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Sumário:
1. Considerações
2. Conceito
3. Hipótese de Incidência do ICMS ou ISSQN
4. Operação de Consignação
4.1 - Recebimento em Consignação
4.2 - Venda do Veículo Recebido em Consignação
5. Devolução Efetiva
6. Base de Cálculo Reduzida
7. Alíquotas
8. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
1. Considerações
2. Conceito
Ocorre a consignação quando uma pessoa denominada consignante entrega a outra denominada
consignatária bens ou mercadorias, para que esta última os venda por conta própria e em seu próprio
nome, em certo prazo ou, não os vendendo, faça sua devolução sem receber qualquer vantagem.
Havendo a venda dos bens consignados, o estabelecimento consignatário fica obrigado a pagar o
preço contratado com o consignante, verificando-se, então, a sua alienação.
b) consignatário: o estabelecimento revendedor de veículos, que recebe-os, sem qualquer ônus, com o
propósito de vendê-los, em seu nome e por sua conta.
Na hipótese de o estabelecimento ter como objeto social apenas a revenda de veículos usados,
em que as operações de recebimento de veículo, em consignação, de pessoa física ou jurídica não
contribuinte do ICMS, não estão apenas no campo de incidência do Imposto Sobre Serviços – de Qualquer
Natureza - ISSQN, de competência municipal, por se tratar de prestação de serviço de intermediação de
negócio, tendo em vista o contido no subitem 10.05 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº
116, de 31.07.2003.
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CONSIGNAÇÃO DE VEÍCULOS USADOS Page 2 of 3
(bem ou mercadoria).
Uma das hipóteses que gravam a incidência do ICMS, nos termos do artigo 2º do RICMS, é a
circulação da mercadoria, independente da natureza jurídica da operação que a constitua, seja ela venda,
doação, transferência, etc.
Portanto, o fato que define qual imposto incidirá sobre as operações realizadas pelas revendedoras
de veículos usados é o recebimento físico em seu estabelecimento do bem ou mercadoria objeto de
negociação. Caso isto ocorra, caracterizar-se-á uma operação de Consignação Mercantil, gravada pela
hipótese de incidência do ICMS. Caso haja somente a simples intermediação de negócio, sem o
recebimento físico do veículo em seu estabelecimento, haverá a incidência do ISSQN, devendo ser emitida
uma Nota Fiscal de Prestação de Serviço pelo valor recebido a título de comissão ou corretagem.
4. Operação de Consignação
4.1 - Recebimento
a) Nota Fiscal de devolução simbólica ao consignante, sem destaque do imposto, tendo como natureza da
operação “Devolução Simbólica de Veículo Recebido em Consignação”, CFOP 5.919 ou 6.919, com
menção, no campo “Dados Adicionais”, do número e da data da Nota Fiscal de recebimento em
consignação;
b) Nota Fiscal de Entrada, relativa à compra do veículo, sem destaque do imposto, pelo mesmo valor da
nota de recebimento, com a natureza da operação “Compra para Revenda”, CFOP 1.113 ou 2.113;
c) Nota Fiscal em nome do comprador do veículo, pelo valor total da operação, que é o correspondente ao
preço do veículo efetivamente vendido, cuja natureza de operação é “Venda de mercadoria recebida em
consignação”, CFOP 5.115 ou 6.115, com destaque do ICMS, se contribuinte enquadrado no regime
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“normal” de apuração do ICMS, observada a redução na base de cálculo do imposto, que será comentada
no item 6 deste texto.
5. Devolução Efetiva
Na devolução efetiva de mercadoria remetida em Consignação Mercantil, caso não seja efetuada a
venda do veículo dentro do prazo pactuado, o consignatário deve emitir Nota Fiscal, contendo, além dos
demais requisitos exigidos, o seguinte:
Nas saídas de veículos usados, efetuadas por contribuintes enquadrados no regime “normal” de
apuração, a base de cálculo do ICMS é reduzida para 5% (cinco por cento), conforme disposição contida
no item 02 da Tabela I do Anexo II do RICMS.
Este benefício fiscal não será aplicado quando as entradas e saídas das referidas mercadorias não
se realizarem mediante a emissão dos documentos fiscais próprios, ou deixarem de ser regularmente
escrituradas nos livros fiscais pertinentes.
As peças, partes, acessórios e equipamentos aplicados sobre o veículo usado pelo estabelecimento
consignatário não usufruem deste benefício fiscal, devendo ser emitida Nota Fiscal distinta para registrar
as suas saídas.
7. Alíquotas
Nas operações internas com veículos usados e, também, nas operações interestaduais destinadas
a não-contribuintes do ICMS, a alíquota do imposto é de 18% (dezoito por cento).
Enquanto que nas operações interestaduais a contribuintes situados nas regiões Sul e Sudeste,
exceto o Estado do Espírito Santo, a alíquota é de 12% (doze por cento).
Para os demais Estados, inclusive Espírito Santo, a alíquota é de 7% (sete por cento), quando o
adquirente for contribuinte.
O valor total da operação de venda do veículo recebido anteriormente em consignação deve ser
computado como receita bruta do estabelecimento para fins de enquadramento no regime fiscal e
recolhimento mensal do imposto, conforme artigos 407 e 411 do RICMS/PR.
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