação.
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Tudo havia resultado em um grande nada. A única surpresa até então, foi a localização de um
posto rebelde. Pelo menos, já sabia onde deixar os convidados a bordo da Starfleet.
A Thunderbold tinha lançado mais seis sondas estando em dobra máxima. Considerando o
tempo que elas poderiam manter o campo de dobra antes de ter que usar o próprio (que era pouco
abaixo da dobra um) a primeira devia estar chegando ao destino agora.
Observou as leituras enviadas para o computador. Ficou impressionado! Havia uma nave com
mais de oito quilômetros de comprimento naquele posto, e cinco destróieres. Ficou muito curioso
com uma nave de tal porte. Pediu para o computador identificar o tipo de nave.
Segundo os registros que obtiveram dos rebeldes, era um super destróier estelar. O nome
combinava. Tinha cerca de trezentos caças, cento e vinte bombardeiros, e vários canhões
destinados a alvejar naves grandes. Pela análise, tinham aproximadamente um quarto da potência
de seus torpedos fotônicos.
Fez mais algumas análises. Baseado no tamanho do disparo de energia, seus escudos tinham
força mais que suficiente para suportar várias dezenas destes disparos, pois abrangiam uma
grande área do escudo, o que facilitava e muito a dissipação. Mas, naturalmente, nao os
suportariam por muito tempo.
Isso era algo que o intrigava desde que teve a última batalha. Os disparos dos oponentes,
pareciam ser feitos para atingir uma grande área dos escudos, o que era vantagem para eles.
Porém, os disparos dos caças – apesar de mais fracos – representavam uma ameaça maior, já
que afetavam uma área muito reduzida.
Arregalou os olhos! A sonda, em seu caminho para o destino, cruzara com outro posto não
mapeado. O que viu o deixou perplexo. Outra nave com oito quilômetros e mais uma, com mais de
quinze! Segundo os registros dos rebeldes, não havia identificação para ela. Estava próximo a um
sistema chamado Lear. Comandou a sonda para seguir em frente, mas ela não mais respondeu.
As análises indicavam fortes campos disruptores, o que impedia que a sonda formasse o seu
pequeno campo de dobra. Isso explicava o porque dela ter parado ali.
Terak!
“Sim Capitão? "
Comuniquese com a Starfleet e veja com os rebeldes se eles sabem de alguma coisa
ocorrendo no setor – olhou para o console – 5239.
“Imediatamente Capitão."
Aquele setor ficava bem no meio da área ainda a ser explorada para localizar a fenda.
Comandante, eu não preciso de instrumentos! Olhe só para aquela coisa! – disse Doller, com
admiração profunda Se isto não é uma fenda, me diga então o que é!
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Na tela, viase a forma da gigantesca fenda – tinha o tamanho da órbita da Terra que
provavelmente os trouxera até ali. Tirvik imaginava que ela se parecesse mais com um buraco
negro, com muita matéria girando ao redor, formando uma espécie de nebulosa. Ao invés disso,
pareciase mais com um funil, o que era uma impossibilidade em si!
No máximo, deveria se parecer com um disco. Afinal, se por aquela fenda a matéria – e o
continuum – viajavam a velocidades inconcebíveis, a pressão gravitacional deveria impedir a saída
de toda a luz de seu interior. A única explicação – também inconcebível – era que a singularidade
da fenda não afetava ondas eletromagnéticas.
Ou seja, para todos os efeitos, a fenda agia como um buraco negro, exceto o mais importante,
a gravidade.
Refaça as leituras de gravidade – pediu a Doller.
Sim Comandante – já era a terceira vez que ela pedia isso.
Após alguns momentos, Doller releu a análise dos sensores.
Mesma resposta, não há massa. Não fui capaz de detectar nenhum campo gravitacional, seja
direta ou indiretamente. A única coisa que essa fenda parece atrair é mesmo os quarks e táchions.
Nada além disso. A luz que vemos é dos quarks colidindo entre si. Imagine então a quantidade que
deve estar sendo atraída por ela.
Mais uma coisa inconcebível. Quarks são partículas praticamente sem peso que podem
atravessar qualquer coisa, pois são muito menores que os átomos e passam facilmente por dentro
dos orbitais dos elétrons sem atingir nada. Somente imensuráveis buracos negros são capazes de
afetalos – e isso ainda era teoria a ser comprovada. Para que exista a possibilidade de um quark
colidir com outro, é preciso um número deles que não poderia ser escrito nem mesmo em um papel
com as dimensões de uma galáxia.
Não há nada além destas partículas primarias sendo puxadas para a fenda?
Diretamente, não. Estou captando alguns blocos ferríficos sendo levados em sua direção,
mas é mais provável que estejam sendo levados pela torrente de quarks, e não pela gravidade.
Se não há gravidade, e nem nada mais que possa movimentar a matéria de forma eficaz,
como foi que ela nos trouxe até aqui?
Talvez ela tenha atraído os nossos campos de dobra, e não as nossas naves.
Se fosse isso, na distância em que estamos, deveríamos ser atraídos também. Estamos na
área de absorção destas partículas. Devíamos sentir algum tipo de impulso.
Doller pensou um pouco.
Pode ter sido a sobreposição de campos. Isso causa uma incrível geração de táchions. Que
tal testarmos com uma sonda?
Em quanto tempo pode preparar uma para isso?
Basta tirar o equipamento e instalar um segundo gerador de campo. Fica pronto em duas
horas.
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Execute.
Doller se levantou e foi até o controle de torpedos fotônicos. Era de lá que lançavam as
sondas.
Capitã!
“Prossiga."
Aparentemente, a formação que encontramos é mesmo a fenda que nos trouxe aqui. No
entanto, ainda não temos certeza. Faremos alguns testes adicionais.
“Muito bem me informem dos progressos."
Quando Doller notou uma concentração incomum de táchions naquele setor, sugeriu que
investigassem. Aparentemente ele estava certo.
Entretanto, sendo parcialmente vulcana, não podia deixar de formular teorias. Se aquela fenda
atrai apenas táchions e quarks, e o continuum daquela galáxia estava também sendo sugado pela
fenda, qual a relação destes três elementos?
O que quarks e táchions tem a ver com a geometria do espaço? Haveria alguma força
desconhecida que os englobaria?
Balançou a cabeça. Ela era o Imediato, não oficial de ciências. Voltou a cadeira da Capitã.
Mas, e se os quarks...
As únicas coisas que sei, Capitã, é que neste setor havia um posto rebelde, que foi
totalmente destruído pelo Império há alguns anos. Nossa inteligência mostrou que muitos
equipamentos e naves seguiram para lá nesse período. Vários espiões foram enviados para lá, eu
mesma, quase fui indicada, mas na época estava ocupada com um serviço no Executor. Só posso
imaginar que algo muito grande está sendo construído lá.
Lia tomou um copo de água. Tinha recebido alta há pouco tempo, e foi alojada junto com as
suas amigas. Embora parecesse uma cortesia, ela sabia que era apenas uma forma mais prática
de vigiar a todas.
Na verdade, ainda estava impressionada ao descobrir que não lhe puseram nenhuma prótese!
Simplesmente pegaram as células boas dos olhos e as clonaram, reconstruindo totalmente os
globos oculares. O mesmo ocorreu com os canais auditivos. Apesar de os rebeldes também
possuírem esta técnica, ela era reservada a situações extremas, pois demorava muito para fazer a
correta clonagem dos tecidos, e era um esforço que não podia ser dispensado no meio de uma
guerra. Ali, foi feito em uma semana.
A Capitã olhou para Lauriel.
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Aquela frota a qual a sua nave original, a Liberdade iria integrar, teria algo a ver com isso?
Capitã, acho que o motivo de terem me enviado para fazer contato com vocês devia ser
porque era certeza que eu não conhecia o caráter da missão. Minha especialidade é ser
Comandante de vôo, não de planejamento de retaguarda. Sou boa para coordenar defesas em
situação de combate.
É, eu já soube disso em primeira mão.
Lauriel ficou ligeiramente ruborizada. A Capitã devia estar se referindo ao incidente que a fez
ser salva.
Muito bem senhoras, levarei estas informações a Jevlack. E depois disso, as desembarcarei
no posto rebelde que a Thunderbold localizou. Em suas buscas.
E quanto as naves na Thunderbold? – perguntou Ígnea.
Falarei sobre isso com Jevlack também. Obrigada pelas informações.
A Capitã as deixou. Lia ficou a imaginar o porque de Jevlack se interessar pelo setor 5239,
que os espiões seus amigos estavam chamando de "matador de rebeldes".
****
Jevlack continuava em sua paciente busca por algum sinal da Defiant.
“Capitão! A Capitã Donner deseja lhe falar."
Pode completar – respondeu.
Uma imagem, como se fosse um holograma de uma tela, apareceu no meio da sala. A Capitã
Donner apareceu nesta. Aparentemente, ela estava no observatório da Starfleet.
Capitão, tudo o que os rebeldes sabem sobre aquele setor é que o Império está fazendo algo
por lá. Enviaram muitos espiões para tentar descobrir o que seria. E aparentemente, localizamos a
fenda. Vamos fazer algumas experiências para saber como poderemos atravessala.
Finalmente as coisas começam a dar certo. Quero que parta com sua nave assim que for
possível.
E vocês?
Ficaremos por aqui por mais alguns dias. Se não acharmos a Defiant, iremos retornar. Nesse
meio tempo, informe a Frota do ocorrido.
Sim Capitão. Starfleet desliga.
Mas isso não era assunto dele, ou melhor, era um assunto que queria que não fosse dele.
Voltou a sua busca. Ordenou a Matias que seguissem para o próximo ponto de lançamento de
sondas.
Tirvik cedeu o posto assim que a Capitã chegou. Ela tinha acabado de conversar com Jevlack.
Como estamos indo?
Estaremos prontos para o teste em alguns minutos. Enviamos outras sondas para fazer a
monitoração e, nos últimos oitenta minutos, nos movemos para bem longe. Isso porque não
sabemos o que ocorrerá. O tenente Doller está agora testando os dois geradores de campos de
dobra.
Doller virouse para ambas.
Ele voltou a olhar para o painel. Todos estavam na expectativa.
Muito bem, todos os sensores estão focados na sonda e na fenda, vamos ver o que
acontece.
O comando foi acionado. Pela tela, a imagem da sonda começou a ficar borrada. Uma luz azul
começou a surgir – os táchions começando a ser gerados – de repente, em um clarão, a sonda
sumiu, e a luz da fenda ficou, por alguns instantes, mais azulada.
O que aconteceu? – perguntou a Capitã se levantando e indo para o console de Doller,
acompanhada de Tirvik – ela foi destruída?
Não Capitã – respondeu analisando os dados – se tivesse, haveria destroços.
Tirvik estava no console do lado, revendo a posição dos sensores. Em um instante a sonda
estava lá, no seguinte, simplesmente sumiu!
Meu Deus – murmurou Doller – Capitã, descobri o que aconteceu.
Ele se levantou.
Eu tinha focado os sensores em uma estreita faixa, abrangendo a sonda e a fenda. Dessa
forma, a varredura era cerca de oito milhões de ciclos por segundo nesta área.
Ele digitou alguns comandos, na tela aparecia a imagem da sonda.
Esta é a ultima varredura que captou a sonda em sua posição, e esta – fez outro comando –
é a posição da sonda na varredura seguinte.
Todos ficaram olhando para a tela, visivelmente impressionados.
Calculo que ela atingiu algo equivalente a dobra 50, talvez até 70! É difícil precisar. Mas,
considerando a distância que avaliamos ao qual se encontra a nossa galáxia, nossa velocidade
média deve ter sido de dobra 300. A essa altura, se a sonda continuou a acelerar como ocorreu
conosco, já deve estar do outro lado.
Isso explica porque fomos arremessados – disse Tirvik – mas como vamos voltar sem ter que
passar pela mesma situação?
Bom – começou Doller eu acionei a distorção de uma vez. É possível que com uma
distorção menor, o impulso também diminua. Capitã?
Pode usar todas as sondas que tivermos.
Obrigado. Acho melhor já fazer o teste com dez de uma só vez.
Doller saiu novamente para preparar mais sondas.
Podemos voltar para casa – disse Lisa baixinho, sabendo que apenas Tirvik poderia ouvir.
Virouse em sua direção. O sorriso dela indicava claramente que tinha ouvido. Mas tinham que
se conter – por enquanto para não pular de alegria.
****
Quattroni terminou a refeição. Aquele tal de peru assado tinha um gosto muito parecido com o
dos leptôres de seu planeta natal. Pôs a bandeja no painel, e apertou o botão. Os restos foram
reconvertidos em energia que foi devidamente armazenada para uso posterior.
Olhou para os seus "convidados", que estavam se retirando após a refeição. Todos um pouco
catatônicos devido a estarem sob influência das drogas injetadas pelos droides inquisidores. Na
verdade, em doses que matariam qualquer humano. Apesar de serem praticamente idênticos a
eles, havia algo em sua fisiologia que os tornava muito tolerantes.
Foi até o comunicador na parede e o pressionou.
Comando! – disse – Raguer, alguma instrução do Império?
“Ainda não senhor. "
Continue de olho nos sensores. Se alguma daquelas naves aparecerem, avise!
“Sim senhor."
Voltou até a mesa e se sentou. Estava sozinho agora. Ainda estava impressionado com tudo!
Mas o que mais o impressionava, era que descobriu que a tecnologia daquela nave era inferior a
das outras duas. Segundo Anderson, até mesmo o sistema de computadores era diferente agora.
Se bem que essa diferença surgiu há pouco tempo. As outras naves eram mais rápidas e mais
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poderosas. Por isso tinham que ficar de olho constante nos sensores. Se aparecessem, tinham
que fugir imediatamente.
Foi o que fizera desde o encontro com a Thunderbold. Usara o sistema de comunicações deles
apenas uma fez, para avisar a Soer que estava chegando com a nave Este avisou de que a outra
devia estar esperando por eles. Era incrível como podia transmitir em velocidade acima da luz,
fazendo, em movimento, o que os probes de comunicação subespacial mal conseguiam estando
arados e corretamente alinhados para enviar a transmissão através de manipulação dos gravitons.
Depois, achou melhor usar o sistema deles mesmo. Aquelas naves poderiam captar o seu
sinal, e localizalos através deles. Ainda não sabia como o computador podia reconhecer a sua
língua, mas descobriu – de forma desagradável – que podia reconhecer que ele não era o
Comandante oficial desta. Tentou acessar os dados da nave e foi bloqueado. Nem os prisioneiros
conseguiram. Era necessária a autorização de um Capitão da frota. Bom, o Império que se virasse
para descobrir. Ele só queria entregar a nave, os prisioneiros, pegar sua recompensa e ir embora.
Mas não pôde resistir a um teste de força da nave. Andaram destruindo alguns asteróides que
acharam pelo caminho com os phasers. Depois, descobriu os torpedos fotônicos – mais poderosos
que bombas espaciais – Com a ajuda dos prisioneiros, recarregou a todos e testouos em uma
fragata leve que cometera o erro de estar no caminho. Destruição total garantida. Com apenas
sete torpedos!
Pelo menos descobriu por que nunca a fizeram funcionar. Sem aqueles cristais, não podiam
controlar a reação matéria e antimatéria. E realmente, apenas essa energia podia ativar os seus
sistemas, devido a peculiar capacidade desta poder ser enviada – como ondas de rádio – para os
sistemas da nave.
Haviam dutos de energia, claro, mas não havia uma conexão direta deste para os consoles,
era feito através de uma interface. Sem a forma correta de energia, a interface era inútil.
“Quattroni! Por favor, responda."
Ele foi até o comunicador na parede.
Pode falar.
“Senhor, os sistemas acusaram novamente que alguém tentou mexer nos controles dos
motores de dobra."
Desde que escaparam, algumas coisas fora do comum andaram acontecendo. Programações
eram alteradas, controles fixos eram modificados. Até mesmo um incidente estranho na sala de
transporte ocorreu – o painel de controle tinha sido derretido, a ainda não foi reparado.
Aumentem as equipes de busca.
Provavelmente alguém da Thunderbold que percebeu a armadilha e se escondeu dos droides
e de seus homens. Precisavam de no mínimo duzentos homens para operar aquela nave com
extrema eficiência, ele só tinha cem. Não era possível vigiar todos os pontos delicados e operar a
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nave ao mesmo tempo, assim, mandou os droides procurarem qualquer pessoa estranha. Tudo o
que tinha conseguido até então, foi a perda de 10% destes, totalmente destruídos.
Mesmo os phasers capturados foram destruídos – menos um, o que tinha pegado para si –
portanto, era alguém que sabia o que estava fazendo, mas até o momento, não fora capaz de
causar maiores problemas.
“Senhor Quattroni, ordens do Império. Devemos seguir para o setor 5239 e entregar a nave
a Darth Vader. "
Muito bem, programe o curso e siga em dobra 6.
Era muito vantajoso não precisar de janelas para entrar em dobra. Podia partir na hora que
quisesse.
Saiu da sala e foi até a ponte.
Alguns minutos depois, Diana saia de seu esconderijo. Um painel de manutenção para os
sintetizadores, que, na época em que a nave foi construída, ficavam nas paredes e precisavam ser
operados por comandos manuais. O painel ficava logo abaixo destes.
Ela pegou os equipamentos de reparos que ainda carregava e começou a fazer alterações nos
sintetizadores. Estes eram os últimos que precisavam ser ajustados. Depois disso, seguiu pelo
corredor até um alojamento vazio. Lá dentro, estava o rádio subespacial que estava montando
com peças retiradas sorrateiramente da engenharia. Já estava com as últimas peças. Depois, só
precisava fazer uma conexão no controle do emissor da nave – através dos tubos de manutenção
e a Thunderbold poderia localizalos.
Jevlack tinha retornado a ponte fazia algumas horas. Já acreditava que achar a Defiant era
uma tarefa que estava além do alcance deles. Uma vez que a Starfleet tinha localizado a fenda e
que em breve, encontraria uma forma segura de atravessala, cogitava a hipótese de partir,
apresentar o relatório ao comando da frota, e depois eles que decidissem o que fazer.
Afinal, agora que havia uma forma de retornar, não estavam mais por conta própria. E a
Primeira Diretriz voltava a falar mais alto. Permanecer ali levaria fatalmente a outro confronto
inevitável. Fosse com o Império ou qualquer outra facção. O correto seria dar o fora dali enquanto
podiam.
Capitão – chamou Terak – estou captando um sinal em nossa freqüência de emergência.
Que tipo de sinal?
Não sei dizer. Não parece fazer sentido.
No áudio.
Todos na ponte ouviram um irritando som de estática.
Alguma idéia do que seria isso?
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Acredito que seja exatamente o que parece, estática. Só que está na nossa freqüência de
emergência.
Quem poderia enviar um sinal no subespaço justamente na freqüência deles? Os probes
daquele povo não podiam fazelo. Restavam a Starfleet e...
De onde vem o sinal? – havia urgência em sua voz.
Terak começou a fazer uma triangulação.
Vem da direção do setor 4129. E sua fonte parece estar se movendo. Se for verdade, creio
que posso precisar a posição da fonte.
Vários mapas apareceram rapidamente no console te Terak. Com exceção do Capitão,
ninguém era capaz de vêlos em detalhes.
Confirmado senhor, a fonte está se movendo, acredito que em dobra 6. Vindo da direção que
já exploramos. No momento, deve estar no setor 4139. Curso 130 marco 2.
Curso 130? – murmurou o Capitão.
Terak olhou para ele. Ele tinha ouvido.
Para qual setor ele pode estar se dirigindo?
Olhou novamente para os mapas.
Pode ser o setor 52010 ou...
5239! – completou Jevlack.
Sim senhor.
Podemos interceptálos a tempo?
Negativo.
Ela estava indo, na direção em que a sonda localizou aquela gigantesca nave. Não era
coincidência.
Quanto tempo até chegar ao destino?
Cerca de oito horas.
Muito bem. Alerta Vermelho. Senhor Matias, trace curso para o setor 52010, dobra máxima.
Seria suicídio enfrentar a Defiant estando ela protegida por aquelas naves, isso sem contar
que os interditores iriam impedilos de fugir. Mas havia uma compensação. Ela também seria
afetada pelos campos do interditor. Portanto, não poderia sair de lá. E do setor vizinho, seria fácil
monitorala, de forma oculta, pois estariam além dos sensores dela.
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Pronto senhor.
Engatar.
****
Tirvik e a Capitã estavam no observatório, a pedido de Doller, que iria apresentar o seu
relatório final. Assim que ele chegou, foi direto ao assunto.
A boa notícia é: Podemos voltar para a nossa galáxia.
Ambas quase não puderam conter as emoções. Para Tirvik, foi um pouco mais difícil.
E as más? – perguntou.
Nesse caso, quando poderíamos partir?
Temos que preparar a nave antes. Ajustar os controladores dos motores para gerar um
campo distorcido que possa ser implementado lentamente. Para evitar que os chips voltem a
serem destruídos, todos os campos de força devem ser desligados, incluindo escudos de
integridade. E, provavelmente, a viagem de volta irá demorar muito mais, talvez uma hora ou duas.
Por que? – perguntou Tirvik.
Bem, A teoria de Terak com certeza estava certa. Nós não abrimos esta fenda, ela já estava
lá. Acontece que quando os campos distorcidos das duas naves se sobrepuseram, e fenda
simplesmente nos sugou, devido aos táchions gerados. De acordo com os testes, aparentemente
não importa a que distância o objeto envolto por campos distorcidos esteja da fenda. Ou ele é
atraído ou não. Quando a geração de táchions atinge um certo grau, a fenda simplesmente
começa a atuar sobre ele. Quanto mais distante, maior tem de ser a distorção para fazer efeito, e
por conseqüência, maior será a aceleração.
Qual a distância que temos de estar para partir?
Creio que um ano luz será mais que suficiente para uma partida suave. Mas teremos que
programar esta partida para breve. A quantidade de quarks atraída está crescendo a tal nível, que
poderá muito bem começar a afetar a matéria, rompendo os átomos. Nosso tempo limite seria seis
dias.
Quanto tempo até alterar os sistemas da nave?
Segundo o engenheiro Carlos, doze horas bastariam.
Trek Wars – Roberto Kiss 202 www.scriptonauta.com.br
Tirvik olhou para a Capitã. Ela estava ponderando sobre o que fazer. As ordens de Jevlack
foram claras. Achar a fenda e atravessala. Só faltou dizer para não olharem para trás.
Segurança – chamou a Capitã – traga todos os pilotos rebeldes até o observatório. Menos
Bernard.
“Entendido Capitã."
Tinha se esquecido dos rebeldes completamente. Ainda precisavam decidir o que fazer com
eles. Ela tinha esboçado o desejo de deixalos na lua Calamari, mas seriam mais de quatro dias
para ir e voltar. Restava o posto rebelde próximo. Podiam estar lá em dezesseis horas.
Os pilotos chegaram, escoltados por seis guardas, que ficaram a postos na porta. Lauriel
estava a frente deles.
Bem meus amigos, nós achamos nosso caminho para casa. Minhas ordens são de partir
assim que possível. Isso poderá ser feito em algumas horas. Com exceção do Hiperdrive, as naves
do hangar estão reparadas. Não posso fazer nada quanto àquelas que estão na Thunderbold. Um
posto rebelde foi localizado próximo de onde estamos, no setor 5219. Vamos deixalos lá e
partiremos. E isso é apenas uma comunicação. Não vou aceitar contraofertas.
Lauriel respirou fundo. Não devia ter gostado de ficar sem as naves. Estando em guerra –
ainda mais uma guerra como aquela – cada caça era importante.
Pode ao menos avisar a Thunderbold para entregar as naves no mesmo posto quando
possível? – perguntou Lauriel.
Sim. Eu farei isso. Na verdade, vou fazer isso agora.
Pressionou alguns comandos na mesa, uma tela se ergueu. Passados alguns momentos,
Jevlack aparecia na tela.
Sim Capitã?
Capitão, encontramos uma forma de passar pela fenda. Enviaremos os dados assim que
possível. Teremos de fazer alterações nos sistemas para garantir que sobrevivamos a viagem de
volta
Ótimo, faça isso imediatamente.
Antes, irei levar os rebeldes até o posto que vocês localizaram.
Negativo! Fica muito próximo ao posto imperial com aquela nave.
Capitão – ela estava enfática – Eu não estava pedindo, apenas comunicando. Sou a Capitã
desta nave e eu decidirei as prioridades, desde que isso não afete a sua nave ou missão. E não
afeta!
Ele ficou um pouco espantado. Depois sorriu.
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Parabéns! Acaba de receber o seu diploma.
Queria aproveitar e pedir – fez ênfase na palavra – para que assim que possível, deixar os
caças rebeldes no mesmo posto.
Se a Thunderbold existir...
Já entendi. Starfleet desliga.
Se existir? – perguntou Lauriel.
Ele deve ter achado a nave que procurava, e espera um duro combate – respondeu Tirvik.
Bom, vocês podem pegar suas coisas – disse aos rebeldes – dispensados.
Eles saíram.
Tenente Doller, envie os dados coletados para a Thunderbold.
Sim Capitã.
Tirvik, vamos levar os nossos convidados embora.
E aquelas coisas também! Pensou Tirvik se referindo as unidades R2.
Capítulo 20
Os caças imperiais seguiam em patrulha rotineira pelo setor. Seu objetivo básico era
simplesmente percorrer uma área em torno dos destróieres – cerca de cinqüenta quilômetros – e
mais nada. Caso alguma nave desconhecida surgisse, suas ordens eram para atacar! Salvo
comando enviado em contrário.
Dois grupos que haviam encerrado o seu turno, estavam retornando ao Executor. Outros dois
grupos para substituílos já tinham sido lançados. Estavam para se cruzar – um cumprimento
padrão dos pilotos – quando uma nova nave completamente desconhecida apareceu do
hiperespaço há menos de dois quilômetros de distância. Imediatamente todos os caças a puseram
como alvo e seguiram em sua direção. Uma espécie de campo amarelado a envolvia, logo depois,
ele desapareceu.
Para a surpresa dos pilotos, ela se movia muito rápido para o seu tamanho, cerca de um terço
da velocidade de um bombardeiro, ou quatro vezes mais que uma nave imperial de porte
equivalente. Os que tinham torpedos – alguns caças especialmente modificados – começaram a
disparalos, já sabendo que seriam precisos muitos. Segundo as leituras, os escudos dela eram
mais poderosos que os de um destróier.
“Todos os caças, cancelar ataque! A nave é aliada nossa."
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Os cinco pilotos que já tinham disparados os torpedos entraram em pânico! Mas, para seu
alívio e surpresa, feixes de energia destruíram a todos, quando estavam a menos de trezentos
metros da nave. Os caças voltaram a sua rotina, como se nada houvesse acontecido. Os que
tinham disparado, foram chamados de volta para recarregar.
Quattroni respirou um pouco mais aliviado. Imaginava que seriam afetados pelos interditores,
assim como a Thunderbold. Mas não esperava que seriam atacados de forma tão rápida. Olhou
para o Eclipse que era mostrado na tela. Tinha ouvido rumores sobre ele, mas pensou que seu
tamanho era exagerado. Agora via que na verdade tinham subestimado suas reais proporções. Ele
era muito maior!
A nave seguiu o curso fornecido – ao lado do Executor – Vader em pessoa iria a bordo, para
efetuar o pagamento e receber a nave e os prisioneiros. Como ele teria que conversar com o
imperador em breve, foi agendado a sua visita para dentro de oito horas. A conversa, pelo visto,
seria muito longa.
Armeiro, há algo que possa fazer contra essa imprecisão de mira?
Não senhor. Alvos precisos, só a menos de trezentos metros. Devem ser os campos dos
interditores. E esta nave não tem meios de ter as freqüências dos sistemas alteradas para evitar
que sejam afetadas pelos campos.
No entanto, a Thunderbold havia conseguido isso. Provavelmente, devido a sua tecnologia ser
superior, podiam ter um alcance mais preciso que a da Defiant. Por outro lado, tinham algumas
vantagens. Segundo os prisioneiros, os escudos deles estavam alterados. Sua própria equipe de
reparos verificou, e encontrou dispositivos semelhantes aos deles nos geradores, junto com outros
que nem imaginavam como funcionavam. Estes outros, os prisioneiros conheciam. Deram um
monte de nomes técnicos que ninguém entendeu.
****
Os cientistas do Império deviam conhecelos. Alguém fez a alteração. Nos escudos e nos
Phasers. Como fizeram alterações em uma nave sem saber como ativala era algo que ele queria
descobrir. Talvez, fosse de algum cientista que desertou. Ele apostava que tinha sido o mesmo
que desenvolveu escudos para os caças tieadvanceds do Império. Tinha desertado há alguns
anos – logo depois da pesquisa ser encerrada – E se aliado aos rebeldes. Fora morto pelos
espiões do Império antes de lhes fornecer qualquer coisa útil.
Com isso, o Império deve ter perdido aquele que talvez fosse o único que podia dar
prosseguimento a pesquisa. Podiam construir mais naves assim, mas não tinham como aprimorar
os seus avanços.
Ficou curioso.
Tecaler, analise os escudos de um tie defender e compareos com os nossos, sobre sua
capacidade e consistência.
Ele começou a mexer nos controles – ainda não devia estar acostumado com aquilo, era muita
informação ao mesmo tempo – Olhou por uma espécie de periscópio, fazendo alguns ajustes.
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É o bastante, pode parar.
Sim, parecia que ele estava certo.
Mas e quanto aos phasers? Teriam sido alterados só na Defiant?
****
Jevar virou a esquerda e cortou os motores. O xwing que o perseguiu não conseguiu
acompanhalo e passou reto. Manobrou para deixalo na mira e disparou.
Te peguei! – gritou pelo rádio – me deve outra garrafa.
O piloto do xwing estava desconcertado. Era a quinta vez que era enganado nas manobras de
treinamento de combate. Realmente, era muito difícil vencer um ás. Mais difícil ainda era chegar a
ser um, pois os ases normalmente são os sobreviventes. Era raro enviarem calouros para
combate, salvo pela falta de pessoal – muito comum.
Mas desta vez, mais de 30% seriam só de calouros, que mal tinham completado o treinamento
básico. Por isso, desde que a frota começou a se reunir, os treinamentos eram severos e
constantes. Iriam precisar da maior capacidade possível.
****
Havia também o fato de que a proporção era de cinco para um, e os caças sempre atacavam
em grupos normalmente de quatro ou cinco. Enquanto seus pilotos tentavam pegar alguns, os
outros sempre os pegavam por trás.
Deixou a avaliação dos pilotos de lado e reviu a sua estratégia.
Os grupos de caças chegariam primeiro, doze esquadrões de awings, vinte de bwings, vinte e
um de ywings, quatorze de kwing e trinta de xwings, para dar cobertura aos caças.
Os awings equipados com bombas espaciais iriam direto para os interditores – segundo o
último relatório, sete – os outros com armamento padrão, dariam cobertura. Os caças
bombardeiros – bwings, ywings e kwings – atacariam os geradores de escudos do executor. Os
que tinham armamento mais poderoso ficariam atrás, dando espaço para os outros com bombas
mais leves derrubarem os escudos deste. Os xwings lhes dariam cobertura.
Isso era necessário porque mesmo sem escudos, devido a dimensão do destróier, seria muito
difícil destruílo. O alvo das outras naves seriam seus motores e a parte em que estavam
localizados os hiperdrives – uma nave daquele tamanho precisava de trinta deles. O Eclipse não
seria o alvo principal da primeira leva de ataque.
Trek Wars – Roberto Kiss 206 www.scriptonauta.com.br
Vinte minutos depois, chegaria um terço de suas forças. Nessa altura, pelo menos metade dos
interditores já estaria destruída. Iriam se posicionar a distância, para evitar os bombardeiros
inimigos. Lançariam os seus caças para defesa do perímetro.
Mais dez minutos e o resto de sua força estaria lá. Com os caças daquela leva inicial já
assegurando o perímetro das naves – uma área de vinte quilômetros – todos os outros seriam
lançados contra os interditores restantes. Assim que estes fossem destruídos, os corvetes com
explosivos fariam a sua parte.
Esperava que já estivesse neste ponto quando a segunda frota comandada por Karakyr
chegasse. Não haveriam comunicações para avisar as frotas que estariam em espera – já se sabia
há muito dos bloqueadores de sinal.
O início da operação iria ser em seis horas.
Os pilotos estavam retornando para suas naves base. Aquele tinha sido o último treinamento.
Todos iriam dormir agora – a maioria já estava – para estarem prontos para quando fosse
começar. Apenas os caças de patrulha ficaram do lado de fora.
Ainda tinha que preparar o resumo tático final para os pilotos, a ser apresentado no momento
de partirem. Com a ajuda dos operadores começou o árduo trabalho. Fornecer tudo picado para os
pilotos, para que estes se preocupassem apenas com a batalha em si.
Estava chegando ao final quando os alarmes soaram.
O que esta acontecendo? – Perguntou chegando a mesa de controle tático.
Uma nave desconhecida acaba de sair do hiperespaço há trinta quilômetros de distância, ela
está vindo agora em nossa direção e é incrivelmente rápida. Tem pouco mais de quatrocentos
metros e seu design é diferente de tudo o que eu vi antes.
Nos hangares de todas as naves ali estacionadas, todas os caças estavam já em preparação
final de emergência. Iriam começar a lançalos em menos de um minuto.
****
Rokar armou os torpedos próton em disparo duplo. Todas as naves iriam fazer o mesmo. Na
velocidade que o inimigo vinha, iriam estar em posição de disparar qualquer coisa em poucos
segundos. Tinham que detêla agora!
Seus dois alas estavam um pouco mais adiante. Viu que um deles já estava disparando os
torpedos, antes de um enquadramento completo. Considerando a velocidade da nave, talvez fosse
uma boa idéia, mas ele não pretendia arriscar. Ficou observando a chama azul dos torpedos
lançados quando... mas o que aconteceu? As chamas cintilaram por um instante e simplesmente
se apagaram. Será que os torpedos estão com defeito?A bordo da nave capitânia, os operadores
trocavam informações freneticamente entre si, as outras naves da frota e os caças que estavam
indo em direção a nave atacante. Não estavam preparados para uma situação daquelas. Seria
preciso de cinco a dez minutos para coordenar um ataque simultâneo como aquele. E, pelas
leituras, precisavam fazelo em setenta e três segundos.
Os caças que estavam de patrulha devem alcançar a nave em... O QUE?
Trek Wars – Roberto Kiss 207 www.scriptonauta.com.br
No tático. Os ícones que indicavam a posição das naves desapareceram. O operador refez a
varredura e as localizou. A mil quilômetros de distância.
Nas outras naves, os caças de prontidão estavam sendo lançados. O mesmo estava
acontecendo com eles. Assim que saiam do hangar, desapareciam e ressurgiam centenas de
quilômetros atrás.
Cancelem o ataque! – ordenou Safrã.
Todos olharam para ele. Não compreendendo a ordem.
Não ouviram? Cancelem o ataque imediatamente! Ordene a todos os caças que retornem a
nave.
Os operadores transmitiram as ordens. Safrã foi até o painel principal e abriu todas as
freqüências.
Aqui é General Safrã, Comandante em chefe da frota da Aliança Rebelde. Não era nossa
intenção atacalos. Seu aparecimento súbito nos pegou desprevenidos. Pedimos desculpas pelo
incidente. Acredito que esta seja a USS Thunderbold, comandada pelo Capitão Jevlack.
Todos na sala ficaram atônitos. Ninguém tinha sido informado sobre as naves da Federação
que tinham sido localizadas há alguns dias. Karakyr e toda tripulação da Liberdade guardaram bem
o segredo.
“Aqui é o Capitão Jevlack. Aceitamos suas desculpas. Na verdade, sabíamos que tal situação
poderia ocorrer, por isso os seus caças foram teleportados para a distância. Iremos trazelos de
volta agora."
No controle tático, os ícones das naves começaram novamente a desaparecer e a surgir
próximos a eles. Há dois quilômetros de distância. Um a um, todos iam sendo transportados.
Digam para os caças que saíram das naves para retornar, os outros devem continuar com a
patrulha. Programe o tático para reconhecer esta nave como... – pensou um pouco – neutra,
agora.
Olhou para os conselheiros e operadores que ainda tentavam entender o que estava
acontecendo.
Sim Capitão! Nós lhe damos as boas vindas. Nossos operadores irão transmitir a vocês onde
podem atracar a sua nave.
“Não precisamos de transporte, podemos nos teleportar a bordo. Só precisamos que baixem
os seus escudos. Em alguns minutos, teremos as coordenadas necessárias para estarmos na sua
ponte."
Um dos conselheiros se aproximou para lhe falar em seu ouvido.
General, seria muito perigoso baixarmos os escudos diante de uma nave que demonstrou
tantas capacidades.
Trek Wars – Roberto Kiss 208 www.scriptonauta.com.br
Ele apenas olhou para ele e sorriu.
Meu amigo, pelas informações que recebi de Sornim, antes dele ser capturado, se eles
quisessem nos atacar, os escudos não fariam a menor diferença.
Capitão Jevlack. Iremos baixar os nossos escudos. Eu o convido para vir a bordo.
“Obrigado. Irei sozinho e desarmado."
A comunicação foi cortada.
Abaixem os escudos.
Posso ao menos pedir que uma equipe de segurança esteja aqui?
Não. Eles querem conversar, e confesso que estou muito curioso para saber o porque.
Os escudos foram desligados. Em alguns segundos, os campos que se formavam junto ao
casco da nave se dissipariam por completo. Iriam precisar de quinze minutos para reerguelos
novamente.
****
Status geral da nave. solicitou.
Salas de transporte dois, oito e nove estão inoperantes. Duas da área de carga também.
Transportar tantas naves com escudos erguidos acabou sobrecarregando os sistemas para
desarmalos.
Um risco calculado – disse Jevlack – Não seria boa política disparar para baixar os escudos
delas.
Senhor Matias, a partir de agora eu o promovo a Primeiro Oficial desta nave. Eu o tinha
deixado no posto de navegador para avaliar a sua capacidade.
Err.. Obrigado senhor.
Ele levantouse.
Irei para a nave rebelde, o comando é seu.
Sim senhor.
Saiu da ponte, acompanhado por Terak. Foi até a sala de transporte – uma que estava
funcionando. Dentro do turboelevador, Terak tentava dissuadilo da idéia.
Capitão, não acredito que esta seja uma boa solução para o problema. E ainda insisto para
que leve pelo menos um segurança com o senhor.
Lamento, mas estou sem opções.
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A porta do turboelevador se abriu. Jevlack continuou falando enquanto seguiam pelo corredor.
Pense Terak. A Defiant está em um posto imperial protegida por poderosas naves. O mesmo
posto está cercado por vários outros com muitas naves para fornecer reforço, chegando em alguns
minutos. Não há como destruirmos a Defiant antes que eles nos destruam. Precisamos de alguém
para manter os imperais ocupados enquanto fazemos isso.
Entraram na sala de transporte.
Mas por que acha que os Rebeldes concordaram em auxiliar sem receber nada em troca?
Jevlack olhou para ele.
Mas quem disse que não vão receber nada em troca? Iremos evitar que o Império consiga a
nossa tecnologia. Alferes – dirigiuse ao operador de transporte – já tem as coordenadas da ponte
da nave comando rebelde?
Os escudos cederam completamente há pouco tempo senhor, ainda estou procurando.
E se não conseguirmos destruir a Defiant?
Então – ele abaixou a voz – a federação terá que intervir, pois fatalmente o Império ira
dominar a galáxia, e virá atrás da nossa, através da fenda.
As últimas análises vindas da Starfleet indicavam que havia a possibilidade da fenda se
estabilizar – seriam precisos algumas semanas de análises para se confirmar isso ficando
eternamente em um fluxo e refluxo de continuum. Como um transporte de passageiros.
Coordenadas fixadas Capitão.
Jevlack posicionouse para o transporte.
Quais são as ordens, caso o senhor não retorne?
Não coloquei Matias no comando desta nave à toa. Ele decidirá o que fazer. Energizar.
O alferes efetuou o transporte. Em alguns instantes, Jevlack se viu na ponte da nave capitânia
rebelde.
Capitão? Sou o General Safrã. Se tiver a bondade de me acompanhar, iremos para um
aposento onde poderemos conversar mais tranqüilamente.
Ele concordou. Seguiu o General por alguns corredores. Seus ouvidos biônicos captaram as
conversas dos outros que estavam próximos: mas ele é idêntico a nós? Isso é uma armadilha; a
massa corpórea dele é muito densa. Estão do nosso lado? Se não, eu passo para o lado deles!
Comandou mentalmente o seu processador interno – ele odiava usar suas capacidades
cibernéticas – para acionar visão infravermelha. Deu uma rápida olhada no General. Muitas
cicatrizes, e várias próteses. Assim como ele. Na verdade, tinha mais próteses ainda. Retornou a
visão normal e desligou o processador. Era incômodo ficar aparecendo tantas informações diante
dos olhos. Desde que aprendera a controlar toda a sua capacidade biônica, era muito raro usala –
com exceção de sua força. Além de não gostar dela, no comando de uma nave, era algo muito
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inútil. Duzak – o vulcano que fora resgatado junto com ele – com certeza a usava constantemente,
afinal, ele era um cientista solar, e poder fazer análises espectrais por conta própria, era muito útil.
Entraram em uma sala. Dois seguranças ficaram do lado que fora, que o General disse que era
apenas para garantir que não seriam perturbados.
Bem Capitão. O que deseja conversar?
Sentouse. Esperou o General fazer o mesmo.
Bom, vou enumeralas. Primeiro, uma outra nave de nossa galáxia apareceu aqui, e foi
capturada pelo Império.
Safrã estremeceu.
Segundo: Esta nave está junto com aquela outra que vocês pretendem destruir. Ficamos
algum tempo a distância interceptando as suas comunicações.
Como decodificaram?
Aquelas unidades R2 que ficaram a bordo de minha nave, apesar de serem muito incômodas,
gostam de ser prestativas quando confiam em alguém. Ainda mais, alguém que fala a língua delas.
Levantou a braço direito. As costas de sua mão se levantaram e uma ponta foi ejetada. Era
uma sistema de interface.
Assim como você, eu tenho muitas próteses. – Recolheu o dispositivo – mas só os uso em
situações extremas.
Safrã balançou levemente a cabeça, concordando. Ainda estava impressionado.
Terceiro. Proponho uma aliança temporária. Sornim deve ter lhe enviado os dados a nosso
respeito.
Não muito, ele não quis se arriscar a comunicação ser interceptada. Infelizmente a nave
inteira o foi. Foi executado há alguns dias.
Uma pena. Bom, com aquela nave lá, vocês não têm chance. Eles já demonstraram que
sabem usala. Nós também não seremos capazes de destruíla com as naves do Império por lá.
Ainda mais com outras em condições de prestar auxílio baseadas tão próximas.
Próximas?
Segundo nossas análises, existem vinte destróieres que poderiam chegar até lá em menos
de dez minutos.
Safrã ficou um pouco pensativo.
Esperávamos mais.
Talvez existam, não tivemos tempo de fazer uma análise mais acurada. Minha proposta é:
Seguimos junto com vocês quando forem atacar. Nós atacamos a nossa nave capturada deixando
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vocês livres para cuidarem de seus oponentes. Nada mais, nada menos. E, se não quiser aceitar,
simplesmente irei esperar que partam para o seu ataque e seguirei atrás.
Não entendo por que não decidiu fazer isso.
Porque preciso que vocês ataquem, antes que o Império consiga informações técnicas da
nave e possam duplicala. Conhece a nossa Primeira Diretriz?
Sim, isso Sornim nos passou. Mas não seria também uma violação desta se aliar a nós?
É o que o comando de minha frota irá dizer, quando me levar a corte marcial. Mas não é a
Primeira Diretriz que me motiva. Aceita o acordo?
Ele se levantou e ficou andando pela sala. Por longos minutos, o General nada disse. Apenas
se movia um pouco, olhava para ele e se movia de novo. Por fim disse.
A primeira leva parte em menos de cinco horas.
Jevlack se levantou e apertou a mão do General.
Obrigado. Daremos a cobertura que pudermos, enquanto a outra nave nos permitir.
Eu quê agradeço Capitão.
Pressionou o seu comunicador.
Jevlack a Thunderbold. Um para subir, aguarde.
“Estamos prontos Capitão."
Se não é pela primeira diretriz que está fazendo isso, pelo que é? – perguntou o General.
Ele sorriu.
Há muitos anos, aconteceu uma coisa comigo, que iria demorar muito para explicar. Basta
dizer que é parte de meu destino. Pelo menos uma parte que decidi cumprir. Talvez a única que
valha a pena. Thunderbold, energizar.
Jevlack retornou a Thunderbold.
****
Dezessete naves seguiam juntas no hiperespaço, indo em direção ao setor 5239. A Hurricane
estava no meio das outras. Blinter sabia que Quattroni já estava lá, e que apenas os estava
aguardando para encerrar o contrato com Vader. Mas então, por que levar toda a frota? Bastaria
apenas alguns corvetes para pegar a ele e todos os homens que deviam estar a bordo. Não
entendia isso. Farejava uma armadilha. Quattroni falou algo sobre esperar um ataque dos
Rebeldes. Mas não seria preciso enviar uma força destas. A menos que o ataque fosse
gigantesco!
Trek Wars – Roberto Kiss 212 www.scriptonauta.com.br
Acontece que os rebeldes raramente usavam mais de um cruzador em suas operações. Suas
táticas eram de guerrilha, rápidas e esquivas. Sua frota principal estava sempre se movendo –
temiam encarar o Império e sofrer perdas grandes – pois era tinham uma produção muito pequena.
Na verdade, a fábrica deles que iria começar em breve, seria talvez um quinto mais lenta que a dos
rebeldes. Já tinham até escolhido o padrão dos primeiros trinta cruzadores. Seriam similares a
Storm.
Aquela nave, com vários canhões – praticamente todos destinados a ataque contra destróieres
– e lançadores de poderosos torpedos, era ideal para ataques contra comboios mercantes.
Mas isso era o próximo passo. O de agora era simplesmente o de pegar Quattroni e seus
homens de cair fora dali! Chegariam a ultima baldeação para janela do hiperespaço em três horas.
Nesse momento, iriam se comunicar pela última vez com o seu líder, para avaliar a situação.
Esperavase que neste momento, a Storm já estivesse operacional o bastante para retornar
sozinha a base deles, em Pestulon.
****
Seguia pelo corredor rumo ao seu aposento. Não sabia quando foi que começou a
compreender a sua situação, mas o fato era que estava se livrando do controle das drogas.
Primeiro, recuperou a consciência de si mesmo, depois, lentamente, foi recuperando a sua
vontade. As vezes, quando tinha oportunidade, conversava com os seus companheiros, eles
diziam a mesma coisa. Tinham decidido continuar colaborando com os seus captores – mesmo
porque, ainda estavam muito suscetíveis as ordens deles – mas agora, ele já tinha certeza de ter
recuperado plenamente a sua vontade.
Anderson acreditava que a única explicação possível era Diana. Tinha sido a única a não ser
capturada, e ela deveria ter encontrado alguma forma de livralos do controle a que foram
submetidos por aqueles droides que os pegaram de surpresa. Possivelmente uma união de
mentes vulcana enquanto dormiam, ou algo no ar que respiravam. Fosse o que fosse, o motivo do
despertar ser tão gradual devia ser intencional, Justamente para que não percebessem que
estavam fora do controle deles.
Não sabia o que andara fazendo antes de se libertar do controle, mas devia ter dado toda a
informação que precisavam, pois eles estavam controlando toda a nave. Percebeu que alguém
tinha bloqueado os acessos aos projetos da nave, tinha tentado acessar alguma coisa e descobriu
que todos os dados estavam trancados. Devia ter sido o Capitão Jevlack quem o fez, enquanto os
computadores estavam ainda conectados para atualização.
Sorrateiramente, fez vários acessos furtivos aos sistemas. Diana andou muito ocupada.
Descobriu alterações sutis em vários sistemas. Ao menos, os teleportes estavam totalmente
inoperantes. Mas, o principal – o controle de dominação da nave – ainda não tinha conseguido.
Notou que um dos consoles extras da engenharia estava modificado – não completamente – para
interceptar os controles da ponte. Diana devia estar preparando um subterfúgio por lá. Para
mostrar que estava totalmente livre, adiantou muitas das alterações, incluindo inclusive alguns
controles para poder prender todos em suas salas. Diana com certeza perceberia isto.
Entrou em seu alojamento e uma mão cobriu a sua boca. A surpresa foi inevitável! Tentou se
esquivar e percebeu que seu oponente era muito forte.
Sou eu, Diana.
Trek Wars – Roberto Kiss 213 www.scriptonauta.com.br
Relaxou a tensão. Agora percebia que seus companheiros estavam todos ali, o esperando.
Que susto você me deu.
Sim era lógico. O que esperar de uma vulcana? Não sendo Tirvik...
Então, o que tem planejado?
Terminei as modificações no console auxiliar da engenharia. Agradeço a sua ajuda, acelerou
bastante o trabalho. Segundo minhas observações, a melhor hora para agirmos será quando forem
entregar a nave para quem os contratou para capturala. Andei monitorando suas transmissões.
Infelizmente não existe tempo hábil para lhe por a par de tudo. Também preparei um sinal para ser
enviado em nossa freqüência de emergência, o que deve indicar a Thunderbold onde n ós
estamos.
Que espécie de sinal?
Diana começou a explicar o seu plano inicial. Anderson deu algumas sugestões para tentar
contornar as deficiências que ele possuía. Se desse tudo certo, a nave estaria sobre o controles
deles. Se não, estariam todos mortos, incluindo os piratas. O que não era de todo mal.
****
Vinte e três naves? – perguntou a Capitã Incrédula.
Sim senhora – confirmou Thompson – existe uma poderosa frota neste posto. E, segundo as
transmissões que posso captar dos caças que estão em manobras, devem estar se preparando
para um confronto eminente. Provavelmente contra aquela base em e que a sonda da Thunderbold
localizou aquela nave.
Estavam parados a quinze minutos de distância. Quando os sensores captaram uma grande
frota no posto, achou prudente fazer algumas análises primeiro. Chamou Lauriel para a ponte para
ver se podia lhe fornecer mais dados.
Podem me mostrar o que essa sonda captou? – perguntou.
Tenente Doller, tente pegar a freqüência da sonda. Mostrenos como as coisas estão lá
agora.
Após alguns rápidos comandos, a tela mostrava as naves do Império. Incluindo o Executor,
que fez Lauriel estremecer involuntariamente. Havia mais uma nave ali também, bem parecida com
a deles.
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Hoho – murmurou Doller.
Olhou para a Capitã. Seus olhos estavam estreitados.
Foi por isso que Jevlack comentou o "se a Thunderbold existir" – disse Tirvik.
Doller, onde está a Thunderbold agora?
Segundo o último informe de seu navegador, no setor 4209.
No setor oposto ao nosso pensou Lauriel.
Capitã, uma das transmissões diz que o ataque será em duas horas – informou Thompson.
Capitão – começou – foram boas férias, mas acho que todos querem voltar ao serviço.
E Ígnea? Ainda quer voltar conosco?
Acho que sim. Só ela pode dizer.
Curso traçado, Capitã.
Dobra máxima, engatar!
Olhou novamente para a tela. Aquela devia ser nave que Lia tinha visto pouco antes de ser
capturada.
Comandante, nossos sistemas podem enviar o nosso sinal para sua frota. Sugiro que fale
com eles para que não pensem que nossas intenções sejam hostis.
Se me disser como fazelo.
Senhor Thompson, abra um canal na freqüência rebelde.
Pronto Capitã.
É só falar.
Só falar. Ainda não se acostumava a tanto conforto. Na verdade, não fosse pelo fato que
querer encarar uma briga – já era praticamente um vício – iria querer voltar com eles, assim como
Ígnea.
Aqui é a Comandante Lauriel chamando a frota Rebelde no posto Katra. Respondam por
favor.
Ficou aguardando. Com certeza, se havia alguém lá que a conhecesse – e isso era mais do
que provável, pois metade de frota estava lá – iria demorar para entender como ela podia estar
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transmitindo na freqüência deles sem que sua nave estivesse a vista, e sem que a transmissão
viesse por um probe.
“Aqui é o General Karakyr, Comandante em chefe da frota. Onde você está? Não
conseguimos localizala em nossos sensores."
Seu rosto se iluminou! Era o Comandante da sua nave, a Liberdade. Ele estava no comando?
General! Estou chegando ai em velocidade de do... no hiperespaço. Estou na nave dos
estrangeiros, a USS Starfleet. Parte do pessoal sobrevivente da estação também está aqui. Eles
nos resgataram e estão nos levando de volta.
Pôde ouvir muitos murmúrios do pessoal que devia estar próximo. Provavelmente eles não
tinham sido informados sobre a missão dela e da Exceler.
“Eles tem interesse em auxiliar em nossa causa?"
Ficou um pouco em silêncio. A alegria de estar de volta aos seus virou uma súbita tristeza.
Não senhor. Eles encontraram uma forma de retornar ao lar deles e, assim que nos deixarem,
irão partir.
Agora foi a vez de Karakyr ficar mudo. Com certeza foi um golpe para ele. Devia ter imaginado
que era possível uma aliança, já que a estavam levando de volta. Agora ela foi a portadora do
balde de água fria. Uma verdadeira kirtromer.
“Quando eles devem chegar?"
Olhou para a Capitã.
General! Aqui é a Capitã Donner. Chegaremos em alguns minutos. Como surgiremos muito
rapidamente e próximos de sua frota, sugiro que avisem a seus pilotos que não somos hostis.
“Entendido Capitã, fique despreocupado. Aguardo sua chegada, Comandante."
Prepare a prisão, temos um espião que foi localizado entre nós. O Comandante Bernard.
“Repita, por favor."
O Comandante Bernard foi identificado como espião.
“Queria ter certeza. Falaremos mais depois. Mas não temos muito tempo."
Eu sei senhor. Eles podem captar suas transmissões. Sabem quando irá começar a sua
operação, e de que ela se trata. Fim de transmissão.
O sinal foi cortado. Alguns minutos depois, estavam a apenas duzentos metros da nave
capitânia da frota de Karakyr.
Foi uma operação rápida. Três pilotos foram selecionados para levar as naves e o restante foi
teleportado. Menos Ígnea. Ela ainda queria ir. Para a Capitã ter certeza de suas intenções,
ordenou a Tirvik que fizesse um elo mental com ela, desde que ela concordasse.
Trek Wars – Roberto Kiss 216 www.scriptonauta.com.br
Lauriel decidiu ficar a bordo até a decisão final da Capitã, que seria alguns minutos antes da
frota partir para o ataque. Lia foi embora – não sem antes pegar alguns compostos na enfermaria,
uma vez espiã... Infelizmente, os teleportes podiam identificar o que estava sendo transportado.
Cuidaram para que os compostos voltassem ao local de origem. Ela gostaria de ter visto a cara
dela quando descobrisse.
As ordens vieram do próprio Darth Vader. O General Soer deveria pegar o Ultimate para sua
nova nave capitânia. Deveria seguir para o setor do projeto Eclipse e escoltar a nave capturada até
a capital do Império. Onde esta seria cuidadosamente analisada.
Olhando pela janela da ponte do Ultimate, Soer mal conseguia divisar o vim da nave. E era
toda dele! Teria sua própria frota e, após a entrega da nave na capital, iria poder escolher os
melhores soldados do império para ser a sua tripulação.
Ele acabou fazendo um comentário a Vader que lhe rendeu um outro elogio, quando este disse
que comandaria o super destróier. Disse que se aquelas naves voltassem a atacalos, poderia ter
de sacrificar o Ultimate para proteger a Defiant. Vader apenas disse para ele sair vivo para receber
outra medalha.
Chegariam ao local em noventa minutos.
****
Os caças estavam a postos, a Thunderbold estava alinhada bem atrás deles. Não precisava ter
pressa. Podia chegar ao setor do Eclipse em trinta minutos – os caças demorariam duas horas. Ela
partiria uma hora depois deles, e chegaria dez minutos antes. Iria atrair o fogo inimigo e destruir o
maior número possível de caças antes da chegada deles. Se a Defiant permitisse...
Os dados da sonda foram muito úteis. Agora os caças sabiam exatamente aonde aparecer
para atacar as naves. Como não podiam fazer correção de curso, projetaram chegar a dez
quilômetros da posição atual das naves. Cada grupo já tinha escolhido o seu alvo. Os interditores
seriam destruídos no máximo em – acreditavase – quinze minutos. Com isso , a Thunderbold iria
recuperar toda a sua capacidade. Usaria o seu ataque final a queima roupa da Defiant e, essa era
a parte do lucro dos rebeldes, causaria sem dúvida uma grande quantidade de danos nas naves
imperiais. Claro que os caças teriam que sair de lá rapidamente, para não serem pegos pelo
ataque.
Claro que tudo podia sair errado. Pelo sim e pelo não, a frota de Karakyr não foi informada da
presença da Thunderbold. E a estratégia inicial prosseguia de forma normal.
****
Todas as peças estavam posicionadas. Todos iriam acabar se encontrando no setor 5239. O
plano de Darth Vader fora muito bem engendrado e calculado. Queria que a frota rebelde e as
naves estrangeiras estivessem no mesmo local.
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O Eclipse atraiu os rebeldes, e a Defiant atrairia mais cedo ou mais tarde as outras naves.
Quattroni não sabia que era esse o objetivo principal, por pelo menos uma daquelas naves lá para
avariala o suficiente para a dominarem. Optou por esta escolha quando soube que ele havia
conseguido operar a nave. Se capturassem mais uma, ótimo, se não, já tinham uma mesmo.
E, se ambas fossem destruídas, não faria muita diferença, a rebelião também seria esmagada.
E mesmo que o Eclipse fosse destruído e não tivessem conseguido nada, o Imperador finalmente
iria enviar toda a armada para esmagar essa tola e incômoda rebelião, em represália.
De qualquer forma, ele conseguia um ou mais objetivos.
Os caças partiram. Começava o lance final.
Capítulo 21
"Diário pessoal do Primeiro Oficial. Estamos seguindo em direção ao um posto imperial, para
entrar em uma luta que não deveria ser nossa, unicamente para tentar uma última chance de
garantir que o povo desta galáxia não venha a possuir nossa tecnologia. O Capitão no momento se
encontra na sala de reuniões, analisando os dados coletados pela nossa sonda, uma vez que os
nossos sensores de longo alcance são bloqueados pelos campos disruptores gerados pelos
interditores."
"Apesar de nosso poderio ser superior aos de nossos oponentes, nossa última batalha sob o
efeito dos campos disruptores nos mostrou o quanto esta situação é precária. Se obtivermos
sucesso, seremos levados a corte marcial pela Frota, pois ninguém expressou opinião contrária a
decisão do Capitão. E, se falharmos, estaremos mortos ou capturados. "
"Independente do resultado da batalha, a USS Starfleet já deve estar empreendendo as
modificações necessárias em seus motores para permitir a sua viagem de volta a nossa própria
galáxia, pois ela não responde mais aos nossos chamados, e o seu computador principal foi
desconectado do nosso, provavelmente uma necessidade das alterações a serem feitas."
Matias encerrou o seu diário e o armazenou o seu conteúdo na cápsula que seria ejetada para
o caso da nave ser destruída. Todos os oficiais estavam fazendo o mesmo. Muitos dos cadetes
que estavam originalmente da Starfleet antes do remanejamento de pessoal que o Capitão fizera,
estavam gravando mensagens para os seus amigos que estavam ainda naquela nave. O mesmo
ocorria com os membros da tripulação da Thunderbold que não foram para a outra nave. Havia
uma sensação geral de que eles não iriam retornar daquele setor.
Pelo menos, havia a certeza de que teriam baixas.
Já ultrapassamos os caças rebeldes Comandante. Tempo estimado de chegada em dois
minutos.
Obrigado – disse.
Capitão! Chegaremos em dois minutos.
“Estou a caminho."
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Em alguns segundos, o Capitão entrou na ponte, vindo da sala de reuniões que ficava ao lado
desta. Matias cedeu o assento para ele e afastou–se um pouco. Queria fazer a sua última prece
antes de chegarem.
Aqui é o Capitão para toda a tripulação. Entraremos em combate em menos de dois minutos.
Todos a seus postos. Lembremse que uma vez lá, não poderemos sair enquanto os interditores
nos bloquearem.
Matias nem conseguiu começar a rezar. Sentia tanta ansiedade que não conseguia lembrar as
palavras.
Trinta segundos Capitão – informou Terak.
É hora da festa. Todas as armas energizadas, temos de atacar a Defiant assim que sairmos
de dobra. Como da posição em que sairmos, haverá um interditor no caminho, teremos que
destruílo primeiro. Terak, o que conseguiu sobre a nave gigante?
Por enquanto, que seus escudos são impressionantes. Cerca de seiscentas vezes os nossos.
Também parece existir um orifício em sua proa, que poderia ser a abertura de um lançador ou um
emissor de feixe de energia. Não posso descobrir muito mais com a sonda.
Em vinte segundos saberemos com os nossos próprios sensores – disse Matias.
Se Miranda estiver certo – completou Jevlack.
Olhou para a tela. Lá, do lado inferior direito estava o tático. E no restante, a imagem deles
saindo da velocidade de dobra.
Sistemas oscilando – Informou Terak.
Já estavam sofrendo a influência dos campos disruptores. O Navegador Singer comandou a
redução da freqüência dos campos de dobra. Em poucos segundos os sistemas voltaram ao
normal.
Velocidade máxima reduzida a três quintos – informou o navegador.
Bem mais que o um terço que tinham antes.
Precisão de mira prejudicada. Focalização exata limitada a quinhentos metros, como antes.
Escudos estão com capacidade de dissipação em 90%. Potência dos phasers sofrerão redução
para a metade para alvos além de vinte quilômetros – Disse Terak.
Esse havia sido um dos motivos da Defiant ter suportado o primeiro ataque. Aqueles campos
disruptores tinham efeitos similares, embora menores, a da radiação hiperônica nos phasers. Eles
se dispersavam muito rapidamente em presença deles, reduzindo o alcance.
Interditor na mira, todas as armas possíveis.
Disparar! – comandou Jevlack.
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Quattroni estava cansado de ficar sentado esperando que Vader viesse reclamar a sua nave.
Ainda teria que esperar uma hora. Sua frota chegaria em mais alguns minutos. Estava ficando
cada vez mais ansioso para terminar o contrato.
Ainda não tinham achado quem era o causador dos pequenos problemas que andaram
enfrentando, mas isso agora seria problema do Império.
SENHOR! A Thunderbold acaba de surgir em nossos sensores!
Ficou completamente gelado! Os sensores de longo alcance estavam inoperantes devido aos
interditores, portanto isso significava que ela estava perto. Perto o bastante para atacalos!
Erguer escudos! Energizar armas. Travar na Thunderbold.
Há um interditor no caminho.
Por isso não tinham sido atacados ainda.
Estão disparando no Interditor. Ele... POR OKLARA!
Na tela, agora aparecia o interditor em questão. Já estava sendo atravessado pelos phasers, e
explosões surgiam em diversos pontos de seu casco. Eles seriam os próximos.
Disparem contra a Thunderbold, agora!
O Interditor ainda está no caminho...
Mais uma razão! Não esperam isso! DISPAREM!
Dois phasers foram emitidos. Atravessaram o casco do interditor que já se desfazia e atingiram
a Thunderbold a meia nau. Tinham quase 50% a mais de força que os da outra nave. Os escudos
dela sofreram um impacto mais forte do que seria possível dissipar, caindo em 20%.
Logo em seguida, sofreram o contra ataque. Estava mais forte do que Quattroni se lembrava.
Escudos frontais caindo em 10%.
Eles estão manobrando, vão sair da frente do interditor.
Na tela viase o interditor ainda explodindo. Acima das faíscas e gases coloridos ejetados,
começava a aparecer o espectro da Thunderbold. Viase também alguns clarões saindo dela.
O Executor esta atacando a nave.
Então era esse o motivo dos clarões. Pelo que sabia, os canhões do Império para cruzadores
tinham uma força equivalente a um quarto dos torpedos fotônicos.
Como estão os escudos deles?
No geral, em 83%.
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Tantos clarões e os escudos estavam ainda assim?
A nave tremeu violentamente. Agora que o interditor não podia mais atrapalhar, os torpedos
fotônicos estavam sendo disparados.
Caças imperiais estão sendo lançados.
Respondam ao ataque, e afastemse dela!
Movendose de ré, a Defiant disparava contra a Thunderbold. Estavam a apenas seis
quilômetros de distância, uma da outra.
Ela está muito mais rápida que nós! Não poderemos fugir!
Os escudos estão em 70%!
Então vá em direção ao Executor!
Pensou em usar os prisioneiros como barganha, mas mudou de idéia logo depois. Eles
queriam destruílos, sacrificando seus companheiros. Tinha que reconhecer, eles eram
determinados. Entraram no meio de uma poderosa frota imperial apenas para destruílos, sabendo
que provavelmente não seriam capazes de escapar.
Dois corvetes acabam de entrar na área. São rebeldes! – olhou para Quattroni – estão
bloqueando todas as transmissões, e o Império ainda não pediu auxílio.
Corrigindo, preparando uma forma de escapar. Se o Império não enviasse reforço, os
interditores seriam destruídos, tão facilmente quanto o primeiro. E assim, a nave recuperaria toda a
sua capacidade.
Comecem a esquentar os motores!
Mas os campos...
Que se dane! Kara, o que está captando dos campos de dobra deles?
Estão ativos, porém em freqüência muito baixa.
Então ponha os nossos na mesma freqüência, deverá equiparar as cois...
Quattroni foi ao chão, uma nova onde de ataques os atingira.
Escudos agora em 60%.
Eles estão virando!
Olhou para a tela. A Thunderbold estava virando e disparando os phasers em outra direção.
Em quem estão disparando?
Trek Wars – Roberto Kiss 221 www.scriptonauta.com.br
Nos torpedos e bombas espaciais lançados em sua direção pelos caças do Império –
respondeu Kara.
Então ataqueos.
Antes de dispararem, porém, foram atingidos pelos phasers laterais da nave, o que fez o
armeiro errar a mira. Ela podia disparar em quase todas as direções, e eles, apenas em frente, em
uma abertura de trinta graus.
Quanto tempo até o Executor?
Mais oito minutos!
E para os motores?
Dezessete!
Difícil, mas possível. Sua frota estava chegando, e a Storm tinha um poder de fogo muito
considerável.
Caças rebeldes entrando na área! Vários grupos estão saindo do hiperespaço próximo aos
interditores – disse Kara – Próximos a todos os Interditores! Alguns já estão disparando torpedos
prótons nos geradores de escudos destes. Os outros estão perseguindo os bombardeiros que
estão alvejando a Thunderbold.
Se os interditores fossem destruídos, a Thunderbold teria plena força, e eles ainda precisavam
esperar os motores se aquecerem.
Disparem contra os caças que estiverem ao alcance!
Senhor, a nossa mira...
Esqueça a mira! Sendo alvejados, eles farão evasivas!
Sim senhor.
****
Assim que saiu do Hiperespaço, a atenção de Jevar foi atraída pelos brilhos das explosões há
alguns quilômetros de distância. Olhando nesta direção, viu a Thunderbold disparando contra
aparentemente nada. Pelas pequenas explosões que surgiam no comprimento dos raios, imaginou
que deviam ser caças ou torpedos lançados contra ela. Logo abaixo, viu a carcaça de um provável
Interditor. O ataque provavelmente foi tão intenso, que a energia de seu reator deve sido dissipada
pelos phasers sem tempo de se expandir. Só isso justificava ele não ter sido feito em pedaços.
Coberto pelas nuvens de gás e destroços do interditor, viu a Defiant. Foi informado sobre ela
no resumo da missão, pouco antes de partirem. Viua disparar feixes de energia semelhante aos
da Thunderbold, aparentemente em direção a um outro interditor próximo.
Trek Wars – Roberto Kiss 222 www.scriptonauta.com.br
Não podia perder tempo admirando o trabalho de outros. Tinha sua própria missão pela frente.
Comandou o seu grupo de ywings para seguilo na formação dois. Armou os seus torpedos
pesados e focalizou o seu alvo. O gerador de escudo direito do interditor mais próximo – cerca de
dez quilômetros. Um de seus alas fez o mesmo, os outros dois travaram no outro gerador.
Quatro torpedos pesados em cada gerador iria destruílos, e ainda teria o suficiente para atingir
os motores e o hangar, facilitando a destruição deste pelo outros dois grupos mais afastados.
Olhou para o seu tático, observando as naves próximas. Tie interceptores tinham sido lançados
pelo interditor, mas eles poderiam disparar antes que chegassem até eles.
Havia dois grupos de xwings mais atrás, encarregados primeiramente de dar cobertura a
segunda leva de ataque. Os awing estavam indo na direção do executor. Iriam descarregar todos
os seus torpedos nos geradores dele antes de dar cobertura aos outros bombardeiros.
O sistema estava ainda tracejando o alvo. Precisava de alguns segundos para travalo
completamente. Quando pronto, disparou dois deles. Cada um de seu grupo fez o mesmo. Depois
disso, chaveou o comando de armas para turbolasers e estavam esperando os ties ficarem na
mira.
“Aqui é púrpura um. Amarelo um, tem dois grupos de bandidos na sua direção."
Já os vi, estamos nos preparando para combatelos.
“Precisa de ajuda? "
Se puder, não vou reclamar! Podemos pegálos na aproximação, mas são muito mais rápidos
que nós.
“Estamos a caminho, agüente por cinco minutos. "
Entendido. Grupo ywing amarelo, vamos engajar com os ties que se aproximam, amarelo
dois e três, peguem o grupo inicial, sigam em frente para o segundo grupo, cobriremos a sua
retaguarda.
“ Entendido, amarelo um."
Dois ywing desviaram parte da energia das armas para motores e se adiantaram.
Um brilho maior lhe chamou a atenção a sua esquerda, mas quando se virou, não viu nada.
“Amarelo um, tiebombers estão sendo lançados."
Aguarde, ainda não podem nos mirar.
“Na mira, disparando."
Trek Wars – Roberto Kiss 223 www.scriptonauta.com.br
Dispararam contra os interceptores, destruíram dois quase que de imediato, mais um foi
destruído quando iniciava uma evasiva, outro ficou aparentemente seriamente danificado. Os
outros dois se desviaram e estavam agora manobrando para pegálos pelos francos.
Amarelo quatro, pegue o da direita.
“Entendido."
Conforme planejado, os dois bombardeiros que vinham atrás destruíram os dois ties que
escaparam do primeiro ataque. Aquele que estava danificado acabou explodindo sozinho.
“Pegando o segundo grupo agora."
“Aqui é púrpura um. Amarelo um, estamos passando por vocês agora."
Procurou dos lados, viu quatro xwings o ultrapassarem e seguirem em frente.
Ótimo, dê cobertura aos dois que estão na frente, vamos seguir para os motores. Amarelos
dois e três sigam para o hangar assim que passarem pelos ties. Cuidado com os bombardeiros.
Pelo canal principal, começaram a surgir mensagens mais urgentes.
“Tem dois bandidos atrás de mim! ME AJUDEM."
“O que diabos foi isso?"
“Parece que veio daquela nave."
“Negro dois, evasiva, agora!"
“Ahhhhh..."
Neste último, pôde ouvir barulhos de explosões pequenas e metal sendo rasgado.
“Aqui é amarelo dois! Estão travando mísseis em mim!"
Tenha calma! lembrese do treinament...
Um brilho forte ofuscouo por alguns instantes, quando viu novamente, os ywing dois e tres
tinham desaparecido. Não havia destroços, nada! Apenas algumas nuvens de gas no local em que
estavam.
“Amarelo um, o que aconteceu?"
Ele ainda não sabia. Começou a olhar ao redor, tentando saber de onde tinha vindo aquele
brilho. Tinha sido muito próximo. Olhou para a Defiant. Ela ainda estava disparando feixes
aparentemente a esmo, próximo aos interditores. Só podia ser aquilo.
Deve ter sido a Defiant! Não há nada que possamos fazer, vamos prosseguir com a missão.
Eu irei para o hangar e você para os motores. Um torpedo em cada, na base do exaustor. Não
chegue muito perto.
Trek Wars – Roberto Kiss 224 www.scriptonauta.com.br
“Entendido."
Pelo seu tático, viu que o escudos do Interditor tinham caído.
Grupo branco, os escudos do interditor caíram, preparem as suas bombas espaciais.
“Aqui é branco um, entendido."
O alerta avisou que mísseis foram lançados contra ele, preparouse para fazer as evasivas.
Kirrer ainda não entendia por que não estavam lançando mais naves. Naquele ritmo, os
interditores seriam destruídos em breve! Manobrou o seu tiefighter para manter o awing inimigo
na mira, seus escudos já estavam fracos e sua fuselagem só demonstrava os danos dos tiros que
tinha recebido.
Alguns tiros certeiros e pronto! Mais um destruído. Olhou no tático para verificar a nave mais
próxima. Clarões de tiros ao seu redor lhe chamaram a atenção, estava sob ataque! Começou a
fazer evasivas ao mesmo tempo em que tentava localizar de onde vinha o ataque.
Eram duas naves, um xwing e outro awing. Sozinho, não tinha a menor chance.
Aqui é theta dois, estou sob ataque!
Preparou o seu ejetor, bastavam dois ou três tiros certeiros para destruir a sua nave. Não
precisou esperar muito para receber o primeiro, em seu painel solar direito. Um grande rombo se
abriu, ao mesmo tempo em que vários alertas ecoavam em seus ouvidos.
Um outro xwing apareceu na sua frente, e, pelos gases que emitia e faíscas que soltava,
estava prestes a se despedaçar. O piloto obviamente tentava disparar os mísseis restantes nos
geradores de escudo do Executor. Bom, se ele caísse, não seria sozinho.
Mirou o xwing e disparou diretamente na cabine, matando o piloto. Não pôde comemorar, pois
logo em seguida sua nave foi destruída e ele foi ejetado em segurança.
O Executor disparava contra os caças que o atacavam, e estes faziam muitas manobras para
prosseguir com sua missão prioritária – destruir os geradores de escudos da nave – evitando um
combate direto com as forças imperiais. Na direção da Defiant, estavam apenas os destroços do
primeiro interditor destruído e a Thunderbold. Uma ignorando a outra, seus disparos eram dirigidos
aos caças e torpedos lançados. Da última vez que tinha olhado, os escudos da Thunderbold
estavam perto de 50%. Não era a toa que estava se preocupando com os torpedos que lhe eram
direcionados.
Na direção do Eclipse não havia nada. Parecia que todos tinham juízo suficiente para
manterem distância dele. Mas se os caças rebeldes não o estavam atacando, então, qual era o
objetivo deles ali?
Apesar da insistência de seus conselheiros, o general Mirkyra não queria usar o Eclipse contra
os dois corvetes que estavam bloqueando as suas comunicações externas. Em breve os
interditores seriam todos destruídos, a Defiant não era páreo para a Thunderbold, e os escudos do
Executor também iriam cair em breve. Sem poder pedir auxílio, em breve todos os inimigos se
voltariam contra eles, e não podiam fazer muito contra aquela nave da Federação.
Ele estava esperando os interditores serem destruídos. Assim o principal da frota chegaria.
Devia ser só o que estavam esperando. Quanto àquela nave, seus escudos eram mais que
suficientes para mantêla ocupada por muito tempo.
Não, ele iria esperar. Que o Executor fosse sacrificado para isso! Vader lhe tinha dito que não
teriam chance melhor de esmagar a Aliança Rebelde que agora. Que assim seja! Eles que
pensassem que tudo estava de acordo com o que tinham planejado. Em breve, o Ultimate
chegaria, dando uma boa surpresa neles. Se chegasse depois da frota rebelde, tanto melhor.
Usaria a arma do Eclipse apenas quando a frota chegasse, não antes.
****
Capitão, no momento não há mais torpedos contra nós, a Defiant se afastou bastante e seus
motores estão se aquecendo. Calculo que em cinco minutos estarão em pé de igualdade conosco.
Nossos escudos estão perigosamente baixos, cerca de 30%. Não suportaremos muitos mais
disparos do Executor.
Muito bem, mirem nos interditores que sobraram e destruaos, vamos recuperar nossa
potência total antes deles.
A Thunderbold virou de lado, todos os phasers superires e inferiores foram usados para atingir
os quatro interditores que ainda restavam. Nenhum deles tinha escudos, e todos já estavam bem
danificados. Dois deles explodiram imediatamente, os outros dois começaram a se despedaçar.
Dois minutos depois, os campos de distorsão não mais atuavam.
Engenharia, elevar potência de motores para o nível normal.
Escudos começam a se recuperar, Capitão – disse Terak.
Capitão! Os sensores de longo alcance voltaram a operar. Estou captando a aproximação da
frota rebelde, três grupos. O primeiro deve chegar em alguns minutos. Também estou captando a
aproximação de outro super destróier, acompanhado de mais dois destróiers normais. E existe um
outro grupo de naves também vindo nesta direção. Algumas são do mesmo tipo que nos atacaram
antes.
Parece que está havendo uma reunião de todos os interessados. Onde esta a Defiant?
Atrás do Eclipse.
Nesse caso, vamos brincar de gato e rato. Senhor Singer, libere a mira para a Defiant.
Sim senhor.
A nave se moveu por sobre o Eclipse, para poder mirar na Defiant.
“Todos os caças, os escudos do Executor caíram para a metade. Graças a Thunderbold,
estamos livres para atacalo. VAMOS EM FRENTE!"
Trek Wars – Roberto Kiss 226 www.scriptonauta.com.br
Todos os grupos se moveram para atacar o Executor. Mas esse não seria presa fácil. Estava
agora lançando tudo o que podia, caças, transportes, shuttles. Tudo o que tinha armas era
lançado. Nenhum deles estava interessado na Thunderbold ou Defiant, seus alvos eram todo e
qualquer caça rebelde.
****
A primeira parte da frota de Safrã chegou. Tinham dez minutos para controlar a área. Vários
caças que saíram do hiperespaço começaram a avançar e garantir o perímetro de vinte
quilômetros especificado. Foi muito fácil, todos os caças imperiais estavam ocupados com a
primeira leva de ataque.
Súbito, a surpresa! Um novo super destróier surgiu do hiperespaço na frente deles. Os caças
que estavam sendo lançados com destino ao executor receberam ordens de engajar com essa
nova força. Os sensores revelaram que era o Ultimate. Não esperavam por ele. E não tinham como
avisar aos outros dois grupos que ainda se aproximavam o que estava ocorrendo.
****
Soer ficou impressionado com o que viu. Havia uma guerra violenta no setor, e a Thunderbold
estava lá, tentado atacar a Defiant que ficava circulando o Eclipse para escapar. Curiosamente o
Eclipse não fazia absolutamente nada, e nenhuma nave do Império seguia rumo a Thunderbold.
Uma rápida avaliação no tático revelou que os interditores foram destruídos, os escudos do
Executor estavam na metade e que uma nova força de ataque dos rebeldes vinham em sua
direção. Não havia sinal de destroços de cruzadores rebeldes. Isso significava que não tinham
sofrido nenhuma significativa perda, ainda.
Ordenou que todos os caças fossem lançados. Os alvos eram os cruzadores rebeldes. Seus
destróieres foram movidos em direção a eles. O Ultimate virou na direção do Eclipse. Soer
pretendia dividir as forças que atacavam o Executor.
Enviou o sinal de emergência para as forças próximas, e foi bem a tempo! Logo depois, suas
comunicações foram cortadas. Os relatórios indicavam que a causa era os dois corvetes mais atrás
dos cruzadores. O alcance de suas comunicações ficou restrito ao setor.
Ordenou que as novas levas de caças deveriam destruir aqueles corvetes.
General! Mensagem do Executor, não devemos deixar nossas naves entre o Eclipse e a frota
rebelde.
Não deviam? Mas... CLARO!
Muito bem, elevação!
Os recém chegados moveram suas naves acima do plano do setor.
General, outro grupo de naves está entrando!
Aliados?
Não, na verdade, não sei quem são. Mas há um cruzador calamari entre eles.
Trek Wars – Roberto Kiss 227 www.scriptonauta.com.br
Olhou para os sensores. Não conhecia a nave maior, mas as menores eram os corvetes
modificados dos piratas. De Quattroni!
Eles são aliados, ou pelo menos neutros. Ordene aos caças para ignorálos.
Blinter tinha farejado problemas a frente, mas não sabia bem se seriam rebeldes ou os
estrangeiros. Agora soube, eram ambos!
Onde está a Defiant?
Aparentemente, usando o Eclipse para se esquivar da Thunderbold, mas devem ser pegos
em alguns minutos.
Estamos ao alcance?
Sim senhor!
Então dispare! Ordene a todas as naves para atacarem a Thunderbold! Lance os nossos
caças com torpedos pesados!
Capitão! A Defiant está para ativar os seus motores! E as naves que acabam de chegar estão
vindo em nossa direção!
Eles sem dúvida estavam muito acostumados a se esquivarem, pensou Matias.
Eu acho que estamos em uma encrenca! Senhor Singer, Vamos sair daqui em dobra e
retornar pelo outro lado!
Não houve tempo de digitalizar as coordenadas, a nave foi atingida por poderosos disparos
concentrados vindos da Hurricane.
Perdemos os escudos de popa, estamos com danos na nacela um – informou Terak.
Não poderiam entrar em dobra agora.
Caças estão vindo em nossa direção, estão armados com torpedos pesados.
Senhor Singer, manobre a nave para fogo total! Destruam todos esses caças.
Um impacto forte fez todos caírem no chão. A Defiant estava agora contra atacando.
Escudos de proa se foram, Danos na seção disco. Dois emissores de phasers danificados.
Responder ao fogo! Ataque máximo!
Usando os micro campos de dobra Singer pôs a nave com força máxima de ataque em direção
a Defiant. Todos os phasers possíveis foram disparados. A Defiant perdeu definitivamente os seus
escudos, e sofreu muitos danos no casco principal. Um novo ataque a destruiria totalmente, mas
sofreram um novo ataque da Hurricane.
Suporte das nacelas atingido, porta do hangar avariada, dorsal com várias rupturas!
Trek Wars – Roberto Kiss 228 www.scriptonauta.com.br
Jevlack digitou a seqüência em seu console.
"Seqüência de ataque final iniciada!" informou o computador.
Todos se prepararam. Matias – que agora não tinha uma cadeira fixa – sentou em uma mais
atrás e se prendeu com os cintos de gravidade zero. Prendeuse a tempo de se proteger de outro
impacto.
"Alerta cinco avariada, ataque final cancelado!"
Hoho! – disse Jevlack.
Quattroni ordenou que voltassem para a proteção do Eclipse, o ultimo ataque do Hurricane
evitou que fossem destruídos. Eles estavam agora sem escudos frontais e com vários danos.
Senhor, em alguns segundos uma grande frota rebelde chegará, existe uma outra se
aproximando pelo outro lado. E as naves do Império também estão vindo dos postos próximos.
A outra nave dos estrangeiros está em algum lugar?
Não, não estou captando nada referente a esta nave.
Ótimo! Já tem muita gente aqui!
A Hurricane não pôde continuar atacando a Thunderbold, agora tinha de se preocupar em se
defender dos caças rebeldes. Isso deu a Thunderbold chance de posicionarse de forma que os
escudos remanescentes dessem alguma proteção.
A frota principal de Safrã tinha chegado! Sem interditores, e com todo o seu perímetro
protegido, deram início ao ataque ao Eclipse. Os corvetes com explosivos prepararamse para
partir em sua direção em dois minutos. A tripulação prudentemente abandonou a nave.
O Eclipse que até então permanecera isolado de tudo o que ocorria ao seu redor, finalmente
moveuse, sua poderosa arma apontando para a frota rebelde.
Capitão, estou captando uma grande energia sendo emanada do Eclipse. Parece que sua
arma está sendo energizada.
Avise aos rebeldes! É uma armadilha!
Soer viu da ponte o poderoso raio de energia que foi lançado em direção a frota rebelde.
Quatro naves foram vaporizadas. Duas, que estavam próximas ao raio sofreram violentos danos.
Mais da metade das tripulações morreram na hora.
Mas o efeito mais inesperado ocorreu com a Defiant e com a Thunderbold. Elas foram como
que sopradas ao vento quando ocorreu o disparo. Aparentemente, os campos de dobra de ambas
foram atraídos pelo feixe, e elas foram arrastadas junto.
A Defiant rapidamente retomou o controle, mas a Thunderbold continuou girando. Em direção
ao Ultimate!
General! A nave vai colidir conosco.
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Ele não respondeu. Estava em choque! Não havia tempo de nada, nem de se esquivar, e nem
de destruíla. Com a fonte de energia que ela possuía, com certeza o Ultimate seria destruído
também.
General! Devemos atacar?
Evacuar a nave!
O alerta foi dado, os hangares foram rapidamente abarrotados de pessoas desesperadas para
sair da nave. Se você está em uma nave com oito quilômetros de extensão e ouve o aviso de
abandonala, não vai querer perder tempo em saber o que poderia a estar ameaçando.
Quando estava a menos de quinhentos metros, a Thunderbold se estabilizou, porém ainda
vinha em sua direção. Seus phasers foram disparados, assim como os torpedos fotônicos. O
primeiro alvo foram os seus geradores de escudos, alvejados por todos os phasers superiores que
podiam atingilos. Quando foram destruídos, a nave moveuse para focar todas as suas armas
para o centro da nave.
Sem escudos, e sem interditores para causar anomalias em seus sistemas, os phasers todos
direcionados para um único ponto estavam cortando a fuselagem como se fosse água.
****
Darth Vader observava impassível a Thunderbold atacar o Ultimate. Em um instante havia se
livrado de seus escudos, e agora estava atravessandoa com os seus feixes de energia. Os outros
da ponte que também observavam não eram capazes de emitir nenhum som! Como achar algo
para descrever a cena dantesca que estavam vendo? Aquela nave estava abrindo um buraco bem
no meio de um super destróier do Império! Girava no sentido longitudinal e disparava seqüências
de phasers muito rápido, sempre no mesmo local.
Em alguns instantes, ela desapareceu por entre os gases e faíscas que saiam do ponto em
que atacava a nave. Foi quando surgiu uma bola de fogo que em muito lembrava uma estrela. Esta
bola era o efeito de uma explosão fantástica que abalou o Ultimate, o que causou um rombo
gigantesco, tanto no deck superior como inferior. Por um longo momento – menos de um segundo
– imaginaram que a Thunderbold tinha colidido com o Ultimate. Então a viram sair pelo outro lado.
Várias explosões começaram a surgir em pontos próximos ao ocorrido. Ela devia ter disparado
contra um dos geradores principais que ficava no meio da nave. Como haviam quatro geradores
próximos, todos eles devem ter entrado em colapso ao mesmo tempo, causando a poderosa
explosão!.
Apesar disso o Ultimate continuava a se mover – um buraco de trezentos metros não poderia
fazer uma nave daquele porte partirse em dois – caças ainda eram lançados de seus hangares, e
seus turbolasers ainda atacavam os caças rebeldes.
Ninguém se movia na ponte. Ficavam imaginando. O mesmo poderia acontecer com eles. Era
só uma questão de tempo. Se não atacassem aquela nave agora, ela os destruiria. Por que ela
estava sendo ignorada? Estavam com medo, quase em pânico. Até que Vader se virou.
Voltem aos seus postos.
Desnecessário dizer que todos obedeceram. Apesar do que viram ser impressionante e
assustador, Vader ainda era insuperável em causar medo.
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****
Quattroni sabia que assim que pudessem disparar contra a Defiant, seria o fim. Seus escudos
de navegação foram destruídos no último ataque, o que equivalia a dizer que não poderiam partir,
pois sem eles não havia como se orientar em velocidade de dobra. Não estavam em posição de
atacar a Thunderbold, o Ultimate estava na frente ou melhor a carcaça do Ultimate, sofrendo
muitas explosões e expelindo muito gás estava na frente.
Estavam voltando para detrás do Eclipse. E já tinham diminuído os campos de dobra ao
mínimo, para evitar que fossem jogados novamente quando este voltasse a disparar. O que não
demoraria muito.
Travar phasers nos cruzadores rebeldes!
Pronto!
Disparar!
A quase oitenta quilômetros de distância, um cruzador rebelde foi atingido , os phasers – muito
mais potentes que os da Thunderbold – o atravessaram e ainda atingiram um outro cruzador, mais
atrás.
Tiro certeiro! Os escudos deles não foram capazes de resistir.
Por que não? Pensou Quattroni.
Senhor, a maioria dos cruzadores rebeldes está sem escudos, deve ser por causa do disparo
do eclipse.
Então, dispare a vontade!
Sem ninguém os incomodando, a Defiant usava as naves rebeldes como galeria de tiro. Foi
então que uma delas – um corvete – saiu da formação e acelerou para o hiperespaço, com o
Eclipse na frente!
Acompanhando pela tela, viu a nave atingir o Eclipse e causar uma explosão muito maior que
aquela feita no Ultimate. Foi tão grande que o Eclipse foi forçado a se mover.
Escudos do Eclipse!
Em... 92% senhor. – respondeu Kara.
Outro corvete começou a se movimentar, seguindo o mesmo caminho que o outro.
Destruam esse corvete! E todos os outros.
Os phasers foram disparados. Após seis disparos consecutivos, o corvete foi destruído. A mira
foi desviada para os outros corvetes da frota rebelde, mais um foi destruído, logo depois soou o
aviso!
"Atenção! Cristais dilítio sofrendo retroalimentação!"
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O que significa isso?
"Se a retroalimentação continuar, os cristais serão danificados e a nave ficará sem energia."
Engenharia, peguem Anderson e descubram o que está acontecendo com os cristais.
A Defiant sofreu um novo impulso, o Eclipse voltara a disparar.
Apesar da extensão dos danos, na ponte, poucos sentiram algo mais que uma vibração. O
tamanho da nave acabou sendo sua própria proteção. Mas Soer sabia que a nave estava em sério
perigo. Várias explosões continuavam a ecoar por dentro dela. Reatores de energia explodiam em
seqüência, o que fatalmente iria destruíla.
Não há como controlar tamanha área afetada. Desligamos um reator e outro explode no
lugar.
Continue lançando os caças – disse Soer sem se incomodar com o relatório.
Os rebeldes estão atacandonos com torpedos pesados.
Ele não precisava que lhe dissessem isso. Já estava vendo em primeira mão os danos que os
torpedos causavam em sua fuselagem. 30% da nave já estava perdida. Pelo prognóstico, teriam
ainda três horas antes de outros reatores principais serem atingidos pelas explosões em
seqüência.
Como está a Thunderbold?
Somente há poucos momentos eles diminuíram a marcha, acho que estavam sem controle,
por isso vieram contra nós. Estão seguindo agora em direção ao Eclipse.
Não! Eles queriam a Defiant. E já a teriam destruído não fosse por tantas interrupções. Aquela
luta estava ficando incontrolável. Podia ouvir o pessoal tático tentando desesperadamente
coordenar o ataque. Tinham agora mais de seiscentas naves mostradas na holomesa de controle.
Um brilho lhe chamou a atenção. Era o Eclipse novamente.
General! Estamos sem controle. Os jatos de manobras que estão operando são insuficientes
para controlar o curso da nave.
Desligar os motores. Todos eles! Quanto tempo até todos os caças saírem?
Esqueça a coordenação, apenas os lance! Não se incomode com grupos.
A ordem foi passada para a coordenação de lançamento.
Mais da metade dos cruzadores rebeldes está seriamente danificada ou perdida.
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A situação ainda era favorável para eles. Em alguns minutos, novos interditores chegariam,
juntamente com toda a esquadra que estava próxima. Ainda que o Ultimate e o Executor fossem
destruídos, ainda que as naves da federação também o fossem, a rebelião iria acabar ali.
Em mais quinze minutos o hangar estará na área das explosões.
Grande novidade. Ele e sua boca! Tinha de dizer que iria sacrificar o Ultimate?
General!
Sim?
Acabo de calcular o nosso curso. Estamos indo em direção ao Eclipse.
Quanto tempo?
Quarenta minutos!
Avise o Eclipse que ele pode destruir o Ultimate em trinta minutos.
A cacofonia de palavras ditas na ponte pelo pessoal de coordenação tática ficou muda de
repente.
É UMA ORDEM!
Sim senhor.
Em alguns segundos, todos voltaram a suas tarefas.
Foi bom enquanto durou. Pensou. Pelo menos, tinha feito quase tudo o que se propusera a
fazer.
****
Safrã tinha se sentado na sala de controle tática. A situação estava fora de controle. Não
imaginava que o Eclipse podia disparar. Eles foram enganados! E não havia como avisar a
segunda metade da frota que se aproximava.
Antes dos bloqueadores serem ajustados para englobarem as novas naves, um sinal de
socorro foi emitido. Os reforços chegariam em breve. Apesar de um dos super destróieres estar
condenado, isso não os ajudava. Estavam em inferioridade. Sozinho, o Eclipse podia acabar com
eles, e a Thunderbold não poderia fazer com ele o que fez com o Ultimate. Os geradores de
escudos eram internos.
Lançar todos os caças, transportes, qualquer coisa!
Já que aquela era a ultima batalha, então era melhor que fossem logo para o tudo ou nada.
Os reforço do Império começou a chegar. Primeiro dois destróieres, depois mais quatro. Dois
interditores chegaram a acionaram os seus campos disruptores. A Thunderbold, assim como a
Defiant, já tinha reduzido a freqüência de seus campos. Apesar de uma das nacelas estar
levemente danificada, os campos ainda podiam ser formados.
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****
Matias. Lamento mas o seu posto vai ter vida curta.
Foi bom enquanto durou – respondeu – Só acho uma pena que provavelmente não
saberemos o final.
Terak, temos como derrubar os escudos do Eclipse?
Sim, se tivéssemos umas duas horas para isso.
Não temos duas horas. O que poderia fazer estes escudos caírem?
Somente se eles o desligassem ou todos os seus sistemas sofressem uma pane inesperada.
Todos os sistemas? Um sorriso começou a se formar no rosto do Capitão.
Terak, já tinha projetado como configurar os motores para aquela implosão que planejava
usar para fechar a fenda?
Sim. Na verdade, é uma operação bem simples. Bastaria fazer os controles de manobras
tentar nos movimentar em todas as direções para forçar a expansão forçada do campo, e, logo em
seguida inverter a direção de movimento. Isso faria o campo engolir a si mesmo, comprimindo tudo
o que estivesse dentro dele, causando um efeito supernova. É claro que teríamos...
Faça a programação agora!
Capitão?
FAÇA!
Sim senhor.
Terak começou a usar o seu console.
Senhor Singer, rume direto para o meio do Eclipse. Engenharia, ao meu sinal, quero os
campos de dobra a plena força e expandidos ao máximo!
Terak e Matias olharam para ele.
Eu sei muito bem o que vai ocorrer. E estou contando com isso.
“Estamos aguardando, senhor."
Um aviso senhor – disse Terak – uma vez iniciado, não há como voltar atrás. E a pressão que
os campos irão fazer no continuum durante a expansão forçada não deixará que nada saia de
dentro dele.
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Nem entrar?
Nem entrar respondeu.
Ótimo! Agora, só precisava que os imperiais continuassem a ignoralos como tinham feito até
agora.
Capitão?
Sim Matias?
É impressão minha ou vai fazer outra daquelas suas jogadas estratégicas?
Ele olhou divertido para ele.
A vantagem de se estar em uma situação em que não há nada a ser feito, é que você pode
fazer qualquer coisa. Sem medo que não dê certo.
Senhor, antes dos interditores chegarem, eu tinha captado a segunda metade da frota
rebelde, devem chegar em alguns minutos. E havia algo peculiar na nave capitânia, parecia um
pouco maior que a de Safrã. Como se tivesse um apêndice diferenciado.
Vulcanos são ótimos para fazer comentários condizentes com a situação.
Como está indo a programação?
acabo de concluíla. Como uma das nacelas está danificada, a movimentação do campo será
feita apenas pela nacela dois, mas terá o mesmo efeito.
Muito bem.
Lá vem outra corte marcial pela destruição de uma nave.
A Thunderbold ficou a apenas cem metros do Eclipse. Os campos de dobra foram expandidos
até envolver a metade desta. Isso causou um estranho efeito nos seus escudos. Parecia que uma
linha a estava atravessando.
Acionar!
O campo de energia amarelo envolveu o Eclipse, gigantescos raios aparentemente elétricos
começaram a sair de seus escudos. Ambas as naves oscilavam de forma incrível!
Terak! Cause uma sobreposição entre os campos.
As bobinas da nacela um irão se queimar devido...
AGORA!
Com o efeito dos campos de dobra mais os campos disruptores dos interditores, e destes
campos estarem em distorção. Os sistemas do Eclipse ficaram em pane total! Reatores internos
explodiam, a super arma que estava prestes a dar um novo tiro, parou de funcionar. Na
Thunderbold, todos os sistemas principais que seriam usados na implosão foram desligados para
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evitar a sobrecarga.E como Terak tinha tentado avisar, as bobinas da nacela um ficaram
irremediavelmente danificadas. Eles não poderiam se mover sem uma grande reprogramação nos
sistemas de motores para operar com apenas uma nacela.
****
Safrã viu o que estava ocorrendo, e soube que finalmente teriam uma chance! Mas seu sorriso
desapareceu no momento em que viu a Defiant.
Os escudos do Eclipse caíram! Seus sistemas também. Há várias explosões internas –
informou Terak Também perdemos totalmente a nacela um. Apesar de ainda estar operacional,
sem as bobinas controladoras de plasma ela ficou inútil.
É aceitável. Engenharia desligar os campos, retorneos para a freqüência baixa. E evacuem
todos para a seção disco! Vocês tem um minuto!
Capitão a Defia...
Um poderoso impacto foi sentido na nave, sua nacela um fora destruída pela Defiant. Um
duplo disparo phaser atingiu a região próxima a ponte, causando uma violenta – e mortal – chuva
de destroços dos pedaços do casco interno sob os tripulantes.
O impacto jogou Matias ao chão. Quando reparou, percebeu que foi atingido no braço por uma
ponta bem fina de um pedaço que antes compunha o painel de Terak. Ao se levantar viu que o
Capitão estava caído, com vários ferimentos e danos. Podia ver os circuitos de seu braço e perna
direitos. O lado direito de seu rosto estava com a pele sintética arrancada. Dava para ver alguns
circuitos do olho e as engrenagens de sua mandíbula. Mas também havia sangue, principalmente
no tórax. . Por isso ele estava vivo, O Capitão havia recebido a maior parte do impacto.
****
Olhou ao redor. Terak estava no chão, com vários estilhaços pelo corpo. Parecia morto. Singer
estava largado em um canto em estado de choque. A tela, que ainda funcionava, mostrava a
Defiant, dando a volta para terminar com o serviço.
O Capitão estava com dificuldades para se mover. O dano em seus sistemas devia ter sido
grande. Ele era o único que estava em condições de fazer algo. Foi até o console auxiliar de Terak
– já que o principal dele estava espalhado pela ponte – e verificou a programação dos motores.
Era só acionar.
Ex,,,ploda a seçã....
Olhou para o Capitão. Ele queria dizer algo. Aproximouse para ouvir melhor.
Exploda a dorsal. Código seis.
Era a evacuação da nave. Tinha que explodir a dorsal para liberar a seção disco da seção de
engenharia. E sair dali. Teria apenas energia auxiliar, mas daria para alguma coisa. A Seção de
engenharia seria usada para causar a implosão.
Olhou para a tela, a Defiant estava para dar a volta. Não teria tempo. Mesmo assim, foi ao
painel e fez a programação. Tinham cinco minutos para estar bem longe. Muito fácil se ali não
estivesse um verdadeiro engarrafamento de naves.
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Um sinal no painel do navegador mostrou que outro grupo de naves estava chegando. Tinha
muita gente querendo entrar naquela festa. Olhou para a tela. A Defiant iria entrar em posição para
disparar em alguns segundos.
Preparouse para morrer. Não havia como se defender do tiro, nem de responder ao fogo. Ele
não conseguiria digitalizar o painel do armeiro a tempo. Por falar nisso, onde ele e o painel foram
parar?
Ia começar a olhar ao redor quando uma luz na tela lhe chamou a atenção. A Defiant fora
atingida por um disparo Phaser! E não era deles. E só havia mais uma nave naquela galáxia que
poderia ter feito aquilo!
Capítulo 22
Lauriel ficou impressionada com o que viu assim que saiu do hiperespaço. O seu tático quase
não conseguia dar conta de tantas naves se movendo por lá.
Era líder de um grupo de seis xwings. Lia, apesar de não ser uma ás, era a segunda de outro
grupo de awings. Estavam na situação de terem caças sobrando e falta de pilotos. Até faxineiros
estavam pilotando.
Estava pensando em Ígnea, que preferiu partir com a Starfleet. Talvez fosse melhor assim,
tinha séria dúvidas de que sairiam vivos daquela missão. Bom, estas dúvidas agora estavam se
transformando em certeza. Visualmente, haviam vários destróieres, cruzadores, dois super
destróieres – talvez seja melhor dizer um e meio, já que um deles estava com várias explosões
ocorrendo em seu casco. Provável cortesia da Thunderbold.
Localizou a Thunderbold, estava colada do Eclipse, e visualmente, havia uma campo de
energia os envolvendo. O som da sua unidade R2 avisoua de que estava sob ataque. Haviam
saído muito próximos a zona de combate. Já havia um assalt gunboat e dois tie interceptores atrás
dela.
“Lauriel! Cuidado com a retaguarda."
Foi bem a tempo, um míssil foi lançado quase a queima roupa, desviouse para que ele
passasse por baixo dela e já o destruiu assim que ficou na mira. Logo depois foi atingida por vários
disparos dos três caças que a perseguiam. Seus escudos resistiram, mais caíram para apenas 8%.
Outra saraivada destas e estava acabada.
“Aqui é branco dois, fui atingido!"
“Aqui é branco seis, preciso de ajuda aqui!"
“Motores em apenas meia força! Ajudemme!’
Ia pedir ajuda, mas, pelo que acabara de ouvir, ninguém ia estar disponível.
Aqui é branco um – disse – façam evasivas na direção de seu companheiro, ajudeo a se
livrar de seus perseguidores, assim todos nós escapamos!
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Virou na direção do primeiro colega de grupo que achou, tinha dois tiesfighter atacandoo,
dois de seus motores estavam soltando faíscas. Mudou o seletor de tiro para quádruplo, acabou
um caça no primeiro tiro, danificou o outro no segundo. Nesse meio tempo foi atingida novamente,
seu comunicador e lançadores ficaram inoperantes. A unidade R2 já se pôs a começar os reparos.
Pelo tático, viu que dois dos seus já tinham sido destruídos. Estavam no meio de um monte de
inimigos. Foi o pior lugar possível para sair do hiperespaço, estavam bem em cima do Executor.
Um brilho forte lhe chamou a atenção! Era algo atingindo o Defiant, que por sua vez, parecia
ter acabado te atacar a Thunderbold – estavam saindo lampejos de explosões desta. Espere um
pouco! Se a Thunderbold e a Defiant estavam lá na sua frente, quem disparou este raio que veio
de traz?
Olhou o tático, procurou naves de configuração desconhecida. A Starfleet estava lá! Tinha
acabado de sair da traz da nave de Karakyr.
Uma explosão de um awing ocorreu bem na sua frente!
Lia, você está bem?
Um tiro na sua asa inutilizou um de seus turbolasers. Tinha que cuidar de si mesma! Mas ela
não queria descobrir que tinha passado por tudo aquilo para salvar Lia apenas para vêla como
estatística em um combate.
****
Relatório!
A Defiant ainda está operacional, nosso tiro apenas enfraqueceu os seus escudos de
bombordo. A Thunderbold está com vários danos, inclusive na ponte.
Abra um canal para a Thunderbold!
Na tela, surgiu o rosto de Matias. Um calafrio passou por Tirvik, mais atrás, deitado no chão,
estava Jevlack, com seus membros biônicos danificados e sangue escoando de seu peito, mas ele
ainda se movia. Ao fundo da ponte, estavam os substitutos de comandos, todos desacordados,
havia uma pessoa que parecia estar encravada em um dos painéis.
Por que demoraram tanto? – disse Matias – preciso que nos dêem cinco minutos para que eu
possa separar a seção disco, depois disso, vamos ter quinze para sair daqui antes que tudo
exploda!
Senhor Thompson, você ouviu! Continue a manter a Defiant ocupada.
Sim senhora. Seus escudos dianteiros estão inoperantes, só preciso de uma boa posição.
Senhora Nille?
Já estou trabalhando, Capitã.
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A imagem foi cortada, agora a tela mostrava novamente a Defiant tentado se ocultar por detrás
do Eclipse, que os sensores mostravam como inoperante e sofrendo muitas explosões internas.
****
Ígnea também estava na ponte. A Capitã havia decidido seguir a frota de Karakyr quando
captaram o Ultimate indo em direção ao setor. Para evitar que fossem percebidos pela
Thunderbold – e Jevlack ordenasse que mudassem de curso desconectaram o computador
principal do deles e praticamente colaram na nave capitania da segunda frota, de forma que os
sensores deles não poderiam diferenciar uma nave da outra.
Vendo tudo aquilo, ela sabia muito bem que Lauriel teria poucas chances de sobreviver.
Gostaria de estar lá, pilotando um caça junto com eles. Pelo menos morreria entre amigos.
A nave começou a balançar, estavam sendo alvejados pelos destróieres próximos!
Phasers foram imediatamente disparados contra seus geradores de escudos, em seguida,
deixavam o serviço para os caças rebeldes que estavam próximos.
“Processador central ativado! Graves danos internos. Sistemas de coordenação motora e de
interface mental entre próteses e consciência com retroalimentação devido a retrocarga de fontes
de energia avariadas..."
Para com essa conversa científica e dê um jeito de eu poder me mover de novo.
"Você me deixou desativado por mais de seis anos, preciso saber o status do organismo para
me situar..."
O status é: Estou arrebentado e não posso me mover! Conserte! Ou pelo menos deixe minha
boca funcionando!
"Os servo motores do lado direito da mandíbula estão recebendo impulsos desgovernados,
essa é a razão de ser difícil falar"
E de morder a língua também.
"A solução mas rápida seria desativar qualquer impulso para estes servo motores, os músculos
do lado esquerdo do crânio ,que ainda são orgânicos poderão movimentar a mandíbula
corretamente, no entanto será preciso um maior esfor..."
FAZ ESSA PORRA LOGO!
"Seu linguajar não mudou nada. Efetuando rompimento de neuro conexão. Pode ocorrer algum
espasmo..."
AIII!!
"... de contração da mandíbula, sugiro que recolha a língua o máximo possível por precaução."
"Você realmente me odeia, não."
Não, eu adoro ter um computador interno, que só Deus sabe quem foi que colocou ele ai, que
acessa minhas memórias, que sabe tudo o que eu penso e faz intermináveis comentários sobre
qualquer porcaria. Principalmente em momentos íntimos ou desesperadores!
"Está sendo sarcástico?"
É uma pena eu não ser capaz de silenciar minha mente. Assim você não ficaria perguntando
toda hora sobre o óbvio.
"Mas você já é perfeitamente capaz de coordenar a conversa com pessoas e comigo ao
mesmo tempo, aprendeu o poder de pensamento paralelo ilimitado proporcionado pelas neuro
conexões mentais de seus neurônios..."
Já desativou os membros que não posso mais controlar?
"Sim"
Então, boa noite!
"Segundo meu cronômetro interno, agora são quatro da tard..."
CALE A BOCA!
"Caso tenha novamente se esquecido, eu não tenho e nem necessito de aparelho fonético..."
Toda vez que eu te ativo, eu me lembro porquê o desativo em seguida. Parece que demonstra
prazer em me irritar!
"Na verdade, prazer é... Processador central desativado."
Gostei!
Matias – disse Jevlack tentando se levantar – qual a situação?
Capitão? – ele estava surpreso – já ativei o programa que Terak fez. Em menos de cinco
minutos os motores irão funcionar. Depois disso, teremos cerca de quinze para sairmos de perto.
Estou aguardando que a tripulação da engenharia chegue a seção disco.
Ótimo – usando apenas a mão e perna esquerda, sentouse na sua cadeira novamente – se
não se importar, assuma o posto do navegador, acho que não posso fazer muita coisa com apenas
metade do corpo.
Sim senhor.
Olhou para Terak, enquanto Matias se sentava no console danificado. Já tinha reparado aonde
estava o armeiro. Estava colado na parede do outro lado junto com o seu painel. Terak parecia
morto, mas notou que respirava – muito fracamente.
Seus olhos estavam abertos. Sua mente já estava parando de funcionar. Conhecia
profundamente a cultura vulcana, e sabia o que tinha de fazer antes que ele morresse. Mas não
Trek Wars – Roberto Kiss 240 www.scriptonauta.com.br
Sala de transporte, teleportem todos os feridos da ponte, com exceção de mim e do Imediato
Matias para a Enfermaria.
“Transportes inoperantes Capitão."
Enfermaria, envie uma equipe para a ponte, acelerado.
"Assim que possível, senhor. Não tenho pessoal disponível!"
Não quis questionar. Quase nada podia ser feito por Terak, que aparentemente era o único
gravemente ferido que ainda estava vivo. Olhou para a tela. Via o Eclipse, totalmente imóvel, e a
Defiant fugindo de disparos phasers – com certeza vindos da Starfleet – Eles estavam fora do
páreo agora.
Capitão! Estamos sendo contatados pelo Executor. E todos reportam que a seção de
engenharia foi evacuada.
Chegou a hora. Pensou.
Complete a ligação
Na tela, surgiu a figura de Darth Vader. Na verdade, apareceu apenas o capacete dele, já que
nem seus olhos eram visíveis. Ele moveu a cabeça de uma forma que demonstrou surpresa,
provavelmente por causa de seus circuitos expostos.
Capitão da Thunderbold! Sua nave está inoperante, e a frota rebelde e a outra nave não
poderão resistir por muito mais tempo. Temos naves mais do que suficientes para subjugalos, não
importa quantas sejam destruídas. Não há motivo para continuar resistindo.
Ele queria a Thunderbold também, não havia dúvida. Já tinha desconfiado disso ao notar que
estava sendo tratado muito "suavemente" pelas forças imperiais. Houve vários momentos em que
podiam ser destruídos, mas só foram atacados o suficiente para que seus escudos ficassem muito
baixos.
Eu até concordaria com você, se não fosse um pequeno detalhe – levou a sua mão esquerda
para o seu console e digitou a seqüência de detonação da dorsal.
E que detalhe seria esse?
Sorriu. Imaginou como seu sorriso devia estar aparecendo, com partes mecânicas e orgânicas
a mostra.
EU TRAPECEIO!
Ativou a seqüência de detonação. Toda a seção disco vibrou com as explosões que
percorreram a dorsal. Em um instante, a seção disco moveuse a deriva, impulsionada pela
explosão que a libertara. Rapidamente Matias assumiu o controle e moveu a nave em direção a
Starfleet. Seus phasers ainda funcionavam – apesar de disporem apenas de energia auxiliar – e
ele aproveitou e disparou alguns nas naves próximas ele já devia ter configurado algum comando
de armas para o painel.
Trek Wars – Roberto Kiss 241 www.scriptonauta.com.br
Esperou se afastarem um pouco – alguns segundos – e pegou um estilhaço próximo e
arremessou no console que Matias usou para ativar o temporizador que iniciaria a implosão
programada. Havia um comando para acionala imediatamente. Foi um tiro certeiro! Mira eletrônica
ajuda.
Não importava o fato de não estarem mais fisicamente conectadas, não haviam fios para o
envio de comandos de um lado ao outro da nave – esse era o motivo de nunca terem conseguido
ativar a Defiant – o computador que controlava os motores da seção de engenharia, recebeu a
ordem e imediatamente acionou a dobra em todas as direções.
Um violento campo de energia envolveu a seção abandonada – conseqüência dos campos
disruptores dos interditores que estavam por lá, mas afetou os sistemas internos por muito pouco
tempo. A torção no continuum ficou rapidamente tão grande, que o efeito foi isolado do interior do
campo. Como Terak tinha dito, a uso de apenas uma nacela teve o mesmo efeito desejado.
Matias, abra todas as freqüências.
Ele se levantou e acionou o comando.
Pronto senhor.
Aqui é o Capitão da USS Thunderbold, a seção de engenharia de minha nave irá causar uma
explosão equivalente a uma super nova em menos de quinze minutos, o processo é irreversível e
não há como a destruírem agora. Sugiro que caiam fora daqui. Eu pretendo fazer isso.
Matias, tudo a frente. Teremos de ser rebocados pela Starfleet. A Defiant não poderá ir
embora sem os escudos de navegação, e mesmo que parta, não poderá escapar da Starfleet
depois.
Sim senhor – disse sorrindo.
Apesar de não terem mais campos de dobra, os motores tinham muito menos massa para
movimentar agora. Assim, com uma velocidade até maior do que um awing, a Thunderbold – a
seção disco dela – alcançaria a Starfleet em alguns minutos.
Vader ainda estava na tela.
Não vai ser desta vez meu caro.
Você é muito peculiar, Jevlack. Mas, sob muitos aspectos, somos semelhantes. De qualquer
forma, eu já tenho o que realmente queria de vocês. Aguardarei o nosso próximo encontro.
A tela se apagou.
Só em sonhos, meu caro. Pensou. Acreditava que nunca mais o veria.
Trek Wars – Roberto Kiss 242 www.scriptonauta.com.br
Estamos captando um acúmulo de energia de extrema magnitude no interior da nave. O
campo que está se formando, em breve impedirá que possamos obter mais dados. Parece que
este campo está rompendo o próprio continuum!
E o que significa? – perguntou Vader.
Que não temos nada que possa atravessar o campo e destruir a nave antes da explosão.
Abra um canal para todos os Destróieres.
****
Apesar de todos terem recebido o aviso de Jevlack, a grande maioria estava ocupada com os
combates. Lia já tinha recuperado parte dos escudos, mas nunca conseguia levantalos a mais de
30%. Sempre aparecia algum maldito para acertala novamente.
Até que ela estava se saindo muito bem, apesar de ter ficado anos sem pilotar um caça em
combate. Provavelmente os pilotos do Império eram muito ruins. Mas não fazia diferença. Já tinha
abatido onze cacas e agora se aproximava de mais um. Teve que evadirse rápido pois este em
especial tinha acabado de se virar e disparar um míssil.
Assim que o míssil passou por ela, enquadrou a nave oponente e disparou três mísseis em
seqüência. Seus escudos não podiam protegela de tal ataque. Foi destruída imediatamente.
Manobrou para enquadrar o que foi disparado contra ela e o destruiu.
Aproveitou o tempo enquanto procurava no tático a nave oponente mais próxima para pensar
no aviso que Jevlack tinha dado. Como sair de lá com os Interditores funcionando?
Uma explosão próxima lhe chamou a atenção. Era um interditor. Ainda podia se ver phasers o
atravessando. Seguiu a direção de onde vinha o feixe e viu a Starfleet, parecia que um corvete
tinha acabado de bater nela, ela girava e a carcaça do corvete girava na direção oposta. Mas a
Starfleet parecia bem, logo depois recuperou o controle e voltou a disparar.
“Todos os caças, assim que possível, partam imediatamente para o hiperespaço, a Starfleet
está destruindo os interditores."
Eles iam vencer! Tinha visto o que tinha acontecido com o Eclipse, e logo depois, pelos seus
sensores – os sensores dos awings são os mais eficientes entre os caças rebeldes – que o
Eclipse estava desabilitado. Ele seria destruído na explosão. A missão seria um sucesso.
Alerta de Escudos! Estavam enfraquecendo. Estava sob ataque. Iniciou uma evasiva para
cercar o agressor.
“FUI ATINGIDA! AJUDEMME!"
Era Lauriel! Ignorou os que a atacavam e seguiu em sua direção. Tinha quatro caças atrás
dela, e nenhum aliado tinha como ajudala – todos tinham os seus próprios problemas. Disparou
contra um tiefighter próximo. Não o destruiu, mas o danificou o bastante para que desistisse do
ataque. Partiu para o segundo, este foi fácil acertar. Antes de enquadrar o terceiro, Lauriel foi
novamente atingida.
“Estou com muitos danos! Não posso ejetar!"
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Que a força me ajude! Rezava Lia desesperada. Disparou um míssil sem que o sistema de
mira trancasse o alvo – era a única chance – e deu certo! O Assalt gunboat com seus escudos
enfraquecidos foi destruído na hora. O quarto atacante achou prudente dar o fora de lá.
Lauriel, como você está?
“Não tenho como prosseguir, minha unidade R2 foi destruída, lasers e lançadores
inoperantes."
Retorne a um dos cruzadores.
"Entendido, acho que agora estamos quites!"
Na verdade, você ainda me deve algumas...
Ia acompanhala para lhe dar cobertura. Entrou em pânico quando viu disparos na direção de
Lauriel! Eram do primeiro tiefighter danificado que tinha fugido!
Os disparos atingiram um dos motores do xwing, causando uma explosão que o fez girar de
forma descontrolada em direção ao Executor logo abaixo! Duas asas da nave foram arrancadas na
explosão, os outros motores se apagaram. Não havia como Lauriel desviar a nave. Destruiu o
atacante ao mesmo tempo em que gritava "EJETE! EJETE!" Depois se lembrou que ela não podia
se ejetar! Ouviu o último grito dela no comunicador.
HO NÃÃOOO!
Assistiu, sem poder fazer nada, o xwing de Lauriel colidir contra a torre do Executor.
Nem teve tempo de chorar, de repente, houve um clarão, vários sistemas soaram alarmes,
ejeção, lançadores, hiperdrive, tático e um dos motores ficaram danificados! Aquele momento de
distração foi o suficiente para que um míssil fosse lançado contra ela e a atingisse!
Moveu o danificado awing para se esquivar do ataque que estava recebendo. O grito de
Lauriel ainda ecoava em sua mente. No meio da evasiva viu outra nave. Atirou e a destruiu. O grito
continuava. Outra nave no canto do olho lhe chamou a atenção, virou para ela e disparou,
destruindoa também. Não havia nenhum pensamento em sua mente. Havia apenas o grito, o
último som emitido por Lauriel. Tudo o que Lia fazia era mirar, atirar, destruir.
Mirar, atirar, destruir.
Mirar, atirar, destruir.
Mirar, atirar, destruir.
Sempre ouvindo o grito de Lauriel.
****
Quattroni estava preparando um plano de fuga. Ouviu – como todos – a mensagem de Jevlack,
e não queria ficar por ali para saber se era um blefe ou não. Já tinha ordenado a sua frota – o que
sobrou dela – para saírem dali assim que possível. Era só esperar que os interditores fossem
destruídos.
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Tinha recebido a mensagem há poucos minutos que todos os prisioneiros tinham
desaparecido. Pior! Não podia mandar ninguém procuralos, não na situação que estavam.
Estavam usando cálculos manuais para entrarem em dobra quando possível em direção a algum
lugar onde era certeza que não bateriam em nada. Se a explosão da nave seria equivalente a uma
supernova, então teriam que ir para bem longe.
Tinham conseguido escapar da Starfleet, colocando o Eclipse como escudo, se bem que do
jeito que estavam as explosões internas captadas, aquele escudo não ia durar muito. Será que o
General era tão imbecil que não iria desligar os sistemas? Não que isso fizesse qualquer diferença,
agora.
Senhor! Algo está errado! O leme não responde!
O mesmo vale para o painel de armas.
Comunicações internas inoperantes!
As luzes se apagaram! Estavam sendo desligados!
Muito bem, vamos embora!
Todos seguiram para o turboelevador em direção ao deck 12, e bem a tempo, assim que
saíram pela porta, os turboelevadores pararam de funcionar. Tudo estava sendo desligado! Devia
ser obra dos prisioneiros, mas como se livraram do controle das drogas?
Não havia como ajudar os outros, apenas eles podiam escapar agora. Abriram a escotilha de
manutenção – para reparos do lado externo da nave – e entraram na Revenger, que tinha
permanecido camuflada e acoplada a nave desde o começo. Era a fuga de emergência que tinha
planejado caso fosse necessário. Era uma pena, mas o contrato não iria ser cumprido. E
provavelmente nem iria receber o ultimo pagamento de Soer, ele não conseguira sair do Ultimate.
O hangar deste já tinha sido alcançado pelo incêndio, e os casulos de fuga não o deixariam longe
da explosão.
Fechou a porta atrás de si e ativou os controles. Iria continuar com a nave camuflada até que
pudesse partir para o hiperespaço. Olhou no tático. Todos as naves grandes – Rebeldes e
imperiais – estavam se posicionando para o ponto de fuga. Incluindo o Executor. Os caças ainda
se digladiavam, mas a maioria estava indo embora. Não deixava de ser cômico. Há poucos
minutos, não parava de chegar naves, agora, todos queriam ir embora, como se percebessem que
o último transporte estava para partir.
Vader ainda estava fazendo sacrifícios! Os oito interditores que tinham chegado não estavam
se preparando para partir. Com certeza ele queria garantir que os rebeldes não fugissem. O
problema era que isso garantia que eles também não conseguissem.
Meu Deus! Como foi difícil – disse Anderson.
Eu não esperava que acionassem todo o sistema de armas e segurança. Demorou para
desviarmos da segurança adicional que tivemos de enfrentar – justificouse Diana.
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Quando o ataque começou, perceberam que teriam que se adiantar. Anderson procurou os
outros em seus aposentos e foram atrás de Diana. Só que não era fácil achala – ela era boa em
se esconder – Além disso, tinham que se esquivar dos piratas.
Felizmente, com sorte e uma ajuda adicional de Diana com seu toque de vulcano – que
ninguém ainda descobriu de esconderijo ela saiu conseguiram chegar a engenharia e ao painel
modificado. Porém, devido aos sistemas de alerta estarem acionados, não poderiam controlar a
nave sem que percebessem a tempo de impedirem, por isso foi necessário desviarse de todos,
para acionar de uma vez – ou quase – a desativação dos sistemas e o aprisionamento deles nas
salas que estavam.
Parece que uma comporta foi aberta no deck 12 – disse Diana – mas não é nenhum
problema.
Nesse caso – Anderson acionou o seu comunicador que conseguira recuperar durante as
incursões na nave a procura de Diana, estava com a mão doendo de tanto dar socos – Anderson a
Thunderbold! Responda por favor.
“Engenheiro Anderson?" – era a voz do Capitão – "onde está?"
Na Defiant, senhor, conseguimos controlala agora.
“Vocês tem controle total."
Olhou para Diana, ele fez sinal afirmativo.
Sim senhor, a menos que sejamos danificados de alguma forma, podemos controlar
navegação, leme e algumas armas.
“Sigam em direção a Starfleet, vou pedir para que os envolvam com os escudos. Tente
interligar o seu computador com o deles, para que manobrem em dobra usando a navegação
deles. "
Sim senhor, Anderson desliga.
Bem, Diana, vamos tentar acessar os códigos de dominação desta nave.
Sim senhor – respondeu ela.
Bem que ela podia dar um sorriso!
Soer olhava pela janela da ponte, o estrago de sua nave avançando em direção a ele.
Ninguém mais podia sair de lá. Alguns desesperados usavam os casulos de fuga. Grande coisa!
Quem iria pegar eles?
Vader tinha ordenado que partissem. Bom, eles não poderiam. Não podiam fugir, a nave
estava com um terço em chamas – uma bela figura de linguagem para expressar gases e faiscas
de explosões sendo lançados ao espaço – com o hangar e vários dos reatores principais já
engolidos por elas.
Trek Wars – Roberto Kiss 246 www.scriptonauta.com.br
Os pontos de luz que eram naves explodindo ainda continuavam. Tinham diminuído, é
verdade, mas ainda era intenso. Ainda haviam naves chegando devido ao pedido de auxílio que
tinha enviado assim que chegou.
Sob seu comando, o Ultimate participou de uma luta por poucos minutos, antes de ficar
condenado. Sua onda de sorte tinha acabado de bater em algum recife. Tudo desabou de uma
hora para outra. Ou em cinco minutos, não fazia diferença.
General?
Olhou em direção a voz trêmula, era de um dos operadores do tático.
Façam o que quiserem, não há para onde fugir, nem tempo para isso.
A moral na ponte era desoladora. Na verdade, ela tinha de se elevar muito para ser
considerada desoladora. Que moral se tem quando não se sabe se vai morrer queimado,
despedaçado ou vaporizado, sem direito a quarta opção?
Alguns saíram para os casulos, talvez alguém os resgatasse. Sim, algum suicida poderia tentar
isso, mas ele não seria um deles. Voltou a olhar pela a janela. Um novo comunicado começou a
soar no painel. Ficou assim por quase um minuto. Olhou para ver porque ninguém atendia e quase
ficou surpreso. Não tinha mais ninguém lá.
Foi até o console e recebeu a ligação, era de Vader.
General Soer, existe um tieadvanced de emergência em um compartimento ao lado da
ponte, é a porta seis. Useo e saia daí! A freqüência dos interditores é 223188.
A ligação foi cortada. Vader se interessando em salvalo? Uma nova explosão próxima –
próxima demais, pois conseguiu jogalo ao chão – o fez pensar que não devia considerar os
motivos dele agora. Foi até a porta seis e pôs a sua mão espalmada no painel de acesso. A porta
se abriu quando o sistema o reconheceu!
Painel, armas, seis mísseis em cada lançador – muito poderosa – escudos mais fortes –
podiam ter o triplo de força comum – e quase um terço mais rápido que qualquer outro que já tinha
pilotado.
Muito bonito, mas como iria lançalo? Olhou para o painel. Não tinha nada de diferente. No
manche também nada a mais. Olhou para o piso. Havia um pedal do lado direto. Pressionouo com
o pé.
Viu a Defiant disparar contra um Interditor. Quattroni não queria ser deixado para trás. Ele
também não gostaria, mas já estava resignado a isto, quando Vader lhe deu uma chance. Olhou
para os controles. Havia uma diferença nas armas. Um tieadvanced tem quatro turbolasers,
aquele tinha dois e outros dois canhões de íons, para desabilitar outras naves. Tinha também um
raio trator para poder rebocar ou reduzir o movimento de caças inimigos durante combate – ainda
era algo que seria instalado em novas versões, mas já estava testado, tinha lido o relatório há
alguns meses.
Estava quase chegando a sua janela quando tiros laser vieram em sua direção, estava sendo
atacado! Já fazia alguns dias desde a última vez em que pilotara um caça, de forma que levou um
instante para reagir. Mas o fez a tempo. Pelo tático – ainda tinha um monte de naves por lá – era
um awing, e bem danificado por sinal, um de seus motores estava quase inoperante. Só um louco
iria atacalo nestas condições.
O awing cruzou a sua frente e ele viu que o piloto era uma mulher. Viu pelos cabelos que
saiam do capacete. Na verdade parecia até conhecida. Se bem que conhecia um monte de
mulheres com cabelos grandes. Imaginou, por uns instantes que seria a sua antiga escrava. Sabia
que não podia ser, mas nada como ter ainda uma pequena satisfação – ainda que de mentira.
Bom, ela estava quase sem escudos e com o sistemas operando precariamente, decidiu
brincar um pouquinho com ela, comutou as armas para canhões íons, virou para ficar por trás dela
e disparou. Como estava muito mais rápido e tinha muito mais capacidade de manobras, foi fácil
enquadrar o caça e atingilo, derrubando primeiro seus escudos e incapacitando os seus sistemas.
Parou de disparar quando notou que provavelmente os controles de vôo estavam desabilitados –
estava voando apenas em linha reta.
Seria divertido desabilitar totalmente a nave e encarar a piloto de frente, antes de dar os
últimos tiros que a destruiriam. Completou a desabilitação da nave e usou o raio trator para parala
e deixala inerte no espaço. Mudou de idéia, ia dar uma ultima rasante – bem devagar – apenas
para ver se a piloto era bonita e para dizer adeus, deixandoa lá para ver a explosão da
Thunderbold de camarote. Olhou para o indicador de tempo do painel, ainda tinha oito minutos. Era
melhor se apressar.
Diminuiu a velocidade e começou a dar a volta para a despedida.
****
A nave capitânia de Safrã estava com vários danos. Tinha perdido quase que inteiramente os
escudos quando o Eclipse tinha disparado da primeira vez – o tiro passou relativamente perto, a
cerca de um quilômetro. Logo depois, várias naves lançadas pelo Ultimate logo após ter sido
atravessado pela Thunderbold caíram em peso contra ela. Os hangares estavam em chamas e os
motores inoperantes. Estavam abandonando a nave em casulos que estavam sendo recolhidos por
transportes dos outros cruzadores.
Só que havia um enxame de caças por lá – todos vindo do Ultimate – principalmente de
bombardeiros. Que não deixaram de lado a chance de esvaziar os seus lançadores contra os
cruzadores rebeldes. Metade da primeira frota estava destruída.
Os caças rebeldes faziam o que podiam, mas, com tantas naves concentradas em um só
ponto, era muito comum colisões e por conseqüência a perda do caça. Percebendo isso, Safrã
ordenou que todos se retirassem. As explosões dentro da nave eram muito intensas, em breve
atingiriam o reator principal e pronto! Nave destruída.
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Os altos oficiais estavam indo nesse instante para o casulo de fuga reservado para eles.
Tinham esperado até o último minuto. Agora achavam que tinham esperado demais. Mais trinta
torpedos pesados estavam vindo na direção da nave quanto deixaram a ponte, iam atingila a
qualquer momento.
Safrã tinha acabado de entrar no casulo e estavam fechando a porta quando ouviram os
impactos. Estavam muito próximos. Houve uma vibração gigantesca e de repente ficaram sem
peso, os controles de gravidade artificial foram destruídos. Devido a esse incidente inesperado,
ficou difícil acionar o botão que iria disparar o casulo para fora.
Safrã apoiou o pé na parede atrás de si e impulsionouse para a frente, em direção ao botão.
Todos ficaram surpresos quando o botão e a parede inteira – saíram da sua frente e ele acabou
acertando a porta do casulo.
Só havia uma explicação! A nave estava girando, e como eles estavam sem peso, a parede fez
um movimento acompanhando o resto da nave e saindo do alcance de dele. Isso significava outra
coisa, somente uma grande explosão poderia ter movido a nave – os motores estavam destruídos
há algum tempo – e só restava a explosão de um dos reatores principais como opção. A emissão
dos gases da explosão moveu a nave para o outro lado.
Isso também significava que o outro reator que ficava bem abaixo deles era o próximo. Um
oficial agarrouse no corrimão da parede e moveuse para pressionar o botão. Conseguiu! Foram
jogados para o chão devido a impulsão do casulo sendo disparado.
Cerca de meio segundo após ter sido expelido, o segundo reator explodiu, lançando uma bola
de gases que deu um novo impulso o casulo de Safrã, e a outros que foram lançados quase que
ao mesmo tempo.
Além do impulso, sua rota também foi desviada. Olhando pelas vigias, seus ocupantes viram
tudo girando de tal forma que sentiram tonturas. Safrã, devido a ter olhos biônicos, não foi afetado
pela movimentação rápida das estrelas. Mas gostaria que tivesse sido. Percebeu que estavam indo
direto para um corvete.
Dois segundos depois, o casulo de fuga de Safrã e seus oficiais foi esmagado ao colidir contra
um corvete, que também estava a ponto de ser destruído pelos torpedos lançados pelos
bombardeiros do Ultimate.
A nave de Karakyr e sua frota estavam ainda com poucas perdas. Como chegaram pouco
antes do aviso de Jevlack, os imperiais não deram muita importância a eles. Já estavam na sua
janela e avançavam por ela. Apenas esperavam que os interditores fossem destruídos. Muitos
caças voavam próximos a eles todos ainda em combate mas preparados para sair de lá bem
depressa. Ainda faltavam cinco minutos.
Mirkyra olhava da ponte a sua poderosa nave totalmente inoperante e condenada. Recusava
se a aceitar o fato de que estava perdida. Em alguns segundos, tudo acabou! Os sistemas ficaram
loucos e completamente descontrolados. Os que controlavam os reatores acabaram fazendo estes
explodir em rápida seqüência.
Não dissera uma silaba desde então. Apenas via a nave por fora, nada aparecia e a causa
de sua morte prematura, uma esfera negra bem ao lado. A distorção que os campos estavam
causando já impelia há algum tempo que a luz do interior deste escapasse. Todos na nave
estavam tentando fugir desesperados, mas era inútil! Nada funcionava, não podiam lançar naves
de fuga, pois os hangares estavam inoperantes, os sistemas das que estavam para partir também
Trek Wars – Roberto Kiss 249 www.scriptonauta.com.br
se queimaram. Não havia como acionar as outras sem tirar aquelas do caminho. E não tinham
como tirar aquelas sem os sistemas de lançamento funcionando.
Milhares de casulos de fuga estavam sendo lançados. Uma última manobra desesperada para
ratos que abandonam um navio sobreviver. Mas não iam sobreviver. Nenhum deles. Sentouse e
começou a rir. Não havia ninguém por perto para ouvilo.
A mais poderosa nave do Império destruída em apenas alguns segundos. Aquilo tinha que ser
engraçado para alguém.
****
A Starfleet finalmente alcançou a seção disco da Thunderbold. Seus escudos estavam a ponto
de caírem devido a serem alvejados por qualquer caça próximo. A Defiant se aproximava
rapidamente.
Faltavam dois interditores ainda. Thompson disparou tudo contra um deles, em um minuto
estava destruído. A Defiant estava tentando atingir o outro. Diana não tinha um controle total da
nave em nível de armas, e nem poderia fazelo com aquele modelo antigo de computador. Ele não
tinha meios de controlar as armas sozinho como os modelos atuais.
Capitã disse Doller acabamos de receber o controle de dominação da Defiant.
Ótimo! Assuma o controle dela! Vocês dois aí atrás, peguem um painel livre, digitalizem a
navegação e armas da Defiant e a comandem!
Os dois substitutos de comando foram até a parede ao lado. Como solicitado, digitalizaram
dois painéis para controlarem a Defiant a distância. O "navegador" teve mais dificuldade, pois tinha
que dividir os sensores de navegação deles com a Defiant, que não poderia usalos em dobra. O
"armeiro" travou os phasers no interditor sobrando e disparou. Com a ajuda da Starfleet e da
Thunderbold a seção disco este foi destruído quase que imediatamente. Foi sorte seus escudos
já terem caído com o ataque de caças rebeldes próximos.
Estamos livres disse Doller.
Engenharia, campos de dobra em potência plena!
"Em um ou dois minutos, Capitã."
Porque?
“Alguns sistemas entraram em pane quando batemos naquele corvete, estamos ativando
outros no lugar e precisamos deste tempo, do contrário, a nave não poderá ser direcionada em
dobra. "
Ele se referia a um corvete praticamente destruído que colidiu contra eles enquanto estavam
destruindo os interditores.
Doller?
Na tela, aparecia uma espécie de esfera negra. Era na verdade a distorção no continuum
causada pelos motores da engenharia da Thunderbold. Os campos amarelados sumiram sem a
presença dos interditores.
Capitã, as naves imperiais estão partindo, e as rebeldes também.
No tático, aquelas centenas de pontos começaram a desaparecer, todos os que já tinham
condições estavam caindo fora.
Senhora Nille, quando puder, tirenos daqui em dobra máxima! E virouse para os
"tripulantes" da Defiant o mesmo vale para vocês.
Sim Capitã, na verdade, os campos de dobra da Defiant estão prontos.
Seção disco da Thunderbold ao alcance do raio trator disse Thompson.
Alguém ainda esta nos atacando?
Não senhora, assim que recuperei a mira total eliminei os poucos que ainda nos rodeavam,
todo o resto está indo embora.
Com certeza perceberam que os destróieres estavam se mandando e agora acreditavam no
que Jevlack disse.
Então, abaixe os escudos, se é que sobrou algo, e reboqueos.
Sim Capitã.
Feixes de raio trator foram focalizados na seção disco. A Defiant posicionouse ao lado da
Starfleet. Apenas esperavam os motores estar em condições para partir.
Ainda temos dois minutos Capitã.
Só temos dois minutos. Pensou.
Capitã chamou Doller virandose para ela raios de energia estão saindo dos campos da
Thunderbold a atingindo o Eclipse. A Esfera também está se expandindo. A implosão é eminente.
Nem dois minutos!
Senhora Nille, tirenos daqui!
Motores não respondem! Ainda não terminaram os reparos.
Nadaram tanto para morrer na praia? Que irônico. Súbito, na tela surgiu a Defiant, ela
manobrou e lançou um raio trator neles. Olhou para os painéis que estavam sendo usados para
controlala. Tirvik estava lá, ao lado dos operadores. Por que ela não pensou nisso?
Tirvik olhava para ela e sorria.
Quer um convite por escrito? Tirenos daqui!
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Engatar disse ela para o "navegador" da Defiant.
Na tela, a imagem da Defiant ficou subitamente verde muito verde era o brilho de alguma
coisa atrás deles. Com certeza, os campos de dobra iniciaram a expansão máxima. Em alguns
segundos, causariam a implosão. Logo em seguida partiram.
Epílogo
Jevlack estava observando na tela a imensa esfera que surgiu devido a expansão dos campos
de dobra. Tinha as dimensões de uma pequena Lua. O Eclipse foi empurrado sem muita cerimônia
durante a expansão, sendo torcido e fazendo finalmente as explosões internas se tornarem
externas. Outras naves que ali estavam como a carcaça do Ultimade e dois pobres destróieres
que tinham acabado de chegar, simplesmente foram amassados como se fossem feitos de papel e
explodiram de forma espetacular.
Estavam seguros agora. Fora do alcance da explosão, e seguindo tranqüilamente em dobra
seis, em uma espécie de trenzinho liderado pela Defiant. Já havia médicos levando Terak e outros
dois atendendo a ele, que se recusava a ir a enfermaria. Não antes de ver o fim de sua nave.
Foi muito rápido, a esfera repentinamente encolheu, arrastando o Eclipse amassado junto
provavelmente devia estar ocorrendo alguma tração gravitacional também de tal forma que este
se partiu ao meio durante a "sucção".
Por alguns instantes, parecia que tinha acabado. A esfera encolheu e simplesmente sumiu!
Então, passados alguns segundos ocorreu a esperada supernova. A tela ficou totalmente branca
ao menos para olhos humanos Jevlack, usando o olho ainda operacional ficou maravilhado com
os efeitos de luz que via. Alguns agiam de forma muito similar as manchas solares porém muito
maiores que tinha visto durante uma visita durante o seu treinamento como cadete ao sol da
Terra. Tão rápido como começou, a luz desapareceu. Nada se via no setor.
Capitão chamou Matias, com surpresa e medo na voz onda de impacto se aproximando.
Onda de impacto? Já estavam a anos luz de lá! Como uma onda de impacto poderia alcança...
Estavam em dobra 6, isso significava que a onda de choque estava muito mais rápida, pois os
estava alcançando. Só esperava que uma vez que os campos de dobra não podiam mais ser
mantidos, que a sua deterioração fosse rápida.
Impacto em cinco segundos, 4, 3, 2, 1,
Tudo balançou de um lado para o outro. A seção disco colidiu com a Starfleet e esta por sua
vez abalroou a Defiant, em uma espécie de descarrilamento de trem espacial. Após a colisão, se
esparramaram, cada qual em uma direção.
Trinta segundos depois do impacto, Jevlack se esforçava para ficar de pé. Ainda estavam
inteiros!
Situação das outras naves solicitou.
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Atingiu algum planeta?
Não creio, mas com certeza as naves rebeldes e imperiais não escaparam incólumes.
Não deviam ter escapado, estavam mais atrás e com certeza receberam um impacto maior. Se
bem que o maior problema deles era a direção. Aquela onda devia ter mudado o curso das naves,
e, como eles não podiam manobrar no hiperespaço e estavam muito próximas quando partiram,
era muito provável que colidissem umas com as outras, aumentando em muito as baixas de
guerra.
Pode captar as.. as seus músculos da mandíbula estavam falhando devido ao tremendo
esforço ao qual estavam sendo submetidos as naves rebeldes?
Sim senhor. Parece que estão bem, no entanto, elas se abriram em leque. Provavelmente
tiveram sua trajetória alterada pelo impacto.
Então... acabou. Muito bem, podem me levar para a enfermaria. Matias, o comando do que
sobrou da nave é seu! Boa sorte.
Obrigado senhor.
Jevlack, assim como Terak, minutos antes, foi carregado para a enfermaria. Deramlhe uma
injeção para dormir um pouco.
Dois dias depois, o Executor e mais outros destróieres permaneciam reunidos no setor vizinho
aguardando a chegada de caças imperiais que porventura houvessem escapado da supernova. Na
verdade, o único motivo do Executor estar lá, era para aguardar a chegada de Quattroni, que tinha
escapado também e estava compilando um banco de dados completo com todas as informações
técnicas que tiveram dos prisioneiros enquanto estes permaneceram em seu poder.
Conforme o combinado, qual o planeta que deseja?
Blinter arregalou os olhos, não sabia qual era o pagamento pela tarefa.
Na verdade respondeu Quattroni troco este planeta por um super destróier estelar.
Houve silêncio. Todos na ponte esperavam que ele pusesse a mão no pescoço e morresse
asfixiado.
Operador de comunicações, entre em contato com o super destróier mais próximo e mandeo
seguir para cá.
Obrigado. É mais barato e mais útil que um planeta disse Quattroni.
Darth Vader! O General Soer acaba de sair do hiperespaço, e está rebocando um awing.
Trek Wars – Roberto Kiss 253 www.scriptonauta.com.br
Vader foi até o console e entrou em contato com Soer.
General Soer? Este awing deve conter algo muito valioso para se arriscar a salvalo.
“Senhor Vader, o conteúdo deste awing é um presente meu para imperador, caso ele tenha
interesse, obviamente."
E o que contém este caça? perguntou expressando curiosidade.
“Bem, ele tem uma cozinheira que acho que o imperador deve se lembrar, se não, eu me
lembro muito bem dela!"
Entendo, creio que sei do que está falando. Aguardarei sua chegada e deixarei uma guarda
esperando pelo seu presente. Acredito que o imperador ficará interessado.
“Eu achei que sim."
****
Quattroni se despediu de Vader, iria voltar a Revenger e esperar a chegada de sua frota que
estava próxima incluindo o recuperado Storm.
Ele realmente ofereceu um planeta apenas pelos dados técnicos da nave? perguntou
Blinter, enquanto retornavam ao hangar.
Na verdade respondeu foi só pela informação de como elas se movimentavam, ou seja, os
campos de dobra. Todo o resto eu dei de brinde.
Mas o que ele fará com isso? Não sabemos como estes campos eram gerados. Sabemos
apenas que usavam matéria e antimatéria para isso.
O problema é dele. Mas com certeza é valioso, do contrário não teria nos dado um super
destróier.
Sim concordou em voz baixa.
Chegaram ao hangar, e Quattroni viu Soer saindo de seu tieadvanced. Mais atrás estava o a
wing que ele trouxera a reboque.
General Soer cumprimentou fico feliz que esteja vivo.
Assim posso pagar os atrasados? riu ele.
Na verdade, queria saber que desejaria usar meus recursos para montar uma rede de
espionagem entre os rebeldes.
Blinter ficou boquiaberto.
Interessante, podemos conversar sobre isso em uma ocasião mais propícia, no momento,
tenho uma premissa mais urgente.
Como que para confirmar o que estava dizendo, ouviram o barulho de luta e gritos na direção
do awing. Havia uma rebelde lutando contra os guardas encarregados de tirála da nave. Após
muitos pontapés e palavrões, conseguiram dominála e algemála.
Trek Wars – Roberto Kiss 254 www.scriptonauta.com.br
Começaram a arrastala, provavelmente em direção a uma cela. Quando passaram em frente
a eles, ela ficou parada, fitandoos. Os guardas a forçaram a continuar se movendo, mas pararam
quando Quattroni disse:
Lia?
Conhece ela? perguntou Soer.
Sim, pensei têla enterrado no espaço há alguns dias. Foi pega me espionando.
O rosto de Blinter parecia mais uma máscara mortuária.
Espionagem é o serviço dela. Eu me lembro de quando ela se infiltrou no palácio do
imperador como cozinheira. Foi a responsável pelo levante dos escravos que ocorreu depois.
Podem levala.
Ela foi arrastada pelos guardas para o corredor.
Por falar nisso disse Quattroni ainda está interessado em recapturar a sua antiga escrava?
Não respondeu sorrindo realmente, eu perdi totalmente o interesse nisso. Conversamos
outro dia. Vou levar sua oferta a Vader e veremos o que ele diz.
Estarei por perto.
Observaram Soer partir, com certeza indo para a ponte.
Vamos disse e feche essa boca!
Blinter ficou vermelho. Mas não podia censuralo. Assim como ele, nunca imaginou que ela
pudesse ter sobrevivido. Entraram na Revenger e partiram, após a liberação.
Acha que ela escapa desta vez? perguntou Blinter depois de saírem do Executor
Da morte? Talvez. Mas não sairá sem algo para lembrar. Viu os olhos dela?
Sim, e fiquei esperando que ela arrancasse os meus.
Não sei o que aconteceu com ela depois que a deixamos, mas acho que teria sido melhor ela
ter morrido do que encarar o que o imperador irá fazer.
Não tocaram mais no assunto, de fato, pelo resto de suas vidas, em apenas uma outra ocasião
se lembrariam do incidente. Ficariam por demais ocupados com o super destróier e os novos
horizontes (e mundos) que essa nave proporcionaria.
Darth Vader estava falando com o Imperador.
Meu mestre, apesar de termos perdido o Eclipse e várias naves, consegui a informação
técnica que necessitávamos para o nosso projeto futuro. Poderemos movimentar a nossa Estrela
da Morte pelas estrelas.
Nesse caso disse o Imperador Continuamos com a nossa vantagem. A Perda do Eclipse é
lamentável, mas ao menos os rebeldes sofreram perdas maiores.
Trek Wars – Roberto Kiss 255 www.scriptonauta.com.br
Lauriel e Lia sabiam que de uma hora para outra podiam morrer em combate. A hora tinha
chegado. Não havia por que ficar apática. Era apenas a rotina dos rebeldes. Sempre lutando,
sempre fugindo, sempre morrendo. Sempre esperando vencer a guerra invencível. Sempre,
sempre, sempre!
Mas para ela não mais. Agora realmente não tinha mais nada que a prendesse ali. Apenas
suas duas amigas mais intimas podiam lhe deixar com saudades, e, agora que elas se foram, não
ficaria imaginando como elas estavam, quando a saudade batesse.
Quanto ao seu pai, ele podia muito bem se afogar em um vulcão. Belo exemplo de paternidade
esse. Usar a filha para pagar uma dívida e manter suas terras. Felizmente, não tinha irmãos.
Ficaria preocupada com eles se tivesse.
Levantouse e foi para os seus aposentos. Tobias tinha lhe dito que iria lhe ensinar a dançar as
músicas deles. Especialmente as românticas. Já que doravante aquele seria o seu mundo, e não
haveria jeito de voltar, era melhor saber como os nativos agiam.
****
Parte da frota rebelde seis naves estava reunida com a Starfleet. Estavam lá para receber
os prisioneiros piratas capturados a bordo da Defiant. O pessoal da Federação não sabia o que
fazer com eles, de forma que os rebeldes se ofereceram para retirar este incômodo das mãos
deles e também para descobrir qualquer informação útil que podiam ter sobre o funcionamento
daquelas naves.
O general Karakyr estava no hangar da Starfleet. Tinha vindo a bordo para pessoalmente
agradecer a eles pela ajuda prestada. E lamentar a sua partida.
Novamente obrigado Capitã. Mais uma vez, a rebelião pode continuar.
Pessoalmente, não vejo porquê está tão satisfeito. Vocês perderam dois quintos de sua frota,
e considerando a grande dificuldade que têm de adquirir naves, diria que a vitória acabou sendo do
Império. Ainda que eles tenham perdido o dobro, sempre terão a vantagem de recuperalas mais
rapidamente que vocês. Creio que tudo o que conseguiram foi manter a situação atual por mais
algum tempo.
Já é mais do que suficiente para ser comemorado disse sorrindo Adeus Capitã, faço votos
de que seu retorno seja sem incidentes.
Foi até o seu shuttle e partiu de volta a sua nave. Agora, com a morte de Safrã, ele era o novo
Comandante em chefe da frota. Tinha muito no que pensar, principalmente no que a Capitã disse.
Ela estava certa. Tudo o que realmente conseguiram foi manter a situação como estava antes.
Nada mais, e possivelmente, muito menos.
Sua frota partiu dez minutos depois. Ainda tinham uma guerra para travar e ninguém queria
estar por perto quando a Defiant fizesse o mesmo que a Thunderbold, para selar a fenda.
Trek Wars – Roberto Kiss 256 www.scriptonauta.com.br
Tirvik tocou a fronde de Terak. Ele não ia sobreviver e ela já tinha sido indicada por ele anos
antes para ser sua sucessora. Quando foi questionado pela sua família o porquê de dar a uma
mestiça que usava mais o lado emocional que o racional, todo o seu conhecimento, ele apenas
respondeu: "por que é lógico".
Doller e Matias estavam lá na enfermaria apenas observando. Não era bem um ritual. Era mais
uma continuidade. Tudo aquilo que Terak foi e podia vir a ser, agora seria passado a Tirvik. Era
quase que como uma herança. Uma herança vinda da alma. Algo incrível para um povo que não
demonstrava absolutamente nenhuma emoção.
Jevlack estava lá também. Deitado em uma cama, com sua parte orgânica se recuperando.
Seus biônicos seriam depois trabalhados pelo engenheiro Anderson. Ele seria o terceiro a saber o
que realmente ele era.
Por alguns minutos, ninguém se moveu ou emitiu qualquer som. Era um silêncio mesmo em
uma enfermaria que, sem usar nenhuma figura de linguagem, ensurdeceria qualquer um.
Está feito disse Tirvik, retirando a sua mão da testa de Terak. Ela tinha o seu katra agora.
Ela fez uma espécie de mesura. Em seguida, saiu. Doller e Matias não sabiam bem o que
fazer. Olharam para o Capitão, mas este apenas olhava fixamente e amargamente para o seu
amigo. Eles decidiram sair da sala e deixalos a sós.
Sete horas depois, Terak, que suportou os seus ferimentos mortais por dois dias, morreu.
Sem nenhum outro incidente, alguns dias depois, Jevlack estava na engenharia, sendo
devidamente consertado por Anderson. Ninguém mais estava na sala.
Capitão disse estupefato Anderson eu nunca vi uma tecnologia como esta. Parece algo
como metal vivo!
Ele estava observando os esquemas dos circuitos das próteses dele. Os motores que
simulavam músculos fazendo inclusive as "veias" saltarem eram impressionantes. Mas o
assustador era a rede neural conectada ao seu cérebro. Essa tecnologia não podia ser da
federação. Nem de nenhuma raça que ele conhecia.
Talvez seja comentara Jevlack eu não sei. Não lembro de como isso foi parar ai. Quando
fui achado pelos vulcanos, a única coisa que eles realmente instalaram em mim com tecnologia da
Federação foi metade de minha mandíbula e parte do rosto. O resto, eu já tinha comigo. É verdade
que estava bem danificado com aquela antimatéria. Mas, com a ajuda de meu processador
interno, eles foram capazes de duplicar os sistemas.
Quem teria tal conhecimento? E por que lhe fizeram isso?
Já faz muito tempo que perdi o interesse em saber mentiu Jevlack. A cada noite em que
tinha seus pesadelos, agora bem mais raros, ele se fazia esta pergunta apenas duplique as
peças de acordo com o esquema. E isto é um segredo que deve ser guardado. Para todos os
efeitos, essas próteses foram desenvolvidas pelos vulcanos daquela nave que me resgatou.
Sim senhor disse pode ficar tranqüilo.
Não deixava de ser verdade. A Federação, após ficar examinandoo por anos, desistiu de
tentar duplicar a sua rede neural. Foi declarado "livre" para seguir com a própria vida. E, atendendo
Trek Wars – Roberto Kiss 257 www.scriptonauta.com.br
ao seu pedido, nunca registraram o fato de já ter aquelas próteses. O vulcano encontrado junto
com ele, recebeu basicamente os mesmos componentes os vulcanos da nave usaram o que
aprenderem com ele no outro mas sem uma rede neural totalmente integrada aos seus neurônios
e muito menos um computador interno com idéias próprias.
“Capitão? "
Pode falar, Capitã.
“Estamos prontos para lançar a seção disco."
Obrigado, acompanharei daqui.
Toda a tripulação da Thunderbold estava na Starfleet. O que não deixava de ser um problema.
Afinal, a nave foi projetada para abrigar quatrocentos tripulantes. Os mil de trinta atuais tinham que
dividir os aposentos com três ou quatro companheiros. Ele divida o seu com Tirvik. Um grande
sacrifício para um Capitão.
Funeral viking comentou Anderson acho apropriado.
Morreu como um verdadeiro guerreiro. comentou Jevlack Valente até o fim começou a rir
Conseguiu incapacitar uma nave do tamanho de um cometa e não foi capaz de pegar uma outra
setenta anos mais velha. Irônico.
É concordou Anderson.
A propósito, aproveitou o tempo em que estava na Defiant para preparala e descobriu as
alterações que fizeram nela?
Sim senhor disse ele voltando a mexer com o sintetizador e ignorando o monitor vi as
modificações que fizeram em seus escudos e phasers, mas creio que sejam inúteis para nós.
Por?
Eles fizeram uma espécie de auto amplificador, de forma que o feixe phaser era usado para
ampliar a si próprio. Só que esta ampliação causa um reflexo nos cristais dilítio. Eles se
retroalimentam porque a energia excedente dos phasers volta para eles. Não há como filtrar isso.
Se não tivéssemos dominado a nave, os cristais iriam se danificar e a Defiant ficaria morta no
espaço, exatamente como antes. O mesmo ocorre com os escudos. Esse tipo de circuito é útil
apenas com outras fontes de energia. Os cristais têm a desvantagem de não suportarem esse tipo
de retrocarga. Acho que foi por isso que nunca a utilizaram.
Faça de conta que eu entendi.
Anderson riu.
No monitor, a Thunderbold ficou vermelha e começou a se curvar. Uma labareda de fogo vinda
da estrela se elevou e a abraçou, como uma mãe abraçando o filho. Assim que a labareda saiu da
área mostrada pelo monitor, nada mais se via.
“Capitão, a seção disco foi completamente vaporizada."
Trek Wars – Roberto Kiss 258 www.scriptonauta.com.br
Eu vi respondeu mais um para a minha lista.
A senhorita é a Capitã. No momento sou apenas um passageiro. Ou melhor, um equipamento
em manutenção.
“Arrume ele direitinho Anderson. Farei uma vistoria completa depois!"
Era a voz de Tirvik.
Quer dizer que vou ter que dar garantia do serviço? comentou.
Exatamente disse Jevlack Tirvik é muito detalhista. A propósito, o que o Império poderá
fazer com as informações que você lhe deu?
Não muito. Enquanto não criarem reatores de matéria e anti matéria, se quiseram usar
campos de dobra, terão que construir um reator até maior que aquela nave, o Eclipse. Só os
controladores dos campos teriam duas vezes o tamanho desta. Se realmente quiseram construir
uma nave assim com a tecnologia deles, ela será do tamanho de uma pequena lua. Totalmente
impraticável.
Eu não duvido que eles façam isso...
"Diário de bordo, data estelar 3399.0, a USS Nova, em sua observação da peculiar anomalia
que se formou no sistema de Omicron IV, prossegue em suas análises, aguardando a chegada de
uma nave de pesquisas especialmente designada para pesquisala."
Alguma modificação?
Não senhor, o fluxo de táchions e quarks continua aumentando no mesmo ritmo. Não há
explicação nenhuma para isso.
Há alguns dias, essa coisa estava sugando táchions e quarks, agora os está mandando de
volta. E não há nada que possa explicar isso?
Infelizmente, não há nenhum antecedente para isso, senhor.
Desbravar o desconhecido pensou. Seria muito bom, se fosse possível tornar o
desconhecido, conhecido.
Capitão! Algo está acontecendo! O Fluxo de táchions ficou mais de um milhão de vezes
maior!
Como?
Algo esta acontecendo com a singularidade, parece que está se dilatando.
Olhou para a tela. Realmente parecia que a gigantesca formação estava como que para expelir
alguma coisa. Inesperadamente, algo foi lançado de dentro dela.
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O que é aquilo?
Ninguém respondeu. Continuou olhando. Tinha saído de lá muito rápido e ainda estava
desacelerando.
Capitão! É a USS Starfleet!
A Starfleet? Ela havia desaparecido junto com a Thunderbold há quase duas semanas. Como
foi que saiu de dentro daquilo?
Eles estão nos contatando.
Na tela!
Na tela, apareceu a Capitã pelo menos, estava sentada na cadeira e, ao seu lado estava a
imediato Tirvik. Lembrouse dela quando havia conversado com Jevlack.
Capitã! Poderia me expli...
Não há tempo Capitão! Temos que sair daqui agora.
Como? Porque?
Capitão era o seu navegador A Starfleet partiu em dobra máxima.
Ele não estava entendendo.
Capitão! Saia daí! Aquela fenda vai sofrer uma violenta explosão! Não sabemos precisar
quando.
Fenda? Então era isso que aquilo era. Uma fenda! Isso explicava algumas coisas.
Sigam a Starfleet! Dobra máxima.
A USS Nova partiu seguindo a Starfleet.
Quase uma hora depois, estando muito longe da fenda, uma violenta onda de energia saiu por
ela em velocidade de dobra que chegou a balançar as duas naves. Depois de passada a onda,
a fenda simplesmente desapareceu. Nenhuma nave enviada para investigar depois detectou
qualquer coisa.
Jevlack totalmente reparado observava pelas janelas do observatório a USS Nova, que os
estava escoltando até a estação espacial mais próxima. Em suas mãos, estavam os diários de
bordo da Defiant. Terak estava certo, eles eram muito importantes.
A Capitã Donner entrou pela porta.
Sim Capitã?
Capitão, estamos nos aproximando da estação. Temos ordens de deixar a nave lá e
seguirmos na USS Nova diretamente para o quartel General da frota, para... nosso julgamento.
Eles já tinham enviado um relatório completo sobre o ocorrido ao comando. Só achava
estranho demorarem tanto para decidirem sobre quando começar o julgamento.
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Eu esperava por isso. E acho que você também.
É concordou ela já esperava sim. Mas não tenho a sua experiência, e estou receosa.
Ele sorriu para ela.
Tome deulhe os diários eu decodifiquei os dados protegidos. Dê uma lida, vai achar
interessante.
Capitão?!? O senhor leu os diários confidenciais da Defiant?
Não escapei de duas cortes marciais apelando para a humanidade dos inquisidores. Foi com
chantagem mesmo. Da primeira vez ameacei contar ao comando Klingon quem foi o verdadeiro
responsável pelo incidente em Práxis. Da segunda, bem, da segunda o próprio comando Klingon
me liberou. E isto aí apontou para os diários deve dar para nos livrar das próximas cinco cortes
marciais.
E o que tem aqui? perguntou ela já ficando muito curiosa.
Comece pelos últimos registros. Dizem o que realmente a Defiant estava fazendo no sistema
dos Tholianos disse saindo do observatório.
A Starfleet seguiu junto com a USS Nova para dentro da estação espacial. Finalmente,
estavam em casa.
****
Dados extraídos dos registros oficiais da Frota Estelar e que podem ser confirmados em
qualquer nave da Federação.
A USS Thunderbold sofreu uma anomalia em seus campos de dobra, o que a destruiu
completamente sem deixar vestígios na data estelar de 3343.3 Foi esta anomalia que causou a
peculiaridade que a USS Nova estava investigando. Sua tripulação foi realocada para outras naves
e postos. Foi levada em consideração a indicação de Tirvik para assumir o posto de Capitã de uma
nave estelar da Federação. A nave que irá comandar ainda esta para ser escolhida. O Capitão
Jevlack foi indicado para o posto de almirante que gentilmente recusou. A tripulação de cadetes da
Starfleet, foi formada com nota máxima, sendo a turma mais graduada de toda a história da
academia. A Capitã Lisa Donner foi oficialmente reconhecida e recebeu o comando de uma nave
classe Ambassador. Infelizmente, em decorrência da destruição de sua nave escolta, a
Thunderbold, o almirante Stolh e vários cadetes vieram a perecer. Todos foram postumamente
condecorados.
****
Dados extraído dos boatos que se espalharam pela frota nos meses seguintes, e que ninguém
irá confirmar.
A Thunderbold e a Starfleet foram parar em outra galáxia, no meio de uma guerra e tomaram
partido para poder sobreviver e retornar. A Thunderbold teve de ser destruída para garantir a
vitória. Os Capitães de ambas as naves foram levados a corte marcial e rapidamente absolvidos,
sem maiores explicações. Tentaram por Jevlack atrás de uma escrivaninha, promovendoo a
almirante, mas este achou uma forma de escapar disso. Houve uma nova tentativa secreta de
resolução diplomática do conflito que a Federação tinha com os Tholianos, sem muito sucesso. O
Sistema de Omicron IV ficou vários meses em uma espécie de quarentena. Sendo proibida a
Trek Wars – Roberto Kiss 261 www.scriptonauta.com.br
Quanto a Jevlack, bem, ele recebeu o comando de sua quarta nave, bem como um espaço em
sua ficha já reservado para quando essa fosse perdida só faltava por a data estelar Na verdade,
até havia uma aposta nos corredores do alto comando para determinar quando isso iria ocorrer.
Gostaria de dar algum palpite?
NOTA FINAL DO AUTOR
Bem, antes de mais nada, eu agradeço a todos os que gostaram e como demonstraram
isso deste crossover entre Star Trek e Star Wars. Foi o entusiasmo e elogios de todos que me
incentivaram a fazer o possível para melhorar a estória.
Na verdade, eu nunca imaginei que ela poderia ter tal repercussão entre os trekkers. Foi tão
grande na verdade, que fiquei com medo e segurei e muito as atualizações que ainda viriam.
Mudei muitas coisas e reduzi o Trekbabble o máximo possível, respeitando o mínimo necessário
para uma boa identificação. As imagens, como irão reparar a partir do capítulo 15, tiveram um
grande aperfeiçoamento em relação as primeiras(experiência ajuda).
Esta aventura, foi inicialmente escrita uns oito anos atrás, quando eu ainda tinha um XT e a
Internet, no Brasil, só existia em algumas poucas Universidades. Era a época de BBS cheguei a
montar uma, a TREKBBS. Devido a não ter tempo para mantêla, ela acabou se extinguindo
justamente quando estava para começar a decolar. Fazer o que? É a sina de quem colabora com
este site.
Eu não a tinha terminado na época porque existia tal rivalidade entre os fãs de ambas as
trilogias, que achei prudente não pôr mais lenha na fogueira. Quando vi as imagens do André e
Henrique em Arte Trekker, e lá achei um link para os meshes das naves Star Wars e Star Trek,
lembrei da estória que tinha começado, e decidi refazela. (foi por motivos de força maior, alguém
ai já viu um tal de bad cluster no HD?)
Bom, o resultado todos já viram se não viram, podem começar a ler e depois voltem para
cá! Uma aventura que agradou, boas imagens valeu André e Gustavo! Alguns clips
agradeçam a “encheção de saco” do meu colega de serviço por isso, sempre falando "mas só
cinco segundos?"
Apesar de tudo isso, existem falhas na estória, com relação a ambas as cronologias. Do lado
de Star Trek, a aventura se situa um pouco depois de 2350, nessa época, já não havia mais
nenhuma classe Constitution operando. Do lado de Star Wars, ela se situa antes do primeiro filme
que foi para o cinema, só que o Eclipse foi feito, segundo dados que andei obtendo. DEPOIS da
Estrela da Morte, e não antes.
Por que eu a fiz assim? Porque só descobri isso DEPOIS! Como ela já estava sendo
publicada, acabei decidindo usar uma espécie de "licença dramática" para pular esses problemas.
Não ficou ruim, ficou?
Só para encerrar, é impossível falar de Star Wars sem comentários a sua nave mais famosa,
a Millenium Falcon. Há uma referência a ela, espero que tenham notado, e também a Picard.
Existem outras, mas estas vamos ver quem consegue localizar.
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Agradecimentos especiais aos seguintes colaboradores (ordem aleatória)
André Fonseca da Silva Fez as belas imagens que ilustram a estória (tudo bem, eu
também fiz algumas, mas não se comparam as dele). Como astrônomo amador, foi um ótimo
consultor para certos aspectos da TrekBabble (para não ficar muito absurdo)
Tercio Willian Quatroni Responsável direto pela existência dos clips e da estória ter ficado
tão boa. Ele não conhece nenhuma das duas trilogias, e foi um bom leitor neutro para avaliação.
Também me encheu tanto o saco para eu continuar escrevendo que criei um personagem com o
seu nome :). Mas não tive coragem de matálo, no final (deu coroa na moeda :).
Henrique Silvério Apesar de no momento ser o mais ocupado de todos os colaboradores,
achou um tempinho para me dar algumas dicas de algumas ferramentas do 3D Stúdio.
Site do Orgânia Talvez o maior responsável de todos pela publicação da estória. Foi ele
quem a pôs no ar antes de estar pronta, não me dando escolha nenhuma a não ser ir em frente.
Principalmente depois da pequena cesta de mails que recebi.
Gustavo Leão Fez as imagens dos personagens e da situação interna das naves(incluindo
o poster que é a capa da estória), possibilitando que todos pudessem ver como eu tinha imaginado
os personagens, bem como detalhes que nunca comentei, como Matias ter pele escura. Também
me indicou vários detalhes com relação as falhas de Star Trek que cometi. Uma pena que a estória
já tinha avançado demais para que todas pudessem ser corrigidas.
Aos autores dos meshes Como está dito na página de créditos, se não fossem por eles, a
estória ficaria muito mais pobre.
A todos os que mandaram mails GRATIAS!
Alguns pedidos....
Pretendo continuar a escrever contos de Star Trek, mas vou pedir ao pessoal do Orgânia
para montar uma enquête para determinar o que o público irá querer.
Há sim! Talvez eu venha a fazer outro crossover, mas isso é coisa para um longo horizonte.
(Quem sabe daqui a dois anos? )
Bem, é só o que eu queria dizer. Novamente obrigado a todos, e...ENGATE to the next tale!
Todas as imagens apresentadas na história, foram feitas no 3D Studio R4. As naves chamdas
também de modelos "Meshes" não são de minha autoria e seus autores somente liberaram o seu
uso para fins pessoais e não comerciais.
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Segue abaixo as naves e os seus respectivos autores, que, se não tivessem posto as suas
criações a disposição, a história ficaria muito mais pobre.
Nave de Treinamento USS Starfleet Star Trek.
Baseado no mesh da EnterpriseA.
Modificações: Texturas modificadas para reduzir o efeito de contraste quando aparece junto as
naves de Star Wars.
Obtido no site da Wolf356.
USS Thunderbold Star Trek.
Baseado no mesh da Enterprise B.
Modificações: Criados alguns bancos de phasers a mais. Dois novos reatores. Texturas
modificadas para reduzir o efeito de contraste quando aparece junto as naves de Star Wars.
Obtido no site da Wolf356.
Caça AWing Star Wars.
Modelado por Jose Gonzalez.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Bombardeiro BWing Star Wars.
Modelado por Harry H. Chang.
Texturas adicionais por Jose Gonzalez.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Bombardeiro YWing Star Wars.
Modelado por Harry H. Chang.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
KWing Planetary Assault Bomber Star Wars.
Modelado por Cmdr. Skywalker, não, não estou brincando, é o texto original de onde eu peguei.
Texturas adicionais por Jose Gonzalez.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Caça Z95 Headhunter Star Wars.
Modelado por Little Bill.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Caça XWing Star Wars.
Modelado por Little Bill.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Bombardeiro TIE Bomber Star Wars.
Modelado por Marv Mays.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Caça TIE Interceptor Star Wars.
Modelado por Leonardo Ceballos.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Caça TIE Defender Star Wars.
Modelado por Reid L Rowan.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Trek Wars – Roberto Kiss 264 www.scriptonauta.com.br
Caça TIE GT Star Wars.
Modelado por José Miguel Iñiguez.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Caça TIE Advanced Star Wars.
Modelo por Chris Boudreaux.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Assault Gunboat Star Wars.
Modelado por Brian Steisslinger.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Nebulon B na história aparece com os nomes de Exceler e Liberdade Star Wars.
Modelado por Ian Jones.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Destroier Estelar classe Victory Star Wars.
Modelado por Reid Rowan.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Destroier Estelar Star Wars.
Modelado por Stephan Meissl.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Shuttle classe Lambda Star Wars.
Modelado por Harry H. Chang.
Texturas adicionadas por Jose Gonzalez.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Destroier Estelar Super Class O Executor Star Wars.
Modelado por Nadav Smulian.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
O Eclipse Star Wars.
Modelado por Nadav Smulian.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Hapan Nova Battle Cruiser aparece na história como Storm Star Wars.
Modelado por Grand Admiral Stone. Támbem não é brincadeira.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Plataforma Espacial Star Wars.
Modelado por Marv Mays.
Conversão para 3DS por Andreas Engel.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
CloakShape Fighter A Revenger Star Wars.
Modelado por Per Kjellkvist.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Outrinder Star Wars.
Modelado por Little Bill.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
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Corvete Modificado Gunship Star Wars.
Modelado por Jon Halter.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Nave de Carga Star Wars.
Modelado por Roman 'Mad Dragon' Deniskin.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
Piloto Rebelde foi posto na carlinga das naves, preste atenção Star Wars.
Modelado por Andres Furlan.
Obtido no site da 3D Modeling Aliance.
E, finalmente, a minha merecida casquinha... Iluminação, roteiro e animação: Roberto Martim
Kiss. Todas as imagens das naves Star Wars desta página foram obtidas no site 3D Modeling
Aliance.
OBS: A história ainda não acabou, caso eu use algum outro "Mesh", seu autor será indicado
aqui. Preciso: o "Mesh" da Enterprise clássica. Se não for possível, terei que mudar a história. Star
Wars e todos os seus personagens são marca registrada da Lucas Film e Star Trek e todos os
seus personagens são marca registrada da Paramount.
FIM
Você pode copiar o material apenas para uso privado respeitando as leis de Direito Autoral.
Autor: Roberto Kiss.
Email: roberto.kiss@uol.com.br