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Amores

Três poemas de Midu Gorini
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Amores

Três poemas de Midu Gorini
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Amores

Três poemas de Midu Gorini
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Apresenta
Amores

Três poemas de Midu Gorini
♥Amores
† Gritos Aflitos
† Ciú
Ciúmes
† Amantes
Gritos Aflitos
Fim de tarde que já arde
covarde ao sol
cai a noite
no acalento lento do vento
vem a madrugada apiedada
Na boca loca do mundo
onde tudo passa com graça
de boteco em boteco, esperança
mansa e muita vida vivida
Na esquina a pálida Margarida
vende suas flores
e suas dores
na mesa azul
turquesa ao lado
trocam olhares
bocas e amores
Amantes errantes que amenizam
com seus burburinhos de carinhos
o grave sobre o suave, são palavras
lavradas, cravadas na paixão
Amores tentadores que suavizam
e fogem do antigo e cruel castigo
do gato sobre o rato, ao som
do velho e bom, bolero de Ravel
Instante brilhante de magia
fantasia e poesia ardente
mas não inocente aos olhos
do marido ferido, banido
chegou trazendo a
fúria
dos infernos infernais
louco, rouco, fala
pouco
“- Corno jamais!”
Gritos aflitos e os tiros perfeitos
É triste mais existe, o passional
Em dois minutos a polícia no local
Sem uma lágrima a notícia no jornal
Duas vidas foram perdidas
sem reza, nem defesa
e um marido traído, preso
sem remorso no coração
Brasil. Catalogação na fonte
editora midugorinibook ®
midugorini@bol.com.br

© Copyright 2008
Midu Gorini

Gorini, Midu As imagens fotográficas foram


Gritos Aflitos ® primeira edição captadas na internet, portanto
são de domínio público.
midugorinibook
l. poesia brasileira. l. título

Gritos Aflitos
Midu Gorini
Ciú
Ciúmes
Sois o vil ciúme, amor de dor
remóis, destróis, corróis
depois deseja
os meus açoites
á flor da noite,
a meia noite
mas foi-te no pernoite

com o teu ácido


a cor dos meus desejos
A luz dos meus olhos
o mel dos meus lábios
Remóis o meu peito
dividido no leito
antes e depois do seu perfume
Destróis os meus carinhos
os meus fascínios
Dos encantos
sobram os desencantos
Do leito
só a saudade no peito
Corróis a minha alma com calma
entregue a palma de sua mão
de peito aberto, de coração aberto
Ser fiel já não basta para o teu fel
assim vou para a rua de lua a lua
á espreita de esquina em esquina
Assim eu me vingo do seu ácido
nos braços de uma morena de bom tom
gostooosa como bombom
Assim eu me vingo
da sua fúria
nos lábios de uma loira
de doce abrigo
gostooosa como figo
Assim eu me vingo do seu vil ciúme
como um pássaro vil
Até ele aprender
que sou cavalo selvagem
vara que verga mas não quebra
Até ele aprender
que o seu mel não pode ser fel
Ate ele aprender
que te amo como nunca amei ninguém
Mas
ela e seu ciúme
não aprenderam
E não me amaram
apenas me sufocaram
e depois me afogaram
numa noite quente de verão
Ciú
Ciúmes
Um poema de Midu Gorini
midugorinibook

As imagens fotográficas
foram captadas na
internet, portanto
são de domínio público.

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editora midugorinibook ®
midugorini@bol.com.br

© Copyright 2009
Midu Gorini

Gorini, Midu
Ciúmes®
primeira edição

l. poesia brasileira. l. título


Amantes
Os ruídos da noite
ferem a madrugada
sem maldade
Meu pensamento acaricia
o seu corpo com malícia
Meus burburinhos de carinhos
descansam doces nos seus lábios
Amo, clamo, gemo, tremo
És tatuagem irreversível
marcada em meu corpo
tatuada em minha alma
O amor é o nosso segredo
correndo sem medo
correndo perigo
fugindo do inimigo
Gota a gota
fui me transformando
na poesia
que se entrega ao poema
de corpo e alma
na palma da sua mão
Sem alterar a natureza da água doce
que busca o sal a meio mar
sem alterar o destino da lágrima salgada
que busca o doce na esperança mansa
Sem o peito ferido do marido traído
perfeito “Sol” da sua vida
Pobre cisne de plumagem tisne
como a estrela
que posso vê-la a noite
eu posso ouvi-lo
no silêncio tranqüilo
Em silencio profundo
antes da prece
que adormece ao luar
com o brilho
de um Filho de Deus
rogo a deusa Afrodite
Crias todas
as delícias
do amor Permitas com
aos amantes magia de
com delírios sereia
alucinantes a madrugada
Vens em noite o luar
de lua cheia a nudez
a maciez do
prazer no peito
e as libélulas
lilases ao
amanhecer
Difuso neste silencio atencioso
vejo a retidão imóvel do espelho
refletir olhos azuis sem mágoas
tingindo o teu corpo amoroso
Na penumbra vejo miragens
sobre a tua pele desnuda muda
vejo suas formas mais delicadas
com aromas mais que selvagens
vou te acariciando
lentamente
em suas partes mais intimas

vou te acordando
suavemente
e me entrego aos seus prazeres
Às suas vontades
de peito aberto
às suas fantasias
feito unha e carne
Respiro com gosto
a natureza
sem censura
dessa intimidade

transpiro com gozo o destino


sem futuro dessa infidelidade
Sinto o desejo
nos seus lábios
como a tarde
que arde ao sol

“Sol”
que nunca serei
em sua vida
“Sol”
que sempre serei
em seus lábios
Você me procura
como quem busca a cura
Sacia os seus lábios
nos meus lábios
e parte na madrugada ferida
para o “Sol” de sua vida
Amantes
Um poema de Midu Gorini
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