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Agosto/2004
Apresentação
1. INTRODUÇÃO
• Geologia como ramo específico da ciência para estudo da Terra – séc. VII;
• Nicolaus Steno (1631-1686), Bispo de Hamburgo, é reconhecido como o
fundador da Geologia como um ramo independente da Ciência;
• Dentre os pioneiros no desenvolvimento da Geologia, encontram-se J.G.
Lehmann, estudioso alemão falecido em 1767, um dos primeiros a visualizar
a possibilidade de ordenar a disposição e idade das rochas da crosta
terrestre;
• James Hutton (1726-1797), um escocês de Edimburgo, foi o primeiro
grande nome nos anais da Ciência. Seu livro “Teoria da Terra”, publicado
em 1785, trouxe as bases para os grandes avanços realizados durante o
século XIX;
• No século XIX, a nova ciência geológica defronta-se com uma série de
preconceitos de ordem religiosa e filosófica – oposição às idéias a respeito
da antiguidade da Terra;
• A moderna Geologia sofre influência da publicação “A origem das
espécies” de Charles Darwin (1859);
• Em meados do século XIX, o progresso da sociedade industrial européia
motivou grandes obras, possibilitando o desenvolvimento da Geologia;
• Desenvolvimento de novas ciências a partir de 1914: Mecânica das Rochas,
Geomecânica e Mecânica dos Solos;
• A partir da década de 1950, houve um grande surto de desenvolvimento
após a 2ª Guerra Mundial, exigindo a utilização de especialistas em todas as
áreas de conhecimento científico e tecnológico, resultando no acelerado
crescimento da Geotecnia.
2.1.1 FÍSICA: estudo dos tipos de materiais e seu modo de ocorrência bem
como de estudo de certas estruturas.
• Mineralogia – trata das propriedades cristalográficas (formas e estruturas)
físicas e químicas dos minerais, bem como da sua classificação;
• Petrografia – descrição dos caracteres intrínsecos da rocha, analisando
sua origem (composição química, minerais, arranjo dos grânulos minerais,
estado de alteração, etc.);
• Sedimentologia – é o estudo dos depósitos sedimentares e sua origem. As
inúmeras feições apresentadas nas rochas podem indicar os ambientes que
existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais;
• Estrutural – investiga os elementos estruturais presentes nas rochas e
causados por esforços;
• Geomorfologia – trabalha com a evolução das feições observadas na
superfície da Terra, identificando os principais agentes formadores dessas
feições e caracterizando a progressão da ação de agentes como o vento,
gelo, água... que afetam bastante o relevo terrestre. Em resumo: estuda a
maneira como as formas da superfície da Terra são criadas e destruídas.
• Mineração;
• Petróleo.
1. DEFINIÇÃO
1. CONCEITO DE UM MINERAL
Os minerais não-amorfos ocorrem como cristais, que são corpos com forma geométrica,
limitados por faces, arranjadas de maneira regular e relacionadas com a orientação da
estrutura cristalina.
EXEMPLO: Estrutura interna e
forma Halita (NaCl).
Os cristais, com base nos elementos de simetria, foram reunidos em seis grupos,
denominados sistemas cristalinos.
3. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS
4.1.1 DUREZA
• É a resistência que um mineral oferece à abrasão ou ao risco;
• A dureza depende da sua composição química e da estrutura cristalina;
• Na prática, utilizam-se escalas comparativas, representadas por certos
minerais. Ex: Escala de Mohs – comporta dez graus e é constituída apenas
por minerais que, quando pulverizados deixam um pó branco.
4.1.2 TRAÇO
• Propriedade de o mineral deixar um risco de pó, quando friccionado contra
uma superfície não polida de porcelana branca, sendo necessário que o
mineral tenha dureza inferior à porcelana;
• O traço nem sempre apresenta a mesma cor que o mineral.
4.1.3 CLIVAGEM
• Propriedade de um mineral se fragmentar segundo direções determinadas;
• Esta propriedade é uma boa característica de identificação, pois nem todos
minerais apresentam clivagem;
• Podem ser: proeminente (Calcita), perfeita (Feldspatos), distinta (Fluorita) e
indistinta (Apatita).
4.1.4 FRATURA
• É a superfície irregular que alguns minerais apresentam quando rompidos sob
a ação de uma força diferente do plano de clivagem ou de partição;
• Os termos usados mais comumente para exprimir o tipo de fratura são:
⇒ Concóide ou Conchoidal – é a mais comum, com superfícies lisas e
curvadas de modo semelhante à superfície interna de uma concha
(quartzo, vidro, galena, pirolusita);
⇒ Acicular – rompimento na forma de agulhas ou fibras finas;
⇒ Serrilhada – rompimento segundo uma superfície de forma dentada,
irregular, com bordas angulosas;
⇒ Irregular – rompimento formado por superfícies rugosas e irregulares.
4.1.5 TENACIDADE
• É a resistência oferecida pelo mineral ao ser rasgado, moído, dobrado ou
triturado. Podem ser classificados em:
⇒ Friável ou Quebradiço – facilmente rompidos e são reduzidos com
facilidade a pó (galena, pirolusita);
⇒ Maleável – o mineral é estendido por uma força compressiva,
transformando-se em uma lâmina fina ou folha por meio de deformação
plástica permanente (ouro, cobre);
⇒ Séctil – o mineral é cortado por faca ou canivete em folhas finas (cobre);
⇒ Dúctil – o mineral é extraído e alongado por uma força distensional
formando fios, por deformação plástica (ouro, prata);
⇒ Plástico – diante de um esforço, o mineral se deforma plasticamente, e
não retoma a sua forma original mesmo após a retirada do esforço
(gesso, clorita);
⇒ Elástico – recupera a forma primitiva ao cessar a tensão que o deforma,
desde que não tenha atingido o limite de ruptura (mica).
4.1.6 FLEXIBILIDADE
• É uma deformação que pode ser: elástica ou plástica.
Onde:
Par = peso do mineral no ar;
Págua = peso do mineral imersa na água.
• O valor é constante para cada tipo de mineral, pois o resultado está
relacionado com a sua composição e estrutura cristalina.
Grupo Densidade Composição química Exemplos
Quartzo, ortoclásio,
Leve < 2,9 Silicatos félsicos.
plagioclásio.
Pouco pesado 2,9 ~ 3,4 Silicatos máficos. Anfibólios, Ortopiroxênio.
Pesado 4,0 ~ 8,0 Óxidos e sulfetos de metal. Magnetita, pirita.
Muito pesado > 8,0 Elem. nativos metálicos. Ouro, prata e platina nativos.
1. DEFINIÇÃO
• Magmáticas ou endógenas
RESFRIAMENTO + CONSOLIDAÇÃO
MAGMA ROCHA ÍGNEA
INTEMPERISMO
ROCHA ÍGNEA SOLO RESIDUAL
METAMORFISMO
ROCHA SEDIMENTAR ROCHA METAMÓRFICA
b) ATERROS:
OS SOLOS ORIGINADOS DE ROCHAS GRANÍTICAS, POR MISTURAREM
GRÃOS DE QUARTZO COM LAMELAS DE ARGILA, APRESENTAM-SE COMO
EXCELENTES MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DE ATERROS
COMPACTADOS, POIS ALIAM ATRITO E COESÃO.
SOLOS PROVENIENTES DE BASALTO POSSUEM GRÃOS PURAMENTE
ARGILOSOS, RESISIT INDO SOMENTE À COESÃO.
P
REVESTIMENTO
(asfalto, concreto)
PAVIMENTO Ep
SOLO NATURAL
OU SUB-LEITO
BASE
(Brita Graduada)
SUB-BASE
(Rachão ou
Macadame Seco)
Linha de
Injeção
Rio Barragem
e) FUNDAÇÕES:
TANTO ROCHAS GRANÍTICAS COMO AS BASÁLTICAS SÃO EXCELENTES
MATERIAIS PARA SERVIREM DE FUNDAÇÃO DE PRÉDIOS E DEMAIS OBRAS
DE ENGENHARIA.
O PROBLEMA ESTÁ ASSOCIADO AOS SOLOS RESIDUAIS DESSAS ROCHAS –
PRESENÇA DE MATACÃO.
SOLO
MATACÃO
ROCHA ROCHA
ERRADO CERTO
ROCHAS SEDIMENTARES
1. DEFINIÇÃO
INTEMPERISMO
ROCHA ÍGNEA SOLO RESIDUAL
LITIFICAÇÃO
SEDIMENTO ROCHA SEDIMENTAR
- PRÉ-EXISTÊNCIA DE ROCHAS;
- PRESENÇA DE AGENTES MÓVEIS OU IMÓVEIS QUE DESAGREGUEM OU
DESINTEGREM AQUELAS ROCHAS;
- PRESENÇA DE AGENTE TRANSPORTADOR DOS SEDIMENTOS;
- DEPOSIÇÃO DESSE MATERIAL EM UMA BACIA DE ACUMULAÇÃO,
CONTINENTAL OU MARINHA;
- CONSOLIDAÇÃO DESSES SEDIMENTOS;
- DIAGÊNESE – TRANSFORMAÇÃO DO SEDIMENTO EM ROCHAS DEFINITIVAS.
- AS ÁREAS DE OCORRÊNCIA SÃO DENOMINADAS BACIAS SEDIMENTARES
EXEMPLOS: BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ, BACIA SEDIMENTAR DE SÃO
PAULO...
PLANO DE ESTRATIFICAÇÃO
x
PLANO DE FRAQUEZA DA ROCHA
3. INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO
3.2.1 CLIMA
REGIÕES QUENTES E ÚMIDAS: PREDOMINA INTEMPERISMO QUÍMICO
REGIÕES GELADAS E NOS DESERTOS: PREDOMINA INTEMPERISMO FÍSICO
3.2.2 TOPOGRAFIA
3.2.3 TIPO DE ROCHA
3.2.4 VEGETAÇÃO
3.3 TIPOS DE INTEMPERISMO
A) HIDRÓLISE
COMBINAÇÃO DE ÍONS DA ÁGUA COM OS COMPOSTOS – FORMAÇÃO DE
NOVAS SUBSTÂNCIAS.
Exemplo: KALSI3 O8 + H2 O → HALSI3 O8 + KOH (FELDSPATO ORTOCLÁSIO)
B) HIDRATAÇÃO
ADIÇÃO DE MOLÉCULAS DE ÁGUA AOS MINERAIS FORMANDO NOVOS
COMPOSTOS.
Exemplo: CASO4 + H2 O → CASO4.2H2 O
PROVOCA TAMBÉM O AUMENTO DE VOLUME – DESINTEGRAÇÃO
D) OXIDAÇÃO
DECOMPOSIÇÃO DOS MINERAIS PELA AÇÃO OXIDANTE DE O2 E CO2
DISSOLVIDOS NA ÁGUA – HIDRATOS, ÓXIDOS, CARBONATOS, ETC.
MINERAIS CONTENDO FE, MN, S, CU – MAIS SUSCEPTÍVEIS À OXIDAÇÃO
Exemplo: FE++ → FE+++
FE(HCO3 )2 + O 2 → FE2 O3 NH2O + HCO3
(LIMONITA)
E) DECOMPOSIÇÃO QUÍMICO-BIOLÓGICA
AÇÃO QUÍMICA DOS ORGANISMOS – MUITO VARIADA
4. DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS
SUBSTÂNCIAS SOLÚVEIS:
• GERALMENTE TRANSPORTADO PARA O MAR (SALINIZAÇÃO);
• REGIÕES DE ALTA EVAPORAÇÃO – DEPÓSITOS;
• SÍLICA, GERALMENTE DEPOSITADAS EM FRATURAS, E COMO MATERIAL DE
CIMENTAÇÃO.
SUBSTÂNCIAS INSOLÚVEIS:
• PODEM PERMANECER NO LOCAL;
• GRÃOS DE QUARTZO FORMAM CAMADAS DE AREIA;
• PARTÍCULAS DE ARGILA SÃO TRANSPORTADAS, E DEPOIS SEDIMENTADAS
PARA FORMAR CAMADAS DE LAMA.
Intemperizada até uma
Tipo de rocha
profundidade máxima de:
Arenito 15 m
Basalto 25 m
Granito 40 m
Gnaisse 60 m
CARACTERÍSTICAS:
INICIALMENTE INCONSOLIDADO CONSTITUINDO O SEDIMENTO.
DIMENSÕES DAS PARTÍCULAS: COLOIDAIS ATÉ CENTÍMETROS E BLOCOS
MAIORES.
APÓS COMPACTAÇÃO E/OU CIMENTAÇÃO – ROCHAS SEDIMENTARES OU
ROCHA ESTRATIFICADA.
SUBSTÂNCIAS CIMENTANTES MAIS COMUNS: SÍLICA, CARBONATO DE
CÁLCIO, LIMONITA, GIPSO, BARITA, ETC.
SUBDIVISÕES DE ACORDO COM DIÂMETROS PREDOMINANTES:
A. GROSSEIRA
B. ARENOSAS
C. ARGILOSAS
B) ATERROS:
C) TALUDES:
E) BARRAGENS:
PERCOLAÇÃO DE
ÁGUAS ÁCIDAS TOMBAMENTO
DA BARRAGEM
EROSÃO REGRESSIVA
F) FUNDAÇÕES:
ARENITO
CARVÃO MINERAL:
METAMORFISMO
ROCHAS ÍGNEAS / SEDIMENTARES ROCHAS METAMÓRFICAS
AGENTES DO METAFORMISMO:
TIPOS DE METAMORFISMO:
DISTINÇÃO ENTRE:
• PIROMETAMORFISMO – TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA DA SUPERFÍCIE
DAS ROCHAS PELO CONTATO IMEDIATO COM UM MAGMA.
• METAMORFISMO DE CONTATO – OCORRE AO REDOR DAS GRANDES MASSAS
MAGMÁTICAS INTERNAS, PORÉM COM A TEMPERATURA INFERIOR À QUE
PREDOMINA NO PIROMETAMORFISMO. AUMENTA A MOBILIDADE DA ROCHA
ENCAIXANTE, FAVORECENDO O APARECIMENTO DE NOVOS MINERAIS E DE
FENÔMENOS DE RECRISTALIZAÇÃO.
CAUSAS DO METAMORFISMO:
- CONTATO DE ROCHAS PRÉ-EXISTENTES;
- MOVIMENTOS TANGENCIAIS DOS CONTINENTES (PLACAS TECTÔNICAS).
SEQÜÊNCIA DO METAMORFISMO:
T+P
PRESSÃO DOMINANTE
PRESSÃO ORIENTADA
ESFORÇOS TANGENCIAIS
À CROSTA
PLANO DE XISTOSIDADE
x
PLANO DE FRAQUEZA DA ROCHA
PLANO DE XISTOSIDADE:
CONGLOMERADO METACONGLOMERADO
ARENITO QUARTZITO
ARENITO ARGILOSO QUARTZITO MICÁCEO
ARDÓSIA
FILITO
ARGILITO & SILTITO (LAMITOS)
MICAXISTO
GNAISSE
CALCÁREO PURO MÁRMORE BRANCO
CALCÁREO ARGILOSO MÁRMORE MICÁCEO
CALCÁREO DOLOMÍTICO MÁRMORE VERDE
ANTRACITO
CARVÃO
GRAFITE
GRANITO GNAISS
XISTOS VERDES
BASALTO
ANFIBOLITOS
SERPENTINOS
ULTRABÁSICAS TALCO-XISTOS
PEDRA SABÃO
PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS:
SEQÜÊNCIA DE CAMPO:
GNAISSE
MICAXIST
FILITOS
ARDÓSIA
GRANITO
ROCHA SEDIMENTAR
MINERAIS METAMÓRFICOS
2 – PROCESSOS
A) MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
B) TALUDES:
D) BARRAGENS:
GRUPO I
ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA. GRANULAÇÃO FINÍSSIMA. NÃO SE OBSERVAM
MINERAIS. SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL.
GRUPO IV
ROCHAS COM CAMADAS PRÓXIMAS DA HORIZONTAL. ESTRATIFICADAS.
CLÁSTICAS. GRANULAÇÃO VARIÁVEL. FRIÁVEIS.
a) Rochas magmáticas
1. Estrutura maciça, compacta.
2. Dureza média a elevada.
3. No campo, a cor é relativamente homogênea.
b) Rochas sedimentares
1. Estrutura em camadas.
2. Dureza baixa.
3. No campo, a cor pode variar no sentido horizontal e vertical.
4. Estruturas sedimentares típicas: estratificação cruzada, marcas de ondas, de
animais, de chuva, do gelo, etc. Fósseis.
c) Rochas metamórficas
1. Estrutura orientada. Paralelismo dos minerais.
2. Dureza média a elevada, com exceção das micáceas e carbonatadas.
3. No campo, a cor pode variar, como as sedimentares.
Complementação:
7. Graus de alteração – classificam-se em: inalterada ou sã, ligeiramente,
medianamente ou bastante alterada;
8. Outras observações – elementos como: eventual fratura, presença de
vesículas, etc;
9. Tipo da rocha – Justificar;
10. Nome da rocha – Justificar.
PROPRIEDADES DAS ROCHAS
II – FÍSICAS Cor
Densidade
Porosidade
Permeabilidade
Absorção
Dureza
Módulo de Elasticidade
Coeficiente de Poisson
1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
• Por si só não é um elemento suficiente par definir uma rocha;
• A composição varia muito de uma amostra pra outra;
• Existem limites de erros permitidos nas diferentes dosagens.
2. REATIVIDADE
• Algumas rochas possuem elementos químicos capazes de reagir,
como por exemplo, o silicato e a sílica mineral (reagem com álcalis do
cimento Portland);
• Reações – cimento/agregado: provocam a deteriorização do concreto;
• Outros tipos: transformação do anidrito em gesso (túneis), dissolução
dos carbonatos, lixiviação de rochas em obras hidráulicas, etc.
3. DURABILIDADE
• Resistência da rocha à ação do intemperismo;
• Julgamento é feito na prática pela preservação de monumentos antigos
e por meio de ensaios.
1. COR
• Fator de classificação fraco devido a grande variabilidade, até mesmo
dentro de uma mesma jazida;
• Podem ser: monócronas (uma única coloração uniformemente
distribuída) e polícronas (duas ou mais cores);
• Rochas compactas (sedimentares) → coloração devido a
pigmentações ou difusão de grãos;
• Amarela, alaranjada ou vermelha → pigmentação de hidróxido de
ferro;
• Cinzenta e preta → pigmentos carbonosos ou betuminosos;
• Verde → depende de compostos de ferro (sulfetos) e de níquel.
2. PESO ESPECÍFICO
• Depende do peso específico dos seus elementos constituintes e de
sua porosidade;
• Determinado em laboratório:
W0
- Peso específico aparente (d ou p.e.) =
Wa − Ws
Onde: Wo = peso da amostra
Ws = peso da amostra saturada
Wa = peso da amostra dentro da água
W0
- Peso específico real (d ou p.e.) =
Wa − A − Ws
Onde: A = Wa-Wo
3. POROSIDADE
• É a propriedade das rochas em conter espaços vazios (relação entre o
volume dos vazios e o volume total da rocha);
• Dependente de:
a) Tipo de rocha:
• sedimentares: grande volume de vazios dando-lhes maior
porosidade mas, quanto cimentadas, a porosidade diminui;
• ígneas: extrusivas possuem maior porosidade que as
intrusivas;
• metamórficas: baixa porosidade e varia com o grau de
metamorfismo, sendo que, quanto mais intenso, mais porosa
é a rocha.
b) Estado de alteração:
• tem influência através do fenômeno de lixiviação e
dissolução;
• resistência à compressão diminui com a porosidade;
• classificação: extremamente porosa (50%), muito porosa (10
a 30%), bastante porosa (5% a 10%), medianamente porosa
(2,5% a 5%), pouco porosa (1 a 2,5%) e muito compacta
(1%).
4. PERMEABILIDADE
• Maior ou menor facilidade que a rocha oferece à percolação da água;
• Primária → existe desde a sua formação;
• Secundária → devido à lixiviação, dissolução de componentes
mineralógicos, etc;
• Metamórficas possuem baixa permeabilidade e sedimentares, maior
valor.
5. ABSORÇÃO
• É a propriedade na qual uma certa quantidade de líquido é capaz de
ocupar os vazios de uma rocha, ou parte desses vazios;
Pa − Ps
• É dada por: C a = x100
Ps
Sendo: Pa = peso após longa imersão
Ps = peso seco
6. DUREZA
• Resistência ao risco, dada pela escala de Mohs;
• Na prática:
a) riscável pela unha ou exageradamente fácil pelo canivete;
b) riscável pelo canivete;
c) dificilmente ou não riscáveis pelo canivete.
8. COEFICIENTE DE POISSON (ν )
• Relação entre as deformações transversais e longitudinais;
∆B
• É dado por: ν = B
∆L
L
1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
• Grande variabilidade de resultados;
• Para rochas estratificadas: compressão paralela e perpendicular ao
leito de estratificação tanto no caso seco quanto saturado;
• Normalmente tem-se:
a) rochas de grãos finos, da mesma espécie que rochas de grãos
grossos, possuem maior resistência à compressão;
b) quanto mais forte for o ligamento entre os cristais, maior a
resistência à compressão;
c) as rochas silicificadas tem maior resistência;
d) os corpos de prova com compressão perpendicular aos planos de
estratificação apresentam maior resistência à compressão.
P
• Tensão de ruptura dada por: Tr =
Smédia
3. RESISTÊNCIA AO DESGASTE
• Resistência ao desgaste por atrito mútuo → resistência da rocha sob
a forma de agregado, quando submetida a atrito mútuo de seus
fragmentos. Em alguns métodos são acrescentada esferas de ferro
fundido ou aço. Conforme o tipo de máquina: resistência ao desgaste
Los Angeles, Deval, etc;
• Resistência ao desgaste por abrasão → resistência da rocha quando
submetida à abrasão de abrasivos especificados. Importância especial
quando a rocha for empregada sob a forma de pavimentos. Método
utilizado é o de resistência à abrasão Los Angeles;
peso inicial − peso final
• É dado por: Ra = x100
peso inicial
4. RESISTÊNCIA AO CORTE
• É a resistência de uma rocha se deixar cortar em superfícies lisas;
• Normalmente a resistência ao corte cresce com a dureza da rocha.
1. GRAU DE ALTERAÇÃO
• São classificados em: praticamente sã, alterada e muito alterada;
• Tal classificação é muito subjetiva;
• Não está incluso na classificação a rocha extremamente alterada
(considerada material de transição ou solo de alteração de rocha).
3. GRAU DE CONSISTÊNCIA
• São baseados em características físicas: resistência ao impacto
(tenacidade), resistência ao risco (dureza), friabilidade;
• São divididos em:
Grau de consistência
Rocha Características
• quebra com dificuldade ao golpe de martelo;
muito • o fragmento possui bordas cortantes que resistem ao corte por lâmina de
consistente aço;
• superfície dificilmente riscada por lâmina de aço.
• quebra com relativa facilidade ao golpe do martelo;
• o fragmento possui bordas cortantes que podem ser abatidas pelo corte
consistente
com lâmina de aço;
• superfície riscável por lâmina de aço.
• quebra facilmente ao golpe de martelo;
quebradiça • as bordas do fragmento podem ser quebradas pela pressão dos dedos;
• a lâmina de aço provoca um sulco acentuado na superfície do fragmento.
• esfarela ao golpe do martelo;
friável
• desagrega sob pressão dos dedos.
4. GRAU DE FRATURAMENTO
• Apresentado em número de fraturas por metro linear ao longo de uma
dada direção;
• São consideradas somente as “originais”.
Grau de Fraturamento
Rocha Número de fraturas por metro
ocasionalmente fraturada <1
pouco fraturada 1–5
medianamente fraturada 6 – 10
muito fraturada 11 – 20
extremamente fraturada > 20
em fragmentos torrões ou pedaços de diversos tamanhos, caoticamente dispostos
5. CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA ROCHA
• Expresso pela reunião dos parâmetros anteriores.
(medianamente
Granito (muito alterado) (brando) (quebradiço)
fraturado)
(ocasionalmente
Arenito (alterado) (pouco resistente) (consistente)
fraturado)
ELEMENTOS SOBRE SOLOS
1. INTRODUÇÃO
2. TIPOS DE SOLOS
Conceito de solo: A ABNT (NBR 6502) define solo como “Material proveniente
da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo
ou não ter matéria orgânica”, ou simplesmente, produto da decomposição e
desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos.
De acordo com a origem: solo residual e solo transportado ou sedimentares
a) SOLOS DE ALUVIÃO
b) SOLOS ORGÂNICOS
d) SOLOS EÓLICOS
Índices físicos são relações entre pesos, entre volumes e entre pesos e volumes
das 3 fases que compõem o solo e servem para identificar o estado em que o solo
se encontra.
a) Porosidade (n)
Vv
n= (% ) → varia de 0 a 1
Vt
Vv
e= → varia de 0 a ∞
Vs
Vw
Sr = (% ) → varia de 0 a 1
Vv
d) Umidade natural (w)
Pw
w= (% )
Ps
Pt Ps + Pw
γ= =
Vt Vs + Vv
Pt
• Peso específico natural do solo : γ n =
Vt
Ps
• Peso específico dos grãos sólidos: δ = γ s =
Vs
Pw
• Peso específico da água: γ w =
Vw
a) Esferoidais
b) Lamelares
c) Fibrilares
Diâmetro efetivo (Def ou D10): é o diâmetro tal que apenas 10% das
partículas do solo, em peso, tem diâmetros menores do que ele. Sua
importância está no fato de que as partículas mais finas são as que têm
maior efeito no comportamento do solo.
P1 − P2
h= x100% , sendo P3 = peso da cápsula
P2 − P3
6.2 GRANULOMETRIA
Ensaio granulométrico – curva granulométrica
Peneiramento e Sedimentação
6.3 PLASTICIDADE
Tipos de solos
Propriedades
Arenosos Siltosos Argilosos Turfosos
grossa fina
Granulação muito fina fibrosa
(olho nu) (tato)
Plasticidade nenhuma pouca grande pouco a média
Compressibilidade
pouca média grande muito grande
(carga estática)
Coesão nenhuma média grande pouca
Resistência do solo
nenhuma média grande pouca a média
seco
1. tato
1. tato
2. plásticos se 1. cor preta
Resumo para 2. seco, esfarela
tato e visual molhados 2. plásticos se
identificação 3. seco, desgrega
3. seco não molhado; fibroso
quando submerso
desagrega
UTILIZAÇÃO DE SOLOS E ROCHAS COMO MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
4. PROPRIEDADES FÍSICAS
4.6 Dureza: é avaliada pela maior ou menor facilidade com que ela pode ser serrada
ou polida.
4.7 Aderência: maior ou menor aptidão da rocha em deixar-se ligar por uma
argamassa. A fratura e a porosidade influem nesta propriedade.
4.8 Forma: dos fragmentos obtido na britagem poderá traduzir sua maior ou menor
resistência e trabalhabilidade quando utilizado na construção civil.
Pode ser classificada como cúbica, alongada, lamelar e quadrática.
5. PROPRIEDADES MECÂNICAS
6. PROPRIEDADES QUÍMICAS
Usada como brita em tamanhos progressivos de baixo para cima, sobre o solo.
Função: suportar dormentes, distribuir as cargas das rodas, constituir um meio
de drenagem da água sob os dormentes, constituir como um meio para
aplainamento da pista, permitir que os trilhos movam verticalmente sob as cargas
aplicadas repentinamente, reduzir os efeitos dos impactos, retardar ou evitar o
crescimento dos vegetais.
• Pedra britada – pavimentos das estradas, na base, no macadame hidráulico, no
revestimento betuminoso e de concreto de cimento.
• Paralelepípedos e pedras irregulares – calçamento de ruas ou estradas.
7.3 Enrocamentos e filtros
7.4 Concreto
Obtenção:
1. Pedras de cantarias, de revestimento e de calçamento – artesanalmente,
evitando explosivos.
2. Blocos de matacões – cortados em tamanhos desejados, através de
pontaletes e cunhas ou utilizando-se explosivos.
3. Rochas maciças (granitos e mármores) – extraídos em grandes blocos e,
posteriormente, são talhados ou fatiados com serras usando ferro, areia e
água.
Solicitações:
1. Intemperismo (umedecimento e secagem, variação térmica, ação química
da água da chuva);
2. Ataque químico por substâncias de limpeza;
3. Flexão (durante seu afeiçoamento e colocação);
4. Desgaste (dependendo de seu uso, como pias, escadas, etc).
• Argilas
Apresentam plasticidade, quando molhadas e rigidez, depois de submetidas a
aquecimento adequado.
Aplicações: cerâmica, núcleo impermeável de barragens, inseticidas, borracha,
papel, lama para perfuração de petróleo, etc.
• Areias
Aplicações:
ü Obras civis: feitura de concreto, material filtrante na construção de drenos de
estradas e de barragens (extraídos dos rios);
ü Indústria: fabricação do vidro e preparo de moldes para fundição (retiradas
das praias).
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
1. INTRODUÇÃO
Anticlinal simétrica
Anticlinal assimétrica
Sinclinal assimétrica
Sinclinal simétrica
c) Simétrica: é a dobra em que os dois flancos possuem o mesmo ângulo de
mergulho;
j) Domo: é uma estrutura ampla, com convexidade voltada para cima, onde as
camadas mergulham em todas as direções, de maneira mais ou menos igual,
a partir de um centro comum;
É uma deformação por ruptura. É um plano que separa em duas partes um bloco de
rocha ou de uma camada, e ao longo do qual não se deu deslocamento. O espaçamento
entre elas pode ser de cm a metros.
Podem ser abertas ou fechadas, com ou sem preenchimento (pode ou não favorecer na
recuperação da coesão entre os blo cos).
A atitude e o espaçamento é importante para a qualificação do maciço, e representam o
enfraquecimento.
6.1 NOMENCLATURA
6.2 TIPOS
a) Diáclases originadas por esforços de compressão: provocadas por
esforços tectônicos, e são caracterizados por superfícies planas e ocorrem
na forma de sistemas, cortando-se em ângulos. Comuns em anticlinais e
sinclinais;
b) Diáclases de tensão: são formadas perpendicularmente às forças que
tendem a puxar opostamente um bloco rochoso e, em geral, apresentam
superfícies não muito planas. Quanto à origem:
• Tectônica: freqüente nos anticlinais e sinclinais;
• Contração: caracterizados por vários sistemas entrecruzados;
7. OROGÊNESE
1. OBJETIVO
2. MÉTODOS
Constituem a Geofísica Aplicada – ciência que tem por objetivo definir os tipos de
rochas e as estruturas geológicas presentes no subsolo para fins de projeto de
engenharia civil.
3.2 PROCEDIMENTOS
• Anticlinais;
Os métodos elétricos fazem uso de uma grande variedade de técnicas, cada uma
baseada nas diferentes propriedades elétricas e características dos materiais que
compõem a crosta terrestre.
3.5.1 TIPOS: CAMPOS ELÉTRICOS NATURAIS OU ARTIFICIAIS
Esse método geofísico emprega uma corrente elétrica artificial que é introduzida no
terreno através de dois eletrodos laterais (eletrodos de corrente) com o objetivo de
medir o potencial gerado em outros dois eletrodos centrais (eletrodos de potencial) nas
proximidades do fluxo de corrente. As relações entre corrente elétrica, potencial elétrico
e disposição geométrica dos eletrodos no terreno permitem calcular a resistividade real
ou aparente em subsuperfície.
Utilização:
• Estudo geológico de traçados rodoviários e ferroviários;
• Resolução de problemas estratigráficos e estruturais;
• Determinação da espessura e profundidade de aluviões aqüíferas;
• Pesquisas de áreas de material de empréstimo;
• Determinação da espessura de solo em pedreiras;
• Prospecção de corpos de minérios;
• Problemas de fundações em geral;
• Determinação do contacto água doce-água salgada, em zonas de praia.
Limitações:
• Sucessões de camadas de resistividade sempre crescentes ou sempre
decrescentes são desfavoráveis;
• Camadas finas, eletricamente resistentes, colocadas entre camadas
condutoras;
• Regiões estratificadas horizontalmente com anisotropia elétrica crescendo
progressivamente.
Utiliza o fato de que ondas elásticas (ou ondas sísmicas) viajam com diferentes
velocidades em diferentes tipos de rochas. As ondas sísmicas são captadas em
sensores (geofones), que enviam os sinais para serem transformados em registros
sísmicos (sismogramas) nos sismógrafos. Observando-se o tempo de chegada das
ondas sísmicas em diferentes pontos (tiro sísmico) e o registro do sinal sísmico, é
possível determinar a distribuição de velocidade e localizar interfaces onde as ondas são
refletidas e refratadas. O sinal é refletido sempre que este encontra um material com
impedância acústica diferente daquele onde está se propagando.
Reflexão Refração
Número de furos 7 1
Profundidade de carga 18 m 18 m
Carga de dinamite 6 kg/furo 60 kg/furo
determinar as diferentes camadas determinar a posição do
Objetivo
presentes embasamento cristalino
Distância da explosão ao geofone 50 – 360 m 1.000 a 2.000 m
4. MÉTODOS DIRETOS
4.1 SONDAGENS
4.1.2 TRADOS
Processo simples rápido e econômico para investigações preliminares das camadas mais
superficiais dos solos. Permite a obtenção de amostras deformadas ao longo da
profundidade (de metro em metro – máximo 15 m).
As amostras são colocadas numa seção vertical para correlação e assim definir os tipos
de rochas e estruturas atravessadas → permite a confecção do mapa geológico do
subsolo.
1. MAPAS GEOLÓGICOS
Definição: é aquele que mostra a distribuição dos tipos de rochas e das estruturas
geológicas como fraturas, falhas, dobras, posição das camadas, etc.
Cada tipo de rocha ou grupo de tipos de rochas existentes numa determinada área é
separado de outro por linhas cheias, denominadas linhas de contato. Quando a
separação é duvidosa utilizam-se linhas tracejadas.
2. UNIDADES ESTRATIGRÁFICAS
3. MAPAS GEOTÉCNICOS
3.1 FINALIDADES
3.2 DEFINIÇÃO: é um tipo de mapa geológico que fornece uma representação geral
de todos aqueles componentes de um ambiente geológico de significância para o
planejamento do solo e para projetos, construções e manutenções quando
aplicados à engenharia civil e de minas.
• Tipo geotécnico (ET, “engineering geological type”): tem o mais alto grau
de homogeneidade quanto aos caracteres litológicos e no estado físico;
• Tipo litológico (LT, “lithological type”): é homogêneo na composição,
textura e estrutura, mas normalmente não é uniforme no estado físico;
• Complexo litológico (LC, “lithological complex”): é um conjunto de tipos
litológicos relacionados e desenvolvidos sob específicas condições
paleogeográficas e geotectônicas;
• Seqüência litológica (LS, “lithologial suite”): compreende muitos
complexos litológicos e se desenvolve sob condições geralmente similares,
paleogeográficas e tectônicas.
4.4 CARTAS DE RISCO: como exemplos, temos: carta de risco sísmico, de colapso,
de inundação, de movimentos de massa e erosão e outros semelhantes.
http://planeta.terra.com.br/educacao/rover/estratigrafia.htm
ÁGUA SUBTERRÂNEA
2.1 VAZIOS: espaços não ocupados por matéria mineral sólida. São conhecidos
por poros ou interstícios. São extremamente importantes para o estudo de
águas subterrâneas, pois atuam como reservatórios ou condutores da água.
Classificação: primários e secundários.
• Primários – podem se formar ao mesmo tempo de formação da rocha;
• Secundários – aparecem na rocha posteriormente à sua formação.
K Características de
Material
cm/seg m/dia escoamento
-2
10 1 a 100 864 a 86400 Pedregulho limpo
Areia limpas, misturas de areia Aqüíferos bons
-3 0,001 a 1 0,86 a 864
10 limpas e pedregulho
Areias muito finas; siltes; misturas
8,64 x 10-5 a
10-7 a 10-3 de areia, silte e argila; argilas Aqüíferos pobres
-7 0,86
10 estratificadas
8,64 x 10-7 a
10-9 a 10-7 Argilas não alteradas Impermeáveis
-9 8,64 x 10-5
10
• Cavernas:
Principal agente causador é a água contendo CO2 que transforma
o CaCO3 em Ca(HCO3) que é transportado em solução – estalactites
(formações calcárias pendentes do teto da caverna) e estalagmites
(formações calcárias que crescem do solo para cima).
• Escorregamentos:
Fenômenos ligados à intensa infiltração de água no subsolo.
Escorregamento de terra e seus aspectos geológicos – causas e tipos
ü Escorregamento – ruptura de uma massa de solo situada ao lado
de um talude, sendo um movimento rápido;
Geralmente são devidos às escavações ou cortes na base do
talude pré-existente, ou por um aumento excessivo da pressão da
água intersticial, em camadas de material de permeabilidade
bastante baixa.
ü Rastejo – movimento lento ou imperceptível.
• Boçorocas:
São vales ou depressões enormes em terrenos de topografia suave,
causado pela ação conjunta das águas superficiais e subterrâneas.
Para evitar o avanço erosivo deve-se plantar vegetações de raízes
profundas para retenção do solo e absorção da água de infiltração, bem
como a colocação de sistema de drenagem.
4.9 FONTES: toda vez que o nível ou lençol freático for cortado pela topografia
do terreno, aparece na superfície, um local onde a água brota. Fonte é,
portanto, o afloramento da água subterrânea.
1. INTRODUÇÃO
Perfil topográfico-geológico
Perfil topográfico
Pontos Distâncias Cotas Pontos Distâncias Cotas
A – 350 EF 100 313
AB 650 333 FG 450 313
BC 500 334 GH 100 337
CD 150 320 HI 300 340
DE 350 319 IJ 200 354
Perfil topográfico
A = 18 m solo C = 2 m solo
13 m folhelho 14 m folhelho
15 m basalto 15 m basalto
5 m folhelho 5 m folhelho
E = 15 m basalto D = 1 m folhelho
5 m folhelho 15 m basalto
G = 9 m basalto 5 m folhelho
5 m folhelho H = 13 m folhelho
J = 14 m solo 15 m basalto
15 m folhelho 5 m folhelho
15 m basalto
5 m folhelho
Explicar e justificar:
ü Existe alguma estrutura geológica importante no perfil anterior?
ü Quais as vantagens e desvantagens das rochas presentes para a fundação
da barragem?
Vantagens Desvantagens
Folhelho Impermeável Pequena resistência ao cisalhamento
Decompões-se quando exposto ao ar
Basalto Capacidade elevada de carga Elevado grau de fraturas
4. MAPAS GEOLÓGICOS
4.1 DEFINIÇÃO
É aquele que mostra a distribuição dos tipos de rochas e das estruturas
geológicas como fraturas, falhas, dobras, posição das camadas, etc.
4.2 CONTRUÇÃO
A partir de um mapa topográfico (onde são colocados os dados geológicos) e
a partir de fotografias aéreas.
4.3 REPRESENTAÇÃO
• Através de símbolos adequados ou cores apropriadas;
• A separação entre cada tipo de rocha é feita por linhas cheias, mas quando
a separação é duvidosa utiliza-se linha tracejada;
• Elementos geológicos estruturais muito importantes:
ü Direção de uma camada – é a linha resultante da intersecção do plano
da camada com um plano horizontal e sua determinação é feita por
meio da bússola;
ü Mergulho de uma camada – é o ângulo formado pelo plano da
camada com plano horizontal e sua determinação é feita por meio de
um clinômetro.
Pede-se:
a) Traçar o contato das camadas;
b) Colocar símbolo ou colorir as diversas litologias, de acordo com as
normas usuais;
c) Traçar o perfil 1-2 com sobreelevação 2;
d) Traçar um perfil que mostre a espessura real do dique de basalto
maciço;
e) Determinar as espessuras das camadas;
f) Determinar a espessura do dique de basalto maciço, somente pelo
mapa.
Solução: