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AUDITÓRIO DA LIVRARIA LER DEVAGAR

ESPAÇO LXFACTORY | ALCÂNTARA | LISBOA


PROGRAMA
SÁBADO 13 NOVEMBRO

10.00 h – Abertura

10.30 h - Cartas de um preso político para a sua filha


Ana Barradas

11.00 h - O PCP e a PIDE perante a homossexualidade


São José Almeida

11.30 h – Debate

12.00 h – Almoço

14.00 h - Desertar contra a guerra colonial – os núcleos de desertores na Europa


José Manuel Lopes Cordeiro

14.30 h - Um maoísmo português?


Miguel Cardina

15.00 h - A segunda vaga do movimento operário português


Ângelo Novo

15,30 h - Debate

DOMINGO 14 NOVEMBRO

10.00 h - O PCP e a Revolução Democrática Nacional


Jorge Nascimento Fernandes

10.30 h - Os Cadernos de Circunstância e o jornal Combate


Ricardo Noronha

11.30 h - Debate

12.00 h - Almoço

14.00 h - O PCP e o V Governo


Raquel Varela

14.30 h - Do 25 de Abril do Povo à 3ª cisão do PCR/UDP e a constituição da Política Operária


António Barata

15.00 h – Debate
RESUMO DAS INTERVENÇÕES

Título: Cartas de um preso político à sua filha


Autora: Ana Barradas
Resumo:
A "petite histoire" da vida dos militantes do PCP é muito pouco conhecida e sempre se cultivou o ocultamento dos
percursos individuais, por razões de clandestinidade que se entendem mas segundo um padrão recorrente que se
prolongou muito para lá do fim do fascismo. A recente morte de alguns dirigentes recorda-nos essa quase ausência de
memória histórica em termos de vida pessoal. Por isso valorizamos aqui documentos fidedignos que os próprios
deixaram: correspondem-se com familiares falando da sua condição de prisioneiros, da família, dos dramas e
dificuldades, de como se comportar perante a adversidade, da arte e de poesia e das atitudes a tomar perante a vida
em geral.

Título: O PCP e a PIDE perante a homossexualidade


Autora: São José Almeida
Resumo:
A construção da homofobia é uma realidade ao longo do século XX português. Ela é uma essa imposição do modelo
de sociedade burguesa associada ao nascimento do capitalismo industrial no século XIX, que assenta na família
nuclear, patriarcal, heterossexual e procriativa, e que doméstica a sexualidade, empurrando a homossexualidade para
o submundo do não-dito e dos anti-sociais. Por isso, ela não tinha dignidade para ser usada pela PIDE como
acusação, embora fosse investigada. Assim como não tinha dignidade para ser mencionada pelo PCP, mesmo quando
implicitamente indiciada contra militantes que se quer afastar.

Título: O PCP e o V Governo


Autora: Raquel Varela
Resumo:
Vários autores analisaram a política do Partido Comunista Português (PCP), concluindo que o PCP procurou em
1974-1975 fazer um «golpe de Praga» de 1948, tentando uma via putschista para alcançar o poder do Estado e impor
um regime satélite da URSS, ligado ao Pacto de Varsóvia. Neste artigo focar-nos-emos sobre a história do PCP neste
período do V Governo, descrevendo e analisando a política do PCP durante o V Governo face ao movimento
operário, ao PS, ao MFA e à extrema-esquerda.

Título: O PCP e a Revolução Democrática Nacional


Autor: Jorge Nascimento Fernandes
Resumo:
A Revolução Democrática Nacional pode-se inserir dentro das etapas intermédias” definidas pelo PCP que visavam
derrotar o fascismo e instalar um regime democrático, sem os monopólios e sem a subordinação ao capital
estrangeiro, tendo como objectivo último a instauração do socialismo. Isto implicou alguma ruptura, nunca assumida,
com o leninismo e com a sua teoria da revolução socialista. E se para justificar estas novas concepções sempre se
socorre de alguma frase de Lenine, a verdade é que este só escreveu sobre as etapas intermédias ou de transição a
propósito de coisas bem diferentes, como era a revolução democrático-burguesa ou as lutas pela independência
nacional.

Título: Um maoísmo português?


Autor: Miguel Cardina
Resumo:
Pretende-se com esta intervenção anotar algumas das características do campo "marxista-leninista" ou "maoísta" no
país durante os anos que vão de 1964 a 1974. A pergunta que lhe serve de mote desdobra-se, nas suas três palavras,
em outras tantas problemáticas. Analisar a existência de "um maoísmo português" significa: aferir a unidade /
diversidade deste terreno militante; sublinhar o modo como este terreno ideológico tem uma dúplice relação de
continuidade e descontinuidade com a tradição comunista; questionar a sua especificidade no contexto português.

Título: Do 25 de Abril do Povo à 3ª cisão do PCR/UDP e à constituição da Política Operária


Autor: António Barata
Resumo:
As tentativas de construção pelos maoístas agrupado no PCR/UDP de uma ampla frente popular, inspirada nas
orientações do 7º Congresso da IC, produziram resultados contrários aos esperados – desagregação, cisões sucessivas,
perda de influência política, eleitoralismo, reformismo, sucessivos fracassos eleitorais, desprezo pelo debate de
ideias, dissolução do PCR… Em vez de uma escola de revolução, o PCR/UDP transformou-se numa escola de
reformismo, oportunismo e promoção de carreiristas. A busca dos porquês de tais resultados empreendida por um
núcleo de militantes, em particular por Francisco Martins Rodrigues, levou-os a sucessivas rupturas – com o
maoísmo, o dimitrovismo e o estalinismo – e à descoberta de outro marxismo, tal como entendiam Marx e Lenine,
liberto das falsificações que o descaracterizam e desacreditam.
Título: Desertar contra a guerra colonial – os núcleos de desertores na Europa
Autor: José Manuel Lopes Cordeiro
Resumo:
Entre 1961 e 1974, cerca de 200.000 jovens faltaram à incorporação no serviço militar, situação que se agudizou a
partir do início da década de 1970: entre 1970 e 1972, o número de refractários situava-se acima dos 20%, num total
de mais de 50.000 faltosos. Perante esta realidade, foram diversas as respostas dadas pelas diferentes forças políticas
que se reclamavam do comunismo. O PCP defendia a participação dos jovens na guerra colonial, com o objectivo de
acompanharem as tropas para as consciencializar e organizar. As diferentes organizações que agrupavam os
comunistas revolucionários defendiam, na sua maior parte, uma posição diversa: recusar a participação numa guerra
injusta, apelando para a deserção. Diferiam, contudo, na natureza desse apelo: se o mesmo deveria, ou não, apelar à
deserção com armas. O autor procurará analisar os argumentos que sustentavam estas diferentes posições,
apresentando também um panorama dos núcleos de desertores então existentes nos vários países europeus, e as
actividades por eles desenvolvidas.

Título: A segunda vaga do movimento operário português


Autor: Ângelo Novo
Resumo:
Na viragem do século e, decisivamente, a partir de meados da primeira década do século XX, o movimento operário
português entra num período completamente novo na sua história. É um ciclo que se encerrará com a derrota da greve
geral revolucionária de 18 de Janeiro de 1934 e que conhecerá, de permeio, episódios de luta e assalto ao poder de
uma vivacidade que jamais seria superada, nem mesmo em 1974-75. Esta adolescência turbulenta do proletariado
português é um tesouro inesgotável, cujo legado se constituiu em terreno disputado, sujeito a interditos,
esquecimentos e revisitações sintomaticamente selectivas.

Título: Os Cadernos de Circunstância e o jornal Combate


Autor: Ricardo Noronha
Resumo:
(falta)

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