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ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des O primeiro livro publicado por Mário Cesariny é tam-

bém o início de uma nova colecção na Assírio & Alvim — O


CORPO VISÍVEL — Poema Primeiro Livro de …, que publicará em fac-símile o primeiro
Autor: Mário Cesariny livro publicado por diversos autores. Aqui fica, por agora, este
Colecção: O Primeiro Livro de... 1 / Tema, classificação: Poesia Corpo Visível — Poema.
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
Formato e acabamento: 16,6 x 23 cm, edição brochada e fac-similada / 32 páginas a cores
ISBN: 978-972-37-1564-4

Preço sem IVA: 9,43 € / P.V.P.: 10 €


ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des O destino que me leva a vir a ser, mais tarde ou mais cedo,
presidente de Portugal, é a convicção de que os assuntos melin-
LIVRO ROSÉ DE SUA SANTIDADE O CAMARADA-PRESIDENTE VIEIRA drosos do Estado e dos seus ridículos protocolos exigem alguém
Autor: Manuel João Vieira mais esclarecido quanto ao que se pode fazer por este conjunto
Recolha, selecção de textos, conspiração e edição: Pedro Proença de partes que são os Portugueses, e com o fantasma, por um
Colecção: A Phala 41 / Tema, classificação: Ficção
lado, e a máquina, pelo outro, que é «Portugal». Tem faltado
um bom ponta-de-lança na Presidência para que este estimado
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
público a que presunçosamente chamamos cidadãos se sinta es-
Formato e acabamento: 12 x 17 cm, edição brochada / 80 páginas
timulado a fazer o mesmo na sua vida passional e profissional.
ISBN: 978-972-37-1559-0
Chega de miséria sexual!
Preço sem IVA: 7,55 € / P.V.P.: 8 €

(apócrifo no mínimo — aviso aos legentes)

Antes de começar a vomitar uma prosa imperturbável, leofilizada, nos antípodas


do meu verdadeiro pensamento que é o único genuinamente neo-pseudo-
underground (ou nem sequer isso, embora não encontre superlativos labirínticos
que se adequem ao meu papel eminentemente teórico), venho pôr as mãos no fogo
declarando que este livro não pode ser meu. Trata-se de uma alucinação política pro-
vocada pelo consumo excessivo de Rosé e o seu conteúdo é mau (isto é, bom),
mesmo muito mau (mesmo, mesmo, muito bom!), pelo menos para o fígado, não
sei se para o estado da nação (a nação precisa de menos vodka e de mais carrascão?).
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des Em geral os biógrafos acreditaram, infelizmente, que eram
historiadores. E assim nos privaram de retratos admiráveis.
VIDAS IMAGINÁRIAS Acharam que só a vida dos grandes homens podia interessar-nos.
Autor: Marcel Schwob A arte é estranha a estas considerações. Aos olhos do pintor, o re-
Tradução e prefácio: Aníbal Fernandes trato que Cranach fez de um homem desconhecido tem tanto va-
Colecção: O Imaginário 91 / Tema, classificação: Ficção
lor como o retrato de Erasmo. Não é graças ao nome de Erasmo
que esse quadro é inimitável. A arte do biógrafo seria dar o
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
mesmo preço à vida de um pobre actor e à vida de Shakespeare.
Formato e acabamento: 13,5 x 21 cm, edição brochada com laudas a cores / 176 páginas
ISBN: 978-972-37-1553-8 Marcel Schwob

Preço sem IVA: 16,04 € / P.V.P.: 17 €

Para Marcel Schwob os factos — e a sua exactidão —


nem sempre servem as verdades que uma vida singular
constrói acima de si própria; por vezes há vidas com di-
reito ao mito, e preferidas neste deslumbramento pela
memória dos homens, e a explicarem a personagem
que as habita com mais verdade do que a exactidão dos
elementos obtidos por circunspectos investigadores.
Não se trata, portanto, de escolher a realidade
pelas suas forças mais expressivas, mas criar uma ou-
tra realidade paralela e livre, quer em personagens
que chegaram à investigação histórica diluídas por
incertezas, quer nas que foram menos afectadas por
este nevoeiro e Marcel Schwob força à «sua» reali-
dade, sentida por si como todo-poderoso criador.
O incendiário, o cínico, a matrona impudica,
o poeta rancoroso… piratas, assassinos… compên-
dio de singularidades que a Jorge Luis Borges serviu
de lição para a sua História Universal da Infâmia.

Amigo de Jules Renard, Stéphane Mallarmé e Paul Valéry, Marcel Schwob (1867-1905) foi, tam-
bém ele, um grande escritor. Detentor de uma espantosa erudição, foi um criador de uma origi-
nalidade inesgotável cuja influência, secreta mas determinante, atravessa todo o século XX mar-
cando, entre outros, Jorge Luis Borges.
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des Mestre incontestado da canção popular portuguesa, si-
multaneamente um genial autor e intérprete de canções, ci-
TODAS AS CANÇÕES — partituras, letras, cifras dadão exemplar e incansável lutador pela liberdade e pela
Autor: José Afonso justiça no contexto da ditadura salazarista, mas também no
Transcriçõs de: Guilhermino Monteiro, João Lóio, José Mário Branco e Octávio Fonseca pós 25 de Abril, a sua vasta obra discográfica, iniciada em
Colecção: Rei Lagarto 42 / Tema, classificação: Música 1953 e terminada em 1985, constitui um manancial inesgo-
Data de Edição: Outubro de 2010 / Distribuição: 8 a 12 de Novembro de 2010 tável de inspiração e de aprendizagem.
Formato e acabamento: 23 x 29 cm, edição brochada com badanas / 352 páginas
ISBN: 978-972-37-1567-5

Preço sem IVA: 20,75 € / P.V.P.: 22 €

«José Afonso é o nosso maior cantor de intervenção!»


Este elogio tão consensual e aparentemente tão ge-
neroso é a forma mais eficaz de liquidar a obra do
grande mestre da música popular portuguesa, no que
ela tem de universal e de artisticamente superior.
Arrumar José Afonso na gaveta da canção de inter-
venção, é não compreender que a dimensão da sua
obra está ao nível do que de mais importante se fez na
música popular universal do século XX.
José Afonso deixou-nos em 1987. Num país tre-
mendamente desculturado e desatento foi preciso es-
perar quase um quarto de século para ver aparecer o
presente trabalho, que reúne as partituras de todas as
159 canções que gravou, com as respectivas letras e ci-
fras, exceptuando apenas os fados de Coimbra de au-
toria alheia que interpretou.
Esperamos que este José Afonso — Todas as canções
possa contribuir para um melhor conhecimento e es-
tudo deste precioso património.
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des Agora, com este Songbook em que qualidade e varie-
dade formam a rima perfeita, vamos aprender a tocá-las. E
40 CANÇÕES — Partituras, Letras, Cifras não vai custar nada, porque — tal como o seu autor — são
Autor: Tozé Brito simples e deixam marcas. Mãos à obra.
Transcrições musicais: João Cabrita
Colecção: Rei Lagarto 41 / Tema, classificação: Música
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
Formato e acabamento: 23x29 cm, edição brochada com badanas / 160 páginas
ISBN: 978-972-37-1518-7

Preço sem IVA: 14,15 € / P.V.P.: 15 €

«Para ser rigoroso, teria que levar esta história ao princípio: a 25 de Agosto de 1951. Foi
nesse dia que nasceu — em Cedofeita, Porto — António José Correia de Brito. Para ser prático,
permito-me saltar alguns anos e passar em claro a aprendizagem familiar do piano, depressa tro-
cado pela guitarra e, finalmente, pelo baixo, deixando à vista um músico que começa pelos
grupos que a geografia de adolescente lhe permite. Outro salto e eis-nos chegados ao ponto de
referência, uma canção chamada “You’ll See”, um dos hinos da banda Pop Five. Hoje, como
compositor e/ou autor, o mesmo rapaz, amigavelmente rebaptizado como Tozé, tem registadas
mais de 250 canções na Sociedade Portuguesa de Autores. A solo também cantou, mas prefe-
riu sempre os grupos, como o Quarteto 1111, os Green Windows (ambos com José Cid, ao
menos na génese) ou os Gemini. Foi abrindo o talento e o trabalho a muitas das vozes mais
marcantes do panorama musical português e ficou como um dos mais assíduos criadores para
o Festival RTP da Canção. Foi produtor e editor, bateu recordes de vendas e de exposição ra-
diofónica com Carlos do Carmo e Adelaide Ferreira, com as Doce e Vítor Espadinha, com
Ana Moura e Simone. Nunca parou de compor e a passagem do tempo permite-nos perceber
que as suas canções o atravessam, sem desgaste nem erosão. Já sabíamos — ou tentávamos —
cantá-las de cor. Agora, com este Songbook em que qualidade e variedade formam a rima per-
feita, vamos aprender a tocá-las. E não vai custar nada, porque — tal como o seu autor — são
simples e deixam marcas. Mãos à obra.»

João Gobern
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des O melhor de Portugal pouco aparece e não abre geral-
mente os noticiários. Mas existe e por ele mesmo continuamos
PORQUÊ E PARA QUÊ? Pensar com esperança o Portugal de hoje nós a existir. Apesar de tudo, mas não apesar de nós.
Autor: Manuel Clemente
Colecção: Peninsulares 103 / Tema, classificação: Ensaio
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 240 páginas
ISBN: 978-972-37-1562-0

Preço sem IVA: 13,21 € / P.V.P.: 14 €

Porquê e Para Quê? — Pensar com esperança o Portugal de


hoje reúne as principais intervenções de D. Manuel Cle-
mente no campo plural que é o da cultura, entre 2009 e
2010. Conservam-se as referências temporais, mas não são
elas a determinar a sequência. Antes, ousamos sublinhar
afinidades e correspondências entre os textos, sem contudo
forçar uma compartimentação.
De facto, um traço maior do pensamento do actual
Bispo do Porto é precisamente o contrário: ele coloca em
relação passado e presente, comum e singular, religioso e
profano, as verdades penúltimas que seguimos e aquelas
que se desenham misteriosamente últimas.
Neste tempo português carregado de incertezas, esta anto-
logia pretende documentar a vivacidade de um pensamento rigoroso e polifónico que se abre, e nos
abre, à esperança.

Manuel Clemente Nasceu em Torres Vedras a 16 de Julho de 1948. É licenciado em História e


Teologia e doutorado em Teologia Histórica. Em 1975 começou a leccionar na Universidade Cató-
lica Portuguesa, tornando-se depois director do Centro de Estudos de História Religiosa dessa insti-
tuição. Em Junho de 1979 foi ordenado presbítero; vinte anos depois, em Novembro de 1999, foi
nomeado Bispo Auxiliar de Lisboa, com o título de Pinhel, e em de Janeiro de 2000, ordenado na
Igreja de Santa Maria de Belém (Jerónimos). Em 2007, o Vaticano nomeou-o Bispo do Porto. Pu-
blicou na Assírio & Alvim Portugal e os Portugueses e 1810-1910-2010 — Datas e Desafios.
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des «A escrita de Bénard, costurada em digressões permanen-
tes, parêntesis e alvéolos, mostra, além disso, como a palavra é
CRÓNICAS: IMAGENS PROFÉTICAS E OUTRAS — 2.º Volume inseparável da memória. […] A memória não é apenas o su-
Autor: João Bénard da Costa porte da palavra: é, sobretudo, a potência (poética, maiêu-
Apresentação: Alberto Vaz da Silva / Edição: Lúcia Guedes Vaz tica…) que confere ao verbo o seu estatuto de significação
Colecção: Peninsulares 101 / Tema, classificação: Crónicas máxima.»
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010
José Tolentino Mendonça
Formato e acabamento: 14,5 x 21 cm, edição brochada / 560 páginas
ISBN: 978-972-37-1481-4

Preço sem IVA: 26,42 € / P.V.P.: 28 €

«Para lá do cinema girava também o inconsciente dos seus próprios sonhos, das suas viagens e en-
contros, dos museus, dos livros e revistas de arte, de todos os livros que lia e escrevia com a espinal-medula.
E assim viveu a chamada realidade, como uma externalização do inconsciente, como um esfolado
vivo — “la douce folie de parler avec des fantômes durant la moitié de sa vie”. Se não contasse apenas
quatro anos quando morreu Freud, se tivessem podido encontrar-se e encarar-se, teriam constituído
um acelerador de partículas e chegado a um nível mais subtil de interconectividade, talvez mesmo à
descoberta da “partícula de Deus”.
Tudo isso perpassa nestas crónicas, desde “a irremediável solidão das memórias despovoadas ou ex-
cessivamente povoadas por fantasmas que mais ninguém se lembra de ter visto”, até à semana em que foi
a Londres visitar os últimos Caravaggio. Andou perdido e viveu uma história que “faria chorar as pedras
da calçada sob a égide do Cão de Céfalo e da estátua de Mausolos de Halicarnasso”, tendo ademais tro-
peçado no regresso e ficado impróprio para consumo. História completada, no Martírio de Santa Úrsula,
por uma mão que se interpõe entre Atila e a santa (“mão de quem? Porque é que as mãos hão-de ser sem-
pre mãos de alguém? Porque é que só há sombra quando há luz? Quando souber responder a estas per-
guntas, irei até ao inferno — ou até ao céu — para rever a mão, a sombra e a cor. Talvez nesse dia comece
a ver Caravaggio e, em Caravaggio, o sangue do meu sangue”).»
Alberto Vaz da Silva, O Rei de Chipre
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des Talvez a melhor justificação para esta antologia esteja no
modo como os poemas agora reunidos ilustram diferentes for-
POEMAS COM CINEMA mas de diálogo da poesia portuguesa dos séculos XX e XXI
Autor: Vários Autores com o cinema. A amplitude do corpus poético aqui apresen-
Organização: Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós e Rosa Maria Martelo tado e a diversidade das poéticas nele envolvidas comprovam
Colecção: Documenta Poetica 139 / Tema, classificação: Poesia que o cinema tem merecido uma atenção continuada por
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010 parte dos poetas portugueses. Foi a esta cumplicidade que pro-
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 208 páginas curámos dar relevo.
ISBN: 978-972-37-1507-1

Preço sem IVA: 13,21 € / P.V.P.: 14 €

«Sendo as relações da poesia com o cinema menos evidentes do que aquelas que aproximam a
narrativa literária da narrativa cinematográfica, e também menos estudadas, talvez esta antologia
possa contribuir para dar maior visibilidade a um diálogo certamente muito mais profícuo do que à
primeira vista pode parecer. A poesia moderna e contemporânea tem sido, embora no terreno que lhe
é próprio, uma arte da imagem e da montagem — ou então uma arte que, apesar de dominantemente
lírica, não exclui a narratividade. Mesmo se a palavra imagem traduz universos conceptuais e técnicos
diferentes em cada uma das duas artes, mesmo se a sintaxe entre as imagens se faz de forma diferente,
mesmo se é diferente o modo de narrar ou de articular expressão e imagem — e não sendo da mesma
ordem a visualidade que o cinema e a poesia podem proporcionar —, o fascínio pela imagem, a im-
portância atribuída à relação entre as imagens e ao seu poder evocativo justificam a cumplicidade tan-
tas vezes evidenciada nos poemas agora reunidos. Por outro lado, importará observar que, mesmo
quando a poesia não se aproxima do cinema em função da imagem e da montagem, pode ainda pro-
curá-lo por razões de ordem temática, ou porque a narrativa fílmica lhe abre novos caminhos no que
respeita ao cruzamento entre lirismo e narratividade.»
Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós e Rosa Maria Martelo
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des «Neste longo caminho, S. Tomás ocupa um lugar absoluta-
mente especial, não só pelo conteúdo da sua doutrina, mas tam-
CREDO bém pelo diálogo que soube instaurar com o pensamento árabe e
Autor: Tomás de Aquino hebreu do seu tempo. Numa época em que os pensadores cristãos
Tradução e prefácio: Artur Morão voltavam a descobrir os tesouros da filosofia antiga, e mais direc-
Colecção: Teofanias 15 / Tema, classificação: Filosofia / Teologia tamente da filosofia aristotélica, ele teve o grande mérito de colo-
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010 car em primeiro lugar a harmonia que existe entre a razão e a fé.»
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 112 páginas João Paulo II, Fides et Ratio
ISBN: 978-972-37-1533-0

Preço sem IVA: 9,43 € / P.V.P.: 10 €

«Assim como se pode considerar São Francisco o protótipo dos as-


pectos romanescos e emotivos da vida, assim Santo Tomás é o protó-
tipo do seu aspecto racional, razão por que, em muitos aspectos, estes
dois santos se completam. Um dos paradoxos da história é que cada
geração é iluminada pelo santo que se encontra mais em contradição
com ela. E, assim como São Francisco se dirigia ao século XIX pro-
saico, assim São Tomás tem uma mensagem especial para a nossa ge-
ração, inclinada a desacreditar da razão.»
G.K. Chesterton

Tomás de Aquino (1225-1274): cognominado Doctor Communis


ou Doctor Angelicus é, certamente, uma das referências maiores do
pensamento cristão e ocidental. Com menos de vinte anos entrou na
Ordem Dominicana. Estudou em Nápoles, Colónia e Paris, onde foi
«descoberto» por Santo Alberto Magno, assombrado com a sua inte-
ligência. A alcunha que trazia era a de «boi mudo». Dele disse o mes-
tre Alberto Magno: «Quando este boi mugir, o mundo inteiro ouvirá
o seu mugido.»
Tomás de Aquino foi professor na Universidade de Paris, no reinado
de Luís IX de França. Morreu, com 49 anos, na Abadia de
Fossanova, quando se dirigia para Lião a fim de participar no
Concílio, a pedido do Papa. Dante Alighieri discute os contornos da
sua morte na Divina Comédia.
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des «(O enigma da arte estará nisso: fazer do medo desconhe-
cido — melhor: do medo do desconhecido — o seu motivo se-
VAZIO seguido de A VIDA DA VIDA cretamente inspirador: sons e imagens, se posso dizê-lo outra
Autores: Diogo Saldanha (fotografias), Marta Maranha (fotogramas) e Tomás Maia (texto) vez, que nos assombram. A arte não passou, não passa “da
Colecção: Arte e Produção 117 / Tema, classificação: Arte Contemporânea idade do medo”. Mas, precisamente por isso, ela tem algo a
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010 ensinar aos homens que visivelmente não sabem o que fazer
Formato e acabamento: 17 x 21 cm, edição brochada / 48 páginas com o medo (com o medo primordial) que os domina e os di-
ISBN: 978-972-37-1565-1 vide em dominados e dominantes.)»
Tomás Maia
Preço sem IVA: 7,55 € / P.V.P.: 8 €

«Terá sido também lá que a luz começou a escavar, a concavar a matéria.

E como a forma da luz é o vazio, a forma mais profunda dessa escavação é o olho. O olho
é o vazio escavado pela própria luz na matéria. É a escavação cega que a luz deu à luz.

Sem esse vazio, a matéria não distinguiria a direcção e a fonte de luz; sem ele, não haveria
imagem — mas somente o claro e o escuro, a noite e o dia. E assim apenas, talvez, o pressen-
timento (o pré-sentimento) do medo. Desse medo tão arcaico do escuro.

Esse vazio não é portanto o nada — de resto, o vazio nunca foi confundido com o nada
na história da física (nem, num outro sentido, na história da metafísica). Ele é o que resta
de material quando se procura anular toda a matéria (toda a materialidade objectiva). O va-
zio é a matéria inanulável — aquilo a que, na extremidade daquela história, se deu o nome de
espaço-tempo (e que Kant pensou como condições — formas vazias ou puras — da sensibili-
dade). Ora, escavar um vazio luminoso na matéria é abri-la a um espaço-tempo outro: distinto
do espaço que ocupa essa matéria, e diferente do tempo próprio dessa mesma matéria (do
tempo do seu metabolismo, por exemplo).»
Tomás Maia
ASSÍRIO & ALVI M n ov i da des «Nesta exposição, deixamos os desenhos nas paredes,
sem moldura e sem protecção do vidro, para assim se poder
TENDAS NO DESERTO experimentar de modo directo a matéria, o próprio cheiro
Autor: João Jacinto / Texto: Paulo do Vale da tinta de óleo, das cinzas; ver as falhas no papel rasgado,
Colecção: Arte e Produção 118 / Tema, classificação: Arte Contemporânea sentir a presença física, eminentemente física, destas obras.
Data de Edição: Novembro de 2010 / Distribuição: 24 a 29 de Novembro de 2010 Não apenas de uma imagem, fantasmática, mas da sua
Formato e acabamento: 15 x 21 cm, edição brochada / 96 páginas carne — criada num combate corpo a corpo, que pressenti-
ISBN: 978-972-37-1566-8 mos, entre o artista e o papel.»
Paulo do Vale
Preço sem IVA: 14,15 € / P.V.P.: 15 €

«Todos os títulos se dirigiram para este: Tendas no Deserto. Recolhi-o do livro de Levinas sobre Mau-
rice Blanchot, numa passagem que une a arte e o rosto sob o signo do nomadismo: “A arte, segundo
Blanchot, longe de iluminar o mundo, deixa perceber o subsolo desolado, fechado a toda a luz que
o sustém e devolve à nossa estadia a sua essência de exílio e aos prodígios da nossa arquitectura a sua
função de tendas (cabanes) no deserto” . E Levinas retoma esta expressão no início do parágrafo se-
guinte: “Tendas (cabanes) no deserto. Não se trata de voltar atrás. Mas para Blanchot, a literatura re-
lembra a essência humana do nomadismo. O nomadismo não é a fonte de um sentido, aparecendo
a uma luz que nenhum mármore devolve, mas o rosto do homem” .
§
Cada auto-retrato é apenas um abrigo temporário, num êxodo de quem sabe não ter aqui morada
permanente. Um si sem lugar, fora do lugar, deslocado, que se reconhece a si mesmo como o lugar
de errância.»
Paulo do Vale

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