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Agora, a 2000 pés de profundidade, vejo como é bom se sentir um pouco mais
seguro e com mais propriedade. Afinal, como bem colocou Patrícia, de um jeito ou de
outro, aprendemos, as ‘provas e expiações’ dessa primeira metade do ano não nos foram
em vão. Mas, isso não quer dizer que o fundo do mar não nos apresente novidades. Ao
contrário, é que nesse momento estamos abertos ao novo, já conhecemos parte de nossas
limitações e competências. Estamos eufóricos, queremos nos aprofundar cada vez mais,
descobrir as diversas cores e formas que está por trás dessa aparente bonança do azul
infinito.
Nessa nova etapa, ganhamos um reforço de peso, não estamos mais mergulhando
sozinhos, temos uma companhia agora. Os orientadores são nossa bússola, indicando a
direção que devemos tomar. Num programa interdisciplinar, nos deparamos com a palavra
“diferença”. Nem sempre (quer dizer, na maioria das vezes não!) seremos orientados por
pessoas que sejam como nós. É a oportunidade de aprender com, ou melhor, viver a
diferença. A experiência de ser orientada por uma professora da linha 1 é muito
desafiante, pois impõe novas formas de direcionar o olhar ao objeto, não só do ponto de
vista metodológico como também cognitivo.
Desejo a todos nós, portanto, que saibamos usufruir de toda essa experiência
ofertada pelo programa e que se não possamos mudar o mundo com nossa dissertação
que, ao menos, possamos contribuir com um tijolinho para o desenvolvimento da pesquisa
no Brasil.