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INTRODUÇÃO

A adolescência é uma fase em que o ser humano passa por importantes


mudanças físicas, biológicas e psicossociais. O jovem, nesta fase, começa a
despertar o interesse para o seu corpo, por causa das transformações que estão
ocorrendo durante a puberdade.

Insegurança, incerteza, medo, timidez, vergonha, preconceito e


constrangimento são alguns dos sentimentos que passam a fazer parte do mundo
do adolescente. Esta é uma fase em que os adolescentes encontram-se em fase
de afirmação de sua identidade individual e social, estando vulneráveis às diversas
interferências sócio-econômico-culturais.

Como decorrência desses fatores, temos nesta fase a tomada de decisões


que podem implicar numa gravidez não planejada, interrupção dos estudos por
conta do início precoce a vida laboral, doenças sexualmente transmissíveis,
infrações, drogas, prostituição, entre outros.

A escola, a cada dia, convive com situações novas que há algum tempo
atrás eram impensáveis no cotidiano do trabalho pedagógico. Por isso, faz-se
necessário hoje não só trabalhar com crianças e adolescentes os processos
cognitivos, mas todos os aspectos relacionados com a afetividade, com a formação
da cidadania, com a ética e com a sexualidade. Ou seja, a escola hoje, por sua
vez, não tem a função apenas de ensinar, mas de formar cidadãos conscientes do
seu papel na sociedade, tornando-os capazes de enxergar a realidade e discernir
sobre como agir.

Neste mesmo sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem o tema


sexualidade como um tema transversal e que deve ser trabalhado de forma
responsável e prazerosa. Seu desenvolvimento deve oferecer critérios para o
discernimento de comportamentos ligados à sexualidade que demandam
privacidade e intimidade.
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“A Orientação Sexual na escola deve ser


entendida como um processo de intervenção
pedagógica que tem como objetivo transmitir
informações e problematizar questões
relacionadas à sexualidade, incluindo posturas,
crenças, tabus e valores a ela associados. Tal
intervenção ocorre em âmbito coletivo,
diferenciando-se de um trabalho individual, de
cunho psicoterapêutico e enfocando as
dimensões sociológica, psicológica e fisiológica
da sexualidade. Diferencia-se também da
educação realizada pela família, pois possibilita
a discussão de diferentes pontos de vista
associados à sexualidade, sem a imposição de
determinados valores sobre outros.” (PCNs,
1997)
Por isso, a implantação de um projeto, numa perspectiva de orientar e
educar os adolescentes para que possam ter autonomia quanto a tomada de
decisões saudáveis e a de proporcionar aos adolescentes uma assistência
educacional no que tange a sua saúde e a construção de valores para uma prática
responsável, ética social e individualmente é de fundamental importância e
necessidade.

JUSTIFICATIVA
Por se tratar de uma fase em que o ser humano passa por importantes
mudanças físicas, biológicas e psicossociais e devido a especificidade desta fase
da vida, faz-se necessário a existência desse projeto para atender as demandas
deste grupo escolar.

“As informações corretas, aliadas ao trabalho


de autoconhecimento e de reflexão sobre a
própria sexualidade, ampliam a consciência
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sobre os cuidados necessários para a prevenção


desses problemas” (PCNs, 1997)

POPULAÇÃO ALVO
Levando em conta as necessidades do educando nesta fase da vida, o
ideal seria abranger a totalidade do grupo, porém, este projeto, a priore, será
realizado com uma quantidade de alunos que possam ser atendidos no dia e
período estipulados e que se apresentam na faixa de transição da infância para a
adolescência, trazendo seus receios e incertezas futuras. Dessa forma, quarenta
alunos matriculados nos 7ºs Anos do Fundamental II serão o público alvo deste
projeto piloto que objetiva ampliar essa assistência primordial para os educandos.

OBJETIVOS
 Promover a saúde integral do adolescente, favorecendo o processo de
crescimento e desenvolvimento, buscando reduzir os desajustes individuais e
sociais;

 Promover ações educativas assistências e promotoras de bem estar,


como reuniões, palestras e seminários voltadas para população adolescente;

 Trabalhar de forma interdisciplinar a questão da sexualidade na


adolescência;

 Motivar e desenvolver procedimentos de educação corporal alicerçadas


em princípios do autoconhecimento e autocuidado, através de diversas atividades;

 Estimular e desenvolver atividades com a intenção de construção de uma


identidade individual e sócio-cultural, sensibilizando o adolescente para um
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exercício de vida sadio, integrado a natureza e aos significados histórico-sociais


das representações do mundo cultural;

 Desenvolver a atenção psicológica individual e grupal aos adolescentes


numa perspectiva de consolidar sua identidade individual e social; bem como
proporcionar a construção de estratégias de enfrentamento dos seus conflitos
existenciais no campo da sexualidade, sociabilidade, escolarização e vida laboral;

 Apoiar e desenvolver pesquisas e estudos sobre a saúde dos


adolescentes e temáticas relevantes da adolescência;

MATERIAIS DE APOIO
• Textos • Livros
• Dramatizações • Palestras
• Jornais • Entrevistas
• Reportagens • Debates
• Vídeos • Pesquisas
• Músicas • Jogos
• Poesias • Cartazes

CONTEÚDO E NÚMERO DE AULAS PREVISTAS

Conteúdo Número de
aulas (h/a)
Mudanças e transformações corporais e psicossociais; 2
Adolescência; 2
Higiene; 2
Alimentação; 2
Saúde; 2
Anatomia – Aparelho reprodutor feminino e masculino; 2
Fisiologia feminina e masculina; 2
Família, amigos e a escola; 2
Amizade, amor, paixão, ficar, namoro, casamento, 2
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separação, divórcio;
Valores, crenças, culturas x corpo; 2
Opções sexuais; 2
Adolescente e a mídia; 2
Projeto de vida, planejamento familiar; 2
Drogas, gravidez não-planejada, violência, aborto, DST’s. 4

Total horas/aula 30

CRONOGRAMA
Os encontros serão realizados uma vez por semana, às sextas-feiras, das
12h às 13h:30min (2h/a) e compreendendo o período entre 03 de Setembro de
2010 à 17 de Dezembro do mesmo ano, totalizando 32h/a, período previsto para o
desenvolvimento de todo o conteúdo.

Número de Horas/aula para Jex


MÊS DATAS HORAS/AULA/MÊS
Setembro 03, 10, 17 e 24 8 h/a
Outubro 01, 08, 22 e 29 8 h/a
Novembro 05, 12, 19 e 26 8 h/a
Dezembro 03, 10 e 17 6 h/a

Total de horas/aula Jex 30 h/a

AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de maneira constante e com a participação de todo o
grupo que atua de maneira direta ou indireta no trabalho em questão, ou seja, a
avaliação será realizada após a cada encontro tendo a participação das
professoras responsáveis, dos educandos participantes do projeto, das famílias
também envolvidas, da direção da escola e de toda equipe escolar.

É importante ressaltar que diferentes avaliações serão realizadas ao longo do


período por conta das diferentes metas que desejamos alcançar.

O próprio planejamento realizado será constantemente avaliado. Os conteúdos


escolhidos, o período de realização do mesmo, público-alvo e atividades para o
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desenvolvimento dos conteúdos serão avaliados para a evolução e alcance das


metas estipuladas (que também serão avaliadas e modificadas se necessário). Isto
será feito através de discussões e registros entre as professoras responsáveis pelo
projeto, assim como das discussões entre a direção e participantes do projeto com
as mesmas.
A efetiva prática também será avaliada de forma reiterada para saber se
realmente se constitui como o melhor canal de comunicação e apreensão dos
conteúdos escolhidos. Para isso, cada educando produzirá uma agenda. Nela, o
adolescente criará o seu personagem e através dele expressará todas as suas
dúvidas, seus sentimentos, suas descobertas e projeções futuras.

Este material será semanalmente avaliado pelas professoras para


compreender se os objetivos estão sendo alcançados, se as atividades são
adequadas, se mudanças são necessárias, se o grupo está, não só adquirindo
novas informações, mas orientações corretas e as utilizando para o seu crescimento
sadio.
No que tange a família, a avaliação será realizada através de encontros
combinados ou registros. As avaliações e os resultados obtidos, a partir dos
materiais confeccionados pelos educandos, serão ponto de partida para um debate
entre pais/responsáveis e professoras para se obter um diagnóstico, não só com
relação ao projeto e seus efeitos, mas da existência ou não de compreensão das
dificuldades dessa fase, da importância de acompanhamento e orientação por
parte da família.

Portanto, todos os materiais confeccionados, todas as discussões realizadas,


práticas sabidas e registros serão instrumentos para diferentes avaliações tanto no
seu âmbito particular como no coletivo.

Professoras Responsáveis
Regiane Ruschel
Prof. Ens. Fund. II – Ciências
JEIF - RF. 692.973-00
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Paula Schneider
Prof. Ens. Fund. II – Ciências
_______________________________ JBD - RF.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ALMADA, Fernando. Frankensteen: retalhos da adolescência. São Paulo: Moderna, 1996. 112 p.
• ARATANGY, Lídia Rosenberg. Sexualidade: a difícil arte do encontro. São Paulo: Ática, 1995.
159 p.

• AZEVEDO, Guila. Adolescência. São Paulo: Scipione, 1995. 71 p.


• BARRETO, Ozana. Adolescentes: aprenda a falar com eles, jogando com as palavras:
dicionário do adolescente. Salvador: Universitária Americana, 1993. 93 p.

• BOLOGNA, José Ernesto. Estação desembarque: referencias existenciais para o jovem


contemporâneo. São Paulo: Aquariana, 1992. 350 p.

• Comissão de saúde do adolescente. Adolescência e saúde. vol. 1. São Paulo: Secretaria de


Estado da Saúde, 1988. 210 p.

• Comissão de Saúde do Adolescente. Adolescência e saúde. vol. 2. São Paulo: Secretaria de


Estado da Saúde, 1994. 93 p.

• COLEMAN, John. Emoções e sentimentos. São Paulo: Moderna, 1994. 46 p.


• COLEMAN, John. Família e amigos. São Paulo: Moderna, 1994. 46 p.
• COSTA, Cristina. Os grilos da galera: as questões da adolescência. São Paulo: Moderna, 1996.
143 p.

• DURAN, Carlos Joaquin. Meninas e rapazes. São Paulo: Paulinas, 1983. 102 p.
• GALLATIN, Judith E. adolescência e individualidade: uma abordagem conceitual da
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• GREEN, Christine. Mudanças no corpo. São Paulo: Moderna, 1994. 48 p.


• KNOBEL, Mauricio; ABERASTURY, Arminda. Adolescência normal: um enfoque psicanalítico.
10 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981. 92 p.

• LEVI,
Giovanni; SCHIMITT, Jean-Claude (org.). Historia dos jovens: da Antiguidade a Era
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• LEVI,Giovanni; SCHMITT, Jean-Claude (org.). Historia dos jovens: a época contemporânea.


vol. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 382 p.

• LEVISKY, David Leo (org.). Adolescência: pelos caminhos da violência: a psicanálise na


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• MADARAS, Lynda; MADARAS, Area. Meu corpo, eu. São Paulo: Marco Zero, 1995. 119 p.
• MADARAS, Lynda; MADARAS, Area. Meus sentimentos, eu. São Paulo: Marco Zero, 1996. 159 p.
• MAYLE, Peter; ROBINS, Arthur; WALTER, Paul. O que está acontecendo comigo: guia para a
puberdade, com respostas as perguntas mais embaraçosas. São Paulo: Nobel, 1984. 55 p.

• PEROSA, Miguel. Descobrindo a si mesmo: a passagem para a adolescência. São Paulo:


Moderna, 1995. 136 p.

• RAPPAPORT, Clara. Encarando a adolescência. São Paulo: Ática, 1995. 119 p.


• TAPAJOS, Laís. Desencana que a vida engana: verdades e mentiras sobre a adolescência.
São Paulo: Globo, 1995. 104 p.

• TIBA,Icami. Puberdade e adolescência: desenvolvimento biopsicossocial. 4 ed. são Paulo:


Agora, 1986. 236 p.

• ZAGURY, Tânia. O adolescente por ele mesmo: orientação para pais e educadores. 5 ed. Rio
de Janeiro: Record, 1996. 277 p.

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