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Reportagens
Para ela, no entanto, a situação tende a se reverter com o fim da crença de muitos
educadores na existência do que costumam chamar de "o melhor método". "Já baseamos
as aulas em gramática e em tradução, por exemplo, mas hoje sabemos que cabe ao
professor analisar a turma para atuar bem", afirma. Nesta entrevista, a pesquisadora
explica por que acredita que a busca por receitas só mudará com a formação reflexiva -
a capacitação que prepara cada docente para avaliar a realidade em que atua e aplicar
princípios de ensino e aprendizagem que funcionem para o grupo de estudantes que tem
em cada sala de aula.
O que mudou nas aulas de Língua Estrangeira no Brasil desde que o primeiro
curso de pós-graduação na área foi criado, em 1970?
ANTONIETA CELANI Antes, o foco estava no ensino de línguas em si. Hoje, o
conceito de linguística aplicada, guarda-chuva do curso que ajudei a criar, é muito mais
amplo. Naquele tempo, a preocupação era o que e como ensinar. Hoje há outras
perguntas: para que crianças e jovens precisam do Inglês? Por que ele é necessário no
currículo?