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c cjá qualificado nos  !"# 
$%"& %%'neste ato representado por sua procuradora judicial no final assinado,
Dra. Maira Suemi Arita, instrumento de mandato procuratório anexo, advogada inscrita
na OAB/PR sob o nº 43.181, com escritório profissional situado à Rua Neo Alves
Martins, nº 123, em Maringá/PR, onde recebe intimações e notificações; incon formado
com a decisão de fls. que converteu o agravo de instrumento em retido, vem ,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, na forma dos arts. 17, §§6º e 10º
da Lei 8.429/92, e art. 247, RITJPR, interpor o presente:



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Requer o Agravante a reconsideração da decisão agravada e o


consequente regular tramite do agravo de instrumento nessa forma, com base nas
razoes apresentadas em anexo.

Nestes termos,
Pede Deferimento.

De Maringá
Para Curitiba

17 de setembro de 2010 .

_______________________
Dra. Maira Suemi Arita
OAB/PR nº43181
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Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face da decisão


proferida nos autos n. 234/2009 de Ação Civil Pública, em que o digno juiz da causa
recebeu a petição inicial da ação, afirmando que se trata de ação d e improbidade
administrativa e que, embora a ação tenha sido denominada de forma diversa, não há
inépcia da inicial posto que a ação segue o rito da Lei de Improbidade. A decisão
afastou, ainda, a preliminar de ilegitimidade e de falta de interesse de agir do
Ministério Público. Quanto às demais alegações, deixou de apreciá -las, ao argumento
de que a inexistência de dolo e a ausência de direcionamento ou favorecimento,
constituem o próprio mérito da defesa e do pedido, não sendo possível afastá -las de
pronto.
1. Nas razões de recurso, relatam os Agravantes que a ação de
improbidade movida pelo Ministério Público tem por base suposta ocorrência de
irregularidades na aquisição de medicamentos, em que foi dispensada a prévia
licitação, sugerindo, ainda, a ocorrênc ia de superfaturamento de determinados artigos.
Argumentam terem demonstrado a inexistência de atos de improbidade através da
documentação juntada com a defesa preliminar. Alegam que sofrerão grave dano com
o processamento da ação de improbidade, ficando e stigmatizados como sujeitos
acusados da prática de crimes, afirmando que podem perder a confiança dos clientes,
causando o fechamento das distribuidoras de medicamentos. Alegam que a decisão
agravada não é motivada, dizendo que não houve análise das inform ações prestadas
que tornam impossível a conclusão pela existência de atos de improbidade de sua
parte. Asseveram que, para a compra dos medicamentos, a administração pública
cotou preços entre quatro distribuidoras e somente adquiriu das Agravantes porque,
no geral, ofereciam melhor preço, dizendo também, que o fato de determinados
produtos terem preços diferenciados não induz a ocorrência de superfaturamento ou
dolo na atitude das empresas. Requer a atribuição de efeito suspensivo e, ao final, o
provimento do recurso, com a rejeição da inicial com relação aos Agravantes.


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Inicialmente há que se demonstrar o cabimento do presente agravo
regimental. O Exmo. Desembargador Relator, fundamentando -se na nova redação
dada ao artigo 527 do Código de Processo Civil pela Lei n. 11.187/05 , segundo o qual,
o agravo de instrumento será convertido em retido, com exceção das decisões
suscetíveis de causar à parte lesão grave ou de difícil repar ação, bem como nos casos
de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que o recurso é recebido.

Além disso, o parágrafo único do supracitado dispositivo legal dispõe


ser irrecorrível a decisão que determina a conversão do agravo de instrument o em
retido, admitindo a sua reforma apenas no momento do julgamento do agravo, salvo
se o próprio relator a reconsiderar .

Ora, Excelências, referida norma, que claramente nega a


possibilidade de recurso, e principalmente, a possibilidade de ser apreciada por um
órgão colegiado, está diretamente afrontando direitos fundamentais previstos na Carta
Magna.

Tem-se, desta forma, ofensa direta ao art. 5º, LV, da Carta Magna,
que garante:
Ãalar do principio da colegialidade
É da natureza dos tribunais superio res o exercício colegiado da
jurisdição. Consectariamente, se a lei ou o Regimento conferem a um dos membros do
Tribunal, por razões de urgência e de abreviação do serviço judiciário, o exercício de
função jurisdicional, ele a desempenha em nome do colegia do,mas sem poder tolher o
acesso do jurisdicionado ao colegiado, que é o juiz natural da causa. Por isso, jamais
se cogitou de considerar inconstitucional a previsão de agravos nos regimentos
internos dos tribunais.

Nesse sentido, salutares as lições do processualista Humberto


Theodoro Junior, que leciona:

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Nesse sentido, oportuno se faz colaciona ao autos o entendimento


sopesado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça:

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O art. 39 da Lei nº 8.038/90, que discipli na o cabimento do agravo
interno contra decisão singular proferida por membro do Superior Tribunal de Justiça e
ao Supremo Tribunal Ãederal, deve ser aplicado, por analogia, aos demais tribunais
pátrios, ainda que inexista previsão no Regimento Interno do Tribunal de Segunda
Instância

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