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AGENTES QUÍMICOS

FT 10
Formador: Catarina Bairrada

Formandos:
Maria Carvalho
Telmo Forte
Ricardo Ribeiro
Introdução

Vimos com este trabalho, dar a conhecer e a


estudar os agentes químicos em ambientes de
trabalho, conceitos fundamentais e suas
características.
Agentes químicos

São substâncias compostas ou produtos


que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, ou pela natureza da actividade de
exposição possam ter contacto através da pele
ou serem absorvidos pelo organismo por
ingestão; Poeiras, Fumos, Névoas, Neblina,
Gases, e Vapores.
Agente químico - perigoso
ü Qualquer agente químico classificado como substância perigosa de acordo
com os critérios constantes do anexo VI da Portaria n.º 732-A/96, de 11 de
Dezembro (1.º Supl.), quer a substância esteja ou não classificada ao abrigo deste
diploma, e que não faça parte das substâncias que só preenchem os critérios que as
classificam como perigosas para o ambiente;

ü Qualquer agente químico classificado como preparado perigoso na acepção


do Decreto-Lei n.º 82/2003, de 23 de Abril, quer o preparado esteja ou não
classificado ao abrigo deste diploma e que não faça parte dos preparados que só
preenchem os critérios que os classificam como perigosos para o ambiente;

ü Qualquer agente químico que, embora não preencha os critérios que o


classificam como perigoso nos termos dos parágrafos anteriores possa, devido às
suas propriedades físico-químicas, químicas ou toxicológicas e à forma como é
utilizado ou está presente no local de trabalho, apresentar riscos para a segurança e
a saúde dos trabalhadores, incluindo qualquer agente químico que esteja sujeito a
um valor limite de exposição profissional.
Classificação dos agentes
químicos
 Agentes químicos
 Estado sólido
 Poeiras
 Fibras
 Fumos
 Pó total
 Pó respirável  Estado líquido
 Aerossóis
 Neblinas  Estado gasoso
 Gases
 Vapores
Poeiras
Partículas sólidas de granulometria
reduzida em suspensão no ar. Podemos
distinguir, entre:

Poeiras Totais - todas as partículas sólidas


presentes no ambiente num dado momento,
independentemente do tamanho das
partículas;

Poeiras Respiráveis - fracção


pnemaconiótica da poeira total, isto é,
as partículas com diâmetro inferior a 7
Composição e efeitos
Poeiras inertes podem ficar retidas nos pulmões e,
quando em elevadas concentrações, podem apresentar
problemas.

Poeiras fibrogénicas (ou pneumoconióticas) são


susceptíveis de provocar reacções químicas ao nível dos
alvéolos pulmonares, originando doenças graves.

Poeiras alergizantes são susceptíveis de actuar sobre a


pele ou sobre o aparelho respiratório.

Poeiras tóxicas podem causar lesões num ou mais


órgãos viscerais, e de forma rápida, se em
concentração elevada (intoxicação aguda), ou lenta,
Poeiras por Forma

As poeiras podem ser classificadas segundo


algumas características básicas, sendo estas:

a) Forma da partícula
● esféricas,
● cúbicas,
● irregulares,

com formato de flocos,
● fibras,
● cadeias,
● plaquetas
Origem

b) Origem da partícula

q Minerais - Ex.: quartzo e misturas que contenham quartzo


(carvão, caulim, quartzito, areia, argila)

q Animais - Ex.: peles, couros, pêlos, plumas, escamas;

q Vegetais - Ex.: madeiras, grãos, cereais, algodão, palha, juta,


cânhamo, bagaço, linho, sisal.
 
Tamanho

c) Tamanho, que pode ser entre 0,001 a 100


μm (micrómetros).

● Inaláveis – partículas menores que 100 μm, capazes


de penetrar pelo nariz e pela boca;

● Torácicas – partículas menores que 25 μm, capazes de


penetrar além da laringe;

● Respiráveis – partículas menores que 10 μm, capazes


de penetrar na região alveolar
Fibras
São materiais muito finos e alongados, como
filamentos, que podem ser contínuos ou cortados. Na
parte biológica as fibras têm a função muito importante
de segurar os tecidos dos corpos. Podem ser divididas
em dois tipos:

● Fibras naturais são as fibras retiradas prontas da natureza,


sendo as mais comuns o algodão (CO), a lã (WO), a seda (SK), o
linho (CL).

● As fibras artificiais são produzidas pelo homem, porém


utilizando como matéria-prima produtos da natureza, como a
celulose. As mais vulgarmente usadas são a viscose (CV) e o
acetato (CA).
Dispersão dos gases e vapores

Ponto de ebulição ou temperatura de ebulição é a


temperatura em que uma substância passa do estado líquido
ao estado gasoso.

● De acordo com a definição IUPAC(International Union of Pure and


Applied Chemistry), ponto de ebulição é a temperatura na qual a
pressão do líquido iguala-se à pressão atmosférica.

Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando


este está em equilíbrio dinâmico com o líquido que lhe deu
origem, ou seja, a quantidade de líquido (solução) que
evapora é a mesma que se condensa. Quanto maior for a sua
pressão de vapor, mais volátil será o líquido.
Solventes aquosos e solventes
Orgânicos
Denomina-se solvente, dissolvente ou dispersante a
substância que permite a dispersão de outra no seu meio.
Normalmente o dissolvente estabelece o estado físico da
dissolução. Por isso, diz-se que o solvente é o componente de
uma solução que está no mesmo estado físico que a
dissolução. Podem ser:

● Solvente aquoso é uma solução na qual o solvente é a água. É


normalmente mostrada em equações químicas com o subscrito
(aq);


Solvente orgânico é uma substância química orgânica, que
apresenta certa volatilidade e solubilidade, sendo utilizadas como
diluentes, dispersantes ou solubilizante. Didaticamente são
divididos em: hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos ou
halogenados; álcoois; cetonas; éteres e outros.


Perigosidade dos Solvente

Um solvente é tanto mais perigoso quanto mais


tóxico e volátil for em simultâneo,
ou seja:
Toxicidade Maior que o VLE

E
Volatilidade maior que Taxa de evaporação
relativa (EV)

=
Solvente mais perigoso.
Quando o inverso ocorre menos
Valores Limite de Exposição

Concentração de agentes químicos à qual se


considera que praticamente todos os
trabalhadores possam estar expostos, dia após
dia, sem efeitos adversos para a saúde.
VLE Unidades de medida

Os VLE podem estar expressos em várias unidades,


dependendo estas se estamos a falar de gases e vapores,
partículas sólidas/fibras.


As unidades de medida para os VLE em líquido ou gasoso são
expressas em partes do agente por milhão de partes de ar, em
volume (ppm).

● Se considerarmos a densidade das soluções aquosas = 1,00 g/mL (ou


aproximado) pode usar-se a seguinte relaçõa:
● ppm = mg/litro = µg/mL
VLE Unidades de medida

Quando estamos a falar de partículas sólidas apresenta-se os


valores dos VLE em massa por volume de ar ou seja:

mg/m3

Quando os agentes são fibras, apesar de serem partículas não


se usa a unidade de massa por volume de ar (mg/m3) mas
sim fibras por volume de ar:
fibras/cm3
Limites de exposição - acgih

A ACGIH - AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL


INDUSTRIAL HYGIENISTS estabelece três tipos de Valores
Limite de Exposição, que são:

● TLV-C – “ceiling” - VLE-CM - VLE Concentração


Máxima;

● TLV-STEL –“short term exposure level” – VLE Curta


Duração – Limite de Curta Duração VLE-CD;

● TLV-TWA – “time-weighted average” - VLE


Concentração Média Ponderada VLE-MP.
Valor Limite de exposição –
média ponderada (VLE – MP)

Concentração média ponderada para um dia de trabalho de


8h e uma semana de 40h (5 dias de trabalho) à qual se
considera que praticamente todos os trabalhadores possam
estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos para a
saúde.
Valor limite de exposição –
curta duração (VLE-CD)
Concentração à qual se considera que praticamente todos os
trabalhadores possam estar repetidamente expostos por
curtos períodos de tempo desde que o valor de VLE-MP não
seja excedido e sem que ocorram efeitos adversos, tais
como:

Irritação
● Lesões crónicas ou irreversíveis dos tecidos

Narcose que possa aumentar a probabilidade de ocorrência de
lesões acidentais, comprometer o seu nível de consciência vigil ou
reduzir a sua capacidade de trabalho
O VLE-CD é definido como uma exposição VLE-MP de 15m que nunca
deve ser excedida durante o dia de trabalho mesmo que a média
ponderada seja inferior ao valor limite. Exposições superiores ao VLE-
MP e inferiores ao VLE-CD não devem exceder os quinze minutos e não
devem ocorrer mais do que 4x por dia. Estas exposições devem ter um
espaçamento temporal de 60m pelo menos.
Valor Limite de Exposição –
concentração máxima (VLE-
CM)
Concentração que nunca deve ser excedida durante qualquer
período da exposição.

Na prática da Higiene do Trabalho, sempre que não seja


possível efectuar uma amostragem instantânea pode
efectuar-se durante um período de tempo que nunca deve
exceder 15m. No caso de agentes que possam provocar
irritação imediata para exposições curtas a amostragem deve
ser instantânea.
VLE Misturas de agentes

Quando dois ou mais agentes perigosos que actuam sobre o


mesmo órgão alvo estão presentes em simultâneo, no ar, dos
locais de trabalho, deve ser considerado o seu efeito
conjunto e não o efeito isolado de cada um deles. Na
ausência de informação em contrário os efeitos dos agentes
presentes devem ser sempre considerados como aditivos.

Estas misturas podem ser de efeitos Aditivos ou


Independentes.
Efeitos Aditivos

São determinadas as concentrações de todos os agentes


presentes e diz-se que o valor limite de exposição dessa
mistura não é excedido se o resultado da soma das
concentrações dos seus agentes for menor ou igual que a
unidade 1.
Efeitos Independentes

Quando os agentes presentes têm efeitos independentes o


valor limite de exposição a essa mistura é calculado tendo
em conta a quantidade de agente no ar e o seu respectivo
VLE.

O VLE para este tipo de mistura não é excedido se a


concentração individual de qualquer um dos agentes
presentes for sempre menor ou igual que a unidade 1.
Legislação em vigor

Actualmente, a legislação que abrange os tópicos abordados


neste trabalho, é:

● NP 1796/2004;
● DL 290/2001 de 16/11/01
● Decreto-Lei n.º 305/2007 de 24/07/2007 (que
Bibliografia
www.higieneocupacional.com.br/.../agentes-quim-celio.doc

www.factor-segur.pt/.../Agentes%20quimicos%20perigosos%201.pdf

www.aramalhao.com/img_upload/Metodologias_de_Recolha_de_Poeiras_Co
municacao.pdf

http://www.prof2000.pt/users/eta/Glossario.htm

http://livroevt2.no.sapo.pt/central/materiais_materias_primas/texteis/tex
teis.htm

Norma Portuguesa 1976/2004

Decreto-Lei n.º 305/2007 de 24 de Agosto



FIM

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