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10/11/2010

Universidade Federal Fluminense


Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho
Norma Regulamentadora 18

Prof. Engº Antonio Fernando Navarro, M.Sc.


navarro@vm.uff.br

Portaria nº 3.214/78 – M.T.E.

A Portaria abrange um conjunto de normas


regulamentadoras que contemplam condições
de segurança observadas nas obras,
abrangendo uma enorme gama de atividades,
totalizando 33 NRs e 5 NRRs. São elas:

NR 18
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento e organização, com vistas à
implementação de controle e sistemas preventivos de
segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
Consideram-se atividades da Indústria da
Construção as constantes do Quadro I, Código da
Atividade Específica, da NR 4 e as atividades e
serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e
manutenção de edifícios em geral, de qualquer
número de pavimentos ou tipo de construção,
inclusive manutenção de obras de urbanização e
paisagismo.

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Objetivo e campo de aplicação


É vedado o ingresso ou a permanência de
trabalhadores no canteiro de obras, sem que se
encontrem assegurados pelas medidas previstas
na NR e compatíveis com a fase da obra.
A observância do estabelecido na NR não
desobriga os empregadores do cumprimento das
disposições relativas às condições e meio
ambiente de trabalho, determinadas nas
legislações federal, estadual e/ou municipal, e em
outras estabelecidas em negociações coletivas de
trabalho.

NR 18 - PCMAT
Contempla exigências contidas no Programa de
Prevenção e Riscos Ambientais, mantido no
estabelecimento à disposição do órgão regional
do Ministério do Trabalho e Emprego.
A implementação do PCMAT nos
estabelecimentos é de responsabilidade do
empregador, e tem caráter obrigatório para
estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores
ou mais, devendo ser feita por profissional
legalmente habilitado na área de segurança do
trabalho.

Comunicação prévia
É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional
do Trabalho, antes do início das atividades, das
seguintes informações:
 endereço correto da obra;
 endereço correto e qualificação (CEI, CNPJ ou
CNPF) do contratante, empregador ou
condomínio;
 tipo de obra;
 datas previstas do início e conclusão da obra;
 número máximo previsto de trabalhadores na
obra.

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PCMAT
Documentos que integram o PCMAT:
a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho
nas atividades e operações, abordando-se os riscos de
acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas
medidas preventivas;
b) projeto de execução das proteções coletivas em
conformidade com as etapas de execução da obra;
c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais
a serem utilizadas;
d) cronograma de implantação das medidas preventivas
definidas no PCMAT;
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive,
previsão de dimensionamento das áreas de vivência
f) programa educativo contemplando a temática de
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua
carga horária.

Áreas de Vivência
Áreas de vivência:
Os canteiros de obras devem dispor de:
a) instalações sanitárias;
b) vestiário;
c) alojamento;
d) local de refeições;
e) cozinha, quando houver preparo de refeições;
f) lavanderia;
g) área de lazer;
h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho
com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores.

Canteiro de obras dentro dos padrões de norma

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Áreas de Vivência
As áreas de vivência devem ser mantidas em
perfeito estado de conservação, higiene e
limpeza, podendo serem aceitos containeres,
desde que, cada módulo:
a) possua área de ventilação natural;
b) garanta condições de conforto térmico;
c) possua pé direito mínimo de 2,40m;
d) possua proteção contra riscos de choque
elétrico por contatos indiretos, além do
aterramento elétrico.

Áreas de Vivência - Lavatórios


Os lavatórios devem:
a) ser individual ou coletivo (tipo calha);
b) ser ligados diretamente à rede de esgoto,
quando houver;
c) ter revestimento interno de material liso,
impermeável e lavável;
d) dispor de recipiente para coleta de papéis
usados.

Áreas de Vivência – Vaso sanitário


O local destinado ao vaso sanitário deve ter:

a) área mínima de 1,00 m2;


b) porta com trinco interno e borda inferior de
0,15 m;
c) divisórias com altura mínima de 1,80 m;
d) recipiente com tampa, para papéis usados,
sendo obrigatório o fornecimento de papel
higiênico.

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Instalação sanitária em Canteiro de Obras

Áreas de Vivência - Mictórios


Os mictórios devem ser:
a) individual ou coletivo, tipo calha;
b) de revestimento interno de material liso,
impermeável e lavável;
c) providos de descarga provocada ou
automática;
d) ligados diretamente à rede de esgoto ou à
fossa séptica, com interposição de sifões
hidráulicos.

Áreas de Vivência - Chuveiros


Devem atender ao que se segue:

a) Área mínima necessária para utilização de 0,80 m2,


com altura de 2,10 m do piso.
b) Pisos com escoamento da água para a rede de
esgoto, de material antiderrapante ou com estrados
de madeira.
c) Serem de metal ou plástico, individuais ou
coletivos, dispondo de água quente.
d) Possuírem suporte para sabonete e cabide para
toalha, correspondente a cada chuveiro.
e) Ser eletricamente aterrados.

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Áreas de Vivência - Vestiários


Devem ser localizados próximos aos alojamentos e/ou à
entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado às
refeições. Devendo ter:

a) paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;


b) pisos de concreto ou cimentado;
c) cobertura que proteja contra as intempéries;
d) área de ventilação compatível;
e) iluminação natural e/ou artificial;
f) armários individuais com fechadura ou com cadeado;
g) pé-direito mínimo de 2,50 m;
h) adequadas condições de conservação, higiene e limpeza;
i) bancos em número suficiente com largura mínima de 0,30 m.

Áreas de Vivência - Alojamentos


Os alojamentos dos canteiros de obra devem ter:

a. paredes de alvenaria, madeira ou material


equivalente;
b. piso de concreto ou cimentado;
c. cobertura que proteja das intempéries;
d. área de ventilação compatível;
e. iluminação natural e/ou artificial;
f. mínimo 3,00 m2 por módulo cama/armário,
incluindo circulação;
g. pé-direito mínimo de 2,50 m;
h. instalações elétricas adequadamente protegidas.

Alojamento de contratada fora da norma

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Alojamento de contratada fora da norma

Áreas de Vivência - Alojamento


a) armários duplos com 1,20 m de altura por 0,30 m
por 0,40 m, com compartimento de 0,80 m de
altura, para a roupa de uso comum e a roupa de
trabalho.
b) é proibido cozinhar e aquecer refeições no
alojamento.
c) o alojamento deve ser mantido em permanente
estado de conservação, higiene e limpeza.
d) é obrigatório o fornecimento de água potável,
filtrada e fresca, por meio de bebedouros de jato
inclinado ou equipamento similar, na proporção de
1 para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração.
e) é vedada a permanência de pessoas com moléstia
infecto-contagiosa nos alojamentos.

Áreas de vivência – Refeitórios


Obrigações
a) paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
b) piso de material lavável;
c) cobertura que proteja das intempéries;
d) capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores
no horário das refeições;
e) ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
f) lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
g) mesas com tampos lisos e laváveis e assentos em número
suficiente;
h) depósito para detritos, com tampa;
i) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
j) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
k) pé-direito mínimo de 2,80 m;
l) local exclusivo para o aquecimento de refeições, sendo proibido
preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos;
m) fornecimento de água potável, filtrada e fresca, sendo proibido o
uso de copos coletivos.

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Áreas de Vivência – Cozinha


Requisitos mínimos
 ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;
 pé-direito mínimo de 2,80m;
 piso de fácil limpeza;
 cobertura de material resistente ao fogo;
 iluminação natural e/ou artificial;
 pia para lavar os alimentos e utensílios;
 sanitários que não se comuniquem com a cozinha, para o
pessoal da cozinha, não devendo ser ligadas à caixa de
gordura;
 recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
 equipamento de refrigeração para preservação dos
alimentos;
 botijões de GLP instalados fora do ambiente de utilização,
em área permanentemente ventilada e coberta.
 uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha.

Áreas de Vivência – Lavanderia


Requisitos mínimos
 locais próprios, cobertos, ventilados e
iluminados para que o trabalhador alojado
possa lavar, secar e passar suas roupas de
uso pessoal.
 tanques individuais ou coletivos em número
adequado.
 Contratação de serviços de terceiros, sem
ônus para o trabalhador em atividades de
grau de risco elevado.

Áreas de Vivência – Área de Lazer


Nas áreas de vivência devem ser previstos
locais para recreação dos trabalhadores
alojados, podendo ser utilizado o refeitório para
esse fim.

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NR 18 – Serviços de Demolição
Recomendações
 Desligar, retirar, proteger ou isolar as linhas de
fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis
líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas,
canalizações de esgoto e de escoamento de água
antes de se iniciar a demolição.
 Examinar construções vizinhas, prévia e
periodicamente, a fim de preservar a estabilidade e
integridade física dessas.
 Demolição programada e dirigida por profissional
legalmente habilitado.
 Remoção de vidros, ripados, estuques e outros
elementos frágeis antes de se iniciar o serviço.

NR 18 – Escavações, fundações e desmonte de rochas


Recomendações
 Limpeza prévia da área, removendo-se ou escorado-se árvores,
rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza.
 Escoramento de muros, edificações vizinhas e todas as
estruturas que possam ser afetadas.
 Existência de responsável técnico legalmente habilitado
conduzindo as atividades.
 Taludes instáveis das escavações com profundidade superior a
1,25 m devem ter sua estabilidade garantida por meio de
estruturas dimensionadas para este fim.
 Para elaboração do projeto e execução das escavações a
céu aberto, observar condições exigidas na NBR 9061/85 -
Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.
 Escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem dispor
de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de
trabalho.
 Materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma
distância superior à metade da profundidade, medida a partir da
borda do talude.

Escadas em valas com mais de 1,25 m de altura

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Proteções adotadas durante escavações

Retirada de material da vala

Distanciamentos mínimos

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Proteções adotadas

Escavação taludada

Escavação mista – paredes em taludes e paredes


protegidas com cortinas

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Riscos comuns em escavações de solos

Riscos comuns em escavações a céu aberto e em poços

Proteção dos trabalhadores em escavações profundas e


estreitas

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Trabalhos junto à rede elétrica

Escavação com proteções laterais

Escavação sem proteções laterais

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Passarela sobre escavação


Sistema antiderrapante

NR 18 – Carpintaria
Recomendações
As operações em máquinas e equipamentos somente
podem ser realizadas por trabalhador qualificado.
O equipamento de serra circular deve possuir:
a) mesa estável, com fechamento de suas faces
inferiores, anterior e posterior, em madeira ou material
metálico;
b) carcaça do motor aterrada eletricamente;
c) disco de corte afiado e travado, devendo ser
substituído quando apresentar trincas, dentes
quebrados ou empenamentos;
d) transmissões de força mecânica protegidas por
anteparos fixos e resistentes, irremovíveis, durante a
execução dos trabalhos;
e) coifa protetora do disco e cutelo divisor, com
identificação do fabricante e ainda coletor de serragem;
f) Dispositivo empurrador e guia de alinhamento.

Disco de serra circular desalinhado, cortando a tampa da bancada

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NR 18 – Armações de aço
Recomendações
 Atividades feitas sobre bancadas ou plataformas, apoiadas
sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias,
afastadas da área de circulação de trabalhadores.
 Armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais
apoiadas e escoradas para evitar tombamento e
desmoronamento.
 Área de trabalho com cobertura resistente para proteção dos
trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.
 Lâmpadas de iluminação protegidas contra impactos
provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões.
 Obrigatória a colocação de pranchas de madeira sobre as
armações nas fôrmas, para a circulação de operários.
 Proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço
desprotegidas.

Ferragens posicionadas de modo a


causar riscos aos trabalhadores

Proteção das lâmpadas - armação

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NR 18 - Recomendações
Estruturas de concreto
 Fôrmas projetadas e construídas para resistir às cargas
máximas de serviço.
 Suportes e escoras de fôrmas inspecionadas antes e
durante a concretagem por trabalhador qualificado.
 Durante a desfôrma deve-se amarrar as peças a fim de que
não caiam.
 Estaiar ou escorar as armações de pilares antes do
cimbramento.
 No local da concretagem, somente deve permanecer a
equipe indispensável para a execução dessa tarefa.
 Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla
isolação elétrica e protegidos contra choques mecânicos e
cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e
durante a utilização.
 As caçambas transportadoras de concreto devem ter
dispositivos de segurança que impeçam o seu
descarregamento acidental.

Operário sobre laje do terceiro pavimento, com cinto de segurança sem estar preso
a linha de vida, apoiado sobre pontas de ferragem de pilar

Forma e armação de pilares

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NR 18 - Recomendações
Estruturas metálicas
 As peças devem estar previamente fixadas antes de serem
soldadas, rebitadas ou parafusadas.
 Abaixo dos serviços de rebitagem, parafusagem ou
soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo
toda a área de trabalho situado no piso imediatamente
inferior.
 O piso provisório deve ser montado sem frestas, a fim de se
evitar queda de materiais ou equipamentos.
 Quando necessária a complementação do piso provisório,
devem ser instaladas redes de proteção junto às colunas.
 Deve ficar à disposição recipiente adequado para depositar
pinos, rebites, parafusos e ferramentas.
 A colocação de pilares e vigas deve permitir que, ainda
suspensos se executem a prumagem, marcação e fixação
das peças.

NR 18 - Recomendações
Operações de soldagem e corte a quente

 As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas


por trabalhadores qualificados.
 O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado
à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques
no operador.
 É obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos
trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser
do tipo incombustível.
 Na soldagem ou corte a quente que envolvam geração de gases confinados
ou semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas
adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador.
 As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas
na saída do cilindro e chegada do maçarico.
 É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximas
às garrafas de O2 (oxigênio).
 Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.
 Os fios condutores, pinças ou alicates de soldagem devem ser mantidos
longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e deixados em descanso sobre
superfícies isolantes.

Equipamento de oxicorte para dutos

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Maçarico sem válvulas corta chamas

Atividade de oxicorte expondo os trabalhadores a riscos desnecessários

NR 18 - Recomendações

Medidas de proteção contra quedas de altura

 É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver


risco de queda de trabalhadores ou de projeção de
materiais.
 As aberturas no piso devem ter fechamento provisório
resistente.
 As aberturas para o transporte vertical de materiais e
equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo,
no ponto de entrada e saída de material, e por cancela ou
similar.
 É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de
proteção contra queda de trabalhadores e projeção de
materiais a partir do início dos serviços necessários a
concretagem da primeira laje.

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Sinalização para escadas portáteis

Ângulo de inclinação das escadas

Amarração de escadas em plataformas

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Escadas de uso coletivo

Passarelas

Devem estar apoiadas


em terreno firme, onde
não haja possibilidade de
ruptura do mesmo

Uso inadequado de cinto de segurança

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Acidente com queda de andaime

NR 18 - Recomendações
Movimentação e transporte de materiais e pessoas
 Os equipamentos devem ser dimensionados por
profissional legalmente habilitado.
 A montagem e desmontagem devem ser realizadas por
trabalhador qualificado.
 No transporte de materiais é proibida a circulação ou
permanência de pessoas sob a área de movimentação da
carga, sendo a mesma isolada e sinalizada.
 No transporte e descarga dos perfis, vigas e elementos
estruturais, devem ser adotadas medidas de sinalização e
isolamento da área.
 Os acessos da obra devem estar desimpedidos,
possibilitando a movimentação dos equipamentos de
guindar e transportar.

Recomendações - Andaimes
 O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e
fixação, deve ser realizado por profissional legalmente habilitado.
 Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a
suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão
sujeitos.
 O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa,
antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente.
 Madeira de piso de boa qualidade, seca, sem nós e rachaduras, e
sem pintura que encubra imperfeições com 1 ½”).
 Proibida a utilização de aparas de madeira na confecção de
andaimes.
 Dispor de guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo
o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho.
 Proibido retirar dispositivos de segurança dos andaimes ou anular
sua ação.
 Proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de
escadas e outros meios para se atingirem lugares mais altos.
 O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura.

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Andaimes móveis

Andaime fachadeiro

Andaime fachadeiro

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Cabos de aço e fibra


 Obrigatória a observância das condições de
utilização, dimensionamento e conservação dos
cabos de aço utilizados em obras de construção,
conforme o disposto na norma técnica vigente
NBR 6327/83 – Cabo de Aço/Usos Gerais da
ABNT.
 Os cabos de aço de tração não podem ter
emendas nem pernas quebradas que possam vir a
comprometer sua segurança.
 Os cabos de aço devem ter carga de ruptura
equivalente a, no mínimo, 5 vezes a carga máxima
de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência
à tração de seus fios de, no mínimo, 160 kgf/mm2 .

Cintas deterioradas

Serviços em telhados
 Devem ser usados dispositivos que permitam a movimentação
segura dos trabalhadores, sendo obrigatória a instalação de
cabo-guia de aço, para fixação do cinto de segurança tipo pára-
quedista.
 Os cabos-guias devem ter suas extremidades fixadas à
estrutura definitiva da edificação por meio de suporte de aço
inoxidável ou outro material de resistência e durabilidade
equivalentes.
 Nos locais onde se desenvolvem trabalhos em telhados, devem
existir sinalização e isolamento de forma a evitar que os
trabalhadores no piso inferior sejam atingidos por eventual
queda de materiais e equipamentos.
 Proibido trabalho em telhados sobre fornos ou equipamento do
qual haja emanação de gases provenientes de processos
industriais, devendo-se manter o equipamento previamente
desligado.
 Proibido o trabalho em telhado com chuva ou vento, bem como
concentrar cargas num mesmo ponto.

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Locais confinados
 Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia, explosão,
intoxicação e doenças do trabalho devem ser adotadas medidas especiais de
proteção, a saber:
 treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que
estão submetidos, de forma a preveni-los e o procedimento a ser adotado em
situação de risco;
 nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não
poderão realizar suas atividades sem a utilização de EPI adequado;
 a realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de
inspeção prévia e elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a
serem adotados;
 monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e
intoxicação realizado por trabalhador qualificado sob supervisão de
responsável técnico;
 proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
 ventilação local exaustora para extração dos contaminantes e ventilação
geral para insuflação de ar para o interior do ambiente, garantindo renovação
contínua do ar;
 sinalização com informação clara e permanente durante a realização de
trabalhos no interior de espaços confinados;
 uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que
possibilitem meios seguros de resgate;

Instalações elétricas
 Execução e manutenção das instalações elétricas realizadas por
trabalhador qualificado, com supervisão por profissional habilitado.
 Somente realizar serviços nas instalações quando o circuito
elétrico não estiver energizado.
 Proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e
equipamentos elétricos.
 As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas
de modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico
adequado.
 O isolamento de emendas e derivações deve ter característica
equivalente à dos condutores utilizados.
 Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo
permitido obstruir a circulação de materiais e pessoas.
 Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos
mecânicos, umidade e agentes corrosivos.
 Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante
ou dispensável, deve ser retirada pelo eletricista responsável.

Instalações elétricas provisórias


 As instalações elétricas provisórias de um canteiro
de obras devem ser constituídas de:
 chave geral do tipo blindada de acordo com a
aprovação da concessionária local, localizada no
quadro principal de distribuição.
 chave individual para cada circuito de derivação;
 chave-faca blindada em quadro de tomadas;
 chaves magnéticas e disjuntores, para os
equipamentos.

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Máquinas, ferramentas e equipamentos


 Operação feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá.
 Protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e
partes perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores.
 Máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas
partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais
providos de proteção adequada.
 As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger
adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e
intempéries.
 Abastecimento de combustível realizado por trabalhador qualificado,
em local apropriado, com técnicas e equipamentos que ofereçam
segurança.
 As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de
acionamento e parada localizado de modo que:
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de
trabalho;
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;
c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que
não seja o operador;

Máquinas, ferramentas e equipamentos


 Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo
operador ou por qualquer outra forma acidental;
 Não acarrete riscos adicionais;
 Toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu
acionamento por pessoa não-autorizada;
 O transporte de acessórios e materiais por içamento deve ser feito o
mais próximo possível do piso, tomando-se as precauções de
isolamento da área;
 As máquinas não devem ser operadas em posição que
comprometa sua estabilidade;
 As ferramentas devem ser apropriadas ao uso a que se
destinam, proibindo-se o emprego das defeituosas, danificadas
ou improvisadas.
 As ferramentas manuais que possuam gume ou ponta devem ser
protegidas com bainha de couro ou outro material de resistência,
quando não em uso.
 As ferramentas pneumáticas portáteis devem possuir dispositivo de
partida instalado de modo a reduzir ao mínimo a possibilidade de
funcionamento acidental.

Disjuntor de circuito auxiliar acionado no interior do gerador

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Gerador de energia posicionado na borda de escavação

Ferramenta de oxicorte com válvula de fluxo ao


invés de válvula corta chama

Equipamento de proteção individual


 É obrigatório o fornecimento aos trabalhadores,
gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado
de conservação e funcionamento.
 O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser
utilizado em serviços de eletricidade e em situações em que
funcione como limitador de movimentação.
 O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado
em atividades a mais de 2,00m (dois metros) de altura do
piso.
 O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava-
quedas e estar ligado a cabo de segurança independente da
estrutura do andaime.
 Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo pára-quedista
devem possuir argolas e mosquetões de aço forjado, ilhoses
de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material
de resistência e durabilidade equivalentes.

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Falta de uso de cinto de segurança

Uso inadequado de cinto de segurança

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Armazenagem e estocagem de materiais


 Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o
trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos
equipamentos de combate a incêndio, não obstruir portas ou saídas de emergência e
não provocar sobrecargas nas estruturas.
 As pilhas de materiais, a granel ou embalados, devem ter forma e altura que
garantam a sua estabilidade e facilite o seu manuseio.
 Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais de grande
comprimento ou dimensão devem ser arrumados em camadas, com espaçadores e
peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material e a bitola das peças.
 O armazenamento deve ser feito de modo a permitir que os materiais sejam retirados
obedecendo à seqüência de utilização planejada, de forma a não prejudicar a
estabilidade das pilhas.
 Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido ou
desnivelado.
 A cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado.
 Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem ser armazenados
em locais isolados, apropriados, sinalizados e de acesso permitido somente a
pessoas devidamente autorizadas.
 As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, fôrmas e escoramentos devem ser
empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de
amarração.
 Os recipientes de gases para solda devem ser transportados e armazenados
adequadamente, obedecendo-se às prescrições quanto ao transporte e
armazenamento de produtos inflamáveis.

Almoxarifado de obra, desorganizado

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Almoxarifado de obra desorganizado

Proteção contra incêndios


 É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de
prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e
equipamentos do canteiro.
 Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais
da construção.
 Devem ser tomadas medidas de segurança nos locais confinados e onde são
executadas pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede e similares, com
emprego de cola, e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, :
 proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material
que possa produzir faísca ou chama;
 evitar, nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento,
inclusive por impacto entre peças;
 utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;
 instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores
inflamáveis ou explosivos do ambiente;
 colocar nos locais de acesso placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de
Explosão";
 manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros;
 quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos
afastados de fôrmas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias
combustíveis, inflamáveis ou explosivas.
 Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente
treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.

Sinalização de Segurança
 O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

 identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;


 indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
 manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
 advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes
móveis das máquinas e equipamentos.
 advertir quanto a risco de queda;
 alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade
executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de
trabalho;
 alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de
materiais por grua, guincho e guindaste;
 identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
 advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for
inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
 identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,
explosivas e radioativas.

29
10/11/2010

Sinalizações adotadas

Falta de uso de tapumes

Treinamento
 Os empregados devem receber treinamentos admissional e
periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com
segurança.
 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6
(seis) horas, e ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o
trabalhador iniciar suas atividades, constando de:
 informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;
 riscos inerentes a sua função;
 uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
 informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva -
EPC, existentes no canteiro de obra.
 O treinamento periódico deve ser ministrado:
 sempre que se tornar necessário;
 ao início de cada fase da obra.
 Os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e
operações a serem realizadas com segurança.

30
10/11/2010

Ordem e Limpeza
 O canteiro de obras deve apresentar-se
organizado, limpo e desimpedido, notadamente
nas vias de circulação, passagens e escadarias.
 O entulho e quaisquer sobras de materiais devem
ser regulamente coletados e removidos. Por
ocasião de sua remoção, devem ser tomados
cuidados especiais, de forma a evitar poeira
excessiva e eventuais riscos.
 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro
material no interior do canteiro de obras.
 É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou
exposto em locais inadequados do canteiro de
obras.

Descarte inadequado de materiais de obra

Descarte inadequado de materiais de obra

31
10/11/2010

Atividades com falta de planejamento

Fatores que conduzem a riscos


1-Rotatividade de mão-de-obra: Grande número de trabalhadores que
abandona o emprego, não havendo tempo suficiente para que se
familiarizem com o trabalho que realizam.
2-Tempo de duração da obra: Após o término da obra, o trabalhador
partirá para outra construção, realizando, provavelmente, outra
atividade na qual não possui experiência.
3-Várias empresas atuando na mesma obra: Quem se encarregará da
segurança ?
4-Trabalho ao ar livre: Os trabalhadores ficam expostos ao sol, à
chuva, ao vento, ao frio, à poeira, etc.
5-Equipamentos utilizados: Renovação dos tipos de equipamentos e
das técnicas de trabalho, sem o aperfeiçoamento dos trabalhadores.
6-Materiais empregados na construção: diversidade de materiais e de
riscos de manuseio, como p.ex: material particulado, material
abrasivo, produtos químicos, pós ou poeiras, vidros, etc.
7-Condições inseguras de trabalho: Realização de trabalhos em/com:
locais altos, manuseio de materiais cortantes e perfurantes (pregos,
vidros, etc.), demolições, locais confinados, valas e galerias, etc.

Fatores que conduzem a riscos

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10/11/2010

Verificações antes do início dos serviços

 condições ambientes do local do trabalho;


 disponibilidade imediata de ferramentas e equipamentos;
 disponibilidade imediata de materiais;
 se o trabalho for realizado em valas, o estado geral do
escoramento;
 se os operários estão familiarizados com os serviços;
 se foi aplicado DDSMS alertando a todos acerca dos
riscos inerentes aos serviços em execução;
 se o local foi completamente isolado e sinalizado;
 se os equipamentos elétricos estão protegidos contra
vazamentos de corrente;
 se o disjuntor “DR” encontra-se operando, etc.

Exemplo de aplicação dos conceitos da NR-


18 em obra industrial no interior de refinaria

33
10/11/2010

34
10/11/2010

Envolvimento da Gerência nas orientações

Envolvimento da Gerência nas orientações

Inspeção de ferramentas e equipamentos

Ferramentas

Painel elétrico

105

35
10/11/2010

Identificação de painéis elétricos

106

Passarela de transposição de obstáculo

Proteção de vergalhões na armação

36
10/11/2010

Organização, limpeza e isolamento de escavações

Instalação de passarelas

Colocação de ferragens
109

DDSMS realizados

Semana do 5 “S”

Trabalho noturno
110

Luvas contra impactos vibratórios

37
10/11/2010

Identificação de colaboradores – Serra Circular

Treinamentos realizados

Proteção respiratória

Ferramentas portáteis
113

Treinamentos realizados

DDSMS

1º s Socorros

38
10/11/2010

Organização e limpeza do canteiro de obras

Circulação interna

Pátio de containeres

Sinalização de SMS

Depósito de inflamáveis

Container de Saúde

Porta Ferramentas na frente de serviço

39
10/11/2010

Isolamento e sinalização de painel elétrico

Controle de equipamentos pelo SMS

Área de vivência da frente de serviço

40
10/11/2010

Acesso do operador ao bate-


bate-estacas

Antes

Depois

Indicação dos
profissionais
autorizados a
operar os
equipamentos na
carpintaria e painel
de orientação e
treinamento de
pessoal,

Indicação das rotas de fuga

41
10/11/2010

Utilização do “DR” nos painéis elétricos

“ DR “

Diagrama Unifilar

Isolamento e sinalização dos cilindros de


oxigênio e acetileno

Indicação dos riscos no canteiro de obras

42
10/11/2010

Sinalização e isolamento da área

Trabalhos com bate-


bate-estacas

Antes

Depois
128

Segregação de materiais no canteiro de obras

Antes

Depois

43
10/11/2010

Arrumação de limpeza na área de depósito de


materiais no canteiro de obras

Depósito de materiais

Estocagem de peças dos


andaimes

Tanque de dejetos orgânicos

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