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Prolongamento da Linha Verde do Metro Ligeiro do Porto
2009-09-05

Intervenção da Secretária de Estado dos Transportes no lançamento do concurso do prolongamento da Linha Verde
do Metro Ligeiro do Porto entre o ISMAI e Paradela, Trofa

(vale a versão proferida)

Senhor Presidente da Câmara Municipal da Trofa e demais autarcas,


Senhor Presidente da Metro do Porto e demais administradores,
Ilustres convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Bom dia a todos,

É com enorme satisfação que aqui estou a assinalar o lançamento do concurso de mais uma importante e ambicionada
obra do Metro do Porto – o prolongamento da Linha Verde do Metro do Porto ao concelho da Trofa.

Estamos perante um investimento de 140 milhões de euros, que acrescentará 8 novas estações à rede, numa
extensão de 10,5 km em via dupla, que estarão ao serviço das populações em 2012.

O prolongamento da linha Verde ao concelho da Trofa evidencia um elevado potencial de captação de tráfego e
traduzir-se-á certamente numa resposta eficaz às necessidades de mobilidade dos Trofenses.

O lançamento deste concurso permite corrigir uma dupla injustiça:


 Por um lado, a concretização de uma linha que estava prevista para a 1ª Fase e que por decisões políticas
anteriores foi sendo sucessivamente adiada; e
 Por outro lado, o restabelecimento de um serviço num canal onde anteriormente existia o caminho-de-ferro.

É, portanto, este Governo que corrige uma injustiça que recorrentemente vinha sendo infligida à população do
concelho da Trofa.

A linha é para construir, é para construir já e é para construir em via dupla.

E os novos veículos «tram-train» que foram apresentados na passada quinta-feira irão operar também nesta linha,
oferecendo uma maior capacidade e uma melhor comodidade.

No projecto da linha da Trofa não foi esquecida a articulação com os outros modos de transporte, tão essencial para
uma mobilidade urbana de qualidade.

Com efeito, a obra da REFER da Variante Ferroviária da Trofa, presentemente em curso, prevê que a nova estação
ferroviária da Trofa tenha interface com a Metro do Porto na paragem da Paradela, bem como com autocarros e táxis,
prevendo ainda um parque de estacionamento para cerca de 170 veículos.

Estamos assim a reforçar drasticamente a intermodalidade e, consequentemente, a qualidade da mobilidade urbana.

Este aspecto de articulação entre outros modos de transporte é fundamental, se tivermos em mente os objectivos
expostos nas Orientações Estratégicas, de potenciação de sinergias e complementaridade intra e intermodais.

De facto, queremos promover e privilegiar a intermodalidade como forma de aumentar a procura em transporte
colectivo, garantindo uma mobilidade sustentável a nível social, ambiental e económico-financeiro.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Damos assim mais um passo na concretização da 2ª fase do plano de expansão da rede do Metro na Área
Metropolitana do Porto, apresentado pela Comissão Executiva da Metro do Porto há cerca de um ano.

Esta é a nossa forma de trabalhar. Estudamos. Planeamos. Pomos à Discussão. Melhoramos. E Concretizamos.

Esta é a única forma séria de trabalhar.

No que se refere à 2ª fase, para além do prolongamento ao concelho da Trofa que hoje é lançado:
 Foi já concluída a extensão da Linha Amarela até à estação D. João II;
 Está em execução a extensão da linha de Gondomar entre o Dragão e Venda Nova, com conclusão prevista
para Novembro de 2010, representando um investimento de 135 milhões de euros; e
 Foi adjudicada no passado mês de Agosto a empreitada para a extensão da Linha Amarela até à Rotunda de
Santo Ovídeo, cuja conclusão está prevista para Dezembro de 2010. Esta extensão representa um investimento de
23 milhões de euros.

A 2ª fase ficará concluída com a construção de mais 4 linhas, que integrarão o concurso da subconcessão para
construção e manutenção pesada que será lançado assim que forem concluídos todos os procedimentos de avaliação
de impacte ambiental, exigidos por lei:
 A extensão da Linha Amarela a Laborim e a ligação a Vila d’Este coordenada com a abertura das futuras
instalações do Hospital Gaia / Espinho;
 A linha do Campo Alegre ligando Matosinhos Sul a S. Bento;
 A linha de S. Mamede ligando o Pólo Universitário à Estação Vasco da Gama; e
 A Linha de Valbom ligando Campanhã a Gondomar.

A 2ª fase da expansão do Metro do Porto representa um investimento de 1.100 milhões de euros e será construída
num prazo que se deseja muito inferior de 10 anos, exactamente o mesmo prazo que levou a construir a actual rede.

Serão acrescentados 43 km, ou seja, quase a mesma extensão da actual rede, bem como serão construídas 49
estações e finalmente será reposta justiça com a ligação à Trofa.

Mas não queremos ficar por aqui. Numa lógica de planeamento estratégico queremos já conceber a etapa seguinte, ou
seja, delinear a 3ª Fase de expansão da rede.

Para a 3ª fase de desenvolvimento da rede, é proposto estudar a viabilidade das seguintes ligações:
 Ligação Campanhã – Faculdade de Letras;
 Ligação Faculdade de Letras – Laborim – Vila d’Este;
 Linha da Boavista;
 Ligação Hospital de S. João – Maia – Verdes.

Como podem constatar, este projecto de expansão vai mais além do acordado, pois procura satisfazer algumas
necessidades de mobilidade de grandes pólos populacionais do núcleo central da Área Metropolitana do Porto que não
estavam compreendidas no Memorando de Entendimento de Maio de 2007, como a extensão a Vila d’Este e uma nova
ligação ao aeroporto.

Estou convicta que esta proposta atinge e supera os objectivos pretendidos:


 Serve pólos geradores de viagens,
 Supera os actuais estrangulamentos da rede, principalmente o troço entre a Senhora da Hora e Trindade; e
 Favorece zonas densamente ocupadas e não servidas pela actual rede.

Trata-se de uma proposta que consolida uma verdadeira rede de transportes públicos, sendo que daqui a 4 anos
estará já implantada em 8 concelhos da Área Metropolitana do Porto.

Trata-se de uma proposta que assume claramente uma filosofia de rede coordenada e sustentável, atribuindo-lhe
maior consistência, satisfazendo as necessidades de mobilidade das populações e resolvendo os problemas
operacionais actualmente existentes.

Também o concurso para a exploração por um novo período de 5 anos está em curso e será adjudicado ate ao final
ano.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

A rede do Metro do Porto transportou, em 2008, cerca de 51 milhões de passageiros, servindo os concelhos de Vila
Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, representando um crescimento de 4,3%
face a 2007.

Quando comparamos este valor de 2008 com a procura de 2005, registamos um acréscimo de 33 milhões de
passageiros transportados, o que representa um aumento muito significativo de quase 180%!

Estes resultados evidenciam claramente que a Metro do Porto se constitui uma infra-estrutura crucial para a mobilidade
metropolitana.

Trata-se sem dúvida de uma aposta ganha, de um projecto com evidentes benefícios na qualidade de vida de uma
região que se pretende mais competitiva e dinâmica.

Sinto que podemos afirmar, governo e autarcas, que o metro é um projecto vencedor para a região e para o país.

É um projecto de que todos nos orgulhamos!

Os resultados da procura na Área Metropolitana do Porto do 1º semestre de 2009 quando comparados com o 1º
semestre de 2008, confirmam esta tendência:
 A Metro do Porto registou um aumento de 4,3%;
 A STCP manteve o nível de procura, registando uma diminuição de 0,7%; e
 A CP Porto registou um aumento significativo de 5,6%.

No total a Área Metropolitana do Porto, ganhou mais 2,8 milhões de passageiros no 1º semestre de 2009!
Depois de anos sucessivos a registarem-se perdas na procura de transporte público nas duas áreas metropolitanas do
Porto e de Lisboa, nos últimos três anos o ciclo inverteu-se e encontra-se em fase de consolidação.

São resultados, resultados muito positivos que estão inegavelmente associados às políticas implementadas por este
Governo no sector.

O aumento sustentado verificado no número de passageiros transportados pelos operadores públicos nas duas áreas
metropolitanas do Porto e de Lisboa, demonstra bem o sucesso das políticas deste Governo em termos de uma cada
vez maior sustentabilidade na mobilidade urbana.

Não há memória de um Governo que tenha dado tanta importância ao sector dos transportes.

Deixem-me dar cinco exemplos, meramente ilustrativos.

Em primeiro lugar o investimento na modernização da rede ferroviária nacional, nomeadamente:


 A Variante da Trofa, em execução;
 A quadruplicação do troço Contumil-Ermesinde, que está em processo de AIA;
 A remodelação na Estação de Vila Nova de Gaia / Devesas, já concluída;
 O rebaixamento da via-férrea no atravessamento da cidade de Espinho, já concluído;
 A prossecução do Plano de Supressão e Reclassificação de passagens de nível;
 A modernização da linha do Douro, no troço entre Caíde e Marco;
 A reactivação do serviço de passageiros no ramal de Leixões; e
 A reabilitação das linhas de via estreita do Tâmega e Corgo.

Em segundo lugar, a preocupação constante de forte cariz social que o Governo tem tido em matéria de política
tarifária. Nesta legislatura foram criados:
 Na região do Porto, em 2006, o Andante Social que permitiu à população estudantil e à terceira idade utilizar
os transportes públicos da rede Andante em condições mais vantajosas;
 A nível nacional implementámos, em 2008, o passe escolar 4_18@escola.pt e mais recentemente o passe
sub23@superior.pt destinado aos jovens estudantes entre os que passaram a usufruir de um desconto de 50% na
utilização dos transportes públicos nas deslocações casa-escola e casa-universidade; e
 Também o tarifário da CP Regional foi totalmente reformulado, tendo-se criado um regime transitório que
colocará fim a décadas de inconsistência tarifária.

Em terceiro lugar, a aposta na renovação da frota da STCP e material circulante da CP, bem como no reforço do
material circulante da Metro do Porto:
 Investimos na melhoria da qualidade do serviço prestado na STCP, através da renovação de frotas, tendo
adquirido, desde 2005, 115 autocarros equipados com motor Euro V ou movidos a gás natural; e
 Lançámos o concurso para a aquisição de material circulante da CP no horizonte 2009-2013, onde se inclui a
aquisição de 16 Automotoras a colocar ao serviço do Urbano do Porto (8 como fornecimento base e mais 8 como
opcional) no valor previsional de 80 milhões de euros.

Em quarto lugar, a reestruturação da rede da STCP, tendo em conta a evolução da mobilidade no Porto e às
alterações que se têm verificado no sistema de transportes, designadamente da expansão da rede de metro ligeiro do
Porto.

Em quinto lugar, e não menos importante a criação, através da Lei n.º 1/2009, de 5 de Janeiro, do novo regime jurídico
para as Autoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa e do Porto, estando já em funcionamento, desde Julho
de 2009, a Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa.

Conforme se pode constatar pelos exemplos que acabei de referir foram medidas tomadas de forma responsável em
diversos domínios e a vários níveis, abrangendo todo o sector com o denominador comum de trazer mais pessoas para
o transporte público e que explicam bem o sucesso alcançado.

Termino, dirigindo-me à Administração da Metro do Porto e a todos os seus trabalhadores agradecendo a dedicação
demonstrada para fazer desta empresa pública uma referência a nível nacional.



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