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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS


CURSO DE COMUM ICAÇÃO SOCIAL –
HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Carolina Becker
Jenifer Mendes

REDES E MÍDIAS SOCIAIS NA INTERNET COMO FERRAMENTA DE


COMUNICAÇÃO PARA ANUNCIANTES REGIONAIS

Chapecó – SC, 2010


CAROLINA BECKER
JENIFER MENDES

REDES E MÍDIAS SOCIAIS NA INTERNET COMO FERRAMENTA DE


COMUNICAÇÃO PARA ANUNCIANTES REGIONAIS

Trabalho de conclusão de curso, apresentado à


Unochapecó como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Bacharel em
Comunicação Social – Habilitação em
Publicidade e Propaganda.
Orientador: Prof. Msc. Érico Gonsalves de
Assis

Chapecó – SC, Mai de 2010


Rede social é gente, é interação, é troca social. É
um grupo de pessoas, compreendido através de uma
metáfora de estrutura, a estrutura de rede.
Raquel Recuero
Dedicatória

Eu Jenifer dedico a minha família em especial a meu


marido Rafael e filho Giancarlo e a todos os anunciantes e
profissionais de comunicação que ainda não se permitem
ser colaborativos.
AGRADECIMENTOS

A Deus que nunca nos abandonou em nenhuma circunstância.


A nossas famílias que sempre tiveram a compreensão e nos deram apoio incondicional
nesta caminhada.
Aos autores que com suas ideias nos ajudaram a desenvolver este projeto, em especial
a Raquel Recuero por ter sido uma das pioneiras no Brasil e estudar redes sociais.
A Henry Jenkins simplesmente por ser quem ele é.
Ao professor orientador, Érico Assis, por compartilhar conosco sua vivência em
pesquisa e acima de tudo por ter sido um amigo, um colega um excelente mestre.
Eu Jenifer agradeço a Evan Willians, por ter escrito: ―just setting up my twttr‖ e por
ter criado a minha rede social favorita.
E agradeço em especial a meu esposo Rafael e minha mãe Maria, meu pai Claudio e
minha irmã Mariéllen, por todo o apoio e ajuda

A todos, obrigado.
Resumo

O presente trabalho de conclusão de curso traz primeiramente definições que permeiam as


Redes e Mídias Sociais, através de estudos e pesquisas bibliográficas. Após, dados estatísticos
que mensuram o uso da Internet no mundo e no Brasil são exibidos juntamente com cases de
empresas brasileiras que obtiveram grande sucesso através destas ferramentas online. E,
entrevistas semi-estruturadas realizadas com agências web de Chapecó-SC, para que o
anunciante regional possa inserir sua marca e se relacionar com seus clientes através da
comunicação mediada por computadores.

Palavras chave: Redes Sociais, Mídias Sociais, Internet e anunciante regional.

Abstract

This work for the conclusion of course brings primarily definitions that permeate the Social
Media, trought studies and research bibliographical references. After, statistical data that
measure the use of the Internet in the world and in the Brazil are shown together with cases of
Brazilian companies whitch received great success throught theses tools online. And, semi-
structured interviews performed with web agencies about Chapecó-SC, for whitch the
regional advertiser can insert its brand and relate their customers trough communication
mediated by computers.

Key words: Social network, Social Media, Internet and regional advertiser.
Sumário

Lista de figuras ........................................................................................................................................ 0


INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
1.1 Tema .............................................................................................................................................. 2
1.2 Problema da Pesquisa .................................................................................................................... 2
1.3 Justificativa ................................................................................................................................... 4
1.4 Objetivos ................................................................................................................................. 5
1.4.1 Geral ....................................................................................................................................... 5
1.4.2 Específicos ............................................................................................................................. 5
1.5 Procedimentos Metodológicos ................................................................................................ 6
1.6 Organização do Estudo............................................................................................................ 8
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INTERNET, PUBLICIDADE
NA INTERNET, CONCEITOS DE REDES E MÍDIAS SOCIAIS E ANUNCIANTE REGIONAL . 10
2.1 Aspectos históricos da Internet ............................................................................................. 10
2.2 Publicidade na Internet .......................................................................................................... 11
2.3 Web 2.0 ........................................................................................................................................ 13
2.4 Interação Social no Ciberespaço ................................................................................................ 14
2.4.1 Comunicação assíncrona e síncrona ..................................................................................... 14
2.4.2 Interação Reativa e Interação Mútua .................................................................................... 15
2.5 Redes Sociais .............................................................................................................................. 16
2.5.1 Atores ................................................................................................................................... 16
2.5.2 Conexões .............................................................................................................................. 17
2.5.3 Capital Social / Whuffie ........................................................................................................ 17
2.6 Mídias Sociais ............................................................................................................................. 18
2.6.1 Orkut .................................................................................................................................... 19
2.6.2 Flickr .................................................................................................................................... 20
2.6.3 Facebook .............................................................................................................................. 20
2.6.4 Twitter .................................................................................................................................. 21
2.6.5 Blogs ..................................................................................................................................... 21
2.6.7 Podcasting ............................................................................................................................ 22
2.6.8 Linkedin ................................................................................................................................ 23
2.7 Usuários das Redes Sociais ......................................................................................................... 24
2.7.1 Evangelistas da Marca .......................................................................................................... 24
2.7.2 Trendsetters .......................................................................................................................... 25
2.7.3 Coolhunters .......................................................................................................................... 25
2.8 Convergência de mídias .............................................................................................................. 26
2.9 Anunciante regional / mídia regional .......................................................................................... 27
3 ASPECTOS ESTATÍSTICOS SOBRE OS USUÁRIOS DE INTERNET E DE REDES SOCIAIS
NO MUNDO E NO BRASIL................................................................................................................ 32
3.1 Internet no mundo ....................................................................................................................... 32
3.2 Internet no Brasil ......................................................................................................................... 33
3.3 Brasileiros nas Redes Sociais ...................................................................................................... 34
3.4 O Orkut no Brasil ........................................................................................................................ 36
3.5 Empresas nas redes sociais .................................................................................................... 38
3.6 Cases de empresas em Redes Sociais.................................................................................... 43
3.6.1 Camiseteria ........................................................................................................................... 43
3.6.2 Tecnisa ................................................................................................................................. 48
3.6.3 Fiat........................................................................................................................................ 63
3.6.3.1 Fiat Mio ............................................................................................................................. 65
3.6.3.2 Novo Fiat Uno ................................................................................................................... 69
4 ANÁLISE QUALITATIVA E ADAPTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE REDES SOCIAIS
PARA O MERCADO REGIONAL ...................................................................................................... 74
4.1 A falta de conhecimento por parte dos anunciantes regionais: ................................................... 74
4.2 A insegurança do investimento e a falta de credibilidade nas redes sociais................................ 75
4.3 As prioridades de investimento da empresa e a banalização do serviço ..................................... 76
4.4 A migração do Offline para o Online .......................................................................................... 77
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 79
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 81
ANEXOS............................................................................................................................................... 94
0

Lista de figuras

Figura 1 : Comunidade "Chapecó" no orkut ......................................................................................... 29


Figura 2: World internet usage and population statistics ..................................................................... 32
Figura 3: Internet users in the world by geographic regions ................................................................ 33
Figura 4: Dados demográficos Orkut .................................................................................................... 37
Figura 5: A maioria das empresas não tem cadastro em redes sociais .................................................. 39
Figura 6: Cadastro em redes sociais – por porte ................................................................................... 40
Figura 7: Comunidades sociais das empresas ....................................................................................... 41
Figura 8: A empresa costuma monitorar o que é dito sobre ela em redes sociais ................................. 42
Figura 9: Blog camiseteria .................................................................................................................... 45
Figura 10: Twitter camiseteria .............................................................................................................. 46
Figura 11: Orkut camiseteria ................................................................................................................. 46
Figura 12: Facebook camiseteria........................................................................................................... 47
Figura 13: Twitteria............................................................................................................................... 47
Figura 14: Flickr camiseteria................................................................................................................. 48
Figura 15: Site Tecnisa .......................................................................................................................... 51
Figura 16: Blog Tecnisa ........................................................................................................................ 52
Figura 17: Google maps, Tecnisa .......................................................................................................... 55
Figura 18: Aplicativo Tecnisa para Iphone ........................................................................................... 56
Figura 19: Perfil tecnisa "me adiciona" ................................................................................................. 57
Figura 20: Flickr Tecnisa ...................................................................................................................... 57
Figura 21: Twitter Tecnisa .................................................................................................................... 58
Figura 22: Promoção tecnisa em redes sociais ...................................................................................... 59
Figura 23: Painel Google Analytics Tecnisa ......................................................................................... 59
Figura 24: Slideshare Tecnisa ............................................................................................................... 60
Figura 25: Youtube Tecnisa .................................................................................................................. 61
Figura 26: Facebook Tecnisa ................................................................................................................ 61
Figura 27: Site Fiat Mio ........................................................................................................................ 66
Figura 28: Seção Ideias livres ............................................................................................................... 67
Figura 29: Seção montagem técnica...................................................................................................... 67
Figura 30: Blog Making of .................................................................................................................... 68
Figura 31: Concept Car Fiat III ............................................................................................................. 68
Figura 32: Site Novo Uno...................................................................................................................... 70
Figura 33: Gráficos site Novo Uno ....................................................................................................... 71
Figura 34: Fiat Uno personalizado e compartilhamento em rede social ............................................... 71
Figura 35: Formspring.me Fiat desculpas ............................................................................................. 73
Figura 36: Trecho de diálogo com Roberto Aloureiro no GoogleWave ............................................... 77
1

INTRODUÇÃO

A comunicação vem se modificando a cada dia, as novas tecnologias vêm se


mostrando como propulsora destas modificações, junto a este fato surge à popularização das
TICS (tecnologias da informação e comunicação), com um cenário favorável na economia, os
brasileiros, em especial, tem acesso a computadores e a internet. Com preços mais acessíveis
e políticas de inclusão digital e acesso a internet, o brasileiro tem mostrado empatia com as
novas mídias.
A internet é uma ferramenta democrática e popularizadora de ideias, em qualquer
lugar a qualquer momento pessoas diferente estão produzindo informação, entretenimento ou
conteúdo colaborativo de qualquer tipo e de diversas formas e compartilhando com diversos
usuários na internet.
No Brasil, em específico, as redes sociais são responsáveis pela maioria dos conteúdos
colaborativos produzidos, sites como o Orkut, vem mostrando a importância da internet na
vida dos brasileiros. Além dos sites de relacionamento, o brasileiro demonstra participar
ativamente e ser engajado em outras plataformas sociais de relacionamento, tais como blogs, e
sites de compartilhamento de vídeos (Youtube), por exemplo.
A forma como estes sites de relacionamento criaram interesse dos brasileiros e como
estes, produzem conteúdos nestas mídias, vem despertando o interesse de muitos
pesquisadores. A dinâmica de construção de relacionamentos sociais e o engajamento dos
indivíduos também desperta interesse das empresas em saber como se inserir nesta realidade.
O presente estudo abordará os conceitos a cerca de redes sociais na internet trazidos de
autores e estudiosos do assunto, elencando aspectos sobre interação social, além de mostrar
dados estatísticos sobre o acesso na internet e relatando cases de empresas que utilizam as
redes sociais na internet como ferramenta de comunicação com os diversos públicos, por fim
fazendo uma relação com o mercado ―web‖ regional de comunicação, compreendendo a
viabilidade e como as empresas regionais podem utilizar estas novas mídias a fim de melhorar
a comunicação.
2

1.1 Tema

A utilização de Redes e Mídias Sociais na Internet como ferramenta de comunicação


para anunciantes regionais.

1.2 Problema da Pesquisa

A internet é uma ferramenta importante de comunicação, entretenimento e informação


onde o conteúdo é produzido de forma colaborativa.

Os websites colaborativos vêm se consolidando nos últimos anos e se tornando uma


das principais ferramentas presentes na Internet para estimular os usuários a
produzirem os seus próprios conteúdos. A presente comunicação se insere dentro
desta pesquisa sobre comunicação colaborativa procurando aprofundar aspectos
teóricos ligados a esse fenômeno que se insere dentro de uma lógica de produção em
rede e de uma expansão da Internet no cenário contemporâneo. (BELTRÃO, 2009,
online1)

Assim como a TV, o Rádio e outras mídias tradicionais, a Internet também começou a
despertar o interesse das empresas se tornando uma ferramenta de divulgação e publicidade,
graças a sua possibilidade de interação vem se destacando como uma importante ferramenta
de relacionamento seja de pessoas ou de empresas para com os mais diversos públicos.
A internet passou a ser vista como uma nova mídia, naturalmente, a publicidade
começou a ―migrar‖ para este espaço, assim surgiram os primeiros formatos de banner na
internet e também sites comerciais.

Os banners surgiram como a primeira forma de publicidade online homologada. Os


tamanhos em pixels e kbytes dos anúncios haviam sido definidos pelo Internet
Advertising Bureau. Sua performance seria medida pelo índice de cliques e os dados
obtidos através de um software gerador de relatórios estatísticos. (Prellwitz, 2001,
online2)

1
BELTRÃO, Felipe Barros. Produção Colaborativa na Rede: um olhar sociocultural ,2009 [online].
Disponível em: http://www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_12/contemporanea_n12_11_filipe.pdf . Acesso em: 9
de Mai.de 2010
2
PRELLWITZ, Rafael. Novos banners, velhos problemas, 2001 [online]. Disponível em:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2001/03/08/novos-banners-velhos-problemas. Acesso em: 9 de Mai.de
2010
3

Com o crescimento dos acessos a Internet e a democratização da distribuição da


informação além da produção independente de conteúdo, a Internet se remodelou como mídia
e passou a se atribuir novos formatos de publicidade na Internet.

A internet permite, pela primeira vez, que o consumidor se relacione com a marca de
maneira mais intensa. A comunicação bidirecional agora é possível, e uma
quantidade maior de informação pode enfim chegar ao fabricante. (RIBEIRO, 2003,
p.31)

A internet é uma rede democrática, não elitizada, onde qualquer individuo pode
produzir conteúdo, reclamar, elogiar e comprar. Graças ao seu dinamismo as informações
repercutem em grande velocidade e neste ponto é que as redes sociais, vem ganhando forte
destaque, pois graças a elas o caráter de interação social se torna evidente, ou seja, as pessoas
cada vez mais se relacionam via Internet, através de sites de relacionamento blogs e outras
diversas plataformas.
O anunciante por vezes detêm-se a um estereótipo de comunicação na Internet e acaba
utilizando-a apenas para o website, sem se preocupar com o relacionamento e a produção de
conteúdo junto aos demais usuários, tampouco com a utilização das ferramentas de mídias
sociais e a análise e mensuração sobre o que se fala em torno de sua marca.
Este cenário tende a ser mais intransigente regionalmente, pois nas cidades de interior
onde as informações e a mídia tendem a serem mais localizadas e voltadas às peculiaridades
culturais regionais as informações nem sempre chegam com mesma velocidade dos grandes
centros e a população tende a se prender a tradições.
Devido a esta falta de informação e também pelo condicionamento estereotipado pelas
próprias agencias web e prestadores de serviço de Internet em Chapecó, pouco se sabe sobre a
utilização das redes sociais como ferramenta de comunicação para as empresas, Sabe-se que
está área ainda é recente e que poucos livros existem sobre o assunto, se trata de uma forma
de comunicação relativamente nova, mas que precede conceitos já conhecidos, como o
marketing de relacionamento e as redes sociais (sociologia).

Os proprietários de pequenas empresas ainda estão tatiando o seu caminho nos sites
de mídia social, especialmente quando se trata de utilizar estas ferramentas para
aumentar os seus negócios[...]Enquanto a mídia social pode proporcionar canais
adicionais à rede e ajudar um negócio a crescer, muitas pequenas empresas não tem
a força de trabalho ou o tempo necessário para tirar proveito deles. (BRAUN,
online3).

3BRAUN, Eric. Pesquisa: mídias sociais não são prioridade para pequenas Empresas, 2009, [online].
Disponível em: http://www.digitalhappenings.com.br/blog/2009/10/pesquisa-midias-sociais-nao-sao-prioridade-
para-pequenas-empresas. Acesso em: 28 Nov. 2009
4

Neste contexto, o questionamento proposto para o presente estudo é como o


anunciante regional pode inserir sua marca, analisar e se relacionar com seu público através
da Internet e da comunicação mediada por computador, de forma colaborativa utilizando as
Redes Sociais online dentro do contexto web 2.0 de audiência colaborativa?

1.3 Justificativa

A publicidade online não se propõe a um conceito estático, são considerados pouco


efetivos os formatos tradicionais de publicidade como os banners. A comunicação é
totalmente interativa e qualquer individuo pode ser formador de opinião e conteúdo. Sendo
assim, é necessário mostrar através de pesquisa, levantamento de dados e exemplos, como a
Internet é uma forma de construção de informação diferente de todas as mídias tradicionais.
As Redes Sociais são comuns no cotidiano das pessoas. Todo usuário tem alguma
forma de construção identitária na rede, ou seja, é condição primária possuir pelo menos um
perfil em alguma Rede Social como o Orkut, para fazer parte das interações propostas pela
web 2.0.
Apesar da inclusão digital ainda não ter sido explorada a fundo em nosso país, as
Redes Sociais na Internet são um sucesso entre os brasileiros. Porém, a publicidade regional
se condicionou um estereótipo com relação à publicidade na Internet, em função de poucos
estudos com aplicação regional, relacionados á Mídias Sociais.
A publicidade de anunciantes regionais nas Mídias Sociais geralmente segue o
formato de banner. É necessário perceber que as Redes Sociais funcionam de uma maneira
onde as pessoas se tornar responsáveis pela propaganda feita nesse meio. Nas Redes Sociais
as mídias são as pessoas e o valor é o capital social. O capital social é produzido quando as
pessoas estão falando sobre o produto e/ou serviço.
Por uma questão condicional já citada, acredita-se que o anunciante regional tem como
concepção de que é necessário um site institucional para sua empresa, e tem por suficiente
este espaço online. A participação das empresas regionais em redes sociais é pequena e pouco
utilizada como forma de relacionamento com seus públicos, no entanto a internet é uma
realidade principalmente para o público jovem que consome conteúdos e entretenimento
produzidos na rede.
Muitos anunciantes globais, por exemplo, já perceberam a importância desse
relacionamento direto, mas de forma que proporcione o debate e a conversação sobre a marca.
Isso gera grande valor social e repercute na imagem da marca e relacionamento com os
5

clientes. Um exemplo de marca com grande valor nas Mídias Sociais é a Apple. Antes de
cada lançamento de algum produto, surgem verdadeiras redes de especulação sobre a
importância do mesmo, como no caso do lançamento do mais novo produto o Ipad4.
Essas discussões agregam valor à marca e geram publicidade gratuita ―boca-a-boca‖
na Internet e graças aos evangelistas da marca. Essa forma de comunicação se evidencia cada
vez mais.
No campo regional é possível para muitas marcas a geração de valor junto com seu
público através da rede, bem como a construção de laços e construções identitárias nas Mídias
Sociais. O anunciante regional acostumado a formatos tradicionais estáticos da web 1.0, pode
se inserir nessa nova forma de comunicação interativa, onde todos podem ser produtores de
conteúdo, criando o seu próprio capital social dentro da audiência colaborativa da região.

O capital social é relacionado a um determinado grupo (rede social). O capital


social, para Bourdieu, não se encontra nos indivíduos, mas ao contrário, encontra-se
embutido nas relações sociais das pessoas‖.(RECUERO, online 5.)

Este estudo tem sua importância e relevância social no fato de poder mostrar novas
opções para a comunicação online regional e a inserção de anunciantes regionais nas Redes
Sociais.

1.4 Objetivos

1.4.1 Geral

Analisar como o anunciante regional pode utilizar a publicidade em Redes Sociais


para atingir públicos também regionais.

1.4.2 Específicos

Estudar a história e a evolução da publicidade na Internet;


Conceituar o que são Redes e Mídias Sociais e como funcionam;
Exemplificar através de cases como acontece a publicidade em Mídias/Redes Sociais;

4
Se trata de um tablet, ou computador de mão portátil.
5
RECUERO, Raquel. Um estudo do Capital Social gerado a partir de Redes Sociais no Orkut e nos
Weblogs, s.d, [online]. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/biblioteca_913.pdf. Acesso em: 23 set.
2009
6

Adaptar estratégias de publicidade em Redes Sociais à realidade de mercados


regionais.

1.5 Procedimentos Metodológicos

No decorrer de uma pesquisa de conclusão de curso é necessária a adoção de uma


metodologia de estudo para desenvolver de forma correta a pesquisa, para o presente projeto
serão adotados procedimentos de alguns autores relacionados à pesquisa social, pois o tema
da pesquisa é relacionado a comunicação e pessoas.
Segundo Duarte & Barros (2005), a elaboração do projeto de pesquisa, por mais
pragmática que seja, é uma atividade acadêmica como qualquer outra e, portanto, requer
reflexão e conhecimento teórico.
Para desenvolver e executar o estudo proposto neste projeto se faz necessário de forma
primária uma pesquisa bibliográfica aprofundada teórica, sobre vários conceitos que fazem
parte do universo das Redes Sociais na Internet e também sobre o anunciante regional. Para
isso será feito o levantamento, pesquisa, leitura de referências e cruzamento de opiniões de
autores.

Pesquisa bibliográfica, num sentido amplo, é o planejamento global inicial de


qualquer trabalho de pesquisa que vai desde a identificação, localização e obtenção
da bibliografia pertinente sobre o assunto, até a apresentação de uma texto
sistematizado, onde é apresentada toda a literatura que o aluno examinou,de forma a
evidenciar o entendimento do pensamento dos autores, acrescido de sua próprias
ideias e opiniões.(BARROS & DUARTE, 2005, p.51)

Dentre as várias leituras necessárias destaca-se como principal referência o livro de


Raquel Recuero, publicado em 2009 intitulado ―Redes Sociais na Internet‖. Por se tratar da
publicação mais recente no mercado brasileiro referente ao assunto. Também serve como
embasamento teórico o livro de Henry Jenkins ―Cultura da Convergência‖ e secundariamente
livros que trazem conceitos importantes, como as publicações de Alex Primo, ―Interação
Mediada por Computador‖ e de Juliano Spyer ―Para entender a Internet: noções, práticas e
desafios da comunicação em rede‖.
Os dados estatísticos referentes à Internet e também á Redes Sociais, serão retirados de
fontes como o IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) CGI (comitê
gestor de Internet) e de sites como o, Internet World Stats e servirão como forma de
embasamento empírico.
7

Para conhecer um pouco mais sobre o pensamento do anunciante regional em relação


às Redes Sociais na Internet será necessário uma consulta (caracterizada como pesquisa de
campo ou pesquisa exploratória).

As pesquisas exploratórias tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e


modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de
pesquisa, estas são as que apresentam menos rigidez no planejamento.
Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico. (GIL, 1999, p.43)

A forma de abordagem será em uma entrevista social semiestruturada que será feita
com profissionais do mercado web em agências de Chapecó e anunciantes que utilizam redes
sociais, sendo elas: Elo ideias, Lilah e Setor de Publicidade da Unochapecó.

As entrevistas semi-estruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o


informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador
deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um
contexto muito semelhante de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar
atento para dirigir, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que
interessa, fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras
ou ajudar a recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha fugido ao
tema ou tenha dificuldades com ele. Este tipo de entrevista é muito utilizado quando
se deseja delimitar o volume de informações, obtendo assim um direcionamento
maior, para o tema, intervindo afim de que os objetivos sejam alcançados.(BONI E
QUARESMA, 2005, online6)

Logo depois de feitas as entrevistas faz-se necessário um levantamento de cases e


anunciantes que utilizaram e utilizam as redes sociais, como ferramenta de comunicação,
(casos de ordem nacional) como forma de exemplificar os relacionamentos das marcas com o
público das redes sociais, caracterizada como pesquisa documental.

O desenvolvimento da pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa


bibliográfica. Apenas há que se considerar que o primeiro passo consiste na
exploração das fontes documentais, que são em grande número. Existem, de um
lado, os documentos de primeira mão, que não receberam qualquer tratamento
analítico, tais como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos,
diários, filmes, fotografias, gravações e etc. De outro lado, existem os documentos
de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de
pesquisa, relatórios de empresa, tabelas estatísticas etc. (GIL, 1999, p.66).

6
BONI, Valdete; QUARESMA Silvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em
Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC. Ano 2005, Vol. 2 nº
1 (3), janeiro-julho/2005, p. 68-80, Disponível: http://www.emtese.ufsc.br/3_art5.pdf. Acesso em: 9 de Mai.de
2010.
8

A etapa conclusiva do projeto se dará a partir da análise de dados obtidos pelas etapas
anteriores, na possibilidade ou impossibilidade de adaptação de estratégias utilizadas pelos
anunciantes nacionais, sejam em comunidades, sites de relacionamentos ou outras ferramentas
de mídias sociais, para a realidade regional observando as peculiaridades do mercado
chapecoense nas Redes Sociais.

Após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de análise e interpretação.


Estes dois processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre
estreitamente relacionados. A análise tem como objetivo organizar e sumariar os
dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas para o problema
proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do
sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros
conhecimentos anteriormente obtidos. (GIL, 1999, p.168).

Para fazer a análise e interpretação qualitativa dos dados obtidos pela pesquisa
documental (cases) e também pelas respostas conseguidas junto às agências digitais de
Chapecó, tendo um panorama sobre o anunciante regional da web (pesquisa exploratória).
Será feita uma análise das cases, partindo das estratégias utilizadas e como foram executadas
nas Redes Sociais, tentando trazer e adaptar a partir das características locais/regionais como
forma de comunicação também voltada ao público regional.

1.6 Organização do Estudo

O trabalho está organizado em cinco capítulos. O capítulo 1 refere-se à introdução, e é


composto pelo problema de pesquisa, os objetivos, a justificativa, os procedimentos
metodológicos e esta organização do estudo.
O capítulo 2 será referente ao aprofundamento teórico da pesquisa, trazendo conceitos
sobre a história da Internet, a evolução da publicidade na Internet, a web 2.0, Interação social
no ciberespaço, redes e mídias sociais na internet, tipos de usuários de redes sociais, a cultura
da convergência, e conceitos sobre o anunciante regional.
No capitulo 3 serão mostrados nas pesquisas dados relativos ao números de usuários
de internet no mundo, no Brasil além de um perfil a cerca dos brasileiros em redes sociais, e
os brasileiros no Orkut e concluindo o capítulo serão mostradas as cases de empresas
brasileiras em redes sociais.
Já o capítulo 4 terá a descrição e a análise das entrevistas semiestruturadas, trazendo
um comparativo com as estratégias utilizadas pelas empresas nacionais em suas cases em
redes sociais, apontando adaptações destas estratégias regionalmente.
9

Por fim no capítulo 5 será composto pela conclusão do estudo tendo as opiniões e o
resultado por parte das acadêmicas que desenvolveram o estudo.
10

2 ASPECTOS GERAIS SOBRE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INTERNET,


PUBLICIDADE NA INTERNET, CONCEITOS DE REDES E MÍDIAS SOCIAIS E
ANUNCIANTE REGIONAL

2.1 Aspectos históricos da Internet7

A rede mundial de computadores surgiu durante a Guerra Fria como uma ferramenta
de comunicação segura para os americanos. Sendo uma forma de dar segurança para as
informações que necessitavam ser propagadas dentro do exército americano.
Em 1957, a antiga União Soviética colocou em órbita o primeiro satélite espacial
artificial, o Sputnik. Logo depois deste acontecimento, o então presidente Americano Dwight
Einsenhower criou a ARPA – Advanced Research Projects Agency, que tinha por principal
objetivo desenvolver alta tecnologia para fins militares.
Segundo Pinho (2000), na época foi contratado uma consultoria chamada Rand
Corporation, que sugeriu ao Pentágono que a comunicação fosse feita de maneira não
hierárquica, ou seja, um sistema menos suscetível a ataques.
O sistema foi nomeado como Arpanet e entrou em fase de experimentação nas
universidades em 1969, para se observar o funcionamento e se poderia ser aplicado aos
objetivos militares. Porém, muitas vezes a conexão era insatisfatória ou de difícil acesso.
Em 1973, a Inglaterra e a Noruega foram os dois primeiros países a estabelecer
conexão internacional através da Arpanet, até então possuía apenas 256 máquinas conectadas.
Em 1980 foi criada a Bitnet uma rede acadêmica da cidade de Nova York com a
conexão com a Universidade de Yale. Ela utilizava um sistema de correio eletrônico e um
mecanismo conhecido como ―list serv‖ que permitia aos usuários publicar artigos e
subscrever mailings lists especializados. Atualmente a Bitnet.

7
Dados históricos sobre a internet foram retirados de PINHO (2000)
11

A partir de 1983 é que a Arpanet se tornou Internet, pois se dividiu em uma rede
específica para fins militares e outra para os demais fins. Em 1988 um estudante Americano
criou o 1º vírus, a fim de demonstrar a fragilidade do sistema. A partir deste acontecimento
iniciou-se uma série de estudos para prover mais segurança na rede.
No Brasil, a Internet chegou em 1990. Em algumas universidades de São Paulo, Rio
de Janeiro e Porto Alegre.
Em 1993, os meios de comunicação e o mundo dos negócios entraram para a rede, os
primeiros sites foram da ONU (www.un.org) e da Casa Branca (www.whitehouse.gov). Em
1994 surgem as primeiras ferramentas de busca. Em 1995 surge o Internet Explorer criado por
Bill Gates, e com ele as primeiras ameaças de hackers na Internet. O primeiro site de notícias
surge em 1996 o MSNBC, sendo a primeira a fundir TV aberta, TV a cabo e Internet. Nesse
mesmo período muitas nações começaram a se preocupar com a difusão de informações na
Internet e tentam limitá-la, tal como a China.
Em 1995 surge a abertura comercial de Internet no Brasil e é criado o primeiro Comitê
Gestor da Internet (CGI). Ficou a ele a responsabilidade de fomentar o desenvolvimento da
Internet, regulamentar e padronizar o uso da mesma.
A partir de 1997 a FAPESP (Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo)
ficou autorizada a determinar a cobrança pela utilização dos domínios (endereços de sites) de
acordo com os valores internacionais.
Até então a Internet dava seus primeiros passos comercialmente e aos poucos se
tornou uma importante ferramenta de entretenimento.

2.2 Publicidade na Internet

Segundo Merigo (2009), a propaganda online surgiu no momento que alguém enviou
um link via e-mail para outra pessoa, o ato de compartilhar algo via internet já identifica um
tipo de propaganda. Apesar de existirem diferenças entre os termos publicidade e propaganda
será abordado no presente estudo o significado de publicidade.

(...)publicidade é montar uma boa campanha. Além de planejar com o cliente, saber
qual o retorno que ele espera obter com o produto, realizar pesquisas de opinião com
os consumidores, definir o público-alvo e o perfil dos veículos que serão usados para
a divulgação. Sem esquecer que o CLIENTE é que aprovará ou não as soluções
apresentadas. Seja de texto ou de imagem. (BARREIROS, 2008, online8)

8
AZEVEDO, Marcos. Publicidade, O Que É Isto?, 2008, [online]. Disponível em:
http://www.artigonal.com/carreira-artigos/publicidade-o-que-e-isto-532825.html. Acesso em: 28 Nov. 2009
12

As primeiras formas de publicidade foram os banners e GIFs animados que nada mais
foram que migrações de formatos de mídias tradicionais para a Internet.

Depois vieram os banners, imagens estáticas, GIFs animados, flashs cheios de


efeito, e uma maneira de se fazer publicidade online que simplesmente tentava
imitar aquilo que já se fazia nas mídias offlines. Ou seja, espaços em sites vendidos
com base na quantidade de impressões, a famosa sigla CPM (Custo Por Impressão).
(MERIGO, 2009, p.55)

A propaganda online tentou trazer os moldes da publicidade tradicional para a mídia e


durante um tempo funcionou. Ainda hoje é uma forma de publicidade que se engrandeceu
com recursos de animação e áudio, porém, sabe-se a web 2.0 mudou a percepção do banner.
Por uma questão de convenção o banner ainda é muito utilizado.
Também surgiram as malas diretas, conhecidas hoje como e-mail-marketing, que
muitos consideram como Spans, também uma migração do formato já conhecido de
publicidade tradicional.
Segundo Merigo, 2009 a tentativa de transpor a publicidade offline para a Internet com
o tempo foi perdendo força, pois a nova mídia possibilitava muitos recursos para a
publicidade que com o tempo foram ganhando mais espaço e forma diferenciada.
O consumidor passou a ser mais exigente e ficar avesso a publicidade invasiva se
importando muito mais com o conteúdo e principalmente o contexto. A publicidade começou
a se tornar muito mais interativa, os usuários começaram a buscar entretenimento e
informação e a publicidade acabou se embutindo nessas formas de manifestação online de
conteúdo e entretenimento.

Na Web, a interação com o consumidor potencial é instantânea. Permite que a


empresa tenha um feedback da efetividade de sua publicidade on-line; permite saber
imediatamente o que o visitante pensa sobre a mensagem e o produto e serviço que
estão sendo anunciados; permite iniciar uma transação e receber o pedido do com-
prador diretamente no site. (PINHO, online9)

Com essa ideia de interatividade as marcas começaram a participar online como forma
de se relacionar com os consumidores e não de forma invasiva enchendo as caixas de e-mail
das pessoas, ainda segundo Merigo, 2009 hoje a publicidade pode ser um link patrocinado ou
um hotsite com produção hollywoodiana.

9
PINHO, J B. A Internet como veículo de comunicação publicitária. Revista FAMECOS , Porto Alegre, nº 10,
junho 1999, semestral, 9 de Mai 2010, p.86-92. Disponível:
http://www.unifra.br/professores/13647/PINHO_Internet_publicidade.pdf. Acesso em: 4 de Abr .de 2010
13

As pessoas interagem com a publicidade por conta própria e muitas vezes são as
responsáveis por ampliar o alcance da mensagem de maneira que nenhuma outra
mídia permitiria.Você provavelmente já enviou um vídeo publicitário para alguém,
seja por e-mail ou link do Youtube. São os virais que alcançam o sucesso na
internet, muitas vezes fazem o caminho inverso e chegam a televisão. (MERIGO,
2009, p.55)

Para Merigo 2009, fazer publicidade online é pensar em conceitos antes ignorados tais
como: engajamento, relevância, interação, facilidade uso, facilidade de disseminação,
comunidade e personalização.
No contexto em que a comunicação na internet se encontra as pessoas é que são os
produtores de conteúdo, são elas que interagem e ditam as regras, ou seja, a comunicação é
bidirecional e deixou de ser unilateral.

2.3 Web 2.0

A idéia foi lançada em 2004 pela O'Reilly Media, uma editora e empresa de
comunicação. O termo se tornou o nome de uma conferência que acontece
anualmente nos Estados Unidos, e alastrou-se a ponto de uma busca pelo Google
indicar a existência de centenas de milhares de páginas fazendo referência ao
assunto. (SPYER, 2009, p.28)

A web 2.0 é conhecida como a revolução digital. Desde que surgiu o conceito as
pessoas vêm reinventando a maneira de se comunicar na Internet. Na web 1.0 se condicionava
o acesso aos grandes portais e de certa forma já havia uma tentativa de monopólio da
comunicação online, as pessoas buscavam notícias, entretenimento e cultura nesses grandes
veículos online.
Se antes o anunciante tinha seu domínio, pagava por um espaço e lá inseria as suas
informações através de um website e considerava aquilo como suficiente, hoje se sabe que
isso não funciona tão efetivamente.

Apesar dessa tentativa, ainda que natural, de transpor os métodos de um meio para
um outro completamente novo, a Internet acabou criando um estimulante e vasto
mundo cheio de oportunidades para a publicidade. A diferença é que o que interessa
agora não é interromper o espectador e enchê-lo de comerciais indesejados, e sim o
contexto. (MERIGO, 2009, p. 55)

Não basta inserir informações num espaço estático. É necessária a interação dessa
representação com os outros espaços, ou seja, é cada vez mais importante que haja um
relacionamento propiciado pela comunicação mediada pelo computador na Internet. Todas as
representações de atores online podem fazer parte da construção de conteúdo na Internet e
14

informação, seja em forma de um weblog, de um comentário, uma conversa via Messenger10,


um scrap11 no Orkut ou ainda um reply12 no twitter13.
Atualmente a internet tem se popularizado com mais facilidade através de múltiplas
formas de acesso seja através do celular, internet domiciliar e até mesmo da tecnologia 3G,
onde a internet toma características móveis assim como o celular, basta existir sinal de celular
e o penmoden.
Portanto, todas essas características propiciam a comunicação na internet, abrindo
espaços e atingindo cada vez mais públicos.

2.4 Interação Social no Ciberespaço 14

Interação é uma palavra amplamente difundida quando se fala de internet, no entanto,


ela possui um significado muito amplo. No Ciberespaço ela se comporta de uma maneira
específica.

2.4.1 Comunicação assíncrona e síncrona

Segundo Recuero (2009, p. 32), a comunicação no Ciberespaço pode se dar de forma


síncrona ou assíncrona. Em toda comunicação existe um estímulo resposta, ou seja, é sempre
presente o feedback15. O fator que exerce a diferenciação nesses termos é a temporalidade.
Para Recuero 2009, toda vez que se envia uma mensagem usando alguma mídia ou
suporte dentro da comunicação mediada por computador, se gera uma expectativa de resposta.
Aquela mensagem que possibilita uma interação de resposta imediata. (por exemplo, conversa
instantânea no messenger) é considerada síncrona, no entanto quando a expectativa de
10
é um programa da mensagens instantâneas criado pela Microsoft Corporation. O serviço nasceu a 22 de Julho
de 1999, anunciando-se como um serviço que permitia falar com uma pessoa através de conversas instantâneas
pela Internet. (Fonte Wikipédia: Acesso em: 15 out. 2009).
11
Pequeno recado, com limite de 1024 caracteres, no site de relacionamentos Orkut. (Fonte Wikipédia: Acesso
em: 15 out. 2009).
12
É a resposta que o usuário dá a um tweet no serviço de microblog Twitter (Fonte Wikipédia: Acesso em: 15
out. 2009).
13
é uma Rede Social e servidor para microblogging que permite aos usuários que enviem e leiam atualizações
pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets") (Fonte Wikipédia:
Acesso em: 15 out. 2009).
14
é um espaço de comunicação que descarta a necessidade do homem físico para constituir a comunicação como
fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima,
que terá comunhão com os demais. (Fonte Wikipédia: Acesso em: 15 out. 2009).
15
recurso porque permite que se observe como se é visto pelos outros. É ainda, uma atividade executada com a
finalidade de maximizar o desempenho de um indivíduo ou de um grupo. (Fonte Wikipédia: Acesso em: 15 out.
2009).
15

resposta não é imediata acontece a comunicação assíncrona (por exemplo, mensagens


enviadas por e-mail ou participação em fóruns de discussão online).
A importância do entendimento da diferença entre comunicação assíncrona e síncrona
é indispensável para a compreensão de interação social na internet.

2.4.2 Interação Reativa e Interação Mútua

De acordo com Primo (2003), existem duas formas de interação no contexto da


interação mediada por computador: a interação mútua e a interação reativa. Estas formas
distinguem-se pelo relacionamento mantido.

A interação mútua é caracterizada por relações interdependentes e processos de


negociação, em que cada interagente participa da construção inventiva e cooperada
da relação, afetando-se mutuamente; já a interação reativa é limitada por reações
determinísticas de estímulo e resposta. (PRIMO, 2003, p. 62).

Sendo assim, existe uma interação limitada e outra não limitada. Quando o indivíduo
clica em algum link, ele está fazendo parte de uma interação limitada, pois não pode decidir o
destino que o link leva. Ele tem a opção de clicar ou não, no entanto quando se participa de
um fórum ou mesmo um comentário se tem a possibilidade de interagir com os demais
comentaristas e com o próprio autor, fazendo parte de uma interação mútua, onde sempre há
troca de informações e construções de conteúdo.

Interação reativa se caracteriza como um sistema fechado. A interação mútua forma


um todo global. Não é composto por partes independentes; seus elementos são
interdependentes. Onde um é afetado, o sistema total se modifica. O contexto
oferece importante influência ao sistema, por existirem constantes trocas entre eles.
Por conseguinte, os sistemas interativos mútuos estão voltados para a evolução e
desenvolvimento. E por engajar agentes inteligentes, os mesmos resultados de uma
interação podem ser alcançados de múltiplas formas, mesmo que independente da
situação inicial do sistema (princípio da equifinalidade). (PRIMO, 2000, p. 91).

Mesmo quando se aceita uma amizade no Orkut, ―apesar de ser uma interação reativa,
há impacto em ambos os lados criando reflexos em ambas às partes‖ (RECUERO, 2009,
p.33).
A interação reativa permite laços menos complexos ao contrário da interação mútua.
16

2.5 Redes Sociais

Uma rede social transcende o conceito da internet, ela parte de um contexto, onde as
pessoas vivem em sociedade, vem de um conceito sociológico de partilha e socialização.

Uma rede social é definida por um conjunto de dois elementos: atores (pessoas,
instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais)
(Wasserman e Faust 1994; Degenne e Forsé 1999). Uma rede, assim, é uma
metáfora para observar padrões de conexão de um grupo social, a partir das
conexões estabelecidas entre os diversos atores. A abordagem da rede tem, assim,
seu foco na estrutura social, onde não é possível isolar os atores e nem suas
conexões (RECUERO, 2009, p.24).

É necessário pelo menos dois atores para constituir uma rede e um meio onde aconteça
o relacionamento social. É perceptível desde os primórdios da humanidade essa relação, os
homens das cavernas dividiam a caça. Hoje na era da informação dividem conteúdo e o
produzem de forma colaborativa.

Como as redes sociais na Internet ampliaram as possibilidades de conexões,


ampliaram também a capacidade de difusão de informações que esses grupos
tinham. No espaço offline, uma notícia ou informação só se propaga na rede através
das conversas entre as pessoas. Nas redes sociais online, essas informações são
muito mais amplificadas, reverberadas, discutidas e repassadas. Assim, dizemos que
essas redes proporcionaram mais voz às pessoas, mais construção de valores e maior
potencial de espalhar informações. São, assim, essas teias de conexões que espalham
informações, dão voz às pessoas, constroem valores diferentes e dão acesso a esse
tipo de valor. (RECUERO, 2009, p.25).

Uma rede social não é o site que suporta ela. Ela é constituída basicamente por
pessoas. Os indivíduos é que fazem uma rede social ser interativa ou ser uma rede de
disseminação de informação. Sites expressam as redes, uma rede social não é uma ferramenta,
mas apropria-se das ferramentas existentes para construir redes.
Para compreender melhor como se dá as construções sociais, é necessário entender os
elementos necessários e componentes da rede social.

2.5.1 Atores

Atores são os nós da rede. São os participantes responsáveis por toda e qualquer
interação online, suas ações, suas opiniões e seus perfis são responsáveis pelas construções de
laços e interatividade nas redes sociais.
17

Atores são o primeiro elemento da Rede Social, representados pelos nós ou nodos.
Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa. Como partes do sistema, os
atores atuam de forma a moldar as estruturas sociais, através da interação e da
constituição de laços sociais. (RECUERO, 2009, p.25)

Na internet, a percepção sobre os atores se dá de uma forma um pouco diferenciada,


pois a comunicação é mediada pelo computador, ou seja, existe um distanciamento e o
envolvimento se dá no espaço online.
Os atores nas redes sociais são na verdade representações, ou seja, uma pessoa possui
sua representação na internet, seu perfil ou sua identidade online. É através dessa ou de várias
identidades que ele atua nas redes sociais. Atores constroem expressões pessoais/pessoalizada
na internet, uma forma também caracterizada como construção do self.
Para Recuero (2009), um ator pode ser representado por um Twitter, um Fotolog,
Weblog, perfil do Orkut, ou muitos outros. No entanto, cada perfil representa um nó nas redes,
ou seja, um mesmo ator pode ter vários nodos.

2.5.2 Conexões

Conexões são constituídas de laços sociais criados na rede social, os atores são os nós
das redes, eles constroem laços com demais atores ou nós por meio das interações e esses
laços constituem a conexão. Segundo (RECUERO, 2009, p.30) ―as conexões são o principal
foco de estudo das redes sociais, pois as alterações que acontecem nos laços e conexões é que
estrutura o comportamento da rede social‖.
As interações na internet podem ser percebidas por rastros deixados pelo ator, seja um
comentário num Weblog ou um scrap no Orkut. Estes é que permitem as trocas sociais.

2.5.3 Capital Social / Whuffie

Segundo Recuero (2009), o valor social constituído na rede social é o valor


constituído a partir das interações entre os atores sociais. Para Dias (2009) é sinônimo de
Whuffie.
O capital social é o valor que uma marca, pessoa ou organização representa nas redes
sociais. Porém, esse valor não é mensurável, palpável. É algo subjetivo, mas totalmente
inserido nas interações.
18

É claro que a economia do whuffie não é perfeita. Ela ainda é usada por seres
humanos com suas falhas e problemas. Nela, por exemplo, continua valendo a
máxima de que "dinheiro chama dinheiro". Whuffie chama whuffie. Pessoas com
mais whuffie recebem destaque, são convidadas para eventos, são citadas em
artigos... chamando para si e para seu trabalho a atenção de outras e, com isso,
ganhando mais whuffie. (DIAS, 2009, p.10)

Não se trata de um índice de popularidade, mas sim da representação que aquela


marca, organização ou pessoa tem na rede. Um exemplo disso são as celebridades online, são
completamente desconhecidos offline, porém, nas redes sociais são muito conhecidos. Seja
por terem inúmeros seguidores no Twitter ou muitos amigos no Orkut, são pessoas que geram
um grande capital social sobre seus nomes.
Segundo Dias (2009), também pode ser considerado capital social a capacidade de
criar credibilidade e segurança nas redes sociais. Se algum usuário de mídias sociais for
questionado sobre alguma marca que tem grande valor na rede, provavelmente a resposta será
Apple, devido a grande estima criada junto ao público usuário de redes sociais. No Brasil a
Tecnisa pode ser citada como marca lembrada nas redes sociais.
O capital social encontra-se embutido nas interações e nos relacionamento das redes
sociais, apesar de ter vários conceitos ainda se trata de uma definição complexa.

2.6 Mídias Sociais

Mídias sociais são ferramentas que servem de suporte para as redes sociais na
internet. Pode ser um programa de mensagens instantâneas, um site com ferramentas que
propiciem a interação social entre atores, ou um weblog, onde o ator ou conjunto de atores
postam textos com certa periodicidade.
Mídias sociais para Palagi (2009, online16), são ferramentas online projetadas para
permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de
informação nos mais diversos formatos.
Já segundo Comm, 2009, mídia social é um termo bastante abrangente e é possível
produzi-la em tipos e maneiras diferentes, porém a melhor definição é: ―o conteúdo que foi
criado por seu público‖.

16
PALAGI, Leo. Midias Sociais: A inserção da publicidade em redes sociais. 2008, [online]. Disponível em:
http://www.slideshare.net/leopalagi/midias-sociais-a-insero-da-publicidade-em-redes-sociais-presentation.
Acesso em: 17 out. 2009.
19

É como se a Fox demitisse todos os seus autores, produtores, âncoras de noticiários,


roteiristas, abrisse suas portas e dissesse ao mundo que todos seriam bem-vindos
para entrar e gravar seus próprios programas. E então permitisse que eles
distribuíssem esses programas pela redes sem nenhum custo também. (COMM,
2009 p.2).

Para Comm, 2009 as conversas e diálogos é que promovem a formação de


comunidades e por consequência caracterizam as mídias sociais, quando as conexões são
formadas em torno de negócios, o resultado pode ser um tipo de fidelidade e compromisso
com a marca, a definição de mídia social descreve a forma de publicação em que as histórias
são trocadas em vez de publicadas.
Para Palagi, encontra-se também uma explicação mais generalizada, mas de fácil
entendimento possibilitando a compreensão da diferença entre rede social e mídia social. É
importante também para o presente estudo, identificar as mídias sociais mais utilizadas no
Brasil17, contando um pouco de seu surgimento, função e popularidade.

2.6.1 Orkut

O Orkut é um site de relacionamento social que possui grande popularidade no Brasil.


Quando foi criado seu foco era a rede de usuários americanos, mas foi no Brasil e na Índia
que obteve maior número de usuários. No Brasil, segundo a própria Google18, o Orkut é
massivo em sua penetração, cerca de 70% dos usuários de Internet brasileiros estão no Orkut,
desses, 85% acessa o site pelo menos uma vez ao dia e 60% declara acessar mais de duas
vezes ao dia.
Foi criado por Orkut Buyukokkten, ex-aluno da Universidade de Stanford e
funcionário do Google. Nas horas vagas trabalhava em seu projeto pessoal. Foi lançado pelo
Google em Janeiro de 2004. O Orkut fez grande sucesso pela sua capacidade de convergir
diversos recursos de sites de relacionamentos anteriores como o fotolog, por exemplo.
Através do Orkut é possível adicionar amigos, se comunicar e interagir com eles, criar
um perfil descritivo, falando sobre as características gostos e ódios do usuário. Além de
possibilitar postagem de fotos divididas por álbuns, envio de recados de texto, gifs ou
imagens.
É possível também participar de comunidades onde há identificação do usuário,
criando tópicos de discussão semelhante aos fóruns. Recentemente o Orkut acrescentou uma
17
Dados sobre os conceitos das principais mídias sociais de RECUERO (2009)
18
http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/07/29/Orkut-75-dos-internautas-brasileiros-acessam-rede-social-do-
google
20

nova função que agrega mais interatividade aos usuários, o sistema de bate-papo via G-Talk
(Google Talk) que possibilita a conversação em tempo real com os amigos que estiverem
logados19 no site.

2.6.2 Flickr

O Flickr é uma ferramenta criada para a postagem de fotografias e possibilita comentários


sobre as imagens. Atualmente ele também possibilita a postagem de vídeos e permite a
etiquetagem das postagens para facilitar nas pesquisas.
Foi originalmente criado por uma companhia canadense chamada Ludicorp em 2004. Em
2005 foi adquirida pela Yahoo. O Flickr permite a socialização de imagens e vídeos e a
publicação de comentários bem como a divisão e organização das imagens em álbuns.

2.6.3 Facebook

O Facebook foi criado pelo americano Marck Zuckerberg, enquanto era estudante de
Harvard. A ideia inicial era focar nos estudantes oriundos do segundo grau e que estavam
entrando para a Universidade. Foi lançado em 2004 e hoje é um dos sistemas com maior base
de usuários no mundo, porém não tão localizados como o Orkut.
No inicio, o Facebook exigia que fosse membro de alguma escola ou universidade, pois o
objetivo era conectar estudantes com esse estilo de vida comum.
É considerado mais privado por esse motivo é possível à visualização de perfis
pertencentes à mesma rede, diferente do Orkut. Ele pode agregar aplicativos e ferramentas,
tais como jogos.
O Facebook tem crescido consideravelmente na América Latina e recentemente também
no Brasil.

19
registrar-se ou entrar em um sistema de computação, identificando o nome do usuário e sua senha.
SABATTINI, Renato Marcos Endrizzi. Glossário da Geração Digital. 1996, [online]. Disponível em:
http://www.sabbatini.com/renato/correio/gloss.htm. Acesso em: 17 out. 2009
21

2.6.4 Twitter

O Twitter é um serviço de microblogging que permite o envio de mensagens de até 140


caracteres simultaneamente para todos os followers ou seguidores. A dinâmica do site se dá
pela resposta da pergunta: - O que está acontecendo?

O Twitter foi o precursor, aquele que definiu o conceito, as novas possibilidades e a


nova forma de irrigar o mundo com conteúdo. Permitiu que uma verdadeira legião
de programas, sites e mash-ups pudessem proporcionar formas diferentes de
publicar e interagir com a quantidade colossal de mini-conteúdos já disponível nesse
pequeno, e crescente, universo. Já se percebe que ao redor dessa plataforma se forma
uma economia própria, onde ela própria é o início e o fim, o meio e o objetivo.
(SEIXAS, 2009, p.45)

O Twitter se estrutura a partir de seguidores e pessoas a seguir, ou seja, o usuário pode


escolher quem quer seguir e pode ser seguido também, tudo de acordo com a relevância de
seus tweets ou micropostagens de até 140 caracteres.

2.6.5 Blogs

O termo weblog foi criado por Jorn Barger em 1997 para definir um conjunto de sites que
divulgavam links interessantes na web. A palavra weblog vem web + log (web + arquivo).

Blog é uma abreviação de weblog, qualquer registro frequente de informações pode


ser considerado um blog. Blogueiro é aquele que mantém um blog. Um blog pode
ter qualquer tipo de conteúdo e ser utilizado para diversos fins. Uma das vantagens
das ferramentas de blog é permitir que os usuários publiquem seu conteúdo sem a
necessidade de saber como são construídas páginas na internet, ou seja, sem
conhecimento técnico especializado. Ao facilitar a publicação de conteúdo o blog
personalizou o ato de escrever. Hoje qualquer pessoa com acesso a internet e que
saiba operar um teclado tem plenas condições de manter um blog. Blogs são
ferramentas de democratização de publicação de conteúdo. (AMARAL; RECUERO;
MONTARDO, 2009)

Em 1999 o weblog começou a se popularizar graças as novas ferramentas de web e


manutenção de sites em 1999 surgiram às primeiras publicações sobre a anatomia dos blogs,
em 2004 a Google comprou o Blogger que era um serviço de blogs e gerenciamento de
postagens que vinha se tronando cada vez mais popular.
As primeiras utilizações de blogs foram nos formatos de diários pessoais, de expressão
pessoal, publicações de relatos e acontecimentos da vida dos autores. Os blogs são sites com
22

atualizações periódicas onde é possível postar vídeos, imagens e arquivos de som, onde é
possível comentar as postagens do autor e interagir.
Os sites mais comuns utilizados para publicação em blogs são o Blogger (Google) e o
Wordpress. Os blogs são considerados mídias sociais pois, através dos comentários acontece a
interação entre autor e leitor.

2.6.6 Youtube

O Youtube é um site para o compartilhamento de vídeos, onde os usuários criam seus


perfis e podem interagir com os demais usuários e suas publicações de vídeos, deixando
comentários e dando notas ao vídeo, o conteúdo é produzido pelos próprios usuários.

Fundado em fevereiro de 2005, o YouTube é uma comunidade mundial de vídeo


mais popular online, permitindo que milhões de pessoas a descobrir, assistir e
compartilhar vídeos criados originalmente. O YouTube oferece um fórum para as
pessoas se conectam, informar e inspirar outras pessoas ao redor do mundo e atua
como uma plataforma de distribuição para criadores de conteúdo original e
anunciantes grandes e pequenos.(YOUTUBE, s.d, online20)

Os vídeos publicados no youtube podem ser visualizados também em postagens de blogs


e sites através da incorporação dos códigos HTML, essa característica possibilita cada vez
mais versatilidade ao site. É considerado, uma rede social porque existem perfis/atores e
comentaristas/atores que criam uma interação reativa seja comentando ou produzindo
conteúdo no site.

2.6.7 Podcasting

Podcasting é uma ferramenta de comunicação online, semelhante ao rádio sua


produção é voltada para formatos digitais e é distribuído na internet.

(...) uma forma de transmitir e ao mesmo tempo transferir conteúdo em áudio ou


vídeo pela internet. Essa transmissão é tão transmissão quanto a do broadcasting,
pois une produtor e consumidor de forma simples e direta. Não precisa apelar para
gambiarras como a fita cassete ou o TiVo. Um podcast, nome dado aos ―programas‖
transmitidos em podcasting, não passa – ele chega ao aparelho receptor; no caso, um
computador ou um dispositivo móvel. (FRANCO, 2009, p52).

20
YOUTUBE. Sobre o Youtube, s.d, [online]. Disponível em: http://www.youtube.com/t/about. Acesso em: 2
Março. 2010
23

O termo podcasting comumente é confundido com audiocast ou videocast, mas a


palavra surgiu da junção de dois termos diferentes Ipod (aparelho Apple de mídia digital) e
Broadcast (transmissão de conteúdo de TV e rádio). O podcast possui uma periodicidade em
sua transmissão online (datas de postagens), assim como as mídias tradicionais, mas permite
que o usuário acesse o quando quiser.

Como a linearidade da transmissão em broadcasting, essa é uma característica


técnica do podcasting. Aqui, o equivalente à antena da TV que capta uma
transmissão é o leitor de RSS, um software que reconhece e captura atualizações em
sites, blogs e podcasts previamente escolhidos (assinados) pelo usuário. Uma página
de podcasts, após ter sido assinada, passa a transmitir automaticamente novos
―programas‖ para o computador do assinante. O podcast fica armazenado no leitor
de RSS, podendo ser acessado a qualquer momento, mas também pode ser salvo no
próprio computador do usuário. Assim, cai o conceito de grade de programação – o
consumidor decide quando e como consumir o áudio ou o vídeo. (FRANCO, 2009,
p53).

Os produtores de podcast são chamados de podcasters, e no Brasil a produção de


podcasts é muito difundida, através de sites como o Mypodcast permitem a postagem gratuita
de arquivos de áudio na internet.

2.6.8 Linkedin

O Linkedin é uma rede social voltada para divulgação profissional, às proximidades,


conexões e laços de interação são criados a partir de interesse profissionais, ou seja, é uma
rede de busca e interação com currículos profissionais das pessoas.

LinkedIn é uma rede social online para contatos profissionais. É diferente de outros
sites de rede social, como o MySpace e o Facebook porque foi criado especialmente
para relacionamentos profissionais - encontrar um emprego, descobrir malas diretas,
entrar em contato com possíveis parceiros de negócios - e não apenas para fazer
amigos ou compartilhar fotos, vídeos e músicas. (ROSS, s.d,online21).

Segundo Ross, online, o Linkedin foi fundado em Maio de 2003 por quatro sócios: por
Reid Hoffman, Allen Blue, Jean-Luc Vaillant e Konstantin Guericke, formados em Stanford
Hoffman e Guericke, planejavam o site desde o final dos anos 90. Segundo Correia online22,

21
ROSS, Dave. Como funciona o LinkedIn, s.d, [online]. Disponível em:
http://informatica.hsw.uol.com.br/linkedin.htm. Acesso em: 7 de Abr de 2010
22
CORREIA, Gerson. O networking nos tempos do LinkedIn, 2007, [online]. Disponível em:
http://www.gestaodecarreira.com.br/coaching/network/o-networking-nos-tempos-do-linked-in.html. Acesso em:
7 de Abr de 2010.
24

atualmente existem cerca de 700 mil usuários do Linkedin espalhados pelo mundo, destes, 52
mil são brasileiros.

2.7 Usuários das Redes Sociais

Com as Redes Sociais na Internet é possível identificar atores que estão presentes de
forma intensa, transmitindo informações relevantes e também considerados formadores de
opinião. Para isso, geralmente são considerados referencias pela forma como podem induzir e
provocar as opiniões nas Redes Sociais. É necessária a distinção de alguns.

2.7.1 Evangelistas da Marca

Evangelistas nas Redes Sociais são pessoas que promovem a marca, falando de seus
benefícios, suas características e não recebem nada em troca.

Fazer Social Media também está ligado à ideia de encontrar os evangelistas da


marca e através deles propagar uma mensagem na internet. Esse não foi o caso da
Stefhany, mas pode ser o de outras empresas, como a Doritos, na campanha do
Doritos de 5 kg.(FWF,2009, online23).

Dentre as várias ações em mídias sociais que se focaram em evangelistas da marca


destacam-se a ação do Doritos, em promover um relacionamento com os usuários do Orkut,
tratando-se de uma comunidade com mais de 60 mil usuários. A estratégia era encontrar
pessoas realmente envolvidas com a marca.

A campanha foi simples. Um pacote gigante de Doritos, com tortillas de verdade, foi
elaborado. Quem acertasse quantos snacks continham no pacote de 132 kg e 3
metros de altura levava o prêmio. A Cubo. cc enviou para o casting de moderadores
das comunidades Doritos, no Orkut, — ―Eu amo Doritos‖ (mais 60 mil membros),
―Amantes de Doritos‖ (mais 70 mil membros) para agências e blogs conceituados a
versão de 5 kg do salgadinho.(MASINI, 2009, online24).

23
FWF COMUNICAÇÃO. Quando o consumidor vira evangelista da marca, 2009, [online]. Disponível em:
http://www.fwfcomunicacao.com/blog/quando-o-consumidor-vira-evangelista-da-marca. Acesso em: 25 de Set
de 2009
24
MASINI, Marcos. Social Media Brasil 2009: erros e acertos - Cubo.cc e o case Doritos, 2009, [online].
Disponível em: http://www.nossanoite.com.br/divadomasini/exibemateria.asp?codigo=1362. Acesso em: 25 de
Set de 2009
25

Este é um exemplo de como encontrar evangelistas nas Redes Sociais e como eles são
importantes na difusão das estratégias de Mídias Sociais. Eles são apaixonados pela marca e
podem falar melhor que ninguém dos atributos.

2.7.2 Trendsetters

A força do indivíduo na cultura contemporânea pode ser medida pela expressão


inglesa trendsetter (aquela que aponta tendências). Cada período histórico teve seus
personagens referenciais, homens e mulheres que funcionavam simultaneamente
como ícones da elegância e árbitros do bom gosto. O que muda, no presente, é que,
do ponto de vista do mercado, o indivíduo comum pode ter o mesmo peso das
figuras de referência do passado, via de regra pertencente às elites. Identificar estes
trendsetters é parte da atividade do ―caçador de tendências‖. (CALDAS, 2004, p.60).

Trendsetters são formadores de opinião, são eles quem primeiro tem contato com as
novidades e tendências de diversas áreas, como cinema, televisão, moda etc. Geralmente os
trendsetters são procurados por empresas para que sua marca caia no gosto destes apontadores
de tendências e repassem para sua vasta rede de contatos uma imagem positiva sobre o
produto ou serviço.
Nas mídias sociais encontram-se verdadeiros trendsetters em blogs e comunidades. No
Brasil, existem nomes expressivos pela sua contribuição de conteúdo nas mídias sociais e
principalmente pela capacidade de revelar e influenciar tendências. Em planos de
comunicação que são voltados á mídias sociais é comum à preocupação em encontrar esses
trendsetters.
Muitas vezes, de maneira errada e com alguns exemplos de estratégias mal sucedidas,
é possível perceber que acontecem práticas consideradas pouco éticas, como postagens pagas
em blogs influentes, ou perfis em redes sociais completamente pagos, que acabam por limitar
a opinião do autor ou eventual trendsetter.
O órgão regulamentador sobre a ética do marketing na Internet é a Womma
(http://womma.org), se trata de uma organização que limita algumas atitudes consideradas
pouco éticas na Internet.

2.7.3 Coolhunters

Coolhunters ao pé da letra significa ―caçadores do legal‖. São profissionais que se


dedicam na busca de conteúdos que podem se tornar tendência futuramente. São muitas vezes
26

associados á moda, no entanto, podem descobrir muitas novidades em todas as áreas,


inclusive no entretenimento e na mídia.
Segundo Carmo (2000), coolhunters são caçadores de novidades. Identificam o que
pode estar na vanguarda da moda e do comportamento. O coolhunter pode se basear no que os
trendsetters estão falando para saber das novidades e dos conteúdos que podem ser ditados
como referência de comportamento se tornando ícones.

Até os coolhunters estão se tornando intelectualóides; ao final dos anos 90 a


coqueluche do setor era se remodelar menos como um clubber moderninho do que
um estudante universitário pedante. De fato, há quem insista que eles não eram
coolhunters, mas ―antropólogos urbanos‖. (KLEIN, 2008, p.111)

Apesar do olhar mais crítico de Klein sobre os coolhunters, a autora aponta uma
definição importante. Cita que alguns consideram os coolhunters como verdadeiros
antropólogos urbanos, pois tratam de investigar o comportamento contemporâneo relacionado
a hábitos e tendências. É possível afirmar que os coolhunters estão sempre caçando os
trendsetters e suas ideias.
Esse perfil de usuário está presente em espaços online e offline e interage diretamente
com comunidades e redes sociais em busca de novidades.

2.8 Convergência de mídias

A cada dia surgem mais formas de mídias, a substituição das mídias tradicionais por
essas novas formas caracteriza a cultura da convergência, de uma forma mais generalizada às
novas mídias coexistem e se tornam participativas e interativas.

A convergência exige que as empresas midiáticas repensem antigas suposições sobre


o que significa consumir mídias, suposições que moldam tanto decisões de
programação quanto de marketing. Se os antigos consumidores eram tidos como
passivos, os novos consumidores são ativos. Se os antigos consumidores eram
previsíveis e ficavam onde mandavam que ficassem, os novos consumidores são
migratórios, demonstrando uma declinante lealdade á redes ou a meios de
comunicação. Se os antigos consumidores indivíduos isolados, os novos
consumidores, são mais conectados socialmente. Se o trabalho de consumidores de
mídia já foi silencioso e invisível, os novos consumidores são agora barulhentos e
públicos. (JENKINS, 2008, p.45)

Jenkins sintetiza toda a proposta embutida no estudo das redes sociais. Fala sobre o
comportamento do consumidor desta rede e o compara com o consumidor das mídias
27

tradicionais e o atual, que é interativo e participativo, criando e colaborando com a


informação, e o entretenimento.
A convergência será uma forma de amarrar as tecnologias midiáticas, ao invés de um
sistema completamente integrado. Essa é uma característica da interatividade proposta pela
web 2.0.

2.9 Anunciante regional / mídia regional

A mídia regional existe desde o surgimento dos meios de comunicação, pois ao


surgimento do jornal, TV e rádio as audiências eram localizadas devido a pouca abrangência
dos sinais de transmissão.
Depois de algum tempo alguns veículos aumentaram o alcance a abrangência de
transmissão, outros ainda mantiveram sua abrangência local nesse período o rádio criou sua
identidade atrelada comunicação regional.
A TV no Brasil começou a expandir sua abrangência depois do surgimento do
videoteipe (1960), pois o recurso permitia que fossem gravadas as programações e
distribuídas em emissoras de outras partes do país.

No Brasil, o desenvolvimento das comunicações, principalmente através das grandes


redes de televisão, acabou priorizando a centralização da produção de mensagens
nos grandes centros urbanos de onde passam a ser disseminadas por todo o país.
Essa estratégia evoluiu com a política de ―integração nacional‖ herdada na época da
ditadura militar e se desenvolve com o avanço das telecomunicações e das mídias
digitais. (PERUZZO, 2005, online25)

Segundo Peruzzo 2005 apesar da centralização de produção nacional de mídia, as


produções locais nunca perderam atividade e apesar de pouco espaço na grade de
programação ela sempre está presente, muitas vezes em forma de noticiários locais.
No Brasil, cada região possui sua peculiaridade, suas características que a identificam.
Essa regionalização delimita ainda mais de acordo com as necessidades de cada local, seja
uma delimitação por grandes regiões (Norte, Nordeste, Centroeste, Sudoeste, Sul) ou estadual
(Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná), municipal (Chapecó) e inclusive em micro
regiões dentro da cidade.

25
PERUZZO, Cecília M Krohling. Mídia regional e local: aspectos conceituais e tendências. Comunicação
& Sociedade, Brasil, v. 1, n. 38, 2005 Disponível:
http://revistas.univerciencia.org/index.php/cs_umesp/article/view/196/154. Acesso em: 4 de Abr .de 2010
28

A globalização da comunicação possibilitou, além da quebra de barreiras, o apego


das pessoas as suas raízes. Para entender como se dá a regionalização, da mídia
brasileira, analisa-se como o local vem ganhando evidencia no Brasil e o processo
de regionalização da mídia no país [...] a regionalização da mídia brasileira é
necessidade dos meios de comunicação que vem se organizando pra conquistar a
fidelidade do público que busca a preservação da cultura e informações de qualidade
ligadas á sua realidade. (CABRAL, online 26)

Na era da informação, onde se fala muito em globalização, o que mais se percebe são
características e novos grupos surgindo a cada momento. Com isso as mídias têm por
obrigação compreender essas linguagens e peculiaridades para comunicar, informar e
anunciar no âmbito regional. Essa regionalização se aplica a todas as mídias, seja a TV, o
rádio, o jornal e também a internet.
Segundo CABRAL, 2006, apud, TEIXEIRA (1999, p.29) ao analisar os veículos de
comunicação, verificou-se que ―uma emissora local possibilita ao grupo e região em que atua
que se intercomuniquem e se auto identifiquem, pois, oferece informações adequadas a
necessidade da comunidade, estimula a consciência critica e revaloriza a cultura local.
A regionalização está em inúmeras mídias, no rádio, por exemplo, ela é fundamental.
Pois segundo CABRAL, apud, OTRIWANO (1985, p.28) a programação nacional do rádio
deixou de ter razão de existir, voltando-se mais para aspectos regionais, ligado a comunidade
em que atua.
A regionalização das mídias também possibilita que o anunciante regional que
geralmente tem pequenas empresas consiga divulgar sua marca com mais facilidade, visto os
valores de mídia de acordo com a cobertura regional.
Já na Internet, apesar de existir a compra de espaços (no caso dos banners e domínios)
a veiculação não tem o limite geográfico, visto que qualquer pessoa em qualquer parte do
mundo pode ter acesso á informação.
Nas redes sociais na internet é possível a delimitação de acordo com as redes mais
acessadas em determinados países, nesse caso geralmente não há uma regionalização de redes
sociais, por estados ou cidades, de acordo com as pesquisas publicadas pelo Ibope/Nielsen e
também pelo CETIC (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e
Comunicação).
Observa-se ainda uma, expansão no acesso do brasileiro ás redes sociais, apesar das
mídias convencionais como rádio e TV ainda estarem na maioria dos domicílios brasileiros.

26
CABRAL, Eula Dantas Taveira. A regionalização da mídia brasileira. UNIrevista - Vol. 1, n° 3: (julho 2006)
Disponível: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Taveira.PDF. Acesso em: 15 out. 2009
29

Essas pesquisas demonstram uma popularidade nacional com relação a determinadas redes
sociais como o Orkut ou Twitter.
Apesar das características globais que a Internet toma, dentro das redes sociais é
possível delimitar a busca pelo público através de ferramentas de pesquisa disponibilizadas
nas próprias mídias utilizadas. Além de poder criar espaços nessas redes como, comunidades
no Orkut, por exemplo, onde se delimite o tema ou a região desejada, como na imagem
abaixo:

Figura 1 : Comunidade "Chapecó" no orkut


Fonte: ORKUT, 2010, online27

No Brasil a primeira empresa de comunicação a se preocupar com a questão local foi a


RBS que foi pioneira na criação de rádios de interior. Ainda segundo Peruzzo (2005) a
regionalização esteve muito mais ligada aos aspectos mercadológicos, pois a televisão por
exemplo explora muito mais o aspecto regional como nicho de mercado para o mercado
publicitário/comercial, outro fator delimitador à produção regional de conteúdo na mídia é o
tempo que as redes maiores destinam a produção local, ou seja, as grades de programação são
extremamente limitadas.

27
ORKUT. Comunidade “Chapecó”.jpg. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=57081>. Acesso
em: 25 de Set.de 2009
30

A partir de 1990, a mídia regional começou a ter mais espaço na produção de


conteúdos e exibição nacional, também exibindo nacionalmente informações de cunho
regional.

Hoje está superada a noção de território geográfico como determinante do local e do


comunitário. Para lá das dimensões geográficas, surge um novo tipo de território,
que pode ser se base cultural, ideológica, idiomática, de circulação da informação
etc. Dimensões como as de familiaridade no campo das identidades histórico
culturais (língua, tradições, valores, religião etc.) e de proximidade de interesses
(ideológicos, políticos, de segurança, crenças etc.) são tão importantes quanto as de
base física. São elementos propiciadores de elos culturais e laços comunitários que a
simples delimitação geográfica pode não ser capaz de conter. (PERUZZO, online28).

Segundo Peruzzo (2005) a globalização torna a cultura regional/local ou comunitária


mais conhecida proporcionando uma valorização, ou seja, a horizontalidade de distribuição de
conteúdos e informação tende a valorizar os aspectos regionais e culturais.

Houve, assim, a superação da tendência pessimista de considerar que as forças


globalizadas – da economia, da política e da mídia – detêm o poder infalível de
sufocar as sociedades e as culturas nos níveis nacional e local. A realidade vai
evidenciando que o local e o global fazem parte de um mesmo processo:
condicionam-se e interferem um no outro, simultaneamente. (PERUZZO, online29).

A mídia regional se apoia na informação gerada em seu território onde pertence a sua
identidade, Peruzzo (2005) ainda diz que não há uniformidade no tipo de vínculo dos meios
de comunicação em suas regiões pois, a inserção vinculada localmente depende da política
editorial de cada veículo.

Portanto, quando se fala de comunicação comunitária, está implícito o sentido de um


rocesso que envolve a participação popular autônoma, da gestão à produção de
conteúdos, ou seja, trata-se de uma comunicação destinada a atender demandas
locais mediante o exercício da cidadania a partir dos próprios cidadãos. Suas
diferenças em relação à mídia local comercial são claras, embora possa atuar no
mesmo universo territorial e temático. (PERUZZO, online 30)

A mídia regional muitas vezes está ligada a aspectos políticos e partidários que podem
ocasionar uma limitação de divulgação das informações, no entanto Peruzzo (2005) afirma

28
PERUZZO, Cecília M Krohling. Mídia regional e local: aspectos conceituais e tendências. Comunicação &
Sociedade, Brasil, v. 1, n. 38, 2005 Disponível:
http://revistas.univerciencia.org/index.php/cs_umesp/article/view/196/154. Acesso em: 4 de Abr .de 2010
30
PERUZZO, Cecília M Krohling. Mídia regional e local: aspectos conceituais e tendências. Comunicação &
Sociedade, Brasil, v. 1, n. 38, 2005 Disponível:
http://revistas.univerciencia.org/index.php/cs_umesp/article/view/196/154. Acesso em: 4 de Abr .de 2010.
31

que a população de diversas localidades demanda produção de informação regional e existe


também interesse comercial dos veículos nesses tipos de produções midiáticas locais.
32

3 ASPECTOS ESTATÍSTICOS SOBRE OS USUÁRIOS DE INTERNET E DE


REDES SOCIAIS NO MUNDO E NO BRASIL

3.1 Internet no mundo

Segundo dados obtidos do site Internet world stats31 até a data de 20 de março de 2010
eram contabilizados 1,733,993,741 usuários de internet no mundo, com uma penetração de
25.6 % no ano de 2009. São também disponibilizados dados segmentados por continentes e
países.

Figura 2: World internet usage and population statistics


Fonte: INTERNET WORLD STATS, online32

A tabela acima mostra dados referentes ao número de usuários de internet distribuídos


pelo mundo, como é possível perceber A Ásia é o continente com maior número de usuários
(42,6%), em seguida vem a Europa com (24,1%) e na terceira posição fica América do Norte
(14,6%), A América Latina e América do Sul figuram na 4ª posição com 10,3% do número
total de usuários distribuídos pelo mundo.

31 32
, INTERNET WORLD STATS. World internet usage and population statistics. s.d. Largura: 1440 pixels.
Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.internetworldstats.com/stats.htm>. Acesso em: 20 de Mar.de 2010
33

O gráfico a seguir mostra o ranking de continentes com maior número de usuários de


internet e os respectivos números de usuários em milhões, até a data de 20 de Março de 2010.

Figura 3: Internet users in the world by geographic regions


Fonte: INTERNET WORLD STATS, online33

3.2 Internet no Brasil34

Segundo Felitti, 2010, o Brasil atingiu 66,3 milhões de internautas em 2009. Os dados são
provenientes da pesquisa do Ibope Nielsen, e apontam um crescimento de 6% em relação á
2008.
As conexões são provenientes de domicílios, empresas, lanhouses, bibliotecas e tele
centros de distribuição de acesso à internet, segundo o Ibope Nielsen, a internet em domicilio
tem crescido e os acessos provenientes destes tipos de conexões têm sido cada vez maiores,
porém ainda não superam os acessos provenientes das lanhouses que segundo o CGI (comitê
gestor de internet) são da ordem de 48%.
O número de internautas ativos no Brasil é de 36,6 milhões contemplando apenas
acessos provenientes de conexões domiciliares e corporativas. A pesquisa ainda aponta o

33
INTERNET WORLD STATS. World internet usage and population statistics. s.d. Largura: 1440 pixels.
Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.internetworldstats.com/stats.htm>. Acesso em: 20 de Mar.de 2010
34
FELITTI, Guilherme. Brasil atingiu 66,3 milhões de internautas em 2009. 2010, [online]. Disponível em:
http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/02/10/brasil-atingiu-66-3-milhoes-de-internautas-ativos-em-2009/.
Acesso em: 17 Jan. 2010
34

brasileiro como líder em número de horas mensais navegadas na internet, (44 horas), ficando
a frente de países como Estados Unidos, Austrália e França.
A pesquisa também aponta os conteúdos que geram mais interesse dos brasileiros na
internet. Em primeiro lugar ficam os acessos á e-mails, downloads e serviços de mensagem
instantânea (34,58 milhões), com cerca de 9 horas mensais online. Em segundo lugar, ficam
os buscadores, comunidades e portais, incluem-se nessa categoria também as redes sociais
(Orkut, Facebook.), além de plataformas de blogs (blogspot e wordpress) com 34,51 milhões
de internautas, passando em média 6 horas e 43 minutos mensais online.
Em terceiro lugar, a categoria entretenimento que engloba sites de vídeos (youtube e
vídeos em sites), com 31,6 milhões de internautas, passando em média 4horas e 55 minutos
mensais online.

3.3 Brasileiros nas Redes Sociais

Conhecer o comportamento dos brasileiros nas redes sociais na internet é importante


para o desenvolvimento do estudo. Várias pesquisas são publicadas, pois o assunto tem se
tornado amplamente discutido. No Brasil as redes sociais têm crescido com grande
velocidade, por isso tem se tornado objeto de estudo interessante para muitas organizações e
institutos. O IBOPE (instituto brasileiro de opinião pública e estatística), em 2009 publicou
um estudo35 chamado Conectimídia. Onde faz um levantamento de dados sobre o
comportamento midiático dos brasileiros com relação às novas mídias e a convergência.
De acordo com a pesquisa, a internet, as novas tecnologias e a convergência das
mídias possibilitam ainda mais a conectividade das pessoas. Isso revela que os usuários estão
atingindo um patamar de participação nunca antes imaginado.

As personagens dessa nova história interagem, produzem conteúdo, intervém e


opinam com muito mais vigor e velocidade sobre os fatos e acontecimentos. Há
maior voracidade na busca de informação e entretenimento. (IBOPE NIELSEN,
2009, p.1).

Segundo a pesquisa, o consumo de mídia acontece na maioria das vezes de maneira


exclusiva (82%), ou seja, consome uma mídia de cada vez, como, por exemplo, assistir TV.
Porém, dentro dos 18% que declaram consumir mídias simultaneamente existem alguma
situações peculiares, como é o caso da TV e da internet.

35
IBOPE. Conectmídia. 2009, [online]. Disponível em:
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=h
ome_materia&db=caldb&docid=DF1CAE890B4D16F88325746D00604588-. Acesso em: 22 Nov. 2009
35

Cerca de 27% dos entrevistados da pesquisa declaram que assistem TV e ao mesmo


tempo acessam internet, portanto recebendo informações de mídias diferentes ao mesmo
tempo, nesse número se destaca a população jovem, (entre 18 e 24 anos). Já a população
adulta (25 a 34 anos) declara priorizar a qualidade da informação independente do local,
caracterizando-se principalmente por consumir mídia impressa e televisão, por exemplo,
lendo jornal e assistindo TV (26%). A pesquisa ainda mostra que os jovens estão cada vez
mais fazendo downloads de filmes e séries. E 45% declaram ter esse hábito.
O Brasil é o país que mais usa redes sociais no mundo, segundo a
Ibope/NetRankings36. Até maio de 2008 eram cerca de 20,6 milhões de pessoas por mês
acessando redes sociais no Brasil, correspondendo a 90% dos usuários que acessam á internet
mensalmente.

Este crescimento acentuado das redes sociais no Brasil e a influência que elas
exercem sobre os usuários que são também consumidores, ainda não são
amplamente conhecidos pelas corporações. Pelo que temos observado ao longo dos
últimos meses, conhecer bem essas redes sociais e aprender como fazer parte delas
não apenas previne eventuais crises ou problemas de imagem das empresas, como
também as aproxima de seus públicos, funcionando como uma valiosa ferramenta
estratégica. (MAGALHÃES,s.d, online37).

Segundo a pesquisa Conectmídia do IBOPE, o sucesso das redes sociais no Brasil se


dá pela curiosidade das pessoas que se traduz em um efeito viral, o estudo ainda mostra que o
Twitter apresentou um crescimento superior a 280% dos internautas residenciais entre junho
de 2008 e junho de 2009. O Brasil é o primeiro país em penetração no serviço e também são
os que passam mais tempo no Twitter.
O Brasil possui cerca de 68 milhões de pessoas conectadas á internet e segundo a
Ibope Nielsen, desse número cerca de 80% declarou participar de alguma rede social, visitar
sites de relacionamento ou blogs:

O país do futebol pode também ser considerado a nação das redes sociais. É o que
sugere o último relatório da Nielsen Online, que diz que 80% dos internautas

36
, IBOPE. Conectmídia. 2009, [online]. Disponível em:
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=h
ome_materia&db=caldb&docid=DF1CAE890B4D16F88325746D00604588-. Acesso em: 22 Nov. 2009.
36

brasileiros visitou redes de relacionamento e blogs ao longo de 2008. (PAVARIN,


2009, online38).

Já a pesquisa do Conectmídia, mostra que 45% dos entrevistados declaram que as


redes sociais fazem parte de sua rotina. 52% dos entrevistados declaram que acessam
comunidades virtuais ou redes de relacionamento e 41% cria ou mantém alguma comunidade,
ou seja, trata-se de uma audiência colaborativa e interativa, pessoas que acessam e interagem.
É importante ressaltar que na pesquisa do Conectmídia são levadas em consideração pessoas
que participam frequentemente de redes sociais.

Sites de relacionamento são os que mais crescem em número de visitações na web,


segundo a Nielsen Online, tornando-se a quarta atividade mais popular na internet,
ultrapassando até mesmo o serviço de e-mail. O crescimento de redes sociais e blogs
chega a ser duas vezes maior que os dos três primeiros colocados: busca, portais e
software para PCs. (PAVARIN, 2009, online39).

A maioria dos usuários de Redes Sociais são os jovens entre 12 a 19 anos. Os assuntos
mais comentados por eles são: celulares, eletroeletrônicos, roupas, automóveis, vida saudável
e alimentos. A pesquisa revela que quanto mais jovem, maior a preferência por
relacionamentos em redes sociais na internet, provando que as pessoas estão cada vez mais
revelando seus hábitos de consumo nas redes sociais.

O Google aponta que 57% dos internautas brasileiros entram diariamente em redes
sociais, um número acima da média mundial, que está em 31%. Na Índia, 41% dos
internautas entram todos os dias em uma rede social e nos Estados Unidos o total é
de 33%.(BRAUN; RIBEIRO, 2009, online40).

As redes sociais no Brasil fazem parte do dia-a-dia dos brasileiros e já se incorporaram


aos hábitos de consumo de informação e conteúdo.

3.4 O Orkut no Brasil

37, 38
PAVARIN. Brasil, o país que reina nas redes sociais. 2009, [online]. Disponível em:
http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-o-pais-que-reina-nas-redes-sociais-06042009-41.shl-. Acesso em:
20 Set. 2009
39
PAVARIN. Brasil, o país que reina nas redes sociais. 2009, [online]. Disponível em:
http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-o-pais-que-reina-nas-redes-sociais-06042009-41.shl-. Acesso em:
20 Set. 2009
40 41
BRAUN, Daniela; RIBEIRO Evelin. Orkut: 75% dos internautas brasileiros acessam rede social do
Google. 2009, [online]. Disponível em: http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/07/29/orkut-75-dos-internautas-
brasileiros-acessam-rede-social-do-google/. Acesso em: 20 Ago. 2009
37

Segundo a pesquisa do Ibope Nielsen (julho de 2009), a rede social com maior número
de usuários no Brasil é o Orkut. Aproximadamente 75% dos usuários de internet estão
presentes, mostrando grande representatividade na popularidade das redes sociais, a pesquisa
ainda mostra o perfil do usuário do Orkut:

Segundo a Nielsen Online, o Orkut possui 24 milhões de usuários ativos no Brasil.


Cerca de 70% dos internautas com mais de 35 anos de idade estão na rede.
Aproximadamente sete milhões de usuários são mulheres com mais de 25 anos de
idade, enquanto 6,8 milhões são homens com idade entre 25 e 49 anos.(BRAUN &
RIBEIRO, 2009, online41).

Figura 4: Dados demográficos Orkut


Fonte: ORKUT, 2010, online42

A pesquisa apresenta alguns dados com relação á frequência que os brasileiros


acessam o Orkut. 84% declaram acessar o Orkut pelo menos uma vez ao dia, enquanto destes
63% declara entrar várias vezes ao dia com inúmeros objetivos, mas principalmente para se
relacionar ou reencontrar amigos antigos.

41
BRAUN, Daniela; RIBEIRO Evelin. Orkut: 75% dos internautas brasileiros acessam rede social do
Google. 2009, [online]. Disponível em: http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/07/29/orkut-75-dos-internautas-
brasileiros-acessam-rede-social-do-google/. Acesso em: 20 Ago. 2009
42
ORKUT. Dados demográficos Orkut. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.orkut.com.br/Main#MembersAll>. Acesso em: 25 de
Jan.de 2009
38

O tempo médio mensal que os usuários do Orkut passam navegando na rede social é
de 6 horas e 40 minutos. Sendo que o tempo de permanência por acesso é de 15,7 minutos.

Questionados sobre os assuntos mais interessantes no Orkut, os mil entrevistados


(com mais de 15 anos), apontaram a preferência por fotografia (67%),
conhecimentos gerais (65%), tecnologia (65%), compras (63%) e jogos (57%). Já
quando o assunto é publicidade, os usuários preferem ver anúncios de tecnologia
(61%), mídia e entretenimento (61%), viagens (59%), empregos (59%) e
telecomunicações (59%), sem falar, é claro, em ofertas/descontos para lojas online,
que representa 71% nesta modalidade. (ALMEIDA, online 43).

Em síntese, a pesquisa do Ibope Nielsen demonstra como o Orkut é responsável pela


popularização das redes sociais no Brasil, mas sabe-se que vários usuários estão migrando ou
se inserindo em novas redes sociais, tais como o Facebook e o Twitter que demonstram como
essas ferramentas representam os hábitos desse público.

3.5 Empresas nas redes sociais

As mídias sociais tem despertado o interesse das empresas, para serem mais uma
ferramenta de comunicação e relacionamento, mas as mídias sociais ainda são pouco
conhecidas pelas empresas e muitas vezes não são utilizadas, ou simplesmente ignoradas
pelas empresas.
A associação Comercial de São Paulo (ACSP)44, realizou uma pesquisa junto a 500
empresas do estado de São Paulo concluída em Janeiro de 2010, nesta pesquisa são
demonstrados dados importantes para este estudo, pois relatam a situação localizada/regional
e também se delimita-se a pequenas empresas.
Os dados obtidos na pesquisa revelam que 17% das empresas entrevistadas possuem
cadastro em redes sociais, as mais populares são o Orkut, Twitter e Facebook, o principal
motivo que leva a utilização dessas mídias é o relacionamento com o cliente.

Uma pesquisa inédita de mapeamento da Internet, realizada para a Associação


Comercial de São Paulo (ACSP) e concluída em janeiro de 2010, mediante 500
entrevistas com gestores de empresas de todos os segmentos, em São Paulo, mostra
que 83% das empresas não têm cadastro em redes sociais, e as que o possuem,
optam principalmente por Orkut, Twitter e Facebook. A pesquisa teve como foco as
micro e pequenas empresas. (ACSP, 2010, online45).

43
ALMEIDA, Yuri. Dados sobre o Orkut no Brasil (2009). 2009, [online]. Disponível em:
http://herdeirodocaos.com/?p=406l-. Acesso em: 20 Mar. 2010
44
http://www.acsp.com.br/
45
ACSP. 17% das empresas paulistanas têm cadastro em redes sociais, aponta ACSP. 2010, [online].
Disponível em: http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html. Acesso em: 12 Mai. 2010
39

Como visto, a pesquisa da ACSP delimitou-se a pequenas empresas da região de São


Paulo, os dados demonstram que as empresas ainda estão conhecendo as redes sociais e que
alguns setores tem maior propensão á utilização das redes sociais:

Figura 5: A maioria das empresas não tem cadastro em redes sociais


Fonte: ACSP, online46.

As empresas que mais utilizam redes sociais no estado de São Paulo são as instituições
financeiras, logo em seguida as empresas de serviços (21%) e depois comércio atacadista
(17%), já o setor que menos usa redes sociais é o comércio varejista (12%).

Em relação ao porte das empresas que apresentam cadastro em redes sociais, quase
¼ das pequenas empresas o possuem. ―Embora ainda seja um número incipiente, seu
potencial é imenso. Cada vez mais, o pequeno e médio empreendedor percebe a
importância da web 2.0 para seu negócio e o retorno que pode apresentar no seu dia
a dia‖. (ACSP, 2010, online47).

46
ACSP. A maioria das empresas não tem cadastro em redes sociais. 2010. Largura: 769 pixels. Altura:
418pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html>. Acesso em: 12 de Mai 2010.
47
ACSP. 17% das empresas paulistanas têm cadastro em redes sociais, aponta ACSP. 2010, [online].
Disponível em: http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html. Acesso em: 12 Mai. 2010
40

Figura 6: Cadastro em redes sociais – por porte


Fonte: ACSP, online48.

Como é possível visualizar no gráfico, as empresas pequenas possuem mais cadastros


que as microempresas, demonstrando o interesse destas empresas em redes sociais. Com
relação às mídias sociais, Orkut, Twitter e Facebook são as mais utilizadas, tanto no setor de
serviços como no setor de comércio.

O Orkut já é velho conhecido dos brasileiros e o Twitter vem crescendo,


exponencialmente, devido à sua praticidade e rapidez‖, menciona Sandra,
destacando também o potencial do Facebook, a rede mais utilizada no mundo ―pelo
fato de sua plataforma unir ferramentas comuns ao Orkut e ao Twitter, a tendência é
que seu uso cresça ainda mais‖, considera a executiva. (ACSP, 2010, online 49).

É possível visualizar no seguinte quadro as redes sociais mais utilizadas pelas


empresas paulistanas. Em primeiro lugar está o Orkut e em último o MSN, demonstrando a
familiaridade das empresas com o Orkut, visto que isso é reflexo da popularidade do site de
relacionamentos no Brasil entre os usuários.

48
ACSP. Cadastro em redes sociais – por porte. 2010. Largura: 769 pixels. Altura: 418pixels. 96 dpi. 24 BIT
RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html>. Acesso em: 12 de Mai 2010.
49
ACSP. 17% das empresas paulistanas têm cadastro em redes sociais, aponta ACSP. 2010, [online].
Disponível em: http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html. Acesso em: 12 Mai. 2010
41

Figura 7: Comunidades sociais das empresas


Fonte: ACSP, online50.

Além de demonstrar as informações sobre as redes sociais mais utilizadas e sobre os


cadastros em mídias sociais, a pesquisa traz informações sobre para quais fins ás empresas
paulistanas tem utilizado as redes sociais em suas empresas.

O relacionamento com o cliente é visto como prioridade na utilização das


plataformas 2.0 pelas empresas, seguido do acesso a novos clientes e da busca de
informações de mercado. "abrir canais de comunicação com os clientes e o público é
fundamental para a sobrevivência das companhias, pois se elas não fazem isso, o
cliente vai procurar outros canais para expôr suas insatisfações".(ACSP, 2010,
online51).

Os principais motivos que justifiquem a utilização de redes sociais, declarados pelas


empresas entrevistadas são: para relacionamentos com clientes (64%), para ter acesso a novos
clientes (31%), para estudar sobre o mercado (18%), para buscar informações e criar novos
produtos (15%).
Além de possuírem cadastro, e justificarem o uso das redes sociais as empresas ainda
declaram se preocupar com o monitoramento do que se fala sobre seus serviços e produtos nas
redes sociais.
Apesar de poucas empresas terem seus cadastros nas redes sociais, como citado
acima, mais da metade das empresas pesquisadas, 51% já procura monitorar o que é
dito sobre elas na web. Daquelas que fazem esse monitoramento, em 61% dos casos,
isso é feito internamente por um profissional de marketing, de outra equipe ou pelo
proprietário. Isto é feito diariamente (27% dos casos) ou semanalmente (41%). No
entanto, 68% admitem não responder aos comentários feitos sobre elas nas redes
sociais", [...] ―Isso não é de todo ruim, pois, nas redes sociais é importante ter muito
cuidado e saber como atuar. Não é indicado ter uma atitude invasiva. O ideal é
monitorar e responder a alguma solicitação ou queixa diretamente ao cliente, fora da
rede, pois muitas vezes ele mesmo retorna àquela rede para fazer elogios à atuação
da empresa"".(ACSP, 2010, online52).

50
ACSP. Comunidades sociais das empresas. 2010. Largura: 769 pixels. Altura: 418pixels. 96 dpi. 24 BIT
RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html>. Acesso em: 12 de Mai 2010.
51
ACSP. 17% das empresas paulistanas têm cadastro em redes sociais, aponta ACSP. 2010, [online].
Disponível em: http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html. Acesso em: 12 Mai. 2010
52
ACSP. 17% das empresas paulistanas têm cadastro em redes sociais, aponta ACSP. 2010, [online].
Disponível em: http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html. Acesso em: 12 Mai. 2010
42

Figura 8: A empresa costuma monitorar o que é dito sobre ela em redes sociais
Fonte: ACSP, online53

Observando o gráfico percebe-se que as empresas que declaram monitorar as menções


em redes sociais em sua maioria (61%) o faz de forma manual/caseira, demonstrando a falta
de profissionais dedicados a este tipo de trabalho de comunicação, ou mesmo, demonstrando a
falta de conhecimento por parte do anunciante em procurar um analista de mídias sociais para
este tipo de trabalho.
A pesquisa ainda demonstra que o monitoramento é feito diariamente (27%),
semanalmente (41%), quinzenalmente (11%) ou mensalmente (16%), porém apesar de
monitorarem com certa periodicidade, a maioria declara não responder os comentários (68%).
Outro fator interessante que a pesquisa traz, é o interesse das empresas paulistanas no
serviço de monitoramento em redes sociais, quando perguntadas sobre este aspecto 70%
declara interesse no monitoramento.
A pesquisa feita pela ACSP tem relevância para a delimitação do presente estudo, por
prestigiar aspectos regionais, porém, a delimitação da amostragem de pesquisa é no estado de
São Paulo e mesmo sabendo que se tratam de micro e pequenas empresas, os dados não
consideram os fatores culturais dos anunciantes locais como fator determinante nos dados.

53
ACSP. A empresa costuma monitorar o que é dito sobre ela em redes sociais. 2010. Largura: 769 pixels.
Altura: 418pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.acsp.com.br/upload/nce/ligadonaacsp/23_noticia1.html>. Acesso em: 12 de Mai 2010.
43

O presente estudo se volta aos aspectos também culturais que influenciam a decisão do
anunciante regional na utilização de redes sociais como ferramenta de comunicação e por este
motivo, as entrevistas com profissionais do mercado que trabalham diariamente com este
público é fator determinante para compreender mais do anunciante regional e conhecer os
motivos que levam ou não ao uso de redes sociais.

3.6 Cases de empresas em Redes Sociais

Apesar de se tratar de uma nova mídia, que ainda está em desenvolvimento, algumas
empresas já tem utilizado as mídias sociais como ferramenta de comunicação e
relacionamento, para compreender como essas empresas têm utilizado essas mídias é
necessário conhecer relatos demonstrados em forma de cases.

3.6.1 Camiseteria

O Camiseteria54 é um site de e-commerce (comércio eletrônico) voltado à venda de


camisetas personalizadas. A ideia de vender camisetas online surgiu a partir de um molde
similar, quando o designer e atual sócio do Camiseteria, Rodrigo David participou de um
concurso lançado pelo site Threadless (www.threadless.com) em 2004.
Através de uma pesquisa realizada pelos próprios idealizadores do site, 80% das
pessoas entrevistadas diziam não gostar da ideia de adquirir camisetas pela Internet. Porém,
mesmo assim, após um ano, em agosto de 2005, Rodrigo David e seu amigo Fábio Seixas
(programador e webdesigner) colocavam no ar a loja virtual Camiseteria. Apostando na
eficiência da interação da web 2.0, para conquistar seus clientes.
Para financiar o empreendimento, Fábio e Rodrigo criaram o que chamaram de ―Clube
Vip‖. Ofereciam para os seus amigos as camisetas que ainda não existiam. Vendiam seis
camisetas pelo preço de três. Assim, conseguiram vender 230 kits e adquiriram o valor que
necessitavam. Os dois na época, trabalhavam no portal Ibest55 e nas horas em que não
estavam trabalhando, tiravam os pedidos e entregavam as encomendas.

• Comunidade virtual Camiseteria: Tudo começa na Comunidade Virtual do Camiseteria,


onde o internauta é convidado a desenvolver estampas que podem ser criadas nos programas:

54
www.camiseteria.com.br
55
http://www.ibest.com.br/
44

Corel Draw, Adobe Illustrator, Freehand ou outro. A partir disso, outros usuários do site
podem votar na estampa, que fica a disposição por 10 dias, o próprio designer pode divulgar
para seus amigos o site, aumentando as votações e as chances de ganhar. O que torna o
usuário a melhor forma de divulgação. Assim, os melhores layouts posicionados no ranking,
se transformam em camisetas de alta qualidade e acabamento produzidas por uma empresa
terceirizada e vão para a loja virtual a cada 15 dias. O autor da estampa escolhida recebe um
valor de R$ 600,00 reais em dinheiro, ganha créditos no site e tem o seu trabalho divulgado.
Assim, o cliente deixa de ser apenas consumidor e passa a ser um colaborador e evangelista
da marca.
Ambos se mostram satisfeitos, desde quem cria a estampa, quem compra, quem
divulga o site ou quem manda fotos usando alguma camiseta do Camiseteria. Com estas
abordagens sociais, se a foto for aprovada, o usuário ganhará R$ 2,00 reais para a próxima
compra, além de ver sua foto publicada no site.
O atendimento diferenciado faz parte da política do Camiseteria, como por exemplo, à
entrega das camisetas são realizadas em embalagens com estampas criadas pelo site, trazendo
em seu interior, juntamente com o produto, balas que também estão em embalagens
personalizadas pelo Camiseteria, presenteando o consumidor com exclusividade.
A loja virtual tem em seus arquivos mais de 15 mil estampas recebidas, possuí 70 mil
usuários cadastrados, sendo destes 30 mil ativos, tendo a idade média de 22 anos, vendendo
por mês 2,5 mil camisetas, cada uma no valor de R$ 55,00 faturando por ano mais de 1
milhão de reais. Em pouco tempo, obtiveram o sucesso que muitas empresas buscam
atualmente nas mídias sociais para potencializar seus negócios. O que torna a Camiseteria a
maior loja de camisetas online do Brasil e o segundo melhor site de e-commerce, ficando a
frente de grandes empresas como as Lojas Americanas e Shop Time. Já premiando R$
300.000,00 reais em estampas vencedoras.
O sucesso da Camiseteria deriva de seu posicionamento, inovação e de marketing.
Porém, existe algo maior, o seu canal de venda, a internet. Além de permitir a venda, a
internet divulga ao mesmo tempo. Pois quem expõe seus produtos na internet, pode vender
para o mundo inteiro. Tendo então, uma mídia espontânea de divulgação.

A Internet é por natureza um canal inovador e que muita gente do meio empresarial
ainda não utiliza. O que os sócios do Camiseteria fizeram foi um mandamento de
marketing: seja o primeiro na sua categoria ou crie uma categoria na qual seja o
primeiro. Optaram por inovar por meio do canal de distribuição. (OLIVEIRA, 2007,
p. 51).
45

• Blog Camiseteria: Através da internet, o Camiseteria utiliza as mídias sociais para divulgar
o serviço, expandir as vendas, ganhar clientes e criar no consumidor a satisfação de poder
fazer parte desta marca. O blog do Camiseteria é hospedado dentro do próprio site, através
dele o consumidor possui acesso às novas estampas, informações e últimas notícias da loja,
podendo deixar seu comentário sobre cada notícia postada. Também através do blog, usuários
podem se comunicar com outros usuários.

Figura 9: Blog camiseteria


Fonte: CAMISETERIA, online56.

• Twitter: O Twitter do Camiseteria possui hoje mais de 45 mil seguidores, se definem por
―Somos loucos por camisetas‖ e lá, o consumidor poderá tirar suas dúvidas, dar sugestões, ter
acesso às futuras promoções, receber informações de lançamentos, reedições, promoções,
sorteios e ainda poderá assinar o conteúdo para receber estas informações pelo celular ou e-
mail.

56
CAMISETERIA. Blog Camiseteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < www,camiseteria.com/blog >. Acesso em: 25 de Jan.de 2010
46

Figura 10: Twitter camiseteria


Fonte: TWITTER, online57

• Orkut e Facebook: As comunidades em sites de relacionamento, como por exemplo, o


Orkut, foi criada em agosto de 2009 e possuí mais de três mil membros. Lá, é possível discutir
nos fóruns, o que será tendência, saber quais serão os lançamentos da semana e quais
camisetas serão reeditadas, promoções, concursos etc.

Figura 11: Orkut camiseteria


Fonte: ORKUT, online58

57
TWITTER. Twitter Camiseteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < www.twitter.com/camiseteria>. Acesso em: 25 de Jan.de 2010
47

A Camiseteria usa o Facebook para também divulgar seus lançamentos, promoções,


sorteios, reedições, assim como nas outras ferramentas. Compartilham os vídeos de sorteios,
fotos de seus fãs sendo que possuem mais de 21 mil deles.

Figura 12: Facebook camiseteria


Fonte: FACEBOOK, online59.

No site do Camiseteria é possível acompanhar os updates da marca no Twitter através


da sessão twitteria. Funciona como uma ferramenta aplicada ao negócio, para testar novos
produtos e expandir negócios. O usuário passa a ser o centro das atenções, então, prêmios são
sorteados a cada mês.

Figura 13: Twitteria


Fonte: CAMISETERIA, online60.

58
ORKUT. Orkut Camiseteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=93246035>. Acesso em: 25
de Jan.de 2009.
59
FACEBOOK. Facebook camiseteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.facebook.com/photo.php?pid=332417&id=100000054946561#!/camiseteria?ref=search&sid=15966
52910.2733693831..1>. Acesso em: 25 de Jan.de 2009
48

• Flickr: O e-commerce utiliza o Flickr para divulgar os seus lançamentos da semana, assim
como as outras redes sociais, contribuindo para o crescimento do Camiseteria.

Figura 14: Flickr camiseteria


Fonte: FLICKR, online61.

O Camiseteria também investe em patrocínios, programas de fidelidade, links


patrocinados e parcerias como por exemplo a Brastemp e O Boticário, onde o usuário é
convidado a desenvolver estampas para estas marcas.

3.6.2 Tecnisa

A Tecnisa é uma construtora brasileira localizada em São Paulo com mais de 30 anos
(1977) no mercado de construção civil brasileiro, é considerada uma das maiores construtoras
do Brasil, é especializada em empreendimentos residenciais.

Em 22 de setembro de 1977, o então estudante de engenharia civil da Politécnica da


USP, Meyer Joseph Nigri, criou a Tecnisa Engenharia com o sonho de se
transformar em uma grande construtora e incorporadora no segmento da construção
residencial brasileira.(TECNISA, s.d, online62).

60
CAMISETERIA. Twitteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < www,camiseteria.com/twitteria >. Acesso em: 25 de Jan.de 2010
61
FLICKR. Flickr camiseteria. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.flickr.com/photos/camiseteria/>. Acesso em: 25 de Jan.de 2009
62
TECNISA. Apresentação e História s.d, [online]. Disponível em: http://www.tecnisa.com.br/institucional-
historia.html Acesso em: 20 Abr. 2010
49

Já existem mais de 80 obras entregues pela Tecnisa num total superior a 8000
unidades de moradias para os brasileiros, a empresa se identifica como inovadora e buscando
sempre novos desafios apoiada no conhecimento e qualidade dos profissionais de sua equipe.
A Tecnisa percebeu que o consumidor estava utilizando novas formas de
relacionamento e comunicação e mesmo sabendo que muitos clientes ainda não abriam mão
de estar ―fisicamente‖ na obra durante o estágio de construção, perceberam que o público da
empresa estava inserido numa realidade de comunicação na internet.
Analisando essa perspectiva de comunicação, priorizando o relacionamento entre
marca e público e sempre preocupada com a inovação a partir de 2000 começou a pensar
estratégias de comunicação online.
Em 2000 a Tecnisa foi a primeira empresa do segmento imobiliário a realizar a venda
de um empreendimento pela internet, nesse período a empresa criou sua primeira equipe de
corretores online, sendo pioneira neste aspecto também.
Também foi a primeira empresa de construção civil (julho de 2006) a ter um blog
corporativo e foi reconhecida pela Google por ser a empresa brasileira do ramo imobiliários
que obteve os melhores resultados de otimização na utilização de links patrocinados 63 no
Brasil.
Também foi pioneira no vídeo atendimento e no atendimento 24 horas online para
futuros clientes. Em 2005 a Tecnisa reformulou seu site para fazê-lo mais uma ferramenta de
comunicação e relacionamento com os clientes, procurando proporcionar uma navegação
agradável e a produção de conteúdo interativo.
O blog corporativo da Tecnisa foi criado em julho de 2006, nesse mesmo ano criaram
os podcasts da empresa que eram postados no site além de uma área destinada para
acadêmicos onde são postadas informações e cases da Tecnisa.

As inovações principais na área de comunicação e Marketing iniciaram-se com a


renovação do website, em 2005. Os objetivos eram manter a facilidade de navegação
e riqueza de conteúdos da versão anterior, lançado em Fevereiro de 2002, porém
com a inclusão de novos elementos e, principalmente, buscando melhorias
contínuas.(BUSARELLO, s.d, online 64).

63
* Quando as pessoas pesquisarem no Google usando uma de suas palavras-chave, seu anúncio poderá ser
exibido próximo aos resultados de pesquisa. Agora você anuncia para um público-alvo que já está interessado
em você. // Disponível em: https://www.google.com/accounts/ServiceLogin?service=adwords&cd=BR&hl=pt-
BR&ltmpl=adwords&passive=false&ifr=false&alwf=true&continue=https%3A%2F%2Fadwords.google.com.br
%2Fselect%2Fgaiaauth%3Fapt%3DNone%26ugl%3Dtrue&sourceid=awo&subid=br-pt_br-ha-bk_001
64
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
50

Em 2006 estava em forte crescimento o uso de blogs e redes sociais no Brasil e a


Tecnisa soube utilizar este recurso no momento adequado, a principal ideia era melhorar o
relacionamento utilizando novas mídias.
As estratégias utilizadas pela Tecnisa foram de aperfeiçoar os recursos e ferramentas
em mídias sociais para melhorar o relacionamento com os clientes aumentando a proximidade
com os mesmos. As estratégias utilizadas foram:

• A digitalização da comunicação e da venda: Um dos princípios da Tecnisa é a cultura da


inovação, a marca é norteada por esse valor em todos os seus aspectos, seja na preocupação
social ou na criação de novos empreendimentos específicos para determinados nichos de
mercado. A internet acabou sendo vista pela Tecnisa como um ponto de venda, com isso a
presença da Tecnisa internet não se detém apenas a divulgação, deve ser acima de tudo um
espaço de interação entre consumidor e empresa e por consequência de venda.

• Site Corporativo: O site corporativo não é novidade, mas a cultura da inovação proposta
pela Tecnisa fez com que surgisse um portal interativo onde as pessoas poderiam navegar de
forma simples e direta, disponibilizando informações completas dos imóveis e atendimento 24
horas por dia.

Assim, em 2008, a TECNISA reformulou seu site visando melhorar a experiência do


usuário com os produtos, aumentar a interatividade e implementar um nível de
inteligência de ofertas que se adequasse a qualquer necessidade do usuário durante o
processo de busca de imóveis dentro de uma navegação simples e direta.
(BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2007, online65).

O atendimento foi um ponto determinante no novo site da Tecnisa, além de


disponibilizar atendentes 24horas online (chat), a Tecnisa também se preocupou com a
velocidade nas respostas de e-mails em no máximo 15 minutos os e-mails eram respondidos,
também é possível através do site agendar visitas pessoais de vendedores e aos
empreendimentos.

65
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
51

Um dos pontos mais importantes do site é a simples arquitetura de navegação aliada


a um layout atrativo, que instigue e encoraje o usuário a obter mais informações
sobre o produto. Pode-se chegar a qualquer ponto do site com, no máximo, três
cliques. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2007, online66).

Aspectos como usabilidade e facilidade de navegação foram prestigiados o que


possibilita aperfeiçoamento da navegação do site além de facilidade na busca de informações.

Figura 15: Site Tecnisa


Fonte: TECNISA, s.d, online67.

Com relação às informações dos produtos a Tecnisa teve uma preocupação em


enriquecer de detalhes e conteúdos as informações, permitindo que o usuário encontrasse o
maior número de informações do produto, para isso a Tecnisa uniu ferramentas de navegação
e informação.

As páginas dos produtos também foram remodeladas, de forma que imagens do


empreendimento e do bairro, plantas dos projetos, vídeos descritivos e tabelas de
preço ganhassem destaque diretamente no carregamento, organizando e
aprofundando a quantidade de informações passadas. Incluiu-se também, com
destaque, o mapa da região, para que o usuário conheça detalhadamente o bairro e
sua estrutura. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2007, online68).

66
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
67
TECNISA. Site Tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.tecnisa.com.br>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
68
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
52

• Blog Corporativo69: A Tecnisa foi à primeira empresa brasileira do ramo de construção


civil a criar um blog corporativo, empresas americanas na época já utilizavam bastante, mas
nos Brasil se tratava de algo relativamente novo.

Figura 16: Blog Tecnisa


Fonte: TECNISA, s.d, online70.

Já nos primeiros posts foi possível notar que o blog era um excelente canal de
questionamento para os consumidores. A TECNISA sempre soube disso e desde o
começo adotou uma política de transparência e prioridade nas respostas aos
internautas. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2007, online 71).

Assim que alguém comenta no blog, os administradores recebem uma mensagem de


texto (SMS) no celular e também um e-mail para que possam acompanhar e responder o mais
breve possível, a moderação segue um código de conduta72 que está publicado no próprio site
e apenas comentários de ofensa gratuita são excluídos. Críticas à empresa são publicadas e
respondidas o mais breve possível.

69
TECNISA. Site Tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.blogtecnisa.com.br/>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
70
TECNISA. Blog tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.blogtecnisa.com.br/>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
71
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
72
TECNISA. Código de conduta, s.d [online]. Disponível em: < www.blogtecnisa.com.br/codigo-de-conduta-
2/> Acesso em: 20 Abr. 2010
53

O propósito do blog é demonstrar a transparência empresarial, elevando o nível de


governança corporativa, da relevância da marca, sua exposição e a relação que ela
cria com os stakeholders. O compromisso da empresa é responder com agilidade,
sendo que o maior desafio é o envolvimento de todos na empresa. Portanto, é
imprescindível haver uma boa comunicação entre os departamentos e é importante
que todos os colaboradores participem da elaboração do conteúdo. (BORGHERESI,
BUSARELLO E REIS, 2007, online 73).

Os conteúdos do blog envolvem desde informações sobre os empreendimentos, e


imóveis bem como sobre todo o processo de compra. A criação do blog corporativo da
Tecnisa trouxe benefícios importantes para a marca, Segundo Busarello 2009 o blog permitiu
o reforço de posicionamento de bens intangíveis, relacionamento com os clientes e parceiros,
visibilidade e modernização da marca, além de avanço da politica de transparência e
governança corporativa.
Além dos resultados obtidos institucionalmente, foi possível obter resultados
estatísticos, mensurados através de métricas de acesso:
Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Total Geral de páginas visitadas 3.369 7.090 7.193 23.444 33.066 43.478 49.371 167.011
Média geral de páginas visitadas (dia) 108 236 232 756 1.102 1403 1.646 783
Média de páginas visitadas (visitas) 2,65 1,79 1.80 2.86 3.23 3.56 4.54 3.29
Tempo médio de visitas 15'29" 11'22" 11'47" 2'47" 4'00" 5'05" 5'41" 7'40"
Média geral de visitas dia 1273 3,964 3.997 8.202 10.238 12.210 10.880 50.764
Total geral de visitantes únicos 41 132 128 264 341 394 363 255
Total geral visitantes novos 284 (22%) 2.511(63%) 2.438 (61%)
Total geral visitantes que retornaram 236 2.344 2.217
Artigos postados 48 167 221
Comentários 3 8 8 15 6 8 9 57
6 18 15 26 17 37 22 141
Período: maio a novembro de 2006
Quadro 1: Acessos ao site Tecnisa
Fonte: TECNISA

• Busca e Links patrocinados74: Dentro do plano de estratégias da Tecnisa na web 2.0, foi
prestigiada ação de links patrocinados no Google, site mais conhecido na área de buscas e
serviços na web. O Google possui um sistema de links patrocinados onde as empresas, ou

73
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
74
Acesso em: http://www.blogtecnisa.com.br
54

pessoas, compram palavras chave por um determinado tempo e garantem que o site seja
disponibilizado nos primeiros resultados de busca do Google.
A Tecnisa foi reconhecida pela própria Google como empresa que melhor soube
otimizar o uso de links patrocinados no Brasil.

A Tecnisa, uma das maiores construtoras e incorporadoras do Brasil, enfrentou um


desafio em 2005. Precisava aumentar significativamente a audiência de seu portal
(www.tecnisa.com.br) e, conseqüentemente, o número de cadastros efetuados pelos
visitantes. No entanto, a empresa não possuía orçamento extra e precisava otimizar
os recursos já investidos.
O plano de ação desenvolvido pela Tecnisa e a Mídia Digital (agência full service de
Internet que teve papel fundamental na formulação estratégica e tática das ações
praticadas) incluiu o uso da plataforma de links patrocinados do Google, o
AdWords. Com uma composição de 16 mil palavras-chave, sempre que um usuário
inseria uma dessas palavras registradas, o Google automaticamente mostrava o link
patrocinado da Tecnisa. Ao todo foram 30 mil anúncios.(TECNISA, s.d, online75).

A empresa comprava palavras chave a um custo relativamente baixo e quando o


usuário utilizava o site de busca a procura de determinados termos encontrava nas primeiras
respostas o link para o site da Tecnisa, a abordagem tomada pela empresa foi relativa à
produção de conteúdo, por exemplo, ao invés de comprar as palavras: ―apartamento‖,
―construtora‖ ou ―imóvel‖ a empresa comprou palavras relacionadas a termos encontrados
nos conteúdos de suas postagens.

Em 16/10/2006 escrevemos um texto sobre: ―Mais Maquiavél e menos Porter‖,


compramos a palavra Maquiavel e príncipe nos links patrocinados e obtivemos 80
mil impressões e 2 mil visitas ao blog por um custo de R$100,00 em 1 mês.
(TECNISA, 2006, online76).

• Mapas: Localização é um fator determinante na compra de um imóvel fator de interesse dos


clientes, pois sempre procuram locais próximo ao trabalho, a escola que não tenha um trânsito
ruim, enfim é um fator decisivo na hora de comprar o imóvel. A Tecnisa pensando sobre
como esse aspecto é importante criou uma estratégia de mapas em sua comunicação online,
disponibilizando mapas do GoogleMaps77 e integrando também com o GoogleEarth78 no site.

75
BUSARELLO, Romeo Deon. Case Tecnisa Google, 2006, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/case_tecnisa_google > Acesso em: 20 Abr. 2010
76
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
3Abr. 2010
77
O Google Maps é um serviço de mapas que podem ser visualizados em seu navegador da web. Dependendo do
seu local, você pode visualizar mapas básicos ou comuns e informações sobre empresas locais, incluindo sua
localização, informações de contato e rotas.
78
O Google Earth permite-lhe voar para qualquer local na Terra para ver imagens de satélite, mapas, terreno
edifícios em 3D, desde galáxias no espaço até aos desfiladeiros dos oceanos. Poderá explorar conteúdo
55

A atuação em mapas vem justamente para facilitar o acesso a informações dos


empreendimentos, contextualizando com a região. Além disso, tem outras duas
vantagens: amplia a comunicação na região de forma diferenciada (já que há muitas
restrições de modelos tradicionais de comunicação na rua devido à Lei da Cidade
Limpa) e otimiza o tempo das pessoas na busca por opções de compra e estudo da
região. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2007, online79).

Figura 17: Google maps, Tecnisa


Fonte: GOOGLE MAPS, s.d, online80

Além de conhecer melhor a região onde o futuro morador poderia adquirir um imóvel
o uso dos mapas como apoio na escolha de compra pode ajudar na escolha de rotas,
facilitando a visita do cliente ao ponto da cidade onde o imóvel está localizado, podendo ver o
comércio e serviços da região.

• Celulares e SMS: Além de diversas ferramentas utilizadas para se relacionar com o


cliente, a Tecnisa também utiliza o SMS para celulares enviando informações periodicamente
para seus clientes, além de parabenizando pelo aniversário, agradecendo à visita a obra.
Com o crescimento do número de smartphones no Brasil e também percebendo a
empatia do brasileiro por aplicativos sociais, a Tecnisa criou um aplicativo para ser utilizado
no Iphone.

geográfico complexo, guardar os locais visitados e partilhá-los com outros utilizadores. // disponível em:
http://earth.google.com/intl/pt/ // acesso em: 3 de abril de 2010.
79
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
80
GOOGLE MAPS. Google maps tecnisa s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
http://www.google.com/maps?f=q&hl=en&geocode=&q=http:%2F%2Fwww.tecnisa.com.br%2Fgoogle-earth-
residencial-apartamento-jardim%2Banalia%2Bfranco-sao%2Bpaulo-serenita.kml&mrt=kmlkmz&ie=UTF8&ll=-
23.504811,-46.638336&spn=0.841236,1.186523&source=embed
>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
56

Figura 18: Aplicativo Tecnisa para Iphone


Fonte: TECNISA, s.d, online81

Através do aplicativo é possível encontrar obras que estão em construção, pesquisar as


localizações ver imagens das obras e conhecer mais sobre os produtos da Tecnisa.

• Redes Sociais: As redes sociais são as principais ferramentas utilizadas na web para
fomentar o marketing de relacionamento com os clientes Tecnisa, para isso, numa estratégia
pioneira e inovadora no Brasil a Tecnisa investiu em estratégias, planejamento e mensuração
em redes sociais utilizando várias mídias disponíveis na internet. A seguir serão relatadas as
estratégias em redes sociais utilizadas pela Tecnisa:

81
TECNISA. Aplicativo Tecnisa para Iphone. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT
RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.tecnisa.com.br/lp-iphone.html>. Acesso em: 20 de
Mai 2010.
57

Figura 19: Perfil tecnisa "me adiciona"


Fonte: ME ADICIONA, s.d, online82

• Flickr: A Tecnisa usa o Flickr para postar imagens de seus empreendimentos e para que os
clientes pudessem acompanhar os estágios das obras, além de poderem comentar as imagens e
interagir com a marca.

Figura 20: Flickr Tecnisa


Fonte: FLICKR, s.d, online83.

82
MEADICIONA. Perfil tecnisa "me adiciona". s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT
RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: < http://meadiciona.com/tecnisa>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
58

• Twitter: O perfil da Tecnisa foi criado em 20 de fevereiro de 2008 e foi utilizado no começo
para divulgação de empreendimentos, de acordo com o crescimento de seguidores passou
também a ser utilizado como mais um canal de relacionamento para sanar dúvidas e atender
os clientes.

Figura 21: Twitter Tecnisa


Fonte: TWITTER, s.d, online84

O Twitter disponibiliza informações em tempo real e logo a Tecnisa adquiriu muitos


seguidores destes alguns são considerados Trendsetters ou formadores de opinião o que foi
um ponto importante para a Tecnisa para o seu posicionamento em redes sociais. Hoje a
empresas conta com 4.913 seguidores.
Observando que os seguidores da Tecnisa se mostravam mais interessados em
adquirir imóveis. A empresa lançou uma promoção específica para usuários de redes sociais,
com um desconto específico para esses clientes.

83
FLICKR. Flickr Tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.flickr.com/photos/tecnisa/>. Acesso em: 3 de Mai 2010.
84
MEADICIONA. Perfil tecnisa "me adiciona". s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT
RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: < http://meadiciona.com/tecnisa>. Acesso em: 24 de Mai 2010.
59

Figura 22: Promoção tecnisa em redes sociais


Fonte: TECNISA, s.d, online85.

Durante a promoção 27 possíveis compradores se interessaram pela promoção, destes


3 iniciaram a negociação, 1 desistiu, 1 permaneceu em negociação e 1 efetivou a compra de
um imóvel Tecnisa (Verana, localizado no Alto da Lapa, São Paulo), o comprador era
seguidor da Tecnisa no Twitter e se interessou pela promoção através do próprio twitter.
Como é possível visualizar no gráfico, a promoção obteve um pico de acessos no dia
27 de abril de 2009 (dia do lançamento) e a maioria dos acessos foram provenientes do
Twitter, demonstrando que a ferramenta foi um importante canal de divulgação, tanto que o
comprador foi um seguidor da Tecnisa no Twitter.

Figura 23: Painel Google Analytics Tecnisa


Fonte: TECNISA, s.d, online86.

85
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
86
BUSARELLO, Romeo Deon. Prêmio B2B 2007, 2007, [online]. Disponível em:
<http://www.tecnisa.com.br/arquivos/trabalhosacademicos/B2B_2007_Case_Web_20_Tecnisa.pdf> Acesso em:
20 Abr. 2010
60

O cliente que comprou o imóvel da Tecnisa soube da promoção através do Twitter, segundo a
empresa ―Roberto N‖ seguia a Tecnisa desde 29 de janeiro de 2009. O resultado que a Tecnisa obteve
foi à venda de uma unidade de R$ 500.000,00, mais de 140 retwitts sobre a venda em 24hs e mais de
100 novos followers nas primeiras 5 horas.
Além do venda em si a Tecnisa obteve repercussão dentro do Twitter, além dos seguidores
outras pessoas divulgaram o acontecimento, promovendo assim discussão na internet e em diversos
blogs.

• Slideshare

Figura 24: Slideshare Tecnisa


Fonte: SLIDESHARE, s.d, online87

Para cada empreendimento da Tecnisa é disponibilizado uma apresentação em powerpoint no


site (www.slideshare.net) onde os clientes poderiam baixar os arquivos, comentar as apresentações, e
esclarecer mais informações sobre o produto, com o objetivo de esclarecer ainda mais as informações
que já eram disponibilizadas no site da Tecnisa.

• Youtube: O Youtube é fenômeno no mundo e no Brasil e através dele são disponibilizados


vídeos amadores ou profissionais por qualquer usuário cadastrado no site. A Tecnisa utilizou
o site como ferramenta de informação, divulgação e relacionamento com os usuários.

87
SLIDESHARE. Slideshare tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.slideshare.net/tecnisa>. Acesso em: 30 de mai.de 2010
61

Figura 25: Youtube Tecnisa


Fonte: YOUTUBE, s.d, online88

Em seu canal no Youtube a Tecnisa disponibiliza vídeos institucionais, informativos e


sobre os seus produtos para que sejam vistos por todos os usuários onde também, podem
interagir, perguntar e comentar.

• Facebook e Orkut: Sabendo do crescimento do Facebook no Brasil e também da grande


inserção dos brasileiros no Orkut, a Tecnisa decidiu se inserir nestas mídias sociais como
forma de criar mais um canal de discussão e relacionamento com seus clientes.

Figura 26: Facebook Tecnisa


Fonte: FACEBOOK, s.d, online89

88
YOUTUBE. Youtube Tecnisa. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.youtube.com/tecnisa>. Acesso em: 30 de mai.de 2010
62

Com o objetivo de fortalecer a comunicação e a interatividade com os clientes, a


Tecnisa iniciou também ações em sites de comunidades e de relacionamento como o
Facebook e o Orkut. Desta forma, os stakeholders podem ficar mais próximos e
atualizados sobre o que a TECNISA está fazendo, além de orientar a comunicação
para nichos. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2009, p. 18).

Criando uma comunicação com os nichos de seus produtos interagindo com os


usuários, e monitorando as discussões a cerca da marca e das necessidades dos clientes.

• Resultados para a Tecnisa: Além dos expressivos resultados em números a Tecnisa


demonstra que seus resultados vão muito além de estatísticas. O capital social da Tecnisa em
redes sociais se tornou um forte aliado e positivo na efetivação de vendas.
Através de uma cultura da inovação calçada em princípios de relacionamento com o
cliente e rapidez a Tecnisa conseguiu se destacar no ramo imobiliário e de construção civil.
As mídias sociais fazem parte de um planejamento maior que envolve acima de tudo a
satisfação do cliente de forma individual.

A internet permitiu que a TECNISA tivesse um canal aberto, ágil e direto com os
clientes, de forma que eles têm a segurança de que serão atendidos com qualidade.
Apenas para se ter uma idéia é possível agendar a visita à obra do produto que
adquiriu diretamente pelo site, a confirmação vem de forma eletrônica e, na medida
em que a data se aproxima, o cliente ainda recebe uma mensagem de texto no seu
celular apenas para lembrá-lo do compromisso e com orientações para chegar ao
empreendimento. (BORGHERESI, BUSARELLO E REIS, 2009, p. 18).

Se um cliente estiver satisfeito ele será uma potencial maneira de divulgar a empresa.
Em conversa obtida com o gerente de redes sociais Roberto Aloureiro, foi esclarecido que as
mídias sociais são ―um boca-a-boa amplificado‖ as pessoas estão falando do que gostam,
consomem, aprovam ou desaprovam nas redes sociais e é de suma importância a inserção das
marcas nestes espaços como forma de interagir, mensurar e principalmente se relacionar com
os usuários.
As mídias sociais aliadas à utilização de ferramentas convencionais na internet como
os e-mails marketing e também os informativos online, possibilita uma segurança nos
compradores e maiores informações sobre o estágio da obra.

89
FACEBOOK. Facebbok Tecnisa s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.facebook.com/pages/Tecnisa-Mais-construtora-por-
m2/46904134466?ref=ts>. Acesso em: 30 de mai.de 2010
63

3.6.3 Fiat

A Fiat é uma empresa multinacional fabricante de veículos de origem italiana, está no


Brasil desde 1976. Hoje a Fiat é uma das principais montadoras de veículos no mundo e no
Brasil lidera o ranking entre as marcas que mais vendem veículos no Brasil. Segundo dados
da ANFAVEA90 (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), até Abril
de 2010 a Fiat permanecia líder de vendas.

A Fiat Automóveis foi à líder de vendas de carros novos agora no mês de Março
com 64.469 carros emplacados, 24,7% dos emplacamentos de automóveis e veículos
comerciais leves de todo o País foram carros Fiat quase ¼ dos carros emplacados
em todo território nacional, os dados são do Registro Nacional de Veículos
Automotores ―Renavam‖, e foram divulgados através da Anfavea.(SITE DE
CARRO, s.d, online91).

A Fiat se declara uma empresa inovadora e pioneira e a cada ano supera seus níveis de
vendas em relação aos anos anteriores, além disso, é uma empresa preocupada com projetos
sociais e prioriza a opinião do consumidor ao fabricar um veículo.

A Fiat Automóveis prega a constante adoção de práticas de gestão que a colocam


como sinônimo de excelência e orgulho entre seus clientes, acionistas, empregados e
que proporcionam à marca ser líder de mercado.
Em seus Princípios e Valores, a Fiat adota coerência, transparência, ética e exigência
consigo mesma, com a constante busca de sempre fazer o melhor.
Em suas práticas de gestão, que tornam a marca cada vez mais forte, a Fiat
preocupa-se constantemente com o cliente, a razão da existência de qualquer
negócio, e com toda a sociedade.
A Fiat valoriza as pessoas e respeita o ambiente como um todo para crescer diante
de uma sociedade mais justa e com perspectivas de futuro. (FIAT, s.d, online 92)

A preocupação da empresa com praticas inovadoras se reflete nas estratégias de


marketing e comunicação adotadas para promover seus produtos junto ao consumidor, por
consequência aumentando as vendas da mesma.

90
http://www.anfavea.com.br/tabelas.html
91
SITE DE CARRO. Fiat é líder de vendas de carros novos em 2009, 2009 [online]. Disponível em:
http://www.sitedecarro.com.br/noticias/fiat-e-lider-de-vendas-de-carros-novos.html. Acesso em: 31 de Mai.de
2010
92
FIAT. gestão, s.d [online]. Disponível em: http://www.fiat.com.br/mundo-fiat/institucional/gestao.jsp
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010
64

Em 35 anos de Brasil, a Fiat passou de patinho feio da indústria automobilística para


a liderança de mercado de automóveis - posto conquistado há oito anos -, com uma
marca forte e campanhas inovadoras e ousadas. Ter um carro da montadora italiana
poderia até ser um problema nas estradas brasileiras dos anos 70 e 80, mas na
primeira década do século 21 virou motivo de orgulho para consumidores ávidos por
novidades tecnológicas e design diferenciado.(MARTINS, 2010, online93).

Em sua história a empresa buscou aliar a emoção da marca italiana com a


modernidade das mudanças contemporâneas através de campanhas publicitárias que
procuraram demonstrar a evolução da marca junto aos seus públicos.

Um passo importante foi a campanha "Revendo conceitos", da Leo Burnett, agência


que há 14 anos atende a montadora nas campanhas institucionais e desde o ano
passado responde também pelo varejo. Aproveitando o lançamento do Novo Palio,
em 2000, uma série de comerciais mostrava situações antiquadas e preconceituosas,
contra gays, negros e pobres, que a sociedade contemporânea não admitia mais. "A
Fiat procurou ser coerente com a enorme diversidade sociocultural em que
vivemos", conta João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de
relacionamento. "A campanha pode ter sido um divisor no sentido emocional. E
nessa categoria de consumo, o emocional é muito importante: o carro é a segunda
roupa, é o cartão de visita", acrescenta Ruy Lindenberg, vice-presidente de criação
da Leo Burnett. (MARTINS, 2010, online 94).

Com campanhas criativas e ideias inovadoras a Fiat vem ganhando cada vez mais
consumidores e estas ideias e campanha refletem na imagem da empresa, preocupada com as
novas mídias a partir de 2009 começou a investir em campanhas interativas e estratégias para
a internet.

De olho no futuro, a empresa entrou forte no mundo digital, apostando em ações


diferenciadas e impactantes. Para o Punto T-Jet, a campanha interativa criada pela
AgênciaClick, que há oito anos atende a montadora, levou o Grand Prix de Cyber no
Wave Festival em 2009. Não foi por menos: para transmitir os conceitos de
modernidade e tecnologia do esportivo, a ação incluía um game no BBB 9, onde os
brothers "pilotavam" um Punto que competia, de verdade, com um carro no
Autódromo de Jacarepaguá, pilotado por Luciano Burti. "O forte conteúdo de
tecnologia, que viabilizou a mistura do real e virtual, é atraente para uma marca que
quer trabalhar o digital", comenta Abel Reis, presidente da AgênciaClick.
(MARTINS, 2010, online95).

A Fiat então iniciou suas estratégias em redes sociais, juntamente com a Agência Click
e o departamento de marketing da empresa. Neste estudo serão relatadas duas ações
93
MARTINS, Andreia. Cases mais inovadores: Fiat, 2010 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Cases_mais_inovadores__Fiat&origem=ultimas
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010
94
MARTINS, Andreia. Cases mais inovadores: Fiat, 2010 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Cases_mais_inovadores__Fiat&origem=ultimas
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010
95
MARTINS, Andreia. Cases mais inovadores: Fiat, 2010 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Cases_mais_inovadores__Fiat&origem=ultimas
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010
65

específicas da Fiat junto às redes sociais sendo elas o case do Fiat Mio e o case de lançamento
do novo Uno.

3.6.3.1 Fiat Mio96

O Fiat Mio é um projeto da Fiat de um carro protótipo criado a partir da opinião dos
usuários. A partir do site é possível conhecer todos os processos de fabricação e dar opiniões
sobre como o veículo poder ser, a partir de uma comunidade criada dentro do próprio site que
contém fóruns e blog, produção de vídeos (para veiculação exclusiva online) e produção de
conteúdo relativo ao carro e ao universo dos veículos.

Com este fim, nasceu o Fiat Mio, projeto do centro de estilo da montadora, também
conduzido em parceria com a Click, que prevê a cocriação com os usuários de um
protótipo que será apresentado no Salão do Automóvel, em outubro. Depois de
receber 13 mil sugestões de internautas de 150 países - 60% do Brasil -, a Fiat
selecionou as melhores ideias e está desenvolvendo o modelo. "O internauta também
poderá participar da estratégia de marketing do lançamento do carro, desde a escolha
do nome até o slogan".(MARTINS, 2010, online 97).

O conteúdo produzido no site criado pelos usuários é disponibilizado a partir da


licença creative commons, que permite que qualquer pessoa ou empresa utilize as informações
construídas no site.

Vale lembrar que todo conteúdo será livre. A Fiat acredita que o conhecimento
gerado neste projeto deve ser propagado sem restrições, podendo ser utilizado por
simples usuários ou até mesmo engenheiros e outros fabricantes de veículos.(FIAT
MIO, s.d, online98).

O carro Fiat mio está sendo desenvolvido a partir das ideias dos usuários enviadas ao
site através das ferramentas de interação disponibilizadas. Serão relatadas as mídias sociais
utilizadas e como se dá a estratégia de comunicação com o público.

O projeto Fiat Mio utilizará essas licenças para agregar e propagar as ideias enviadas
por você para o fiatmio.cc. Através delas, juntamente com nossas equipes de
engenharia e estilo, produziremos um carro conceito, o primeiro carro do mundo
criado pelos e para os usuários.(FIAT MIO, s.d, online99).

96
http://www.fiatmio.cc/
97
MARTINS, Andreia. Cases mais inovadores: Fiat, 2010 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Cases_mais_inovadores__Fiat&origem=ultimas
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010
98
FIAT MIO. Sobre o projeto, s.d [online]. Disponível em: http://www.fiatmio.cc/pt/sobre-o-projeto/
. Acesso em: 31 de Mai.de 2010.
99
FIAT MIO. Sobre o projeto, s.d [online]. Disponível em: http://www.fiatmio.cc/pt/sobre-o-projeto/
66

• Site Fiat Mio: foi projetado para ser similar a uma plataforma de mídia social, semelhante
aos sites de relacionamento comuns aos usuários. No site, é possível deixar as ideias para o
―concept car‖ através de um cadastro feito pelo usuário permitindo a participação através de
um perfil através das seções: ideias livres, montagem técnica e Making-off. Este último se
trata do blog do carro.

Figura 27: Site Fiat Mio


Fonte: FIATMIO, s.d, online100.

Na sessão ideias livres, é possível deixar novas sugestões que podem ser utilizadas em
futuros veículos da marca, se torna mais um espaço de socialização de opiniões.

. Acesso em: 31 de Mai.de 2010


100
FIAT MIO. Site Fiat Mio. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.fiatmio.cc>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
67

Figura 28: Seção Ideias livres


Fonte: FIATMIO, s.d, online101.

• Seção Montagem Técnica: nesta seção são publicadas discussões sobre as ideias que serão
utilizadas no Fiat Mio, diferente da seção ideias livres onde as opiniões serão analisadas para
próximos projetos da empresa.

Figura 29: Seção montagem técnica


Fonte: FIATMIO, s.d, online102.

101
FIAT MIO. Ideias Livres. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.fiatmio.cc/pt/ideias/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
102
FIAT MIO. Seção montagem técnica. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.fiatmio.cc/pt/discussoes/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
68

• Blog “Making of”: Aqui é possível acompanhar o processo de desenvolvimento do ―Fiat


Concept Car III (FCC III)‖. São postados periodicamente conteúdos produzidos pela equipe
responsável pelo projeto. Um destaque é dado aos vídeos, chamados de episódios do FCC III,
a cada episódio são mostrados diferentes setores e processos que envolvem o
desenvolvimento do veículo.

Figura 30: Blog Making of


Fonte: FIATMIO, s.d, online103

No blog também é possível acompanhar as decisões da Fiat sobre o projeto, inspiradas


nas opiniões dos usuários. Depois de mais de 15 mil ideias sugeridas no site, foi possível
chegar a um conceito visual do veículo, postado no blog no dia 31 de maio de 2010.

Figura 31: Concept Car Fiat III


Fonte: FIATMIO, s.d, online104

103
FIAT MIO. Blog Making of. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://www.fiatmio.cc/makingof/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
69

O FCC-III é o resultado da busca coletiva por um design inteligente, pensado para o


cenário futuro, com características que facilitem o relacionamento entre a máquina e
seus usuários. A essência dessa linha-guia é justamente encontrar as soluções mais
precisas, sem deixar de agradar aos olhos. (FIAT MIO, s.d, online105).

Foram desenvolvidos alguns modelos de projetos de design de automóveis e após


análises e pesquisas foi escolhido o modelo de ―Concept Car‖, Precision.
Até outubro deste ano, o projeto será executado pela equipe de engenharia da Fiat,
para ser exposto no salão do automóvel de 2010. Além das ferramentas já relatadas, a Fiat
utiliza Orkut, Facebook e Twitter para o Fiat Mio.

• Blog “Making of”: Aqui é possível acompanhar o processo de desenvolvimento do ―Fiat


Concept Car III (FCC III)‖. São postados periodicamente conteúdos produzidos pela equipe
responsável pelo projeto. Um destaque é dado aos vídeos, chamados de episódios do FCC III,
a cada episódio são mostrados diferentes setores e processos que envolvem o
desenvolvimento do veículo.

3.6.3.2 Novo Fiat Uno

Segundo dados obtidos junto a ANFAVEA, o Fiat Uno é o segundo carro mais
vendido da marca Fiat, ficando atrás do Fiat Pálio. O Uno é um dos carros mais populares do
Brasil, sendo criado originalmente na Itália e depois veio para o Brasil.

Lançado em 1984 no Brasil, apenas um ano e meio depois de seu lançamento na


itália, o novo modelo inaugura por aqui um conceito inédito de carro: ―pequeno por
fora e grande por dento‖. Trazia novos conceitos de design, interior mais claro e
confortável do que outros modelos de classe superior, boa aerodinâmica e baixo
consumo de combustível.(UNOCLUB, s.d, online106).

O Fiat uno foi lançado incialmente no Brasil para atender um público com menos
poder aquisitivo, em um momento que o país passava por uma crise econômica, foi um
veículo que impulsionou o mercado e abriu uma nova categoria de consumo de automóveis.

104
FIAT MIO. Concept Car Fiat III. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG. Disponível em: < http://www.fiatmio.cc/makingof/pt/2010/05/fcc-iii-%E2%80%93-your-
vision-of-the-future/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010.
105
FIAT MIO. Precision: em busca da exatidão, 2010, [online]. Disponível em: <
http://www.fiatmio.cc/makingof/pt/ > Acesso em: 03 Jun. 2010
106
UNO CLUB. Historia do Uno no Brasil, s.d, [online]. Disponível em: <
http://www.unoclub.com.br/ofiatuno.php> Acesso em: 03 Jun. 2010
70

A Fiat resolveu em 2010 lançar uma remodelagem para o clássico Fiat uno (maio de
2010) e, para isso fez pesquisas mais apuradas junto ao público consumidor do Fiat Uno,
optou, por estratégias de divulgação em redes sociais aliadas a utilização de mídias
convencionais. A linguagem utilizada é associada ao público jovem e as características que
lembram um pouco de sua história.
Será relatado a seguir as estratégias em mídias sociais utilizadas pela Fiat junto á
AgenciaClick para o lançamento do novo fiat uno com o conceito ―Novo Uno, novo tudo‖.

• Site de lançamento: Para divulgar o lançamento a Fiat se preocupou em trazer


interatividade e dinamismo no site, bem como nas demais ações.

Na estratégia online, desenvolvida pela AgênciaClick, o site oficial do Novo Uno


carro traz uma proposta completamente inusitada de montagem de carro online.
Usando a tecnologia de Data Visualization, os visitantes saberão em tempo real
quais são as configurações de carro mais montadas pelos demais internautas, por
meio de gráficos. Essa técnica permitirá que o layout do site seja dinâmico, aliando
design e informação. A customização do carro é o tema principal da campanha de
lançamento, que conta com peças focadas em features específicos, como motor,
design, espaço interno etc. (MARTINS, 2010, online107).

É possível visualizar o número de carros montados no site através de um contador que


demonstra os resultados atualizados. Além disso, é possível visualizar as novas opções do
veículo, bem como informações técnicas, e acompanhar as atualizações pelo Twitter da
marca.

Figura 32: Site Novo Uno


Fonte: FIAT UNO, s.d, online108.

107
MARTINS, Andreia. Ação cheia de perguntas para o Novo Uno, 2010 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Acao_cheia_de_perguntas_para_o_Novo_Uno&origem=ultimas
> Acesso em: 3 de Jun.de 2010.
108
FIAT UNO. Site Novo Fiat Uno. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB.
Formato JPG . Disponível em: < http://uno.fiat.com.br/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010.
71

O site também permite que o usuário monte seu próprio veículo, e disponibiliza ainda
os modelos mais escolhidos, através de gráficos. Observa-se uma apropriação dos recursos de
social games, na internet.

(...) Além disso, esses jogos podem ser instrumentos de reputação (divulgar entre
seus amigos que você é o melhor), de sociabilidade (conhecer pessoas, participar de
fóruns, ampliar a rede social para melhor atuar no jogo), de suporte social (apoio da
rede nas tarefas difíceis) e etc. Ou seja, em última análise, o Facebook
permite canalizar parte do capital social construído pelas suas redes também para os
aplicativos que são adotados por elas. (RECUERO, 2009, online109).

Figura 33: Gráficos site Novo Uno


Fonte: FIAT UNO, s.d, online110

Depois de criado o modelo do carro personalizado é possivel compartilhar nas


principais redes sociais o resultado, através de um link já disponibilizado no site.

Figura 34: Fiat Uno personalizado e compartilhamento em rede social


Fonte: FIAT UNO, s.d, online111

109
RECUERO, Raquel. Social Games e o Facebook, 2009 [online]. Disponível em:
http://pontomidia.com.br/raquel/arquivos/social_games_e_o_facebook.html>
. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
110
FIAT UNO. Carros montados no site. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB.
14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://uno.fiat.com.br/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010.
72

Além do conteúdo interativo e a dinâmica do site de lançamento a Fiat se apoiou em


mídias sociais como o Twitter da marca. A campanha online estava associada com peças e
vídeos veiculados offline.

• Formspring.Me Fiat Uno: é um site de relacionamento onde é permitido que os usuários


interajam com outros atores através de perguntas e respostas, onde os atores criam perfis na
rede social e ficam sujeitos a perguntas anônimas ou não, todas as perguntas podem ser
moderadas pelo ator do perfil. A Fiat se apropriou deste serviço, para criar segundo a
montadora, a maior entrevista coletiva do mundo.

Em busca de uma maneira diferente de apresentar seus lançamentos ao mercado, a


Fiat, desta vez, recorreu ao Formspring.Me para mostrar o novo Uno, o mais
aguardado veículo da montadora para 2010. Dentro da rede social, os usuários
poderão enviar perguntas a respeito do novo carro e tirar dúvidas diretamente com a
Fiat, na página da montadora no Formspring.Me. (M&M ONLINE, 2010, online112).

Apesar do sucesso e o grande número de perguntas, um dos responsáveis pelas


respostas das perguntas efetuadas pelos internautas, pecou ao dizer que o novo Fiat uno não
era fabricado na cor rosa.

Não bastasse o fato de não responder adequadamente a pergunta, não explicando


porque não se produzem carros cor de rosa, o responsável pelo ―grupo Happy Hour‖
ainda alfinetou a torcida do São Paulo – que é apelidada por torcedores adversários
de ―bambi‖. Se uma pessoa comum faz uma provocação a um clube ou fiéis de uma
religião, teoricamente isso não importa para o mercado. Agora, quando uma marca
expõe isso num canal oficial de comunicação, o efeito é desastroso.(DEGÁSPERI,
2010, online113).

A montadora imediatamente após o incidente retirou a publicação da página, e depois


de algumas horas se desculpou no Formspring.me para aqueles que se sentiram ofendidos.

111
FIAT UNO. Fiat Uno personalizado e compartilhamento em rede social. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura:
900 pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://uno.fiat.com.br/>. Acesso em:
3 de Jun.de 2010.
112
M&M ONLINE. Fiat escolhe Formspring.Me para lançar novo Uno, 2009 [online]. Disponível em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Fiat_escolhe_Formspring.Me_para_lancar_novo_Uno>
. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
113
DEGÁSPERI, Israel Scussel. Case Fiat nas Mídias Sociais, 2010 [online]. Disponível em:
http://midiassociais.blog.br/2010/05/07/case-fiat-nas-midias-sociais/>. Acesso em: 3 de Jun.de 2010
73

Figura 35: Formspring.me Fiat desculpas


Fonte: FORMSPRING.ME, 2010, online114

Apesar do ocorrido a ação teve um grande número de perguntas enviadas, ficou


comprovado que as redes sociais devem utilizadas de forma consciente e com cuidado para
que a marca não seja prejudicada.
As cases demonstradas neste capítulo, ilustram com as empresas vem utilizando as
mídias sociais em prol do marketing de relacionamento e do entretenimento no contexto de
produção colaborativa na internet.

114
FORMSPRING.ME. Formspring.me Fiat desculpas. s.d. Largura: 1440 pixels. Altura: 900 pixels. 96 dpi.
24 BIT RGB. 14,9KB. Formato JPG . Disponível em: < http://www.formspring.me/fiatbr/q/508659385 >.
Acesso em: 3 de Jun.de 2010.
74

4 ANÁLISE QUALITATIVA E ADAPTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE REDES


SOCIAIS PARA O MERCADO REGIONAL

Para desenvolver a análise qualitativa das pesquisas de campo realizadas junto aos
profissionais, serão relatadas as opiniões obtidas e ao mesmo tempo será feita uma analise
entre os pontos negativos apontados pelos profissionais e os relatos positivos da utilização de
redes sociais obtidos pelas cases e pesquisas.
Foram entrevistados profissionais das agências web de Chapecó: Lilah, Elo Ideias e
também Valéria Casarotto Feijó, que responde pela área de marketing do setor de publicidade
da Unochapecó.
As entrevistas foram desenvolvidas entre Março e Abril de 2010, e as perguntas foram
feitas através de uma entrevista semiestruturada. Nestas entrevistas foi possível conhecer
melhor o perfil do anunciante regional e qual a sua percepção sobre a internet como
ferramenta de comunicação para suas empresas.
As perguntas que serviram de guia para a entrevista semiestruturada, se encontram no
anexo deste estudo.
Serão relatados os principais argumentos que são apontados como negativos ao uso de
redes sociais, analisando o contexto regional e demonstrando em contraponto as realidades
atuais utilizadas em redes sociais e como pode ser aplicado em Chapecó.

4.1 A falta de conhecimento por parte dos anunciantes regionais:

As agências alegam que os seus clientes não sabem da existência das redes sociais e
também não compreendem a sua importância como ferramenta de comunicação. Isso se dá
por uma questão cultural/social. Muitas empresas regionais são constituídas por base familiar,
75

ou seja, o pai e/ou a mãe da família são os donos do negócio e geralmente são pessoas com
mais idade e que não conhecem, nem dominam a utilização da internet.
Muitas das empresas (pequenos e médios negócios) não possuem sequer conta de e-
mail, segundo Rodrigo Bedin, sócio proprietário da Elo Ideias, é necessária uma
―alfabetização digital‖, para que as empresas comecem a utilizar melhor essas ferramentas na
internet.
A percepção do mercado regional, demonstrada em todas as entrevistas é comum em
todas as opiniões, ou seja, o anunciante regional ainda é pouco inserido na internet. Várias são
as razões que propiciam esta realidade. Existe um estereótipo, sobre publicidade, e muitas
vezes as empresas depositam maior credibilidade a veículos tradicionais de mídia como o
rádio e a TV, e quando procuram os fornecedores de serviços, online geralmente exigem
apenas o desenvolvimento do site.
Como relatado nos cases, as empresas (nacionais) que utilizaram as redes sociais,
passaram também por uma mudança interna, como no caso da Tecnisa ―a cultura da
inovação‖, onde a mudança se desenvolveu de forma interna e depois irradiou para suas
estratégias de comunicação e relacionamento com os clientes.
Portanto, é importante que as agências web também se preocupem com a promoção do
conhecimento e inserção digital dos anunciantes regionais na internet e que há uma cultura de
conhecimento da internet e das ferramentas que deve partir principalmente das empresas.

4.2 A insegurança do investimento e a falta de credibilidade nas redes sociais

Segundo Guilherme Schabarum da agência web Lilah, as empresas que conhecem as


redes sociais tem insegurança em investir nessas mídias, muitas vezes não dão crédito a
internet, por possuírem uma imagem negativa, relacionada à banalização de conteúdos na
web.
De acordo com Schabarum, as empresas ainda imaginam que não é necessário
estratégias em redes sociais para comunicação com seu público, e que não são todas as
empresas que podem explorar este tipo de mídia, o próprio Guilherme não consegue
visualizar algumas empresas em específico promovendo relacionamento nas redes sociais
com seu público. A mesma opinião é compartilhada por Rodrigo Bedin, da Elo ideias.
No entanto Valéria Feijó demonstra que sim é muito importante o conhecimento
dessas redes e que inclusive, durante a reformulação do portal da Unochapecó foram
76

elaboradas estratégias em redes sociais, em função de uma demanda dos próprios acadêmicos
que, segundo Valéria, são as ferramentas mais utilizadas pelos ingressantes na Universidade.
Valéria Feijó ainda relata que através de pesquisas promovidas pela universidade, foi
comprovado que a mídia mais utilizada pelo jovem ingressante na universidade para conhecer
sobre ela e sobre os cursos oferecidos na mesma, além do próprio vestibular é o site. Que até
então a reformulação foi pensada para suprir esta demanda, bem como uma demanda dos
acadêmicos em socializarem mais sobre seus cursos, interesses e pesquisas.
No entanto, na entrevista com Valéria ainda foi relatado à dificuldade de manter as
mídias sociais utilizadas pelos coordenadores dos cursos (canais de interação com os
acadêmicos) atualizadas, pois muitas vezes os próprios docentes declaram não possuir
familiaridade com as ferramentas de mídias sociais, como: Twitter e blog.
Ou seja, quando a comunicação do anunciante deve ser mais voltada ao público jovem
é nítida uma demanda maior por parte do próprio público, porém as agências web ainda
acreditam que este tipo de utilização de redes sociais pode levar muito tempo para ganhar a
credibilidade das pequenas e médias empresas.
Os dados demonstrados na pesquisa realizada pelo IBOPE, Conectmídia, revelam que
os jovens dominam as ferramentas de socialização na Internet e ainda consomem múltiplas
plataformas e conteúdos midiáticos ao mesmo tempo. Esses dados contrapostos às entrevistas
revelam que o anunciante regional ainda não conhece e pior, despreza os hábitos de mídia dos
jovens e de cerca de 70 milhões de brasileiros que utilizam diariamente as diversas
plataformas sociais e sites de relacionamento.

4.3 As prioridades de investimento da empresa e a banalização do serviço

As agências declaram que seus clientes são resistentes e conservadores á utilização de


redes sociais e que muitas vezes as empresas declaram como argumento que preferem investir
em outras necessidades para o negócio como, por exemplo, máquinas e estrutura, ao invés de
focar mais em comunicação.
Quando se sugere a utilização de redes sociais, muitas empresas declaram que não
querem usar os serviços por que sabem que não manterão atualizados e que não saberão
utilizar da melhor forma essas ferramentas.
Segundo Schabarum, ainda declaram que não é necessário um profissional para
monitorar e promover ações da marca junto à internet, alegando que ―Meu filho meche nessas
77

coisas melhor que eu‖, de forma geral em todas os entrevistados demonstraram que os clientes
são conservadores e que precisam de maior conhecimento sobre as redes sociais.

4.4 A migração do Offline para o Online

Durante as entrevistas, ainda se percebe, que os profissionais possuem também uma


relutância sobre o uso das redes sociais na internet como ferramenta de comunicação e
principalmente relacionamento.
Percebe-se que as agências web se preocupam sempre com o fato ―número de acessos
ao site da empresa‖ e não comentam o fator ―relacionamento marca/cliente‖ com o cliente.
Segundo Bedin, a Elo ideias sempre sugere a utilização de links de redes sociais na internet,
no entanto para eles a principal finalidade destas mídias é como mais um canal de
“divulgação dos produtos e serviços”, porém através das pesquisas realizadas e segundo
conversas com o gerente de redes sociais da Tecnisa (por meio do GoogleWave), o enfoque
das estratégias utilizadas pela Tecnisa está no relacionamento com as pessoas e também na
produção de conteúdo a venda é uma consequência, conforme relatado no capítulo 2 deste
estudo.

Figura 36: Trecho de diálogo com Roberto Aloureiro no GoogleWave


Fonte: GOOGLEWAVE, 2009, online115.

Através das entrevistas observou-se, que o estereótipo que o anunciante regional


possui em relação às redes sociais se dá pela questão histórica da publicidade e das mídias
convencionais. Por muito tempo as principais ferramentas de comunicação das empresas
foram TV e Rádio, e a internet ainda é uma forma desconhecida de comunicação para as
empresas, principalmente regionalmente, devido a este fator as empresa veem a internet como

115
GOOGLEWAVE. Trecho de diálogo com Roberto Aloureiro no GoogleWave. s.d. Largura: 1440 pixels.
Altura: 900pixels. 96 dpi. 24 BIT RGB. 28,29KB. Formato JPG . Disponível em: <
https://wave.google.com/wave/?pli=1#restored:wave:googlewave.com!w%252BecYzZF8JD>. Acesso em: 3 de
Jun. 2010
78

uma migração destes meios convencionais, visualizando-a como exclusiva para sites e
banners.

[...]Claro que dá, porque a verba para este tipo de publicidade é ENORME. E se
forem analisar o ROI - Retorno sobre o Investimento -, com certeza muitos
publicitários teriam dificuldades de justificar este investimento. Principalmente se
houver uma comparação com o investimento feito na mídia on-line.
Mas a cultura empresarial no Brasil é baseada naquilo que se consegue
ENXERGAR E TOCAR.
E a Publicidade online não se toca e não tem cheiro... E as vezes o empresário só
olha os e-mails no final do dia....ou pior, só responde 24 ou 48 horas depois. Isso
quando responde (KENDZERSKI, 2007, online116).

As cases relatadas demonstram que as estratégias de comunicação em redes sociais


devem ser desenvolvidas de forma integrada e focada no relacionamento, na produção de
conteúdo e nas respostas para os consumidores. O empresário regional deve se desvencilhar
dos moldes tradicionais de publicidade offline.
As entrevistas demonstraram que o anunciante regional possui um perfil conservador e
arredio em relação à utilização de redes sociais na internet e que isso se deve principalmente
pelo tipo de empresas que existem em Chapecó (familiares), por questões culturais e hábitos
de mídias convencionais historicamente muito utilizados pelas agências de publicidade, além
de um despreparo do mercado regional web em oferecer serviços de consultoria e análise de
redes sociais para às empresas.
Também foi possível observar que a maioria dos entrevistados possuem formação
acadêmica em sistemas de informação e que poucos são os profissionais formados em
comunicação presentes nas agencias web, isso muitas vezes acarreta um posicionamento
destas agencias estereotipado de comunicação, delimitado á criação de sites e que isso se deve
também aos condicionantes do próprio mercado regional que é conservador e desinformado
sobre a utilização de redes sociais na internet como ferramenta de comunicação corporativa e
de relacionamento.

116
KENDZERSKI, Paulo Roberto. Publicidade Offline X Publicidade Online, 2007, [online]. Disponível em:
< http://imasters.uol.com.br/artigo/5434/publicidade/publicidade_offline_x_publicidade_online/ > Acesso em: 4
Jun. 2010
79

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso, foi possível perceber a


importância do assunto abordado, ―redes e mídias sociais como ferramenta de comunicação
para anunciantes regionais‖. Mostrando ao anunciante chapecoense mais uma maneira online
de poder divulgar seu produto ou serviço, desta vez, com o conceito de web 2.0, onde os
conteúdos são produzidos de forma colaborativa.
As empresas que utilizam deste artifício na cidade de Chapecó, ainda são poucas.
Mesmo ouvindo este tema pela primeira vez, o anunciante que não possui compreensão
alguma sobre o assunto, poderá assimilar facilmente através desta pesquisa, que possui
definições para sanar e esclarecer qualquer tipo de dúvida e partir para o investimento na
comunicação de web 2.0.
Como citado acima, ainda são raríssimas as empresas que apostam neste tipo de
comunicação, por conta disso surgiram dificuldades em encontrar materiais com dados de
pesquisas regionais no decorrer do trabalho, surgindo à necessidade então, de serem coletados
apenas materiais com dados nacionais.
Como por exemplo, casos de empresas brasileiras que apostaram nas redes sociais
como forma de promover seus negócios e que obtiveram sucesso. Algumas, sobrevivendo
apenas disso, como é a situação da loja de camisetas, Camiseteria. Que possuí a loja virtual e
o publico consumidor só adquire suas camisetas acessando o site da empresa.
Portanto, assim como qualquer outra ferramenta, as Redes e Mídias Sociais, devem ser
usadas adequadamente e conscientemente pelo anunciante, pois possuem um universo
ilimitado de receptores, e quando se trata de falar da marca de uma empresa o cuidado, à
análise e a intervenção devem ser feitas de forma cuidadosa e responsável.
Por se tratar de um tema não assimilado por muitos, os resultados obtidos foram
bastante significativos, pois todos os objetivos foram alcançados. Ainda consideramos o
80

trabalho extremamente pertinente e relevante para o mercado regional e para os próprios


cursos de comunicação, se tratando de uma área da comunicação que esta se desenvolvendo
com maior intensidade no Brasil a pouco tempo e que demonstra um grande crescimento.
A pesquisa também demonstra que as empresas e profissionais regionais ainda
possuem um estereótipo sobre as redes sociais na internet e que é necessário o fomento de
ações para conscientizar e esclarecer este público sobre a importância das redes sociais na
internet como um importante canal de interação com o consumidor regional.
As entrevistas revelaram um perfil de anunciante conservador e desinformado sobre o
tema o que demonstra uma carência de produção acadêmica e profissional sobre o assunto,
mesmo os profissionais atuantes se mostram desconformados com esta situação e não
conhecem também o tema, por exemplo, os cases das empresas relatadas neste estudo.
Observamos uma carência de cursos, palestras e eventos que disseminem os relatos
mercadológicos da utilização das redes sociais, e mesmo na graduação ainda se faz necessário
mais importância á este conteúdo.
O fator mais importante e mais determinante na inserção do anunciante regional em
redes sociais de forma correta e privilegiando o relacionamento com os consumidores se dá
pela grande presença do brasileiro nas redes sociais, os dados trazidos neste estudo
demonstram isso, através do grande número de brasileiros no Orkut, por exemplo.
Portanto, concluímos que a maioria dos anunciantes regionais de Chapecó não está
acompanhando os hábitos de mídia dos seus públicos, especialmente na faixa etária de (12 á
25 anos) e que o público vem demandando esta presença das empresas em redes sociais.
81

REFERÊNCIAS

Livros e Artigos

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94

ANEXOS
95

ANEXO 01 – GUIA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA


Redes e mídias sociais na internet como ferramenta de comunicação para anunciantes
regionais
AGENCIA:_______________________________________________________
ENTREVISTADOS:_________________________________________________
- O que os clientes procuram ao solicitar os serviços de web em Chapecó?

- Quais as principais ferramentas utilizadas nos sites (recursos)?

- Qual a maior exigência das empresas em relação aos serviços web?

- Quais os principais serviços prestados?

- Como é a demanda do mercado?

- Como é feita a manutenção dos serviços prestados?

- Os clientes conhecem as redes sociais na Internet?

- Os clientes utilizam, solicitam links de sites de relacionamento em seus sites corporativos?

- Algum cliente ja procurou serviços de consultoria e análise em redes sociais na internet?

- Qual a principal justificativa do cliente ao solicitar a prestação do serviço de internet?

- O que os clientes pensam sobre a utilização de redes sociais como forma de comunicação e
relacionamento com os públicos?

- Qual a maior dificuldade na hora de vender um serviço de web?

- Qual a percepção geral dos clientes em relação à Internet para fins corporativos?

- Qual a maior necessidade de serviços de Internet que o mercado Chapecoense demanda


atualmente?
96

- Quais as tendências de comunicação online que podem ser aplicáveis com facilidade no
mercado regional?

- Como é a receptividade do cliente/empresa Chapecoense em relação as novas ferramentas de


comunicação e publicidade

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